Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

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PEDRO HENRIQUE CACIQUE BRAGA Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões Revisão Sistemática SÃO PAULO 2013 Universidade Presbiteriana Mackenzie Pós-graduação em Engenharia Elétrica Programa de Doutorado

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O Storyboard é a ferramenta que apresenta o contexto de uma narrativa, por meio de imagens, símbolos e palavras que representam ações, intenções e emoções. O processo de criação do storyboard é uma tarefa a ser desenvolvida com atenção e deve-se ter um cuidado especial aos detalhes que envolvem a representação das ações dos personagens, da movimentação dos cenários e câmeras e, acima de tudo, da intenção do autor em cada quadro. Escolher cada símbolo é uma tarefa que requer precisão, já que o objetivo maior é facilitar a compreensão da história.

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PEDRO HENRIQUE CACIQUE BRAGA

Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

Revisão Sistemática

SÃO PAULO

2013

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Programa de Doutorado

Page 2: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

PEDRO HENRIQUE CACIQUE BRAGA

NARRATIVA POR STORYBOARDS: TÉCNICAS E PADRÕES

Revisão Sistemática

Revisão Sistemática para a

disciplina: “Tópicos de

Adaptatividade em Games”.

Versão: 5.2

Últmia modificação em: 08 de

dezembro de 2013

Última revisão substancial em: 08

de dezembro de 2013

Professores: Pollyana

Notargiácomo Mustaro e Ismar

Frango Silveira

SÃO PAULO

2013

Page 3: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

SUMÁRIO

SINOPSE ........................................................................................................... 4

RESUMO............................................................................................................ 5

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6

MATERIAIS ........................................................................................................ 7

MÉTODOS ......................................................................................................... 7

RESULTADOS ................................................................................................... 8

Storyboarding: An Empirical Determination of Best Practices and Effective

Guidelines [1] .................................................................................................. 8

Após a análise do desenvolvimento dos alunos, comparado ao método de

profissionais, foram levantadas as seguintes questões: ................................. 9

Basedos nas respostas a tais questões, indicaram um fluxo para criação do

storyboard: ...................................................................................................... 9

Draw Me a Storyboard: Incorporating Principles & Techniques of Comics... [2]

........................................................................................................................ 9

The Narrative Storyboard: Telling A Story About Use And Context Over Time.

[3] .................................................................................................................. 10

Cardboard Semiotics: Reconfigurable Symbols as a Means for Narrative

Prototyping in Game Design. [4] ................................................................... 11

DISCUSSÃO .................................................................................................... 12

CONCLUSÃO ................................................................................................... 12

TABELAS E FIGURAS ..................................................................................... 13

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 14

Page 4: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

SINOPSE

O Storyboard é a ferramenta que apresenta o contexto de uma narrativa,

por meio de imagens, símbolos e palavras que representam ações, intenções e

emoções. O processo de criação do storyboard é uma tarefa a ser desenvolvida

com atenção e deve-se ter um cuidado especial aos detalhes que envolvem a

representação das ações dos personagens, da movimentação dos cenários e

câmeras e, acima de tudo, da intenção do autor em cada quadro. Escolher cada

símbolo é uma tarefa que requer precisão, já que o objetivo maior é facilitar a

compreensão da história.

Page 5: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

RESUMO

Este trabalho visa apresentar as técnicas e padrões para a elaboração de

Storyboards concisos e suncionais. Conhecido no meio industrial como

importante ferramenta narrativa, o Storyboard pode ser criado de diferentes

maneiras, apresentando as principais informações de uma sequencia narrativa.

Apesar dos diferentes enfoques, apresentam práticas semelhantes que podem

ser estudadas a fim de padronizar sua elaboração.

Pretende-se, através desta revisão sistemática, apresentar os principais

conceitos abordados em diferentes práticas de Storyboarding para narrativa

principalmente em cinema, animação tradicional e criação de desgin de

interfaces e produtos.

Escolheu-se a base de dados ACM Digital Libraries como fonte de

pesquisa por ser uma base atual, de grande número de artigos publicados em

periódicos relevantes e por apresentar uma filtragem pertinente para os termos

de pesquisa selecionados.

