Newsletter Popular Saúde EXPRESS

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Outono / Inverno 2011 NÚMERO 2 + SOLUÇÕES PARA A MIOPIA O SEU OLHAR BRONQUIOLITES COMO PREVENIR, TRATAR E RECUPERAR NUTRIÇÃO COMA MELHOR E POUPE MAIS DE 100POR MÊS BOAS IDEIAS APRENDA A COMBATER A HUMIDADE

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Ou

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MER

O 2

+ soluçõespara a miopia

o seu olhar

BronquiolitesComo prevenir, tratar e reCuperar

nutriçãoComa melhor e poupe mais de 100€ por mês

Boas ideiasaprenda a Combater a humidade

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VIVER MELHOR A CADA ESTAÇÃO...Passa o Verão, chegam as estações frias e o nosso organismo

reage às alterações do clima. Por isso devemos tomar certos

cuidados com o nosso corpo e com a nossa casa.

Começamos esta edição com um artigo sobre a miopia, uma

doença oftalmológica que não é problema se detectada logo

no início. Nos nossos dias, dos óculos à cirurgia, as soluções

dependem de alguns factores, como a idade e o grau da

doença da pessoa. Passamos para um tema que preocupa

quase todos os pais de crianças pequenas: a bronquiolite,

com um artigo que ajuda a agir logo que esta patologia se

manifesta. Porque algum conhecimento pode evitar não só a

evolução da doença como muitas horas de desconforto.

As Fichas Médicas abordam estes dois temas. Guarde-as

sempre à mão e faça o nosso Quizz sobre a Miopia e teste os

seus conhecimentos oftalmológicos. E lembre-se que tem no

Popular Saúde EXPRESS também um óptimo aliado na

avaliação, prevenção e tratamento destas doenças. Consulte

um especialista!

Na secção Boas Ideias damos-lhe muitas dicas sobre a

humidade, este inimigo da saúde que encontramos em quase

todas as casas. Às vezes nem uma boa limpeza é capaz de

eliminá-la, e vale a pena chamar um profissional. Mas as

receitas caseiras resolvem quase sempre o problema.

Por fim, trazemos-lhe um desafio: levar almoço de casa para

o trabalho. Além de poupar, vai passar a comer muito melhor.

O artigo Nutrição diz-lhe como é a ‘marmita ideal’ e as nossas

receitas são ideias para começar.

As nossas dicas e informação, validadas por especialistas,

foram produzidas a pensar no seu bem-estar. Esperamos

que esta revista ajude a viver melhor todos os dias das

próximas estações.

Francisco Valério

Administrador Popular Seguros

editorial

Ficha TécnicaPoPular seguros

outono/inverno 2011

PeriodicidadeSemestral ProPriedade Popular Segurosrua ramalho ortigão, nº51 1099-090 – lisboa, PortugalProdUÇÃodirecção de Qualidade e organização (advancecare) concePÇÃo, deSiGn, PaGinaÇÃo e ProdUÇÃo Plot - content agencyFotoGraFiaS thinkstock

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OUTONO / INVERNO 2011 3

SUMÁRIO

SaúdeMIOPIA Uma doença com várias causas e soluções para cada caso e idade.

Em focoBRONQUIOLITES Identifique os primeiros sinais e dê mais alívio a quem sofre desta doença.

Boas ideiasHUMIDADEIdentifique, elimine e passe a viver sem este inimigo da saúde de toda a família.

Nutrição ALMOÇO NO TRABALHO Ao levar almoço de casa poupa dinheiro e ganha na qualidade da sua alimentação.

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Nesta  edição...

Como  sempre...BREVESAs novidades mais recentes em saúde.

FICHAS DE SAÚDEMiopia e bronqueolites são as patologias desta edição.

QUIZZSabe tudo sobre miopia? Faça o nosso quizz e veja melhor esta questão.

RECEITAS Almoços com muito sabor para levar para o trabalho.

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Caminhe    e  viva  melhor  Em  todas  as  idades  e  com  

qualquer  tempo,  caminhar    

é  um  exercício  que  faz  bem    

ao  organismo.  Meia  hora  por  

dia  deve  ser  o  objectivo  de  

quem  quer  viver  melhor  todos  

os  dias  do  ano.  Conquiste  este  

hábito.  Comece  e  persista.    

já  lhe  terá  tomado  o  gosto!  

Caminhar  ao  ar  livre,  mesmo  

com  o  tempo  frio,  tem  

inúmeros  benefícios  para  

o  organismo.  Fortalece  os  

ossos,  os  músculos,  o  sistema  

imunitário  e  ainda  descontrai  

a  mente,  o  que  evita  estados  

depressivos.  Não  deixe  que    

hoje,  o  primeiro  passo  pela  

sua  saúde.  

INFOSempre que quiser saber mais sobre os temas que abordamos, consulte os sites e blogues que indi-camos ao longo da revista

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APDP LANÇA A DIABETES NA SUA MÃO A Diabetes na Sua Mão – agora que descobriu que tem diabetes tipo 2, é um livro que a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal lançou e que pretende ajudar as pessoas que acabam de saber que têm diabetes a tomarem a seu cargo o seu próprio tratamento, ou seja, ajudar as pessoas a tornarem a diabetes uma situação que não as impeça de viver.

BREVES

4 OUTONO / INVERNO 2011

DOS PORTUGUESES SÓ CONSULTAM UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ORAL

QUANDO TÊM DORES DE DENTESA  escovagem  dos  dentes  é  um  hábito  que  faz  parte  da  rotina  diária  de  mais  de  90%  da  população  portuguesa  abrangida;  51%  dos  inquiridos  escovam  os  dentes  duas  vezes  ao  dia.  

saúde  oral,  que  aconselham  a  trocar  de  escova  (ou  a  cabeça  

apenas  fazem  a  substituição  quando  consideram  que  a  escova  já  não  limpa  de  forma  adequada.  Além  disso,  mais  de  um  terço  da  população  apenas  faz  

Estas  são  algumas  conclusões  de  um  estudo  promovido  em  parceria  com  a  Associação  Portuguesa  de  Higienistas  Orais.  

