Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas · 2020. 8. 11. · ABNT...
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Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas
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Prefácio
Tinta é o nome normalmente dado a uma família de produtos (líquidos, viscosos ou sólidos em pó)
que, após aplicação sob a forma de uma fina camada, a um substrato se converte num filme sólido. As
tintas são usadas para proteger e dar cor a objetos ou superfícies.
A tinta é muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objetos. Usa-se para
produzir arte; na indústria: estruturas metálicas, produção de automóveis, equipamentos, tubulações,
produtos eletroeletrônicos; como proteção anticorrosiva; na construção civil: em paredes interiores, em
superfícies exteriores, expostas às condições meteorológicas; um grande número de aplicações atuais
e futuras, como frascos utilizados para perfumes e maquiagens.
Por muito tempo as tintas liquidas foram utilizadas pelo seu aspecto estético, mais tarde, quando
introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais
severas, o aspecto proteção ganhou mais importância, enquanto as tintas em pó tiveram sua origem
da década de 50 nos Estados Unidos.
No Brasil, atualmente temos tintas, resinas e diversas formulações que possuem tecnologia a nível
internacional e de acordo com as mais modernas técnicas de proteção anticorrosiva utilizadas no
segmento de pintura industrial.
Atualmente as tintas liquidas possuem a maior fatia do mercado por ter sua tecnologia mais
conhecida, enquanto as tintas em pó estão crescendo devido as suas vantagens econômicas,
decorativas, protetivas e de segurança.
Além da decoração uma função muito importante para as tintas são as propriedades
anticorrosivas, pois aproximadamente 30% do aço produzido no mundo é utilizado para reposição de
peças e partes de equipamentos e instalações deterioradas pela corrosão, estima-se um valor de 3,5%
do Produto Interno Bruto o gasto com problemas de corrosão em países industrializados. Desse modo
as tintas têm a missão de retardar esse processo, por meio de proteção catódica, por barreira e
proteção anódica.
Como dito acima, a função anticorrosiva tem papel fundamental na economia do país, por isso é
necessário todo cuidado e inspeção para evitar falhas e defeitos na pintura, ou seja, quaisquer
alterações na pintura (falhas ou defeitos) que ocorram durante a aplicação ou após a sua exposição
que, do ponto de vista técnico e/ou estético, sejam indesejáveis independentemente de suas causas.
Desse modo, muitas falhas e defeitos podem ser evitados se alguns procedimentos forem
seguidos e se for dada devida atenção ao trabalho realizado. Entretanto, algumas complicações podem
surgir devido a imperfeiçoes em algum estágio do processo de aplicação, sejam eles no pré-tratamento
ou na utilização incorreta dos equipamentos de aplicação. Principalmente os defeitos estruturais, no
qual influenciam na proteção do material, comprometendo-o.
O ponto relevante apesar do avanço tecnológico das tintas, é que cada vez mais, precisamos
preparar mais pessoas, mais profissionais para as diversas atividades de seleção de esquemas de
pintura, aplicação, controle de qualidade da aplicação e inspeção dos esquemas de pintura, não só
durante a aplicação, mas também durante toda a vida útil à que foi projetado o esquema de pintura.
