Nutrição de Cavalos Atletas
-
Upload
guilherme-caribe -
Category
Documents
-
view
43 -
download
9
description
Transcript of Nutrição de Cavalos Atletas
NUTRIÇÃO EQÜINA
Fernando Queiroz de AlmeidaInstituto de Veterinária
UFRRJ
Alimentando o Cavalo Atleta
• ENERGIA
• PROTEÍNA
• MINERAIS
• VITAMINAS
• ÁGUA
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS
ENERGIA DIETÉTICA
• Carboidratos não-estruturaisAmido Glicose GlicogênioSacarose
• Carboidratos estruturaisCelulose AGV GlicoseHemiceluloses Triglicerídeos
• LipídeosÁcidos graxos TriglicerídeosGlicerol Glicose
CARBOIDRATOS
• Compostos pelos elementos:
Carbono (C)
Hidrogênio (H)
Oxigênio (O) • (CH2O)n, onde n ≥ 3.
• Presença de Fósforo (P), Nitrogênio (N), Enxofre (S)
CARBOIDRATOS NOS VEGETAIS
• Metabolismo intermediário
• Armazenamento de energia
• Papel estrutural
FIXAÇÃO DA ENERGIA FOTOSSINTÉTICA
6 CO2 + 6 H2 O + 673 Kcal → C6 H12 O6 + 6 O2Glicose
GLICOSE 6-P
GLICOSE 1-P
FRUTOSE 6-P
SACAROSE 6-P GLICOSE
SACAROSE CELULOSE AMIDO
(Transporte) (Estrutural) (Armazenamento)
LEHNINGER (1985).
CLASSIFICAÇÃO E ESTRUTURA
• AÇÚCARES:Moléculas relativamente simplesSolúveis em água Monossacarídeos e Oligossacarídeos
• NÃO AÇÚCARES:
Moléculas complexasInsolúveis em água ou formam soluções coloidaisPolissacarídeos
AÇÚCARES:• GLICOSE
Ocorre livre em plantas, frutas, mel, sangue, LCR, etcMolécula básica para síntese do amido e da celulosePrincipal produto digestão de CHOs - monogástricosFonte imediata de energia
• FRUTOSEOcorre livre em folhas verdes, frutos e mel, na sacarose (dissacarídeo) e em frutosanas. Essencial no metabolismo como frutose-1- e 6-fosfato
• GALACTOSE
Não ocorre na natureza, exceto como produto de fermentação.
Combinada com a glicose forma a lactose, açúcar do leite.
AÇÚCARES:
DISSACARÍDEOS
• SACAROSE: Ocorre na cana-de-açúcar e beterraba
Glicose - Frutose
• MALTOSE: Produto da hidrólise do amido ou do glicogênio
Glicose - Glicose
• LACTOSE: Ocorre no leite como produto da glândulamamária
Galactose - Glicose
• CELOBIOSE: Produto da hidrólise da celulose.
POLISSACARÍDEOS• AMIDO: Carboidratos de reserva das plantas.
Amilose: Fração mais solúvel. De 10 a 20 % do amido. Polímero de glicose com ligações α-1,4.
Amilopectina: Fração mais insolúvel. De 80 a 90 % do amido.Polímero de glicose com ligações α-1, 4 e α-1,6.
• GLICOGÊNIO: Armazenamento de glicose na célula animal. Forma prontamente mobilizável de glicose.
• CELULOSE: Polímero glicose unidas por ligações β-1,4.
Função estrutural dos vegetais.É o composto orgânico mais abundante da biosfera.
• HEMICELULOSES: Associada à celulose na parede vegetal
Ligninas• Não é um carboidrato, mas são encontradas em estreita
associação com os carboidratos da parede celular.
• A celulose de células não lignificadas são facilmente degradadas pela microflora celulolítica do trato digestivo dos herbívoros.
• A proporção de ligninas que reveste a célula aumenta com a maturidade da planta e interfere com a digestão.
FIBRA DIETÉTICA
• Polissacarídeos e ligninas não digeridos ou absorvidos no trato gastointestinal.
(Van SOEST, 1985)
GORDURASUso dietético:
• Aumento da densidade energética
• Redução dos distúrbios digestivos associados com
a ingestão de elevadas quantidades de
carboidratos solúveis
• Redução do “stress” pelo calor• Níveis usuais de 10% ou menos nas dietas
A energia não é um nutriente per se . É considerada a energia consumida que é convertida em outras formas de energia química, energia mecânica e calor que ocorre após várias reações enzimáticas e bioquímicas.