NOVO SITE DE DOENÇAS RESPIRATÓRIASFoi  lançado  em  Setembro  o  site  www.respirasaude.com,  um  veículo  de  informação  e  consulta  para  todos  os  que  querem  saber  mais  sobre  patologias  respiratórias,  na  população  em  geral  e  nos  grupos  de  risco,  e  seguir  alguns  conselhos  das  entidades  que,  desde  logo,  se  associaram  a  esta  iniciativa:  Sociedade  Portuguesa  de  Imunologia  e  Alergologia  Clínica,  Sociedade  Portuguesa  de  Pneumologia,  Sociedade  Portuguesa  de  Otorrinolaringologia  e  Cirurgia  Cérvico-­Facial,  Associação  Portuguesa  de  Asmáticos,  Associação  Portuguesa  de  Hipertensão  Pulmonar  e  Respira  –  Associação  de  Doentes  com  DPOC  e  outras  patologias  crónicas,  com  o  apoio  OM  Pharma.    Informar  a  população  sobre  as  doenças  respiratórias  mais  prevalentes,  meios  de  prevenção,  formas  de  contágio,  comportamentos  a  ter,  etc…  o  www.respirasaude.com  também  terá  disponíveis  os  principais  dados  do  estudo  que  traça  o  retrato  do  conhecimento  dos  portugueses  acerca  das  doenças  do  Inverno.

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BREVES

CERCA DE UM MILHÃO DE PORTUGUESES SOFRE DE ENXAQUECAOs  especialistas  referem  que  cerca  de  um  milhão  de  portugueses  sofre  de  enxaqueca.  Cada  pessoa  diagnosticada  com  enxaqueca  falta,  em  média,  cinco  dias  por  ano  ao  trabalho  ou  à  escola  devido  aos  sintomas  desta  condição  clínica.  “Mesmo  os  que  optam  por  desempenhar  as  suas  funções  com  uma  

-­tivas,  além  da  dor,  que  os  impedem  de  realizar  as  tarefas  a  100%”,  enfatiza  a  Dr.ª  Raquel  Gil-­Gouveia,  neurologista  no  Hospital  da  Luz,  em  Lisboa.  Apesar  

soas  que  sofrem  de  enxaqueca  recorrem  aos  cuidados  médicos  com  vista  ao  tratamento,  segundo  dados  divulgados  pela  Sociedade  Portuguesa  de  Cefaleias.  Uma  das  explicações  é  que  a  maioria  das  pessoas  recorre  à  automedicação  que,  além  de  nem  sempre  resolver  o  problema,  pode  acarretar  riscos  para  a  saúde,  sobretudo  se  tomada  em  excesso.  

CANDIDATURA DA DIETA MEDITERRÂNICA ALERTA

PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVELUm ano depois do Movimento Mulheres de Vermelho ter lançado a petição de apoio a uma candidatura portuguesa da Dieta Mediterrânica a Património Imaterial da UNESCO, volta a chamar atenção para a importância da adopção de estilos de vida saudáveis. O objectivo é sensibilizar a população para a alimentação mediterrânica, que é considerada uma das mais saudáveis do Mundo, sendo testemunhado pelo facto dos habitantes da Europa do Sul, entre os quais Portugal, terem a mais baixa taxa de mortalidade por doenças cardíacas da Europa.O último relatório da Organização Mundial de Saúde revela que a principal causa de morte no nosso país continuam a ser as doenças cardiovasculares. Segundo os dados da OMS de 2008, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 37% das mortes em Portugal.

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SAÚDE

PELA SUAOLHE

Escrito  por  CLÁUDIA PINTO

Entrevista  e  revisão  científ ica    DR . FLORINDO ESPER ANCINHA ,

MÉDICO OFTALMOLOGISTA E PRESIDENTE DO COLÉGIO

DE OFTALMOLOGIA

É UM PROBLEMA FREQUENTE QUE COMEÇA MUITAS VEZES EM IDADE ESCOLAR. TANTO NAS CRIANÇAS COMO NOS ADULTOS, A MIOPIA NÃO DEIXA VER BEM AO LONGE APESAR DE NÃO AFECTAR A VISÃO AO PERTO

MIOPIA

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Distância aconselhada... quanto maior for o monitor maior deverá ser a distância, sendo que por exemplo com um monitor de 40 polegadas deve-se guardar a distância mínima de cerca de 2,5 m, enquanto com um de 42 esta deve ser de cerca de 2,7 m

SAÚDE

8 OUTONO / INVERNO 2011

A  miopia  é  um  vício  de  refracção  em  que  o  doente  

 

“A  imagem  que  se  forma  no  

sistema  óptico  do  olho  vai  

fazer  com  que  a  imagem  se  

foque  à  frente  da  retina  e  

os  médicos  oftalmologis-­

negativas  para  levar  a  ima-­

gem  para  a  retina”,  explica  

o  Dr.  Florindo  Esperanci-­

nha,  médico  oftalmologista  

e  Presidente  do  Colégio  de  

Oftalmologia  da  Ordem  dos  

Médicos.

A  miopia  aparece  mais  

frequentemente  na  idade  

escolar  e  “relaciona-­se  com  

o  desenvolvimento  do  com-­

primento  do  olho.  Os  olhos  

míopes  são  normalmente  

maiores  do  que  deveriam  

ser.  Um  milímetro  a  mais  

do  aquilo  que  o  olho  deveria  

ter  corresponde  a  3  diop-­

trias”,  explica  o  oftalmolo-­

gista.  A  miopia  pode  dever-­

-­se  a  factores  genéticos  mas  

existem  outros  motivos  que  

levam  ao  aparecimento  de  

uma  percentagem  maior  da  

doença.    

SINAIS DE ALARMENas  crianças,  o  principal  

sinal  é  o  facto  de  se  aproxi-­

marem  da  televisão  porque  

não  conseguem  ver  a  ima-­

gem,  aproximam-­se  mais    

das  ao  ecrã.  Este  é  o  princi-­

consulta  no  oftalmologista.  

Se  a  criança  começar  a  sen-­

está  escrito  no  quadro  da  

escola  ou  os  sinais  informa-­

tivos  na  estrada  enquanto  os  

pais  conduzem,  não  se  deve  

NAS CRIANÇAS, O PRINCIPAL SINAL É O FACTO DE SE APROXIMAREM DA TELEVISÃO PORQUE VÊEM MAL

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OUTONO / INVERNO 2011 9

olhe pela sua miopia

descurar  a  procura  de  ajuda  

médica.  

“As  crianças  devem  ir  a  uma  

primeira  consulta  de  oftal-­

anos,  embora  possamos  se-­

guir  crianças  mais  novas  se  

tiverem  alguma  patologia.    

É  frequente  avaliarmos  tam-­

bém  as  crianças  prematu-­

ras”,  avança  Florindo  Espe-­

rancinha.  

Na  idade  da  escolar,  a  evolu-­

ção  tende  a  ser  progressiva.  