Foram pesquisados artigos com os termos “Storyboard Techniques and

Patterns”, encontrando quinhentos e dois artigos indexados. Foram eliminados

artigos que não continham os objetivos desejados. Assim sendo, foram

selecionados quatro, classificados por relevância e por data de publicação.

Page 6: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

INTRODUÇÃO

A arte do Cinema de Animação vem encantando o mundo desde o

começo do século XX. O fascínio pelo desenho e a ilusão do movimento moveu

grandes artistas como Émile Cohl, James Stuart Blackton, Walt Disney, entre

muitos outros a criar dispositivos e técnicas para apresentar seus desenhos de

formas inusitadas, sempre buscando entreter seus espectadores ao máximo.

A palavra “animação”, do latim animare, significa literalmente “dar vida a”.

Este termo não foi utilizado desde o começo do desenvolvimento da técnica, mas

a partir do século XX. Assim sendo, a animação, mesmo sendo enquadrada no

campo das Artes Visuais, tem o movimento como base de sua existência.

A animação tradicional é uma das formas de apresentação do cinema que

abrange diferentes áreas do conhecimento, expandindo os limites das técnicas

artísticas e buscando auxílio na tecnologia para obter resultados cada vez mais

fascinantes.

Grandes estúdios como Hanna Barbera, Disney Pixar e Dreamworks

regem as pesquisas nos métodos de animação bi e tridimensionais, buscando

aperfeiçoar o processo de criação, sem perder o aspecto mais importante: a

criatividade do artista.

A pré-produção de um filme de animação passa por uma série de estágios

de criação, começando pela ideia inicial da história, que gera os conceitos de

personagens, cenários e comportamentos de iluminação. Em seguida, uma série

de estudos sobre o tema é realizada para garantir a veracidade dos conceitos.

São apresentadas as ideias em uma série de imagens dispostas

sequencialmente. Este procedimento é conhecido como Storyboard.

Os Storyboards, com o tempo, passaram por várias remodelações, sendo

adequados em cada produtora, seja ela grande ou pequena, especializada em

cinema, animação, jogos ou design. Por ser uma ferramenta de fácil

compreensão, passou-se a ser utilizado como principal método narrativo na fase

de pré-produção ou de eleaboração de um produto.

Apesar de não existir um padrão oficial de representação das ideias, a

base é a mesma para todo documento: as sequencias de quadros que compõem

a narrativa.

Visando estabelecer um padrão de narrativa por meio de Storyboards,

realizou-se uma revisão sistemática da literatura acadêmica, buscando artigos

que apresentam as técnicas para elaboração de tal documento. Como ponto de

partida, estabeleceu-se a seguinte pergunta como base de pesquisa: “Quais as

técnicas e símbolos presentes na elaboração de Storyboards?”.

Page 7: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

MATERIAIS

Definiu-se a base de dados ACM Digital Libraries como banco de artigos

indexados principal para a pesquisa. A princípio, a pesquisa foi realizada com

termos genéricos, como “Storyboards”, “Animation” e “Narrative”. Em seguida,

os termos foram combinados, para filtrar os resultados, e novos termos mais

específicos foram adicionados para que a busca gerasse artigos mais relevantes

à hipótese apresentada. A Tabela 1 apresenta a quantidade de artigos

encontrados por termo de busca.

Termo Quantidade de artigos

Storyboards 1.359

Animation 42.463

Narrative 15.407

Narrative Storyboards 339

Animation Storyboards 432

Animation Narrative Storyboards 130

Storyboard Techniques 1.107

Storyboard Patterns 614

Storyboard Techniques and Patterns 502

Tabela 1 – Quantidade de artigos na base de dados por termos de pesquisa

Observa-se que apesar de as combinações “Narrative Storyboards” e

“Animation Storyboards” apresentarem menos artigos, a relevância do conteúdo

filtrado por “Storyboard Techniques and Patterns” foi maior para este trabalho.

Foram selecionados os quatro artigos listados a seguir:

1. Storyboarding: An Empirical Determination of Best Practices and Effective

Guidelines [1]

2. Draw Me a Storyboard: Incorporating Principles & Techniques of Comics...

[2]

3. The Narrative Storyboard: Telling A Story About Use And Context Over

Time. [3]

4. Cardboard Semiotics: Reconfigurable Symbols as a Means for Narrative

Prototyping in Game Design. [4]

MÉTODOS

A escolha pelos quarto artigos foi feita com base na sua relevância na

filtragem proporcionada pela base de dados. Também foram analisados os

campos de interesse de cada artigo, tentando aboradar não apenas uma região

de interesse, mas ao menos três diferentes públicos. Selecionaram-se então

artigos voltados ao Game Design, ao Design de Interfaces de Usuários e à

animação.

