Notaer - Edição de Novembro de 2011
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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 11 Novembro, 2011 ISSN 1518-8558
KC-390 - Novo cargueiro nacional vai gerar empregos e até US$ 20 bi em exportações para o Brasil
A indústria nacional terá priori-dade no projeto do novo cargueiro, o KC-390, cujo voo inaugural está previsto para 2014. O novo avião de transporte que a EMBRAER desen-volve para a Força Aérea Brasileira já possui intenções de compra de outros cinco países. A aeronave vai cumprir missões de transporte e de reabaste-cimento em voo, entre outras. (Pág. 4)
ESPECIAL 70 ANOS
SHOW DE CHITÃOZINHO EXORORÓ EM SÃO PAULO
Confira como foram os even-tos em todo o Brasil que mar-caram as comemorações do Mês da Asa. (Pág. 8 e 9)
OPERAÇÃO GOTA
COMUNIDADES ISOLADAS SÃO BENEFICIADAS
Pela primeira vez, uma equipe do NOTAER acompanhou a missão de vacinação na região amazônica. (Pág. 7)
INCLUSÃO DIGITAL
TERCEIRA IDADE ENTRA NA ERA DA TECNOLOGIA
Público da terceira idade des-cobre as novidades da inter-net, das redes sociais, e resga-ta a autoestima. (Pág. 12)
ACISO
Em Belém, milhares de pessoas são atendidas por equipes de saúde da FAB. Conheça as histórias da população beneficiada. (Pág. 6)
MISSÃO ANTÁRTICA (28 anos) - Saiba mais sobre a importante operação de aeronaves C-130 Hércules da FAB no continente Antártico, onde a temperatura chega a 65OC negativos. (Pág. 5) TE
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CB SILVA LOPES / CECOMSAER
2 Novembro - 2011
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.
Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Coronel Aviador João Tadeu Fiorenti ni
Chefe da Divisão de Comunicação Integra-da: Coronel Aviador Henry Wilson Munhoz Wender
Chefe da Subdivisão de Produção e Divul-gação: Tenente Coronel Aviador Alexandre Emílio Spengler
Chefe da Agência Força Aérea: Major Aviador Alexandre Daniel Pinheiro da Silva
Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida
Jornalista Responsável: Tenente Alessan-dro Silva (MTB 027.008 - SP)
Repórteres (JOR): Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Nishimori, Tenente Humberto Leite, Te-nente Willian Almeida Cavalcanti , Tenente Alexandre Silva Fernandes, Tenente Carla Dieppe, Tenente Jussara Peccini e Tenente Talita Vieira Lopes
Colaboradores: CIAER e SISCOMSAE (tex-tos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)
Tiragem: 30.000 exemplares
Diagramação, Arte e Infográfi cos: Tenente Alessandro Silva, Subofi cial Cláudio Bonfi m Ramos, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow
Revisão: Subofi cial Cláudio Bonfi m Ramos
Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.
Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected]
Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900Brasília - DF
ExpedienteCARTA AO LEITOR
PENSANDO EM INTELIGÊNCIA
Impressão e acabamento:Aquarius Gráfi ca e Editora
Plano de Segurança Orgânica: A proteção do nosso conhecimento!
Muitas novidades para contar
Na chamada era da globalização, os conhecimentos considerados estra-tégicos passaram a desempenhar um importante papel para as ati vidades de Pesquisa e Desenvolvimento, nota-damente pelo oportuno atendimento às crescentes demandas por inovação cientí fi ca e tecnológica.
Dentro de uma perspecti va emi-nentemente militar, a geração de inovações tecnológicas no segmento da Defesa, conjugada com a implemen-tação de novos conceitos doutrinários e operacionais, sugerem a obtenção da desejável Surpresa Estratégica, efeti va-mente capaz de causar o desequilíbrio de poder durante a condução das ope-rações militares.
Sendo assim, em razão de sua importância para a Defesa Nacional, aliado aos riscos e aos elevados custos que envolvem a pesquisa e o desenvol-vimento de tecnologias militares sen-
síveis, os conhecimentos estratégicos tornam-se alvo potencial de interesses e interferências diversas, por meio de diferentes ti pos de ameaças.
Com o objeti vo de salvaguardar os conhecimentos sensíveis e/ou sigilosos produzidos em suas orga-nizações, consoante ao disposto no Decreto No 4.553, de 27 de dezembro de 2002, o Comando da Aeronáuti ca (COMAER) norteou a formulação de medidas de proteção preventivas e obstruti vas por meio da ICA 200-5/2009 (Gerenciamento de Plano de Segurança Orgânica do Comando da Aeronáuti ca), na qual são esta-belecidas as fases específi cas para a elaboração, obrigatória para todas as organizações do COMAER, do Plano de Segurança Orgânica (PSO).
A implantação do PSO consiste, basicamente, em defi nir procedimen-tos, orientar e treinar o efeti vo para
que a proteção do conhecimento seja exercida objeti vamente sobre os deten-tores dos conhecimentos sensíveis e/ou sigilosos, o suporte fí sico que o contém, o meio que o veicula e os locais em que se encontra: pessoas, documentos, materiais, os meios de tecnologia da informação (comunicação e informáti -ca) e as áreas e instalações.
Por fi m, os conhecimentos estraté-gicos voltados para o cumprimento da missão consti tucional da aeronáuti ca devem ser constantemente identi fi ca-dos, avaliados e contemplados com as devidas medidas de segurança no PSO. Nesse sentido, é importante ter em mente que a Segurança Orgânica não é atribuição de uma área ou ati vidade específi ca, pois ela só pode ser obti da com o efetivo comprometimento e ati tudes individuais de cada um dos integrantes da Organização. (Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)
Esta edição do Notaer traz uma reportagem especial sobre as co-memorações do Dia do Aviador e do Dia da Força Aérea Brasileira nos 70 anos da insti tuição. As organizações militares da Aeronáuti ca de todo o Brasil abriram as suas portas para apresentar à sociedade o trabalho que é feito diariamente, seja em ope-rações especiais ou de roti na. É uma oportunidade ímpar para estreitar ainda mais os laços com a população.
As missões que fazem chegar a lugares longínquos e isolados do Brasil o auxílio do Estado também são destaques da edição. Somente por meio da uti lização do helicóptero e do avião as vacinas do Ministério da Saúde ou as provas do Enem, por exemplo, são distribuídas no interior do Amazonas. Ou ainda, o trabalho dos médicos e denti stas da FAB de levar atendimento básico de saúde
a comunidades indígenas ou social-mente vulneráveis no norte do país.
O Notaer deste mês tem outros assuntos especiais. A preocupação com o desenvolvimento científico e tecnológico e o apoio à indústria nacional, como o que acontece com o projeto KC-390, e o treinamento al-tamente especializado, como o que os pilotos do Esquadrão Gordo passam para desempenhar com sucesso as missões na Antárti ca.
É certo que, como estas, há ou-tras boas histórias acontecendo na FAB em todo o Brasil que merecem ser contadas. Envie a sua sugestão, parti cipe e ajude a fazer o Notaer.
Boa leitura.
Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER
A Força Aérea está presente em muitos momentos da população brasileira
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Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáuti ca
PALAVRAS DO COMANDANTE
NOVOS TEMPOS
Uma nova era descorti na-se nas operações da Força Aérea Bra-
sileira. A incorporação de meios adquiridos nos últimos anos tem dado respaldo a um novo período. Doutrinas serão escritas e a uma nova realidade aparece no horizonte. Recrutamos a tecnologia: esquadrões já operam de noite como se dia fosse, enquanto ações das Forças Armadas acontecem em tempo real graças às aeronaves remotamente pilotadas. As inovações tecnológicas chegam em ritmo acelerado.
