Narradores urbanos_Iluminuras

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  Iluminuras, Porto Alegre, v. 16, n. 37, p.372-377, jan/jun. 2015 COLEÇÃO NARRADORES URBANOS: CIDADES, CITADINOS E ANTROPÓLOGOS EM UMA ETNOGRAFIA VISUAL Juliane Bazzo 1   No artigo intitulado “O antropó logo na figura do narrador”, Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha (2005) advogam que a oposição costumeira entre escrita e oralidade    a primeira enquanto característica das sociedades complexas e a segunda como distintiva das tradicionais    não se sustenta na contemporaneidade. Os estudos antropológicos em contextos urbanos têm evidenciado que as narrativas orais perduram,  justamente porque permanece m fundamentais  para a “duração” sociotemporal das coletividades, ao lado dos registros escritos. Nesse cenário, pela via etnográfica, o antropólogo compromete-se com a “duração” das histórias que os sujeitos de pe squisa lhe narram. A antropologia enquanto disciplina alcança assim vitalidade por meio dos encontros entre essas duas modalidades de narradores, citadinos e antropólogos. A C o leção N arr ad ores Ur ba nos: A ntr o po logi a Ur bana e E tno gr afia nas Ci d ad e s Brasileiras , que teve Eckert e Rocha à frente de sua realização, trata da complexidade que permeia esses encontros, no formato de uma etnografia visual. O projeto integra o Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da UFRGS, iniciativa esta coordenada pela dupla de antropólogas, com o engajamento de uma série de pesquisadores, bolsistas e voluntários. Lançada em 2014, a Coleção reúne nove audiovisuais, entre 13 e 25 minutos,  protagoniza dos por destacados antropólogos brasileiros, que encontram nas cidades espaços privilegiados de pesquisa. A apresentação das trajetórias intelectuais desses  profissionais por eles mesmos assinala tanto as potencialidades da antropologia urbana nacional, quanto as contribuições dela a um pensamento global acerca dos fenômenos e dos modos de vida das metrópoles. De sua própria casa, Porto Alegre, as realizadoras convidaram Ruben Oliven (1945), cujas preocupações antropológicas articulam a cidade, a cultura e a identidade.  Nesse quadro, o estudo por ele realizado na Vila Farrapo s, nos anos 70, constitui um marco inicial. O autor concentrou -se em refletir sobre a integração dos moradores desse  bairro car ente, com muitos mig rantes, à ca pital gaúcha. A p artir dessa jorna da, trabalhou  pelo desmonte da tese de supressão das alteridades culturais diante do desenrolar da 1  Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

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Antropologia

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  • Iluminuras, Porto Alegre, v. 16, n. 37, p.372-377, jan/jun. 2015

    COLEO NARRADORES URBANOS: CIDADES, CITADINOS E

    ANTROPLOGOS EM UMA ETNOGRAFIA VISUAL

    Juliane Bazzo1

    No artigo intitulado O antroplogo na figura do narrador, Cornelia Eckert e Ana

    Luiza Carvalho da Rocha (2005) advogam que a oposio costumeira entre escrita e

    oralidade a primeira enquanto caracterstica das sociedades complexas e a segunda

    como distintiva das tradicionais no se sustenta na contemporaneidade. Os estudos

    antropolgicos em contextos urbanos tm evidenciado que as narrativas orais perduram,

    justamente porque permanecem fundamentais para a durao sociotemporal das

    coletividades, ao lado dos registros escritos. Nesse cenrio, pela via etnogrfica, o

    antroplogo compromete-se com a durao das histrias que os sujeitos de pesquisa lhe

    narram. A antropologia enquanto disciplina alcana assim vitalidade por meio dos

    encontros entre essas duas modalidades de narradores, citadinos e antroplogos.

    A Coleo Narradores Urbanos: Antropologia Urbana e Etnografia nas Cidades

    Brasileiras, que teve Eckert e Rocha frente de sua realizao, trata da complexidade

    que permeia esses encontros, no formato de uma etnografia visual. O projeto integra o

    Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da UFRGS, iniciativa esta coordenada pela

    dupla de antroplogas, com o engajamento de uma srie de pesquisadores, bolsistas e

    voluntrios. Lanada em 2014, a Coleo rene nove audiovisuais, entre 13 e 25 minutos,

    protagonizados por destacados antroplogos brasileiros, que encontram nas cidades

    espaos privilegiados de pesquisa. A apresentao das trajetrias intelectuais desses

    profissionais por eles mesmos assinala tanto as potencialidades da antropologia urbana

    nacional, quanto as contribuies dela a um pensamento global acerca dos fenmenos e

    dos modos de vida das metrpoles.

