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O CHAMAMÉ ENQUANTO PATRIMÔNIO CULTURAL DO MATO GROSSO DO
SUL1
DOUGLAS ALVES DA SILVA2
O estado de Mato Grosso do Sul, por conta de sua condição limítrofe aos seus
vizinhos hispano-americanos, teve e ainda tem uma grande influência dos países fronteiriços
em sua construção histórica e cultural. Não podemos, portanto, negar que temos grande
influência, principalmente, de países como Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina, quanto à
construção de nossa identidade e a consequente salvaguarda do nosso patrimônio cultural.
No campo da música enquanto manifestação cultural, não se pode negar a grande
influência do Chamamé. De origem ligada à Argentina e ao Paraguai, é um gênero musical
surgido na província de Corrientes e de lá difundido para muitos destinos além de suas
fronteiras territoriais (HIGA, 2010, p. 153-154). As raízes do Chamamé, segundo Higa (2010,
p. 156-157), remontam à variações da Polca Paraguai, passando por influências regionais da
região de seu nascimento, inclusive influências da cultura guarani, (a palavra chamamé, de
origem guarani, quer dizer algo como “improvisação” ou “algo feito às pressas”), como
ressalta Higa, apoiado nas afirmações de Szaran (1997, p.142-143):
Segundo Szaran (1997, p.142), o chamamé é um gênero musical derivado da polca
paraguaia graças à introdução do acordeon nos conjuntos populares.
O termo “chamamé” surgiu em 1930: o compositor paraguaio Samuel Aguayo
(1909-1993) havia gravado a canção Corrientes poty (“Flor de Corrientes”) de
Diego Novillo Quiroga e Francisco Pracánico em Buenos Aires pela RCA Victor, e
o diretor daquela gravadora, visando aumentar as vendas do disco na região de
Corrientes (norte da Argentina), criou o termo “chamamé”, que em guarani significa
“coisa feita rapidamente, improvisada”. (apud HIGA, 2010, p. 156-157)
1 Pesquisa realizada para fins de justificativa e caracterização na proposta de registro do Chamamé enquanto
Patrimônio Cultural Imaterial de Mato Grosso do Sul, anexada ao processo de registro ocorrido em 2017.
2 Licenciatura em História (UFMS/2007), Especialização em Culturas e História dos Povos Indígenas
(UFMS/2015), Professor Efetivo de História da Rede Pública Estadual (MS) e Municipal (Campo Grande/MS),
atua como Gestor de Educação e Cultura no Arquivo Público Estadual de Mato Grosso do Sul e Professor em
curso de especialização na rede privada de ensino superior (Faculdade Novooeste)
2
Seguindo nesta mesma direção, Higa, baseando-se em Gimenez (1997, p. 126-
128), confirma as informações levantadas por Szaran:
(...)
o próprio Samuel Aguayo teria então batizado teria então batizado a essa corrente
com o nome de “chamamé” e com o passar do tempo, novos compositores como
Juan Ramón Romero, Luciano Elihelt, Isaco Abitbol, Carmelo D’amico, Constante
Aguer, Ernesto Montiel, Serafín Altamirano, Tarragó Ros, Pedro Montenegro, Odín
Fleitas, José Hermínio Ceja, Alberto Ledesma, e trânsito Cocomarola se
familiarizaram com o uso do “chamamé” como gênero pertencente a Corrientes e
hoje os correntinos se empenham obstinadamente em creditar a origem do gênero
àquela província que histórica e culturalmente sempre esteve muito ligada ao
Paraguai (principalmente pelo uso do idioma guarani). (HIGA, 2010, p.158)
A chegada do Chamamé à região do Mato Grosso do Sul, no entanto, tem forte
influência paraguaia, pois, segundo a Revista ARCA, o Chamamé, “embora originário de
Corrientes (Argentina), chegou até Mato Grosso do Sul via Paraguai.” (ARCA, 1993, p.59).
Ainda sobre o Chamamé, diz a mesma publicação:
(...)
