NÚMERO DO PROCEDIMENTO - florencepalmares.com · Compete ao motorista da Unidade de Resgate: ... -...
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ÍNDICE
I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS ................................................................................................ 5
1. VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA VIATURA ........................................................... 5
2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA ..................................................................................................... 7
3. CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA ................................................................................................... 7
4. PRIORIZAÇÃO DE VÍTIMAS (TRIAGEM) ..................................................................................................... 8
5. CONSTATAÇÃO DE ÓBITO EM LOCAL DE OCORRÊNCIA ........................................................................ 9
6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS ........................................................................................................................ 9
7. TRANSFERÊNCIA DA VÍTIMA AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR..........................................10
8. TÉRMINO DO ATENDIMENTO ....................................................................................................................10
II – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS .....................................................................................11
1. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE BÁSICO (SBV)...........................................................................11
2. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE AVANÇADO ..............................................................................11
3. VÍTIMA ESTABILIZADA ................................................................................................................................11
4. ORDENS CONTRÁRIAS DE MÉDICOS OU AUTORIDADES NÃO MÉDICAS NÃO PERTENCENTES AO
SISTEMA......................................................................................................................................................12
5. SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO..................................................................................................12
6. SOLICITAÇÃO DE HELICÓPTERO ..............................................................................................................13
7. TRANSPORTE DE VÍTIMA ANTES DA CHEGADA DO SAV ........................................................................13
8. ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO ....................................................................................................13
9. ATENDIMENTO A VÍTIMA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA ........................................................................15
III – AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS ..............................................................................................................................15
1. ANÁLISE PRIMÁRIA ....................................................................................................................................15
2. ANÁLISE SECUNDÁRIA ..............................................................................................................................17
3. CLASSIFICAÇÃO NAS ESCALAS ................................................................................................................20
IV – OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA .....................................................................................................................21
1. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO PARCIAL ...............................................................................21
2. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL ...................................................................................21
3. ADULTO QUE TORNOU-SE OU ESTÁ INCONSCIENTE .............................................................................22
4. CRIANÇA CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO VIA AÉREA (ENTRE 1 E 8 ANOS) .......................................22
5. CRIANÇA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ...............................................................22
6. TÉCNICA DA BUSCA CEGA (vítimas maiores de 8 anos de idade) ..............................................................23
7. TÉCNICA COMPRESSÃO ABDOMINAL (manobra de “Heimlich”) ................................................................24
8. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO OU SEMI-
LÍQUIDO......................................................................................................................................................24
V – OXIGENOTERAPIA ....................................................................................................................................... 25
1. OXIGENOTERAPIA EM ADULTOS .............................................................................................................. 25
2. OXIGENOTERAPIA EM CRIANÇA E BEBÊ ................................................................................................. 26
VI – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR ............................................................................................................ 26
1. PARADA RESPIRATÓRIA ............................................................................................................................ 26
2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E CRIANÇAS E BEBÊ .............................................................. 27
3. VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA.................................................................................................................. 28
4. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR MANUAL (TIPO AMBU) ................................................................. 28
5. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR PRESSÃO POSITIVA .................................................................... 29
6. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL ......................................................................................................... 29
7. COMPRESSÃO TORÁCICA ......................................................................................................................... 30
8. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM ADULTO ...................................................................................... 32
9. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM CRIANÇA E BEBÊ ....................................................................... 33
VII – CHOQUE HEMODINÂMICO ......................................................................................................................... 33
1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS ........................................................................................................... 33
2. CONDUTA NO CHOQUE HEMODINÂMICO ................................................................................................ 34
VIII – HEMORRAGIAS .......................................................................................................................................... 34
1. HEMORRAGIAS EXTERNAS ....................................................................................................................... 34
2. APLICAÇÃO DO TORNIQUETE ................................................................................................................... 35
3. HEMORRAGIA INTERNA ............................................................................................................................. 35
IX – FERIMENTOS ............................................................................................................................................... 36
1. FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES .......................................................................................................... 36
2. FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE ........................................................................................................... 36
3. FERIMENTOS NO OLHO ............................................................................................................................. 37
4. FERIMENTOS NO NARIZ ............................................................................................................................ 37
5. FERIMENTOS NO PESCOÇO ..................................................................................................................... 38
6. AMPUTAÇÃO E/OU AVULSÃO .................................................................................................................... 38
7. FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX ................................................................................................ 38
8. EVISCERAÇÃO ............................................................................................................................................ 39
X – TRAUMAS...................................................................................................................................................... 39
1. TRAUMA CRANIANO ................................................................................................................................... 39
2. TRAUMA DE COLUNA ................................................................................................................................. 40
3. TRAUMA TORÁCICO ................................................................................................................................... 41
4. TRAUMA ABDOMINAL ................................................................................................................................. 42
5. TRAUMA EM GESTANTE ............................................................................................................................ 42
XI – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS ..........................................................................................................43
1. AVALIAÇÃO RECONHECIMENTO E CONDUTA DE LESÃO MÚSCULO ESQUELÉTICA ...........................43
2. ALINHAMENTO DE FRATURAS ..................................................................................................................44
3. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS SUPERIORES ..........................................................................44
4. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS INFERIORES ...........................................................................46
XII – IMOBILIZAÇÕES ..........................................................................................................................................48
1. APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL............................................................................................................48
2. RETIRADA DO CAPACETE .........................................................................................................................50
3. COLOCAÇÃO DE PRANCHA CURTA ..........................................................................................................51
4. COLOCAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR K.E.D. .....................................................................................52
5. PASSAGEM DA PRANCHA CURTA OU K.E.D. PARA PRANCHA LONGA ..................................................53
6. COLOCAÇÃO DE VITIMA EM PRANCHA LONGA .......................................................................................54
7. APLICAÇÃO DE TALA RÍGIDA .....................................................................................................................56
8. APLICAÇÃO DE TALA ARMADA MOLDÁVEL ..............................................................................................56
9. APLICAÇÃO DE TALA INFLÁVEL ................................................................................................................56
10. APLICAÇÃO DE TALA DE TRAÇÃO DE FÊMUR .......................................................................................57
11. RETIRADA E MOVIMENTAÇÃO DE VITIMAS DE TRAUMA.......................................................................58
XIII – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS .........................................................................................................................60
1. ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA .............................................................................................60
2. CRISE CONVULSIVA ...................................................................................................................................61
3. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS ..............................................................................................................62
4. DOR TORÁCICA SÚBITA (SUSPEITA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO OU ANGINA) .....................62
5. DOR ABDOMINAL ........................................................................................................................................63
6. REAÇÃO ANAFILÁTICA ...............................................................................................................................64
7. INTOXICAÇÃO (ENVENENAMENTO OU USO EXCESSIVO DE DROGAS) ................................................64
XIV – DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO .......................................................................................................65
1. ATENDIMENTO INICIAL ..............................................................................................................................65
2. DEPRESSÃO E TENTATIVA DE SUICÍDIO ..................................................................................................66
XV – PARTO DE URGÊNCIA ...............................................................................................................................67
1. TRABALHO DE PARTO ...............................................................................................................................67
2. PARTO IMINENTE .......................................................................................................................................67
XVI – EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS ..................................................................................................................69
1. CARACTERÍSTICAS ORGÂNICAS PEDIÁTRICAS ......................................................................................69
2. ESCALA DE COMA DE GLASGOW PARA CRIANÇAS ................................................................................70
3. DESIDRATAÇÃO .........................................................................................................................................70
XVII – ACIDENTES ESPECÍFICOS ...................................................................................................................... 71
1. LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO............................................................................................................. 71
2. LESÕES ORIGINADAS PELO CALOR ......................................................................................................... 72
3. ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................................................................. 73
4. CHOQUE ELÉTRICO ................................................................................................................................... 73
5. QUEIMADURA ............................................................................................................................................. 74
6. AFOGAMENTO ............................................................................................................................................ 76
7. CONDUTA COM AFOGADO ........................................................................................................................ 77
XVIII – BIOSSEGURANÇA ................................................................................................................................... 77
1. CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA .......................................................................................................... 77
2. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VIATURA ................................................................................................... 78
3. DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL ......................................................................................................... 78
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................................ 79
ABREVIATURAS .................................................................................................................................................. 83
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 5
C.P.P.S.B.
I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS
1. VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS DA VIATURA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Ao assumir o serviço, o integrante da equipe de
Resgate deverá checar com atenção todos os
equipamentos e materiais da viatura.
Todas as verificações deverão ser executadas
passo a passo, procurando atender os seguintes
princípios:
- o melhor e mais eficiente atendimento possível às
vítimas;
- o asseio e prevenção de contaminação da equipe
e infecção das vítimas, ou seja a devida utilização
dos EPI (equipamentos de proteçao individual);
- a segurança da equipe, das vítimas e de outras
pessoas.
- o conhecimento de todo material disposto na
viatura e a disposição para uso da equipe.
2. Compete ao motorista da Unidade de Resgate:
Antes do deslocamento verificar:
- nível do óleo do motor e Km da troca
- nível e estado da água do radiador
- fluido de freio
- tensão da correia do motor
- estado geral da bateria
- possíveis vazamentos
- presença de fumaça anormal no sistema de
escapamento
- fixação e estado do escapamento
- ruídos anormais
- eventuais peças soltas em geral
- fixação e estado dos pára-choques
- funcionamento dos limpadores de pára-brisa
- sistemas elétricos, luminosos e sonoros.
- calibragem e estado de conservação dos pneus e
estepe
- existência de triângulo de sinalização, macaco e
chave de rodas
- arranhões e amassados na cabine e carroceria
- limpeza geral externa da viatura
- nível do combustível
- marcador de temperatura do motor
- ajuste do banco e cinto de segurança
- ajuste dos espelhos retrovisores
- ficha de combustível e Registro Individual de
Viatura (RIV)
- estado, carga e fixação do extintor de incêndio
- guia da cidade
- relatórios de trabalho
- lanterna portátil
Durante o deslocamento de check up verificar:
- ruídos anormais
- eventuais peças soltas em geral
- freios
- funcionamento do rádio operacional e dos HT
(Hand talk)
3. Compete aos integrantes da Unidade de Resgate:
Inspecionar os seguintes equipamentos da viatura:
- maca de rodas
- maca tipo padiola
- prancha longa com três tirantes
- pressão do cilindro fixo de oxigênio
- pressão do cilindro portátil de oxigênio
- vazamentos nos sistemas de oxigênio
- sistema de aspiração de secreções
Verificar as quantidades mínimas dos seguintes
materiais e equipamentos:
- 01 colete imobilizador (KED)
- 01 prancha curta
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 6
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- 01 imobilizador pediátrico
- 02 colares cervicais grandes
- 02 colares cervicais médios
- 02 colares cervicais pequenos
- 01 conjunto de talas infláveis
- 03 jogos de talas aramadas moldáveis (peq,
média, grande).
- 01 jogo de talas rígidas
- 01 tala de tração de fêmur adulto
- 01 tala de tração de fêmur infantil
- 01 jogo de talas à vácuo
- 01 equipamento de oxigênio portátil
- 01 ressuscitador manual adulto (Ambu) c/
máscara
- 01 ressuscitador manual pediátrico (Ambu) c/
máscara
- 02 cânulas de Guedel adulto (nº 3 e 4)
- 02 cânulas de Guedel infantil (nº 1 e 2)
- 02 máscaras com extensão para oxigenação
adulto.
- 02 máscaras com extensão para oxigenação
infantil
- 02 cateteres nasais para oxigênio nº 04
- 02 cateteres nasais para oxigênio nº 08
- 03 sondas de aspiração traqueal nº 08
- 03 sondas de aspiração traqueal nº 08
- 03 sondas de aspiração traqueal nº 10
- 03 sondas de aspiração traqueal nº 14
- 03 sondas de aspiração traqueal nº 16
- 01 esfigmomanômetro adulto
- 01 esfigmomanômetro pediátrico
- 01 estetoscópio
- 01 tesoura para cortar vestes
- 03 óculos de proteção
- 15 máscaras faciais descartáveis
- 01 Kit de procedimentos básicos (Sacola de
Primeiros Socorros)
- 01 lanterna de pupilas
- 01 caixa de luvas de procedimentos
- 10 frascos de soro fisiológico 0,9% 250 ml
- 01 frasco de álcool a 70%
- 01 frasco de água oxigenada
- 01 rolo de fita crepe
- 02 rolos de esparadrapo
- 20 rolos de ataduras de crepe de 15 cm
- 10 bandagens triangulares
- 06 compressas de gaze algodoadas estéreis
(Zobec)
- 01 pacote de gaze não estéril com 500 unidades
- 10 plásticos para evisceração e queimaduras
- 02 Kit para parto
- 10 lençóis descartáveis
- 01 cobertor (tecido)
- 03 mantas aluminizadas
- 03 pares de luvas de borracha para uso geral
- 01 frasco de sabão líquido
- 01 frasco de hipoclorito de sódio a 1%
- 01 frasco de organoclorado em pó (Clorocid)
- 01 frasco de desinfetante
- 01 frasco de vaselina líquida
- 01 rolo de papel toalha
- 02 panos de limpeza
- 01 rodo
- 01 vassoura
- 01 balde 10 l
- 05 sacos de lixo hospitalar
- 01 recipiente para lixo
Verificar e testar os seguintes equipamentos para
salvamento:
- 01 cone de sinalização
- 01 rolo de fita de isolamento
- 01 triângulo de sinalização
- 01 conjunto para salvamento em altura completo
incluindo cabo de 50 m
- 02 pás de escota
- 01 cortador/alargador hidráulico com motor
- 01 caixa de ferramentas
- 01 jogo de chave fixa
- 01 jogo de chave yale
- 01 jogo de chave de fenda
- 01 jogo de chave Philips
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- 01 jogo de chave para elevadores
- 01 alicate isolado
- 01 alicate de corte
- 01 alicate de pressão
- 01 chave inglesa
- 01 grifo
- 01 tesoura de chapa
- 01 serra
- 01 estilete
- 01 machadinha de bombeiro
- 01 marreta
- 01 ponteira
- 01 croque articulado
- 02 pares de luvas de alta tensão
- 01 bóia tipo salsichão
- 02 conjuntos de proteção respiratória autônoma
completo
- 03 pares de luvas de raspa
- 03 coletes refletivos
ADVERTÊNCIAS
Toda a equipe é o responsável pela rigorosa
verificação das condições dos materiais e
equipamentos que serão empregados no serviço
operacional, como também pelo zelo com o
material durante sua utilização na ocorrência.
2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Determinar a mais rápida e segura rota para o
trajeto.
2. Conhecer rotas alternativas.
3. Revisar, mentalmente, todos os procedimentos
iniciais comuns a todas as ocorrências e os materiais
necessários para a realização dos mesmos.
4. Preparar-se especificamente para a natureza da
ocorrência em questão, por exemplo, no caso de
parto de urgência, relembrar todo o procedimento e
ao descer da viatura já levar consigo o kit para parto.
5. Revisar as funções de cada membro da equipe, que
devem estar bem definidas, isto é, quem acessa
diretamente à vítima, quem verifica os riscos no
local do acidente e quem sinaliza o local e transmitir
as informações para a Central de Operações.
6. Paramentar-se adequadamente, calçando luvas e
utilizando outros recursos disponíveis de proteção
individual.
ADVERTÊNCIAS
Atenção especial aos cruzamentos, e com os
pedestres.
Atenção com a velociade utilizada para se
chegar a ocorrência. Lembrar que, melhor que
tentar chegar a ocorrência com rapidez é chegar e
de forma segura.
O transporte deve ser realizado com
rapidez, eficiência e segurança.
3. CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA e
CINEMATICA DO TRAUMA:
É o estudo da cena no local que busca avaliar
a cena buscando fatores que caracterize aquela
situação para, então, a partir daí, se exerçam
procedimentos que determinarão a vida e a qualidade
de vida das pessoas envolvidas em uma adversidade.
Com o exame da cena é possível se
determinar dois pontos distintos:
1- a segurança da cena (neste momento busca-se
inicialmente a segurança da equipe e logo
imediatamente a da vitima);
2- os mecanismos de injuria (serão fundamentais para
indicar as possíveis lesões que a vitima pode ter
sofrido). Uma vez observado os mecanismos pode-se
então deduzir um pré-diagnostico da vitima (este, tem
sua importância pela possibilidade de triar as vitimas
mais graves no local da ocorrência, viabilizando assim
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
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C.P.P.S.B.
maiores atenções para as vitimas que aparentemente
estão mais graves).
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Informar a Central de Operações sobre a chegada.
2. Posicionar corretamente a viatura, de modo a:
- proteger a equipe de trabalho.
- auxiliar na sinalização do local, mantendo todas
as luzes e dispositivos luminosos de alerta da
viatura ligados.
- garantir uma rápida saída do local para o
transporte.
- obstruir o mínimo possível o fluxo do trânsito,
sem comprometer a segurança da equipe.
3. Fazer uma verificação inicial rápida do local,
observando:
- presença de algum perigo iminente, afastando-o
ou minimizando-o.
- número de vítimas.
- confirmar a natureza da ocorrência.
- confirmar se o apoio de unidades adicionais ou
outros serviços de emergências são necessários.
4. Fazer um relato prévio a Central de Operações.
5. Sinalizar o local, posicionando adequadamente
cones, pisca-alerta e outros recursos visuais.
6. O Socorrista deverá adotar a seguinte postura no
contato com a vítima:
- apresentação pessoal adequada.
- identificar-se como socorrista.
- controlar o vocabulário e hábitos.
- inspirar confiança e segurança nas atitudes.
- resguardar a intimidade da vítima.
- evitar comentários desnecessários sobre a
gravidade das lesões.
- não admitir de qualquer forma de discriminação
ou segregação no atendimento de uma vítima.
- permitir a presença de um acompanhante da
vítima, desde que não prejudique o atendimento.
- informar a vitima todos os procedimentos
adotados durante o seu atendimento,
buscando tranqüiliza-la adquirindo assim sua
atenção, confiança e auxilio durante o
atendimento como também compreensão
quanto a situação em que ela se encontra.
7. Efetuar avaliação da vítima:
- análise primária.
- análise secundária.
8. Considerar a necessidade de S.A.V. no local e
solicitar a Central de Operações se necessário.
9. Estabilizar a vítima, procedendo às condutas
específicas de forma rápida e efetiva.
10. Transmitir os dados para a Central de Operações:
- informar sexo e idade aproximada.
- resultado da análise primária/secundária,
fornecendo obrigatoriamente pressão arterial,
freqüência cardíaca e respiratória, Escala de
Coma de Glasgow e as lesões encontradas
sempre no sentido da cabeça aos pés.
- informar se a vítima encontra-se estabilizada em
condições de transporte.
- solicitar a Central de Operações qual o Pronto-
Socorro que deverá encaminhar a vítima.
ADVERTÊNCIAS
Em casos de várias vítimas iniciar o método de
triagem de acordo com o protocolo local,
informando a central a necessidade de outras
viaturas para socorrer cada uma delas.
Caso o método de triagem adotado seja o
START, inicia-lo fazendo triagem das vitimas
marcando-as para facilitar o atendimento das
unidades de apoio.
4. PRIORIZAÇÃO DE VÍTIMAS (TRIAGEM):
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Nas ocorrências em que o número de vítimas supere
a capacidade de atendimento das guarnições
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 9
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presentes no local, deverá ser estabelecida uma
priorização das vítimas.
Os socorristas identificarão aquelas que
apresentam risco imediato de morte e
determinarão quais as que primeiro receberão as
medidas de suporte básico de vida ou
estabilização, estabelecendo um critério de
prioridades.
2. Para o estabelecimento das prioridades deverá ser
aplicado o método START – (Simples Triagem e
Rápido Tratamento) baseado na:
a) freqüência respiratória;
b) perfusão capilar;
c) nível de consciência (capacidade de
cumprimento de ordens simples).
As vítimas receberão a seguinte classificação e
serão encaminhadas para lonas de acordo com a sua
identificação:
1) prioridade máxima - CÓDIGO VERMELHO
2) prioridade secundária - CÓDIGO AMARELO
3) prioridade baixa - CÓDIGO VERDE
4) morte - CÓDIGO PRETO
3. Para aplicação do método START o socorrista
deverá:
a) Uma vez constatada a indicação do método,
identificar e encaminhar as vítimas que podem
caminhar até uma área de concentração
previamente determinada.
b) Iniciar a avaliação das vítimas pela respiração.
Verificar se a respiração está normal, rápida ou
ausente. Se estiver ausente abrir as vias aéreas
da vítima e verificar se inicia respiração
espontânea. Se a respiração continuar ausente,
considerar como código preto. Não será
possível nestas circunstâncias iniciar a RCP. Se
a vítima necessita de ajuda para manter as vias
aéreas abertas ou tem uma freqüência
respiratória superior a 30 rpm, considerá-la
código vermelho. Se a respiração é normal
(menos de 30 rpm) seguir para o próximo
passo.
c) Verificar a perfusão capilar. Se a perfusão
capilar for superior a 2 segundos ou se o pulso
radial estiver ausente, considerar a vítima como
código vermelho. Se o pulso radial estiver
presente e a perfusão capilar for inferior a 2
segundos, seguir para o próximo passo. Neste
momento deverão ser tomadas as medidas
para controle de grandes hemorragias e
prevenção de estado de choque se for o caso.
d) Verificar o nível de consciência. Se a vítima não
demonstrar ser capaz de cumprir ordens
simples, solicitar que execute pequenas tarefas.
Se não conseguir realizar tarefas simples
considerá-la como código vermelho. Se a
vítima puder cumprir ordens simples considere-
a código amarelo ou verde, dependendo de
seu estado geral.
e) As vítimas deverão ser encaminhadas para
locais separados previamente, determinados de
acordo com seu respectivo estado geral.
f) Após a chegada de reforço, assim que houver
condições, as vítimas deverão ser reavaliadas.
g) A escolha dos locais de atendimento
definitivo será indicado de acordo com o
protocolo de acidentes de múltiplas vitimas
de cada região vigente.
ADVERTÊNCIAS
Somente aplicar o método START de triagem
quando houver múltiplas vítimas e quando o
número de vítimas for superior a capacidade de
atendimento da guarnição.
5. CONSTATAÇÃO DE ÓBITO EM LOCAL DE
OCORRÊNCIA:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Em princípio o socorrista não deve considerar a
vítima com ausência de pulso e respiração (morte
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 10
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clínica) como definitivamente morta (morte
cerebral), salvo quando da necessidade exclusiva,
intepestiva e extraordinária de um acidente com
múltiplas vitimas e insuficiência de unidades de
atendimento.
2. Ao constatar a morte clínica da vítima o socorrista
deverá imediatamente iniciar as manobras de
reanimação cardiopulmonar quando isto não
implicar falta de atendimento para outras vitimas.
3. O socorrista somente deixará de aplicar as
manobras de reanimação nos casos de:
- quando isto não implicar em falta de
atendimento para outras vitimas que são
inicialmente viáveis;
- lesões que evidenciem a impossibilidade de
manobras de RCP como, decapitação,
calcinação, seccionamento do tronco;
- presença de sinais tardios de morte como rigidez
cadavérica, manchas hipostáticas, putrefação, etc.
4. Uma vez iniciadas as manobras de RCP o
socorrista só poderá interrompê-las se:
- a vítima retornar espontaneamente os movimentos
cardiorrespiratórios;
- a equipe de S.A.V. assumir o caso;
- a vítima for entregue aos cuidados médicos em
um hospital;
5. 6. Se a vítima definitivamente morta tiver que ser
movimentada pela equipe de Resgate, além das
precauções legais o socorrista deverá removê-la
para local seguro e providenciar para que ela não
fique exposta, cobrindo-a com lençol descartável.
6. O respeito ao cadáver é dever de todo socorrista.
ADVERTÊNCIAS
Constatado o óbito no interior da viatura de
Resgate, o socorrista jamais poderá colocar a
vítima novamente no chão sob o pretexto de
morte irreversível. Isto será um procedimento
extremamente contrário a este manual.
Nunca perder tempo tentando reanimar uma
vitima possivelmente inviável enquanto outras
viáveis ficam aguardando sem atendimento. O
método START visa salvar o maior numero de
vidas possíveis mesmo que isto indique a perda
de algunas.
A viabilidade de uma vitima é determinado
pela seqüência do atendimento já descrita a cima
e ilustrada pelo algoritmo abaixo.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 11
C.P.P.S.B.
ALGORITMO DE ATENDIMENTO EM ACIDENTES
DE MULTIPLAS VITIMAS
TRIAGEM EM ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
START - Simple Triage And Rapid Treatment
(Algoritmo a cima)
6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Estabilizar a vítima antes de iniciar o transporte.
2. Fixar a vítima à prancha longa através dos três
tirantes.
3. Fixar a cabeça da vítima para impedir
movimentação lateral.
4. Prender a prancha longa á maca de rodas e fixá-la
na viatura.
5. Manter observação contínua da vítima, incluindo
sinais vitais, nível de consciência e, qualquer
alteração no quadro, comunicar a Central de
Operações.
6. Estar preparado para a ocorrência de vômitos.
7. Manter a vítima aquecida.
8. Transportar com velocidade moderada (rapidez),
eficiência e com segurança, escolhendo o melhor
trajeto até o hospital.
9. Informar à Central de Operações ao chegar ao
serviço de emergência.
ADVERTÊNCIAS
Cuidado para não agravar o estado da vítima
durante o transporte.
Atentar-se que cada vitima requer cuidados
diferenciados e especiais devendo o socorrista
determinar, frente a central de regulação, a melhor
forma de transporte para cada tipo de vitima.
Atentar-se para a alta velocidade e para a
sirene ligada, em determinados momentos podem
ser mais prejudiciais que favoráveis para a vitima.
7. TRANSFERÊNCIA DA VÍTIMA AO SERVIÇO
DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR:
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Fornecer a equipe do serviço de emergência
hospitalar, informações pertinentes à ocorrência e
ao atendimento prestado que possam interferir na
continuidade do tratamento desta vítima:
- natureza da ocorrência.
- dados do local da ocorrência.
- resultados da análise primária e secundária.
- procedimentos efetuados.
- tempo aproximado decorrido desde o chamado.
ADVERTÊNCIAS
Comunicar por escrito qualquer problema
durante o atendimento ao seu superior
hierárquico.
8. TÉRMINO DO ATENDIMENTO:
8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Realizar a limpeza e desinfecção dos materiais e
da viatura.
2. Informar à Central de Operações a saída da
viatura de serviço de emergência e a chegada a
base.
3. Repor o material utilizado.
4. Preencher o relatório com os dados obtidos no
local da ocorrência, durante o transporte e no
hospital.
5. Avaliar e comentar o atendimento com os
membros de sua equipe.
6. Quando possível, pegar assinatura do responsável
pela vitima ou de quem a recebeu no hospital,
informando-o sobre o estado geral em que a vitima
se encontra.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 12
C.P.P.S.B.