Autor:
█ SANDRO MOCHNACZ
█ Serviço ao Cliente
█ Paumar S.A Indústria e Comercio – Grupo WEG
█ www.weg.net
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SUMÁRIO
1 O QUE SÃO FALHAS E DEFEITOS ....................................................................................................... 5
1.1 Análise de falhas e defeitos .......................................................................................................... 5
1.2 Critérios de aceitação .................................................................................................................... 5 1.2.1 Critérios de defeitos ..................................................................................................................... 6
2 Origem das falhas .................................................................................................................................. 6
2.1 Áreas mais sujeitas a falhas ............................................................................................................ 6
2.2 Agentes causadores de falhas ..................................................................................................... 6 2.2.1 Tensão mecânica ........................................................................................................................ 6 2.2.2 Tensão interna ............................................................................................................................. 7 2.2.3 Ataque químico ............................................................................................................................ 7 2.2.4 Condições ambientais ................................................................................................................. 7 2.2.5 Osmose ........................................................................................................................................ 7 2.2.6 Outros fatores .............................................................................................................................. 7
2.3 Aplicação ...................................................................................................................................... 10 2.3.1 Rolo ............................................................................................................................................ 10 2.3.2 Trincha ou pincel ....................................................................................................................... 10 2.3.3 Pulverização .............................................................................................................................. 10
3 Falhas em tintas líquidas .................................................................................................................... 12
4 Falhas em tintas em pó ....................................................................................................................... 21
4.1 Problemas na aplicação das tintas em pó................................................................................. 21 4.1.1 Baixa deposição de tinta ............................................................................................................ 21 4.1.2 Aterramento do sistema deficiente ............................................................................................ 21 4.1.3 Vazão de pó excessiva .............................................................................................................. 21 4.1.4 Falta de tintas nas peças ........................................................................................................... 21 4.1.5 Excesso de pó ........................................................................................................................... 21 4.1.6 Identificação das falhas ............................................................................................................. 21
4.2 Problema na pistola eletrostática ............................................................................................... 23 4.2.1 Baixa tensão .............................................................................................................................. 23 4.2.2 Golfadas na aplicação ............................................................................................................... 23 4.2.3 Centelhas, faíscas, labaredas de fogo ...................................................................................... 23
4.3 Testes na instalação de pintura ................................................................................................. 23 4.3.1 Limpeza ..................................................................................................................................... 23 4.3.2 Umidade ou óleo na linha de ar comprimido ............................................................................. 24 4.3.3 Carga eletrostática da pistola de aplicação ............................................................................... 24 4.3.4 Estufa de cura em operação adequada .................................................................................... 24 4.3.5 Fluidização ................................................................................................................................. 24 4.3.6 Umidade do pó........................................................................................................................... 24 4.3.7 Pontos ........................................................................................................................................ 24 4.3.8 Contaminação ............................................................................................................................ 24 4.3.9 Adesão ....................................................................................................................................... 24 4.3.10 Carga massa.............................................................................................................................. 24
4.4 Defeitos na pintura - Filme curado ............................................................................................. 25 4.4.1 Cores fora de tonalidade ........................................................................................................... 25 4.4.2 Excesso de temperatura ............................................................................................................ 25 4.4.3 Baixo brilho ................................................................................................................................ 25 4.4.4 Baixa resistência mecânica ....................................................................................................... 25 4.4.5 Micro furos e crateras ................................................................................................................ 25
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4.4.6 Pontos na peça pintada ............................................................................................................. 26 4.4.7 Alastramento deficiente ............................................................................................................. 26 4.4.8 Pó repelido da peça ................................................................................................................... 26
5 Falhas comuns ..................................................................................................................................... 27
5.1 Considerações gerais de rendimento ........................................................................................ 27 5.1.1 Rendimento de tintas líquidas ................................................................................................... 29 5.1.2 Rendimento de tinta em pó ........................................................................................................ 29