O conteúdo energético de uma dieta determina a quantidade da dieta consumida por dia e, portanto afeta a ingestão dos outros nutrientes.
ENERGIA
A energia química dos alimentos é expressa em joules(J) (Sistema Internacional) e, também pode ser expressa em unidades de calorias (cal)
4,184 J = 1 cal1cal é a quantidade de energia necessária para elevar 1g de água de 14,5C a 15,5C
1 Kcal = 1000 cal1 Mcal = 1000 Kcal
NRC - Calorias ou JoulesINRA - Unite Fouragire Cheval (UFC)
1 UFC = 2250 Kcal
Medição da energia:
Energia Bruta (EB)
Energia Digestível (ED)
Energia Metabolizável (EM)
Energia Líquida (EL)
Conceitos de energia
Energia de mantença Energia de produção
- Energia Fecal
- Energia Urinária- Produção de Gases
- Incremento calórico
PROTEÍNA
• Cerca de 18% do organismo na base MSDeseng
• Requerimentos diários - função das perdas endógenas, deposição e secreção de proteínas
• Valor biológico - proteína de alta qualidade com níveis de aminoácidos próximos das exigências nutricionais dos animais
CLASSIFICAÇÃO
• Proteínas Simples - compostas por aminoácidos
Ácido fosfórico - fosfoproteínas
Carboidratos - glicoproteínas
Lipídeos - lipoproteínas
Pigmentos - cromoproteínas
Ácidos Nucléicos - nucleoproteínas
Proteínas Conjugadas - outros grupos químicos
ESTRUTURA
NITROGÊNIO PROTÉICO
Elemento Composição (%)
Carbono 51,0 a 55,0
Hidrogênio 6,5 a 7,3
Nitrogênio 15,5 a 18,0
Oxigênio 21,5 a 23,5
Enxofre 0,5 a 2,0
Fósforo 0,0 a 1,5MAYNARD e LOOSLI (1974)
PROTEÍNA DIETÉTICA = Teor de Nitrogênio x 6,25Teor de médio de nitrogênio - 16,0% (100 / 16 = 6,25)
NITROGÊNIO NÃO-PROTÉICO
Compostos Exemplos
Aminas Putrescina, Histamina, Tiramina, etc
Amidas Uréia, Alantoína,
Nitratos Nitratos e Nitritos
Alcalóides Ricina, Quinina, Solanina, etc.
McDONALD et al. (1988)
AMINOÁCIDOS
Essenciais Semi-essenciais Não essenciaisLisina Tirosina Ac. GlutâmicoTreonina Cistina GlutaminaMetionina Taurina GlicinaValina Arginina SerinaLeucina ProlinaIsoleucina Ac. AspárticoHistidina Asparagina
Fenilalanina Alanina
Triptofano
Descrição de cerca de 40 aminoácidosExigências dos animais - 21 aminoácidos
Aspectos Gerais da Digestão nos Eqüinos
EQÜINOS (Equus caballus)
• Herbívoros não-ruminantes
• Pastejadores
• Gramíneas, leguminosas e arbustos
• Estacionalidade - qualidade e quantidade
(JANIS, 1976)
Considerações Anatômicas e Fisiológicas• Estômago - pequeno, ingestão de pequenas
quantidade de alimentosTaxa de passagem: de 1 a 5 horas
• Intestino delgado - duodeno, jejuno e íleodigestão enzimática16 a 24 metros de comprimentoTaxa média de passagem de 1,5 horas
• Intestino grosso - ceco, cólon e retoDigestão microbianaTaxa de passagem de 30 a 40 horas
Conteúdo total e parcial do trato gastrintestinal do eqüino, suíno e bovino
Conteúdototal
Estômago Intestinodelgado
Ceco Colon(+ reto)
litros litros % litros % litros % litros %Suíno 30 9 30 10 33 2 7 9 30
Equino 230 15 7 70 30 30 13 115 50Bovino 330 230 70 65 20 10 10 25 7
WOLTER (1982)
CARBOIDRATOS
• CHO solúveisDigestão enzimática no intestino delgadoDigestão microbiana no ceco-cólon
• CHO estruturais
Digestão microbiana no ceco-cólon
LACTASE / SACARASE / MALTASE
Espécie Maltase Sacarase LactaseEquina 150 - 400 80 - 130 0 - 40Bovina 5 - 15 0 0,7 - 5Suína 500 - 600 250 - 350 < 10
Canina 230 - 360 30 - 70 33Felina 110 17 11