ADVERTÊNCIAS
Comunicar por escrito qualquer problema
durante o atendimento ao seu superior
hierárquico.
II – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS
1. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE
BÁSICO (SBV):
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. EMPREGO DE UNIDADE DE SUPORTE BÁSICO:
- Em todos os casos onde a equipe de SUPORTE
BÁSICO DE VIDA (SBV) está presente e não há
ninguém da equipe de SUPORTE AVANÇADO
DE VIDA (SAV), o SBV é responsável pela
completa assistência à vítima.
- Se for necessário, a equipe de SBV terá a
orientação do médico controlador da Central de
Operações.
- O SBV determinará:
- natureza da emergência.
- níveis de cuidados necessários para cada
vítima.
- tipo de cuidado necessário de acordo com o
procedimento específico.
- procedimentos realizados de forma rápida e
efetiva.
- transporte seguro, rápido e eficiente.
2. TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR POR
UNIDADES DE SBV:
A transferência de pacientes entre serviços de
saúde, através de unidades de S.B.V., não é
indicada e só poderá ser realizada desde que
autorizada pelo médico controlador em conjunto
com o chefe de operações em situação excepcional
e justificada.
ADVERTÊNCIAS
Aguardar determinação da Central de
Operações sobre o destino das vítimas.
No caso de isolamento completo, ou seja,
impossibilidade total de comunicação com a
Central de Operações (rádio e telefone), tanto a
unidade de suporte básico quanto a de avançado,
devem conduzir a vítima ao hospital da região
mais adequado ao caso.
2. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE
AVANÇADO:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Cabe à equipe de SAV o controle das ações de
saúde no local, que compreendem:
- triagem de vítimas;
- assistência pré-hospitalar às vítimas;
- mobilização de vítimas;
- transporte de vítimas;
- determinação da unidade hospitalar de destino,
quando não houver orientação do médico
controlador na Central de Operações.
- coordenar as ações da unidade de suporte
básico.
ADVERTÊNCIAS
3. VÍTIMA ESTABILIZADA:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Considerar vítima estabilizada pelo SBV quando os
problemas apresentados por ela foram atendidos
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 13
C.P.P.S.B.
de acordo com o padronizado por este manual.
Sendo que a vítima deverá estar devidamente
imobilizada e posicionada na viatura.
2. Quando houver impossibilidade da realização de
alguma manobra de SBV comunicar a Central de
Operações informando o motivo e aguardar
orientação da mesma.
3. Se for necessário apoio para estabilização da
vítima, solicitar o SAV de acordo com o protocolo
utilizado pela instituição.
4. Não havendo necessidade que o SAV transporte a
vítima para o serviço de emergência hospitalar, o
SBV efetuará o transporte conforme orientação do
SAV.
ADVERTÊNCIAS
O transporte de uma vítima não estabilizada
devidamente pode trazer sérios prejuízos a ela.
4. ORDENS CONTRÁRIAS DE MÉDICOS OU
AUTORIDADES NÃO MÉDICAS NÃO
PERTENCENTES AO SISTEMA:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
4.1.1. PARTICIPAÇÃO DE MÉDICO NÃO
PERTENCENTE AO SISTEMA:
- A intervenção de médico não pertencente ao
sistema Resgate será classificada como
“intervenção médica solicitada”.
- A presença de um médico no local deve ser
comunicada à Central de Operações.
- Acatar suas orientações referentes à assistência e
imobilização da vítima, desde que não contrariem
os procedimentos operacionais padronizados pela
instituição.
- O nome completo, número de inscrição no CRM
e endereço do médico devem ser anotados.
- Se houver situação de conflito o médico
controlador deverá ser comunicado para
resolução.
- Caso não consiga em tempo hábil contato com a
central de regulação, a unidade de suporte
básico se submeterá as orientações do medico,
caso este se responsabilize pelas ações ali
realizadas, e este ateste, para fins de
autenticidade, todos os procedimentos por ele
realizados ou solicitados, desde que estes não
sejam contrários ao protocolo da instituição
vigente.
4.1.2. ORDEM CONTRÁRIA DE AUTORIDADE NÃO
MÉDICA NÃO PERTENCENTE AO SISTEMA:
- Se a equipe de SBV receber ordens de
autoridade não médica, hierarquicamente
superior, que contrariem os procedimentos
operacionais padrão, a equipe deve informá-lo do
fato.
- Se houver persistência na ordem incorreta,
comunicar o médico controlador e o oficial de
operações na Central de Operações, solicitando
orientação.
- Se houver algum prejuízo à vítima decorrente de
tal ordem, o fato deve ser comunicado por escrito
ao respectivo comandante, e os fatos deverão
ser devidamente apurados.
ADVERTÊNCIAS
Todo procedimento realizado ou ordenado
por autoridade hierárquica não pertencente ao
sistema deverá ser prescrito, assinado e carimbado
pelo medico que realizou ou ordenou que se fizesse,
para respaldo dos profissionais.
5. SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 14
C.P.P.S.B.
- O SBV deverá:
- solicitar apoio de SAV nos casos listados abaixo:
- parada respiratória ou desconforto respiratório
grave;
- parada cardíaca;
- vítima em choque hemodinâmico;
- politraumatizados graves (Escala de Coma de
Glasgow menor ou igual a 8), cuja estabilização
e/ou transporte é demorado (maior do que dez
minutos);
- politraumatizados presos nas ferragens ou local
onde o acesso à vítima é difícil e demorado;
- ocorrência envolvendo grande número de vítimas
(mais do que três);
- suspeita de infarto agudo do miocárdio;
- vítimas com membros presos em máquinas ou
escombros;
- amputação traumática de membros próxima ao
tronco;
- vítimas com objetos transfixados em regiões do
corpo;
- quando houver dificuldade técnica de realizar
qualquer procedimento descrito neste manual;
- tentativa de suicídio.
ADVERTÊNCIAS
Casos não listados, o SAV pode ser acionado.
Cabe ao médico controlador decidir se o SAV
será ou não enviado ao local, quando solicitado
pelo SBV.
Cabe ao médico controlador decidir se o SBV
deve ou não aguardar o SAV antes de transportar
a vítima, observando o tempo máximo de
permanência no local após estabilização da vítima
(total aproximado dez minutos).
O SAV poderá ser acionado sem a solicitação
do SBV por determinação médica ou pelo Chefe
de Operações.
6. SOLICITAÇÃO DE HELICÓPTERO:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Segue a orientação geral anterior, devendo ser
solicitado especificamente nos seguintes casos:
- acesso por viatura terrestre dificultado e
demorado, por ausência de via trafegável, grande
congestionamento, inundações e etc.;
- impedimento das viaturas terrestres;
- grandes distâncias para as viaturas terrestres,
com demora mínima prevista maior que vinte
minutos para chegar ao local;
- recurso hospitalar necessário, localizado a
grande distância, ou com acesso dificultado.
2. REQUISITOS PARA ACIONAMENTO DA AERONAVE
- luz do dia (do nascer ao pôr do sol);
- local amplo, aproximadamente a metragem de
uma quadra de futebol;
- local plano, sem qualquer obstáculo como
veículos, pessoas, postes, fios elétricos;
- Tanto na hora do pouso quanto da decolagem, a
guarnição do SBV deverá providenciar um
isolamento para evitar a aproximação de pessoas
da aeronave.
- A vítima só será transportada até a aeronave
após avaliação feita pelo SAV no local.
ADVERTÊNCIAS
Caso haja dúvida se há local para pouso
apropriado, deve-se solicitar a aeronave, e o
comandante, durante o sobrevôo do local, avaliará
as condições de pouso e orientará os
procedimentos necessários por rádio.
Aproximar-se da aeronave pela frente, após
autorização da tripulação.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 15
C.P.P.S.B.
7. TRANSPORTE DE VÍTIMA ANTES DA
CHEGADA DO SAV:
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
- Vítima deve ter sido atendida por completo e
estabilizada no interior viatura.
- Comunicar o médico controlador que determinará
a conduta de aguardar o SAV, ou não, no local
ou o S.B.V. ir ao encontro do SAV.
- Encaminhar a vítima ao hospital de destino
determinado pelo médico controlador.
ADVERTÊNCIAS
No caso de isolamento completo, ou seja,
impossibilidade total de comunicação com a
Central de Operações (rádio e telefone), tanto a
unidade de SBV quanto a de SAV, devem conduzir
a vítima ao hospital da região mais adequado ao
caso.
8. ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO:
8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
Todo acidente pode gerar um local de crime, razão
pela qual é dever de todo policial militar preservá-lo
para a devida apuração, pela autoridade policial
(delegado de polícia) de responsabilidade penal. Para
efeito de exame do local de crime, não deverá ser
alterado o estado das coisas, a não ser que seja
absolutamente necessário.
Dentre as causas que justificam a alteração do
local estão:
- necessidade de socorro imediato às vítimas;
- risco de vida para a(s) vítima(s);
- risco de vida para os socorristas;
- risco de vida para outras pessoas ou risco de
novos acidentes;
- impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s);
- impossibilidade de outra forma de salvamento.
Em acidentes de trânsito com vítima(s), que
geralmente são crimes culposos, o socorrista deve
atuar de maneira que haja o mínimo de prejuízo para
o local. Nestes casos, cabe ao Corpo de Bombeiros o
atendimento à(s) vítima(s) e a segurança do local,
antes de passá-lo para o policiamento ostensivo.
Após o atendimento à(s) vítima(s), quando o local
estiver em perfeitas condições de segurança, o
policial militar de maior graduação presente ou Corpo
de Bombeiros é responsável por passar a ocorrência
para o policiamento no local.
Crimes dolosos como homicídio ou lesões
corporais provocadas por agressões, o socorrista
deverá inicialmente preocupar-se com segurança da
equipe e posteriormente com o atendimento à vítima
e, em seguida, tomar as devidas providências policiais
cabíveis. Se a vítima for autora do crime, deverá ser
detida e apresentada ao policiamento ostensivo para
as demais providências.
Em situações especiais como:
Crimes de abuso sexual - devem ser tomadas as
medidas necessárias para evitar constrangimento à
vítima, respeitando sua privacidade e seu estado
emocional.
Violência contra crianças - o socorrista deverá
priorizar o atendimento à vítima, e se houver
identificação do responsável pela violência, tomar
as medidas policiais cabíveis, evitando
envolvimento emocional que essas situações
acarretam.
De qualquer maneira, em casos como esses, o
socorrista deve evitar que o sentimento natural de
justiça ou revolta prejudiquem o atendimento às
vítimas, mesmo nos casos em que elas sejam
também os próprios criminosos.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 16
C.P.P.S.B.
Além das leis, regulamentos e normas próprias do
serviço, todo policial militar deverá conhecer detalhes
específicos da seguinte legislação:
- DECRETO-LEI Nº 2848 de 07Dez40 - Código
Penal;
- DECRETO-LEI Nº 3688 de 03Out41 - Lei das
Contravenções Penais;
- DECRETO-LEI Nº 3689 de 03Out41 - Código de
Processo Penal;
- LEI Nº 4898 de 09Dez65 - Lei de abuso de
autoridade
- LEI Nº 5970 de 11Dez73 - Alteração de local de
crime nos acidentes de trânsito;
- LEI Nº 6368 de 21Out76 - Lei de entorpecentes;
- LEI Nº 8069 de 03Jul90 - Estatuto da criança e
do adolescente;
- LEI Nº 9099 de 26Set95 - Juizado especial
criminal;
ADVERTÊNCIAS
É dever de todo policial militar conhecer a
legislação penal vigente, bem como as normas
processuais e administrativas referentes à prática
de crimes e suas implicações policiais.
Lembrar que, o excesso no exercício das
funções legais, é punível criminalmente.
9. ATENDIMENTO A VÍTIMA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA:
9.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
9.1.1. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
- devem ser tratadas como pessoas com
inteligência normal.
- falar olhando diretamente para seus olhos para
que ela possa tentar ler seus lábios.
- se necessário, utilizar a escrita.
- seja paciente.
- explicar à vítima todo procedimento que será feito.
- aprender a linguagem de sinais, algumas de suas
expressões pode ser bastante útil.
-manter sempre o contato visual.
9.1.2. VITIMA CEGA:
- descrever o que estiver fazendo.
- manter contato físico constante.
- ser paciente.
- manter contato auditivo constante.
9.1.3. VÍTIMA COM CONFUSÃO MENTAL:
- usar palavras simples de fácil entendimento.
- explicar de forma simples o que estiver fazendo.
- transmitir segurança.
- dar tempo para que a vítima responda suas
perguntas.
- ser paciente.
9.1.4. VÍTIMAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL:
- manter comunicação constante.
- utilizar palavras simples.
- repetir a informação quantas vezes for necessário.
- determinar a capacidade de compreensão da vítima.
- ser paciente.
9.1.5. VÍTIMA IDOSA:
- tratar com respeito especial.
- respeitar suas limitações, angústias, medos e
pudor.
- ser paciente.
9.1.6. CRIANÇA DOENTE OU MACHUCADA:
- permitir que os pais acompanhem a criança,
quando estes não atrapalham o atendimento.
- trazer objetos que façam com que a criança se
sinta mais segura.
- ser honesto com a criança.
- não perder a paciência.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 17
C.P.P.S.B.
ADVERTÊNCIAS
O socorrista tem obrigação de respeitar as
limitações que a vitima apresenta sejam impostas
por ela, por patologias que apresentem ou
decorrentes de algum trauma.
III – AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS
A abordagem de uma vitima se faz utilizando
uma seqüência de atendimento preconizado em todo
mundo pré-hospitalar. Esta seqüência, definida
abaixo, foi estabelecida a partir de prioridades para
manutenção de uma boa qualidade de vida de alguém
acometido de uma gravidade. Os passos para este
atendimento são:
A_ Abertura de vias aéreas com controle de
cervical;
B_ Boa ventilação;
C_ Circulação com controle de hemorragias;
D_ Deficiência neurológica;
E_ Exposição da vitima.
Esta seqüência será realizada de acordo com
o tipo de conduta que o profissional quer abordar, ou
pela necessidade a que está exposto tanto o
socorrista como a vitima.
De acordo com a necessidade, a conduta
abordada poderá ter três direcionamentos que hora
podem ser exclusivos como também se completar
buscando sempre uma melhor analisar da
intercorrência apresentada e a sua efetiva solução do
problema. São elas:
1_ Análise primaria rápida que tem por objetivo
identificar as causas que podem levar a vitima a óbito
iminentemente. Desta forma busca averiguar a
existência ou não de sinais vitais como temperatura,
respiração, circulação, e demais sinais de rápida
avaliação como condições de pele, enchimento capilar
e outros. Esta abordagem tem o indicativo de ser
realizado em até 30 segundos, devido a sua
prioridade exclusiva já citada a cima. A sua principal
utilização é quando da necessidade de se realizar
uma triagem.
2_ Análise primaria completa tem como finalidade
distinta não só identificar, mas, principalmente avaliar
a qualidade dos sinais vitais aqui também serão
revisados, ou seja, não se busca mais só pela
presença mas sim por uma qualidade dos sinais como
freqüência de respiração, circulação...,
3_ Análise secundária será realizada após a primaria
e a efetiva exposição da vitima; quando será realizado
um exame detalhado, minucioso e completo cefalo-
caudal buscando por seqüelas até não visualizadas.
Este exame requer para a sua completa realização
uma longo intervalo de tempo por isto tem sido
substituído por uma avaliação dirigida onde se
direciona o atendimento para as seqüelas exposta
pela vitima ou pelo que foi colhido pela cinemática do
trauma.
ADVERTÊNCIAS
Como o próprio nome já diz a avaliação que
primeiro é realizada é a analise primaria tendo, além
disso, como característica, o fato não só de ter uma
previa avaliação do estado da vitima como também de
buscar resultados rápidos que efetivem a
estabilização do paciente.
1. ANÁLISE PRIMÁRIA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Verificar inconsciência.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 18
C.P.P.S.B.
2. Verificar permeabilidade das vias aéreas e
estabilizar a coluna cervical.
3. Verificar respiração.
4. Verificar circulação.
5. Verificar grandes hemorragias.
- A análise primária deve ser completada num
intervalo entre 15 e 30 segundos.
- Toda vítima de trauma deve ser tratada como
portadora de lesão na coluna.
- Não mover a vítima da posição que se encontra
antes de imobilizá-la, exceto quando:
- estiver num local de risco iminente.
- sua posição estiver obstruindo as vias aéreas.
- sua posição impede a realização da análise primária.
1.1.1. VERIFICAÇÃO DA INCONSCIÊNCIA:
Chamar a vítima pelo menos três vezes: "Ei, você
está me ouvindo?" "Ei, você está bem?”.
Se a vítima não responde a um estímulo sonoro,
segure-a pelo seu ombro e sacuda-a levemente,
chamando-a novamente.
Se após esses estímulos não houver nenhuma
resposta, a vítima está inconsciente.
1.1.2. TECNICAS MANUAIS DE ABERTURA DE
VIAS AEREAS:
a) Manobra de elevação do mento: (fig. A)
1) Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
2) Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua
cabeça, com os dedos voltados para a frente.
3) Posicionar os dois dedos indicadores em ambos
os lados, no ângulo da mandíbula.
4) Posicionar os dois dedos polegares sobre o
queixo da vítima.
5) Simultaneamente, fixar a cabeça com as mãos, elevar
a mandíbula com os indicadores e abrir a boca com
os polegares. Esta manobra aplica-se a todas as
vítimas, principalmente naquelas vítimas de trauma,
pois proporciona ao mesmo tempo liberação das vias
aéreas, alinhamento da coluna cervical e imobilização.
Esta técnica é utilizada quando não há suspeita de
lesão na cervical ou quando torna-se inviável a
abertura das vias aéreas através da tração de
mandíbula.
Fig. A –manobra de elevação do mento
b) Manobra de tração de mandíbula: (fig. B)
1) Segurar o queixo com o polegar e o indicador de
uma das mãos e tracioná-lo para cima.
2) Não se deve estender o pescoço da vítima,
portanto mantenha a cabeça firme com a outra
mão.
Esta manobra aplica-se a todas as vítimas para
obter liberação das vias aéreas, sendo utilizada em
vitimas com suspeita de lesão na cervical;
Fig. Manobra de tração de mandíbula
1.1.3. CONSTATAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:
Empregar a técnica de “ver, ouvir e sentir” da
seguinte forma:
1. Abrir as vias aéreas da vítima através da manobra
mais adequada à situação presente (caso clínico
ou trauma).
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 19
C.P.P.S.B.
2. Aproximar o seu ouvido da boca e nariz da vítima,
com a face voltada para seu tórax.
3. Observar os movimentos do tórax.
4. Ouvir os ruídos da respiração.
5. Sentir a saída de ar de suas vias aéreas.
1.1.4. CONSTATAÇÃO DO PULSO:
1. Palpar a artéria carótida para se constatar a
presença de pulso.
2. Empregar os dedos indicador e médio.
3. Posicionar as polpas digitais na Proeminência
Laríngea (Pomo de Adão).
4. Deslizar lateralmente os dedos até o sulco entre a
cartilagem e a musculatura do pescoço.
5. Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulsar da
artéria.
No caso de crianças menores de um ano de idade
(bebês), utilizar a artéria braquial como primeira
opção:
1) Empregar os dedos indicador e médio.
2) Posicionar as polpas digitais na face anterior da
prega do cotovelo, na sua porção mais medial, ou
seja, a mais próxima do corpo da criança.
Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulsar da
artéria.
1.1.5. CONSTATAÇÃO DE GRANDES HEMORRAGIAS:
- Considerar hemorragias em grandes vasos;
principalmente: cabeça - região temporal, pescoço,
membros superiores e membros inferiores.
- Fazer inspeção visual buscando poças ou
manchas de sangue nas vestes.
- Estar atento para roupas grossas de inverno que
podem absorver grande quantidade de sangue e
pisos porosos como areia, terra ou grama onde o
sangue pode ser absorvido.
- Palpar a região posterior do tronco e observar a
presença de sangue.
ADVERTÊNCIAS
A análise primária deve ser completada num
intervalo entre 15 e 30 segundos.
Toda vítima de trauma deve ser tratada como
portadora de lesão na coluna.
Nas vítimas de trauma, manter a coluna
cervical estável, em posição neutra, com a
aplicação do colar cervical ou com as mãos.
2. ANÁLISE SECUNDÁRIA:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. ANÁLISE SECUNDÁRIA:
- Relacionar o local da ocorrência com as lesões
da vítima.
- Questionar a vítima e/ou testemunhas -
ANAMNESE.
- Verificar sinais vitais: freqüência respiratória,
freqüência cardíaca, pressão arterial.
- Verificar perfusão capilar, coloração, temperatura e
umidade da pele, tamanho e reatividade das pupilas.
- Realizar o exame da cabeça aos pés.
- De acordo com o estado da vítima, verificar a
pontuação obtida na Escala de Coma de Glasgow
e na Escala de Trauma Modificada.
2.1.2. ELEMENTOS DA ANAMNESE:
O socorrista deve obter as seguintes informações,
quando pertinentes à situação:
- Queixa principal.
- Idade e sexo.
- Breve histórico médico: incluindo doenças
(pulmonar, cardíaca, hipertensão arterial, diabetes,
convulsões, acidente vascular cerebral), cirurgias
anteriores, alergias.
- Se a vítima toma algum tipo de medicamento -
Quais?
- Outras informações importantes no momento.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 20
C.P.P.S.B.
2.1.3. AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:
- Observar a expansão do tórax da vítima.
- Contar os movimentos, sem que a vítima perceba
durante 30 segundos e multiplicar por 2, obtendo
a freqüência respiratória por minuto (m.r.m.).
- Observar a profundidade dos movimentos
respiratórios, classificando em:
- normal
- superficial
- profundo
- Observar o tipo de respiração, quanto a:
- regularidade
- simetria
- ruídos emitidos
- Considerando o resultado da observação acima,
classificar o tipo de respiração em:
- normal
- alterada
- considerar freqüência respiratória alterada se
esta for menor do que 10 m.r.m. ou maior que
30 m.r.m.
2.1.4. AVALIAÇÃO DO PULSO RADIAL:
- Empregar os dedos indicador e médio.
- Posicionar as polpas dos dedos no sulco
existente no punho, entre o osso rádio e os
tendões.
- Exercer pressão suficiente para sentir o pulsar da
artéria.
- Contar os batimentos durante 15 segundos e
multiplicar o resultado por 4, obtendo freqüência
de batimentos por minuto (b.p.m.).
- Observar a regularidade do intervalo entre os
batimentos, classificando em:
- regular
- irregular
- Observar a intensidade do pulsar da artéria,
classificando em:
- fraco
- forte
2.1.5. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL:
1. Descobrir o braço da vítima acima do cotovelo,
certificando-se de que não haja compressão.
2. Colocar o manguito no braço da vítima 3
centímetros acima do cotovelo de modo a ficar
fixo.
3. Localizar a artéria braquial e posicionar o
estetoscópio sobre ela.
4. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o
manômetro marcar 200 mmHg.
5. Abrir a válvula lentamente.
6. Prestar atenção ao som do primeiro batimento.
Quando isso ocorrer anotar a marcação do
manômetro. Esta é a pressão arterial máxima
(sistólica).
7. Continuar soltando lentamente o ar até sumirem os
batimentos, momento exato que deve ser
observado o manômetro. Esta é a pressão mínima
(diastólica).
8. Remover todo o ar, soltando o manguito.
- Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a
pressão arterial sistólica poderá ser medida
palpando-se a artéria radial. Ao se aliviar a
pressão do manguito, quando sentir o pulsar da
artéria, o manômetro estará marcando a pressão
arterial máxima (sistólica). Nesse caso não é
possível medir a pressão diastólica.
- Caso não tenha conseguido efetuar uma aferição
adequada, aguardar alguns minutos antes de
repetir, ou o que é mais indicado, faça a medição
no outro braço.
- Se ao abrir a válvula (passo nº 5) já ouvir o som
do batimento na marcação 200 mmhg, significa
que a pressão está mais alta do que esse valor,
portanto o manguito deverá ser insuflado até um
valor mais alto.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 21
C.P.P.S.B.
- Na impossibilidade de medir a pressão nos
membros superiores, utilizar os membros
inferiores.
2.1.6. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NOS
MEMBROS INFERIORES:
1. Cortar a calça da vítima acima do joelho,
certificando-se de que não haja compressão.
2. Colocar o manguito na coxa da vítima 3
centímetros acima do joelho de modo a ficar fixo.
3. Localizar a artéria poplítea (atrás do joelho) e
posicionar o estetoscópio sobre ela.
4. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o
manômetro marcar 200 mmHg.
5. Abrir a válvula lentamente.
6. Prestar atenção ao som do primeiro batimento.
Quando isso ocorrer anotar a marcação do
manômetro. Esta é a pressão arterial máxima
(sistólica).
7. Continuar soltando lentamente o ar até sumirem os
batimentos, momento exato que deve ser
observado o manômetro. Esta é a pressão mínima
(diastólica).
8. Remover todo o ar, soltando o manguito.
- Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a
pressão arterial sistólica poderá ser medida
palpando-se a artéria pediosa (dorso do pé).
Para tal, colocar o manguito 3 cm abaixo do
joelho e ao aliviar a pressão do manguito, sentir o
primeiro pulsar da artéria que corresponde à
pressão máxima (sistólica).
- Caso não tenha conseguido efetuar uma aferição
adequada, aguardar alguns minutos antes de
repetir, ou o que é mais indicado, faça a medição
no outro membro.
2.1.7. AVALIAÇÃO DAS PUPILAS:
- Abaixar as pálpebras da vítima por cinco
segundos, abrindo repentinamente e observando
a reação da pupila.
- Em locais com pouca claridade, empregar a
lanterna de pupilas.
- Observar a contração das pupilas classificando
em:
- reativa
- não reativa
- Observar a simetria entre as duas pupilas,
classificando em:
- simétricas (isocóricas)
- assimétricas (anisocóricas)
- Observar o tamanho das pupilas, classificando
em:
- midríase (pupila dilatada)
- miose (pupila contraída)
2.1.8. VERIFICAÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR:
- Checar a perfusão pressionando a polpa digital
de um dos dedos da mão ou do pé. Soltar e
observar o retorno à coloração rósea,
classificando:
- normal (retorno em até 2 segundos)
- lenta (retorno acima de 2 segundos)
- nula (não retorna a coloração rósea)
2.1.9. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS:
O exame da cabeça aos pés deve ser direcionado
de acordo com a queixa principal. Este exame deve
ter por objetivo:
a) Cabeça:
- ferimentos ou deformidades.
- secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos.
- hálito.
- dentes quebrados, próteses dentárias.
b) Pescoço:
- ferimentos ou deformidades.
- ingurgitamento de veias.
- desvio de traquéia.