Já o Chamamé, um dos ritmos mais tocados nos bailes do Pantanal, é originário de
Corrientes, e, substancialmente, uma polca, só que num ritmo intermediário entre a
polca e a guarânia. ainda que localizada em território argentino, Corrientes antes da
Independência do Paraguai, era território paraguaio, que guardou muito das
características culturais do povo guarani – tanto que lá o idioma guarani ainda é
transmitido de pai para filho. (ARCA, 1993, p. 63)
Podemos dizer desta forma, que os representantes e os apreciadores deste gênero o
entendem como parte da identidade cultural de Mato Grosso do Sul, reconhecendo ainda suas
raízes correntinhas, tal como foi dito por Ciríaco Benites, reconhecido pela dupla Jandira e
Benites, ao defender a autenticidade e legitimidade do Chamamé produzido em território sul-
mato-grossense:
O chamamé é correntino. Antes só se ouvia a polca e o rasqueado. A geração que se
seguiu trouxe o chamamé e eu sou um deles que cantava Tu Pañuelo. Antes de mim,
só o Zé Corrêa, que tocava Quilometro 11, depois Helinho do Bandoneón, Dino
Rocha, Abel Baez, entre outros.
E os adeptos foram surgindo. Hoje temos chamamezeiros legítimos, já nascidos aqui
em Mato Grosso do Sul, belos acordeonistas que não deixam nada a desejar.
O fato de a música nascer em Campo Grande não impede que ela seja chamamé, o
ritmo é chamamé. (SÁ ROSA; DUNCAN, 2009, p. 333)
3
O Chamamé, portanto, se desenvolveu grandemente em Mato Grosso do Sul, com
inúmeros e altamente qualificados compositores e intérpretes, além de muito apreciado e
difundido em cidades deste estado, fatos que proporcionaram que este gênero musical
conquistasse um dia especial no calendário estadual, com a instituição do dia 19 de setembro
como Dia Estadual do Chamamé (Lei n.º 3.837/2009)3, sendo este gênero muito respeitado e
reconhecido pelos sul-mato-grossenses:
Segundo Márcio Nina, cantor, violonista, pesquisador, que desde 1995, com a
esposa Laurinha, filha de Zé Corrêa, trabalha no resgate da vida e obra do
compositor, o chamamé é a música que mais representa o Mato Grosso do Sul. Para
ele, o chamamé é muito forte, porque é uma derivação do chamamé correntino, com
grande influência da música paraguaia e, portanto, traduz a fusão do mundo musical
correntino com o paraguaio, sendo que a tonalidade é a da música correntina, que
surgiu de novos conceitos de mundo. (SÁ ROSA; DUNCAN, 2009, p. 295)
Não se pode negar a grande influência que este gênero musical trouxe para o
Estado de Mato Grosso do Sul, juntamente com outros gêneros musicais platinos, bem como
os costumes deles advindos:
Os gêneros polca paraguaia, guarânia e chamamé como representações de
identidade cultural associada à “alma guarani” são referências fundamentais
para a configuração identitária de Mato Grosso do Sul. Mesmo sofrendo
mutações ao integrar-se ao universo sertanejo brasileiro em uma dialética
percebida desde a primeira metade do século XX e que se institucionalizou
ao inserir-se no mercado fonográfico nacional, afirma sua persistência na
manutenção de um repertório específico e na influência que exerce sobre a
produção musical da região. (HIGA, 2010, p.250)
Neste interim, temos também a formação de uma grande e qualitativa gama de
artistas surgidos da cultura do Chamamé, como os grandes músicos Zé Corrêa, Dino Rocha,
Amambay e Amambaí, Helinho do Bandoneón, entre outros, que seguiram com o Chamamé
ou mesmo aqueles que detêm influência marcante do Chamamé em sua representação
musical. Disse a Revista ARCA em 1993, sobre Dino Rocha:
(...)
No Mato Grosso do Sul, os adeptos do Chamamé têm um dos seus maiores nomes:
Dino Rocha, acordeonista que tem uma carreira fonográfica que já lhe rendeu 18
LP’s gravados.