Page 8: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

Optou-se por escolher artigos que apresentassem alguma aplicação

prática do proposto e outros que tivessem uma boa base teórica, para que a

comparação entre teoria e prática de mercado fosse feita.

Como pontos em comum dos trabalhos selecionados, destacam-se a

descrição do fluxo de criação de um Storyboard e a apresentação de símbolos e

elementos que o compoem.

Durante o estudo de cada artigo, buscou-se observar os seguintes tópicos

para comparação:

1. Metodologia de criação de um storyboard;

2. Apresentação dos elementos que constituem o documento;

3. Experimentação prática;

4. Pontos de partida para a elaboração do storyboard;

Observando os atributos descritos, foram elaboradas perguntas sobre o

tema para que a resposta extraída de cada trabalho revele a eficiência do

método proposto. Foram levantadas as seguintes questões:

Qual o ponto de partida para a elaboração do Storyboard?

Como determinar um número aceitável de quadros e sequencias?

Quais elementos textuais devem estar presentes?

Quais os principais símbolos utilizados?

Existe uma classificação dos quadros de um storyboard?

A busca pela resposta de cada uma dessas perguntas pode gerar as

conclusões obtidas nesta revisão, podendo ser observados, na Tabela 2 -

Comparativo entre os artigos selecionados, os atributos presentes em cada

trabalho.

RESULTADOS

A seguir, apresenta-se um breve resumo sobre cada artigo e a resposta

(quando encontrada) às perguntas apresentadas na metodologia da revisão.

Storyboarding: An Empirical Determination of Best Practices and Effective

Guidelines [1]

O artigo mostra como os autores desenvolvem os storyboards,

apresentando os principais elementos presentes, como o uso de textos, inclusão

de pessoas, nível de detalhamento, número de quadros e a representação da

passagem de tempo.

Page 9: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

O foco principal das técnicas é o desenvolvimento de interfaces de

sistemas, observando sua usabilidade. Ao final, é apresentado um estudo de

caso em aulas da disciplina Interface Humano-Computador.

Designers utilizam a prática de storiboarding para representar os casos

de uso do sistema, bem como os requisitos esperados no seu desenvolvimento,

mostrando as suas funcionalidades esperadas. Em seguida, criam-se os

cenários para representar tais fatores.

São apresentados os softwares DENIN e DEMAIS, utilizados pelos alunos

que devem representar os requisitos de um novo software a ser desenvolvido.

Os autores chegaram aos seguintes fatores como sendo os principais na

elaboração do storyboard:

Inclusão de textos em forma de legendas, etiquetas ou balões de fala

e pensamento.

Comprimento do storyboard em termos de número de quadros

individuais.

Nível de detalhes – classificado em um espectro de baixo (figuras de

“homens palito” em um background simples) a fotorealístico (com

imagens detalhadas).

Marcação da passagem de tempo

Inclusão de fatores humanos

Após a análise do desenvolvimento dos alunos, comparado ao método de

profissionais, foram levantadas as seguintes questões:

1. Como palavras podem afetar a percepção e o entendimento das cenas?

2. Quando o storyboard invoca empatia?

3. Quantos quadros são suficientes?

4. Quando é necessário explicitar e desenhar indicadores de tempo?

5. Quanto detalhe deve ser incluído?

Basedos nas respostas a tais questões, indicaram um fluxo para criação do

storyboard:

1. Entendimento dos consumidores.

2. Ter criatividade na narrativa

3. Criar os quadros (três ou quatro sequencias é o número ótimo)

4. Testar e iterar o storyboard desenvolvido.

Draw Me a Storyboard: Incorporating Principles & Techniques of Comics... [2]

O artigo descreve técnicas de elaboração de storyboards para

desenvolvimento de interfaces centradas no usuário. São ainda descritas

técnicas de histórias em quadrinhos para tornar a linguagem mais acessível a

qualuqer público.