- resistência ou dor ao movimento.
- crepitação.
c) Tórax e Costas:
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 22
C.P.P.S.B.
- ferimentos e deformidades
- respiração difícil
- alteração na expansibilidade
- crepitação
d) Abdome:
- ferimentos e deformidades.
- tumorações (principalmente pulsáteis).
- defesa ou rigidez.
e) Pelve e nádegas:
- ferimentos ou deformidades.
- dor à palpação.
- instabilidade.
f) Extremidades (membros superiores e inferiores):
- ferimentos ou deformidades.
- pulso distal (membros superiores - artéria radial,
membros inferiores - artéria pediosa).
- resposta neurológica (sensibilidade, motricidade,
força muscular).
- perfusão capilar.
Ao examinar o abdome em vítimas com problemas
clínicos prestar atenção na presença de tumorações
pulsáteis, pois podem corresponder a um aneurisma
(dilatação) de aorta, que caso se rompa causará uma
hemorragia interna que leva a morte rapidamente.
ADVERTÊNCIAS
3. CLASSIFICAÇÃO NAS ESCALAS:
3.1. ESCALA DE COMA DE GLASGOW ADULTO:
Abertura Ocular
- espontânea ............................................ 4 pontos
- solicitação verbal ................................... 3 pontos
- estímulo doloroso .................................. 2 pontos
- nenhuma ................................................ 1 ponto
Melhor Resposta Verbal
- orientada ................................................ 5 pontos
- desorientada, confusa ........................... 4 pontos
- palavras inapropriadas .......................... 3 pontos
- sons, gemidos ....................................... 2 pontos
- nenhuma .................................................1 ponto
Melhor Resposta Motora
- Obedece comandos verbais ..................... 6 pontos
- Localiza e tenta remover o estímulo doloroso .5 pontos
- flexão normal à dor ................................... 4 pontos
- flexão anormal a dor (decorticação) .......... 3 pontos
- extensão anormal a dor (descerebração) ..2 pontos
- nenhuma .................................................... 1 ponto
Padronização do estímulo doloroso:
- como primeira opção, fechar sua mão e
pressionar o esterno da vítima com a face dorsal
da mão, na altura da articulação entre a falange
proximal e intermédia.
- como segunda opção, pressionar discretamente a
musculatura do trapézio, ao lado do pescoço.
- jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas,
ou praticar qualquer forma de agressão à vítima
para se obter um estímulo doloroso.
- lembrar-se que uma vítima classificada na Escala
de Coma de Glasgow com um valor menor ou
igual a 8 está em estado grave, necessitando de
Suporte Avançado no local.
- no caso de crianças com até 5 anos, consultar a
Escala de Coma de Glasgow própria (POP 016-
02).
3.2. CLASSIFICAÇÃO ESCALA DE TRAUMA
MODIFICADA:
Freqüência Respiratória
- entre 10 - 29 ............................... 4
- maior ou igual 30 ........................ 3
- entre 6 - 9 ................................... 2
- entre 1 - 5..... .............................. 1
- zero ............................................. 0
Pressão Arterial Sistólica
05 de 05
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C.P.P.S.B.
- maior ou igual 90 .........................4
- entre 76 - 89 ................................3
- entre 50 - 75.................................2
- menor que 50................................1
- zero..............................................0
Escala de Coma de Glasgow
- entre 13 - 15 ................................4
- entre 9 - 12 .................................3
- entre 6 - 8 ...................................2
- entre 4 - 5 ...................................1
- igual a 3 ....................................... 0
Trauma score menor ou igual a 10 - vítima em estado
grave.
Trauma score igual a 11 - vítima potencialmente
grave.
Trauma score igual a 12 - vítima em estado normal.
ADVERTÊNCIAS
A Escala de Trauma Modificada deve ser feita
no local ou a caminho do hospital.
IV – OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
1. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO
PARCIAL:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Se a vítima pode respirar, tossir ou falar: - Não
interferir! Apenas orientar para continuar
tossindo.
2. Caso o corpo estranho não tenha sido eliminado
pela tosse:
1- Ministrar oxigênio por máscara facial com um
fluxo de 7-10 l/min (POP-05-01).
2- Transportar a vítima sentada, numa posição
confortável e aquecida.
3- Manter observação constante da vítima,
incluindo sinais vitais.
ADVERTÊNCIAS
Ministrar sempre O2 umidificado salvo
orientação contrária do Médico Controlador.
2. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO
TOTAL:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Se a vítima não puder respirar, tossir ou falar,
realizar repetidas compressões abdominais
(Manobra de Heimlich -POP-04-07) até a
desobstrução das vias aéreas ou a vítima tornar-se
inconsciente.
2. No caso de vítimas obesas ou gestantes no último
trimestre fazer a compressão no esterno e não no
abdome (POP-04-07).
ADVERTÊNCIAS
Caso o socorrista não obtenha êxito na
desobstrução, transportar a vítima ao hospital
rapidamente, sem interromper a Manobra de
Heimlich.
3. ADULTO QUE TORNOU-SE OU ESTÁ
INCONSCIENTE:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 24
C.P.P.S.B.
1. Deitar a vítima em decúbito dorsal (de costas para
o chão).
2. Liberar suas vias aéreas com a manobra mais
adequada (“tríplice”, elevação do queixo ou
“hiperextensão da cabeça”).
3. Verificar a respiração.
4. Se a respiração estiver ausente, tentar efetuar
duas ventilações.
5. Se não conseguir ventilar, repetir a liberação e a
tentativa de ventilação.
6. Ventilação sem sucesso, efetuar 5 compressões
manuais abdominais (ou esternais em gestantes
de último trimestre e vítimas obesas) - Manobra de
Heimlich (POP-04-07).
7. Tentar visualizar e remover corpos estranhos com
os dedos ou usar técnica da busca -cega.
8. Observar se a vítima voltou a respirar
espontaneamente.
9. Tentar a seqüência completa de manobras por
duas vezes.
10. Se a obstrução persistir e o SAV não tiver
chegado ao local.
1- Transportar, mantendo a vítima aquecida.
2- Repetir a seqüência de manobras durante o
transporte até desobstruir ou chegar no
hospital.
11. Se desobstruir e a vítima voltar a respirar.
1- Ministrar oxigênio por máscara facial com um
fluxo de 7-10 l/min.
2- Transportá-la aquecida.
3- Monitorar os sinais vitais.
4- O SAV deverá ser acionado.
12. Se desobstruir e a vítima não voltar a respirar.
1- Proceder manobras de ventilação (POP-06-01).
2- Monitorar pulso.
ADVERTÊNCIAS
Se a vítima em questão for vítima de trauma,
manter a imobilização manual da cabeça e coluna
cervical, mantendo-a em posição neutra durante
as tentativas de desobstrução das vias aéreas.
Utilizar a tríplice manobra e manter a vítima em
decúbito dorsal.
4. CRIANÇA CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO
VIA AÉREA (ENTRE 1 E 8 ANOS):
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
- Consegue respirar, tossir ou chorar: - Não
interferir! Deixar que a criança encontre uma
posição de conforto ou mantenha em decúbito
elevado (semi-sentado).
- Ministrar oxigênio umidificado com máscara facial
com um fluxo de 5 l/min, mantendo-a distante
aproximadamente 5 cm de sua face.
- Transportar, mantendo-a aquecida.
- Criança com obstrução total proceder conforme
POP 04-02.
ADVERTÊNCIAS
A tentativa de desobstrução ou qualquer outro
procedimento desnecessário no momento, como,
por exemplo, medir a pressão arterial pode agitar
a criança, levando a uma obstrução completa.
5. CRIANÇA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Deitar a vítima de costas.
2. Liberar suas vias aéreas com a manobra mais
adequada, abrir a boca e remover com seu dedo
qualquer objeto visível.
3. Verificar a respiração.
4. Se a respiração estiver ausente tentar efetuar 2
(duas) ventilações.
5. Se não houver sucesso na ventilação:
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C.P.P.S.B.
BEBÊ (criança menor do que um ano de
idade):
1. Posicionar o bebê de bruços em seu antebraço
apoiado em sua coxa com a cabeça em nível
inferior ao tórax, segurando firmemente a cabeça
da criança pela mandíbula com sua mão (fig. A).
Fig. A
2. Efetuar 5 (cinco) pancadas, com a palma de sua
mão, entre as escápulas.
3. Colocar o antebraço livre sobre as costas da
criança e virá-la de barriga para cima.
4. Manter a cabeça em nível inferior ao tórax.
5. Efetuar 5 (cinco) compressões esternais.
6. Abrir a boca e remover qualquer objeto estranho
visível.
7. Efetuar 2 (duas) ventilações.
8. Tentar uma única vez a seqüência completa.
9. Persistindo a obstrução transportar para o hospital
imediatamente, repetindo as manobras e mantendo
a criança aquecida.
CRIANÇA (entre 1 e 8 anos):
1. Realizar 5 (cinco) compressões abdominais
(Manobra de Heimlich).
2. Abrir a boca e remover qualquer corpo estranho
visível.
3. Efetuar 2 (duas) ventilações.
4. Tentar uma única vez a seqüência completa.
5. Persistindo a obstrução, transportar para o hospital
imediatamente, repetindo as manobras e
mantendo a criança aquecida.
ADVERTÊNCIAS
Cuidado com a intensidade das pancadas,
pois poderá causar lesões internas.
6. TÉCNICA DA BUSCA CEGA (vítimas maiores
de 8 anos de idade):
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Posicionar a vítima deitada de costas.
2. Abrir a boca da vítima segurando a língua e o
queixo com polegar e o indicador.
3. Introduzir o seu dedo indicador da outra mão na
cavidade oral ao longo da face interna da
bochecha, o mais profundo que conseguir, próximo
à base da língua.
4. Retirar o dedo em formato de “gancho” tentando
trazer o corpo estranho. (fig. A)
Fig. A
ADVERTÊNCIAS
Não utilizar está técnica em vítimas menores do
que oito anos de idade.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 26
C.P.P.S.B.
Tomar o cuidado de não introduzir mais o
corpo estranho.
7. TÉCNICA COMPRESSÃO ABDOMINAL
(manobra de “Heimlich”):
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
a) Vítima consciente em pé ou sentada (somente
casos clínicos):
- Posicionar-se atrás da vítima e envolvê-la com
seus braços apoiados nas cristas ilíacas da vítima.
- Posicionar sua mão fechada com a face do
polegar encostada na parede abdominal, entre o
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical.
- Com a outra mão espalmada sobre a primeira
comprima o abdome num movimento rápido
direcionado para trás e para cima.
- Repetir a compressão até a desobstrução ou a
vítima tornar-se inconsciente.
Em vítimas obesas e gestantes no último
trimestre de gravidez a compressão deve ser
realizada no esterno.
b) Vítima inconsciente (caso clínico e trauma):
- Posicionar a vítima deitada de costas numa
superfície rígida.
- Posicionar-se de forma a apoiar os seus joelhos
um de cada lado da vítima na altura de suas
coxas.
- Colocar sua mão sobre o abdome da vítima de
forma a apoiar a palma da mão entre o apêndice
xifóide e a cicatriz umbilical.
- Apoiar a outra mão sobre a primeira.
- Comprimir o abdome num movimento rápido,
direcionado para baixo e cranialmente.
- Efetuar 5 (cinco) compressões.
Em vítimas obesas e gestantes no último
trimestre de gravidez, você deve posicionar-se
lateralmente à vítima realizar a compressão no
esterno, dois dedos acima do final do apêndice
xifóide (mesmo local que se realiza a massagem
cardíaca).
Neste tipo de manobra há risco de lesão interna
de vísceras.
ADVERTÊNCIAS
8. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS
AÉREAS EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO
OU SEMI-LÍQUIDO:
8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
8.1.1. VÍTIMAS DE TRAUMA:
- posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
- utilizar o aspirador de secreções.
- medir o cateter de sucção na distância entre o
lóbulo da orelha e a boca.
- introduzir o cateter em sua boca, sem aspirar até
o máximo da distancia medida.Retirar o cateter
aspirando em movimentos circulares.
- não gastar mais que 15 segundos para cada
sucção (lembrar-se que a aspiração retira 80%
do ar que a vítima respira).
Na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos
indicador e médio enrolados em um pano para
absorver e retirar o conteúdo.
- numa vítima consciente, cuidado com o reflexo
do vômito ou mordida em seus dedos.
- na presença de vômitos, virar a vítima
lateralmente, em bloco, e transportá-la nessa
posição, tomando o cuidado de manter toda a
coluna alinhada, inclusive a cabeça, para isso
utilizar a prancha longa, onde a vítima deve estar
bem fixada.
8.1.2. CASOS CLÍNICOS SEM SUSPEITA DE
LESÃO CERVICAL:
- posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 27
C.P.P.S.B.
- utilizar o aspirador de secreções com a cabeça
da vítima virada para o lado.
- na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos
indicador e médio enrolados em um pano para
absorver e retirar o conteúdo.
- numa vítima consciente, cuidado com o reflexo
do vômito ou mordida em seus dedos.
- na ocorrência de vômitos, transportar a vítima na
posição de coma (POP-13-01 A).
ADVERTÊNCIAS
V – OXIGENOTERAPIA
1. OXIGENOTERAPIA EM ADULTOS:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. O oxigênio deve ser administrado nos seguintes
casos:
- parada respiratória.
- parada respiratória e cardíaca.
- traumas em geral.
- choque hemodinâmico.
- queimaduras, principalmente de face.
- inalações tóxicas ou gases quentes.
- emergências clínicas.
- outros, quando indicado em procedimento
específico.
2. As vias aéreas devem estar permeáveis. Caso
estiverem obstruídas (sangue, secreções, vômitos,
corpos estranhos), proceder às condutas
necessárias para desobstruí-las, de acordo com o
procedimento específico. (Grupo 04)
3. Ministrar, como primeira escolha, oxigênio por
máscara com um fluxo de 7 a 10 l/min.
4. Ministrar oxigênio por cateter nasal com um fluxo
variável de 1 a 5 l/min, quando a máscara não for
tolerada.
Fluxo Taxa de oxigênio
1 l/min 24%
2 l/min 28%
3 l/min 32%
4 l/min 36%
5 l/min 40%
5. Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação
contrária (por exemplo, intoxicação por cloro).
6. A oxigenação não substitui a ventilação. Se a freqüência
respiratória for menor que 8 por minuto, a respiração
superficial, acompanhada de cianose e confusão mental
(sonolência, agitação), ou não houver movimentos
respiratórios, proceder a ventilação artificial usando
máscara e ressuscitador manual tipo ambu com um
fluxo de oxigênio de 7 a 10 l/min e se este dispuser de
reservatório, utilizar um fluxo de 12 a 15 l/min.
7. Para o cálculo do tempo de duração de um cilindro
de oxigênio para o atendimento de uma vítima,
deve ser empregada a seguinte fórmula:
TU = VC x PC onde, fluxo
TU = tempo de utilização em minutos
VC = volume do cilindro em litros
PC = pressão do cilindro em kgf/cm² ou BAR ou ATM
fluxo = l/min a ser administrado à vítima
ADVERTÊNCIAS
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 28
C.P.P.S.B.
Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação
contrária.
A oxigenação não substitui a ventilação.
2. OXIGENOTERAPIA EM CRIANÇA E BEBÊ:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. O oxigênio deve ser ministrado nos seguintes
casos:
- parada respiratória.
- parada respiratória e cardíaca.
- traumas em geral.
- choque hemodinâmico.
- queimaduras, principalmente de face.
- inalações tóxicas ou gases quentes.
- emergências clínicas.
- outros, quando indicado em procedimento
específico.
2. As vias aéreas devem estar permeáveis. Caso
estiverem obstruídas (sangue, secreções, vômitos,
corpos estranhos), proceder às condutas
necessárias para desobstruí-las, de acordo com o
procedimento específico.
3. Ministrar oxigênio por máscara com um fluxo de 5 a
7 l/min, deixando-a afastada cerca de 5 cm da face
da criança, para evitar agitação.
4. Permitir que os pais da criança segurem a máscara,
se for possível.
5. Permitir que a criança assuma posição de conforto,
preferencialmente vertical, respeitando as
condições nas quais é prioridade o cuidado com a
coluna cervical e com a liberação de vias aéreas.
6. Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação
contrária (por exemplo, intoxicação por cloro).
7. A oxigenação não substitui a ventilação. Se a
freqüência respiratória for menor que 12
movimentos/min, respiração superficial, presença
de cianose, retrações e diminuição do nível de
consciência (sonolência, agitação acentuada),
auxiliar a ventilação com máscara e ressuscitador
manual tipo ambu com o fluxo de acordo com a
tabela abaixo, ou segundo orientação do médico
controlador.
BEBÊ (até 1 ano) CRIANÇA (de 1 a 8 anos)
máscara 3 a 5 l/min 5 a 7 l/min
ambu 1 a 3 l/min 5 l/min
ADVERTÊNCIAS
Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação
contrária.
A oxigenação não substitui a ventilação.
VI – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
1. PARADA RESPIRATÓRIA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Após constatar inconsciência, liberar as vias
aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição
neutra.
2. Constatar respiração ausente.
3. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas
inconscientes (POP-06-06).
4. Efetuar 2 (duas) ventilações.
5. Verificar pulso carotídeo.
6. Efetuar 1 (uma) ventilação a cada:
- 5 segundos: adulto
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 29
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- 4 segundos: criança
- 3 segundos: bebê
7. Checar o pulso carotídeo a cada 12 ventilações
nos adultos, a cada 15 ventilações nas crianças, a
cada 20 ventilações nos bebês ou a cada minuto
em todos.
8. Na liberação das vias aéreas, utilizar as técnicas
descritas em outros procedimentos de acordo com a
natureza da emergência (caso clínico ou trauma).
9. Lembrar que no bebê checa-se presença de pulso
na artéria braquial.
10. Colocar a cânula de Guedel somente nas vítimas
inconscientes e que não apresentem o reflexo do
vômito.
ADVERTÊNCIAS
Na presença de vômitos virar rapidamente o
rosto da vítima lateralmente e limpar os resíduos
de sua boca antes de reiniciar as ventilações; nos
casos de trauma, a vítima deve ser virada em
bloco, protegendo sua coluna por inteiro.
2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E
CRIANÇAS E BEBÊ:
2.1. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E
CRIANÇAS:
2.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Posicionar-se lateralmente à cabeça da vítima.
2. Certificar-se que as vias aéreas da vítima estejam
liberadas (POP 03-01).
3. Posicionar a sua mão na região superior da face da
vítima, pinçando o seu nariz com os dedos
indicador e polegar.
4. O socorrista deverá abrir bem a sua boca e
envolver totalmente à da vítima, segurando o
queixo com a outra mão.
5. Insuflar ar até observar o tórax se elevar.
6. Soltar o nariz e afastar ligeiramente o rosto, mantendo
as vias aéreas livres para que o ar saia (expiração).
7. Utilizar este tipo de ventilação somente na ausência
de outro recurso material.
8. Manter a coluna cervical numa posição neutra ao
realizar a ventilação no caso de vítimas de trauma.
9. Na presença de vômitos, virar rapidamente o rosto
da vítima lateralmente e limpar os resíduos de sua
boca antes de reiniciar a ventilação, exceto nos
casos de vítimas de trauma, situação em que a
vítima deve ser virada lateralmente em bloco,
protegendo sua coluna por inteiro.
10. Nas lesões traumáticas de face, convulsões ou
impossibilidade de abrir a boca da vítima efetuar a
insuflação de ar pelo nariz, devendo ser forçado o
queixo para cima para manter a boca vedada.
2.2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA BEBÊS:
2.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Posicionar-se lateralmente à vítima.
2. Abrir bem a sua boca e envolver simultaneamente a
boca e o nariz do bebê.
3. Insuflar os pequenos pulmões apenas com o ar
contido no interior de sua boca, através de um
curto sopro.
4. Realizar uma ventilação a cada 3 segundos,
afastando sua face da face do bebê no intervalo das
ventilações para permitir a saída de ar (expiração).
ADVERTÊNCIAS
Manter a coluna cervical das vítimas de
trauma numa posição neutra.
Nas crianças (entre 1 e 8 anos de idade)
cuidado para não exceder a quantidade de ar
insuflado; para tal, assim que o tórax da criança
começar a erguer cessar a insuflação.
Utilizar este tipo de ventilação somente na
ausência de outro recurso material.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 30
C.P.P.S.B.
3. VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
2. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas
inconscientes (POP-06-06).
3. Posicionar a máscara cobrindo a boca e o nariz da
vítima.
4. Segurar a máscara com ambas as mãos,
espalmadas uma de cada lado da cabeça da
vítima posicionando os dedos como se segue:
- dedo polegar na porção superior da máscara
(Fig. A);
- dedo indicador na porção inferior da máscara;
- demais dedos na lateral da mandíbula.
5. Insuflar ar com sua boca no local apropriado da
máscara, observando expansão torácica da vítima.
6. Permitir a expiração sem retirar a máscara da
posição.
7. Escolher a máscara de tamanho adequado à sua
vítima.
FIG. A
ADVERTÊNCIAS
Certificar-se de que o ar não vaza pelas
laterais da máscara durante as insuflações.
4. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR
MANUAL (TIPO AMBU):
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
2. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas inconscientes
(POP-06-06).
3. Posicionar a máscara cobrindo a boca e o nariz da
vítima.
4. Segurar a máscara com uma das mãos,
posicionando os dedos como se segue (fig. A):
- dedo polegar na porção superior da máscara;
- dedo indicador na porção inferior da máscara;
- demais dedos na lateral da mandíbula.
Fig. A
5. Com a outra mão pressionar o balão ressuscitador
que deverá estar conectado à máscara e
posicionado transversalmente à vítima.
6. Observar a elevação do tórax a cada insuflação.
7. Conectar uma fonte de oxigênio suplementar na
entrada apropriada do balão (ambu) ou válvula.
8. Adaptar um fluxo de oxigênio de 7 a 10 l/min; e se
o ressuscitador manual possuir o dispositivo de
reservatório de oxigênio adaptar um fluxo de 12 a
15 l/min.
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C.P.P.S.B.
ADVERTÊNCIAS
Certificar-se de que o ar não vaza pelas
laterais da máscara durante as insuflações e que
a vítima consegue fazer o movimento de
expiração.
5. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR
PRESSÃO POSITIVA:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Preparar todo o equipamento acoplando as
mangueiras, válvula de demanda e máscara
facial.
2. Abrir o registro de oxigênio.
3. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
4. Colocar a cânula de Guedel em vítimas
inconscientes (POP-06-06).
5. Posicionar a máscara cobrindo a boca e nariz da
vítima.
6. Segurar a máscara com uma das mãos,
posicionando os dedos como se segue:
- dedo polegar na porção superior da máscara;
- dedo indicador na porção inferior da máscara;
- demais dedos na lateral da mandíbula.
7. Com o polegar da outra mão pressionar o botão de
disparo para a saída de oxigênio.
8. Soltar o botão de disparo assim que o tórax se
elevar.
ADVERTÊNCIAS
Cuidado para não hiperinsuflar causando uma
grande distensão gástrica.
Não utilizar este dispositivo em crianças.
Não utilizar em vítimas com suspeita de
pneumotórax, hemotórax ou tamponamento
cardíaco.
6. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL:
6.1. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL EM
ADULTOS:
6.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Identificar o tamanho correto da cânula para a
vítima; medindo a distância que vai da comissura
labial até o lóbulo da orelha (fig. A).
Fig. A
2. Segurar o queixo com os dedos polegar e
indicador, tracionando para cima até a boca abrir.
3. Com a outra mão, introduzir a cânula com a ponta
(face côncava) voltada para o palato (céu da boca)
(fig. B).
Fig. B
4. Quando estiver introduzida até a metade, efetuar
gentilmente uma rotação de 180º, de forma que a
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face côncava fique voltada para a língua e terminar
de introduzi-la (fig. C).
Fig. C
5. Remover a cânula de Guedel imediatamente se a
vítima vier a vomitar ou recobrar a consciência.
- Empregar a cânula de Guedel somente em
vítimas inconscientes.
- Não empregar a cânula se durante a instalação,
surgir o reflexo do vômito.
6.2. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL EM
CRIANÇAS (idade entre 1 e 8 anos):
6.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Identificar o tamanho correto da cânula para a
vítima; medindo a distância entre a comissura
labial até o lóbulo da orelha.
2. Segurar o queixo com os dedos polegar e indicador,
tracionando para cima até a boca se abrir.
3. Com a outra mão, introduzir gentilmente a cânula
com a face côncava voltada para a língua
utilizando um abaixador de língua para auxiliar a
introdução.
4. Remover a cânula de Guedel imediatamente se a
vítima vier a vomitar ou recobrar a consciência.
- Empregar a cânula somente em vítimas
inconscientes.
- Não empregar se, durante a sua instalação,
surgir o reflexo de vômito.
ADVERTÊNCIAS
Não efetuar o giro de 180º em crianças, pois
pode ferir o palato e produzir sangramento.
Não empregar a cânula se durante a instalação,
surgir o reflexo do vômito.
7. COMPRESSÃO TORÁCICA:
7.1. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM
ADULTO:
7.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.
2. Posicionar-se lateralmente à vítima, na altura do
seu tórax.
3. Palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do
osso esterno). Se houver dificuldade em localizá-lo,
palpar a última costela e seguir o rebordo costal até o
centro do tórax onde se encontra o apêndice xifóide.
4. Colocar as suas mãos a uma distância de dois
dedos acima desta extremidade inferior.
5. Apoiar a região tenar e hipotenar da mão no centro
do esterno e a outra mão sobre a primeira.
6. Manter os braços estendidos, num ângulo de 90º
com o seu corpo e com o corpo da vítima.
7. Comprimir o esterno até abaixar cerca de 3 a 5
centímetros. Realizar a compressão com o peso
de seu corpo e não com a força de seus braços.
8. Realizar de 80 a 100 compressões por minuto.
- No caso de vítimas de trauma, ao deitá-la de
costas, fazê-lo de forma a proteger ao máximo a
coluna da vítima.
- Os dedos do socorrista, durante a compressão,
não devem apoiar no peito da vítima, devem ficar
estendidos ou entrelaçados.
- Após cada compressão, aliviar totalmente o peso
para que o tórax retorne à posição normal e
permita o enchimento sangüíneo das cavidades
cardíacas (diástole), mas não perder o contato
entre a base da mão e o tórax da vítima.
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- Poderá ser verificada a efetividade da compressão,
por um segundo socorrista, com a palpação de
pulso carotídeo ou femoral.
7.2. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM
CRIANÇA (idade entre 1 e 8 anos):
7.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.
2. Posicionar-se lateralmente à vítima, na altura do
seu tórax.
3. Palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do
osso esterno). Se houver dificuldade de palpá-lo
diretamente; palpar a última costela e seguir o
rebordo costal até o centro do tórax onde se
encontra o apêndice xifóide.