As imagens destes novos tempos ganharam o noti ciário nacional a par-ti r da Operação Ágata, com a divulga-ção de ataques noturnos realizados na Amazônia por caças A-29 Super Tucano e das cenas do emprego da ARP na vigilância, em tempo real, de áreas sensíveis na região de frontei-ra. Cada vez mais, as ações militares passam a ocorrer “online”, a exemplo da própria cobertura jornalísti ca dos acontecimentos mundiais.
As Aviações de Caça, de Trans-porte e de Asas Rotati vas já operam equipamentos de visão noturna (NVG). A noite não é uma restrição, pelo contrário, tornou-se um aliado para operar 24 horas em qualquer parte do país. A Aviação de Reco-nhecimento também evoluiu, como provado na busca do voo 447, em 2009: aviões R-99 voaram noite e dia, apoiados por modernos sensores, e localizaram destroços da aeronave no meio do oceano Atlânti co. Aliás, essas aeronaves foram adquiridas no planejamento do Sistema de Vigilân-cia da Amazônia (SIVAM), nos anos 90. Esta é a Força Aérea do futuro, no caminho planejado para fazer frente aos novos desafi os.
Para a vigilância do litoral bra-sileiro, principalmente das reservas do pré-sal, a Força Aérea adquiriu aeronaves de patrulha P-3AM, mo-dernizadas e equipadas para retomar uma capacidade há muito perdida no tempo: a guerra anti ssubmarino. O avião tem autonomia para 16 ho-ras de voo. Os sensores eletrônicos embarcados são os mais modernos que existem. É mais um aliado para o futuro.
No controle de tráfego aéreo, novos equipamentos e programas para computador preparam o país para uma nova era de coordenação mundial, o sistema CNS-ATM, basea-do em satélites e que permiti rá, por exemplo, a criação de um espaço contí nuo para a circulação de aero-naves. O Brasil integra o seleto grupo de nações à frente desse processo, dos estudos e da implantação. Hoje, na travessia do Atlânti co, os pilotos podem contar com moderno sistema de comunicação e monitoramento por satélite. No Sul do país, contro-ladores já trabalham com o novo sistema SAGITARIO, que logo estará em operação em todo o Brasil.
Esse cenário não seria completo sem o nosso profi ssional, pois é ele quem conduz a nova tecnologia que chega. O presente de hoje é o futuro planejado com arrojo pelas gerações do passado, exemplo que perse-guimos para construir o futuro que deixaremos como herança. Homens e mulheres fazem, neste momento, a história da Força Aérea, com dedica-ção, empenho e entusiasmo.
Ao completar 70 anos, a FAB in-gressa em um novo ciclo tecnológico, a exemplo de outros momentos do passado. Que venha o futuro.
Nova era: Aeronave operada com equipamentos de visão noturna (acima) e aeronave remotamente pilotada (ARP), também conhecida como VANT (abaixo)
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4 Novembro - 2011
TECNOLOGIA
Indústria nacional participa do projeto do KC-390Projeto do novo cargueiro deve gerar 12.600 empregos e até US$ 20 bilhões em exportações para o Brasil
Está previsto para 2014 o voo inaugural do KC-390, novo avião
de transporte que a EMBRAER desen-volve para a Força Aérea Brasileira e que já possui intenções de compra de outros cinco países. A aeronave vai cumprir missões de transporte e de reabastecimento, entre outras.
Benefí cios econômicos e incen-ti vo às empresas nacionais estão no foco do projeto. "Uma das premissas fundamentais do projeto é que seja priorizada a indústria nacional", ex-plica o Tenente Coronel Engenheiro Sergio Carneiro, gerente do projeto.
As oportunidades para as empre-sas brasileiras foram apresentadas em um seminário realizado (19/10) no Parque de Desenvolvimento Tecno-lógico de São José dos Campos (SP). A prioridade é favorecer as empresas brasileiras nos contratos para o for-necimento de itens que podem ser fabricados no Brasil. "Tudo aquilo que a indústria brasileira puder fornecer nós iremos incenti var", afi rma o Te-nente Coronel Carneiro.
Os itens incluem blindagem e equipamentos de apoio em solo, es-cadas, cozinha de bordo e a estrutura necessária para a linha de montagem.
Na programação do seminário, a EM-BRAER e o Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáuti ca (DCTA) apresentaram as oportunidades do projeto. Em seguida, representantes do Banco Nacional de Desenvolvi-mento (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), da Asso-ciação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Centro para a Competi ti vidade e Inovação para o Cone Leste Paulista (CECOMPI) es-clareceram sobre linhas de fi nancia-mento e outras formas de apoio que
A Força Aérea Brasileira (FAB) rea-lizará em março do ano que vem
o primeiro Seminário sobre Apoio de Fogo Conjunto que deve reunir mili-tares do Ministério da Defesa e dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáuti ca.
O encontro tem como objeti vo a elaboração de um manual de pa-dronização dos procedimentos em operações militares conjuntas ou combinadas. “A padronização vai resultar em mais segurança, opera-cionalidade e confi abilidade durante as atuações integradas” explica o Brigadeiro do Ar Maximo Ballatore
SEMINÁRIO – “Apoio de Fogo Conjunto” será tema de evento em 2012
podem ser oferecidas. “A mobilização e o fortalecimento de toda a cadeia produti va nacional, em consonância com as medidas governamentais refl eti das na Estratégia Nacional de Defesa e no Plano Brasil Maior, têm sido foco da FAB e da EMBRAER desde o início deste programa”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da EMBRA-ER Defesa e Segurança.
Paralelo ao incenti vo às empresas brasileiras, o projeto do KC-390 tam-bém envolve indústrias estrangeiras, que vão fornecer equipamentos que
ainda não são fabricados no Brasil. Nesses casos, serão assinados acor-dos de compensações econômicas por meio de parcerias dos estran-geiros com empresas nacionais que são benefi ciadas, por exemplo, com transferência de tecnologia.
Desenvolvido para substi tuir o KC-130 Hércules, aeronave de transporte militar uti lizada em mais de 90 países, o KC-390 já possui 28 intenções de compra, para o Brasil, Chile, Colôm-bia , Argenti na, Portugal e República Tcheca.
Holland, Chefe da Terceira Subche-fi a do Estado Maior da Aeronáuti ca (EMAER). Segundo ele, o estudo das últi mas guerras e confl itos mostra que as grandes vitórias foram alcan-çadas por meio de ações adequada-mente integradas de forças navais, terrestres e aéreas.
Como parte da organização do Seminário do ano que vem, o EMAER promoveu, no fi nal de setembro, um workshop sobre Apoio Aéreo Apro-ximado, ação que integra o Apoio de Fogo Conjunto. De acordo com a Organização do Tratado do Atlânti co Norte (OTAN), o Apoio Aéreo Aproxi-
mado (Close Air Support, CAS) é uma das três missões de ataque, além da interdição de longo alcance e interdi-ção do campo de batalha. Consiste em empregar meios aéreos para de-tectar, identi fi car, neutralizar ou des-truir forças de superfí cie inimigas que ameaçam tropas amigas. “O desafi o é executar a missão sem colocar em risco nossas tropas, os civis e evitar danos colaterais como a destruição de propriedades públicas e privadas”, lembra o Brigadeiro Ballatore.
Durante os três dias do workshop em Brasília, representantes do Mi-nistério da Defesa, das três Forças e
militares com experiência em países ligados à OTAN discutiram sobre doutrinas, equipamentos de suporte e capacitação de recursos humanos.
