Novos Desafios e Gestão do Processo de Mudança · OM – Colégio de Cardiologia – Inquérito...
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Novos Desafios e Gestão do Processo de Mudança
Infarmed26OUT06
Crise do Sistema de SaúdeFactores de Visibilidade
• Consciencialização do direito à saúde• Reconhecimento da finitude dos recursos• Mediatização• Envelhecimento e
crescimento populacional negativo• Recursos humanos:
– Escassez e envelhecimento dos profissionais– Défice de cobertura das periferias– “Garantismo” das carreiras profissionais– Resistência à mudança– Remuneração igual para desempenhos diferentes
World Health Organization, Geneva, Switzerland"World Health Report 1999" (www.who.int)
WHO’s goals for health systems:- Improving health status - Reducing health inequalities- Enhancing responsiveness to legitimate expectations- Increasing efficiency- Protecting individuals, families and communities from financial loss - Enhancing fairness in the financing and delivery of health care
These objectives are more likely to be met when appropriate political and financial mechanisms complement performance data in making authorities accountable to the populations they are meant to serve.
Evolução da Mortalidade Perinatal
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Portugal
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+ fetos mortos)
OMS; OCDE; DGS – Divisão de Estatística
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SPC – APAPE – Registos Nacionais de Electrofisiologia de Intervenção para 2002 e GEHCI – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção - 2003OM – Colégio de Cardiologia – Inquérito sobre Idoneidades e Capacidades Formativas de Serviços para 2004
EEF
ICPCDI’s
Pacing
Técnicas Cardiológicas
RSN RSC RSLVT RSA RSA RAM RAA
Para um novo tratamento ser custo-efectivo:
- os seus benefícios devem valer o custo, podendo custarum pouco mais do que a alternativa,
- deve melhorar a esperança de vida ou a qualidade devida ajustada do doente,
- o custo por ano de vida adicional ganho com qualidadeajustada deverá ser competitivo com outros usospotenciais para os mesmos recursos financeiros.
Princípios de avaliação económica
Poupança ≠ Efectividade
Facto - muito poucas inovações médicas modernas acabam por levar a poupança.
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ICP - Portugal 1990-2005
Intervenção Coronária
SPC – GEHCI – Registo Europeu de Cardiologia de Intervenção 2003SPC – CNCDC – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção – 2004 e 2005OM – Colégio de Cardiologia – Inquéritos sobre as Idoneidades e Capacidades Formativas dos Serviços.
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2252 21972037
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Europa 2003Europa 2003IntervenIntervenççãoão CoronCoronááriaria PercutâneaPercutânea (ICP/ (ICP/ MilhãoMilhão))
GEHCI – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção
Greg W. StoneEvidence-based medicine guidelines for DES use. Focus on complex lesions.Coluimbia University Medical Center. Cardiovascular Research Foundation.
Recomendações para o uso de DES
BTronco comum não protegidoBDoença multivaso complexa
BDoença multivaso não complexaBBifurcação complexa
BBifurcação não complexasBOclusão totalARestenose intra-stent (BMS)ALesão de novo
IIIIIbIIaI
“We desperately need more data regarding the safety and efficacy ofDES in anapproved and high risk indications before their use should beconsidered routine.”
DES para o doentes em que os benefíciosclínicos justifiquem o custo adicional
Sistema de saúde
DES para lesões tratáveis com um stent
Renitência na doença multivaso (vs CABG)Hospital
DES para todas as lesõesDoente / médico
PreferênciaPerspectiva
Impacto das alternativas
Custo-efectividade dos DES
ICP – Espanha e Portugal (1990-2005)
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Espanha
DES BMS POBA
SPC – GEHCI – Registo Europeu de Cardiologia de Intervenção 2003SPC – CNCDC – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção – 2004 e 2005OM – Colégio de Cardiologia – Inquéritos sobre as Idoneidades e Capacidades Formativas dos Serviços.
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Portugal
DES BMS POBA
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Espanha Portugal
20022003
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Stents com Libertação de Fármacos
GEHCI – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção e Rev Esp Cardiol – Registo Español de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
“Acréscimo” de custo:
2002: € 920.000,002003: € 1.180.000,00
=
ECG’s 340 000 Consultas 112 000 EcoCG 39 000CRV 900Ablações 1 140PM VVI-M 1 020PM DDD-R 620CDI’s 108
Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde / Elementos de Hospitais Portugueses
Sem preço fixo
Não
NHS / Hospitais
NICE
UKInfarmed (?) SPC (?)Em aprovaçãoNãoHospitalaresSimProtocolos e
Recomendações
Negociação local
Negociação local
Negociação local
Negociação localPreço máximoPreço
NãoNãoSimNãoSimReembolso
IGIF (80%) GDH (Interrnamentoe Ambulatório)
DRG com adicional para DES
DRGCentral / regional
Público / privadoFinanciamento
PtDSchSpFr
DES – Europa
Source: market research data & Internal estimates, BSC, Data on File Jan. 2005
Despesa Hospitalar com Medicamentos Abrangidos pelos Regimes Especiais de Comparticipação. Infarmed – Dez2005. APAPE – Registos Nacionl de Electrofisiologia de Intervenção – 2003.GEHCI – Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção – 2003.OM – Colégio de Cardiologia – Inquérito sobre Idoneidades e Capacidades Formativas de Serviços para 2005. Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde. Elementos de Hospitais Portugueses.