4. Colocar uma única mão a uma distância de dois
dedos acima desta extremidade inferior.
5. Apoiar a região tenar e hipotenar da mão no centro
do esterno.
6. Manter o braço estendido, num ângulo de 90º com
o seu corpo e com o corpo da vítima.
7. Comprimir o esterno até abaixar 2,5 a 3,0
centímetros. Realizar a compressão com o peso
de seu corpo e não com a força de seus braços.
8. Realizar de 80 a 100 compressões por minuto.
- No caso de vítima de trauma, ao deitá-la de
costas, fazê-lo de forma a proteger o máximo que
puder a coluna da vítima.
- Os dedos do socorrista durante a compressão
não devem apoiar no peito da vítima, devem ficar
estendidos.
- Após cada compressão aliviar totalmente o peso
para que o tórax retorne a posição normal e
permita o enchimento sangüíneo das cavidades
cardíacas (diástole).
- Poderá ser verificada a efetividade da compressão,
por um segundo socorrista, com a palpação do
pulso carotídeo ou femoral.
7.3. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM
BEBÊ (até 1 ano) (fig. A):
7.3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.
2. Posicionar-se lateralmente à vítima.
3. Traçar uma linha imaginária entre os mamilos.
4. Colocar o dedo indicador na linha imaginária.
5. Posicionar o 3º e 4º dedo da mão imediatamente
abaixo do dedo indicador.
6. Retirar o dedo indicador do tórax do bebê,
mantendo-o apontado para a linha imaginária.
7. Comprimir o esterno até abaixar cerca de um terço
da profundidade torácica da criança (cerca de 1,5
cm). Usar a polpa digital do 3º e 4º dedos da mão
para comprimir o esterno.
8. Realizar mais de 100 compressões por minuto.
- Após cada compressão, aliviar a pressão para
que o tórax retorne a posição normal e permita o
enchimento sangüíneo de suas cavidades
cardíacas (diástole).
- Poderá ser verificada a efetividade da
compressão, por um segundo socorrista,
palpando-se o pulso braquial.
Fig. A
ADVERTÊNCIAS
Não interromper as compressões torácicas por
mais de 5 segundos.
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8. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM
ADULTO:
8.1. GENERALIDADES:
As manobras de Reanimação Cardiopulmonar
(RCP) deverão ser aplicadas sempre que a vítima
apresentar-se inconsciente com parada
cardiorrespiratória constatada na análise primária.
O socorrista somente não aplicará as manobras de
RCP nas seguintes situações:
- a vítima apresentar lesões que tornam óbvia a
impossibilidade de reanimação, tais como:
decapitação, calcinação (morte evidente e
indiscutível).
- a vítima apresentar sinais que indicam que a
morte ocorreu há horas, tais como: rigidez
cadavérica, manchas hipostáticas, putrefação.
Após serem iniciadas as manobras de RCP, nunca
deverão ser interrompidas por mais de cinco
segundos contínuos.
As manobras de RCP somente poderão ser
interrompidas quando:
- quando houver retorno do pulso carotídeo e da
respiração da vítima;
- um médico assumir o caso.
Em caso de dúvida de morte ou não, as manobras
de RCP devem ser iniciadas.
Sempre que a guarnição optar por essa manobra,
deve informar a Central de Operações e solicitar
o SAV.
Se houver pulso e não houver respiração, manter a
ventilação artificial como orientado no POP-06-01.
8.2. RCP FEITA POR APENAS UM SOCORRISTA:
8.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Constatar inconsciência.
2. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.
3. Liberar as vias aéreas, mantendo a coluna cervical
numa posição neutra.
4. Colocar a cânula de Guedel (POP-06-06).
5. Constatar respiração ausente.
6. Efetuar 2 (duas) ventilações.
7. Constatar ausência de pulso carotídeo.
8. Efetuar 30 (quinze) compressões torácicas.
9. Após quatro ciclos de 2 ventilações/ 15
compressões, verificar o pulso na artéria carótida.
10. Constatação de pulso ainda ausente, reiniciar o
ciclo com 2 (duas) ventilações.
11. Informar a Central de Operações e chamar o
S.A.V.
8.3. RCP FEITA POR DOIS SOCORRISTAS:
8.3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Socorrista 1 constata inconsciência.
2. Socorrista 1 libera as vias aéreas (POP-03-01).
3. Socorrista 2 coloca a Cânula de Guedel (POP-06-
06).
4. Socorrista 1 constata ausência de respiração e
realiza 2 ventilações.
5. Socorrista 2 constata ausência de pulso carotídeo e
posiciona-se ao lado do tórax da vítima colocando
suas mão conforme descrito no POP-06-07,
efetuando 5 (cinco) compressões torácicas.
6. Manter o ciclo de 1 (uma) ventilação e 5 (cinco)
compressões torácicas.
7. Após 10 (dez) ciclos, o socorrista 2 verifica o pulso
carotídeo. Se o pulso ainda estiver ausente, repetir
os passos nº 5, 6 e 7.
- O socorrista 1 deverá realizar as ventilações no
intervalo das compressões torácicas.
- Os socorristas 1 e 2 deverão manter o
sincronismo das manobras, não interrompendo
ou alterando o ritmo desnecessariamente.
- O socorrista 2 deve aliviar o peso da mão, sem
tirá-la da posição, enquanto o socorrista 1 efetua
a ventilação.
- O socorrista 2 deverá contar em voz alta as
compressões torácicas.
- O socorrista 1 deverá contar os ciclos.
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8.4. TROCA DE POSIÇÕES DURANTE AS
MANOBRAS DE RCP:
- Após a decisão de troca, o segundo socorrista
completa as compressões torácicas do 5º ciclo e
passa para a posição de ventilação.
- A troca de posição deve ocorrer durante a
verificação do pulso, o que ocorre após 10 ciclos
de duas ventilação por trinta compressões
torácicas.
O socorrista que assumir as compressões
torácicas, deve posicionar suas mãos no local
correto, enquanto isso o outro socorrista verifica o
pulso da vítima.
Se não houver pulso a RCP deve ser reiniciada,
através de uma ventilação.
Após 10 ciclos de 1 ventilação/ 5 compressões,
verificar novamente o pulso.
ADVERTÊNCIAS
Não interromper as manobras de RCP por
mais de cinco segundos contínuos.
Durante a troca de posições ou verificação de
pulso os socorristas não podem interromper a
RCP por mais de 5 segundos.
9. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM
CRIANÇA E BEBÊ:
9.1 – SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Constatar inconsciência.
2. Deitar o bebê de costas numa superfície rígida.
3. Liberar as vias aéreas.
4. Colocar a cânula de Guedel (POP-06-06).
5. Efetuar 2 (duas) ventilações.
6. Constatar ausência de pulso carotídeo na criança e
pulso braquial no bebê.
7. Efetuar 30 compressões torácicas (POP-06-07).
8. Efetuar 2 ventilação.
9. Efetuar 30 compressões torácicas.
10. Após 10 ciclos de 1 ventilação/ 5 compressões
verificar novamente o pulso.
11. Na persistência do pulso ausente, reiniciar o ciclo
com 1 ventilação.
ADVERTÊNCIAS
VII – CHOQUE HEMODINÂMICO
1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1. RECONHECIMENTO DE CHOQUE
HEMODINÂMICO:
1.1.1. CHOQUE HEMODINÂMICO:
CHOQUE HEMODINÂMICO é a falência do
sistema cardiocirculatório proporcionando uma
inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos.
1.1.2. SINAIS E SINTOMAS QUE PODEM INDICAR
CHOQUE HEMODINÂMICO:
- Pele pálida, úmida e fria.
- Pulso fraco e rápido (adulto maior 100 bpm,
bebês e crianças maior 120 bpm).
- Perfusão capilar lenta ou nula.
- Pressão sistólica, em adulto, menor que 90 mmHg.
- Respiração rápida e superficial.
- Sede e tremores.
- Agitação.
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- Tontura e perda da consciência.
- A vítima deve ser analisada como um todo, pois
nem sempre a totalidade dos sinais podem estar
presentes na fase inicial.
- Os sinais mais precoces do choque hemodinâmico
são os dois primeiros da lista.
- A alteração da pressão sistólica pode ocorrer
somente quando já houve uma perda sangüínea de
aproximadamente 30% da volemia; portanto, não
aguardar a sua ocorrência para iniciar o tratamento,
principalmente em crianças, onde a alteração
pressórica só ocorre quando o choque é severo.
ADVERTÊNCIAS
Se a pressão arterial da vítima acusar diferença
entre a pressão sistólica e diastólica muito pequena
(pressão pinçada), tomar cuidado, pois isto é um sinal
sugestivo inicial de choque hemodinâmico.
2. CONDUTA NO CHOQUE HEMODINÂMICO:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Deitar a vítima com as pernas elevadas,
aproximadamente 30 cm.
2. Manter a permeabilidade das vias aéreas.
3. Ministrar oxigênio através de máscara.
4. Afrouxar suas roupas.
5. Manter a vítima aquecida.
6. Monitorar a freqüência cardíaca e a pressão
sistólica a cada cinco minutos, inclusive durante o
deslocamento.
- No caso de vítimas de trauma, o socorrista deve
ter especial cuidado com a coluna, manter a vítima
deitada e imobilizada na prancha longa e elevar a
parte inferior da prancha cerca de 30 cm.
- Nos casos de vítimas com suspeita de
traumatismo craniano ou torácico associado ao
choque hemodinâmico mantê-la em decúbito
horizontal.
ADVERTÊNCIAS
O socorrista deve estar preparado para a
ocorrência de vômitos: no caso de vítimas de
trauma, imobilizá-la na prancha longa e virar de lado
a prancha; nos casos clínicos transportar a vítima na
posição de coma (deitada de lado com um dos
membros inferiores fletido e o outro estendido).
Não dar alimentos ou líquidos para a vítima.
VIII – HEMORRAGIAS
1. HEMORRAGIAS EXTERNAS:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. RECONHECIMENTO DE HEMORRAGIAS
EXTERNAS:
- Observar se há presença de sangue nas roupas.
- Observar se há presença de sangue no local
onde está a vítima.
- Observar saída de sangue pelo ferimento.
- Observar sinais e sintomas de choque.
1.1.2. CONDUTA:
1. Expor o ferimento.
2. Fazer uma compressão direta e firme sobre o
ferimento, com uma compressa de gaze, até parar
o sangramento.
3. Fixar a compressa com uma atadura de crepe.
4. Elevar o membro nas hemorragias em
extremidades.
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5. Caso o sangramento persista, comprimir os pontos
arteriais proximais.
6. Se o sangramento não cessar, realizar o
pinçamento, com os dedos indicador e polegar, do
vaso sangrante.
7. Como último recurso usar o torniquete e não
afrouxá-lo até que tenha chegado ao hospital.
8. Transportar a vítima na posição de choque (POP-
07-01).
- A tala inflável pode ser empregada no lugar da
atadura de crepe para fixar a compressa de gaze.
ADVERTÊNCIAS
Nunca remover a compressa de gaze após
aplicá-la sobre o ferimento, se necessário, coloque
outras por cima se o sangramento não parar.
Nos ferimentos na cabeça não fazer
compressão forte no local.
2. APLICAÇÃO DO TORNIQUETE:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Utilizar o torniquete somente no braço ou na coxa.
2. Utilizar uma bandagem triangular dobrada em
gravata.
3. Envolver o membro com a bandagem, dando duas
voltas e prendê-lo com apenas uma laçada (fig. A
e fig. B).
FIG. A FIG. B
4. Colocar um bastão, pedaço de madeira ou caneta e
terminar o nó, dando outra laçada.
5. Torcer o pano com o bastão, girando-o, até que a
hemorragia pare.
6. Segurar nessa posição sem aliviar a pressão em
nenhum momento até chegar ao hospital.
7. Anotar a hora em que foi exercida a pressão.
- Se o socorrista optar pela utilização do
torniquete, este não deve ser afrouxado.
- Retirar o torniquete apenas no hospital, após
atendimento médico.
- O torniquete é usado apenas como último recurso
para controlar uma hemorragia que não cessou
com os procedimentos anteriores.
ADVERTÊNCIAS
Nunca soltar o torniquete até chegar ao
hospital.
Lembrar que o torniquete priva os tecidos de
oxigênio e também comprime os nervos, podendo
a vítima perder o membro em decorrência deste
procedimento, portanto o transporte até o hospital
deve se iniciar precocemente.
O torniquete é usado apenas como último
recurso para controlar uma hemorragia que não
cessou com os procedimentos anteriores.
3. HEMORRAGIA INTERNA:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
3.1.1. SUSPEITA DE HEMORRAGIA INTERNA:
- Observar presença de grandes hematomas.
- Observar saída de sangue por orifícios naturais
(ouvido, nariz, boca, vagina,...).
- Relacionar a lesão com a natureza da ocorrência.
- Verificar a queixa principal da vítima.
- Observar sinais e sintomas de choque
hemodinâmico (POP-07-01).
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3.1.2. CONDUTA:
1. Tratar a vítima como em choque hemodinâmico:
2. Deitar a vítima com as pernas elevadas,
aproximadamente 30 cm.
3. Manter a permeabilidade das vias aéreas.
4. Ministrar oxigênio através de máscara.
5. Afrouxar suas roupas.
6. Manter a vítima aquecida.
7. Não obstruir a saída de sangue através dos orifícios
naturais.
ADVERTÊNCIAS
Nas hemorragias provenientes de orifícios
naturais da cabeça e da face, suspeitar de
traumatismo craniano e transportar a vítima em
decúbito horizontal sem elevação das pernas ou
cabeça.
IX – FERIMENTOS
1. FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Verificar o mecanismo de lesão.
2. Identificar lesões que ameaçam a vida.
3. Verificar a localização do ferimento, pois pode
sugerir que houve lesão interna de órgãos, com ou
sem hemorragia.
4. Expor o ferimento.
5. Identificar se houve ruptura da integridade da pele.
6. Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento.
7. Identificar se o ferimento é penetrante, não retirar
objeto encravado, exceto quando este se encontrar
na bochecha; somente retirar corpos estranhos
grosseiros superficiais e soltos (pedaços de roupa,
grama, por exemplo).
8. Não lavar o ferimento com soro fisiológico nem
outra substância.
9. Cobrir o ferimento com gaze, fixando-a com
esparadrapo, fita crepe, atadura ou bandagem.
10. Na presença de sangramento fazer curativo
compressivo e proceder às condutas específicas.
11. No caso de objetos encravados ou transfixados,
estabilizar e proteger o objeto de movimentação,
com auxílio de gaze, atadura ou bandagem.
ADVERTÊNCIAS
Em crianças e bebês um ferimento extenso
pode causar choque.
Os ferimentos deverão ser tratados durante a
análise secundária, exceto aqueles acompanhados
por grandes hemorragias.
O socorrista deve sempre estar atento aos
sinais e sintomas de choque hemodinâmico.
2. FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Verificar a permeabilidade das vias aéreas,
mantendo a coluna cervical alinhada numa posição
neutra.
2. Aplicar curativo sem exercer forte pressão.
3. Utilizar para o curativo a bandagem triangular ou
atadura de crepe.
4. Não retirar objetos encravados ou transfixantes,
exceto aqueles transfixantes na bochecha que
devem ser retirados quando possível.
5. Estabilizar o objeto com auxílio de gaze, atadura e
bandagem.
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6. Nos ferimentos com fratura de mandíbula utilizar a
cânula de Guedel nas vítimas inconscientes para
manter a via aérea permeável.
7. Estar atento aos sinais e sintomas de traumatismo
craniano. Nesse caso, transportar em decúbito
elevado.
ADVERTÊNCIAS
Ferimentos de face associados à fratura são
graves, muitas vezes necessitando de manobras
de SAV para a manutenção das vias aéreas.
Manter a coluna cervical imóvel durante os
procedimentos, pois é grande a possibilidade de
existir lesão na coluna cervical nas vítimas com
ferimento de cabeça e face.
Nas crianças os ferimentos extensos de cabeça
podem levar rapidamente ao choque por perda
sangüínea.
Não efetuar tamponamento compressivo nos
ferimentos na cabeça.
3. FERIMENTOS NO OLHO:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Não retirar nenhum corpo estranho do olho.
2. Aplicar atadura oclusiva em ambos os olhos para
limitar os movimentos.
3. Não fazer pressão sobre o globo ocular.
4. Não tentar recolocar o globo ocular protuso no
lugar.
5. No caso de queimadura química, seja por
substância álcali ou ácida, irrigar com soro
fisiológico por aproximadamente 20 minutos. Fazer
a irrigação do centro para o canto externo do olho.
6. Fazer a irrigação continuamente durante o
transporte.
ADVERTÊNCIAS
Retirar as lentes de contato.
No caso de queimaduras químicas obter o
nome do produto e se possível levar o recipiente
para o hospital.
4. FERIMENTOS NO NARIZ:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
4.1.1. FERIMENTOS TRAUMÁTICOS:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Observar se há saída de sangue e/ou líquor.
3. No caso de sangramento, pinçar, com os dedos
indicador e polegar, as narinas na sua parte
cartilaginosa durante cinco minutos.
4. Se persistir o sangramento, exercer novamente a
pressão com os dedos.
5. Transportar a vítima em decúbito elevado para
evitar aspiração de sangue.
4.1.2. HEMORRAGIA ESPONTÂNEA:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Manter a vítima calma e sentada, fora da exposição
solar.
3. Orientá-la para que respire pela boca, não forçando
a passagem de ar pelas narinas e também para
não engolir o sangue.
4. Pinçar com os dedos indicadores e polegar, as
narinas na sua parte cartilaginosa durante cinco
minutos.
5. Se persistir o sangramento, exercer novamente a
pressão com os dedos e transportar a vítima semi-
sentada.
ADVERTÊNCIAS
Nos casos de trauma não obstruir a saída de
sangue e/ou líquor pelo nariz.
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5. FERIMENTOS NO PESCOÇO:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
5.1.1. PROCEDIMENTOS:
1. Verificar o mecanismo de lesão.
2. Identificar lesões que ameaçam a vida.
3. Verificar constantemente a permeabilidade das vias
aéreas.
4. Nos ferimentos que comprometam as vias aéreas:
ministrar oxigênio por máscara, transportar em
decúbito elevado (POP-05-01 e POP-05-02).
5. No caso do ferimento ter produzido uma abertura
no pescoço (tipo traqueotomia) não ocluir este
ferimento, deixar a vítima respirar por esta via.
6. Não remover objeto encravado ou transfixado,
imobilizá-lo para evitar movimentação.
7. Comunicar a Central de Operações e acionar o
SAV.
8. Estar atento aos sinais de lesão de laringe e
traquéia por traumatismo fechado (enfisema
subcutâneo).
9. No caso de vítimas de trauma, manter a coluna
alinhada numa posição neutra, mesmo não sendo
possível utilizar o colar cervical.
5.1.2. FERIMENTOS QUE COMPROMETAM VASOS
SANGUÍNEOS:
a) Nos ferimentos com hemorragia de origem
arterial (cor vermelho vivo):
- Fazer uma compressão manual direta sobre a
artéria carótida e mantê-la até chegar ao hospital.
- Nunca pressionar os dois lados ao mesmo
tempo.
b) Nos ferimentos com hemorragia de origem
venosa (cor vermelho escuro):
- Cobrir o ferimento com curativo de gaze oclusivo
evitando a entrada de ar na veia (embolia).
ADVERTÊNCIAS
Nos ferimentos hemorrágicos a vítima entrará
rapidamente em choque por perda sangüínea em
decorrência da lesão de grandes vasos (artéria
carótida e veia jugular).
Grandes hematomas no pescoço podem
comprimir a via aérea impedindo a respiração.
6. AMPUTAÇÃO E/OU AVULSÃO:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Conter hemorragia empregando as devidas
técnicas (POP-08-01).
2. Prevenir o choque hemodinâmico (POP-07-02).
3. Localizar o segmento amputado.
4. Conduzir o segmento amputado juntamente com a
vítima.
5. Envolvê-lo com plástico protetor esterilizado.
6. Colocá-lo em um recipiente com gelo, se possível.
ADVERTÊNCIAS
Considerar a possibilidade da ocorrência de
choque hemodinâmico nas grandes amputações
e/ou avulsões.
Não colocar o segmento amputado em contato
direto com gelo, água ou outra substância.
Caso haja grande perde de sangue ou sinal de
choque hemodinâmico, não perder muito tempo em
procurar o membro amputado ou providenciar gelo.
7. FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX:
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
7.1.1. RECONHECIMENTO:
- dor no local.
- respiração dificultosa.
- presença de ferimento no tórax.
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- saída de ar através do tórax (ferida soprante).
- saída de sangue borbulhando pelo ferimento.
- tosse com secreção sanguinolenta.
- desvio de traquéia.
- enfisema subcutâneo (presença de ar no subcutâneo).
7.1.2. PROCEDIMENTOS GERAIS:
1. Controlar hemorragia.
2. Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões
(expiração forçada).
3. Aplicar no ferimento um curativo oclusivo de
formato quadrado (utilizar o plástico protetor de
evisceração) vedando suas bordas em 3 pontas
com esparadrapo.
4. Transportar a vítima deitada sobre o lado afetado,
mantendo a imobilização de sua coluna.
5. Monitorar constantemente pressão arterial, freqüências
respiratória e cardíaca, coloração de mucosas.
6. Manter a vítima com máscara de oxigênio.
7. Estar atento aos sinais e sintomas de choque, tratando
a vítima como tal (POP-07-01 e POP-07-02).
8. Comunicar a Central de Operações e acionar o SAV.
ADVERTÊNCIAS
Não utilizar o ressuscitador de pressão
positiva com válvula de demanda; se for
necessária a ventilação artificial, fazê-la através de
máscara e ambu.
8. EVISCERAÇÃO:
8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Cobrir as vísceras expostas com plástico
esterilizado (utilizar o protetor de evisceração) ou
com compressas de gaze algodoadas estéreis
(Zobec) umedecidas em soro fisiológico.
2. Proteger o local com curativo oclusivo.
3. Estar atento aos sinais e sintomas de choque
hemodinâmico (POP-07-01).
4. Estar preparado para a ocorrência de vômitos
(POP-04-08).
- Nunca tentar recolocar as vísceras no interior do
abdome.
- Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra
substância.
ADVERTÊNCIAS
Não introduzir compressas de gaze nas
vísceras.
Abrir o frasco de soro fisiológico para
umedecer a compressa apenas no momento da
utilização.
X – TRAUMAS
1. TRAUMA CRANIANO:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. RECONHECIMENTO:
- Verificar o mecanismo de lesão.
- Perguntar à vítima consciente se está com
cefaléia (dor de cabeça) tontura e/ou náusea.
- Observar presença de ferimento e/ou hemorragia
no couro cabeludo.
- Palpar toda a cabeça procurando sentir fraturas
ou deformações sem exercer pressão excessiva.
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- Verificar presença de hematoma nas pálpebras
e/ou atrás das orelhas.
- Observar saída de sangue e/ou líquor pelo ouvido
e/ou pelo nariz.
- Verificar se houve perda de consciência e
amnésia.
- Verificar estado neurológico através da Escala de
Coma de Glasgow.
- Verificar tamanho e reatividade à luz das pupilas.
- Observar desigualdade das pupilas (anisocoria).
- Verificar deficiência de sensibilidade e/ou
movimentos em algum segmento do corpo.
- Verificar alterações do padrão respiratório.
- Observar presença de vômitos.
1.1.2. CONDUTA:
1. Verificar permeabilidade das vias aéreas mantendo
a coluna cervical alinhada em uma posição neutra,
com o colar cervical.
2. Nas vítimas inconscientes aplicar a cânula de
Guedel (POP-06-06).
3. Aspirar secreções da cavidade oral (POP-04-08).
4. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-01 e
POP-05-02).
5. Proteger os ferimentos com gaze, fixando com
bandagem triangular ou atadura de crepe sem
exercer pressão excessiva.
6. Não obstruir saída de sangue e/ou líquor dos
ouvidos e nariz.
7. Transportar a vítima imobilizada na prancha longa
com a cabeceira elevada cerca de 30 cm.
8. Monitorar a cada 5 minutos os sinais vitais e
continuamente o nível de consciência.
- Vítimas com traumatismo craniano associado a
choque hemodinâmico, transportar em decúbito
horizontal.
ADVERTÊNCIAS
Considerar toda vítima portadora de
traumatismo craniano como portadora de trauma
de coluna cervical associado.
Durante a avaliação evitar manobras que
possam agravar possível lesão cervical
Não é necessário a presença de um ferimento
externo para que a vítima apresente traumatismo
craniano, às vezes somente o mecanismo de
aceleração e desaceleração bruscas são suficientes
para causar um trauma.
Na dúvida, o socorrista deve considerar que a
vítima apresenta o quadro mais grave.
O socorrista deve estar preparado para a
ocorrência de vômitos e para uma eventual parada
respiratória ou cardiorrespiratória.
2. TRAUMA DE COLUNA:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. RECONHECIMENTO:
- Verificar o mecanismo de lesão, associando o
tipo de acidente com a suspeita de lesão.
- Observar presença de dor no pescoço ou ao
longo da coluna torácica e lombar.
- Palpar suavemente a coluna, procurando alguma
deformidade, edema e/ou crepitação.
- Verificar se há perda ou diminuição da
sensibilidade e/ou movimentação dos membros,
avaliando-os simetricamente.
- Observar presença de priapismo (ereção
peniana).
- Observar perda do controle dos esfíncteres
(eliminação involuntária de urina e/ou fezes).
- Observar o padrão respiratório. Pedir a vítima
que faça uma inspiração profunda, caso não
consiga é um dos sinais de lesão de coluna.
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2.1.2. CONDUTA:
1. Manter a permeabilidade das vias aéreas,
mantendo a coluna cervical imóvel alinhada numa
posição neutra, aplicar o colar cervical.
2. Verificar se há desvio de traquéia ou se os vasos
do pescoço estão distendidos.
3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
4. Monitorar sinais vitais e nível de consciência.
5. Em vítimas que estejam sentadas, aplicar a
prancha curta ou o “KED” antes de movimentá-la.
6. Em vítimas que estejam deitadas, colocar a
prancha longa antes de movimentá-la.
7. Transportar com o mínimo de movimentação
possível, mantendo a vítima calma e aquecida.
8. No caso de desvio de traquéia e/ou distensão dos
vasos do pescoço avisar a Central de Operações e
acionar SAV.
9. Estar preparado para a ocorrência de vômitos,
fixando bem a vítima na prancha para o caso de
giro lateral (POP-04-08).
ADVERTÊNCIAS
Verificar o mecanismo do trauma, lembrando
que a lesão óssea isolada pode não produzir
sintomas neurológicos (lesão neurológica).