5.2 Falhas gerais ................................................................................................................................ 29 5.2.1 Mangueiras longas .................................................................................................................... 29 5.2.2 Vazão da pistola ........................................................................................................................ 29 5.2.3 Velocidade do ar nas silhuetas da cabine e estufa ................................................................... 29
6 Como evitar falhas e defeitos ............................................................................................................. 30
6.1 Problemas na fábrica ................................................................................................................... 30 6.1.1 Explicitação do esquema de pintura .......................................................................................... 30 6.1.2 Qualidade das tintas utilizadas .................................................................................................. 30 6.1.3 Check list – falhas e defeitos e soluções no produto ................................................................ 31
6.2 Problemas no campo ................................................................................................................... 32 6.2.1 Treinamento e capacitação do pessoal ..................................................................................... 32 6.2.2 Elaboração de procedimentos de execução ............................................................................. 32 6.2.3 Elaboração de procedimentos de inspeção .............................................................................. 32 6.2.4 Calibração dos aparelhos e instrumentos de medição e testes ................................................ 32 6.2.5 Inspeção visual da superfície a ser pintada .............................................................................. 33 6.2.6 Avaliação das condições atmosféricas ...................................................................................... 33 6.2.7 Inspeção de recebimento de abrasivo ....................................................................................... 33 6.2.8 Inspeção de recebimentos das tintas ........................................................................................ 33 6.2.9 Avaliação do grau de limpeza da superfície .............................................................................. 34 6.2.10 Medição do perfil de rugosidade................................................................................................ 34 6.2.11 Acompanhamento da mistura e diluição das tintas ................................................................... 34 6.2.12 Avaliação do método de aplicação das tintas ........................................................................... 34 6.2.13 Ações de detecção de defeitos.................................................................................................. 34 6.2.14 Avaliação de eventuais falhas das películas de tinta ................................................................ 34 6.2.15 Prevenção na aplicação de um sistema de tinta ....................................................................... 35
6.3 Check list – falhas e defeitos e soluções no processo ............................................................ 36
7 Ensaios e controle de qualidade ........................................................................................................ 37
7.1 Exemplos de ensaios ................................................................................................................... 38
8 NORMAS DE REFERÊNCIA ................................................................................................................. 40
8.1 N-13 ................................................................................................................................................ 40
8.2 NBR 15185..................................................................................................................................... 40
8.3 NBR 14951..................................................................................................................................... 41
8.4 ISO 12944 ...................................................................................................................................... 41
9 EQUIPAMENTOS E CONDIÇÕES DE OPERAÇÕES ......................................................................... 44
10 GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... 46
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 56
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 5
1 O QUE SÃO FALHAS E DEFEITOS
Na definição de pintura industrial pode haver falhas e defeitos na película de tinta, e podem ser atribuídos aos três pilares para a obtenção de uma pintura de qualidade: material da tinta, preparação de superfície e à habilidade do aplicador.
Falha (formação do filme): Irregularidade que pode ser corrigida durante a aplicação da tinta.
Defeito: Imperfeições que podem comprometer o desempenho e/ou o grau de estética para os quais os produtos foram desenvolvidos ou especificados. O defeito pode ser:
Defeito Superficial: As falhas do efeito superficial afetam a cor e o brilho e interferem nas características decorativas, estéticas, de segurança ou ainda de identificação pela cor da película.
Defeito Estrutural: As falhas de efeito estrutural comprometem a integridade da película e por consequência a eficiência protetora do revestimento. b. Defeitos Estruturais Portanto vamos listar abaixo os defeitos classificados como de origem “estruturais”.
Os métodos convencionais mais utilizados na maioria dos casos são as aplicações a rolo, trincha ou pincel, pulverização convencional e pulverização sem ar (Airless spray).
Não é raro observarmos esquemas de
pintura, que teoricamente seriam de grande desempenho, falharem rapidamente por aspectos associados à má qualidade da aplicação.
O tradicional controle da qualidade com
ênfase em inspeção do produto final, apesar de ser a abordagem mais frequente, é totalmente contraindicada em se tratando de aplicação de tintas.
1.1 Análise de falhas e defeitos
Defeitos ABNT NBR 14951; ABNT
NBR 15156;
Falha de aplicação
Defeito após a secagem
Superficial Estrutural
1 Casca de laranja X X 2 Corrosão/oxidação X 3 Craqueamento X
4 Crateras/olho de peixe
X
5 Danos mecânicos X 6 Descascamento X 7 Descoloração X 8 Empoamento X 9 Empolamento X 10 Enrugamento X 11 Escorrimento X X 12 Espessura irregular X X 13 Exsudação X X 14 Fendimento X 15 Fervura X
16 Impregnação de abrasivo
X X
17 Inclusão de pelos X X 18 Manchamento X 19 Marcas de trincha X X 20 Poros X 21 Pulverização seca X X 22 Sangramento X X
1.2 Critérios de aceitação
A norma N-13 Rev.L diz em examinar
se cada demãos de tinta (durante a
aplicação e após exposição) está isenta de
falhas ou defeitos, tais como:
a) Escorrimento
b) Empolamento
c) Enrugamento
d) Fendimento (craqueamento)
e) Olho de peixe (cratera)
f) Impregnação de abrasivo e/ou
contaminantes
g) Descascamento
h) Oxidação/corrosão
i) Inclusão de pelos
j) Poros
k) Sangramento
l) Manchamento
m) Pulverização seca (overspray)
n) Empoamento (gizamento)
o) Fervura
p) Danos mecânicos
q) Queimas
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 6
Falhas e defeitos causados por ações
alheias ao processo de pintura tais como,
danos mecânicos ou queimaduras não se
enquadram no escopo desta Norma.