3 Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul de 28/12/2009, edição nº 7.611, pag. 03.
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Nascido numa cidade fronteiriça ao Paraguai, Juti, Roaldo Rocha (Dino) começou
desde cedo o contato com a sanfona, principalmente na cidade de Ponta Porã, para
onde mudaram seus pais.
Foi na vizinha Pero Juan Caballero, que Dino diz ter passado a maior parte do seu
tempo “tocando com a paraguaiada, tomando tereré e aprendendo os segredos do
Chamamé”. A partir de 1968, Dino passa longas temporadas em Campo Grande e na
Cidade Branca (Corumbá), onde cultivou uma profunda amizade pelo imortal
sanfoneiro Zé Corrêa. (ARCA, 1993, p. 63)
Zé Corrêa, um talentoso acordeonista de Mato Grosso do Sul, levou o seu
Chamamé além das fronteiras estaduais, despontando no cenário artístico nacional, tendo ele,
segundo Idara Duncan, inclusive prestigiando e oportunizando a artistas de Mato Grosso do
Sul um maior reconhecimento e visibilidade em seu período de atuação. Ao criar o Dia do
Artista Regional, a Câmara Municipal de Campo Grande escolheu o dia 9 de abril, data de
aniversário de Zé Correa, “o Rei do Chamamé” (SÁ ROSA; DUNCAN, 2009, p. 293-299).
Sobre a importância de Zé Corrêa e do Chamamé para nossa história, diz Idara Duncan:
(...)
A música feita aqui tem um compasso seis por oito, mas é diferente, porque possui o
elemento da nossa história, da nossa vivência. A importância de Zé Corrêa na
construção dessa história é incontestável. (SÁ ROSA; DUNCAN, 2009, p. 295)
Zé Corrêa inclusive ficou conhecido como “O Rei do Chamamé” no meio
musical, tamanho era seu talento, que mesclava o tradicional e o inovador em sua breve
porém profícua carreira. Isso fica bastante evidenciado pela herança que deixou aos sul-mato-
grossenses, como o que alguns chamam de “chamamé sul-mato-grossense”, o qual, apesar de
derivado do chamamé correntino, teria suas particularidades:
É importante ressaltar que Zé Corrêa, tanto como intérprete tradicionalista ou
compositor pioneiro, tendia sempre a inovar ou expandir os gêneros musicais. Até
hoje, ele foi um dos únicos músicos de Campo Grande que utilizou o vibrafone, por
exemplo, em arranjos de chamamé. Zé Corrêa também é apontado como uma
espécie de criador do “chamamé sul-mato-grossense”, adaptado da maneira de tocar
do chamamé correntino, com acordeon e bandoneon, ao que é conhecido entre os
músicos campo-grandenses como o “gênero duetado”. Foi esta sua maneira diferente
de tocar o acordeon, a grande aceitação do público por seu trabalho, seu carisma e
suas versões para grandes clássicos do chamamé que fizeram com que o terceiro
disco solo lançado em 1969 recebesse o título de “O Rei do Chamamé”, tornando-o
primeiro ícone e referência do gênero em Mato Grosso do Sul. (TEIXEIRA, 2014, p.
37)
5
Amambay & Amambaí formaram uma dupla cujo o talento, nas palavras de Idara
Duncan, “multiplicou-se ao formar trios, acompanhados dos mais representativos
acordeonistas chamamezeiros do estado: Zé Corrêa, Dino Rocha e Helinho do Bandoneón.”
Graças à representatividade e talento da dupla, bem como o evidente talento e carisma dos
três artistas que os acompanhavam em suas formações de trio musical, estes seis artistas
conquistaram o cenário regional da época, inclusive lançando voos além do sul do então
estado de Mato Grosso, lançando LP’s que romperam nossas fronteiras (SÁ ROSA;
DUNCAN, 2009, p. 300-307).