Page 10: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

Um sistema de autoria foi desenvolvido. Conhecido como COMuICSer, a

ferramenta preserva a criatividade do usuário pertencente a times

multidisciplinares.

A linguagem dos quadrinhos é adotada como linguagem oficial na

elaboração dos storyboards. Os princípios e técnicas estudados são:

Visualização e comunicação de cenários

Aplicação de técnicas de quadrinhos:

o Expressões faciais

o Linguagem corporal

o Caracteres icônicos e plano de fundo realista

o Diferenciação de personagens

o Transições

The Narrative Storyboard: Telling A Story About Use And Context Over Time. [3]

Apresenta as técnicas para elaboração do storyboar considerando o

contexto no qual a narrativa está inserida. Após refletir sobre o conteúdo do

documento, relata duas técnicas para sua elaboração: Desenhando histórias a

mão ou usando fotos como material básico.

Antes de elaborar os métodos, os autores criam um vocabulário de termos

técnicos relacionados a posições de câmeras e suas possíveis tomadas em uma

gravação.

O primeiro método de criação é por meio de desenhos a mão livre. O

ponto de partida para o desenho é a criação da narrativa. O leitor é estimulado

a criar uma série de questionamentos sobre a história como: “Onde a história se

passa?”, “Qual é o problema principal?”, “O que os personagens pretendem

fazer?”, entre outras perguntas pertinentes à história.

Os quadros então devem ser dispostos de maneira a garantir uma curva

crescente, chegando ao climax próximo ao final do storyboard, como pode ser

visto na Figura 1.

Figura 1 - Desenvolvimento da narrativa

A narrativa então é distribuida nos quadros desenhados segundo a curva

de desenvolvimento da história. Uma vez que as cenas foram desenhadas, são

Page 11: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

determinados os tipos de tomadas de câmera em cada quadro e são feitas as

devidas anotações.

Por fim, são desenhados símbolos que representem as emoções e ações

em cada quadro. Os autores enfatizam o uso de setas de vários formatos, para

indicar a continuidade das ações.

O método de criação por meio de fotografias, é semelhante ao primeiro,

mas no lugar dos desenhos, são utilizadas fotografias para representar cada

estágio do desenvolvimento. A Figura 2 mostra um storyboard feito com fotos.

Figura 2 - Storyboard por fotografias

Os métodos apresentados sugerem a criação iterativa de sequencias de

cinco quadros que representam uma cena fechada. O número final de quadros

deve ser determinado ao final, quando toda a história foi contada.

Os quadros se classificam de acordo com a angulação das câmeras em

cada sequencia e são anotados abaixo de cada quadro sentenças simples que

traduzem as ideias principais.

Cardboard Semiotics: Reconfigurable Symbols as a Means for Narrative

Prototyping in Game Design. [4]

O artigo explica a importância da análise semiótica na criação de narrativa

para videogames. Uma grande parte do trabalho é dedicada à fundamentação

teórica sobre elementos de semiótica e das práticas de elaboração manual e

visual de narrativas.

Propõe-se a estrutura de três ações principais:

1. Apresentação do personagem (25% do tempo da narrativa);

2. Ponto forte do jogo, contendo as ações principais e os problemas

enfrentados pelo herói, até chegar ao climax (50% da história);

3. Solução da tensão e encerramento da história (25% da trama).

Para representação de cada etapa, são criados símbolos que

representem os estados do personagem no decorrer da história. Para elaborar

cada símbolo, são feitas questões como: “Qual é o propósito dramático so

símbolo?”, “Em que as ações do jogador, dos NPC, e os efeitos do ambiente

Page 12: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

podem ser beneficiados por este simbolidmo?”, “Quais conotações existem

como resultado deste símbolo?”.

Em seguida é realizada a transição entre a estrutura dramática e a

estrutura do jogo. Estimula-se a criação de apoios visuais para a explicação de

cada uma das três etapas desenvolvidas.

DISCUSSÃO

A prática de storyboarding é constante nas áreas de criação e design.

Apesar de apresentarem técnicas ligeiramente distintas, todas convergem para

um ponto: a narrativa. Todos os métodos partem de perguntas que iniciam a

narrativa, indicando os principais pontos da história, como quem são os

personagens, qual a relação entre eles e quais são os planos de fundo que criam

a história.