1.2.1 Critérios de Defeitos
Defeitos em pintura segundo a norma
ABNT NBR 15156:2004
• Densidade de defeito: frequência
e/ou distribuição do defeito sobre a
superfície.
• Intensidade de defeito: tamanho
específico do defeito.
DENSIDADE
GENERALIZADA LOCALIZADA
INTENSIDADE
• Pouca incidência
• Média incidência
• Generalizada
• Diversificada
2 ORIGEM DAS FALHAS
2.1 Áreas mais sujeitas a falhas
As áreas de películas de tintas mais frequentemente afetadas são:
• Estagnação de água; • Com parafusos e porcas; • De arestas e cantos vivos; • Com frestas; • Submetidas à ação de substancias
químicas; • Mais sujeitas às condições atmosféricas; • Soldas e proximidades;
Essas áreas permitem a presença de
agentes aceleradores de corrosão como agua, eletrólitos (sais, ácidos e bases), aeração diferencial e solicitações mecânicas.
2.2 Agentes causadores de falhas
Existem inúmeras razões para as tintas
falharem, é comum que essas falhas
ocorram por um dos quatro erros a seguir,
aplicação errada da tinta, tinta com defeito,
escolha errada da tinta ou exposição a
ambientes danosos. Mesmo assim, pode
acontecer de uma combinação desses erros
ser a causa do problema.
Além disso, para uma tinta falhar, deve
haver um fator para que isso aconteça, esse
fator pode ser físico, químico, degradação
por UV.
2.2.1 Tensão mecânica
Uma pintura seca, ou curada pode ser
considerada como um sólido visco elástico,
esse termo significa que certos materiais,
como as tintas, têm propriedades de líquidos
viscosos e elásticos. Ou seja, quando uma
força é exercida sobre o material ele tende a
se comportar como um liquido, ao contrário
ele tende a se comportar como um sólido.
Quando o filme está curado ele muda
gradualmente de um liquido visco elástico
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para um sólido visco elástico. Contudo, esse
comportamento entre liquido e sólido
está fortemente ligado a temperatura.
Com base nas experiências,
observou-se que os materiais são mais
frágeis a temperaturas mais baixas. Um
material testado a 21 °C aparenta ser
flexível, enquanto testado a -17 °C tende a
quebrar. Essa diferença de comportamento
é por causa da temperatura de transição
vítrea do material.
Basicamente essa temperatura é o
ponto em que alguma cadeia de polímero,
que contém fortes interações, alcança
energia térmica o suficiente para ‘relaxar’ e
se tornar flexível.
As propriedades físicas são
frequentemente estudadas nesse ramo, e
testes envolvendo tensão e elasticidade são
utilizados frequentemente.
2.2.2 Tensão interna
Quando as tintas curam, elas tendem a
encolher. Isso ocorre por causa da perda de
massa pela evaporação do solvente.
Contudo, o que acontece é o oposto, a
tensão interna é uma consequência da não
habilidade da tinta encolher.
2.2.3 Ataque químico
Como dito anteriormente, alguns
fatores devem ocorrer para acontecer a
falha. O ataque químico é um desses fatores,
pois, podem degradar a integridade da
pintura.
Na maior parte as tintas são feitas de
polímeros orgânicos, e a reatividade das
moléculas orgânicas depende dos grupos
funcionais presentes no composto. Como se
tratam de compostos orgânicos, há ligações
covalentes entre os átomos, sendo assim, a
acessibilidade à elétrons é outro fator que
influencia a reatividade da tinta.