Há  crianças  que  estabilizam  

mais  cedo  e  outras  mais  tar-­

de.  Após  a  ida  ao  oftalmolo-­

gista  e  o  início  do  tratamento  

adequado  a  cada  caso,  “se  os  

com  óculos,  passado  um  ano  

a  criança  está  a  ver  mal  ao  

longe,  é  necessário  fazer  uma  

SOLUÇÕES PARA A MIOPIAExistem  várias  alternativas  

para  corrigir  uma  mio-­

pia.  “Em  primeiro  lugar  os  

óculos  habituais  e,  pos-­

teriormente,  as  lentes  de  

contacto”,  salienta  Florindo  

Esperancinha.  Mais  recen-­

formas  de  correcção  de  mio-­

pia.  “O  LASIK  (cirurgia  a  la-­

ser)  pode  ser  utilizado  até  às  

seis  dioptrias  mas  é  preciso  

que  o  doente  tenha  uma  es-­

pessura  de  córnea  adequada.  

Vamos  fazer  uma  ablação  da  

córnea  com  o  laser  conso-­

ante  a  miopia  que  queremos  

corrigir.  Mas  há  um  valor  

abaixo  do  qual  não  podemos  

deixar  a  espessura  da  córnea  

para  não  termos  problemas  

complicados,  porque  se  uma  

como  que  um  pequeno  balão  

e  desfocar  completamente  a  

imagem”,  explica  o  médico  

oftalmologista.  Há  que  ter  

sempre  em  atenção  que  se  

pode  corrigir  até  determina-­

do  número  de  dioptrias  em  

função  da  espessura  da  cór-­

nea  que  a  pessoa  tiver.  “Se  

a  miopia  não  puder  ser  cor-­

rigida  com  laser  (através  do  

LASIK),  temos  a  colocação  

de  lentes  intra-­oculares  para  

as  miopias  mais  altas.  Essas  

SÓ SE DEVE OPERAR UMA MIOPIA COM LASER QUANDO A MESMA ESTÁ ESTABILIZADA, OU SEJA, DEPOIS DE DOIS A TRÊS ANOS SEM QUALQUER EVOLUÇÃO

lentes  poderão  ser  colocadas  

em  frente  à  íris  (lentes  de  

câmara  anterior),  em  cima  

do  cristalino  (lentes  de  câ-­

mara  posterior)  ou  mesmo  

fazendo  uma  extracção  do  

cristalino  (tirar  o  cristalino  

e  substitui-­lo  por  uma  lente  

que  é  o  que  fazemos  nor-­

malmente  nas  cataratas)”,  

acrescenta  Florindo  Espe-­

rancinha.  

Em  termos  de  acompanha-­

mento  da  miopia,  as  com-­

plicações  podem  sempre  

surgir,  quer  seja  corrigida  

cirurgicamente  ou  não.    

“Vemos  descolamentos  da  

retina  todos  os  dias  em  

doentes  míopes  devido  ao  

facto  de  a  sua  ser  retina  

habitualmente  mais  frágil”,  

conclui  o  presidente  do  Co-­

légio  de  Oftalmologia  da  

Ordem  dos  Médicos.

Page 10: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

SAÚDE

AS CRIANÇAS DEVEM IR A UMA PRIMEIRA CONSULTA DE OFTALMOLOGIA POR VOLTA DOS TRÊS ANOS

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OUTONO / INVERNO 2011 11

olhe pela sua miopia

1Se os pais ou os professores se aperceberem que a criança está a ver mal, esta deve consultar um médico. Há sinais básicos: a criança esfrega os olhos; pede para se sentar nas primeiras carteiras da sala de aula; senta-se frente à televisão… Atenção que pode estar a aparecer uma miopia.

CONSELHOS ÚTEIS SOBRE A MIOPIA

Se a miopia já estiver estabilizada nos adultos, um a dois anos é o tempo aceitável para uma consulta no oftalmologista. Se houver alguma queixa ou a evolução da doença for mais rápida do que o suposto, pode marcar uma consulta antes do previsto para ajustamento médico.

5Caso tenha miopia, lembre-se que deve consultar o médico periodicamente mesmo que não sinta alterações. Há patologias que se desenvolvem sem apresentarem sintomas.

Só se deve operar uma miopia com laser quando a mesma está estabilizada, ou seja, depois de dois a três anos sem qualquer evolução, porque se for operada antes desse tempo poderá voltar a ter miopia. Nas cirurgias dos adultos há que ter a noção de que podem surgir complicações, ainda que sejam muito raras.

3Se não gosta de usar óculos tem outras alternativas à disposição, dependendo do seu grau de miopia, mas deve ser sempre avaliado pelo seu médico oftalmologista.

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Page 13: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

EM FOCO

BRONQUIOLITE CONHECER, PREVENIR E TRATAR A

Escrito  por  CLÁUDIA PINTOEntrevista  e  revisão  científ ica  DR.ª MARIA JOÃO BRITO, INFECCIOLOGISTA PEDIÁTRICA, MEMBRO DA DIRECÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE PEDIATRIA

A BRONQUIOLITE É UMA INFECÇÃO

DAS VIAS RESPIRATÓRIAS BAIXAS QUE ATINGE

SOBRETUDO CRIANÇAS ATÉ AOS DOIS ANOS.

É CAUSADA PELO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO

(VSR) QUE CIRCULA DURANTE TODO

O ANO MAS É MAIS FREQUENTE NO INVERNO.

FOMOS SABER MAIS ACERCA DESTA DOENÇA

E CONHECER OS MELHORES CONSELHOS PARA OS PAIS

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14 OUTONO / INVERNO 2011

EM FOCO

Digamos  que  é  um  vírus  que  gosta  do  tempo  

frio  e  húmido.  Pode  surgir  

no  Outono  mas  é  mais  pre-­

valente  no  Inverno.  “Even-­

tualmente,  pode  circular  

juntamente  com  o  vírus  da  

gripe,  que  atinge  mais  as  

crianças  em  idade  escolar,  

enquanto  que  o  o  VSR,  que  

causa  a  bronquite,  atinge  os  

mais  pequenos”,  esclarece  

a  Dr.ª  Maria  João  Brito,  in-­

fecciologista  pediátrica.    

A  doença  manifesta-­se  ha-­

bitualmente  no  domicílio,  

no  infantário  ou  na  ama,  

podendo  a  criança  pequena  

ser  contagiada  pelos  adul-­

tos,  pelos  amiguinhos  da  

escola  ou  pelos  irmãos  mais  

velhos.  