    De sua prpria casa, Porto Alegre, as realizadoras convidaram Ruben Oliven

    (1945), cujas preocupaes antropolgicas articulam a cidade, a cultura e a identidade.

    Nesse quadro, o estudo por ele realizado na Vila Farrapos, nos anos 70, constitui um

    marco inicial. O autor concentrou-se em refletir sobre a integrao dos moradores desse

    bairro carente, com muitos migrantes, capital gacha. A partir dessa jornada, trabalhou

    pelo desmonte da tese de supresso das alteridades culturais diante do desenrolar da

    1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

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    urbanizao. H, sim, cdigos compartilhados em algumas instncias, mas em outras

    predominam grandes diferenas, as quais configuram identidades grupais. Esse vis

    analtico lhe permitiu enxergar as cidades no como espaos de homogeneizao, mas

    sim de interao.

    De So Paulo, a Coleo apresenta cinco antroplogos. Entre eles, est Ruth

    Cardoso (1930-2008), de uma gerao intelectual que, por ter vivido na pele a

    urbanizao brasileira, inevitavelmente a tornou objeto de intenso debate acadmico. A

    pesquisa inaugural da antroploga, efetuada nos anos 60, deu-se entre migrantes

    japoneses, que da rea rural passaram a viver na cidade de So Paulo, em uma assimilao

    gil, a despeito de profundas diferenas culturais. Esse foi o pontap inicial para, na

    dcada de 70, j como professora na USP, voltar-se periferia paulistana.

    Acompanhada de alunos pesquisadores, Ruth verifica nesse espao a emergncia

    de novos atores polticos, mobilizados em torno de bandeiras tnico-raciais e de gnero,

    sem recortes classistas. A atuao organizada dessas minorias configuraria o que hoje

    se entende por movimentos sociais. A empreitada de visualizar o Brasil em meio a

    processos de mudanas e de excluses trouxe consistncia antropologia nacional que,

    segundo Ruth, demonstrou-se corajosa em olhar criticamente o prprio pas, uma inflexo

    poca incomum em outros centros de produo da disciplina ao redor do mundo.

    Parceira de Ruth na USP, a antroploga Eunice Durham (1932) dedicou-se

    inicialmente ao estudo dos percursos de migrantes italianos em So Paulo, em trnsito

    entre o campo e a cidade, num contexto de desenvolvimento industrial. Trata-se de um

    contingente populacional determinante na formao da classe mdia paulistana.

    Posteriormente, ela tambm abraa a temtica das periferias urbanas, de forma a pensar,

    como exposto na trajetria de Ruth, no s a cidade em transformao, mas sobretudo os

    grupos sociais que alavancavam as modificaes.

    Num momento em que a famlia se situava como uma instituio reacionria,

    Eunice revelou a no dissoluo dos laos parentais rurais diante das migraes urbanas.

    Ao contrrio, tais vnculos surgiam como sustentculos insero citadina dos

    camponeses. Ela diz ter realizado uma antropologia na contramo, pois, em meio

    fora de ideias marxistas, focou na cultura e no na ideologia, para desvelar a

    precariedade da noo de classes perante a complexidade das vivncias dos migrantes.

    Orientando de Eunice, Antonio Augusto Arantes terminou seu curso de mestrado

    em fins dos anos 60, no mbito do qual pesquisou o ritual do compadrio no Brasil rural.

    Logo aps, auxiliou na criao do Departamento de Antropologia da Unicamp, no qual

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    se encontra at hoje. No doutorado, por sua vez, assistido por Edmund Leach na

    Universidade de Cambridge, ele estudou os aspectos sociolgicos da literatura popular

    nordestina. Tal vinculao com o patrimnio cultural veio a constituir uma marca da

    carreira de Arantes enquanto antroplogo urbano.

    A partir da atuao na esfera estatal como consultor, chegou a presidir o Conselho

    de Defesa do Patrimnio Histrico, Artstico, Arqueolgico e Turstico do Estado de So

    Paulo (Condephaat) e o Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN).

    Nesse panorama, Arantes se diz um pesquisador da memria do espao pblico,

    preocupado em refletir sobre as relaes entre patrimnio, Estado e dinmicas culturais,

    como tambm acerca do papel e da responsabilidade dos intelectuais em tais articulaes.