A simbologia adotada para representar tais questões não é algo comum

aos métodos, mas está presente em todos eles. Observa-se que o estudo da

semiótica é um ponto comum dos trabalhos. Seja para representar ações,

emoções ou movimentos de câmeras.

Em todos os artigos esteve presente a comunicação direta com o usuário

final, seja ele um cliente em potencial para um produto, um jogador que

experimenta um novo jogo ou mesmo um espectador passivo de uma animação.

A criação do storyboard é um processo iterativo em todas as propostas.

Sugere-se a criação de cenas isoladas, representando a sequencia de filmagem

em poucos quadros por vez, repetindo o processo até o fim da narrativa. O

número de quadros, entretanto, é variável de acordo com cada propósito.

Observa-se que para apresentações de casos de uso de um sistema centrado

no usuário, o número de sequencias deve ser o mais curto possível. Já para

animações e narrativas de jogos, o nível de detalhamento deve ser o maior

possível.

Percebe-se que todos estimulam o uso de escrita apenas para transmitir

falas e pensamentos de personagens, determinar o tipo de tomada de câmera,

e indicar movimentos e emoções. Não deve ser entendido como parágrafos

introdutórios às cenas.

CONCLUSÃO

O entendimento da história por completo é o ponto inicial da construção

de um storyboard. Mas a elaboração do mesmo deve ser feita de forma

segmentada e iterativa.

Page 13: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

Não há um padrão específico de simbologia utilizado em todos os

storyboards, entretanto observa-se o uso constante de diferentes tipos de setas

que indicam principalmente o movimento de personagens e de câmeras. O

estudo dos símbolos adotados deve ser feito com base no contexto tanto da

narrativa quanto dos usuários finais que terão acesso ao storyboard.

Outro fator comum na elaboração do documento é a utilização mínima de

texto escrito, salvo em balões de fala/pensamento, onomatopéias e textos que

compõem algum símbolo definido.

O material utilizado para a criação do storyboard é simples e comum,

podendo ser feito de maneira artesanal, com folhas de papel e lápis, fotografias,

cartões, etc. Também pode ser criado com auxílio de ferramentas

computacionais próprias para o desenvolvimento.

Observa-se a constante importação de técnicas de outras formas

artísticas para melhorar a compreensão da narrativa. Podem ser citadas as áreas

da fotografia, histórias em quadrinhos, cinema, música e jogos.

TABELAS E FIGURAS

Após a realização da análise cada artigo, pôde-se construir uma tabela

com os principais atributos de cada artigo, comparando-os para os resultados

finais.

Atributo [1] [2] [3] [4]

Teoria comprovada de forma prática x x

Game Design x

UI Design x x

Animação x

Aborda conceitos de semiótica x x

Descreve o fluxo de criação do Storyboard x x x x

Busca elementos de outras técnicas para a melhor compreensão do Storyboard

x x

Apresenta tipos de quadros, anotações e simbologia x x x x

Descreve o uso de um sistema computacional x x

Questionamento sobre a narrativa como ponto de partida

x x x x

Apresenta número adequado de quadros x

Mostra quais os elementos textuais devem estar presentes

x x x x

Classificação dos quadros e sequencias x

Tabela 2 - Comparativo entre os artigos selecionados

Page 14: Narrativa por Storyboards: técnicas e padrões

REFERÊNCIAS

[1] K. N. Truong, G. R. Hayes e G. D. Abowd, “Storyboarding: An Empirical

Determination of Best Practices and Effective Guidelines,” em DIS 2006,

Pennsylvania, USA., 2006.

[2] M. Haesen, J. Meskens, K. Luyten e K. Koninx, “Draw Me a Storyboard:

Incorporating Principles & Techniques of Comics...,” pp. 133-142, 2010.

[3] S. Greenberg, S. Carpendale, N. Marquardt e B. Buxton, “The Narrative

Storyboard: Telling A Story About Use And Context Over Time,” Interactions,

pp. 64-69, January/February 2012.

[4] R. McDaniel, E. H. Vick, S. Jacobs e P. Telep, “Cardboard Semiotics:

Reconfigurable Symbols as a Means for Narrative Prototyping in Game

Design,” em ACM, New Orleans, Louisiana,, 2009.