€ x 106
2979
742
226
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Dispensa emfarmácia de oficina
Medicamentoshospitalares
Consumíveis ClínicosHospitalares
Consumíveis Clínicos Hospitalares e Medicamentos Portugal - 2004
Portugal € 22.000.000,00Despesa / milhão Espanha € 16.000.000,00de habitantes / ano Inglaterra € 9.000.000,00
Holanda € 5.000.000,00
Uso de antibióticos em ambulatório – 2002
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Portugal Espanha Inglaterra Holanda0
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700000
Portugal Espanha Inglaterra Holanda
Sulfonamidas (JO1E)
Quinolonas (JO1M)
Macrólidos (JO1F)
Tetraciclinas (JO1A)
Cefalosporinas (JO1DA)
Penicilinas (JO1C)
European Surveillance of Antimicrobial Consumption (ESAC) – Outpatient Antibiotic Use in Europe and Association with Resistance
DD
D /
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HSMHSJHUCCHLCHLOHGSA
HCCHGOCHC
IPO Porto
IPO Lisb
oaHSBCHGHNSR
HESCHBAHCST
HJUIPO C
oimbr
aVR/PR
Despesa hospitalar com medicamentos 2005
Outros RECP. Rej.Transpl. RenalHepatite CEscl. MúltiplaIRCInfecção VIHAntineoplásicosOutros medicamentosMed. hospitalares
Conjunto dos Hospitais – € 827,394,336.00
Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde. Direcção de Economia do Medicamento e Produtos de Saúde.Despesa Hospitalar com Medicamentos Abrangidos pelos Regimes Especiais de Comparticipação - 2004-2005.
26,3815717,76881319,53763827,97268842.209.43641.447.400Total de Outros Medicamentos
17.043.60326.199.341 24.836.85028.094.51332.269.75339.640.185Total do REC
43.425.17343.968.15444.374.53756.067.20174.479.21381.087.585Total dos Medicamentos
923.0981.096.652745.2761.095.3311.782.0271.771.206O. Med. Reg. Espec. Comparticipação
3.140.1221.820.63504.962.9251.044.736702.157Rejeição Transplante Renal
1.241.242902.976926.6521.328.6631.648.2633.328.219Hepatite C
1.376.2071.524.4543.511.7261.938.7123.440.5853.996.125Esclerose Múltipla
3.306.4043.448.85959.859750.3894.037.1774.574.143IRC
2.601.42011.497.8378.665.3004.886.8739.439.91213.936.345Infecção pelo VIH
4.455.1105.907.92810.928.03713.131.61910.877.07711.331.986Antineoplásicos e Imunomoduladores
HGSACHLOCHLCHUCHSJHSM
Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde. Direcção de Economia do Medicamento e Produtos de Saúde.Despesa Hospitalar com Medicamentos Abrangidos pelos Regimes Especiais de Comparticipação - 2004-2005.
Estrutura da despesa - 2005
16
92
milhões de euros
48
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150
110
CMVMC – 33%Pessoal – 44%
FSE’s – 14%
Produtos farmacêuticos
MCC
HSM – Serviço de Gestão Financeira
050
100150200250300350
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Custos (Pessoal + CMVMC + FSE’s)
106 €
HSM – Serviço de Gestão Financeira
020406080
100120140160
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Pessoal
CMVMC
FSE's
106 €
HSM – Serviço de Gestão Financeira
Custos (Pessoal + CMVMC + FSE’s)
0102030405060708090
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2004
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Medicamentos
Material deconsumo clínico
Outros produtosfarmacêuticos
Outros consumos
C M V M C
106 €
HSM – Serviço Farmacêutico e Serviço de Logística e Stocks
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T. anti-retrovírica
Derivados do sangue
T. Antimicrobiana
Epoietinas
T. Antineoplásica
Esclerose múltipla
Doenças do lisossoma
MedicamentosGrandes Grupos Terapêuticos
HSM – Serviço Farmacêutico
106 €
1 – Participação dos prescritores
2 – Aplicação de Protocolos Clínicos e Recomendações Terapêuticas
3 – Racionalização da prescrição e distribuição
4 – Independência da Indústria
5 – Negociação
Gestão do medicamento
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Custos (Pessoal + CMVMC + FSE’s)
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HSM – Serviço de Gestão Financeira
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Pessoal
CMVMC
FSE's
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Custos (Pessoal + CMVMC + FSE’s)
HSM – Serviço de Gestão Financeira
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Medicamentos
Material deconsumo clínico
Outros produtosfarmacêuticos
Outros consumos
C M V M C
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HSM – Serviço Farmacêutico e Serviço de Logística e Stocks
Condições para a mudança
• Doente no centro do sistema
• Liderança / responsabilização
• Participação / delegação de funções
• Avaliação (qualidade / “produção”)
• “Sensibilidade ao défice”
“O Hospital tem que reinventar o rigor,para traduzir a necessidade de mudançanos comportamentos individuais e colectivos,que permitam racionalizara actividade dos Serviços de Saúde,sem recorrer ao espantalho da repressão.E isto reclama gestão da actividade médicana sua organização e nas suas práticas.”
Alain Halbout