    Ainda na esteira da linhagem aberta por Eunice Durham e Ruth Cardoso, situa-se

    Jos Guilherme Magnani, orientado por esta ltima em seu doutorado na USP. A tese,

    defendida nos anos 80, surgiu de uma interrogao: o lazer um elemento significativo

    na vida dos trabalhadores da periferia paulistana? A temtica se mostrava incomum num

    momento de foco intelectual nas condies de labor do operariado. Ao se deixar guiar

    pelas concepes dos sujeitos pesquisados, ele descobriu que o tipo de diverso era o

    menos importante. O mais relevante estava no encontro de pessoas afins, que delimitava

    o pedao, termo nativo elevado categoria analtica, para designar uma sociabilidade

    especfica em meio a uma rede de conhecidos.

    Mais adiante como docente, frente do Ncleo de Antropologia Urbana (NAU) da

    USP, Magnani colocou-se o desafio de verificar, juntamente com seus alunos, se a noo

    de pedao poderia se aplicar a outros contextos citadinos. Assim nasceu mais um

    instrumento de anlise importante, a ideia de mancha de lazer, como ambiente que

    rene pares no necessariamente conhecidos, abertos ao imprevisto dos encontros

    urbanos. Com esse arcabouo, Magnani supera o lugar-comum da cidade como espao

    de individualizao, para ver nela trocas de diversas escalas, em diferentes domnios.

    Teresa Caldeira recorda-se que ingressou na periferia paulistana graas a um

    curso, ministrado por Ruth Cardoso e Eunice Durham, sobre a emergncia dos

    movimentos sociais nos anos 70. Envolvida com tais mobilizaes, etnografou na

    pesquisa de mestrado, sob orientao de Ruth, a ao poltica das classes populares nos

    primrdios da redemocratizao. Mapeou como o imaginrio poltico se construa a partir

    de dinmicas cotidianas, desafiando assim concepes estatais e acadmicas cristalizadas.

    A antroploga concentrou o trabalho de campo no Jardim das Camlias, situado no

    distrito de So Miguel Paulista, onde posteriormente permaneceu atuante, como

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    pesquisadora do Centro Brasileiro de Anlise e Planejamento (CEBRAP). Nesse nterim,

    j na dcada de 80, ela percebeu a preocupao crescente dos moradores com o

    recrudescimento da violncia, algo no evidenciado na dcada anterior, focada na busca

    de melhorias da infraestrutura urbana. Esse fato a conduziu a delinear sua tese de

    doutorado, sob orientao de Paul Rabinow, na Universidade da Califrnia, instituio a

    qual se encontra hoje associada como professora.

    Teresa abraou o pressuposto de que a violncia no se coloca como uma questo

    de bairro, mas sim da cidade como um todo. Por isso, no restringiu a pesquisa periferia,

    de modo a no estigmatiz-la enquanto espao violento precpuo. Dirigiu seu olhar ao

    abandono do centro pelas classes mdias paulistanas e pulverizao de condomnios

    fechados pela cidade. Dessa forma, captou deslocamentos e desigualdades socioespaciais

    nascentes. Tais movimentos lhe conduziram concluso de que os processos

    democrticos, ao mesmo tempo em que promovem incluses, determinam novas

    excluses e, portanto, lutas incessantes a serem travadas por segmentos marginalizados.

    Da cidade do Rio de Janeiro, por fim, a Coleo traz trs antroplogos. Gilberto

    Velho (1945-2012) retoma pesquisas e conceitos que o fizeram percursor de etnografias

    sobre estilos de vida e vises de mundo entre as classes mdias brasileiras. Durante o

    mestrado realizado no Museu Nacional, onde mais tarde se tornaria professor ele

    desenvolveu trabalho de campo em um grande edifcio situado em Copacabana. A partir

    da vivncia do cotidiano do prdio como um de seus moradores, Velho refletiu sobre a

    trajetria de ascenso e decadncia desse bairro na cidade, processo desenrolado entre os

    anos 50 e 60. No doutorado, cursado na USP durante a dcada de 70, sob orientao de

    Ruth Cardoso, o antroplogo voltou-se s implicaes do consumo de drogas por

    membros da elite da zona sul carioca.

    De tais esforos, ele delimitou uma noo analtica fundamental, a de projeto.

    Enquanto ferramenta associada biografia dos sujeitos contemporneos, o projeto

    possui a funo de conferir sentido a condutas e interaes, em meio s fragmentaes,

    s contradies e aos conflitos intensificados na modernidade. Dessa forma, Velho

    argumenta haver um cruzamento inevitvel entre a antropologia urbana e aquela das

    sociedades complexas, posto que ambas no podem prescindir de pensar, sob diferentes

    ngulos, sobre os impactos perpetrados pela consolidao das metrpoles.