Vítimas com lesões ao nível da sétima vértebra
cervical ou acima desta, podem desenvolver um
quadro de hipotensão sem que ocorra taquicardia,
devido à lesão do sistema nervoso.
Considerar que toda vítima de trauma poderá
ser portadora de lesão de coluna.
3. TRAUMA TORÁCICO:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
3.1.1. RECONHECIMENTO:
- Verificar o mecanismo de lesão.
- Se a respiração está alterada: dificultosa,
assimétrica ou paradoxal (depressão à inspiração
e elevação na expiração).
- A presença de dor local associada ou não à
respiração.
- Se há deformidade na parede torácica,
principalmente devido à fratura de costelas, se há
crepitação durante a palpação.
- A presença de hematomas, ferimentos, enfisema
subcutâneo no pescoço e/ou tórax.
- Observar se há desvio de traquéia ou distensão
de vasos do pescoço.
- Presença de tosse com sangue, cianose, sinais
ou sintomas de choque hemodinâmico.
- Deve-se considerar que está se agravando a
condição da vítima se houver um aumento da
dificuldade respiratória, distensão dos vasos do
pescoço, desvio de traquéia, desenvolvimento
progressivo de choque hemodinâmico.
3.1.2. CONDUTA:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
3. Nas vítimas inconscientes aplicar a cânula de
Guedel (POP-06-06).
4. Ventilar a vítima com o ressuscitador manual
(ambu) se a freqüência respiratória for menor que
oito em adultos, e menor que doze em crianças.
5. Controlar hemorragias e ocluir ferimentos se
necessário (POP-08-01, POP-09-01 e POP-09-07).
6. Nos ferimentos penetrantes de tórax aplicar o
curativo de três pontas de acordo com o POP 09-
07.
7. Nas vítimas com fratura de várias costelas dos
dois lados (tórax flácido) fixar com esparadrapo
duas talas aramadas moldáveis pequenas sobre
as fraturas.
8. Monitorar sinais vitais a cada cinco minutos.
9. Transportar a vítima na posição mais adequada,
geralmente deitada sobre o lado afetado; se
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houver comprometimento dos dois lados elevar a
cabeceira da prancha.
10. Estar atento aos sinais e sintomas de choque
hemodinâmico.
ADVERTÊNCIAS
Não utilizar o ressuscitador com válvula de
demanda.
4. TRAUMA ABDOMINAL:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
4.1.1. RECONHECIMENTO:
- Verificar o mecanismo de lesão.
- Vítima queixa-se de dor abdominal.
- Presença de ferimento penetrante ou não,
hematomas, marcas em algum quadrante do
abdome.
- Presença de sinais e sintomas de choque
hemodinâmico (POP-07-01).
- Pesquisar dor abdominal à palpação nos quatro
quadrantes.
- Presença de tensão abdominal e/ou distensão à
palpação.
- Ocorrência de vômitos.
4.1.2. CONDUTA:
1. Verificar a permeabilidade das vias aéreas,
mantendo a coluna cervical numa posição neutra,
utilizando o colar cervical.
2. Na ocorrência de vômitos, aspirar secreções e
imobilizar a vítima na prancha longa de modo que
seja possível virá-la lateralmente.
3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
4. Controlar hemorragias e cobrir ferimentos (POP-
08-01 e POP-08-03).
5. Estabilizar objetos penetrantes, fixando-os com
gaze, atadura ou bandagem.
6. Tratar o choque hemodinâmico (POP-07-02).
7. Se não houver vômitos ou sinais de choque
hemodinâmico, transportar a vítima deitada de
costas, com os membros inferiores um pouco
flexionados, apoiados sobre um cobertor (exceto
se houver suspeita de fraturas).
8. Monitorar sinais vitais, perfusão capilar a cada 5
minutos durante o transporte.
ADVERTÊNCIAS
Avaliar com cuidado um traumatismo
abdominal, pois como o abdome é uma grande
cavidade, pode não ocorrer distensão mesmo
após uma grande hemorragia.
Não ministrar alimentos ou líquidos para a
vítima.
5. TRAUMA EM GESTANTE:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
5.1.1. DIFERENÇAS GERAIS NA MULHER GRÁVIDA:
a) Anatômicas:
- Aumento do tamanho do útero:
- até 3 meses de gestação: o útero permanece
na região pélvica;
- aos 5 meses de gestação: o útero está na altura
da cicatriz umbilical;
- aos 9 meses de gestação: o útero está na altura
do rebordo costal.
- Diminuição da espessura do útero.
- Formação da placenta, que possui grande
quantidade de sangue circulante.
- Todas essas mudanças do útero torna-o mais
susceptível às lesões, incluindo penetração de
corpos estranhos, ruptura, descolamento
prematuro de placenta, ruptura da bolsa
amniótica em decorrência de um trauma.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 45
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- O baço e o fígado têm sua posição anatômica
alterada, ficando situados mais para cima do
que o habitual.
b) Hemodinâmicas:
- O débito cardíaco aumenta cerca de 1 a 1,5
litro/min.
- A freqüência cardíaca durante o último trimestre
da gravidez aumenta cerca de 15 a 20 bpm.
- A pressão arterial, tanto a sistólica quanto a
diastólica, a partir do segundo trimestre diminuem
cerca de 5 a 15 mmHg.
c) Respiratórias:
- A freqüência respiratória aumenta no final da
gravidez, média de 20 m.r.m.
- O consumo de oxigênio aumenta durante toda a
gravidez.
5.1.2. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE
GESTANTES VÍTIMAS DE TRAUMA:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Administrar oxigênio (POP-05-01).
3. Prevenir choque hemodinâmico, mantendo a
gestante em decúbito lateral esquerdo, imobilizada
na prancha longa.
4. Fazer a análise secundária, tratando as lesões
encontradas de acordo com os respectivos
procedimentos operacionais.
- Observar se há contrações uterinas sugerindo
trabalho de parto prematuro.
- Observar se há sangramento vaginal
(descolamento prematuro de placenta ou ruptura
uterina), ou saída de líquido amnéstico (ruptura
da bolsa amniótica).
- Em algumas situações o estado geral da mãe
ainda é bom, porém, o feto pode estar em
choque (o útero funciona como uma “almofada”,
protegendo a mãe de lesões penetrantes no
abdome ou mesmo traumas fechados, mas quem
sofre é o feto).
ADVERTÊNCIAS
A gestante no último trimestre não deve ficar
em decúbito dorsal, devido ao grande volume do
útero que comprime a veia cava diminuindo o
retorno venoso causando hipotensão e choque.
Lembrar que se tratam de duas vítimas ao
invés de uma e que a gravidade das lesões
maternas não determinam somente a sobrevida
materna como também a fetal.
XI – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS
1. AVALIAÇÃO RECONHECIMENTO E CONDUTA
DE LESÃO MÚSCULO ESQUELÉTICA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
As lesões músculo-esqueléticas incluem:
- fraturas: perda da continuidade óssea.
- luxações: perda da congruência articular.
- entorses: lesão de ligamentos e tendões.
- contusões: contusões de partes moles (pele,
músculo, vaso sangüíneo).
1.1.1. RECONHECIMENTO:
- verificar o mecanismo de lesão.
- presença de dor aguda.
- observar deformidade, movimentos anormais ou
incapacidade funcional.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 46
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- observar encurtamento.
- presença de edema, equimose ou hematoma.
- observar alteração da cor.
- presença de crepitação.
- observar exposição óssea.
- Verificar se há complicação examinando a porção
distal à lesão, palpando o pulso e pesquisando a
sensibilidade e motricidade.
1.1.2. CONDUTA:
1. Tratar, primeiramente, as lesões que ameaçam a
vida, detectadas na análise primária e início da
secundária.
2. Cortar a roupa e retirar objetos como relógio,
pulseiras, anéis.
3. Cobrir ferimentos com gaze seca, atadura ou
bandagem.
4. Não tentar reintroduzir um osso exposto.
5. Avaliar o pulso distal, perfusão capilar,
sensibilidade e mobilidade.
6. Alinhar fraturas conforme POP-11-02.
7. Imobilizar com o mínimo de movimentação
possível do membro, conforme procedimentos
específicos (POP-10-03, POP-11-03 e POP-11-
04).
8. Avaliar pulso distal, perfusão capilar após a
imobilização.
- Ao imobilizar, abranger uma articulação
imediatamente acima e outra imediatamente
abaixo do ponto lesionado.
- Ao imobilizar lesões em articulações abranger o
osso acima e o osso que está abaixo da articulação.
- Objetivos da imobilização: reduzir a dor, prevenir
lesões adicionais, diminuir sangramento.
- Na dúvida, se há ou não fratura, sempre imobilizar.
- Os procedimentos adotados neste manual
aplicam-se a suspeita de fratura ou fratura
indistintamente, uma vez que diagnóstico de
fratura requer confirmação radiológica.
ADVERTÊNCIAS
Lesões músculo-esqueléticas só são
manipuladas durante a análise secundária, exceto
quando ameaçam à vida.
Suspeitar de fratura mesmo com a presença de
apenas um sinal e/ou sintoma.
Não se distrair das prioridades por causa de
uma fratura que cause uma deformidade
impressionante.
2. ALINHAMENTO DE FRATURAS:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
- Tentar realinhar o membro de forma suave,
exercendo uma leve tração.
- Tentar o alinhamento somente em ossos longos
(úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia e fíbula).
- Tentar apenas uma única vez, se houver
resistência não forçar.
- Imobilizar na posição encontrada se houver
resistência.
- Avaliar o pulso distal, perfusão capilar,
sensibilidade e mobilidade antes e após a
tentativa de alinhamento.
ADVERTÊNCIAS
Não alinhar fraturas expostas, fraturas
envolvendo articulações e nem luxações.
3. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS SUPERIORES:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
RECONHECIMENTO:
1. Reconhecer o mecanismo de lesão.
2. Identificar sinais e sintomas.
3. Verificar presença de complicações.
4. Imobilizar com as técnicas adequadas.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 47
C.P.P.S.B.
3.1.1. CLAVÍCULA:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto - pancada sobre o tórax.
- trauma indireto - quedas com o braço estendido.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- dor local, a vítima mantém o membro superior
fletido sobre o tórax, seguro pelo outro braço.
- deformidade e crepitação óssea.
- nas fraturas de terço medial da clavícula há uma
queda do ombro.
c) COMPLICAÇÕES:
- lesão vascular (veia subclávia).
- lesão neurológica como enervação do braço.
- lesão pulmonar e/ou pleural.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- deve-se imobilizar o ombro proporcionando
sustentação para o braço.
- utilizar bandagem triangular e confeccionar uma
tipóia.
3.1.2. ESCÁPULA:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- impacto de alta intensidade sobre o tórax.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- dor local à palpação.
- deformidade apenas quando se palpa.
- vítima mantém o braço próximo ao corpo, não
conseguindo afastá-lo.
c) COMPLICAÇÕES:
- fraturas de costela e coluna.
- contusão pulmonar.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- conter o ombro com duas bandagens
triangulares.
3.1.3. LUXAÇÃO DE OMBRO:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto sobre o ombro.
- prática de esportes.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- dor intensa.
- perda de movimento do braço (não consegue
fazer movimento de rotação nem trazê-lo para
próximo do corpo).
- cabeça do úmero fora da articulação
(deformidade).
c) COMPLICAÇÕES:
- vascular e/ou neurológica.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- utilizar bandagem triangular.
- se o membro estiver afastado do corpo, colocar
um cobertor enrolado entre o braço e o corpo
para apoiá-lo.
- utilizar tala moldável para apoio do braço na
posição onde se encontra.
3.1.4. ÚMERO:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- traumas: direto ou indireto.
- doenças: tumores.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- os clássicos de fratura.
c) COMPLICAÇÕES:
- hemorragia.
- lesão neurológica: lesão do nervo radial com
queda do punho.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- envolver a articulação do ombro e do cotovelo.
- se a fratura for proximal (próximo ao ombro)
utilizar 2 bandagens triangulares, imobilizando o
membro fletido.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 48
C.P.P.S.B.
- se a fratura for medial, utilizar tala rígida na face
anterior do braço, protegendo sua extremidade
que estiver em contato com a axila com uma
atadura. Poderá ser utilizado tala aramada
moldável ou tala inflável (POP -12-06, POP-12-
07 e POP-12-08).
- se a fratura for distal (comum em crianças e
pessoas idosas) utilizar a tala rígida ou a
aramada moldável (POP-12-06 e POP-12-07).
3.1.5. RÁDIO E ULNA:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto ou indireto.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- clássicos de fratura.
c) COMPLICAÇÕES:
- mais comum neurológica.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- incluir a articulação do cotovelo e do punho.
- utilizar a tala rígida em fraturas alinhadas, ou
como alternativa a tala inflável se não houver
comprometimento neurológico (POP-12-08).
- utilizar a tala aramada moldável em fraturas
desalinhadas (POP-12-07).
3.1.6. MÃO E DEDOS:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- característicos de fratura.
c) COMPLICAÇÕES:
- tanto vasos como nervos.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- imobilizar a mão com os dedos semi-fletidos;
deixando-os apoiados sobre um rolo de atadura
de crepe ou chumaço de gaze.
- utilizar tala rígida, aramada moldável ou inflável
(POP-12-06, POP-12-07 e POP-12-08).
- para os dedos, proceder da mesma forma; caso
seja apenas um dedo e o comprometimento é
da falange distal, utilizar duas espátulas de
madeira.
ADVERTÊNCIAS
Na suspeita de fratura de cotovelo pode haver
lesão de artéria, causando isquemia (falta de
sangue), que se caracteriza por um aumento
progressivo e intenso da dor e diminuição até
ausência do pulso radial constituindo-se em uma
urgência ortopédica.
Nesse caso, não utilizar tala inflável.
4. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS INFERIORES:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
RECONHECIMENTO
1. Reconhecer o mecanismo de lesão.
2. Identificar sinais e sintomas.
3. Verificar presença de complicações.
4. Imobilizar com as técnicas adequadas.
4.1.1. PÉLVIS:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto ou indireto.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- dor.
- deformidade.
- crepitação, instabilidade.
- sinais e sintomas de choque hemodinâmico.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- bexiga e/ou órgãos genitais.
- coluna.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 49
C.P.P.S.B.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- imobilizar na prancha longa, com auxílio da tala
rígida e bandagem triangular.
- imobilizar envolvendo a articulação do joelho e
impedindo a flexão do quadril.
- colocar um cobertor enrolado entre os membros
inferiores.
- poderá ser utilizado o KED.
4.1.2. LUXAÇÃO DE QUADRIL:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- dor intensa.
- posição anormal da articulação:
- luxação posterior: a coxa e o joelho estão
fletidos e rodados para dentro.
- luxação anterior: quadril fletido com a coxa
aberta e extremamente rodada; a cabeça do
fêmur é palpada no local do pulso femoral.
- luxação central: encurtamento do membro.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- lesões do joelho.
- lesões do nervo ciático, evidenciada pela
incapacidade de fazer a dorsiflexão do pé.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- fazê-la de forma a sustentar o membro na
posição encontrada, utilizar tala aramada
moldável e cobertores enrolados (POP-12-07).
- utilizar a prancha longa.
4.1.3. FÊMUR:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- fratura de cabeça de fêmur: trauma indireto e em
idosos também por doença.
- fratura de terço medial e distal resulta de trauma
direto de alto impacto.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- fraturas de cabeça de fêmur: rotação externa,
encurtamento, dor.
- fratura de terço médio e distal: dor, edema e
deformidade.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- lesões vasculares levando a choque hemodinâmico.
- embolia gordurosa.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- utilizar a tala de tração de fêmur nas fraturas
alinhadas e de terço médio (POP-12-09).
- utilizar a tala rígida ou inflável nas fraturas
alinhadas (POP-12-06 e POP-12-08).
- utilizar a tala aramada moldável nas fraturas
desalinhadas (POP-12-07).
- imobilizar de forma a impedir flexão do quadril e
do joelho.
- estar preparado para os sinais e sintomas de
choque.
4.1.4. JOELHO:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto ou indireto.
- torção.
- Hiperextensão.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- sinais clássicos de fratura.
- lesões ligamentares (entorse) e luxação
instabilidade da articulação, limitação de
movimentos, movimentos anormais.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- lesões vasculares, particularmente artéria poplítea.
- lesões neurológicas.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- lesões ortopédicas alinhadas, utilizar tala rígida
ou inflável (exceto as que apresentam lesão
vascular ou neurológica).
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 50
C.P.P.S.B.
- lesões ortopédicas nas quais não for possível o
alinhamento utilizar a tala aramada moldável.
- imobilizar o joelho envolvendo o fêmur, a tíbia e
fíbula.
4.1.5. TÍBIA E FÍBULA:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma direto.
- torção.
- stress.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- sinais e sintomas clássicos de fratura.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- hemorragia.
- síndrome comportamental.
e) IMOBILIZAÇÃO:
- envolver a articulação do joelho e tornozelo.
- utilizar tala rígida ou aramada moldável ou
inflável. A tala inflável não deverá ser utilizada na
ausência de pulso distal (POP-12-06, POP-12-07
e POP-12-08).
4.1.6. PÉS:
a) MECANISMO DE LESÃO:
- trauma e torção.
b) SINAIS E SINTOMAS:
- clássicos de fratura, mas às vezes o único
sintoma é dor à palpação do calcanhar.
c) LESÕES ASSOCIADAS:
- comumente junto às lesões do calcâneo há
lesões da coluna.
d) IMOBILIZAÇÃO:
- utilizar tala inflável, tala aramada moldável (POP-
12-07 e POP-12-08).
ADVERTÊNCIAS
Estar atento para possibilidade de choque
hemodinâmico nas vítimas com fratura de pelve
e/ou fêmur.
Não utilizar tala inflável nas fraturas
desalinhadas ou nas fraturas expostas em que o
osso esteja para fora da ferida.
XII – IMOBILIZAÇÕES
1. APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. ESCOLHA DO COLAR CERVICAL
APROPRIADO:
- Usando seus dedos, meça da base do pescoço
(músculo trapézio) até a base da mandíbula da
vítima, a fim de determinar o tamanho do
pescoço da vítima.
FIG. A
- Medir a distância entre o ponto de referência do
calor e a borda inferior do plástico rígido.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 51
C.P.P.S.B.
FIG. B
1.1.2. VÍTIMA SENTADA:
1. Retirar qualquer vestimenta, colar e outros adornos
da área do pescoço da vítima.
2. Socorrista 1:
- faz o alinhamento da cabeça da vítima e mantém
firme com uma leve tração para cima, mantendo
as vias aéreas permeáveis, elevando o ângulo da
mandíbula, colocando os polegares na região
occipital, os indicadores na maxila e os dedos
médios na mandíbula (fig. C).
FIG. C
3. Socorrista 2:
- escolhe o tamanho apropriado do colar de acordo
com a medida do pescoço da vítima (fig. A e B).
- coloca o colar cervical iniciando pela parte do
queixo, deslizando o colar sobre o tórax da vítima
até que seu queixo esteja apoiado firmemente
sobre o colar.
- passa a outra parte do colar por trás do pescoço
da vítima até se encontrar com a parte da frente
(fig. C).
- aperta o colar firmemente e prende o velcro.
4. Socorrista 1:
- mantém a imobilização lateral da cabeça.
1.1.3. VITIMA DEITADA:
1. Retirar qualquer vestimenta, colar e outros adornos
da área do pescoço da vítima.
2. Socorrista 1:
- faz o alinhamento da cabeça da vítima,
mantendo-a firme com uma leve tração,
mantendo a permeabilidade das vias aéreas e
elevação da mandíbula, colocando os polegares
na maxila, os dedos indicadores na mandíbula e
os dedos médios na região occipital.
FIG. B
3. Socorrista 2:
- escolhe o tamanho apropriado do colar, de
acordo com a medida do pescoço da vítima (fig.
A e B).
- medir a distância entre o ponto de referência do
calor e a borda inferior do plástico rígido.
- coloca primeiro a parte de trás do colar,
deslizando-a por baixo do pescoço da vítima,
posiciona a parte da frente do colar, encaixando-
a ao queixo, aperta-o firmemente e prende o
velcro (fig. E).
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 52
C.P.P.S.B.
FIG. E
4. Socorrista 1:
- mantém a imobilização lateral da cabeça da
vítima até que se coloque um recurso material
para tal (cobertor, imobilizador lateral, frascos de
soro e fita crepe).
ADVERTÊNCIAS
O colar cervical deverá ter o tamanho
adequado de forma a proporcionar alinhamento e
imobilização antero-posterior da coluna cervical.
Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o
colar cervical, mesmo que o estado da vítima não
seja grave.
2. RETIRADA DO CAPACETE:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Socorrista 1:
- faz uma leve tração no pescoço da vítima,
utilizando as mãos uma de cada lado do
capacete, colocando os dedos indicadores na
mandíbula da vítima para evitar que o capacete
escorregue caso o tirante escape (fig. A).
FIG. A
2. Socorrista 1:
- solta ou corta o tirante do capacete enquanto o
socorrista 1 mantém a tração.
- coloca os polegares nos ramos da mandíbula, um
de cada lado, assim como os dedos indicadores
na maxila e os outros três dedos na região
occipital, por dentro do capacete (fig. B).
FIG. B
3. Socorrista 2:
- remove o capacete da cabeça da vítima,
atentando para os seguintes itens:
a) capacete oval: é necessário alargá-lo com as
próprias mãos, mantendo-o dessa forma
durante todo o processo de retirada, para que
ele não pegue as orelhas da vítima e seja
mais fácil a retirada.
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b) capacete que cobre toda a face da vítima:
remova primeiro o visor e erga a parte da
frente do capacete ao tirá-lo, para que não
pegue o nariz.
4. Socorrista 1:
- mantém a tração do pescoço da vítima em todo o
tempo enquanto o socorrista 2 remove o
capacete, impedindo assim que sua cabeça se
mova, conforme POP 12-01.
5. Depois que o capacete for removido da cabeça da
vítima, o socorrista 2 assume a tríplice manobra de
acordo com POP 12 -01- Vítima Deitada.
6. Socorrista 2:
- faz uma leve tração no pescoço da vítima,
mantendo o alinhamento.
7. Socorrista 1:
- mede o tamanho do colar cervical na vítima de
acordo com POP 12-01.
- coloca o colar cervical no pescoço da vítima.
8. Socorrista 2:
-apóia a cabeça da vítima no chão, lembrando que
se for necessário, utilizar um lençol ou cobertor
para corrigir a distância entre o chão e a cabeça
alinhada.
ADVERTÊNCIAS
A retirada do capacete deve ser feita
rapidamente e com toda a técnica, pois a presença
dele prejudica a análise primária.
A retirada do capacete deve ser feita com a
vítima em decúbito dorsal, por isso se encontrar a
vítima em outra posição faça o giro em monobloco
imediatamente.
Permite-se a retirada do capacete com a
vítima em outra posição que não a de decúbito
dorsal se ela estiver presa em algum lugar
impedindo o giro.
3. COLOCAÇÃO DE PRANCHA CURTA:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Socorrista 1:
- realiza a Manobra Tríplice e mantém o
alinhamento da coluna cervical, tranqüilizando a
vítima.
2. Socorrista 2:
- realiza a colocação do colar cervical.
3. Socorrista 3:
- prepara a prancha curta, desprende os tirantes
de forma correta.
4. Socorrista 1:
- continua mantendo o alinhamento da coluna
cervical, orientando a vítima de todo
procedimento que está sendo realizado.
5. Socorrista 2:
- posiciona o corpo da vítima à frente para permitir
a colocação da prancha curta.
6. Socorrista 3:
- passa a mão nas costas da vítima até a região
lombar para procurar ferimentos, fragmentos de
vidro, pedaços de lataria ou possível armamento.
7. Socorrista 3:
- coloca a prancha curta entre a vítima e o encosto,
aplicando em seguida um apoio (tipo almofada)
entre a cabeça e a prancha, corrigindo a
distância existente entre as duas (fig. A).
FIG. A
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8. Socorristas 2 e 3:
- passam os tirantes. As pontas correspondentes
às fivelas passam respectivamente por cima de
cada ombro da vítima até aproximadamente o
nível do tórax. As outras pontas dos tirantes
deverão passar sobre as virilhas (de dentro para
fora), por baixo das coxas, cruzando o abdome e
o tórax encaixando assim nas fivelas
correspondentes (fig. B e fig. C).
FIG. B
FIG. C
9. Socorrista 2:
- prende a cabeça da vítima à prancha curta.
ADVERTÊNCIAS
Verificar se os tirantes estão bem firmes à
vítima.
Utilizar, se possível, tirantes de cores
diferentes.
4. COLOCAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR
K.E.D.:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Socorrista 1:
- realiza a manobra tríplice e mantém o
alinhamento da coluna cervical, tranqüilizando a
vítima.
2. Socorrista 2:
- realiza a colocação do colar cervical.
3. Socorrista 3:
- prepara o colete imobilizador, dispondo os
tirantes de forma correta.
4. Socorrista 1:
- continua mantendo o alinhamento da coluna
cervical, orientando a vítima de todo o
procedimento que está sendo realizado.
5. Socorrista 2:
- posiciona o corpo da vítima à frente para permitir
a colocação do colete.
6. Socorrista 3:
- passa a mão nas costas da vítima até a região
lombar para procurar ferimentos, fragmentos de
vidros, pedaços de lataria ou possível
armamento.
7. Socorrista 3:
- coloca o colete entre a vítima e o encosto,
ajustando-o de maneira que as abas laterais
fiquem sob as axilas e, em seguida coloca a
almofada entre a cabeça e o colete, corrigindo a
distância entre os dois.
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8. Socorrista 2 e 3:
- prendem os tirantes do colete na seguinte
seqüência (fig. A):
a) tirante abdominal do meio.
b) tirante abdominal inferior.
c) tirantes dos membros inferiores, passando-os
de fora para dentro por baixo, um de cada lado.
d) realiza a fixação da cabeça.
e) tirante torácico, sem ajustá-lo demasiadamente.
FIG. A
9. Após a devida fixação do colete, os socorristas 2 e
3 efetuam a retirada e o socorrista 1 permanece
apoiando a cabeça da vítima.
10. Ao colocar a vítima imobilizada na prancha longa
devem ser soltos, pela ordem:
a) tirante torácico.
b) tirantes dos membros inferiores.
11. Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se
evitar que fiquem com pontas soltas, pois podem
enroscar e dificultar a movimentação da vítima.
ADVERTÊNCIAS
Este procedimento deve ser aplicado apenas
em vítimas que estejam com os sinais vitais
presentes; em casos de parada cárdio-respiratória
ou outra situação de risco iminente de vida deverá
ser aplicado o POP 12-11 (retirada rápida); não
fixar o tirante inferior no caso de vítima gestante e
obesos extremos.