Atividade das dissacaridases na mucosa do intestino delgado de animais adultos de várias espécies (U / g proteína)
KIENZLE & RADICKE (1993)
AMILASE PANCREÁTICA
Atividade da amilase pancreática no intestino delgado em diferentes espécies (unidade / g de mucosa / minuto)
WOLTER (1982)
Sítios no intestino delgado1 2 3 4 5 6
Equino_ Récem-nascido 0.56 0,99 0,42 0,27 2,51 5,05_>1 semana < 1 ano 3,80 1,47 0,90 0,85 1,11 1,83_ Adulto 3,42 2,31 2,89 2,35 2,79 1,83Coelho 13,53 18,18 17,96 18,94 16,98 19,44Suíno 13,10 15,40 18,60 12,20 25,60 10,20Cão 55,50 74,90 46,10 45,50 46,70 15,80
Fatores que afetam a digestão pré-cecal do amido
Fonte de amido: aveia > sorgo > milho > cevada
Digestibilidade (%) Milho Aveia SorgoPré-cecal 78,2 91,1 94,3_Relativa 80,3 94,9 97,2Pós-ileal 72,7 33,1 40,5_Relativa 19,7 5.1 2,8Total 97,0 96,0 97,0
ARNOLD et al. (1983)
Efeito do volumoso
consumo deamido (g/kgPV/refeição)
tipo deforragem
ingestão deforragem (g/kg
PV/refeição)
digestibilidade doamido (%)
1,1 feno de alfafa 12 65,02,2 feno de alfafa 9 60,33,2 feno de alfafa 6 54,73,4 feno de alfafa 3 66,02,2 forragem verde 4,9 47,32,2 feno de gramínea 3,9 20,0
Efeito da forragem na digestibilidade pré-cecal do amido de milho triturado
KIENZLE (1994)
Processamento do amido
Aumento da digestibilidade com o aumento da desintegração do grão e da estrutura do grânulo de amido
Processamento Aveia Milho CevadaGrão inteiro 83,5 28,9 -Laminado 85,2 - 21,4Moído - 29,9 -Triturado - 45,6 -Triturado + amilase - 57,7 -Expandido - 90,1 -
Digestibilidade pré-cecal do amido (%)
MEYER et al. (1993)
QUALIDADE x DIGESTIBILIDADE x REQUERIMENTOS
Composição aminoacídica
Proporção entre os aminoácidos
Digestibilidade pré-cecal da proteína e aminoácidos
Variabilidade na composição aminoacídica
PROTEÍNA
AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA DIETÉTICA
• Coeficiente de Digestibilidade (CD)MS Cons x (% PB) - MS Fecal x (%PB)
CD Proteína (%) = x 100MS Cons x (%PB)
MS Cons x (%PB) - Fluxo MS Ileal x (%PB)CD Pré-cecal (%) = x 100
MS Cons x (%PB)
Digestibilidade aparente pré-cecal, pós-ileal e total da proteína do Feno de Capim Bermuda e do Feno de Alfafa
Digestibilidade(%)
Feno deAlfafa
(15 % PB)
Feno deAlfafa
(18,1 % PB)
CapimBermuda
(11,7 % PB)Pré-cecal 1,31 21,0 9,56 Relativa 1,98 28,45 16,77Pós-ileal 65,66 66,88 52,5 Relativa 98,02 71,55 83,23Total 66,10 73,84 57,05
GIBBS et al. (1988)
Digestibilidade aparente pré-cecal, pós-ileal e total da proteína de alimentos concentrados
Digestibilidade(%)
Milho8,9% PB
Aveia13,5%PB
Sorgo10,3%PB
F. Soja48,65% PB
F. Algodão43,69% PB
Pré-cecal 48,1 53,9 70,7 52,5 81,2
Relativa 49,4 60,9 75,9 59,9 95,5
Pós-ileal 97,8 75,1 76,5 83,7 20,1
Relativa 51,6 39,1 24,1 43,0 4,4
Total 98,1 88,5 93,1 92,1 84,9GIBBS et al. (1996)
Efeito do volumoso no coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes
Item Proporção volumoso:concentrado ER
40:60 60:40 80:20 100:00
CDMS (%) 67,3 57,2 50,6 42,5 1
CDPB (%) 64,0 69,2 62,3 44,5 2
CDEB (%) 71,2 61,1 54,5 48,6 3
CDFDN (%) 44,6 51,3 43,4 47,4 46,7
CDFDA (%) 33,6 42,9 32,6 38,8 36,91 - Y = 82,67 – 0,40* X ( r2 = 99,0) 2 - Y = 19,67 + 1,68* X – 0,014* X2 (R2 = 100,0)3 - Y = 84,85 – 0,37* X ( r2 = 98,0) X - Nível de volumoso na dieta. * (P < 0,05)
OLIVEIRA (2001)
Efeito do volumoso no CDPB
Estimativa do coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDPB) em função do nível de
volumoso nas dietas.