    O primeiro contato da antroploga Alba Zaluar (1942) com uma favela carioca

    aconteceu na Rocinha, a propsito de um comcio em defesa da classe operria,

    organizado por universitrios nos anos 60. Expulsos do local, os estudantes se deram

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    conta de que no havia, como pensavam, uma aliana automtica entre eles, os

    trabalhadores e os camponeses nas lutas sociais do momento. De tal experincia, nasceu

    em Alba o desejo de entendimento daquele espao perifrico, materializado em seu

    doutoramento, sob orientao de Eunice Durham, na USP. A tese abrangeu trabalho de

    campo na nascente Cidade de Deus, condomnio habitacional criado na dcada de 70,

    num esforo estatal para eliminar favelas no Rio de Janeiro.

    Alba ingressou em Cidade de Deus focada em entender o associativismo nesse novo

    arranjo residencial. Estava atenta organizao das associaes de moradores, de escolas

    de samba, dos blocos carnavalescos e de times de futebol. Porm, em meio imerso,

    ocorreram as eleies de 1982. Esse fato lhe fez ponderar acerca das parcerias e dos

    acordos entre moradores e polticos. A partir dessa reflexo, pode situar o clientelismo

    no como um fenmeno de subalternizao a classes dominantes, mas enquanto

    agenciamento para a obteno de benesses prticas por segmentos marginalizados.

    Por fim, ao navegar entre o associativismo e a poltica, a antroploga percebeu o

    poder do trfico de drogas, descoberta classificada por ela como o impondervel da

    pesquisa. Considerados esses trs elementos, Alba costurou uma etnografia das diferenas

    no interior desse grupo popular, de modo a desmistificar a concepo de que coletividades

    perifricas seriam homogneas em virtude da condio de favelizao. Tal enfoque

    analtico inspirou-se na vivncia dela como exilada na Inglaterra, ainda nos anos 60,

    quando fez cursos com expoentes da Escola de Manchester, interessados em compreender

    segmentaes e redes em meio classe operria inglesa.

    Helio Silva se define enquanto um pesquisador da vida dos outsiders e da questo

    da tolerncia no espao urbano. Na capital fluminense, como acadmico e consultor, ele

    realizou incurses etnogrficas entre meninos de rua e travestis no universo bomio da

    Lapa. A sociabilidade distintiva deste ltimo grupo constituiu o tema de sua dissertao

    de mestrado, defendida no Museu Nacional, em 1992. Posteriormente, vinculado

    Unesco, desenvolveu uma etnografia sobre as relaes da regio da Baixada Fluminense

    com outros bairros do Rio de Janeiro, no mbito da qual mapeou uma srie de estigmas

    de localizao. Nos estudos urbanos, Silva defende como primordial o olhar para as

    interaes, mais que para sujeitos isolados, a fim de compreender com profundidade as

    relaes sociais e os conflitos que as permeiam.

    As linhas deste texto podem sintetizar as trajetrias intelectuais reunidas na Coleo

    Narradores Urbanos, porm, o impacto dos testemunhos mesmo profundamente

    captado quando se assiste aos audiovisuais. Em interao com a equipe de realizao do

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    projeto, os antroplogos ativam lembranas, revisitam locais de pesquisa, reencontram

    informantes, compartilham memrias, dividem com o pblico conhecimentos e mtodos.

    A montagem flmica segue esse fluxo, uma vez que alterna imagens dos entrevistados, de

    suas cidades e de seus territrios de estudo, ontem e hoje.

    Tornar-se espectador dessas produes significa ficar com observaes de primeira

    grandeza a reverberar no pensar e no fazer antropolgico. Alguns exemplos do uma

    amostra. A cidade me fascina, atinge minha sensibilidade, assinala Velho. Magnani,

    por sua vez, postula: A cidade um artefato que est sendo construdo. Ruth, por seu

    turno, dispara acerca do estranhamento antropolgico: s vezes, o outro o vizinho da

    nossa casa; s vezes, est na Melansia. Afirma Alba sobre a Cidade de Deus: como

    se a etnografia nunca acabasse. Diz Silva a propsito da surpresa etnogrfica: A cada

    problema novo, o antroplogo um nefito. E assim por diante. Lies imprescindveis

    de antropologia, para iniciantes e iniciados na disciplina.

    Referncias

    BIEV. Narradores urbanos. Disponvel em: . Acesso em: out. 2014.

    COLEO NARRADORES URBANOS. Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha. Porto

    Alegre, 2006-2013. Nove audiovisuais, 13 a 25 min, cor.

    ECKERT, C.; ROCHA, A. L. C. da. O antroplogo na figura do narrador. In: O tempo e a cidade.

    Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. p. 33-56.

    Recebido em: 10/09/2014

    Aprovado em: 15/11/2014