5. PASSAGEM DA PRANCHA CURTA OU
K.E.D. PARA PRANCHA LONGA:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Colocar a prancha curta ou KED conforme POP
012-03 e 012-04.
2. Preparar a prancha longa, com no mínimo três
tirantes (um ao nível das axilas, outro ao nível das
cristas ilíacas e outro ao nível dos joelhos).
3. Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa
sobre o estribo ou banco do carro (se o giro da
vítima for feito para a esquerda, caso contrário,
inverta a posição da prancha), enquanto a
outra extremidade é segura pelo socorrista 3
(fig. A).
FIG. A 4. Fazer o giro da vítima, o socorrista-1 deverá ficar
dentro do carro no assento lateral para apoiar as
pernas da vítima; o socorrista-2 deverá estar fora
do veículo ao lado da prancha longa, próximo à
vítima para apoiar a prancha curta até que a
mesma encoste na prancha longa levando a vítima
até a cabeceira da prancha longa.
5. Após este procedimento, soltar os tirantes da
prancha curta/KED e estender as pernas da vítima
suavemente sobre a prancha longa.
6. Fixar a vítima à prancha longa com os tirantes.
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ADVERTÊNCIAS
Antes de realizar o giro da vítima, verificar se
os tirantes da prancha curta ou KED estão bem
firmes e justos.
Em algumas situações não é possível fazer o
giro de forma a deixar as costas da vítima para
fora, nesses casos o giro pode ser feito ao
contrário, tomando-se o cuidado de inverter
também a prancha longa.
A prancha curta e o KED não são feitos para
carregar a vítima sentada e sim para apoiar e
imobilizar a sua coluna, por isso após
imobilizá-la fazer o giro e deitá-la sobre a
prancha longa.
6. COLOCAÇÃO DE VITIMA EM PRANCHA
LONGA:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1º MÉTODO: GIRO EM BLOCO COM TRÊS
SOCORRISTAS
1. Socorrista 1 segura a cabeça da vítima e explica
a mesma, caso esteja consciente, o que será
feito.
2. Socorrista 2 posiciona-se na lateral da vítima na
altura do tronco, colocando uma das mãos no
ombro contralateral e a outra mão na região
pélvica contralateral.
3. Socorrista 3 posiciona-se na mesma lateral que o
socorrista 2, na altura dos membros inferiores da
vítima; coloca uma das mãos na região pélvica
numa posição acima da mão do socorrista 2 e a
outra mão na altura do tornozelo (fig. A).
FIG. A
4. Socorrista 1 após certificar-se que todos estão na
posição correta, faz a contagem combinada pela
equipe em voz alta e todos ao mesmo tempo,
efetuam o giro lateral em bloco da vítima.
5. Socorrista 2 retira a mão da região pélvica e traz a
prancha longa para próximo da vítima; e em seguida
retorna a mão para a mesma posição (fig. B).
FIG. B
6. Socorrista 1 comanda o giro em bloco da vítima
para colocá-la sobre a prancha longa (fig. C).
FIG. C
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7. Socorrista 1 mantém a cabeça segura pelas mãos.
8. Socorrista 2 e 3 com as mãos na outra lateral do
corpo da vítima deslocam-na e a acomodando na
prancha, não esquecendo de manter a prancha
travada com o pé ou o joelho durante a manobra
para que não deslize.
9. Socorrista 1 realiza fixação da cabeça.
10. Socorrista 2 e 3 prendem os tirantes nas seguintes
posições:
- na altura das axilas e cruzando, passando pelos
membros.
- na altura das cristas ilíacas.
- na altura dos joelhos.
11. Socorrista 3 fixa os membros superiores da vítima
unindo as mãos com bandagem triangular ou
atadura de crepe. Que os membros superiores
podem ser fixados nas laterais do corpo através de
atadura à prancha longa.
2º MÉTODO: LEVANTAMENTO EM BLOCO COM
QUATRO SOCORRISTAS
1. Socorrista 1 posiciona-se de frente para o corpo da
vítima e segura a cabeça dela, explicando-lhe o
que será feito caso ela esteja consciente.
2. Socorrista 2 em pé, posiciona-se sobre a vítima
colocando uma perna de cada lado da vítima e
segura-a pelos ombros.
3. Socorrista 3 em pé, posiciona-se sobre a vítima
colocando uma perna de cada lado da vítima na altura
das coxas e segura a vítima pela região pélvica.
4. Socorrista 4 posiciona-se de frete para o socorrista
1 e segura os membros inferiores da vítima na
altura dos tornozelos (fig. C).
5. Socorrista 1 após certificar-se que todos os
socorristas estão na posição correta faz a
contagem conhecida pela equipe em voz alta e
todos, ao mesmo tempo, levantam a vítima em
bloco. Ao segundo comando do socorrista 1
deslocam-se lateralmente para colocar a vítima
sobre a prancha longa (fig. D).
FIG. D
6. Socorrista 1 realiza fixação da cabeça.
7. Socorrista 2 e 3 prendem os tirantes nas seguintes
posições:
- passando pelo tronco logo abaixo das axilas e
cruzando, passando pelos ombros.
- na altura das cristas ilíacas.
- na altura dos joelhos.
8. Socorrista 3 fixa os membros superiores da vítima
unindo as mãos com bandagem triangular ou
atadura de crepe. Ou os membros superiores
podem ser fixados nas laterais do corpo através de
atadura para a prancha longa.
Esse método é usado em casos de vítima
politraumatizados, nas guias não se pode fazer o
giro lateral devido ao grande número de lesões, ou
em outras situações que impeçam o giro lateral da
vítima.
do corpo através de atadura presa à prancha
longa.
ADVERTÊNCIAS
Ao realizar este método deve-se tomar cuidado
de escolher o lado correto para efetuar o giro,
deixando o lado com traumas ou fraturas livre
para cima.
A vítima deve estar sempre bem fixa a prancha
para evitar acidentes e também, se houver
necessidade, movimentá-la rapidamente sem
perder a imobilização da coluna.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 58
C.P.P.S.B.
7. APLICAÇÃO DE TALA RÍGIDA:
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Explicar o procedimento à vítima.
2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,
adornos, etc...
3. Verificar se há pulso distal, perfusão capilar, cor e
temperatura da pele.
4. Se houver qualquer ferimento, fazer um curativo
(estancar hemorragias).
5. Escolher o tamanho apropriado da tala para a
extremidade a ser imobilizada, de forma a
abranger uma articulação imediatamente acima e
outra imediatamente abaixo do ponto lesionado;
caso se esteja imobilizando uma articulação, a tala
deverá abranger o osso acima e o osso abaixo que
compõem a articulação.
6. Socorrista 1 segura a extremidade do membro
afetado exercendo firme e suave tração
longitudinal.
7. Socorrista 2 coloca uma tala embaixo e uma de
cada lado do membro afetado.
8. Socorrista 1 mantém a tração enquanto o
socorrista-2 envolve as talas com ataduras ou
bandagens no sentido distal para proximal.
9. Verificar novamente: pulso, perfusão periférica, cor
e temperatura da pele.
ADVERTÊNCIAS
Verificar se a extremidade da tala não está
pressionando a pele, para que isso não ocorra
protegê-la com gaze.
8. APLICAÇÃO DE TALA ARMADA
MOLDÁVEL:
8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Explicar todo o procedimento à vítima.
2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,
adornos, etc...
3. Verificar se há pulso distal, perfusão capilar, cor e
temperatura da pele.
4. Se houver qualquer ferimento fazer um curativo
(estancar hemorragias).
5. Escolher o tamanho apropriado para a extremidade
a ser imobilizada, de forma que envolva uma
articulação acima e outra abaixo do ponto
lesionado, ou em caso de articulação o osso que
compõe a articulação acima e o que a compõe
abaixo.
6. Socorrista 1 segura a extremidade do membro
afetado exercendo firme e suave tração
longitudinal.
7. Socorrista 2 molda as talas de acordo com a
necessidade.
8. Socorrista 2 coloca uma tala embaixo, e uma de
cada lado do membro afetado.
9. Socorrista 1 mantém a tração enquanto o socorrista
2 envolve as talas com ataduras ou bandagens no
sentido distal para proximal.
10. Verificar pulso, perfusão periférica, cor e
temperatura da pele.
ADVERTÊNCIAS
Se não for possível o alinhamento da fratura
de acordo com o POP 011-03, moldar as talas de
acordo com a necessidade.
Lembrar-se de colocar em contato com o membro
da vítima a face da tala mais espessa e não a que
está com a parte de alumínio mais superficial.
9. APLICAÇÃO DE TALA INFLÁVEL:
9.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Explicar todo procedimento à vítima.
2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,
adornos, etc...
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 59
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3. Verificar pulso distal, perfusão periférica, cor e
temperatura da pele.
4. Se houver qualquer ferimento, fazer um curativo
(estancar a hemorragia).
5. Preparar a tala inflável, selecionando o tamanho
apropriado de acordo com a extremidade a ser
imobilizada.
IMOBILIZAÇÃO DE MEMBRO SUPERIOR:
1. Socorrista 1:
- abre o zíper da tala somente o necessário e
desliza-a sobre o seu próprio braço, vestindo-a.
- com a mesma mão em que a tala estiver, segura
a extremidade a ser imobilizada, fazendo então o
alinhamento e a gentil tração.
2. Socorrista 2:
- desliza a tala do braço do socorrista 1 para o
braço da vítima.
- infla-a até que uma leve reentrância possa ser
feita pelos seus dedos.
3. Verificar se há pulso distal, perfusão periférica e se
a vítima sente adormecimento ou formigamento no
membro imobilizado.
IMOBILIZAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR: 1. Socorrista 2:
- abre o zíper da tala somente o necessário.
2. Socorrista 1:
- segura gentilmente a extremidade do membro
afetado, exercendo uma leve tração.
3. Socorrista 2:
- desliza a tala por baixo do membro afetado e
fecha o zíper.
4. Socorrista 1:
- mantém a tração.
5. Socorrista 2:
- infla a tala até o ponto onde uma reentrância
possa ser feita por seus dedos.
6. Verificar se há pulso distal, perfusão periférica e se
a vítima sente adormecimento ou formigamento no
membro imobilizado.
ADVERTÊNCIAS
A tração manual só poderá ser desfeita após a
tala estar inflada.
Nunca utilize a tala inflável em fraturas
desalinhadas, fraturas com ossos expostos e
lesões em articulações.
10. APLICAÇÃO DE TALA DE TRAÇÃO DE
FÊMUR:
10.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1. Explicar o procedimento à vítima, advertindo-a a
respeito da dor ao tracionar.
2. Remover roupas, calçados, etc...
3. Verificar se há pulso distal.
4. Escolher o tamanho adequado (adulto ou
pediátrico) e preparar a tala de tração.
5. Socorrista 1:
- mede a tala ao longo da perna da vítima (não
fraturada) e ajusta o comprimento, deixando
aproximadamente um palmo de distância entre o
pé da vítima e o suporte de apoio da tala (fig. A).
FIG. A
6. Socorrista 2:
- segura o tornozelo da vítima exercendo firme e
suave.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 60
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7. Socorrista 1:
- coloca o “T” no tornozelo com as argolas voltadas
para a planta do pé.
8. Socorrista 2:
- passa a exercer a tração através das argolas do
“T”.
- ergue a perna da vítima suavemente mantendo a
tração, somente o necessário para colocar a tala
embaixo do membro.
9. Socorrista 1:
- desliza a tala para baixo do membro fraturado
sendo que, a parte superior oposta à de tração
deverá ficar apoiada confortavelmente contra a
região glútea.
FIG. B
- prende o tirante da virilha tomando cuidado para
não pressionar os genitais ou artéria femoral.
- prende o tirante do tornozelo ao gancho de tração
com as três argolas.
- gira o regulador de tração até que a vítima sinta
alívio da dor. Nas vítimas inconscientes até que o
comprimento do membro inferior lesionado
aproxime-se do normal.
10. Verificar o pulso distal e a perfusão periférica.
11. Socorrista 1:
- prende o restante dos tirantes, iniciando pelo
tirante que fica acima do tornozelo, em seguida o
que fica imediatamente abaixo do joelho,
posteriormente o que fica acima do joelho e por
último o da coxa (fig. C).
- ergue o suporte elevatório da tala.
FIG. C
12. Socorrista 2:
- verifica novamente o pulso distal e perfusão
periférica.
13. Coloca-se a vítima na prancha longa conforme o
POP 012-06.
ADVERTÊNCIAS
Esta tala só poderá ser utilizada em fraturas
alinhadas, na região medial do fêmur e que não
apresentem comprometimento vascular e/ou
neurológico; nem luxações ou suspeita de fraturas
em outras partes do membro.
Se ao pesquisar novamente o pulso, não o
encontrar aliviar a tração.
O tirante da coxa deve ser ajustado de forma
bem leve, sendo que em alguns casos coincidirá
com o ponto fraturado.
Na dúvida se há ou não fratura medial do
fêmur utilizar outra tala para imobilização.
11. RETIRADA E MOVIMENTAÇÃO DE
VITIMAS DE TRAUMA:
11.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
11.1.1. PRINCÍPIO DA “HORA DE OURO”:
A vítima de trauma tem 60 minutos, a contar do
momento do acidente, para:
a) ser localizada;
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b) ser desencarcerada;
c) ser imobilizada;
d) ser transportada;
e) dar entrada no pronto socorro;
f) ser entregue a um especialista.
11.1.2. PRINCÍPIO DOS “MINUTOS DE PLATINA”:
Uma vítima de trauma que se encontrar presa nas
ferragens ou nos escombros de um sinistro deverá ser
desencarcerada e/ou resgatada pelas equipes de
salvamento entre 10 e 15 minutos, a contar do
momento do acidente.
11.1.3. CASOS DE APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE
RETIRADA RÁPIDA:
A retirada rápida dispensa a imobilização com
K.E.D. ou prancha curta e poderá ser aplicada nos
seguintes casos:
a) Vítima encarcerada em parada cardiorrespiratório.
b) Risco iminente de incêndio ou explosão.
c) Situações críticas de risco para a vítima ou para
o socorrista.
d) Quando devido à complexidade da operação de
retirada se passarem mais de 15 minutos e a
vítima esteja inconsciente.
Nos casos acima, não se deve retardar o
desencarceramento e a movimentação das vítimas,
pois o prejuízo para o atendimento se agrava à
medida que o tempo passa.
11.1.4. CONDUTA:
Para a execução da técnica da retirada rápida, o
socorrista seguirá as seguintes etapas:
1. Constatar um dos casos indicados para a retirada
rápida.
2. Após a devida análise da vítima, providenciar a
imobilização cervical conforme POP 12-01.
3. Executar a retirada rápida com o auxílio de outro
socorrista.
4. Assim que possível colocar a vítima numa prancha
longa de imobilizá-la corretamente.
5. Providenciar o transporte rapidamente, lembrando
do conceito da “hora de ouro”.
11.1.5. TÉCNICA DA RETIRADA RÁPIDA:
A técnica de retirada rápida somente deve ser
utilizada nos casos acima mencionados, e será
executada por dois socorristas. Ela consiste em
acelerar os procedimentos de movimentação da
vítima, dispensando os equipamentos de imobilização,
para que sejam atendidos os princípios da “hora de
ouro” e dos “minutos de platina”.
Antes de movimentar a vítima coloque
corretamente o colar cervical.
11.1.6. MÉTODO DA CHAVE DE "RAUTECK” PARA
VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO:
- Verificar se os pés da vítima estão presos nos
pedais dos veículos, ferragens ou outro
obstáculo.
- Se possível, liberar os pés da vítima
descalçando-lhe os sapatos.
- Iniciar a retirada após a colocação do colar
cervical.
- O socorrista 1 deve, se possível, permanecer
atrás da vítima, apoiando-lhe a cabeça para
evitar movimentos desnecessários.
- O socorrista 2 deve inclinar-se sobre a vítima,
passando-lhe a mão por trás das costas e
apoiando-a no quadril oposto.
- Com a outra mão por baixo do braço da vítima, o
socorrista 2 deve segurar a parte anterior do
ombro, fazendo uma pequena rotação com ambas
as mãos simultaneamente, desencostando-a
parcialmente do assento para facilitar a remoção.
- Em seguida soltar a mão que estava apoiada no
quadril e segure-lhe o punho deste lado, com a
mão que estava no ombro apoiando a cabeça da
vítima.
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C.P.P.S.B.
- Após a remoção da vítima do interior do veículo,
o socorrista 2 deverá ampará-la em seu colo e
lentamente colocá-la sobre uma prancha longa
que deverá estar previamente preparada, tendo o
cuidado de manter a coluna apoiada sem dobrá-
la nem torcê-la.
- Se houver espaço o socorrista 1 deverá
acompanhar a retirada, apoiando a cabeça da
vítima por trás até a colocação da vítima na
prancha longa.
ADVERTÊNCIAS
Quando a vítima se encontrar consciente e
estável devem ser observados todos os
procedimentos para imobilização e retirada, porém
ficam mantidos os princípios da “hora de ouro” e
dos “minutos de platina”.
Não se esqueça de estabilizar a coluna cervical
da vítima, seja qual for a técnica de retirada
utilizada. Não perca tempo com imobilizações nos
casos indicados para retirada rápida.
Somente utilize a técnica da retirada rápida em
casos indicados.
XIII – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
1. ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. RECONHECIMENTO:
- Identificar a causa se possível, afastando a
possibilidade de ser traumática.
- Identificar fatores de risco.
- Procurar obter informações através de
testemunhas, parentes ou amigos.
- Procurar por sinais que indicam uso de
medicamento, drogas ou bebidas alcoólicas.
- Avaliar a consciência segundo a Escala de Coma
de Glasgow.
- Observar se houve liberação de esfíncteres.
1.1.2. CONDUTA NA ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA:
1. Manter a permeabilidade das vias aéreas.
2. Utilizar a cânula de Guedel nas vítimas
inconscientes (POP-06-06).
3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
4. Afrouxar as vestes.
5. Manter a vítima na posição de coma (decúbito
lateral, com um dos membros inferiores fletido, o
outro estendido e o braço correspondente ao lado
que a vítima estiver deitada deverá servir como
apoio para sua cabeça - fig. A).
FIG. A
6. Manter a vítima aquecida.
7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada
5 minutos durante o transporte.
8. Não Ministrar nada via oral, exceto em casos que
haja orientação da Central de Operações.
- Vítimas em choque hemodinâmico, tratar
segundo o POP 07-02.
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C.P.P.S.B.
ADVERTÊNCIAS
A alteração do nível de consciência de origem
clínica pode ser decorrente de várias doenças, as
mais comuns incluem: Diabetes, hipoglicemia,
hipotensão e hipertensão arterial, AVC (derrame),
crises convulsivas.
O socorrista deve sempre prestar atenção ao
hálito e à presença de picadas de agulhas.
2. CRISE CONVULSIVA:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. RECONHECIMENTO:
Caracteriza-se por um comportamento anormal
manifestado por movimentos tônico-clônicos de curta
duração (aproximadamente 3-5 minutos):
- fase tônica: extensão da musculatura corporal
(rigidez, dentes cerrados).
- fase crônica: espasmos sucessivos (contrações
musculares), salivação, perda ou não do controle
dos esfíncteres.
- fase pós-convulsão: a vítima apresenta
sonolência e confusão mental.
Tipos de crises convulsivas:
- Generalizada: envolvendo todo o corpo.
- Focal: compromete apenas uma parte do corpo.
Causas prováveis de crise convulsiva:
- Traumatismo craniano.
- Intoxicação: álcool, entorpecentes, medicamentos
em excesso.
- Febre alta.
- Infecção: meningite, AIDS.
- Gravidez: toxemia gravídica (pressão alta).
- Epilepsia.
- A duração de uma crise convulsiva pode ser maior
do que 3-5 minutos, ou pode se repetir várias
vezes, caracterizando um estado de mal epiléptico
que é muito grave, pois compromete a respiração
da vítima levando a uma parada respiratória.
- Existem casos de crises convulsivas nos quais
não identificamos a causa.
2.1.2. CONDUTA NA CRISE CONVULSIVA:
1. Proteger a vítima de qualquer perigo, afastando
objetos perigosos de sua proximidade.
2. Manter a vítima em decúbito lateral, se possível.
3. Manter a permeabilidade das vias aéreas,
protegendo sua cabeça para evitar traumatismos
durante a crise.
4. Utilizar o aspirador de secreções pelo nariz, sem
força e, se for realmente necessário para liberar
suas vias aéreas, evitando estimular o reflexo do
vômito (está contra-indicado em vítimas com
traumatismo craniano).
5. Ministrar oxigênio através da máscara facial (POP-
05-01 e POP-05-02).
6. Afrouxar as vestes.
7. Transportar a vítima.
- Não forçar a abertura da boca durante a crise
convulsiva, nem tentar introduzir nenhum objeto
na boca.
- Se a crise persistir durante o transporte e houver
diminuição da freqüência respiratória (menor que
8 m.r.m. no adulto e menor que 12 m.r.m. nas
crianças) ou parada respiratória, iniciar ventilação
artificial com máscara e ambu.
2.1.3. CONDUTA NA FASE PÓS-CRISE
CONVULSIVA:
1. Assegurar que as vias aéreas estejam permeáveis.
2. Ministrar oxigênio por máscara.
3. Verificar os sinais vitais.
4. Tratar os eventuais ferimentos.
5. Manter a vítima na posição de coma nos casos
clínicos e em decúbito lateral imobilizado na
prancha longa nos casos de trauma.
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6. Transportar a vítima, mantendo-a sob observação e
aquecida.
ADVERTÊNCIAS
O socorrista deve estar preparado para uma
nova crise convulsiva e para a ocorrência de
vômitos.
3. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
Entende-se por emergências respiratórias:
- Bronquite.
- Asma.
- Pneumonia.
- Edema agudo de pulmão.
- Obstrução das vias aéreas.
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema
pulmonar).
3.1.1. RECONHECIMENTO:
- Verificar antecedentes pessoais: problemas
respiratórios, cardíacos, etc.
- Verificar queixa atual.
- Presença de dispnéia (dificuldade respiratória).
- Expiração prolongada.
- Uso de músculos respiratórios acessórios.
- Respiração ruidosa.
- Dor torácica ao realizar os movimentos
respiratórios.
- Alteração da consciência, variando desde
agitação a sonolência.
- Presença de cianose.
- Presença de sangue ao tossir.
- Alteração da freqüência respiratória menor que
12 m.r.m. e maior que 30 m.r.m..
3.1.2. CONDUTA:
1. Manter a permeabilidade das vias aéreas utilizando
a manobra de elevação do queixo.
2. Aspirar secreções das vias aéreas (POP-04-08).
3. Utilizar a cânula de Guedel nas vítimas
inconscientes (POP-06-06).
4. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
5. Transportar na posição semi-sentada.
6. Monitorar os sinais vitais e nível de consciência a
cada 5 minutos.
7. Se a vítima apresentar parada respiratória iniciar
ventilação artificial.
8. Se a freqüência respiratória em adulto for menor
que oito e em crianças menor que doze, iniciar
ventilação.
- Em situações de obstrução de vias aéreas
consultar o Grupo 04.
ADVERTÊNCIAS
O socorrista deve estar preparado para uma
nova crise de dificuldade respiratória e para a
ocorrência de vômitos.
4. DOR TORÁCICA SÚBITA (SUSPEITA DE
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO OU
ANGINA):
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
4.1.1. RECONHECIMENTO:
- Dor em opressão no tórax, de forte intensidade,
que pode se estender para o ombro, braço
esquerdo, pescoço, mandíbula, região
epigástrica (estômago) e dorso que não melhora
com o repouso.
- Sudorese.
- Náuseas e vômitos.
- Ansiedade, agitação.
- Palidez cutânea.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 65
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- Pulso arrítmico.
- Antecedente de doença cardíaca e/ou uso de
medicamentos para o coração.
4.1.2. CONDUTA:
1. Valorizar os sintomas da vítima.
2. Manter as vias aéreas permeáveis.
3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
4. Afrouxar as vestes.
5. Manter a vítima em repouso absoluto em posição
confortável.
6. Manter a vítima tranqüila.
7. Monitorar pressão arterial, freqüência cardíaca e
respiratória, nível de consciência a cada cinco
minutos.
- Estar atento às vítimas que apresentam sintomas
de má digestão (náuseas, vômitos)
acompanhados apenas de palidez intensa e
sudorese fria, sem dor torácica, pois pode ser um
quadro de infarto do miocárdio.
- Não esperar a presença de todos os sinais e
sintomas.
- Toda vítima adulta com dor torácica deve ser
considerada como portadora de doença cardíaca
grave.
ADVERTÊNCIAS
Estar preparado para parada cardiorrespiratória.
Não declarar informações ou suspeitas.
5. DOR ABDOMINAL:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
5.1.1. RECONHECIMENTO:
- Determinar localização, tipo e duração da dor.
- Verificar se há fatores que pioram ou que
melhoram a dor.
- Verificar ocorrência de vômito e as características
do mesmo.
- Verificar presença de sangramento (via oral, retal,
urinária ou vaginal).
- Perguntar quando a vítima apresentou a última
evacuação e o aspecto das fezes.
- Perguntar se a vítima é portadora de alguma
doença (diabetes, hipertensão, problemas
cardíacos e/ou respiratórios, úlcera,...).
- Observar a posição na qual encontrou a vítima.
- Inspecionar o abdome, observando distensão,
cicatriz cirúrgica.
- Palpar o abdome observando tensão e dor à
palpação de cada quadrante.
- Observar se há alguma tumoração pulsátil na
linha mediana que possa corresponder a um
aneurisma (dilatação) da artéria aorta que causa
uma fraqueza da parede da artéria, podendo
romper e levar a vítima rapidamente a morte por
hemorragia aguda.
5.1.2. CONDUTA:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
3. Tratar o choque hemodinâmico se estiver presente
(POP-07-02).
4. Permitir que a vítima consciente assuma uma
posição de conforto.
5. As vítimas inconscientes, transportar na posição de
coma.
6. Não permitir que a vítima ingira qualquer substância
líquida ou sólida.
7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada
cinco minutos.
ADVERTÊNCIAS
Ao palpar o abdome fazê-lo de forma suave,
utilizando as polpas digitais.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 66
C.P.P.S.B.
6. REAÇÃO ANAFILÁTICA:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
6.1.1. RECONHECIMENTO:
Presença dos seguintes sintomas:
- Ansiedade (nervosismo).
- Falta de ar, tosse.
- Prurido (coceira).
- Dor abdominal, cãibras.
- Fraqueza.
Presença dos seguintes sinais:
- Dispnéia, respiração ruidosa, chiado.
- Espirros, rouquidão.
- Manchas vermelhas na pele.
- Edema de face e língua.
- Salivação.
- Taquicardia e hipotensão.
- Vômito, diarréia.