O Seminário sobre Apoio de Fogo Conjunto organizado pelo EMAER deve ser realizado entre os dias 12 e 16 de março.
Estão previstos pelo Ministério da Defesa mais dois encontros sobre outros temas em 2012. A Marinha coordena entre 28 de maio e 1º de junho um seminário sobre “Contra-terrorismo”. O Exército promove de 9 a 13 de julho um debate sobre “Zona de Defesa”.
Simulação do KC-390 em operação de REVO; o novo avião de transporte da EMBRAER já possui intenção de compra de cinco países
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5Novembro - 2011
AVIAÇÃO DE TRANSPORTE
Missão da FAB para Antártica completa 28 anosAeronaves C-130 da FAB mantém linha de suprimento para pesquisadores que trabalham em estação brasileira
O que mais impressiona à primeira vista é a visão da pista e do mar
totalmente brancos. Tudo assume uma só cor, e prati camente não há vida na superfí cie da Antárti ca. A par-ti r da primeira visão do conti nente de gelo, os pilotos do Esquadrão Gordo (1º/1º GT) podem ver o quanto as viagens do C-130 Hércules são im-portantes para os pesquisadores da Estação Comandante Ferraz. Sem este auxílio, torna-se difí cil viver em um local isolado, onde as temperaturas variam, no inverno, entre menos 30o
C e menos 65o C. Há 28 anos, os aviões da Força
Aérea Brasileira (FAB) transportam cargas, alimentos, equipamentos, roupas e cartas para a estação de pes-quisa brasileira, em viagens que duram aproximadamente cinco dias. Ao todo, são feitas dez missões por ano, sendo três no inverno e sete no verão.
O C-130 Hércules pousa no verão e no inverno numa pista localizada na base chilena que é próxima da esta-ção brasileira. No verão, dois navios da Marinha fazem o transporte das cargas até a estação. “No inverno, o mar fi ca congelado e lançamos as car-gas na Estação Comandante Ferraz. A
missão é toda planejada antes, mas podem surgir imprevistos, como a va-riação constante da meteorologia no conti nente Antárti co”, conta o Chefe de Operações do 1º/1º GT, Major Aviador Leonardo Guedes, que há cinco anos faz esta viagem.
Preparação - Os pilotos da Missão Antárti ca são formados no Esquadrão Gordo. Os alunos fazem o Curso de Tripulantes Antárticos, composto de uma parte teórica, uma parte de instrução aérea e do curso de sobre-vivência no gelo. Os ofi ciais passam de quatro a cinco dias na Cordilheira dos Andes com instrutores das Forças Especiais da Força Aérea Chilena. En-tre outras ati vidades, os alunos cons-troem abrigos com a própria neve e os uti lizam durante a sobrevivência.
Atualmente, entre as aeronaves da FAB, somente o C-130 possui con-dições de operar durante todo o ano na Antártica. Apenas o Esquadrão Gordo realiza estas missões no Brasil. Todos os tripulantes antárti cos têm, no mínimo, quatro anos na unidade e, depois de formados, realizam, pelo menos, um voo no verão e outro no inverno para se tornarem pilotos operacionais.
Aeronaves KC-137 Boeing, KC-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-98
Caravan, caça A-29 Super Tucano e helicóptero UH-1H da Força Aérea Brasileira parti ciparam da Operação Anhanduí, do Ministério da Defesa, realizada de 10 a 17 de outubro, no Centro-Oeste e Sul do país.
O exercício serviu para testar novas ferramentas de interoperabili-dade e desenvolver a capacidade das Forças Armadas de defesa externa como catástrofes naturais ou calami-dades públicas.
Cerca de 2.500 homens e mulhe-res das três Forças Armadas parti ci-
O Foguete de Treinamento Básico (FTB) da Operação Barreira V foi
lançado com sucesso no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte.
Em três minutos, o foguete ati n-giu uma altura máxima de cerca de 32 km e caiu a 15 km da linha do litoral. Segundo o diretor do CLBI, Coronel Luis Guilherme Silveira de Medeiros, “o objeti vo desta operação é deixar os servidores do centro capacitados para as operações de lançamento e rastreamento da próxima operação".
Outro objeti vo da operação era a obtenção de dados para qualifi cação e certi fi cação do foguete, conforme as ati vidades previstas no Programa Nacional de Ati vidades Espaciais.
A Operação Barreira V envolve direta ou indiretamente 200 servi-dores entre civis e militares do CLBI. Parti cipam da Operação a Agência Es-pacial Brasileira (AEB), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Terceiro Centro Integrado de
param da operação. A Base Aérea de Campo Grande (BACG), no Centro--Oeste, foi a principal unidade da FAB no cenário da operação.
A área do exercício reuniu os Es-tados compreendidos entre o Mato Grosso e Paraná.
DEFESA - Forças Armadas participam da Operação Anhanduí
Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), Instituto de Fomento Industrial (IFI), 3º Distrito Naval, Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e AVIBRAS.
ESPAÇO - Foguete de treinamento é lançado com sucesso na Barreira do Inferno
O C-130 é o reponsável por transportar os mantimentos para sobrevivência da estação
Novembro - 20116
SOCIAL - PARÁ
FAB realiza atendimentos básicos de saúde em BelémAlém da função social, a ação tem objetivo de manter a capacidade operacional de mobilização para prestar atendi-mentos médicos aos combatentes em caso de conflito; ação muda a vida das pessoas atendidas
A Força Aérea Brasileira planeja para novembro mais uma Ação
Cívico-Social (ACISO) em Belém (PA). A equipe de médicos, denti stas, far-macêuti cos e enfermeiros vai instalar uma estrutura móvel de atendimento de saúde na comunidade das Mal-vinas, situada em área de vulnera-bilidade social, nas imediações do Cassino dos Soldados e Taifeiros da Aeronáuti ca (CASOTA).
Segundo a Companhia de Desen-volvimento da Área Metropolitana de Belém (CODEM), na área das Malvinas há 2.107 residências cata-logadas, com aproximadamente 9 mil habitantes. A expectati va é que sejam realizados 2 mil atendimentos.
A ação é uma parceria entre o Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), o Hospital de Aeronáuti ca de Belém (HABE), a Secretaria de Estado de Saúde do Pará e lideranças comunitárias que tem trazido resul-tados positi vos. Em outubro, missão semelhante realizou 2.253 atendi-mentos em dois dias. Foram ofereci-dos à população serviços médicos nas especialidades ginecologia, dermato-logia, pediatria, otorrinolaringologia e oft almologia, e odontológicos, com ênfase em cirurgia buco-maxilo-facial, periodonti a, endodonti a, clínica mé-dica e odontopediatria.
O responsável pelo Serviço Regio-
nal de Saúde do I COMAR, Tenente Coronel Médico R1 Pedro Ernesto Póvoa, ressalta que o objeti vo da ação é manter operacional a capacidade da Força de se mobilizar para prestar atendimentos médicos aos comba-tentes em caso de conflito. Além disso, por doutrina, a FAB agrega ao treinamento a função social de levar serviços de saúde às comunidades carentes, preferencialmente em áreas vizinhas aos quartéis. “Com as ações sociais, facilitamos o intercâmbio entre as unidades militares e a co-munidade, que passa a reconhecer na FAB uma insti tuição parceira, que além da segurança nacional, investe na melhoria da qualidade de vida das famílias do seu entorno.”