2.2.4 Condições ambientais
As condições atmosféricas, como
calor, umidade e luz, podem ser muito
destrutivas para as tintas. A luz do sol possui
radiações que são mais energéticas (UV),
sendo assim, é possível de acontecer a
fotodegradação de compostos orgânicos
presentes nas tintas, causado pela absorção
da energia UV, em consequência as ligações
químicas são quebradas e as propriedades
físicas podem ser alteradas, geralmente
para pior.
2.2.5 Osmose
Outro mecanismo causador de falhas é
a permeação, seja por oxigênio ou pela
água, que em contato com o substrato pode
causar corrosão e consequentemente
falhas. Uma célula osmótica pode ser criada
quando água fica estagnada na superfície da
tinta. Essa célula é uma membrana
semipermeável, que separa soluções de
altas e baixas concentrações, gerando uma
alteração no equilíbrio do sistema. Com isso,
podem se obter falhas na pintura.
2.2.6 Outros fatores
Existem outros fatores externos que
também influenciam no surgimento de
falhas, tais como operações de montagem,
microclima, movimentação e
armazenamento e danos mecânicos.
2.2.6.1 Movimentação e armazenamento
Peças empilhadas de forma incorreta,
sem separação dificultando o acesso para
movimentação e a elevação sem nenhum
cuidado de separação entre as peças
causando danos em todas as arestas são
problemas que independem da aplicação e
da qualidade da tinta. Danos podem ser
ocasionados também por uso incorreto de
equipamentos no manuseio das peças.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 8
(a) Armazenamento feito de maneira incorreta
(b) Transporte realizado da maneira
incorreta
(c) Dano ocasionado pelo uso de
empilhadeira para virar a peça
(d) Elevação realizada de maneira incorreta
(e) Armazenamento feito de maneira
correta
(f) Transporte feito de maneira correta,
uso de EVA sobre os caibros de madeira
e entre as cintas e a estrutura na
amarração
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2.2.6.2 Microclima
Ambientes confinados que possam possuir condições diferentes da zona exterior. Caso
tenham proximidade de atmosferas agressivas (polos petroquímicos, indústrias de papel e
celulose, fertilizantes), esse problema é agravado.
(a) fumos químicos com direção a plataforma (microclima)
2.2.6.3 Exsudação (amine bloom)
Essa falha é causada pela presença de
amina livre sobre a superfície da pintura.
Para verificar a presença desse fenômeno
existem alguns métodos, o mais simples
deles é ao passar a mão sobre o
revestimento com amina livre percebe-se ela
serosa e com odor característico da resina.
Cabe ressaltar que essa primeira
impressão pode ter um outro fator, que é
cura retardada principalmente pelo excesso
de espessura.
Outra maneira de verificar a existência
da amina é com kits de verificação existentes
no mercado, em que eles acusam a
presença de carbamato, indicando a
provável presença de aminas livres.
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A foto acima ilustra a migração de
amina sobre o filme de poliuretano,
confirmando a presença de amina, e
posteriormente o desplacamento
generalizado.
2.3 Aplicação
2.3.1 Rolo
Este método de aplicação é
frequentemente utilizado na pintura de
superfícies de porte médio. Para a sua
aplicação deve-se utilizar rolo com lã de
carneiro, pois as tintas contêm compostos
orgânicos que afetam o de espuma.
Geralmente tinta de alta espessura
aplicada a rolo não alastra suficientemente,
deixando o filme irregular, podendo acarretar
a falta de cobertura em pontos de baixa
espessura. Este fato se dá devido às tintas
de alta espessura serem formuladas para
não escorrerem quando da sua aplicação,
apresentando uma alta viscosidade
tixotrópica.
Ao repintar sistemas termoplásticos
(como borracha clorada, vinílico, acrílico,
etc.), deve-se tomar o máximo cuidado, pois,
com a força aplicada sobre a demão anterior,
poderá solubilizar novamente a tinta e
começar a formar grumos na aplicação e
também ocorrer o sangramento.