Um grande exemplo da relevância destas parcerias é o disco “Os Mensageiros do
Oeste” de 1969, com a dupla Amambay e Amambaí formando trio com Zé Corrêa, este disco
“é apontado como grande influência para a popularização do chamamé ainda no Mato
Grosso uno”, tendo influenciado os músicos da época, segundo Rodrigo Teixeira, tanto no
que tange a seus repertórios, quanto à “formação dos conjuntos da época, passando de duplas
para trios” (TEIXEIRA, 2014, p. 38).
O lado colaborativo e mesmo uma chamada “solidariedade musical” marcava
estes artistas, pois, segundo Rodrigo Teixeira:
(...)
Impulsionado por Délio e Delinha – dupla ligada ao rasqueado – Zé Corrêa acabou
se transformando no “Rei do Chamamé”. Dois anos depois seria a vez do próprio Zé
Corrêa – que é acordeonista tradicionalista, mas que tem maior ligação com o
chamamé de Corrientes do que com a música tradicional paraguaia – promover a
dupla Jandira e Benites, representantes ícones dos intérpretes tradicionalistas [...]
(TEIXEIRA, 2014, p. 44)
Um sinal da importância do Chamamé para o estado de Mato Grosso do Sul é o
caso da cidade de Rio Brilhante, a qual foi cognominada como a Capital Estadual do
Chamamé, por meio da Lei n.º 4.113/20114. Nesta cidade inclusive acontece o Festival
Internacional do Chamamé, evento muito respeitado e que já segue para sua sétima edição,
sendo reconhecido pelos apreciadores do Chamamé, tanto brasileiros, quanto paraguaios ou
4 Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul de 18/11/2011, edição nº 8.070, pag. 01.
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argentinos. Esta mesma cidade tem um Centro Cultural do Chamamé, o qual promove, em
parceria com o poder público estadual e municipal, o citado Festival Internacional.
O Chamamé se mantém vivo e bem representado no cenário cultural de Mato
Grosso do Sul, contando com vários eventos, tais como bailes, saraus, participação em
eventos culturais regionais, além do Instituto Cultural Chamamé MS, que promove o “Sarau
Chamamé MS” (com 10 edições realizadas além da 11ª agendada para setembro de 2017) e o
“Festival Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul”. Também podemos citar o programa
“A Hora do Chamamé”, atualmente transmitido pela emissora de rádio do governo do estado
de Mato Grosso do Sul, FM 104,7 (FM Educativa), idealizado e apresentado pelo radialista
Orivaldo Mengual, sendo que o referido programa está no ar desde o ano de 2000, trazendo
apresentações e entrevistas do gênero musical.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura), por meio do Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
da América Latina (CRESPIAL), assim define e defende a salvaguarda do patrimônio cultural
imaterial:
(...)
O patrimônio cultural não se limita a monumentos e coleções de objetos, mas sim
compreende também tradições ou expressões vivas herdadas de nossos antepassados
e transmitidas a nossos descendentes, como tradições orais, artes do espetáculo, usos
sociais, rituais, atos festivos, conhecimentos e práticas relativas à natureza e o
universo, e saberes e técnicos vinculados ao artesanato tradicional.
Apesar de sua fragilidade, o patrimônio cultural imaterial é um importante fator da
manutenção da diversidade cultural frente à crescente globalização. A compreensão
do patrimônio cultural imaterial de diferentes comunidades contribui ao diálogo
entre culturas e promove o respeito com outros modos de vida.
A importância do patrimônio cultural imaterial não reside na manifestação cultural
em si, mas no acervo de conhecimentos e técnicas que se transmitem de geração em
geração. O valor social e econômico desta transmissão de conhecimentos é
pertinente para os grupos sociais tanto minoritários como majoritários de um Estado,
e reviste a mesma importância para os países em desenvolvimento que para os
países desenvolvidos.
O patrimônio cultural imaterial é:
Tradicional, contemporâneo e vivente ao mesmo tempo: o patrimônio cultural
imaterial não só inclui tradições herdadas do passado, mas também usos rurais e
urbanos contemporâneos característicos de diversos grupos culturais.