“O  quadro  clínico  começa  

com  uma  obstrução  nasal.  

O  bebé  começa  depois  a  tos-­

sir  e  posteriormente  pode  

e,  consequentemente,  em  se  

alimentar  convenientemen-­

te,  em  dormir  bem”,  explica  

Maria  João  Brito.  

Por  vezes  a  criança  tem    

38o  C,  38,  5o  C  de  febre.  Com  

a  febre  e  o  nariz  obstruído,  

é  importante  que  os  pais  

façam  uma  boa  higiene  na-­

líquidos  ao  bébé.  “Podem  

também  utilizar  o  aerossol  

 

atmosfera  húmida  para  

ajudar  a  criança  a  desem-­

baraçar-­se  melhor  das  

secreções.  São  sinais  de  

criança  começar  a  respi-­

rar  muito  rapidamente  ou  

cansar-­se  enquanto  come”,  

acrescenta  a  infecciologista  

pediátrica.  Nesse  caso,  deve  

ser  sempre  avaliada  pelo  

médico  porque  pode  ter  os  

níveis  de  oxigénio  baixos  e  

necessitar  de  um  tratamen-­

to  especial.  “Os  pediatras  

estão  muito  habituados  a  li-­

dar  e  tratar  a  bronquiolite”,  

explica  Maria  João  Brito.  

A QUE MÉDICO RECORRER?Ao  primeiro  sinal  de  falta  de  

rar,  os  pais  devem  recorrer  

ao  seu  médico  assistente  

Se  não  for  possível,  podem  

dirigir-­se  ao  serviço  de  aten-­

dimento  permanente  no  cen-­

tro  de  saúde  ou  no  hospital.  

Existe  ainda  a  linha  de  Saúde  

orientar  os  pais  numa  pri-­

meira  instância.  

O  tratamento  depende  muito  

piratória  da  criança.  Maria  

João  Brito  diz-­nos  que  “por  

vezes  pode  ter  de  se  recor-­

rer  a  medicações  inaladas  

para  libertar  os  brônquios  ou  

ser  necessário  realizar  uma  

drenagem  postural  em  que  

se  liberta  a  criança  das  se-­

creções”.  Em  situações  muito  

graves  mas  não  muito  co-­

muns,  “quando  há  um  gran-­

de  nível  de  hipoxemia  (níveis  

de  oxigénio  muito  baixos),  

as  crianças  podem  neces-­

sitar  de  ser  ligadas  a  um  

ventilador.  Mas  felizmente  a  

maioria  de  crianças  é  trata-­

da  no  domicílio,  ainda  que  

possam  surgir  casos  em  que  

o  internamento  é  imperati-­

vo”,  acrescenta  a  pediatra  da  

Sociedade  Portuguesa  de  Pe-­

diatria.  O  tempo  de  duração  

da  doença  depende  da  idade  

ENQUANTO O BEBÉ TEM FEBRE E O NARIZ OBSTRUÍDO, É IMPORTANTE QUE OS PAIS FAÇAM UMA BOA HIGIENE NASAL, TENTEM BAIXAR A FEBRE E LHE DÊEM LÍQUIDOS

Page 15: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

de Sandra Leal, mãe de Vasco

“...  COMEÇOU  COM  'FARFALHEIRA'...”

TESTEMUNHO

OUTONO / INVERNO 2011 15

bronquiolite

QUANDO A CRIANÇA SENTE DIFICULDADES EM RESPIRAR, A SITUAÇÃO É URGENTE E REQUER AVALIAÇÃO MÉDICA

Lavar as mãosé uma das medidas mais eficazes para prevenir a doença. Quem o diz é a médica Maria João Brito

da  criança  e  da  carga  viral  

com  que  foi  infectada.  Pode  

prolongar-­se  em  casos  mais  

graves.

MEDIDAS EFICAZESEste  vírus  transmite-­se  pelas  

para  prevenir  a  doença  é  a  

lavagem  das  mãos  por  parte  

dos  adultos  para  não  trans-­

mitir  o  vírus  às  crianças.  

Quando  tivemos  a  pande-­

mia  da  gripe  A,  os  casos  de  

bronquiolite  por  VSR  qua-­

se  não  existiram  pois  as  

pessoas  estavam  comple-­

tamente  consciencializa-­

das  de  que  tinham  de  lavar  

as  mãos  regularmente  e  

usar  os  anti-­sépticos,  o  que  

acabou  por  ser  positivo  

também  para  a  prevenção  

desta  infecção”,  salienta  

Maria  João  Brito.

O Vasco começou com uma respiração mais rápida, "farfalheira" e engasgava-se muito. Ao fim de dois dias decidi ir às urgências pois a pediatra estava fora do país. Fizeram-lhe um aerossol, as-piraram as secreções e disse-ram para voltar ao fim de três dias. Voltei e ele estava pior. Ficou internado de imediato. Permaneceu no hospital durante cinco dias. Foi assus-tador. Só pensava o que tinha feito de mal para ele estar naquela situação. A equipa que acompanhou o Vasco foi impecável. Aprendi algumas estratégias e, nas infecções seguintes, ao primeiro sinal, já sabia como reagir e o que fazer. O Vasco teve mais quatro bronquiolites, menos graves, talvez porque aprendi a atenuar rapidamente os primeiros sintomas. Como conselhos a outros pais, considero que, por mais amigos que tenham, evitem estar com eles se estiverem constipados. Se consideram que alguma coisa não está bem, se há alguma dúvida com a saúde do vosso filho, contactem o pediatra, a linha de Saúde 24 e só então as urgências.

Page 16: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

16 OUTONO / INVERNO 2011

EM FOCO

Ainda  não  há  uma  va-­

cina  disponível  mas  existe  

uma  forma  de  prevenção  

apenas  indicada  para  as    

chamadas  crianças  de  risco,  

nas  quais  se  incluem  gran-­

des  prematuros  e  crianças  

com  doenças  crónicas  (car-­

diopatias  congénitas  ou  do-­

enças  pulmonares  crónicas  

graves).  Nestes  casos,    

“é  administrada  a  Imunoglo-­

bulina,  no  início  do  Outo-­

no,  antes  do  aparecimento  

do  vírus.  Esta  prevenção  é  

extremamente  dispendiosa  

pos  de  risco.  Habitualmente,  

é  efectuada  nos  hospitais”,  

salienta  a  infecciologista  pe-­

diátrica.