2.3.2 Trincha ou pincel
Método de aplicação relativamente
lento, porém, é geralmente empregado
quando se tratam de pequenas áreas,
retoques, repasse em áreas de solda,
rebites, quinas e cantos.
As tintas de alta espessura foram
desenvolvidas para aplicação por
pulverização airless, sendo, assim, difícil
conseguir uma uniformidade sem que haja a
formação de sulcos provenientes das cerdas
do pincel.
Ao repintar sistemas termoplásticos
(como borracha clorada, vinílico, acrílico,
etc.), deve-se tomar o máximo cuidado, pois,
com a força aplicada sobre a demão anterior,
poderá solubilizar novamente a tinta e
começar a formar grumos na aplicação.
2.3.3 Pulverização
Este sistema de aplicação é o mais
eficaz e produtivo da forma como é projetada
e depositada a tinta sobre o substrato,
promovendo uma boa uniformidade e
alastramento do filme ao longo da superfície
aplicada. Os dados sobre os tipos de
equipamentos necessários para aplicação,
levando em consideração sua viscosidade,
tipo de material e assim por diante, se
encontram na sessão de tabelas.
2.3.3.1 Convencional
Método rápido e muito utilizado pela
sua facilidade de aplicação. A pistola
convencional é um conjunto de
equipamentos relativamente simples, porém
é imprescindível a mão-de-obra
especializada, usando a seguinte
combinação: volume e pressão do ar com a
vazão do fluido, para obter uma película
isenta de defeitos. Além dos controles acima,
é muito importante a escolha do tipo de
pistola e seus equipamentos, tais como:
capa de ar, agulha e tipo de bico, que
incidem diretamente na perfeita
pulverização.
Se a aplicação por meio da
pulverização convencional não for
devidamente controlada, teremos
certamente grande quantidade de tinta por
overspray, além de problemas técnicos
como escorrimento, fraco alastramento,
porosidade, etc.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 11
A tinta de alta espessura, se aplicada através de pulverização convencional, irá requerer maior diluição, refletindo em maior número de demãos para atingir a espessura recomendada.
2.3.3.2 Airless spray
Na pulverização sem ar (airless
spray), o ar não se mistura com a tinta para
formar o leque, pois é pulverizada por meio
de pressão hidráulica, através de bicos
especialmente projetados. Esta pressão é
fornecida por uma bomba acionada a ar,
tendo uma alta relação de pressão do fluido
para a pressão do ar.
As principais vantagens da
pulverização por airless spray são as
aplicações de tintas de alta espessura sem
diluição, para trabalhos de grande escala
com chaparias ou peças planas; menor
perda de material e redução do overspray;
aplicação rápida e vantagens econômicas.
O leque de pulverização é produzido
por uma fenda na ponta dos bicos. A escolha
do bico dependerá da pressão de fluido
necessária para obter a pulverização
desejada e do orifício necessário para
produzir a correta vazão de saída do fluído.
A escolha do tamanho do leque de
aplicação está relacionada com o tamanho
do orifício e escolha do bico, e dependerá do
tipo de acabamento desejado e facilidade de
aplicação.
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3 FALHAS EM TINTAS LÍQUIDAS
Ao variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, solvente e aditivos, podem criar uma vasta
variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de óxido de titânio são os
três indicadores da qualidade de uma tinta. Uma matéria prima de qualidade é o suficiente para garantir
a qualidade da tinta, porém há outros fatores presentes para que a aplicação da tinta tenha êxito, a
habilidade do pintor e a preparação da superfície são fatores igualmente importantes para uma boa
pintura.
Os quadros seguintes apresentam causas e soluções para os problemas de aplicação de tintas
líquidas.