- Parada cardiorrespiratória. Verificar história: ingestão de alimentos,
administração de medicamentos ou uso de
drogas, presença de picadas ou mordidas de
animais, história anterior de alergias.
6.1.2. CONDUTA:
1. Manter vias aéreas permeáveis.
2. Aspirar secreções (POP-04-08).
3. Utilizar cânula de Guedel nas vítimas inconscientes
(POP-06-06).
4. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-01 e
POP-05-02).
5. Afrouxar as vestes.
6. Transportar a vítima numa posição de conforto,
preferencialmente semi-sentada, exceto àquelas
em choque hemodinâmico.
7. Monitorar nível de consciência e sinais vitais
ininterruptamente.
- Estar preparado para parada respiratória e
cardíaca, iniciando reanimação.
- Não demorar para transportar ao serviço de
emergência hospitalar.
ADVERTÊNCIAS
A primeira e principal complicação é a
insuficiência respiratória, e nem sempre todos os
sinais e sintomas se apresentam de uma vez.
7. INTOXICAÇÃO (ENVENENAMENTO OU
USO EXCESSIVO DE DROGAS):
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
7.1.1. RECONHECIMENTO:
Examinar o local, observando:
- Situações perigosas.
- Restos de veneno ou droga.
- Recipientes ou aplicador de drogas.
- Vômito.
Identificar a droga ou veneno:
- Como foi tomado?
- Há quanto tempo?
- Qual a quantidade?
Identificar os sinais e sintomas da vítima:
- Queimaduras ao redor da boca.
- Odor incomum.
- Salivação excessiva.
- Transpiração abundante.
- Deglutição dolorosa (disfagia).
- Náuseas e vômitos, diarréia.
- Alterações do nível de consciência.
- Alteração no diâmetro das pupilas.
- Convulsão.
- Dor abdominal.
- Manchas na pele.
- Local de contato, injeção.
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C.P.P.S.B.
7.1.2. CONDUTA:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Remover a vítima de situações de risco.
3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
4. Aspirar secreções da cavidade oral da vítima (POP-
04-08).
5. Nas vítimas inconscientes utilizar a cânula de
Guedel (POP-06-06).
6. Afrouxar as vestes; caso estejam contaminadas,
retirá-las.
7. Transportar a vítima numa posição semi-sentada,
exceto no choque ou vítimas inconscientes
(posição de coma).
8. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada
cinco minutos.
9. Não induzir o vômito, exceto se for orientado pela
Central de Operações ou orientação médica.
10. Não tentar neutralizar o veneno ou a droga, exceto
em casos que a Central de Operações oriente.
11. No caso de substância de contato com a pele,
lavar com água limpa, se possível soro estéril, por
aproximadamente dez minutos ou mais.
12. Transportar para o hospital juntamente com a
vítima:
- Restos de substância.
- Recipientes e aplicadores de drogas.
- Vômito.
ADVERTÊNCIAS
Nunca induzir ao vômito vítimas de
envenenamento por ingestão de ácidos, álcalis ou
derivados do petróleo; ou vítimas inconscientes.
Proteger a si próprio e a equipe de resgate de
possível contaminação.
XIV – DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO
1. ATENDIMENTO INICIAL:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
ORIENTAÇÕES GERAIS E CONDUTA:
1. Ao chegar próximo ao local da ocorrência desligue
a sirene, quanto mais discreta for a aproximação,
maior será a chance de se relacionar com a vítima
de maneira positiva.
2. Estabelecer relação com a vítima apresentando-
se.
3. Chamar a vítima pelo nome.
4. Manter concentração na conversação com a vítima.
5. Utilizar linguagem compreensível, falar
pausadamente e não utilizar termos técnicos.
6. Evitar conversas paralelas entre os membros da
equipe de resgate na frente da vítima.
7. Ter uma postura impecável, calma, gestos
confiantes e não ameaçadores, ser profissional e
transmitir segurança.
8. Evitar gritar ou mesmo usar força física com a
vítima.
9. Deixar a vítima falar, deixando-a o mais confortável
possível.
10. Nunca deixar a vítima sozinha até o término de
seu resgate.
11. Antecipar reações para sua maior segurança.
12. Questionar familiares e/ou testemunhas sobre
histórico e ou motivos geradores do
comportamento atual.
ADVERTÊNCIAS
Não menosprezar os distúrbios de
comportamento, são doenças como outra qualquer,
assim como problemas cardíacos, respiratórios.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 68
C.P.P.S.B.
Distúrbios de comportamento incluem: surtos
psicóticos, histeria, agitação psicomotora de
várias causas (drogas, álcool, doença), depressão,
deficientes mentais, doenças neurológicas.
Ser cuidadoso principalmente com vítimas
idosas ou crianças.
2. DEPRESSÃO E TENTATIVA DE SUICÍDIO:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. SINTOMAS DE DEPRESSÃO:
- Perda de sono.
- Perda de apetite.
- Perda do prazer em atividades de descontração.
- Tristeza.
- Sentimento de culpa.
- Falta de esperança.
- Sintomas físicos que simulam doenças orgânicas,
porém são difíceis de atribuir a elas.
2.1.2. CARACTERÍSTICAS DO SUICIDA:
- Solidão tanto familiar quanto social.
- Desemprego.
- História prévia de doença psiquiátrica.
- História de alcoolismo ou uso de drogas.
- Perda afetiva.
- Perda do emprego ou do status social.
- Comportamento impulsivo.
- Doenças crônicas ou terminais.
2.1.3. CONDUTA AO LIDAR COM TENTATIVA DE
SUICÍDIO:
1. Chegar ao local da ocorrência de forma discreta,
com sirenes desligadas e sem criar tumultos.
2. Estudar inicialmente o local, verificando riscos
potenciais para a equipe de resgate e para a
vítima, neutralizando-os ou minimizando-os.
3. Isolar o local, impedindo aproximação de curiosos.
4. Verificar necessidade de apoio material e/ou
pessoal e comunicar a Central de Operações.
5. O contato com a vítima deverá ser efetuado por
apenas 1 integrante da equipe, a fim de
estabelecer uma relação de confiança. Os outros
permanecem à distância sem interferir no diálogo.
6. Manter imediatamente diálogo com a vítima,
mostrando-se calmo e seguro, procurando
conquistar sua confiança.
7. Manter observação constante da vítima e não
deixá-la sozinha por nenhum instante até o término
do atendimento.
8. Conversar com a vítima de forma pausada, firme,
clara, e num tom de voz adequado à situação.
9. Jamais assumir qualquer atitude hostil para com a
vítima.
10. Procurar descobrir qual o principal motivo de sua
atitude.
11. Procurar obter informações sobre seus
antecedentes.
12. Após ter conquistado sua confiança, iniciar o
trabalho no sentido de dissuadi-la, sempre
oferecendo segurança e proteção.
13. Após ter conseguido dominar a vítima, continuar
tratando-a com respeito e consideração,
conduzindo-a para o hospital.
Algumas pessoas cometem gestos suicidas, onde
a intenção não era acabar com a vida, mas sim
chamar atenção. Mas, mesmo assim, não devemos
tratá-las com menosprezo, pois é um distúrbio de
comportamento.
ADVERTÊNCIAS
Tomar cuidado com a aproximação de parentes
da vítima, pois pode causar reação contrária à
esperada, piorando a situação.
Nunca deixar a vítima sozinha em local de risco
ou com objetos que ela possa utilizar para se ferir
(facas, tesoura, arma de fogo, etc.).
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 69
C.P.P.S.B.
XV – PARTO DE URGÊNCIA
1. TRABALHO DE PARTO:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. RECONHECIMENTO:
- Eliminação através da vagina de secreção
(muco) com raias de sangue.
- Contrações uterinas de forte intensidade
(enrijecimento da musculatura abdominal
acompanhado de dor).
- Rompimento da bolsa de água (bolsa amniótica).
- Observar a cor do líquido da bolsa:
normal = líquido claro c/ grumos.
verde = indica sofrimento fetal.
O trabalho de parto é um processo lento que pode
durar horas, não se restringindo apenas ao
nascimento.
1.1.2. CONDUTA:
1. Reconhecer se as dores sentidas pela parturiente
são contrações ou apenas dores na região lombar
ou na região baixa da barriga.
2. Controlar a freqüência e a intensidade das
contrações. Quanto maior a freqüência e a
intensidade das dores, mais próximo estará do
parto.
3. Questionar a parturiente se já teve filhos e qual o
tipo de parto.
4. Verificar os sinais vitais.
5. Questionar sobre tempo de gestação,
anormalidades durante a gestação, sangramentos,
movimentos do feto.
6. Transportar a gestante para o hospital em decúbito
lateral esquerdo.
7. Manter um familiar junto a gestante.
8. Levar, se possível, o cartão com informações sobre
o pré-natal.
9. Em caso de hemorragia, transportar a gestante em
decúbito lateral e ministrar oxigênio.
10. Em caso de sinais e sintomas de parto iminente,
proceder conforme POP-15-02.
ADVERTÊNCIAS
2. PARTO IMINENTE:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. RECONHECIMENTO DO PARTO IMINENTE:
- Presença de contrações uterinas de forte
intensidade e freqüentes (cerca de 5 contrações
no período de 10 minutos).
- Visualização da cabeça do bebê no canal do
nascimento (coroamento).
- Sensação intensa de evacuação.
2.1.2. CONDUTA NO TRABALHO DE PARTO
IMINENTE:
1. Solicitar autorização da parturiente ou de seu
familiar antes de decidir assisti-la na própria
residência, caso não dê tempo para transportá-la
ao hospital.
2. Manter um familiar junto da parturiente durante
todo o atendimento
3. Deitar a parturiente sobre lençóis limpos.
4. Verificar os sinais vitais.
5. Remover as roupas que possam impedir o
nascimento, sem expor a parturiente.
6. Colocar a parturiente com as pernas fletidas
(posição ginecológica - fig. A).
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 70
C.P.P.S.B.
FIG. A
7. Lavar as mãos, calçar as luvas.
8. Fazer assepsia da região genital e coxas da
parturiente, com água e sabão.
9. Retirar as luvas, abrir o Kit para Parto, calçar
novas luvas.
10. Orientar a parturiente para respirar fundo e fazer
força durante as contrações, como se estivesse
evacuando, deixando-a descansar no período de
relaxamento (intervalo das contrações).
11. Durante a expulsão, amparar com uma das mãos
a cabeça do bebê, evitando que ela saia com
violência e com a polpa dos dedos indicador e
médio da outra mão abaixar levemente abaixar a
parte posterior da vagina.
12. Caso o cordão umbilical esteja envolvendo o
pescoço do bebê (circular de cordão), afrouxá-lo,
removendo-o no sentido da nuca para o abdome
do bebê.
13. Limpar a face do bebê com um pano limpo.
14. Com as duas mãos em forma de "V", pegar a
cabeça na mandíbula e atrás da base do crânio,
tomando o cuidado de não pressionar o pescoço
do bebê.
15. Forçar a cabeça suavemente para baixo até
passar o ombro superior e depois para cima, até
passar o outro ombro.
16. Segurar firmemente o bebê, evitando que ele caia.
17. Limpar as vias aéreas e a cabeça sem retirar o
vérnix do corpo do bebê.
18. Estimular o bebê passando os dedos suavemente
nas costas ou dar tapinhas leves nas solas dos
pés.
19. Envolver o bebê com panos limpos inclusive a
cabeça, mantendo-o aquecido e mantê-lo no
mesmo nível que o corpo da mãe.
20. Manter observação constante do padrão
respiratório do bebê.
21. Colocar os clamps no cordão umbilical. O primeiro
a 4 dedos (mais ou menos 8 cm) do abdome do
bebê e o segundo a 2 dedos (mais ou menos 4
cm) do primeiro clamp (fig. B).
FIG. B
22. Cortar o cordão entre os dois clamps, com bisturi
estéril.
23. Aguarda a saída espontânea da placenta durante
aproximadamente 15 min. Nunca tentar puxá-la.
24. Após a saída da placenta, verificar se saiu inteira
e acondicioná-la em saco plástico.
25. Remover os lençóis sujos, colocar um absorvente
higiênico na vagina da parturiente.
26. Massagear o abdome da parturiente, verificando
se o útero mantém contraído.
27. Verificar novamente os sinais vitais (da mãe e do
bebê).
28. Manter a mãe em repouso.
29. Transportar para o hospital a mãe, o bebê e a
placenta. Caso a mãe seja hipertensa, diabética,
cardiopata, a apresentação do feto não seja
cefálica (pélvica, membros), apresente hemorragia
vaginal, prolapso de cordão, líquido amniótico
esverdeado; transportar imediatamente ao hospital
em decúbito lateral esquerdo, administrando
oxigênio durante o transporte.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 71
C.P.P.S.B.
ADVERTÊNCIAS
Não permitir que a parturiente com sinais de
parto iminente vá ao banheiro.
Não impedir, retardar ou acelerar o processo de
nascimento.
Se houver grande sangramento vaginal pós-
parto, transportar a mãe em posição de choque.
Se a placenta não sair logo após o nascimento,
não aguardar, transportar logo a mãe ao hospital.
Na gestante multípara (vários partos anteriores)
o processo de expulsão é mais rápido.
Não puxar o cordão umbilical para tentar ajudar
a saída da placenta.
Tomar cuidado de fechar as janelas e portas,
evitando que o ambiente esfrie.
XVI – EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
1. CARACTERÍSTICAS ORGÂNICAS
PEDIÁTRICAS:
1.1. DIFERENÇAS GERAIS ENTRE CRIANÇAS E
ADULTOS:
a) Tamanho e forma: obviamente a criança tem
menor superfície corpórea, o que nos casos de
trauma é muito importante, pois a criança sofre
maior força de impacto por unidade de área
corpórea, causando mais freqüentemente trauma
de múltiplos órgãos.
b) Esqueleto: não está completamente calcificado,
tendo uma estrutura mais elástica e devido a isso
muito freqüentemente há lesão interna sem haver
fraturas.
c) Metabolismo: mais intenso que no adulto, por isso
a perda de calor é maior, sendo a hipotermia uma
complicação mais séria e de instalação mais
rápida em crianças, sendo muito importante o
aquecimento delas.
d) Estado psicológico: as crianças com dor e/ou
ferimentos têm medo, não entendem o que está
acontecendo, tornam-se agitadas e pouco
cooperativas.
1.2. DIFERENÇAS DE VIAS AÉREAS:
a) Devido a grande desproporção entre o tamanho do
crânio e da face, a criança tende a ficar numa
posição de flexão da coluna cervical, obstruindo
suas vias aéreas.
b) Os tecidos da orofaringe (língua, amígdalas,
epiglote) são proporcionalmente maiores do que a
cavidade oral, causando um estreitamento da via
aérea, dificultando a passagem de ar, além de
facilmente causarem uma obstrução da via aérea
numa criança inconsciente.
c) O consumo de oxigênio de uma criança é o dobro
que a de um adulto, por isso a falta de oxigênio
(hipóxia) nas crianças causa rapidamente
bradicardia, podendo chegar à parada cardíaca.
1.3. DIFERENÇAS DOS SINAIS VITAIS:
a) Freqüência respiratória:
bebês (até 1 ano) = 40 m.r.m.
crianças (1-8 anos) = 24-30 m.r.m.
adultos (> 8 anos) = 15-20 m.r.m.
b) Freqüência cardíaca:
bebês: Rn até 3 meses = média 140 bpm
3 meses até 1 ano = média 130 bpm
crianças = média 100 bpm
adultos = média 80 bpm
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c) Pressão arterial para crianças entre 2-8 anos:
80 + (2 x idade em anos)
1.4. DIFERENÇAS NO IMPACTO CAUSADO PELO
TRAUMA:
a) Trauma de crânio:
- crianças geralmente se recuperam melhor do que
adultos; e crianças menores devido à presença
de fontanela e não calcificação dos ossos
toleram mais o traumatismo craniano expansivo.
- vômitos e convulsões são mais comuns nas
crianças com TCE.
- nas crianças pode ocorrer parada respiratória
devido a um TCE de forma mais freqüente.
b) Trauma de tórax:
- é comum a lesão interna do pulmão sem a
presença de fratura de costelas.
- fraturas de costelas implicam num trauma de alta
intensidade com prognóstico ruim.
- devido a maior possibilidade de movimentação do
mediastino (local onde está o coração) a criança
está mais susceptível a lesão dos brônquios,
pleura e grandes vasos, causando pneumotórax
e/ou hemotórax.
c) Trauma de extremidades:
- perda de sangue maior nas fraturas de ossos
longos e pelve.
- fraturas próximo à cartilagem de crescimento
podem causar atraso no crescimento desta
extremidade lesada.
ADVERTÊNCIAS
2. ESCALA DE COMA DE GLASGOW PARA
CRIANÇAS:
(MENORES DE CINCO ANOS)
Abertura Ocular
espontânea..................................................... 4 pontos
ordem verbal................................................... 3 pontos
estímulo doloroso............................................ 2 pontos
nenhuma.......................................................... 1 ponto
Resposta Verbal
palavras apropriadas, sorriso, olhar acompanha..5 pontos
choro, mas que pode ser confortado.............. 4 pontos
irritabilidade persistente................................. 3 pontos
agitação......................................................... 2 pontos
nenhuma.......................................................... 1 ponto
Resposta motora
movimenta os 4 membros espontaneamente..6 pontos
localiza e retira estímulo doloroso.................. 5 pontos
sente dor, mas não retira................................ 4 pontos
flexão anormal (decorticação)......................... 3 pontos
extensão anormal (descerebração)................ 2 pontos
nenhuma......................................................... 1 ponto
ADVERTÊNCIAS
3. DESIDRATAÇÃO:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
3.1.1. RECONHECIMENTO:
As causas podem ser:
- Baixa ingestão de líquidos.
- Aumento da perda de líquidos (vômitos, diarréia,
hipertermia).
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3.1.2. SINAIS E SINTOMAS:
- Precoces: taquicardia, diminuição da diurese,
mucosas secas.
- Intermediários: ausência de lágrimas, depressão
fontanela, olhos encovados.
- Tardios: pele seca, diminuição da perfusão
capilar, hiperventilação, irritabilidade, letargia,
hipotensão até estado de choque.
3.1.3. CONDUTA:
1. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-02).
2. Colocá-la em posição de choque, deixando-a
confortável (colo da mãe POP-07-02).
3. Manter o aquecimento, incluindo a cabeça,
deixando somente a face descoberta, exceto nas
hipertermias.
4. Ao aproximar-se da criança, faça-o com cuidado e
carinho, conquiste-a e transmita confiança.
5. Não realizar movimentos bruscos.
6. Manter os pais próximos, se possível.
7. Perder o mínimo de tempo possível.
8. Estar atento para ocorrência de vômitos, muito
comum em crianças.
ADVERTÊNCIAS
Estar atento para ocorrências de vômitos,
muito comum em crianças.
XVII – ACIDENTES ESPECÍFICOS
1. LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
1.1.1. RECONHECIMENTO:
a) Fatores predisponentes:
- Ambiente: temperatura fria, imersão em águas
geladas, contato prolongado com locais frios.
- Roupas inadequadas.
- Tempo de exposição.
- Idade: idosos e crianças são mais susceptíveis.
- Doenças prévias: desnutrição, doenças
endócrinas, diabetes, hipoglicemia, doenças
medulares.
- Uso de medicamentos e drogas: calmantes,
antidepressivos, anestésicos gerais,
organofosforados, monóxido de carbono, álcool.
b) Sinais e sintomas:
- Pele pálida e fria.
- Tremores.
- Rigidez muscular.
- Alterações do sistema nervoso central: amnésia,
fala “pastosa”, perda da coordenação motora
(temperatura corporal em torno de 34º C),
progredindo nos casos graves até torpor e coma.
- Congelamento de extremidades do corpo (dedos,
nariz, orelhas).
- Casos graves: bradicardia, arritmia cardíaca,
hipotensão severa, diminuição da freqüência
respiratória, dilatação das pupilas.
1.1.2. CONDUTA:
1. Manter a permeabilidade das vias aéreas.
2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
3. Remover a vítima para um local mais aquecido
(viatura com janelas fechadas e ar condicionado
desligado ou para aquecer se houver disponível).
4. Remover roupas molhadas e cobrir a vítima com
cobertores, aquecendo inclusive a cabeça.
5. Transportar a vítima em posição de choque (POP-
05-02).
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6. Monitorar sinais vitais a cada 5 min.
7. Se a freqüência respiratória em adultos for menor
que 8 m.r.m., auxiliar a ventilação com máscara e
ambu de forma a manter uma freqüência de 12
m.r.m.. Em crianças, se a freqüência for menor que
12 m.r.m., auxiliar a ventilação de forma a manter
15 m.r.m..
1.1.3. CONDUTA NAS LESÕES TECIDUAIS LOCAIS:
1. Manusear a área afetada com cuidado para evitar
lesão adicional.
2. Remover roupas molhadas com cuidado.
3. Proteger as áreas afetadas com compressas secas
esterilizadas.
4. Não perfurar bolhas.
5. Não esfregar ou aplicar calor diretamente sobre a
área afetada.
6. Se a área afetada envolve mãos ou pés, separar os
dedos com pequenos rolos de gaze seca antes de
enfaixá-los.
ADVERTÊNCIAS
Outras técnicas de reaquecimento não são
recomendadas no atendimento pré-hospitalar
devido à síndrome de reaquecimento que pode
levar à fibrilação ventricular (parada cardíaca).
Em vítimas hipotérmicas, a RCP deve ser
continuada até a chegada ao hospital,
independente do tempo de parada, pois o consumo
de oxigênio cerebral está bastante reduzido.
2. LESÕES ORIGINADAS PELO CALOR:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
2.1.1. RECONHECIMENTO:
a) Fatores predisponentes:
- Clima: temperatura alta, umidade do ar elevada.
- Exercício físico excessivo.
- Idade: idosos e crianças são mais susceptíveis.
- Roupas inadequadas.
- Doença prévia: desidratação, doença
cardiovascular, obesidade, doenças febris.
- Álcool e drogas.
- Descuido: exposição excessiva ao calor,
hidratação inadequada.
b) Sinais e sintomas:
- Temperatura corporal elevada.
- Pele “pegajosa” até pele seca.
- Cãibras.
- Fraqueza, vertigens.
- Cefaléia.
- Náuseas.
- Hipotensão ortostática (queda da pressão ao ficar
em pé), taquicardia.
- Alterações sistema nervoso central.
2.1.2. CONDUTA NAS LESÕES ORIGINADAS PELO
CALOR:
1. Manter as vias aéreas permeáveis.
2. Remover a vítima para um ambiente mais fresco e
arejado.
3. Ministrar oxigênio.
4. Afrouxar roupas.
5. Aplicar compressas frias na cabeça, pescoço,
axilas, laterais do tórax, e virilha ou envolver a
vítima em um lençol molhado com água fria.
6. Ligar a ventilação da viatura e abrir as janelas para
permitir evaporação.
7. Transportar em posição de choque, porém não
cobrir com cobertor (POP-07-02).
8. Monitorar sinais vitais a cada 5 min.
9. Transportar ao hospital sem perda de tempo.
ADVERTÊNCIAS
Não perder tempo procurando água fria ou
gelada, se for o caso utilizar frascos de soro,
transportar a vítima o mais rápido possível.
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Não utilizar compressas com álcool.
Não fornecer nada para a vítima ingerir, salvo
sob orientação médica.
3. ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
3.1.1. RECONHECIMENTO DE ACIDENTES COM
ANIMAIS PEÇONHENTOS:
Procurar obter da vítima ou de outras pessoas,
como o acidente aconteceu.
Procurar identificar o animal agressor, lembrando
que animais peçonhentos são aqueles com
capacidade de inocular substância venenosa quando
agridem através de picada, mordedura ou contato.
Observar sinais e sintomas:
- imediatos:
- dor local intensa.
- marcas de picada, mordedura.
- edema, vermelhidão, hematomas, bolhas.
- tardios:
- dificuldade respiratória (edema de glote).
- queda da pálpebra.
- alteração do nível de consciência.
- distúrbios visuais.
- reação anafilática.
- náuseas e vômitos.
- convulsões.
- relato de alteração da cor (escura) e
quantidade (diminuída) da urina.
3.1.2. CONDUTA NA PESSOA FERIDA POR
ANIMAL PEÇONHENTO:
1. Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la
locomover-se.
2. Remover anéis, pulseiras, braceletes, etc...
3. Lavar o local da(s) picada(s) com água e sabão.
4. Proteger o local da lesão com gaze seca e
esparadrapo.
5. Transportar a vítima para o hospital.
6. Ministrar oxigênio se necessário (POP-05-01 e
POP-05-02).
7. Se possível, desde que feito com segurança e não
comprometa ou retarde o transporte da vítima,
capturar o animal e o transporte com segurança
também ao hospital.
8. Se ocorrer parada cardiorrespiratória, iniciar
manobras de reanimação cardiopulmonar
pulmonar (Grupo 06).
ADVERTÊNCIAS
Transporte a vítima diretamente a um serviço
especializado em soroterapia (exemplo: Instituto
Butantã) se houver orientação do médico.
Se não conseguir identificar o animal tratar
como se fosse venenoso.
Não perca tempo tentando identificar o animal
agressor.
Nunca garrotear ou fazer torniquete.
Não perfurar em volta da picada, nem espremer
ou sugar a ferida.
Estar atento aos sinais e sintomas de choque
anafilático (POP-07-01).
4. CHOQUE ELÉTRICO:
4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
4.1.1. RECONHECIMENTO DE VÍTIMA DE CHOQUE
ELÉTRICO:
a) O choque elétrico pode provocar:
- Parada cardiorrespiratória devido às descargas
elétricas de alta tensão.
- Duas queimaduras, indicando ponto de entrada e
saída da corrente elétrica.
- Traumas associados, como fraturas, luxações,
contusões.
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b) Sinais e sintomas:
- Distúrbios da visão.
- Zumbido no ouvido.
- Paralisia dos músculos da respiração.
- Lesões musculares.
- Lesões nos ossos e nas articulações decorrentes
da violenta contração muscular.
- Lesão da medula com ou sem fratura das
vértebras.
- Queda brusca da pressão arterial.
- Ritmo irregular do coração.
- Convulsões.
c) Fatores que determinam a gravidade do
acidente:
- Voltagem.
- Amperagem.
- Umidade da vítima e do ambiente.
- Isolamento.
- Área atravessada.
4.1.2. CONDUTA COM A VÍTIMA DE CHOQUE
ELÉTRICO:
1. Afastar a fonte elétrica da vítima.
2. Verificar se a energia foi cortada e escoada antes
de abordar a vítima.
3. Usar sempre EPI específico.
4. Realizar análise primária da vítima.
5. Manter a permeabilidade das vias aéreas e
estabilizar a coluna cervical da vítima.
6. Iniciar RCP se necessário, conforme procedimento
próprio (Grupo 06).