O Afonso teve a primeira bronquiolite com cerca de quatro meses. Começou com “farfalheira” e muita expecto-ração. Tinha uma pontinha de febre e começou a ter tosse. Depois de fazermos vapores e aerossol, frequentámos sessões de ginástica respira-tória que não foram suficien-tes para a sua recuperação.Aconselhámo-nos com a pediatra, fomos ao hospital e foi diagnosticada a bron-quiolite. Num mês o Afonso voltou duas vezes ao hospital mas nunca ficou internado. Senti-me muito acompanha-da, mesmo quando achava que estava a fazer perguntas pouco inteligentes. Hoje penso que as crianças com bronquiolite ou com sus-ceptibilidade de virem a ter alergias ou doenças respira-tórias não devem frequentar centros comerciais; devem estar afastadas do tabaco e não é aconselhável ter tape-tes e bonecos com muitos pêlos em casa. São também crianças que não podem estar em contacto com ar condicionado ou frequentar locais fechados com grande concentração de pessoas.

de Mónica Nunes, mãe de Afonso

“...  TOSSE  E  MUITA  EXPECTORAÇÃO...”

TESTEMUNHOA  bronquiolite  é  das  infec-­

ções  respiratórias  que  mais  

frequentemente  causam  in-­

ternamentos  em  pediatria.      

Há  que  ter  em  atenção  que  

as  constipações  nos  adultos  

são  muitas  vezes  graves  para  

as  crianças  pequeninas.  “Daí  

que  se  peça  frequentemente  

aos  adultos  para  não  anda-­

rem  com  as  crianças  ao  colo  

nem  darem  beijinhos  aos  

bebés  quando  estão  consti-­

pados.  No  fundo,  o  vírus  que  

é  inofensivo  para  os  adultos  

lógico  preparado,  pode  ter  

bebés  e  nas  crianças  peque-­

nas  com  menores  defesas”,  

acrescenta  Maria  João  Brito.  

1As pessoas constipadas devem lavar bem as mãos antes de pegarem nas crian-ças para evitar contagiá-las.

GRANDES CONSELHOS

A higiene como a lavagem das mãos ou a utilização de anti-sépticos é a melhor forma de prevenção.

3Uma criança que esteja em dificuldade respiratória deve ser avaliada por um médico com urgência.

3

Page 17: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

O QUE ÉA miopia é um vício de refracção que causa perda de visão ao longe mas não afecta a visão ao perto.

SINTOMASDificuldade em ver ao longe. Nota-se, por exemplo, ao tentar ler letreiros na rua ou no caso dos estudantes, ao tentarem ler o que o professor escreve no quadro. Não conseguir ler as legendas da televisão ou do cinema também são sinais frequentes de miopia.

TRATAMENTOPara tratar a miopia a única solução é a cirurgia LASIK, que pode ser realizada até às seis dioptrias desde que o doente tenha uma espessura de córnea adequada.

OUTRAS SOLUÇÕESA utilização de óculos ou lentes de contacto corrige a refracção da luz, fazendo com que a imagem se forme na retina e a pessoa veja nitidamente.

FACTORES DE RISCOA causa principal da miopia é a hereditariedade. No entanto, acre-

dita-se que ler em condições que forcem a vista de forma sistemática pode desencadear a doença.

CUIDADOS A ADOPTARÉ conveniente procurar as melho-res condições de iluminação para estudar, ler e escrever. Assim que notar dificuldades em ver ao longe, procure o médico oftalmologista. Se os seus filhos se queixarem, leve-os também a fazer um exame. Quando uma criança se aproxima muito do televisor, isso pode ser sinal de que está a ver mal.

recorte  e  coleccione

FICHA Miopia

09

PARA SABER MAIS

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia Telefone: 21 782 04 43 www.spoftalmologia.pt

Page 18: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

18 OUTONO / INVERNO 2011

recorte  e  coleccione

FICHA Bronquiolite

10

O QUE É?A bronquiolite é uma infecção das vias respiratórias baixas cau-sada pelo vírus sincicial respira-tório (VSR).

GRUPOS DE RISCOCrianças até os dois anos.

SINTOMASNariz entupidoTosseDificuldade em respirarFebre (38º C – 38,5º C)Com a evolução da doença, a criança pode não conseguir alimentar-se ou dormir conve-nientemente.

TRATAMENTOO tratamento depende muito do estado da criança e pode incluir:> medicação inalada para libertar os brônquios; > drenagem postural para libertar a criança das secreções;> em casos extremos as crianças podem necessitar de ser ligadas a um ventilador.

QUANTO TEMPO DURA A DOENÇAO tempo de duração da doença depende da idade da criança e da carga viral com que foi infectada. Pode ir de 10 dias a 2 semanas ou prolongar-se em casos mais graves.

FACTORES DE RISCOA maior causa de contaminação com o vírus que causa a bronquiolite são os adultos constipados, que têm um sistema imunológico preparado mas pode ter consequências graves para os bebés e as crianças pequenas.

EM CASO DE URGÊNCIAA primeira medida é falar com o pe-diatra dos seus filhos. Se agir logo aos primeiros sintomas, medidas simples como manter uma boa higiene nasal, baixar a febre e dar líquidos ao bebé podem travar a evolução da doença. Se a criança respirar muito rapida-mente ou ficar cansada quando come, é um sinal de dificuldade respiratória e, nesse caso, tem de ser vista pelo médico.

Sociedade Portuguesa de Pneumologia Telefone: 21 796 20 74

http://www.sppneumologia.pt/

Portal “Médicos de Portugal”medicosdeportugal.saude.sapo.pt

PARA SABER MAIS

Page 19: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

OUTONO / INVERNO 2011 19

TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS

NEM SEMPRE AS DOENÇAS DOS OLHOS SÃO FÁCEIS DE IDENTIFICAR E AS SOLUÇÕES PODEM SER DIFERENTES DO QUE SE PENSA. FAÇA O NOSSO QUIZZ E VEJA SE ESTÁ BEM INFORMADO

VEJA BEM...

Page 20: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

20 OUTONO / INVERNO 2011

quizz

1Na miopia o doente vê bem ao longe e mal ao perto.Verdadeiro Falso

Esta patologia surge habitualmente em pessoas de meia idade.Verdadeiro Falso

3Após a cirurgia não é necessário consultar o médico regularmente.Verdadeiro Falso

Quais os sinais básicos numa criança que está a ver mal?a) A criança esfrega os olhosb) A criança pede para se sentar nas primeiras carteiras da sala de aulac) A criança senta-se frente à televisãod) Todos os mencionados

5O LASIK (cirurgia a laser) pode ser utilizado até às :a) 5 dioptriasb) 6 dioptriasc) 9 dioptriasd) 11 dioptrias

Page 21: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

OUTONO / INVERNO 2011 21

6Em dioptrias mais altas a miopia não pode ser corrigida pois não se pode usar o laser.Verdadeiro Falso

Soluções

1 Falso. A miopia é um vício de refracção em que o doente vê mal ao longe e habitualmente vê bem ao perto.

2Falso. A miopia aparece mais frequentemente na idade escolar e relaciona-se com o desenvolvimento do comprimento do olho. Os olhos míopes são normalmente maiores do que deveriam ser.