Óculos - No bairro da Prati nha, a maior procura foi por consultas oft almológicas. O governo do Estado instalou uma fábrica de óculos que produzia lentes e armações minutos após o atendimento. Sabrina Ferreira Machado, estudante de 17 anos, foi benefi ciada pela ação. Ela sofria de fortes dores de cabeça por problemas de visão. Com o óculos quebrado há quatro meses, vinha perdendo ren-dimento escolar pelas difi culdades de estudar. “Agora estou pronta para correr atrás do prejuízo. Vou me dedi-car aos estudos para realizar o sonho de me tornar ofi cial da FAB”, disse.
Diego Barbosa dos Santos, de qua-tro anos, torcedor do Corinthians
e fã incondicional do jogador Neymar (Santos), havia deixado de fazer o que mais gosta: jogar futebol. Com um abscesso na cabeça, peregrinou durante duas semanas em diversos hospitais da capital paraense sem que ninguém aceitasse tratá-lo.
Os pais ouviram no rádio que a Força Aérea estava realizando atendi-mentos no bairro e resolveram levá-lo ao local em busca de ajuda. Diego foi prontamente recebido pelos médicos do Hospital de Aeronáuti ca de Belém (HABE) que trataram o seu ferimento, fruto da complicação de um furúncu-lo. Após muito choro, Diego recebeu alta e ganhou uma bola de presente da equipe de saúde da FAB.
Durante o atendimento, duas crianças foram levadas às pressas para internação hospitalar por in-fecção respiratória aguda. Adaílton Patrocínio Quaresma, 4 meses, e seu
HISTÓRIAS
Atendimentos mudam a vida da população localirmão Daivisson, 3 anos, estavam com suspeita do vírus infl uenza.
Segundo a Tenente Médica Maria de Nazaré Gomes Mesquita, a in-fl uenza é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório. “As crianças aparentavam estar em um quadro evoluído dessa doença, achamos por bem interná-las para evitar complica-ções”, salienta.
Raimunda dos Passos Rocha, de 78 anos, com suspeita de pneumo-nia, também precisou ser removida. “Ela senti a falta de ar e tossia muito. Como teve essa ação de saúde aqui no bairro, resolvi levar a minha mãe para fazer uns exames. Graças à FAB, vimos a tempo que se tratava de um caso grave e pudemos interná-la an-tes que algo pior ocorresse”, conta a fi lha Zenilda Rocha.
Além dos consultórios médicos e odontológicos, um serviço que teve grande demanda foram as orienta-ções dadas pela assistência social.
Escovódromo: as ofi cinas de escovação atenderam mais de 400 crianças
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Parceria entre Força Aérea e Ministério da Saúde leva vacinas a localidades isoladas na região amazônica
SOCIAL - AMAZÔNIA
O helicóptero é o único meio de fazer as vacinas chegarem em bom estado para uso
“Quando o helicóptero chega, não temos mais medo. Sabemos que vocês vêm nos ajudar”, conta cacique indígena
“A vacinação é muito importante. Sem ela, as nossas crianças
morrem”. Esta é a avaliação feita por Cristi ano Alberto Ferreira Brito, chefe da comunidade de Santa Rosa, composta por índios da etnia taria-na, sobre o trabalho conjunto entre Força Aérea Brasileira, por meio do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), e o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde.
Há quase 20 anos, a Operação Gota leva vacinas e remédios para comunidades localizadas em regiões isoladas do país. Em média, são vaci-nadas anualmente em torno de 50 mil pessoas em 1400 comunidades nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará. A maioria das comunidades são indígenas e não tem acesso a postos de saúde e atendimento médico.
Em 2011, a operação conseguiu dobrar o número de pessoas imuniza-das. Só em outubro, aproximadamen-te dois mil índios receberam vacinas na região do Alto Rio Negro, no ex-tremo oeste do Estado do Amazonas, região conhecida como “cabeça do cachorro”. As vacinas combatem doenças como dift eria, tétano, coque-luche, poliomielite, hepati te B, febre amarela, entre outras.
Segundo a coordenadora nacio-nal do programa de vacinação do Ministério da Saúde, Giane Ribeiro, a parceria com a Força Aérea é impres-cindível. Segundo ela, os técnicos de saúde demoram 15 dias para acessar as localidades indígenas, inclusive tendo que dormir na mata. “O heli-cóptero é o único meio de acessar essas áreas de forma rápida, possi-bilitando a vacinação de um grande número de pessoas”, completa a coordenadora ao falar sobre a região que não dispõe de rotas comerciais ou pistas de pouso.
Morador e agente de saúde da comunidade de Cucura Manaus, Valdemar Pimentel Cabral, aponta a melhora nas condições de saúde de sua comunidade. “As crianças já não pegam muita gripe. Não agrava pneumonia. Aqui é distante, são três dias de caminhada pela trilha até Iauaretê, não tem como chegar lá pelo rio. E são sete dias de barco até São Gabriel”, revela Valdemar.
“A saúde das nossas crianças me-lhorou muito. As crianças não estão tão magrinhas e doentes, nem mor-rem. Vocês vêm nos ajudar, trazem vacinas e remédios”, relata Albino Barão Oliva, que, além de tomar vacina, também foi atendido pelos médicos e enfermeiros do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), de São Gabriel da Cachoeira (AM), que parti cipam da missão.
Sati sfação - “É uma oportunidade de ajudar comunidades comple-tamente isoladas e carentes. Aqui há dificuldades de apoio logístico, falta de pistas alternati vas, além da meteorologia inconstante e agressi-va. Voar na Amazônia signifi ca uma experiência única”, afi rma o Tenente Fábio Cezar Chicarino Chaves, piloto do helicóptero H-60 BlackHawk, do Esquadrão Harpia (7o/8o GAv), res-ponsável por transportar as equipes de vacinação.
Segundo o Comandante do Sé-ti mo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), Major Brigadeiro do Ar Nil-son Soilet Carminati , a Operação Gota mostra que a FAB está presente em todos os rincões. “Nossos pilotos são conhecidos como anjos que levam a mensagem de esperança e de futu-ro. É o Estado trazendo saúde e, em consequência, cidadania para essa população tão distante e carente”, afi rma o Comandante.
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70 ANOS - ESPECIAL MÊS DA ASA
Eventos em todo o Brasil marcam o mês da asaLançamento de fi lme, palestras do Comandante da Aeronáuti ca para os
militares da reserva, exposição fotográfi ca, portões abertos especiais em todo o Brasil e a tradicional entrega da Ordem do Mérito Aeronáuti co (OMA) foram os principais eventos realizados no mês de outubro em comemoração ao Dia do Aviador e Dia da Força Aérea Brasileira (FAB), celebrados no dia 23/10.
Comandante da Aeronáutica realiza encontros com militares da reserva
O Comandante da Aeronáuti ca, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, realizou várias palestras voltadas para os militares da reserva da Força Aérea Brasileira durante o mês de outubro. O encontro foi a oportunidade dos parti cipantes se atualizarem sobre os principais assuntos da FAB, como a implantação do Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional, o Sistema SAGITARIO, a incorporação da aeronave P-3AM e a parti cipação da FAB nas Operações Ágata I e II no combate ao tráfi co de ilícitos.
O Comandante também discorreu sobre as diretrizes do Comando da Aeronáuti ca e o cenário atual, além de aspectos do Plano Estratégico Mi-litar da Aeronáuti ca (PEMAER).
Para quem já está na reserva, o evento é uma forma de se atualizar. Na opinião do Tenente Coronel Espe-cialista em Meteorologia João Pedro, o evento também serve para preser-var os laços desses militares com a FAB. “Esse ti po de evento demonstra que o Alto Comando da Aeronáuti ca não esqueceu do pessoal que está na reserva”, ressalta o Tenente Coronel João Pedro.