Integrador: podemos compartilhar expressões do patrimônio cultural imaterial que
são semelhantes aos dos outros. Seja da aldeia vizinha ou de uma cidade nas
antípodas ou foram adaptadas por povos que emigraram a outra região, todas
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formam parte do patrimônio cultural imaterial: foram transmitidos de geração em
geração, evoluíram em resposta a seu entorno e contribuem a infundir-nos um
sentimento de identidade e continuidade, criando um vínculo entre o passado e o
futuro através do presente. O patrimônio cultural imaterial não se presta a perguntas
sobre o pertencimento de um determinado uso a uma cultura, mas sim contribui à
coesão social fomentando um sentimento de identidade e responsabilidade que ajuda
os indivíduos a sentirem-se membros de uma ou várias comunidades e da sociedade
em geral.
Representativo: o patrimônio cultural imaterial não é valorizado simplesmente
como um bem cultural, a título comparativo, por sua exclusividade ou valor
excepcional. Floresce nas comunidades e depende daqueles cujos conhecimentos das
tradições, técnicas e costumes são transmitidos ao resto da comunidade, de geração
em geração, ou às outras comunidades.
Baseado na comunidade: o patrimônio cultural imaterial somente pode sê-lo se é
reconhecido como tal pelas comunidades, grupos ou indivíduos que o criam,
mantém e transmitem. Sem este reconhecimento, ninguém pode decidir por eles que
uma expressão ou um uso determinado forma parte de seu patrimônio.5
O Chamamé foi recentemente declarado Patrimônio Cultural da Região do
Mercosul, em reunião realizada em 09 de junho de 2017, em Buenos Aires na Argentina. Esse
reconhecimento por parte de todos os países membros do Mercosul6, coloca o Chamamé mais
próximo de ser declarado Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A
decisão da UNESCO deve ser tomada em assembleia dos países membros, marcada para o
mês de dezembro de 20187.
Faz-se necessário, portanto, o reconhecimento e valorização da cultura e do
patrimônio, tanto material, quanto imaterial. Seja por meio da culinária, da música, dos
costumes, etc. Quarenta anos após a divisão do antigo Mato Grosso e a consequente criação
de Mato Grosso do Sul, o jovem estado, que carrega tanta história, ainda vem caminhando
para sempre manter e estruturar sua identidade. São estes aspectos somados que constroem a
identidade de uma região, a identidade do povo do Mato Grosso do Sul, com essas
5 O QUE É PATRIMÔNIO IMATERIAL? Disponível em: http://www.crespial.org/pt/seccion/ index/0008/que-
es-el-patrimonio-cultural-inmateriala Acesso em 24/07/2017.
6 MINC PARTICIPA DA REUNIÃO DE MINISTROS DA CULTURA DO MERCOSUL. Disponível em:
http://www.cultura.gov.br/o-dia-a-dia-da-cultura/-/asset_publisher/waaE236Oves2/content/minc-participa-da-
reuniao-de-ministros-da-cultura-do-mercosul/10883 Acesso em 20/07/2017.
7 EL CHAMAMÉ PATRIMONIO CULTURAL DEL MERCOSUR. Disponível em:
http://fmcrecer.com.ar/nota/2552/el-chamame-patrimonio-cultural-del-mercosur Acesso em 24/07/2017.
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características, particularidades e pluralidades que vieram a se somar a outras para assim
surgir o sul-mato-grossense.
O Chamamé teve sua inscrição feita no Livro de Registro das Formas de
Expressão em 2017, sendo que o resumo da Decisão do Conselho Estadual de Cultura de
Mato Grosso do Sul favorável ao registro dom mesmo enquanto Patrimônio Imaterial ocorreu
no dia 02 de agosto de 2017, sendo publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do
Sul do dia 07 do mesmo mês, valorizando a importância deste gênero musical na construção
da identidade do povo sul-mato-grossense.
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rocha-e-rodrigo-teixeira-se-unem-em-projeto-do-fic-sobre-a-musica-fronteirica/ Acesso em
25/07/2017.
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25/07/2017.
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http://www.cultura.gob.ar/ministros-de-cultura-del-mercosur-reunidos-en-argentina_4111/
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