3Falso. É necessário realizar exames oftalmológicos de rotina após um LASIK. Mesmo que a visão não apresente alterações, torna-se necessário um seguimento médico para despiste de problemas a nível da visão.

4Todos os mencionados. Se a criança começar a sentir dificuldade em ver o que está escrito no quadro da escola, os sinais informativos na estrada enquanto os pais conduzem ou se senta colada ao ecrã da televisão, são sinais que os pais não devem descurar mas sim procurar a ajuda médica.

5(b) O LASIK pode ser utilizado até às seis dioptrias mas é preciso que o doente tenha uma espessura de córnea adequada. É feita uma ablação da córnea com o laser consoante a miopia que se pretende corrigir. Mas há um limite para reduzir a espessura da córnea, abaixo do qual podem surgir problemas.

6Falso. Se a miopia não puder ser corrigida com laser (através do LASIK), podem colocar-se lentes intra-oculares para as miopias mais altas. Estas lentes são colocadas em frente à íris (lentes de câmara anterior), em cima do cristalino (lentes de câmara posterior) ou mesmo fazendo uma extracção do cristalino (tirando o cristalino e substituindo-o por uma lente).

Page 22: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

22 OUTONO / INVERNO 2010

BOAS IDEIAS

Page 23: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

OUTONO / INVERNO 2010 23

COM A CHEGADA DO FRIO E DA CHUVA A HUMIDADE PODE TORNAR-SE UM VERDADEIRO PROBLEMA DENTRO DE CASA. FUNGOS E BOLORES AFECTAM PAREDES, MÓVEIS E SOBRETUDO A SUA SAÚDE.

DIZEMOS-LHE COMO AREJAR A QUESTÃO EM TODAS AS FRENTES

LIVRE-SE DAHUMIDADE!

BOAS IDEIAS

A humidade está muitas vezes escondida mas descobrir a sua origem ajuda a eliminá-la de uma vez por todas

Page 24: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

24 OUTONO / INVERNO 2011

BOAS IDEIAS

AREJAR O MAIS POSSÍVELApesar  de  haver  menos  humidade  no  ar  

no  Outono  e  no  Inverno,  a  diminuição  da  

temperatura  facilita  a  condensação  do  

vapor  de  água,  o  que  induz  a  acumulação  

de  humidade  e  o  aparecimento  de  bolores  

e  fungos  dentro  de  casa.  Isto  acontece  

mesmo  em  habitações  bem  isoladas,  basta  

que  não  exista  arejamento  suficiente.  

Os  locais  mais  afectados  são  as  paredes  

viradas  a  norte  e  nordeste,  as  casas  de  

banho  e  as  cozinhas.  Os  roupeiros  e  as  

costas  dos  móveis  encostados  à  parede  

são  também  fortes  candidatos  à  formação  

de  bolor.

DE QUE SE TRATA, AFINAL?Bolor  e  mofo  são  fungos  microscópicos  que,  ao  

contrário  das  plantas,  não  precisam  de  clorofila    

para  viver.  Gostam  de  ambientes  húmidos  e  

alimentam-­se  de  substâncias  orgânicas  tão  variadas  

como  alimentos,  madeira,  papel,  tecido  ou  tinta.  

Quando  encontram  um  lugar  propício,  os  milhões  de  

esporos  microscópicos  que  andam  no  ar  instalam-­  

-­se  e  multiplicam-­se  enquanto  o  diabo  (ou  o  incauto  

habitante)  esfrega  um  olho.

Page 25: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

OUTONO / INVERNO 2011 25

livre-se da humidade

10 LITROS

Uma taça de sal no interior do roupeiro ajuda

a absorver a humidade e o cheiro

a mofo

OS BOLORES GOSTAM

DE AMBIENTES HÚMIDOS,

COMO CASAS DE BANHO E CAVES, E REPRODUZEM--SE ATRAVÉS DE

ESPOROS EM APENAS 24

HORAS!

É A QUANTIDADE

APROXIMADA DE VAPOR DE ÁGUA PRODUZIDO

DIARIAMENTE POR UMA FAMÍLIA DE QUATRO

PESSOAS

Page 26: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

BOAS IDEIAS

26 OUTONO / INVERNO 2011

A  melhor  forma  de  evitar  a  formação  de  

bolores  é  impedir  a  acumulação  excessiva  

de  humidade  no  ambiente.  Elimine  primeiro  

as  possíveis  causas  estruturais  que  estejam  

a  provocar  a  humidade:  caleiras  estragadas,  

chaminés  sem  protecção  ou  infiltração  nos  

caixilhos  de  portas  e  janelas.  Descartadas  es-­

tas  possibilidades,  o  mais  provável  é  tratar-­se  

de  vapor  por  condensação.  Neste  caso  há  que  

aumentar  a  ventilação  e  controlar  as  fontes    

de  humidade.

Instale  exaustores  na  cozinha  e  na  casa  de    

banho  para  controlar  a  humidade  nas  divi-­

sões  mais  húmidas  da  casa.

Evite  secar  roupa  dentro  de  casa.  Se  tiver  

desumidificador.

Coloque  absorventes  de  humidade  (pequenas  

caixas  com  cristais  de  cloreto  de  cálcio)  em  

zonas  de  maior  condensação  como  armários  

da  casa  de  banho  e  do  lava-­loiça  ou  roupeiros.

Recorra  a  um  desumidificador  em  zonas  de  

grande  condensação.  Se  a  casa  de  banho  não  

tiver  janela,  use  o  desumidificador  durante  o  

banho  e  deixe-­o  ligado  mais  10  minutos.

O  ar  fresco  é  um  dos  maiores  inimigos  do  

bolor.  Areje  a  casa  todos  os  dias,  abrindo  as  

janelas  para  deixar  entrar  ar  mais  seco.