Mostra fotográfica inédita retrataos 70 anos da Força Aérea Brasileira
Com o tema “70 Anos em 70 Ima-gens”, a Aeronáuti ca inaugurou no Espaço Cultural do Senado Federal a exposição que retrata a trajetória dos principais momentos da história da insti tuição, desde sua criação, em 1941, até os dias atuais.
As imagens foram selecionadas do acervo do Centro de Comunica-ção Social da Aeronáutica (CECOM-SAER). “Nesse passeio pela história
da FAB retratamos, em 24 painéis, a participação na Segunda Guerra Mundial, a integração nacional proporcionada pelo Correio Aéreo Nacional até as missões humani-tárias no Brasil e no exterior”, ex-plica o responsável pela exposição, Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Chefe do CECOMSAER.
A mostra vai percorrer os Co-mandos Aéreos Regionais.
Este é um período em que aumenta a interação entre FAB e a sociedade civil. “De Norte a Sul, Leste a Oeste do Brasil, todas as organizações se envolvem e se preparam para receber a sociedade brasileira e mostrar o trabalho que fazem na defesa do nosso país”, afi rma o Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER).
Os eventos foram realizados para as turmas da “Velha Guarda”, no Rio de Janeiro; “Graxa” e “Velhas Águias”, em Brasília; e “Sucata”, em São Paulo.
Exposição vai percorrer o Brasil para apresentar a história da FAB em 70 imagens
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Concerto conquista públicono Teatro Nacional de Brasília
Presidenta participa da entrega da Ordem do Mérito Aeronáutico
O público encantou-se com o espe-táculo musical apresentado pela Banda Sinfônica da Base Aérea de Brasília, no Teatro Nacional de Brasília. O evento abriu a programação em homenagem ao Dia do Aviador e Dia da Força Aérea, no ano em que são celebrados os 70 anos da Força Aérea Brasileira e 80 anos do
Correio Aéreo Nacional (CAN). O programa selecionou músicas
que marcaram a história da Aero-náuti ca com a história do Brasil. “Nós montamos um programa eclético para agradar a todos os públicos”, explicou o regente da banda, Tenente Músico Manoel Jerônimo da Silva.
ESPECIAL - Filme “Na velocidade da História”conta a trajetória da FAB
A Aeronáuti ca lançou o fi lme “Na Velocidade da História”, que retrata os 70 anos da Força Aérea Brasilei-ra (FAB), produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER).
Com duração de trinta e cinco minutos, o fi lme resgata os principais
momentos da trajetória da insti tuição por meio de depoimentos de perso-nagens que ajudaram a construir a história da FAB desde a sua criação em 20 de janeiro de 1941.
O filme estará disponível para download em www.fab.mil.br, no canal da FAB no YouTube.
A presidenta Dilma Rousseff pre-sidiu a cerimônia de entrega da Or-dem do Mérito Aeronáuti co, a maior comenda concedida pela Força Aérea Brasileira (FAB) a militares e civis em reconhecimento a serviços prestados à Aeronáuti ca e ao país, na Base Aé-rea de Brasília (BABR) em 26/10.
Na mensagem ao efeti vo da FAB, a presidenta destacou que a Força Aérea é uma insti tuição dinâmica e resoluta no cumprimento de suas altas responsabilidades, alinhada com os objeti vos maiores da nação.
Dirigindo-se aos aviadores, a presidenta afi rmou que as “Forças Armadas precisam dispor de moder-nas tecnologias de defesa com foco na capacitação profissional. Nesta convicção, se assentam a Estratégia Nacional de Defesa e as medidas de fomento à Indústria Nacional de Defesa recém-adotadas”.
O Comandante da Força Aérea,
Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Sai-to, incentivou o efetivo da FAB a pensar grande. “Este é o lema que deve nortear nossa Força Aérea em direção aos mais legíti mos anseios de uma Nação, alinhada com o ideal de que o desenvolvimento econômico, emoldurado por uma exuberante democracia, não pode prescindir de uma indissociável soberania”, disse o Comandante da Aeronáuti ca.
Entre os agraciados com a OMA em Brasília estavam o Vice-Presidente da República, Michel Temer, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, e o Ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. A comenda foi entregue no Brasil e exterior em quatro graus: Grande-Ofic ia l , Comendador, Oficial e Cavaleiro. A finalidade da OMA é premiar, distinguir e reconhecer notáveis serviços prestados à Aeronáuti ca.
Comendas também foram entregues em outras cidades brasileiras e no exterior. Em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia que condecorou 196 pessoas
A banda, composta por mais de 100 integrantes, apresentou um programa eclético
Filme reúne depoimentos de pessoas que participaram de momentos históricos da FAB
10 Novembro - 2011
Apresentação na praia de Copacabana (RJ) em comemoração ao Dia do Aviador
Programação especial: dupla selecionou sucessos que marcaram a história dos cantores
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Esquadrilha da Fumaça realiza Circuito Sul 2011
A Esquadrilha da Fumaça parti ci-pou de um circuito de 15 dias na
região sul do país. O esquadrão esteve em 10 cidades para demonstrações em eventos como portões abertos em bases aéreas, aniversários municipais, feiras e exposições.
Não teve quem fi casse alheio ao show de técnica e coragem no céu. “Que espetáculo mais lindo! Tive vontade de chorar ao ver o coração se formando no céu da minha cidade”, declarou emocionada Laura Casti lho
que, acompanhada de seus netos, fez questão de ti rar fotos e pegar o autógrafo de todos os integrantes do esquadrão na Base Aérea de Canoas.
O Circuito Sul 2011 proporcionou a milhares de pessoas a experiência de comprovar ao vivo a capacidade das máquinas e pilotos brasileiros. Em novembro, a Fumaça fará um roteiro nas regiões Norte e Nordeste. Acompanhe a agenda e as fotos das apresentações no site: www.esqua-drilhadafumaca.com.br
Show de Chitãozinho e Xororó fecha programação especial do Domingo Aéreo de São Paulo
Nem a chuva atrapalhou a de-terminação do paulistano em
conhecer aeronaves e parti cipar do show da dupla Chitãozinho e Xororó. Os visitantes chegaram cedo ao Par-que de Material Aeronáuti co de São Paulo (PAMA-SP) para parti cipar do Domingo Aéreo que fez parte da pro-gramação de 70 anos da FAB.
“Para nós, receber o convite da FAB para cantar num evento como esse é uma grande honra”, disse o cantor Chitãozinho antes de subir ao palco. Os cantores, que completam 40 anos de carreira em 2011, prepa-raram um roteiro especial.
Aeronaves - Para os afi ccionados em aviação foi um dia inesquecível. O hangar onde estavam expostas as aeronaves F-5 EM, um dos caças uti lizados para a defesa do espaço aéreo brasileiro, foi um dos mais movimentados. A possibilidade de conhecer de perto a cabine do F-5 EM incenti vou Luis Fernando Sales de Paula, de 14 anos a acordar cedo. “Desde pequeno, eu sempre gostei
de avião, por isso quero ser piloto, piloto da esquadrilha da fumaça”, revela Fernando que, quando criança, costumava ir ao aeroporto com o pai ver os aviões pousarem.
Do lado de fora, a aeronave C-115 Búfalo foi uma atração disputada. Os visitantes fi zeram fi la até o momen-to do fechamento dos portões para fotografarem dentro do avião que operou durante 40 anos pela FAB na região amazônica. “Foram muitas as missões de transporte de cargas e atendimento a calamidades em que esta aeronave atuou”, explica o Diretor Técnico do PAMA-SP, Coronel Aviador Esdras Sakuragui.