y = 19,67 + 1,68X - 0,014X2
r2 = 100,0
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
35 45 55 65 75 85 95Nível de volumoso (% na dieta)
CD
PB (%
)
Digestibilidades aparentes pré-cecal, pós-ileal e total da proteína dietética
Nível de PB7,45 10,26 13,23 16,04 18,51 ER
Digestibilidade aparente da PB (%)
Pré-cecal 35,42 48,88 46,78 43,05 44,24 Y= 44,81
Pós-ileal 22,19 28,82 50,44 53,33 66,24 1
Total 54,11 70,74 74,53 74,88 81,79 2Digestibilidade aparente relativa da PB
Pré-cecal 65,11 69,38 62,75 57,23 54,43
Pós-ileal 34,89 30,62 37,25 42,77 45,571 -Y= - 7,08737 + 3,88804 * PB r2 = 0,9286.2 - Y = 8,26571 + 8,00134 * PB - 0,223179 * PB2 R2 = 0,9407 (P < 0,05), pelo teste de “t”
ALMEIDA et al (1998)
GORDURAS
Digestibilidade pré-cecal e pós-ilealdo extrato etéreo em dietas para eqüinos
contendo diferentes níveis de gordura animal
Dieta Porcentagem de gordura na dieta
Digestibilidade(%) Controle 5 10 15 20 25
Pré-cecal 56,52 53,45 59,40 68,68 68,99 66,76
_ Relativa 90,88 87,12 92,88 99,36 104,16 103,22
Pós-ileal 11,27 13,53 4,65 - 4,30 - 12,35 -12,22
_ Relativa 9,12 12,88 7,13 0,64 - 4,16 - 3,73
Total 62,92 63,39 65,76 68,70 65,99 64,23
SWINNEY et al. (1995)
Digestibilidade da fibra em detergente neutro (FDN), energia, proteína e matéria seca em dietas para
eqüinos contendo diferentes níveis de gordura animal
Dieta Porcentagem de gordura na dieta
Digestibilidade(%) Controle 5 10 15 20 25
FDN 56,31 58,34 59,94 60,59 53,71 49,18
Energia 70,62 71,12 71,38 74,05 68,96 69,00
Proteína 67,64 70,95 73,40 77,74 72,71 76,49
Matéria Seca 81,88 81,25 81,92 84,67 80,38 79,16
SWINNEY et al. (1995)
REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS
• Cavaleiro
• Umidade relativa
• Temperatura ambiente
• Treinamento
NRC (1989)
• Idade• Raça
• Sexo• Temperamento• Estado nutricional
Energia para Mantença
Energia Digestível (ED = Mcal/kg)
Peso Vivo (PV) : 200 a 600 kg:
ED = 1,4 + 0,03 PV
Peso Vivo (PV): maior que 600 kg:
ED = 1,82 + 0,0383 PV - 0,000015 PV2
Energia para Atividade Física
Energia Digestível (ED) Mcal/kg MS Dieta
• Leve - Passo, adestramento, trote lento, etc.ED = 1,25 x ED mantença
• Moderada - Trote rápido, concurso hípico, etc.
ED = 1,50 x ED mantença
• Intensa - Corridas, pólo, enduro, tração, etc.