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO

Page 27: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

livre-se da humidade

SIGA AS PISTAS!Manchas  de  humidade  e  de  bolor  no  tecto  e  

bolor  pode  assumir  várias  cores,  dependendo  

do  tipo  de  fungo:  preto,  verde  e  azulado  são  

as  mais  comuns.  O  característico  cheiro  

a  mofo  e  bafio  é  outro  indicador.  Convém  

descobrir  a  origem  rapidamente  pois  alastra  

depressa  e  causa  estragos  materiais  e  

problemas  de  saúde.  Superfícies  de  madeira  

também  podem  criar  fios  esbranquiçados  

e  ficar  amolecidas.  Mas  mesmo  sem  provas  

tão  aparentes  é  possível  detectar  a  presença  

de  condensação:  observe  se  os  vidros  ficam  

regularmente  embaciados  por  muito  tempo.  

Cole  um  pouco  de  papel  de  alumínio  na  

parede.  Se  passado  algum  tempo  ficar  

húmido,  ela  está  no  ar!  

OUTONO / INVERNO 2011 27

Veja o nível O ambiente deve rondar os 40% a 60% de humidade. Se estiver menos húmido o ar fica demasiado seco, mais do que isso fica húmido de mais. Se tiver dúvidas pode comprar um higrómetro para medir o nível em casa

Page 28: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

28 OUTONO / INVERNO 2011

BOAS IDEIAS

SAIBA MAIS

OPERAÇÃO LIMPEZA  Use luvas, óculos protectores e uma garrafa pulverizadora. A capacidade absorvente dos panos de microfibra impede que os esporos se espalhem no ar quando está a limpar.

DIGA-LHE ADEUS, PELA SUA SAÚDEOs  esporos  do  bolor  libertam-­se  no  ar  e  podem  provocar  e  agravar  

asmas  e  alergias,  irritações  cutâneas,  e,  nos  casos  mais  graves,  até  

provocar  infecções.  Grávidas,  bebés  e  idosos  estão  entre  os  mais  

susceptíveis  de  sofrer  com  este  problema  devido  ao  seu  sistema  

imunitário  mais  sensível.  Um  estudo  publicado  no  Journal  

Pediatrics  revelou  uma  associação  clara  entre  os  problemas  de  

humidade  na  cozinha  e  os  ácaros  nas  salas  e  quartos  das  crianças.  

Alguns  bolores  podem  ser  especialmente  tóxicos,  pelo  que  a  sua  

presença  em  casa  nunca  deve  ser  negligenciada.  

Areje-se Os espaços fechados têm 20 vezes mais acumulação de partículas no ar do que os espaços abertos, sendo que passamos a maioria do nosso tempo em edifícios. Procure o ar livre para os momentos de lazer, seja uma caminhada num jardim ao fim do dia ou um passeio à beira mar no fim-de-semana. Os seus pulmões vão agradecer

Page 29: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

NUTRIÇÃO

COMIDA CASEIRA MARMITAS

O ALMOÇO É UMA REFEIÇÃO INDISPENSÁVEL QUE MERECE TODA A NOSSA ATENÇÃO. DE SEGUNDA A SEXTA RARAMENTE CONSEGUIMOS ALMOÇAR EM CASA. NOS RESTAURANTES, GASTAMOS DINHEIRO E DIFICILMENTE PODEMOS CONTROLAR A QUALIDADE DO QUE COMEMOS. A SOLUÇÃO? LEVAR ALMOÇO DE CASA

NO LOCAL DE TRABALHO

Page 30: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

30 OUTONO / INVERNO 2011

NUTRIÇÃO

Com  os  orçamentos  fami-­

liares  sujeitos  a  uma  gestão  

cada  vez  mais  apertada,  a  

melhor  forma  de  eliminar  

exemplo,  pelas  refeições  

caseiras  transportadas  para  

o  local  de  trabalho.

As  vantagens  são  eviden-­

tes:  controla  a  qualidade  e  

D Quando  levar  o  almoço  de  casa  inclua  sempre  sopa,  

um  prato  rico  e  variado  

além  de  barato.

D Se  não  tiver  acesso  a  um  microondas  opte  por  

um  termo,  que  permite  

levar  as  refeições  à  

temperatura  desejada.

D Quando  tiver  de  almoçar  à  pressa,  opte  por  

pode  levar  saladas  e  

massas  frias.

D “Afaste  o  trabalho  do  prato”  e  coma  com  calma,  

longe  do  computador  e  

do  telefone.  A  ideia  é  não  

ter  distracções,  mastigar  

lentamente  e  reconhecer  

os  sinais  de  saciedade  

enquanto  saboreia  a  sua  

refeição.

DICAS

a  quantidade  do  que  come  

e  ainda  faz  uma  economia  

bastante  apetitosa.  É  que,  

considerando  que  cada  

almoço  num  restaurante  dos  

menos  dispendiosos  custa  

há  mais  razões  para  se  habi-­

tuar  a  levar  o  almoço  todos  

os  dias.

Patrícia  Almeida  Nunes,  

dietista  e  coordenadora  do  

Serviço  de  Dietética  e  Nutri-­

ção  do  Hospital  Santa  Maria,  

em  Lisboa,  não  hesita  em  

concordar  que,  em  tempo  de  

crise,  levar  o  almoço  para  o  

trabalho  “é  uma  opção  mais  

económica  e  a  ter  em  conta”.

Dito  isto,  qual  seria  a  “mar-­

mita  ideal”?  “Num  almoço  

ideal  não  deve  faltar  sopa  ou  

salada,  um  prato  equilibrado  

com  carne  ou  peixe  (sem  

fritos),  um  pouco  de  arroz,  

massa  ou  batata  e  muitos  

legumes  ou  vegetais,  com  

pouca  gordura.  E,  claro,  

terminar  com  fruta  fresca  e  

sem  refrigerantes”,  recomen-­

da  Patrícia  Almeida  Nunes.  

A  dietista  garante  que  não  se  

uma  sopa,  uma  sanduíche    

e  uma  peça  de  fruta.    

O  pão  deve  ser  escuro,  com  

ingredientes  variados:  

queijo  fresco,  bife  de  frango  

ou  de  peru  grelhado,  atum,  

ovo  cozido,  delícias  do  

mar,  milho,  alface,  pepino,  

tomate,  cenoura,  couve-­  

-­roxa,  repolho  e  nozes,  entre  

muitos  outros.  Também  

Page 31: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

OUTONO / INVERNO 2011 31

marmitas

NUM ALMOÇO IDEAL NÃO DEVE FALTAR SOPA OU SALADA, UM PRATO EQUILIBRADO COM CARNE OU PEIXE (SEM FRITOS), UM POUCO DE ARROZ, MASSA OU BATATA, MUITOS LEGUMES OU VEGETAIS A ACOMPANHAR, COM POUCA GORDURA. TERMINAR COM FRUTA FRESCA E SEM REFRIGERANTES

perdem  propriedades  nutri-­

cionais  ao  aquecer  a  comida  

desde  que  sejam  respeita-­

das  as  regras  de  segurança  

alimentar.  