Astronauta - Para o astronauta brasileiro, o Tenente Coronel Aviador Marcos Pontes, que autografou livros, o evento é uma possibilidade para incenti var os jovens nas carreiras de ciência e tecnologia, piloto ou militar da Força Aérea e de outras Forças. “Aqui eles vêem todas as ati vidades e isso acaba acendendo a chama do sonho”, resume o astronauta.
70 ANOS - ESPECIAL MÊS DA ASA
Guia Financeiro - Cuide do seu décimo térceiro
11Novembro - 2011
Planeje para manter suas finanças pessoais em dia
Planejamento é palavra de ordem para um bom uso do décimo-ter-
ceiro salário, segundo especialistas em fi nanças pessoais.
O primeiro passo, recomendam economistas, é colocar na ponta do lápis as receitas e as despesas. “Só no papel ou numa planilha de com-putador você consegue enxergar um cenário realista da sua situação
Antes de tomar qualquer ati tude, analise detalhadamente o orçamento familiar. Programe-se. Liste numa pla-nilha todos os seus gastos e sua renda mensal. Caso você esteja gastando mais do que ganha, tome já uma ati tude para cortar gastos. Atenção para as pequenas despesas, que cos-tumam ser as vilãs do orçamento e quase sempre não recebem a devida atenção.
Modelos de planilhas estão dis-poníveis nos sites:- www.meubolsoemdia.com.br/fer-ramentas.aspx- www.bmfb ovespa.com.br (na aba Educacional)- www.corecondf.org.br (publicações)
Antes de ir às compras, faça as contas
fi nanceira”, explica Ronalde Lins, do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (CORECON-DF).
Para os endividados, o dinheiro extra é uma boa oportunidade para colocar as contas em dia e entrar 2012 no azul. “Quem está no verme-lho, deve priorizar o pagamento das dívidas negociando taxas e prazos”, orienta Lins.
Para aqueles que não estão com problemas fi nanceiros, é hora de do-sar e controlar a gastança.
Presentes de Natal, viagens de férias, troca de carro ou de móveis, além de pequenas reformas na casa são despesas que, sem controle, podem comprometer o orçamento familiar e até um projeto de vida.
“O consumidor também não pode
Cartão de crédito não pode ser usado por quem não consegue con-trolar suas despesas. Pague a fatura do cartão de crédito em dia e na totalidade. As operadoras cobram juros altos para rolar a dívida. Quando decidir parcelar as compras, certi fi -que-se de que não haverá incidência de juros. Prefira comprar à vista, negociando desconto sobre o preço.
Evite cair nos juros do cartão de crédito
Recomenda-se buscar uma linha de crédito alternati va como o crédito pessoal que tem taxa de juros menor do que a do cartão de crédito, por exemplo. Com o dinheiro emprestado por essa linha de fi nanciamento mais barata, pague totalmente a fatura do cartão de crédito ou o cheque espe-cial. Não contraia mais dívidas até quitar o emprésti mo.
Troque a dívida mais cara por outra mais barata
Ao usar o cheque especial como se ele fosse de fato renda comple-mentar, você cria uma situação fi nan-ceira ilusória, a parti r de um poder de consumo também ilusório. Na verdade, quando se inicia o pagamen-to dos juros, há uma queda do poder aquisiti vo real, podendo se chegar ao endividamento descontrolado.
Cuidado com o cheque especial
Fique atento com as armadilhas do dinheiro fácil
Algumas insti tuições fi nanceiras ou lojas que fi nanciam a compra de produtos oferecem crédito fácil sem avalista, sem comprovação de renda e com rapidez. Cuidado, as facilidades podem representar difi culdades mais adiante.
Pratique o consumo consciente
Antes de fazer uma compra, pergunte-se: Você quer, precisa e pode ter o objeto a ser consumido? Refl ita sobre a qualidade dos seus gastos e reveja hábitos. O crédito é um produto fi nanceiro e, portanto, tem custos. É preciso evitar fazer um emprésti mo para gastar em coisas que não são fundamentais.
Comece a poupar e monte uma reserva de emergência
Especialistas orientam que todos devem ter um fundo de reserva. O ideal é ter disponível seis vezes o valor das despesas mensais. Para quem gasta, por exemplo, R$ 2.000 por mês, é importante manter numa conta investi mento R$ 12.000 para casos de emergências.
se esquecer de guardar 20% do 13o para as contas mais pesadas de início de ano como IPTU, IPVA e matrícula escolar”, lembra o especialista em fi nanças pessoais.
Abaixo, NOTAER preparou um guia com passos necessários para o planejamento fi nanceiro, recomenda-dos na carti lha “Dicas de Economia”, editada pelo CORECON-DF.
Toda a família deve estar com-prometi da com o planejamento das fi nanças da casa. É importante contar com a parti cipação dos fi lhos. Crian-ças e jovens que aprendem cedo o valor do dinheiro, tornam-se adultos fi nanceiramente responsáveis.
Envolvimento da família
DÉCIMO-TERCEIRO
12 Novembro - 2011
INTERNET
Militares da reserva e pensionistas entram na era das mídias sociais
Projeto da Pagadoria de Inativos e Pensionistas da Aeronáutica (PIPAR), no Rio de Janeiro, integra público da terceira idade com as novas tecnologias
“Agora sou outra pessoa, me sinto mais nova. Parece que
voltei no tempo.” Com estas pala-vras, a funcionária civil aposentada Elza Ignácio de Souza Mello, 82 anos, relata sua parti cipação no Projeto de Inclusão Digital desenvolvido pela Pagadoria de Inati vos e Pensionistas da Aeronáuti ca (PIPAR).
Além de estar muito feliz com o curso e saber ler seus e-mails, agora Elza acessa programação cultural e consegue reti rar seus contracheques pela internet. Ela trabalhou por quase 30 anos como digitadora no Sistema de Pagamento de Pessoal da Aero-náuti ca. “Na época eram uti lizados os famosos cartões perfurados”, conta Elza, que vislumbrou neste projeto a possibilidade de familiarizar-se com as novas tecnologias.
O Subofi cial Reformado José Car-los Cossa, 83 anos, ostenta com or-gulho o tí tulo de aluno mais idoso da turma. “Não quero perder o bonde da história”, destaca, ao relatar os moti -vos que o levaram a integrar o pro-jeto. “O computador oferece todas as informações de que precisamos, basta saber usá-las.” Juntamente com sua esposa, o aposentado parti cipa do curso e destaca o senti mento de inclusão que agora faz parte de suas vidas. “O desejo de acompanhar o progresso somado à impaciência de minha bisneta para ensinar-me a ‘me-xer’ com o computador foi decisivo para minha parti cipação no projeto”, destacou o subofi cial.
Segundo o Coronel Intenden-te Mauro Fernando Costa Marra, Diretor da PIPAR, em um futuro próximo, há possibilidade da PIPAR disponibilizar via internet soluções de autoatendimento que permiti rão o acesso remoto dos vinculados aos serviços existentes. “Isso vai diminuir
A FAB NAS MÍDIAS SOCIAS
YOU TUBE
ISSUUEdição Digital – Agora o conteúdo integral da revista Aerovisão e do jornal Notaer estão disponíveis para leitura diretamente no site da Força Aérea Brasileira (FAB). Para receber informações sobre as novas edições basta cadastrar-se no próprio site.