ED = 2,0 x ED mantença
Exigências Energéticas para Atividade Física(Eqüino - 500 Kg PV)
Atividade Exigência de Energia Digestível (Mcal)
Mantença 16,40 16,40 16,40 16,40 16,40 16,40
4 h passo 1,00
1 h trote curto 2,75
1 h trote alongado / galope curto 6,15
4 h trote curto 11,00
1 h galope alongado ou salto 11,35
1 h trabalho intenso 19,35
Total 17,40 19,15 22,65 27,40 27,75 35,35
Percentual acima da mantença +6% +17% +38% +67% +69% +118%
Fonte: FRAPE (1998)
PROTEÍNA• Mantença - 40 g PB/Mcal/ED/dia• Dieta de Mantença - 10% PB
• Dieta para Atividade Física - 11 a 12% PB
• Excesso de ingestão de proteína
⇒ Redução de reabsorção renal de Ca e P
⇒ Sobrecarga metabólica do fígado
⇒ Aumento das exigências de água e eletrólitos
⇒ Redução do rendimento atlético
Exigências de Proteína Bruta (g/dia)
Peso Vivo (PV)Categoria 400 kg 500 kg 600kg
Mantença 536 656 776Trabalho Leve 670 820 970Trabalho Moderado 804 984 1164Trabalho Intenso 1072 1312 1552
FONTE: NRC (1989)
Água
• Qualidade - limpa• Temperatura - fresca• Abundância - suficiente, freqüente e regular
• Redução do Consumo - palatabilidade e acesso
⇒ Redução na ingestão dos alimentos
⇒ Redução no desempenho
⇒ Predisposição aos distúrbios gastrointestinais
Exigência de água (litros/kg MS consumida)(Eqüino – 500 Kg PV)
Atividade Física
Mantença Leve Moderada Intensa
3 3 a 4 4 a 6 7 a 10Fonte: NRC (1989), FRAPE (1998)
Perda de peso em eqüinos em competição
Evento Perda de Peso (Kg) 1
Galope 4,5 a 7,3Corrida – 1.600 m 5,5 a 15Cross – 3 horas 11 a 45Enduro – 80 km 30 a 501Água - 90% da perda de pesoFonte: NRC (1989)
MINERAIS
• Suor - hipertônico em relação ao plasma• Excreção de minerais pelo suor• Sódio (Na), Potássio (K) e Cloro (Cl)
Concentração de eletrólitos no plasma e suordos eqüinos (mmol/l)
Na K Cl Ca MgPlasma 140 3,5 - 4,5 100 3 1Suor 130 - 190 20 - 50 160 - 190 2 - 6 1 - 4
FONTE: SNOW (1985)
Exigências diárias de Ca, P, Mg, K, Na, Cl e Fe(Eqüino - 500 kg PV)
Atividade FísicaNutriente Mantença
Leve Moderada IntensaCálcio (g) 20,0 25,0 30,0 40,0Fósforo (g) 14,0 18,0 21,0 29,0Magnésio (g) 7,5 9,4 11,3 15,1Potássio (g) 25,0 31,2 37,4 50,0Sódio (g) 10,0 20,0 50,0 125,0Cloro (g) 10,0 25,0 70,0 175,0Ferro (g) 0,2 0,3 0,6 1,2
FONTE: NRC (1989)
Programa Nutricional &
Desempenho Atlético
• Potencial genético
• Incremento no desempenho x nutrição ?
• Nutriente mágico ?
• Dietas não balanceadas ⇒ menor desempenho
• Dietas não balanceadas ⇒ suplementação
Modalidades Esportivas
• Corridas - PSI, QM, Árabe e Trotadores
• Resistência - Árabe, MM, Crioula e Mestiços
• Concurso Hípico - Hanoveriana, BH
• Adestramento Clássico
• Concurso Completo de Equitação (CCE)
• Provas de Rédeas, Laço, Baliza, etc.
• Pólo
Particularidades do homem e do cavalo atletaCaracterísticas Homem Cavalo1
Velocidade máxima (km/h) 36 70Proporção de Músculo (% PV) 40 40Peso do coração (% PV) 0,40 0,86Capacidade aeróbia + ++Capacidade anaeróbia + ++Glicogênio muscular ++ +++Produção de lactato + ++Poder tampão + ++Sudorese ++ ++Concentração de eletrólitos no suor + ++Fibras musculares
IIB + +++IIA ++ ++I +++ +
Reservas energéticas (Kcal)ATP 1,2 9,1Fosfocreatina 3,6 45,0Glicogênio 1.200 a 2.000 18.000Lipídeos 50.000 a 150.000 1.000.000
1Eqüinos da raça Quarto de MilhaFONTE: WOLTER (1992)
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
• Tipo I - Contração lentaMetabolismo aeróbio (oxidativo)Substrato: glicogênio e lipídeosResistência
• Tipo IIB - Contração rápidaMetabolismo anaeróbio (glicólise)Substrato: glicogênioVelocidade