E  se  não  houver  microondas  

na  empresa?  Nesse  caso,  

segundo  Patrícia  Almeida  

Nunes,  a  melhor  solução  é  

“uma  salada  ou  uma  san-­

duíche  com  iogurte  e  fruta”.  

Sopa Um elemento essencial numa refeição equilibrada. Pode variar todos os dias

Na  sanduíche,  cujo  pão  deve  

ser  integral,  deve  colocar-­se  

pouca  manteiga  e  uma  fonte  

ovo  mexido,  queijo  magro  

e  não  esquecer  os  vegetais.  

Alface  e  tomate  são  os  mais  

comuns,  mas  espinafres  crus  

ou  cozidos,  cenoura  ralada  

ou  rodelas  de  beterraba  

cozida  são  boas  opções  para  

variar.  Existem  garrafas  

térmicas  pequenas  onde  se  

pode  levar  uma  dose  de  sopa,  

um  elemento  que  enriquece  

qualquer  refeição  e  a  torna  

mais  aconchegante,  princi-­

palmente  nos  dias  frios.  Se  

imaginação:  use  todos  os  

vegetais  de  que  gosta  e  uma  

fonte  de  proteína  que  pode  ir  

Prato carne ou peixe Inclua hidratos de carbono e muitos vegetais

Peça de frutaSe preferir pode deixar para comer a meio da tarde

Page 32: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

32 OUTONO / INVERNO 2011

ovo  cozido,  atum  em  lata  ou  

peixe  cozido.  Inclua  sempre  

uma  fonte  de  hidratos  de  

carbono  como  massa,  arroz,  

batatas  ou  tostas.  Evite  os  

tão  difundidos  croutons,  

que  normalmente  são  

calorias.

Para  terminar,  deixamos  um  

lembrete  muito  importante:  

para  se  criar  um  hábito,  por  

mais  saudável  e  vantajoso  

que  seja,  é  preciso  um  pouco  

de  esforço  e  disciplina  nos  

primeiros  dias.  Mas  depois,  

quando  sentir  que  além  de  

comer  bem  até  pode  ema-­

grecer  e  ainda  ganha  tempo  

para  passear  e  uma  boa  

soma  em  dinheiro...  apos-­

tamos  que  não  vai  querer  

outra  coisa!

ALGUMAS VANTAGENS DE LEVAR O ALMOÇO PARA O EMPREGO    Tem total

controlo em relação à quantidade e à qualidade dos ingredientes.  Pode seguir

o regime alimentar que mais gosta.  Pode incluir sopa,

uma opção muito saudável e barata.  Facilmente troca

o (calórico) doce da sobremesa pela (saudável) peça de fruta.  Ganha tempo para

fazer uma caminhada ou pôr os e-mails pessoais em dia.  Ao cozinhar em

maiores quantidades, aos fins-de-semana por exemplo, e congelar em doses individuais, poupa também nas facturas do gás, água e electricidade.

AO COZINHAR EM MAIORES QUANTIDADES, AOS FINS-DE-SEMANA POR EXEMPLO, E CONGELAR EM DOSES INDIVIDUAIS, POUPA NAS FACTURAS DO GÁS, ÁGUA E ELECTRICIDADE

Maçã Contém vitaminas B1, B2, Niacina e sais minerais

LaranjaO betacaroteno dá-lhe protecção antioxidante

PêraMuito rica em minerais e com efeito diurético

Page 33: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

Sopa  de  legumes  e  massa  Esta sopa, por ser à base de um caldo leve, é óptima quando tem pouco

tempo pois, juntamente com uma sanduíche e uma peça de fruta, constitui um almoço bastante nutritivo

1 Corte as cenouras longitudinalmente,

em quartos, e depois em pedaços com cerca de 2 cm de comprimento e pique as cebolas.

2 Refogue as cebolas na manteiga, junte as

ervilhas e deixe cozinhar cinco minutos mexendo para não pegar. Junte o caldo e deixe ferver.

3 Deite as cenouras e deixe cozer. Tempere

e junte a massa.

4 Apure durante dois ou três minutos, apague

o lume e deite um copo de água fria para impedir que a massa coza demasiado. Tempere com sal e pimenta.

1 LITRO DE CALDO DE LEGUMES500 G DE ERVILHAS COZIDAS2 CEBOLAS3 CENOURAS GRANDESDUAS CHÁVENAS DE MASSA DE LACINHOS COZIDA1 COLHER DE MANTEIGASAL E PIMENTA

30’

RECEITA

Page 34: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

1 lata de atum em posta4 batatas cozidas e cortadas às rodelasAlface a gosto1 tomate (da sua qualidade preferida)200 g de feijão-verde cozido1 colher de chá de estragão secoAzeite para temperarsal e pimenta

30’

1 Escorra o atum.

2 Corte a alface, depois de lavada, em juliana

e o tomate às rodelas (ao meio se preferir da qualidade “cereja”).

3 Coloque a alface e os legumes numa tigela

e junte as batatas. Tempere com azeite, sal, pimenta e o estragão. Misture cuidadosamente.

4 Por fim, junte o atum e mexa o menos possível

para não se desmanchar. Rectifique os temperos e guarde no frigorífico.

Salada  de  atum  especial    O sabor intenso do atum de conserva e a suavidade da batata cozida despertam o paladar para a frescura da alface e do feijão-verde

RECEITA

Page 35: Newsletter Popular Saúde EXPRESS

1 Abra e barre o pão com mostarda.

2 Coloque os ingredientes por camadas,

começando e acabando com alface.

3 Acompanhe com sopa e uma peça de fruta.

Sanduíche  rica  de  carnes  frias    Rica em proteína magra e em hidratos de carbono, esta sanduíche faz as vezes de um prato completo.

1 PÃO INTEGRAL À ESCOLHA3 FOLHAS DE ALFACE4 RODELAS DE TOMATE4 RODELAS DE PEPINOFATIAS DE PEITO DE FRANGO DEFUMADO OU OUTRA CARNE FRIA À ESCOLHAMOSTARDA

30’

RECEITA

Page 36: Newsletter Popular Saúde EXPRESS