Identificação Origens Correções Fervura
Presença de várias bolhas pequenas que aparecem em parte de superfície ou em toda a superfície pintada, podendo ou não apresentar um pequeno orifício central
1) Evaporação muito rápida do solvente 2) Aplicação sobre superfícies quentes 3) Tinta formulada inadequadamente para aplicação a rolo 4) Uso de Diluente/Thinner inadequado 5) Espessura muito alta 6) Não atendimento dos intervalos entre demãos 7) Necessidade de Flash Off 8) Temperatura ambiente
1) Após secar, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme a especificação técnica 2) Usar solvente menos volátil 3) Uso de retardador 4) Deixar esfriar o substrato 5) Usar tinta aditivada com tenso ativos / antiespumantes para aplicação a rolo 6) Usar Diluente / Thinner correto 7) Aplicar na espessura recomendada 8) Respeitar os intervalos recomendados entre demãos 9) Aumentar o tempo de Flash Off para forneio (Cura em estufa)
Enrugamento
Presença de micro rugas na superfície ou encolhimento da película de tinta aplicada em parte ou em toda a superfície. Ondulação da película, ocasionada por uma secagem irregular
1) Pode ser motivado por películas muito espessas ou por solventes extremamente voláteis 2) Secagem superficial muito rápida 3) Formulação da tinta (uso solventes muito voláteis) 4) Não atendimento dos intervalos entre demãos
1) Após secar, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme a especificação técnica 2) Se necessário remover tudo 3) Aplicar espessura correta 4) Usar solvente menos volátil. 5) Diluir corretamente
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Empolamento ou Bolhas
Formação de bolhas ou vesículas contendo sólidos, líquidos ou gases
1) Encapsulamento de ar na tinta devido processo de mistura e preparação 2) Processo de aplicação que envolve bombeamento 3) Secagem superficial rápida do filme 4) Uso de solvente de evaporação rápida 5) Superfície mal preparada ou oleosa. 6) Excesso de umidade no substrato ou ambiente. 7) Solvente retido no substrato devido à secagem rápida da tinta. 8) Uso de tinta muito porosa (inadequada ao ambiente)
1) Após secar, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme a especificação técnica 2) Se necessário remover tudo 3) Uso de menor proporção de solventes de evaporação rápida na formulação 4) Melhorar a limpeza superficial. 5) Tratamento de superfície próximo orla marítima (maresia) 6) Eliminar a umidade no substrato. 7) Aplicar espessuras conforme recomendação e usar solvente mais pesado. 8) Eliminar a umidade do ambiente 9) Rever especificação da tinta
Marcas de trincha
Falta de nivelamento; pintura estriada no sentido de aplicação
1) Tinta com desbalanceamento tixotrópico. 2) Solvente de evaporação rápida. 3) Inabilidade do pintor ou pincel de cerdas muito duras.
1) Utilizar produtos adequados. 2) Usar solventes de evaporação mais lenta (retardador) 3) Treinamento de Pintor 4) Utilização de pincel mais macio.
Gretamento ou Craqueamento
A superfície apresenta-se com aspecto de textura igual ao couro de jacaré (alligatoring)
1) Inabilidade do Pintor 2) Aplicação de tintas Etil Silicato de Zinco (Alta Camada) 3) Aplicação de tinta de alta dureza sobre fundo de menor dureza. 4) Secagem superficial rápida, enquanto a película continua pastosa por retenção do solvente. 5) Camada muito espessa. 6) Diluição inadequada 7) Não observância dos intervalos entre demãos
1) Treinamento do Pintor 2) Respeitar intervalos entre demãos 3) Respeitar intervalos entre demãos 4) Seguir orientação de diluição 5) A tinta aplicada deve ser de dureza adequada ao fundo. 6) Usar solvente adequado. 7) Aplicar espessuras conforme recomendação 8) Seguir recomendação de intervalo entre demão 9) Caso a tinta for Etil Silicato de Zinco – Derrubar tudo jateando.
Escorrimento ou Coladuras
Em superfícies verticais as tintas tendem, por ação da gravidade, a se deslocar enquanto líquidas, em forma de onda ou gotas até a parte inferior.
1) Inabilidade do Pintor 2) Viscosidade muito baixa da tinta. 3) Camada muito espessa. 4) Uso de diluentes inadequados 5) Desbalanceamento de solventes. 6) Falta de tixotropia. 7) Não observância dos intervalos entre demãos 8) Sedimentação na embalagem
1) Treinamento do Pintor 2) Acertar a viscosidade conforme orientação do fabricante. 3) Aplicar espessuras recomendadas de filme úmido 4) Usar solventes mais voláteis. 5) Utilizar produtos de boa qualidade técnica. 6) Respeitar intervalos recomendados entre demãos 7) Misturar bem as tintas
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Trincamento
A superfície apresenta-se com minúsculas trincas.
