O Comportamento Humano no Incêndio

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O Comportamento Humano no Incêndio E Suas Implicações Éticas. Prof.ª Caroline

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O Comportamento Humano no Incêndio

E Suas Implicações Éticas.Prof.ª Caroline

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Introdução

• Atualmente, no Brasil, se tem dado mais ênfase ao projeto do sistema de segurança contra incêndios e sua implantação, ao invés de quem e como esse sistema vai ser utilizado, seja como equipe de emergência ou como usuário das edificações.

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• O estudo do comportamento humano em situações de incêndio, é um estudo complexo, pelo fato de serem impraticáveis as realizações de certos experimentos que venham a demonstrar as reais reações e comportamentos, sem que venha a se expor a riscos a integridade física dos envolvidos

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• Estudos têm sido conduzidos nos últimos 40 anos iniciando-se na década de 60 nos Estados Unidos e na Inglaterra, sido intensificados a partir da década de 70, pela ocorrência do incêndio do edifício Joelma em São Paulo em 1974.

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2. APRENDENDO COM A HISTÓRIA

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3. O AMBIENTE DO INCÊNDIO

• Um dos elementos fundamentais de toda estratégia da Proteção Contra Incêndios é a Proteção a Vida (Life Safety), e neste conceito há três direções: a prevenção da ignição, o controle do incêndio e o terceiro que é o de isolar as pessoas dos efeitos impactantes da combustão pelo: tempo, distância e abrigagem. Os fatores específicos que determinam um maior ou menor sucesso durante uma desocupação estão ligados a três parâmetros básicos: Tempo, Tempo-Crítico e Intervalo para ação

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• Tempo • Como o incêndio se desenvolve ao longo de

uma linha do tempo, e nesta linha vimos que a fumaça é o elemento impactante, que primeiro surge e por mais tempo se mantém, mesmo depois da extinção das chamas e da redução do calor

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Tempo-crítico

• O tempo crítico para a sobrevivência humana, e consequentemente para o escape é composta de três condições que interagem entre si: As temperaturas elevadas do ambiente, as condições tóxicas e as atuais ou pré-existentes condições psico-fisiológicas dos ocupantes

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Intervalo para ação

• O intervalo entre a descoberta do fogo e a estimativa de seu risco, pode ser definido como o tempo disponível para serem tomadas as ações que previnam os ocupantes de estarem expostos aos riscos do incêndio.

• Esta ação pode ser através da ativação do equipamento automático de extinção ou pelo confinamento do incêndio (compartimentação) , saída dos ocupantes (desocupação) ou ambos. Quanto mais cedo for descoberto o fogo mais tempo se terá para as ações de controle, e neste aspecto os Sistemas Automáticos de Detecção e de Extinção de Incêndios (SAD/E-I),

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4. O FATOR HUMANO

• - Idade - Os mais novos devido ao desconhecimento e as restrições de mobilidade, e os mais velhos ( por isso as faixas de maincêndios é até os 5 anos e acima dos 65 anos) além destas restrições de mobilidade, devido a outros problemas de ordem sensorial e neurológica ( agravadas ainda por mal de Parkinson, Alzheimer etc.) tem a sua capacidade de lidar com o incêndio reduzida tornando-se um fator crítico de sobrevivência, ior vulnerabilidade nos

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• - Tamanho - Pessoas de maior massa muscular podem tolerar melhor altas doses de materiais tóxicos gerados nos incêndios, entretanto no tocante ao condicionamento cárdio-respiratório, crucial nestas condições de sobrevivência, estas pessoas em geral mal condicionadas podem tornar-se vítimas potenciais,

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• - Condições físicas pré-existentes - A condição geral de um indivíduo poderá ter um efeito na sua sobrevivência em um incêndio, Nestas podemos incluir: - Estabilidade Cardíaca ( determinada pela condição anatomo-fisiológica do sistema cárdio-circulatório),

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• - Condição Aeróbica (associada ao condicionamento cárdio-respiratório) - Mobilidade (ligada ao biotipo, peso, altura, flexibilidade articular, doenças músculo-esqueléticas), neste aspecto temos também de considerar grávidas, pessoas com restrição motora, visual e auditiva, em especial cadeirantes

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• Capacidade Respiratória - A maior parte das "Causas Mortis" nos incêndios decorre da inalação de fumaça. Por esta razão a Capacidade Respiratória é uma condição crítica de sobrevivência na situação de um incêndio.

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5. RISCOS DO INCÊNDIO

• Como as pessoas reagem ao incêndio é determinado pelos riscos provenientes da situação do incêndio, estes são determinados pela: Temperatura, calor, fumaça e redução da taxa de oxigênio. - Temperatura - os efeitos podem variar com a duração da exposição. A

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Pesquisa

• Em 1979 Walter Berl e Byron Halpin do Johns Hopkins University analizaram 463 mortes decorrentes de incêndios em Maryland, nos E.E.U.U. e apresentaram a primeira estatística que evidenciava a relação destas mortes diretamente a inalação de CO. Suas observações estão registradas no gráfico abaixo a partir da análise do percentual de 100% de mortes decorrentes dos incêndios, lançando novas luzes sobre a questão.

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6 - O COMPORTAMENTO HUMANO DURANTE OS INCÊNDIOS

• Sistemas de Alerta - Através de sons ou luzes específicas, uma vez já reconhecidas através de programas informativos, de treinamento ou exercícios simulados levam a pessoa a identificar como um alerta de incêndio.

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Porém

• Entretanto estes sistemas apenas informam que está ocorrendo um incêndio, entretanto não informam como agir e para onde se dirigir, portanto devem ser seguidos de instruções dadas por Sistemas de Notificação Sonora

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Human Behavior in Fire Situations”, em 1977, através de inquéritos a 584 pessoas envolvidas em incêndios entre Janeiro de 1975 e abril de 1976, chegou -se as

seguintes conclusões:

• - As ações mais freqüentes foram nesta ordem: - avisar os terceiros, procurar a origem dos incêndios, chamar os Bombeiros e vestirem-se; De acordo com o sexo:

• - Os homens procuraram chamar os bombeiros, deixar o edifício e procurar os familiares;

• - As mulheres procuraram a origem do fogo e a localização dos extintores. Quanto a reentrada no edifício, de cerca de 29.7% dos inquiridos as razões foram em ordem:- combater o incêndio, tentar salvar bens pessoais, observar o incêndio e avisar terceiros.

• Cinco processos seqüenciais foram identificados como padrões-resposta a situações de emergência, predecessores do pânico os quais se alternam sucessivamente em uma espiral crescente, são eles:

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Cinco processos seqüenciais foram identificados como padrões-resposta a situações de emergência, predecessores do pânico os quais se alternam sucessivamente em

uma espiral crescente, são eles:

• RECONHECIMENTO • VALIDAÇÃO • DEFINIÇÃO • AVALIAÇÃO • EXECUÇÃO • REAVALIAÇÃO

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8 . BIBLIOGRAFIA

• BERL W. G.& HALPIN B.M., Human Fatalities from Unwanted Fires, Baltimore, Md: Johns Hopkins University, Applied Physics Laboratory, EUA, 1979

• BRYAN J. L. – Human Behavior in Fire – Fire Protection Engineering – SFPE, Massachussets, EUA, Edição de Inverno 2002

• BUKOWSKI, R. W.; O´LAUGHLIN, R.J. & ZIMERMMAN, C.E. Eds. – Fire Alarm Signaling Systems Handbook, NFPA, Quincy, USA, 1990

• DWYER J. & FLYNN K. – 102 Minutos – Jorge Zahar Editores, Rio de Janeiro, 2005