• Tipo IIA - Contração rápidaMetabolismo aeróbio (oxidativo)Substrato: glicogênio e lipídeosVelocidade e resistência
Concentração de Nutrientes na Dieta de Eqüinos (na MS)
ED PB Lis Ca P Mg K Vit AAtividadeFísica Mcal/Kg (%) (%) (%) (%) (%) (%) (IU/Kg)
Mantença 2,00 8,0 0,28 0,24 0,17 0,09 0,30 1630
Leve 2,45 9,8 0,35 0,30 0,22 0,11 0,37 2690
Moderada 2,65 10,4 0,37 0,31 0,23 0,12 0,39 2420
Intensa 2,85 11,4 0,40 0,35 0,25 0,13 0,43 1950Fonte: NRC (1989)
Consumo Dietético nos Eqüinos (% PV)
Volumoso:ConcentradoCategoria Volumoso Concentrado TotalVol(%)
Conc(%)
Mantença 1,5 – 2,0 0 – 0,5 1,5 – 2,0 100 0
Leve 1,0 – 2,0 0,5 – 1,0 1,5 – 2,5 65 35
Moderada 1,0 – 2,0 0,75 – 1,5 1,75 – 2,5 50 50
Intensa 0,75 – 1,5 1,0 – 2,0 2,0 – 3,0 35 65Fonte: NRC (1989)
ForragensComposição química e consumo de forragens
Composição(%)
Consumo de MS(g MS/dia)Forrageira
PB FDA Kg0,75 % PVAlfafa 23,5 34,1 129,8 3,0Lab-Lab 15,4 41,3 109,1 2,4Soja Perene 12,1 51,4 95,2 2,1Capim Jaraguá 9,8 45,0 101,5 2,1Capim Coast-cross-1 6,9 43,6 83,2 1,8Capim Estrela 10,0 47,6 67,2 1,4Capim Colonião 4,3 53,4 76,5 1,7
Fonte: Adaptado de TOSI (1989)
Valor Nutritivo das Forragens• EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO - ED e CDPB
ED = 4,22 – 0,11 FDA + 0,332 PB + 0,00112 (FDA)2 (R2 = 0,80)
CDPB (%) = - 2,5 + 0,74 PBNRC (1989)
ED = 5,0285 - 0,0144 MO - 0,0424 FDA (R² = 0,89)
ED = 3,7868 - 0,044 FDA (R² = 0,87)
CDPB (%) = 38,2446 + 1,7381 PB (r² = 0,53)ALMEIDA et al. (1999)
Alimentos Concentrados• Aveia - inteira ou laminada
⇑ Fibra⇓ Energia digestível⇓ Densidade
• Milho - triturado, moído ou extrusado⇑ Energia digestível⇓ Proteína bruta
Digestibilidade do amido
• Sorgo / Farelo de trigo / Melaço
Alimentos Concentrados• Óleo Vegetal / Gordura Animal
⇑ Densidade energética⇓ PulverulênciaDieta total - 5 a 20%
• Concentrado ProtéicoFarelo de sojaFarelo de algodãoFarinha de glúten de milho
Manejo da Alimentação
• Alimentar o cavalo individualmente
• Avaliar com freqüência o peso e condição corporal
• Fornecer a dieta três a quatro vezes durante o dia em
intervalos regulares e pontuais
• Período noturno - fornecer maior quantidade de feno
para maximizar as reservas intestinais de energia,
água e eletrólitos
Manejo da Alimentação
• Fornecer 1/3 da dieta (0,75 a 1,0% PV) como
volumoso de boa qualidade
• Umedecer os alimentos muito pulverulentos
• Fornecimento de água - à vontade
• Sal mineral - disponível no cocho
Alimentação no dia da competição
Cavalos em Desempenho Máximo Exercício de Curta Duração
• Esforço anaeróbio
• Duração de ± 3 minutos
• PSI e QM
• Minimizar peso corporal
• Feno - remover 12 horas antes do evento
• Ração - suspender 8 horas antes do evento
• Água - sem restrições
Cavalos em Desempenho Moderado Exercício de Média Duração
• FC entre 50 a 75% da FC máxima
• Exercícios por várias horas
• Várias disciplinas eqüestres
• Feno - freqüente, pequenas quantidades
• Ração - suspender 8 horas antes do evento
• Água - sem restrições
Cavalos em Exercício de Longa Duração e Baixa Intensidade• Exercícios durante todo o dia
• Competições de Enduro
• Feno - acesso livre a foragem de alta qualidade
• Fibra - alta digestibilidade e baixa conteúdo protéico
• Ração - suspender ou reduzir durante o evento
• Água - sem restrições• Eletrólitos - fornecer antes e início do evento
(prevenir desidratação intensa)
Conclusões
TREINAMENTOADEQUADO
DIETA BALANCEADA
VELOCIDADERESISTÊNCIA