P-3AM - Saiba mais sobre a aeronave responsável pela proteção da costa brasileira, que acaba de ser incorpo-rada à Força Aérea.
Operação Ágata - Fique por dentro da operação realizada na região de fronteira (Estados do Sul do país e Mato Grosso do Sul).
Combate a incêndios - Veja a atuação da aeronave C-130 Hércules da Força Aérea no combate aos incêndios no Distrito Federal.
a necessidade de deslocamento até a PIPAR ou a um posto de atendimento avançado”, fi naliza o Coronel.
O primeiro módulo do curso desti na-se à apresentação dos com-ponentes básicos do computador, como introdução básica ao Sistema Operacional Windows, manuseio do equipamento e orientação do uso responsável da Internet e uti lização de redes sociais, como o Facebook. A segunda parte vai capacitar os alunos a acessarem os serviços oferecidos pela PIPAR e demais órgãos gover-namentais. O próximo passo é criar contas nas redes sociais e ensinar os novos internautas a uti lizar os sites de relacionamentos.
“O curso de informática com certeza mexe com a autoesti ma dos idosos, traz para eles mais indepen-dência e um meio de convívio na sociedade”, afi rma a educadora Vany Ximenes, do Comitê para a Democra-ti zação da Informáti ca.
O projeto é uma parceria da PI-PAR com a Subdiretoria de Encargos Especiais (SDEE), ligada à Diretoria de Intendência (DIRINT), o Comitê para Democrati zação da Informáti ca (CDI), que disponibilizou a educadora, e apoio da Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP), que cedeu as instalações fí sicas e os equipamen-tos. Para participar do projeto, os interessados devem ter idade acima de 60 anos e efetuar a inscrição, que é gratuita.
Elza, 82 anos, mostra sati sfação em aprender novas tecnologias
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José Carlos Cossa, de 83 anos, ostenta o título de aluno mais idoso da turma
13Novembro - 2011
ESPORTE
ACONTECE NA FAB
O Tenente Coronel Aviador Ju-lio Almeida conquistou duas
medalhas de bronze nos 16º Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. A competi ção foi disputada entre os dias 14 e 31 de outubro. O primeiro bronze veio na prova de pis-tola de ar de 50m do ti ro esporti vo. O outro, na pistola de ar de 10m.
Apesar desses resultados, o Te-nente Coronel Julio não conseguiu a classifi cação para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. “Fiquei um pou-co chateado por não ter conseguido a vaga para as Olimpíadas. Esse era meu principal objeti vo para este ano.
Atleta da FAB conquista medalhas de bronze no Pan
Mas por outro lado, duas medalhas são sempre bem vindas, pois nenhum outro atleta brasileiro havia consegui-do ganhar duas medalhas no mesmo PAN”, afi rma o Tenente Coronel Julio.
“No próximo ano minha compe-ti ção principal será o mundial militar na China, em setembro. Pretendo também iniciar um planejamento visando as olimpíadas de 2016”, res-salta o militar.
A equipe de ti ro do Brasil também foi representada no Pan pelas Te-nentes Intendentes Roberta Cabo e Cristi na Mello (Carabina), e a Tenente QOEA Rachel Silveira (Pistola).
As Forças Armadas estão entre as insti tuições de maior confi ança
da população brasileira, atrás ape-nas do Corpo de Bombeiros. É o que aponta o Índice de Confi ança Social (ICS) de 2011. Segundo pesquisa do IBOPE, as Forças Armadas dividem o segundo lugar no ranking com a igreja.
Com o objeti vo de acompanhar a relação de confi ança da população com as insti tuições e também com as pessoas de seu convívio social, o ICS avalia 18 insti tuições e quatro grupos sociais. A pesquisa é realizada anual-mente pelo IBOPE Inteligência desde 2009. Como um “termômetro”, o ICS refl ete o contexto social, políti co e econômico dos países pesquisados.
ÍNDICE DE CONFIANÇA
PORTÕES ABERTOS
ANIVERSÁRIOS
PALESTRA
• BAFL – Cerca de 20 mil pessoas conheceram o trabalho, as aeronaves e as formas de ingresso na Aeronáu-ti ca na Base Aérea de Florianópolis
(BAFL), que abriu as portas à popu-lação catarinense nos dias 8 e 9/10. Uma pista de obstáculos e um parque infanti l foram a diversão das crianças. O público também assisti u à apresen-tação da Banda de Música da BAFL e demonstrações de cães adestrados.
• BACO – A Base Aérea de Canoas (BACO) realizou no dia 12/10, a Ex-posição Aeronáuti ca (EXPOAER) que reuniu cerca de 40 mil pessoas. Os visitantes puderam conhecer aerona-ves militares como o caça F-5EM, C-98 Caravan, C-105 Amazonas, A-29 Super Tucano, T-27 Tucano e o helicóptero H-50. O Coronel Aviador José Antonio Moraes de Oliveira Filho, Comandan-te da BACO, evidenciou a atração que os aviões despertam nas pessoas e salientando a oportunidade dada à população de Canoas e cidades vizi-nhas de terem contato mais próximo com a Base Aérea.
• SEFA – A Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáuti ca (SEFA) cele-
brou em 14/10 o 39º aniversário de criação da insti tuição. A solenidade foi realizada no prédio do Comando da Aeronáuti ca em Brasília.
• ITA – O Insti tuto Tecnológico de Aeronáutica celebrou 50 anos de criação do curso de Pós-Graduação em Engenharia. A cerimônia teve homenagens a ex-dirigentes da Pós-graduação do ITA, palestras e painéis sobre a história, desafi os e avaliação dos cursos de pós-graduação. Diante do cenário atual do Brasil, o ITA é responsável por contribuir para o progresso da ciência por meio de diversos programas de pesquisa, que buscam ampliar o conhecimento teórico e aplicado, e pela geração de tecnologias inovadoras.
• CIEAR – O Centro de Instrução Especializada da Aeronáuti ca come-morou o 34º aniversário em 17/10. Durante o evento, houve as homena-gens ao Graduado e ao Praça Padrão de 2011 e aos ex-comandantes pre-sentes. Na ocasião foram entregues Medalhas a cinco militares do CIEAR e um da UNIFA. O Comandante do CIE-
AR, Coronel Aviador Eli Torres Alves, ressaltou as ações realizadas durante este ano, como a ampliação dos cur-sos de idiomas a distância, o apoio aos V Jogos Mundiais Militares, a execução de mais de 20 cursos pre-senciais, entre outros. A cerimônia de Ordem da Cátedra e a de Galeria de Honra fez parte da programação.
• EMAER – O Estado-Maior da Ae-ronáuti ca reuniu no dia 24/10, em Brasília, os ex-chefes do órgão para celebrar os 70 anos da criação do EMAER. “Esta engrenagem só fun-ciona bem graças ao legado destas pessoas que construíram um patamar de efi ciência no EMAER ao longo dos anos”, disse o Chefe do Estado-Maior da Aeronáuti ca, Tenente Brigadeiro do Ar Jorge Godinho Barreto Nery. Durante a solenidade, um selo per-sonalizado foi lançado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos com a logomarca comemorati va.
INCAER – O Instituto-Cultural da Aeronáuti ca realizou, em 28/09, o 209º Encontro no INCAER. Durante o evento, o Diretor Superintendente do Insti tuto EMBRAER de Educação e Pesquisa, Pedro Veiga Ferraz Perei-ra, ministrou a palestra ‘EMBRAER: história e desafi os’. O evento fechou com uma sessão de autógrafos com o Tenente Brigadeiro do Ar Nelson de Souza Taveira, autor de ‘Além dos Manuais: Uma conversa sobre a se-gurança de voo’, e Tenente Coronel Aviador Luiz Fernando Cabral, autor de ‘No Céu, na Terra e no Mar – Me-mórias de um Piloto de Provas’.