7. Tratar as queimaduras conforme procedimento
próprio (Grupo 17-05).
8. Tratar os ferimentos conforme procedimento
próprio, relativos a trauma em geral (Grupos 09 e
10).
9. Transportar imediatamente a vítima, prevenindo o
choque hemodinâmico (POP-07-02).
10. Dar suporte emocional à vítima durante o
atendimento.
4.1.3. CUIDADOS COM O LOCAL DO ACIDENTE:
1. Se a ocorrência for na via pública, avisar
imediatamente a Companhia Elétrica (Eletropaulo,
CPFL, etc...) para desligar a energia.
2. Utilizar sempre EPI específico e a vara de
manobra (croque isolado) para afastar os fios
energizados.
3. Remover, sempre que possível, os fios de contato
direto ou indireto com a vítima.
4. Considerar fios caídos sempre como energizados.
5. Se os fios estiverem em contato com veículos,
orientar as vítimas a permanecerem no seu interior
até que a companhia de eletricidade possa
desenergizá-los, a não ser que haja risco iminente
de incêndio ou explosões; nestas situações,
orientar a vítima a pular do veículo sem fechar o
circuito com o solo.
6. Se houver um fio chicoteando, tente estabilizá-lo
com o estepe da viatura.
7. O socorrista que for utilizar o croque deverá ter
amarrada na cintura uma “linha de vida” (cabo
multiuso) com a finalidade de retirá-lo rapidamente
em caso de contato com a fonte de energia.
ADVERTÊNCIAS
Não esquecer de desligar a fonte de energia e
certificar que toda a eletricidade escoou, antes de
acessar a vítima.
Considerar a vítima de choque elétrico sempre
como grave, mesmo que não haja sinais externos
que indiquem isto.
5. QUEIMADURA:
5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
5.1.1. RECONHECIMENTO DA QUEIMADURA:
- Pele vermelha na área queimada.
- Dor intensa no(s) local(is) queimado(s).
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- Presença de bolhas.
- Necrose de tecido.
- Perda da sensibilidade na área necrosada.
5.1.2. REGRAS GERAIS P/ ABORDAGEM VÍTIMAS
QUEIMADAS:
- Interromper o contato da vítima com o agente
lesivo (térmico, químico ou elétrico).
- Assegurar à vítima a manutenção básica da vida.
- Proteger a vítima e suas lesões de outros
agravos durante o transporte.
- Avaliar as condições de segurança do local. Se
necessário, remover a vítima para local seguro
antes de prosseguir o atendimento.
- Identificar o tipo de acidente, tipo de queimadura
(térmica, química ou elétrica), através de indícios
ou testemunhas.
- Proceder a avaliação inicial da vítima
assegurando vias aéreas permeáveis, respiração
e circulação.
- Qualquer vítima com lesões por queimadura
pode também ter sido vítima de trauma
comumente associados a este tipo de acidente.
Portanto, especial atenção deve ser dada à
proteção da coluna vertebral, à possibilidade de
choque hemodinâmico e existência de fraturas.
5.1.3. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE
VÍTIMAS DE QUEIMADURAS TÉRMICAS:
1. Se a vítima estiver com fogo nas vestes role-a no
chão ou envolva um cobertor em seu corpo a partir
do pescoço em direção aos pés.
2. Interromper a reação de calor, resfriando a vítima
com soro fisiológico ou água limpa a temperatura
ambiente.
3. Retirar as vestes com delicadeza, sem arrancá-las,
cortando-as com tesoura. Não arrancar o tecido se
estiver aderido à queimadura, apenas resfriá-lo
com soro fisiológico ou água limpa a temperatura
ambiente, deixando-o no local.
4. Retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios
ou jóias antes que o membro edemacie e a
retirada fique impossibilitada.
5. Avaliar as regiões do corpo acometidas, a
profundidade da lesão (1º, 2º ou 3º grau), e a
extensão da lesão através da porcentagem da
área corpórea atingida (regra da palma da mão ou
regra dos nove). (fig. A)
FIG. A
6. Caso haja acometimento da face (queimadura de
pele, cabelos ou pêlos do nariz e das pálpebras)
ou possibilidade de que a vítima tenha inalado
fumaça ou gases, dar especial atenção às vias
aéreas e respiração, fornecendo oxigênio por
máscara. Cobrir os olhos da vítima com gaze
umedecida em soro ou água limpa.
7. Proteger as áreas queimadas com plástico de
queimaduras estéril ou gaze e bandagens limpas.
8. Se a área afetada envolver mãos ou pés, separar
os dedos com pequenos rolos de gaze umedecida
em soro fisiológico antes de cobri-los.
9. Cobrir a vítima com lençol descartável e por cima
deste colocar o cobertor térmico.
- Vítimas com queimaduras podem apresentar
choque hemodinâmico. Estar atento para
reconhecer esta condição. Neste caso,
transportar a vítima na posição de choque.
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5.1.4. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE
VÍTIMAS DE QUEIMADURAS QUÍMICAS:
1. Antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja
em contato com o agente agressor (no ambiente, nas
vestes, ou na pele), proteger-se de sua exposição
(luvas, óculos e vestimenta de proteção). Se
possível, identificar o agente agressor.
2. Retirar as vestes da vítima que estiverem
impregnadas pelo produto e lavar a pele com água
corrente, abundantemente. No mínimo 5 minutos
para ácidos e 15 minutos para álcali.
3. Se o produto for seco (na forma granulado ou pó),
retirá-lo manualmente sem friccionar (com pano
seco ou escova). Em seguida lavar o local com
água corrente no mínimo 5 minutos para ácidos e
15 minutos para álcali.
4. Na suspeita de liberação de gases, ministrar
oxigênio por máscara à vítima (POP-05-01).
5.1.5. PRIORIDADE NO ATENDIMENTO:
- Queimaduras que atingir mais de 20% da área
corpórea ou que atinja a face ou vias aéreas são
considerada grave e tem a prioridade máxima no
atendimento à vítima.
- Queimaduras moderadas tem a prioridade
secundária.
- Queimaduras de 2º e 3º graus em mais de 40%
do corpo têm a prioridade leve.
- Calcinação ou carbonização da vítima tem a
prioridade nula.
ADVERTÊNCIAS
Nas queimaduras acometendo os olhos
proceder segundo o POP 09-03.
Nos produtos secos, não utilizar água ou
líquidos antes de retirá-lo, pois poderão dissolvê-
los aumentando a área de contato com o agente
produzindo uma queimadura mais extensa.
Não furar bolhas e nem passar qualquer
produto não orientado (pomada...).
6. AFOGAMENTO:
6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
6.1.1. RECONHECIMENTO:
- Relacionar o local do acidente com a vítima.
- Questionar as testemunhas sobre o tempo de
imersão.
6.1.2. ABORDAGEM DA VÍTIMA:
- Utilizar a técnica e equipamentos apropriados
para realizar o salvamento.
- Se houver necessidade de virar a vítima que
estiver em decúbito ventral dentro da água,
manter a cabeça dela alinhada com o corpo,
colocar uma de suas mãos no meio das costas
da vítima, e outro braço diretamente sobre sua
cabeça.
- Tomar cuidado com a região cervical ao
manusear vítimas de afogamento, uma das
principais causas de lesão cervical são os
acidentes em meio líquido (mergulho com
choques em obstáculos, etc).
- Segurar com sua outra mão por baixo do braço
da vitima perto do ombro.
- Cuidadosamente, mantenha a cabeça da vítima
alinhada com o corpo e fazer a rotação.
ADVERTÊNCIAS
Não perca tempo tentando retirar a água dos
pulmões do afogado, este procedimento deverá
ser feito apenas no hospital.
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7. CONDUTA COM AFOGADO:
7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
7.1.1. CONDUTA:
a) Vítima de afogamento que não sofreu Parada
cardiorrespiratória:
1. Realizar abordagem conforme técnica apropriada.
2. Utilizar a drenagem postural (colocar a cabeça em
plano inferior aos pés).
3. Não se deve perder tempo tentando remover a
água dos pulmões da vítima, iniciar a ventilação
ainda na água (embarcação, prancha, bóia ou
colete salva-vidas).
4. Preparar o equipamento de aspiração para ser
utilizado.
5. Monitorar constantemente a vítima, se ocorrer a
parada cardiorrespiratória iniciar a Reanimação
Cardiopulmonar.
6. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
7. Manter a vítima aquecida.
8. Transportar ao hospital e informar ao médico se o
afogamento ocorreu em água doce ou salgada.
b) Vítima de afogamento com Parada
Cardiorrespiratória:
1. Tentar a Reanimação Cardiopulmonar quando o
afogamento ocorreu em um prazo de até uma hora.
2. Em caso de dúvida quanto ao tempo de
afogamento, iniciar a RCP.
3. Iniciar a ventilação o mais rápido possível, ainda
dentro da água (embarcação, prancha, bóia ou
colete salva-vidas).
4. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).
5. Manter a vítima aquecida.
6. Procurar por possíveis sinais de trauma.
7. Monitorar sempre os sinais vitais durante o
transporte.
8. Transportar ao hospital e informar ao médico:
1) temperatura aproximada da água.
2) se o afogamento ocorreu em água doce ou
salgada.
3) tempo provável de submersão.
4) se a vítima já foi encontrada em Parada
Cardiorrespiratória, ou se a parada ocorreu
durante o socorro.
ADVERTÊNCIAS
Sempre levar a vítima afogada ao hospital,
pois os efeitos hidrossalinos podem ocorrer
tardiamente após dias do fato.
Lembrar que a água aspirada ou ingerida pode
acarretar conseqüências graves.
XVIII – BIOSSEGURANÇA
1. CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA:
1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
- Lavar as mãos antes e após qualquer contato
com a vítima.
- Trocar as luvas de procedimentos antes de
examinar outra vítima.
- Descontaminar todo material antes de utilizar na
próxima vítima.
- Todo material deve ser mantido limpo e
descontaminado, pronto para o uso.
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Equipamento de proteção individual:
- Luvas de procedimento.
- Máscara descartável.
- Óculos de proteção.
- Evitar contato direto com fluidos corpóreos e
secreções (sangue, urina, fezes, vômito,
esperma, secreções vaginais, saliva).
ADVERTÊNCIAS
É de responsabilidade de todos os socorristas
limitar a possibilidade de infecção cruzada entre
as vítimas.
No local da ocorrência recolher todo o material
utilizado para o atendimento à vítima.
Considerar toda vítima como provável fonte de
transmissão de doença infecto-contagiosa.
Trocar o uniforme se for necessário.
2. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VIATURA:
2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
- Manter na viatura os seguintes materiais:
- três pares de luvas de borracha para uso geral.
- um frasco com sabão líquido.
- um frasco com hipoclorito de sódio a 1%.
- um frasco de organoclorado em pó (Clorocid).
- um rolo de papel toalha.
- um frasco com desinfetante.
- dois panos para limpeza (um para limpeza do
chão e outro para as paredes da viatura).
- um rodo, uma vassoura e um balde.
- sacos de lixo hospitalar.
- um frasco de água oxigenada.
- Sempre calçar luvas de borracha antes de iniciar
o procedimento.
- Remover todos os materiais permanentes
utilizados, de dentro da viatura para limpeza no
hospital ou, caso não seja possível, em uma área
reservada do quartel.
- Desprezar gazes, ataduras úmidas e
contaminadas com sangue e/ou outros líquidos
em saco plástico branco, descartando o mesmo
no lixo do hospital.
- Desprezar as secreções do frasco de aspiração
no expurgo do hospital
- Procurar com cuidado materiais pérfuro-cortantes
(agulhas, bisturis) eventualmente utilizado pela
equipe do suporte avançado e desprezar em
recipiente apropriado (caixa de material pérfuro-
cortante).
- Cobrir sangue e demais fluidos corpóreos
(vômito, urina) com uma camada de
organoclorado pó, removendo após dez minutos
de contato, com papel toalha.
- Em seguida limpar todas as superfícies com
água e sabão, removendo com água limpa.
- Por último passar álcool a 70% para
descontaminação final.
ADVERTÊNCIAS
Lavar interna e externamente os umidificadores
de oxigênio pelo menos 1 vez ao dia.
Não passar álcool nas superfícies de acrílico.
Periodicamente (a cada 15 dias) deve-se
realizar uma limpeza e descontaminação, mais
ampla (limpeza terminal), isto é, retirar todo o
material da viatura e realizar a limpeza do teto,
paredes, armários (interior e exterior), chão, enfim
de todas as superfícies.
3. DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL:
3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:
Para Descontaminar prancha longa, prancha curta,
KED, maca, colchonete da maca, cobertor térmico,
tala aramada moldável, tala e prancha à vácuo:
- Passar hipoclorito de sódio 1% nos locais onde
existir sangue e secreções, deixar por dez minutos.
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S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 81
C.P.P.S.B.
- Lavar o material com água e sabão.
- Deixar o material secar.
- Recolocar todo o material na viatura.
Para descontaminar colar cervical, sistema de
aspiração, ambu, máscara, chicote de oxigênio,
tecido do manguito do ESFIGMOMANÔMETRO,
tala inflável:
- deixar o material imerso em um balde escuro e
com tampa com hipoclorito a 0,5% por 30
minutos (para cada um litro de água coloque
um litro de hipoclorito de sódio 1%).
- após esse tempo, lavar o material com sabão e
água corrente.
- deixar o material secar.
- recolocar tudo na viatura.
ADVERTÊNCIAS
Manter o balde com a diluição de hipoclorito
fechado.
Trocar a solução de hipoclorito a 0,5% a cada
24 horas.
GLOSSÁRIO
1. Ácida: substância que em solução aquosa é capaz
de libertar íons hidrogênio. Que dá sensação picante
ao olfato ou ao paladar.
2. Aguda(o): intensa, forte, violenta.
3. Álcali: qualquer hidróxido ou óxido dos metais
alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio e césio).
4. Ambu: (= Air Mannual Breathing Unit) =
ressuscitador manual, dispositivo utilizado para
ventilação artificial manual.
5. Amnésia: perda parcial ou total da memória.
6. Amputação: ablação (retirar por força) parcial ou
total de uma estrutura orgânica, permanecendo no
local uma deformidade que em alguns casos, pode
ser compensada por prótese.
7. Anafilática(o): reação exagerada do organismo a
uma substância estranha a ele. Substância que pode
entrar em contato através da pele ou através de uma
injeção intramuscular ou endovenosa; ou então a
substância pode ser ingerida.
8. Anamnese: histórico dos aspectos subjetivos da
doença, desde os sintomas iniciais até o momento do
atendimento.
9. Aneurisma: dilatação das paredes de artéria ou
veia, de forma variável e que contém sangue.
10. Anterior: que está adiante, na frente.
11. Apêndice xifóide: apêndice alongado e
cartilaginoso que termina inferiormente o osso
esterno.
12. Apuração: averiguação, conhecer ao certo.
13. Arritmia: alteração de um ritmo. Arritmia cardíaca
-qualquer alteração do ritmo normal dos batimentos
cardíacos.
14. Artéria: cada um dos vasos que conduzem o
sangue do coração a todas as partes do corpo.
15. Articulação: união ou ligação de dois ou mais
ossos. Sinônimo = junta.
16. Asseio: limpeza, higiene.
17. Assepsia: conjunto das medidas adotadas para
evitar a chegada de germes a local que não os
contenha.
18. Assimetria: ausência de simetria.
19. Auscultar: aplicar o ouvido a (tórax, membro,
abdome) para conhecer os ruídos que se produzem
dentro do organismo.
20. Avulsão: extração de parte de um órgão por
arrancamento.
21. Biossegurança: conjunto de medidas tomadas
para evitar contaminação e transmissão de infecção.
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22. Bradicardia: lentificação dos batimentos
cardíacos; abaixo de 60 bpm.
23. Calcinação: aquecimento que provoca
decomposição.
24. Cateter: instrumento tubular, feito de material
apropriado a fins diversos, o qual é introduzido no
corpo com o objetivo de retirar líquidos ou introduzir
oxigênio, soros, medicamentos,...
25. Cefálica: relativo à cabeça. Apresentação cefálica
- apresentação de cabeça (no parto).
26. Cervical: relativo a região do pescoço.
27. Check up: verificação completa da situação e
organização.
28. Cianose: coloração azulada da pele e membranas
mucosas.
29. Clônico: espasmo(contração) em que se
alternam, em rápida sucessão, rigidez e relaxamento.
30. Coma: estado de inconsciência em que nem
sequer uma estimulação enérgica desperta o doente,
com perda total ou parcial da sensibilidade e da
motilidade e com preservação da respiração e
circulação.
31. Comissura: linha de junção. Comissura labial -
junção do lábio superior com o lábio inferior.
32. Contusão: lesão produzida pela pressão ou pela
batida de um corpo rombo (sem ponta) com ou sem
dilaceração da pele. Quando há laceração da pele
chamamos de ferida contusa.
33. Crepitação: ruído especial, produzido pelo atrito
de dois fragmentos de um osso fraturado (crepitação
óssea); pelo esmagamento dos coágulos sangüíneos
em um hematoma (crepitação sangüínea); pela
pressão exercida sobre um enfisema subcutâneo.
34. Crônica(o): relativo a tempo - que dura há muito.
Diz-se das doenças de longa duração em oposição ao
agudo.
35. Cutânea: pertencente ou relativo à cútis ou pele.
36. Débito cardíaco: quantidade de sangue que sai
do ventrículo a cada contração.
37. Decapitação: degolação - cortar a cabeça.
38. Decúbito: posição de quem está deitado. Ex.:
decúbito ventral - deitado de barriga para baixo;
decúbito lateral - deitado de lado.
39. Deformidade: fora da forma normal.
40. Deglutição: passagem do alimento da boca para
o esôfago, engolir.
41. Desinfecção: ato ou efeito de desinfeccionar -
retirar a infecção.
42. Diastólica: referente à diástole que é o
relaxamento do coração ou das artérias no momento
da chegada do sangue.
43. Discriminação: estabelecer diferença.
44. Disfagia: dificuldade na deglutição.
45. Dispnéia: respiração difícil.
46. Distal: diz-se do ponto em que uma estrutura ou
um órgão fica afastado de seu centro ou de sua
origem. Ou afastado em relação à linha mediana que
divide o corpo em metade direita e metade esquerda.
47. Distensão: abaulamento.
48. Diurese: eliminação de urina.
49. Dorsal: relativo ou pertencente ao dorso, costas.
50. Edema: inchaço. Acúmulo anormal de líquido em
espaço intersticial extracelular ou intracelular.
51. Embolia: obstrução brusca de um vaso sangüíneo
ou linfático por um corpo estranho trazido pela
circulação (coágulo, gordura, ar,...).
52. Enfisema: presença de ar no tecido.
53. Equimose: pequena mancha, de natureza
hemorrágica, que se pode observar na pele ou em
membrana mucosa.
54. Ereção: ato e efeito de erguer(-se).
55. Esfíncter(es): músculo anular que fecha um
orifício natural.
56. Esterno: osso ímpar, situado na parte anterior do
tórax.
57. Estribo: degrau ou plataforma do veículo.
58. Exógena: originado ou produzido no exterior do
organismo, que pode causar efeitos interiores, além
dos externos.
59. Expiração: expulsão do ar dos pulmões.
60. Expor: descobrir, mostrar.
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61. Expurgo: área onde se acumulam as sujidades do
hospital. Área de acesso restrito, própria para
desprezar material contaminado.
62. Fletido: dobrado.
63. Fontanela: espaço membranoso compreendido
entre os ossos do crânio nos recém - nascidos.
Popular: moleira.
64. Genitália: órgãos sexuais externos.
65. Gestante: mulher que contem o embrião.
66. Glúteo: nádega.
67. Grumos: pequenos grânulos branco pastosos.
68. Hematoma: tumor formado por sangue
extravasado. Há um inchaço de coloração arroxeada.
69. Hemodinâmico: relativo às condições mecânicas
da circulação: pressão, débito,...
70. Hemotórax: derrame de sangue na cavidade
pleural.
71. Hipertensão: aumento da pressão.
72. Hipertermia: elevação da temperatura do corpo
ou de uma parte do corpo acima do valor normal.
73. Hiperventilação: acelerar o ritmo respiratório.
74. Hipoglicemia: taxa de glicose no sangue abaixo
do normal.
75. Hipostáticas: referente a hipostase - depósito ou
sedimento de sangue nas regiões anatômicas em
declive.
76. Hipotenar: saliência existente na parte interna da
mão, na direção do dedo mínimo.
77. Hipotensão: diminuição, abaixo do normal da
pressão nos vasos.
78. Hipotermia: temperatura abaixo do normal.
79. Hipóxia: baixo teor de oxigênio.
80. Iminente: que ameaça acontecer em breve.
81. Infarto ou enfarte: nome dado a um território
vascular onde interrompe a circulação levando a
necrose.
82. Ingurgitamento: aumento do volume e de
consistência de um órgão provocado por acúmulo de
sangue.
83. Inspiração: ato de introduzir ar nos pulmões.
84. Insuflar: encher de ar por meio de sopro.
85. Integridade: qualidade de inteiro, completo.
86. Intoxicação: doença provocada pela ação de
venenos sobre o organismo.
87. Laceração: resultado da ação de rasgar.
88. Lesão: dano produzido em estrutura ou órgão.
89. Letargia: falta de ação.
90. Líquor: líquido cefalorraquiano; líquido existente
no sistema nervoso central.
91. Luxação: deslocamento de duas superfícies
articulares (juntas) que perderam mais ou menos
completamente as relações que normalmente mantêm
entre si.
92. Midríase: dilatação da pupila.
93. Miose: contração da pupila.
94. Necrose: morte que ocorre em tecido ou órgão,
que pode acometer pequenas ou grandes áreas.
95. Orifício natural: abertura natural.
96. Osteoporose: rarefação anormal do osso.
97. Palpação: forma de exame físico do doente, que
consiste em aplicar os dedos ou de ambas as mãos,
com pressão leve em qualquer região do corpo
humano para detectar alguma anormalidade.
98 Paramentar: vestir-se com os equipamentos de
proteção contra infecção como luvas, máscara,
óculos, avental,...
99. Parturiente: mulher que está prestes a parir (dar a
luz).
100. Pélvica: relativo a pelve. apresentação pélvica -
apresentação de nádegas (parto).
101. Permeável: que deixa passar.
102. Placenta: órgão arredondado, plano, mole e
esponjoso do útero gravídico; estabelece a
comunicação e intercâmbio nutritivo entre a mãe e o
feto, por meio do cordão umbilical.
103. Pneumotórax: introdução, espontânea ou
acidental, de ar ou gases inertes na cavidade pleural.
104. Pneumotórax hipertensivo: situação grave, na
qual há grande quantidade de ar que provoca
deslocamento, além do pulmão, do coração
impedindo que a circulação continue de forma normal,
podendo levar a parada cardíaca.
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105. Posterior: que vem ou está depois, situado
atrás.
106. Prematuro: que nasceu antes do tempo normal
da gestação.
107. Pressórica: relativo a pressão arterial.
108. Priapismo: ereção violenta, prolongada,
freqüentemente dolorosa, nascida sem desejo sexual
e não levando a ejaculação alguma.
109. Priorizar: dar prioridade, preferência.
110. Prótese: substituto artificial de uma parte ou
perdida acidentalmente (ex.: braço, dente), ou retirada
de modo intencional.
111. Proximal: que se localiza perto de sua origem ou
do centro do corpo representado por uma linha
mediana que divide o corpo em metade esquerda e
metade direita.
112. Putrefação: apodrecimento, decomposição.
113. Reanimação: restituir a vida.
114. Recipiente: objeto capaz de conter líquidos ou
sólidos.
115. Ruptura: rompimento, quebra.
116. Segmento: porção de um todo.
117. Segregação: discriminação racial.
118. Simetria: correspondência, em grandeza, forma
e posição relativa, de partes situadas em lados
opostos de uma linha mediana, ou, ainda que se
acham distribuídas em volta de um centro ou eixo.
119. Sinal: manifestação objetiva de uma doença.
120. Sintoma: qualquer fenômeno ou mudança
provocada no organismo por uma doença, e que,
descritos pelo paciente auxiliam a estabelecer uma
suspeita diagnóstica.
121. Sistólica: relativo a sístole - contração do
coração e das artérias para impulsionar o sangue.
122. Subcutâneo: situado por baixo da cútis ou pele.
123. Tamponamento cardíaco: compressão aguda
do coração por um derrame de sangue no pericárdio
(membrana que envolve o coração).
124. Taquicardia: aumento do número de batimentos
cardíacos por minuto. Adultos- moderada: 80 -100;
intensa: >100 bpm.
125. Tenar: saliência formada em cada mão, na parte
interna, pelos músculos logo abaixo do polegar.
126. Tipóia: lenço ou tira de pano que se prende ao
pescoço para imobilizar e descansar o braço ou mão
doente.
127. Tônico: que dá tensão, tônus.
128. Torpor: ausência de respostas a estímulos.
129. Traqueostomia: traqueotomia (= incisão
praticada na traquéia) seguida de introdução de uma
cânula no interior da traquéia, com o fim de
estabelecer uma comunicação com o meio exterior.
130. Tumoração: presença de tumor que é definido
como um aumento de volume desenvolvido numa
parte qualquer do corpo.
131. Veia: conduz o sangue que retorna ao coração.
132. Ventilar: renovar o ar.
133. Ventre: útero.
134. Víscera: designação comum a qualquer órgão
interno, incluído no crânio, tórax, abdome ou pelve,
especialmente os do abdome.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO GLOSSÁRIO
1. AURÉLIO B.H.F. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1986.2ª edição. 29ª impressão.Editora Nova Fronteira.
2. GARNIER, M e DELAMARE, V. Dicionário de termos técnicos de Medicina. 1984, 20ª edição. Editora E. Andrei.
3. PACIORNIK, R. Dicionário Médico. 1975, 2ª edição.Editora Guanabara Koogan.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 85
C.P.P.S.B.
ABREVIATURAS
AIDS ou SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
AVC = Acidente Vascular Cerebral
bpm = Batimentos por Minuto
cm = Centímetros
CPFL = Companhia Paulista de Força e Luz
CRM = Conselho Regional de Medicina
EPI = Equipamento de Proteção Individual
fig. = Figura
HT = Hand Talk = Rádio de Mão
KED = Kendric Extrication Device = Colete Imobilizador
Kgf/cm2 = Quilograma Força por Centímetro Quadrado
l/min = Litros por Minuto
ml/kg/min = Milímetros por Quilograma por Minuto
mmHg = Milímetros de Mercúrio
mrm = Movimentos Respiratórios por Minuto
POP = Procedimento Operacional Padrão
RCP = Ressuscitação Cardiopulmonar
Rn = Recém-nascido
SAV = Suporte Avançado à Vida
SBV = Suporte Básico à Vida
TCE = Traumatismo Cranioencefálico