Ten Cel Av Julio já se concentra para a próxima competição militar, na China
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14 Novembro - 2011
MEIO AMBIENTE
Onça ganha liberdade em área de preservação no ParáHá oito anos, a Força Aérea Brasileira mantém parceria com o IBAMA para soltura de animais na região da Serra do Cachimbo, no Pará; conheça a história da onça “Denise”, o último hóspede a chegar à área de preservação
Denise agora está de volta a vida na mata
A Serra do Cachimbo, no Pará, é o novo lar da onça pintada
“Denise”. O felino de três anos foi solto no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). Há oito anos a Força Aérea Brasileira (FAB) mantém uma parceria com a unidade do IBAMA de Guarantã do Norte (MT) para soltura de animais em área de preservação.Um helicóptero H-60 BlackHawk do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV) trans-portou a onça.
Segundo a médica veterinária e analista ambiental do Ibama, Denise Englert, são poucos os lugares para a soltura de animais que estão longe de cidades, o que torna o CPBV a localidade de referência para esse ti po de ação. O IBAMA quer viabilizar a soltura de 40 araras-canindé que estão hoje no Rio de Janeiro.
“Estas ações são importantes para que a população enxergue o CPBV como um patrimônio do país. O IBAMA, inclusive, nos orienta so-bre como agir com os animais em uma região preservada”, explica o comandante da unidade, Tenente Coronel Aviador Sandro Francalacci de Castro Faria.
N e ste a n o, 5 0 p a p a ga i o s apreendidos em diversas cidades do Mato Grosso foram soltos na Serra do Cachimbo. Ainda neste mês um irara, parente próximo da ariranha e da lontra, também vai fazer parte da fauna da área preservada pela organização militar. O calendário do IBAMA é conciliado com o treinamento operacional dos esquadrões da Força Aérea na região.
História – Em 2008, um caçador matou a mãe da onça Denise e levou o fi lhote para a sua fazenda na cidade de Sorriso (MT). Quando não ti nha mais condições de criá-la, resolveu deixar a pequena onça no Corpo de
Bombeiros da cidade. “O fi lhote chegou agressivo, já
que havia sido muito maltratado, e passou por uma reabilitação, para que pudesse ser solto no seu próprio habitat. Nós reduzimos o contato dela com seres humanos gradualmen-te, até transferi-la para outro local maior no meio da mata", contou a veterinária Denise, que cuida da onça há mais de dois anos.
A reabilitação tem como objeti vo deixar o animal saudável e oferecer a ele condições mais próximas do que seria a vida na mata.
CURIOSIDADE - Simuladores de voo, projetos de cartografi a da Amazônia e apresentação de monitoramento ambiental foram algumas das atrações apre-sentadas pela Força Aérea na 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF).
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
15Novembro - 2011
Emprego operacional é tema da campanha de 2012
Manter a soberania do espaço aéreo em todo território brasi-
leiro, missão da Força Aérea Brasileira (FAB), é o tema escolhido para a Cam-panha Insti tucional 2012, que será lançada em janeiro pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER).
“A campanha 2012 mostra as atribuições legais da FAB e tem foco na razão de ser como Força Armada. É importante mostrar que todos nós contribuímos, direta ou indireta-mente, para esse fi m”, disse o Major Aviador Rodrigo Cano, Chefe da Sub-divisão de Publicidade e Propaganda (SDPP) do CECOMSAER.
A caça, o controle do espaço aé-reo, a patrulha maríti ma, o transporte de pessoas e cargas, a busca e salva-mento ilustrará cadernos, agendas de mesa, agendas de mão, calendários de mesa e cadernetas de bolso.
A distribuição de todo material será feita pela Seção de Logística da Divisão de Apoio à Comunicação (DAC) do CECOMSAER. “Nossa inten-ção é que, até o fi nal de dezembro, todo o material tenha chegado aos nossos militares”, completa o Tenen-te-Coronel Vandeílson de Oliveira, Chefe da Seção de Logísti ca.
COMUNICAÇÃO SOCIAL
A "Turma do Fabinho" está de volta
A segunda edição da revista em quadrinhos vai contar a história
dos 70 anos da Força Aérea Brasi-leira (FAB). A turminha é composta por um avião animado, oito crianças (Fabinho, Fabiana, Fumacinha, Bia, Engenhoso, Mei, Geninho e Valente), e o vovô Alberto, fi gura que remete a Santos-Dumont.
Com 20 páginas e ti ragem de 30 mil exemplares, a revista mostra um pouco da história da criação da FAB, do Correio Aéreo Nacional (CAN),
da parti cipação na Segunda Guerra Mundial e o desenvolvimento de ciência e tecnologia. Todos os temas são abordados de forma interati va, aguçando o interesse das crianças e adolescentes pela Força Aérea.
“O objeti vo é criar uma história lúdica, para atrair as crianças, que podem se tornar futuros profi ssionais da FAB. Mesmo que não ingressem, as histórias geram admiração e reforçam positi vamente a imagem da insti tui-ção”, afi rma a Tenente Publicitária
Sarah Bontempo.O processo de produção de ro-
teiro e desenho dos personagens foi minucioso. A revista é resultado de quase um ano de trabalho de publi-citários e desenhistas da Seção de Criação da Subdivisão de Publicidade e Propaganda (SDPP) do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER).
Para ler a primeira e a segunda edição da Turma do Fabinho acesse: www.fab.mil.br
QUADR I NHOS
16 Novembro - 2011
INTELIGÊNCIA
Recomendações de Segurança OrgânicaA Segurança Orgânica visa obter um grau de proteção ideal, por meio da
adoção efi caz e consciente de um conjunto de medidas desti nadas a prevenir e obstruir as ações de qualquer natureza que ameacem a salvaguarda de dados,
NUNCA SEMPRE
converse assuntos sigilosos por telefone ou por e-mail, e nem em
locais públicos!
esqueça de uti lizar fragmentado-ras antes de descartar documen-tos, nem de controlar a reprodu-
ção em copiadoras!
deixe de renovar sua credencial de segurança, conforme prevê a ICA
200-2 do COMAER!
o acesso a assuntos sigilosos de-penderá do posto, graduação ou
cargo, mas sim da função exercida!
seja descuidado com a uti lização de senhas, que são individuais e
intransferíveis, e de protocolos de segurança!
misture arquivos pessoais com arquivos do serviço. Evite o uso do laptop, com assuntos de serviço,
em locais públicos!
destrua todo o lixo classifi cado, como as mídias (cd’s, dvd’s, discos
rígidos, disquetes) inservíveis!
controle o acesso de pessoal às áreas sigilosas, bem como o uso de
meios eletrônicos nas OM!
cumpra rigorosamente o RSAS para os trâmites de expedição e recebi-mento de documentação sigilosa!
o credenciamento será condição básica para acesso a assuntos
sigilosos!
identi fi que pontos falhos e sugira mudanças. Todos somos responsá-veis pela proteção do conhecimen-
to e dos nossos meios!
mantenha o anti vírus e as demais proteções atualizadas. Tenha um
pen drive exclusivo para o serviço!
conhecimentos e/ou seus suportes de interesse do COMAER. Sugerimos que as recomendações abaixo sejam recortadas e afi xadas nos quadros de aviso de sua Organização para conhecimento de todo efeti vo
NUNCA SEMPRE