1) Intervalos entre demãos menores que o estipulado. 2) Uso excessivo de solvente nas camadas subsequentes. 3) Ganho ou perda de água (quando a superfície é de madeira).
1) Obedecer ao tempo recomendado pelo fabricante para repintura. 2) Usar Diluente recomendado pelo fabricante 3) Selar o substrato da madeira convenientemente. 4) Não usar qualquer tipo de thinner
Descoramento (branqueamento)
Perda de cor por degradação dos pigmentos ou por fotodegradação da resina. Geralmente ocorre em Tintas Epóxi.
1) Pigmentos ou resinas inadequadas para a finalidade. 2) Ocorre com mais frequência em dias frios, úmidos e chuva.
1) Empregar tintas de formulação adequada para resistir às condições ambientais específicas. 2) Esperar secar e polir com Massa de Polir 3) Em casos mais graves, aguardar secagem completa, lixar com lixa de grana fina, adicionar de 5 a 10% em volume de Retardador.
Aspereza
Após a secagem da tinta a superfície se apresenta áspera ao toque, com partículas sólidas salientes e aderidas ao filme.
1) Poeira do ambiente depositada sobre a pintura enquanto ainda não curada. 2) Presença de sedimentação na tinta 3) A tinta não foi devidamente homogeneizada antes da aplicação.
1) Evitar pinturas em ambientes com presença de poeira. 2) Homogeneizar a tinta completamente e filtrar se necessário.
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Sangramento
Consiste no manchamento de uma película, especialmente pelo afloramento da cor da tinta de fundo. Migração parcial dos pigmentos, geral- mente vermelhos e marrons da pintura antiga para a película do novo acabamento.
1) O solvente do novo acabamento dissolve a tinta antiga. 2) A ação de solventes fortes da tinta de acabamento provoca a dissolução da tinta de fundo, com o consequente manchamento do acabamento. 3) Aplicação de tintas sobre tintas à base de alcatrão
1) Remover totalmente a pintura e repintar com a cor desejada. 2) Consultar o fabricante quanto a recomendação de produtos
Descascamento (falta de aderência)
Descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou totalmente.
Consiste na perda de aderência entre a película e o substrato ou das diversas demãos entre si.
1) Superfície mal preparada, contaminada com gorduras ou partículas sólidas soltas. 2) Umidade no substrato sob efeito do calor ambiental passa ao estado de vapor, pressionando o filme de tinta, que se desprende. 3) Pintura sobre superfície aquecida. 5) Contaminação da superfície a ser pintada após a limpeza 6) Rugosidade inadequada (pouca rugosidade) 8) Inobservância dos intervalos para repintura 9) Contaminação da superfície entre demãos.
1) Melhorar a limpeza superficial 2) Controlar o perfil de rugosidade 3) Eliminar partículas sólidas soltas. 4) Medir a temperatura do substrato 5) Rever possíveis pontos de contaminação durante o manuseio da peça 6) Ajustar a viscosidade de maneira a garantir a tensão superficial baixa pra uma completa umectação da superfície. 7) Nunca usar tintas convencionais sobre superfícies aquecidas acima de 50ºC.
Calcinação
Envelhecimento superficial das pinturas resultando no seu engizamento (chalking)
1) Degradação da resina das tintas sob o efeito dos raios solares (Tintas Epóxi). 2) Nas tintas brancas e pastéis uso de pigmento (dióxido de titânio) inadequado.
1) Escolher tintas de formulação adequada para resistir as radiações ultravioleta e as intempéries.
Desenvolvimento de fungos ou bolor
Formação de colônias de fungos que se desenvolvem escurecendo a superfície.
1) Umidade elevada associada à presença de materiais orgânicos em decomposição ou parasitas de plantas. 2) Temperatura ambiente entre 0ºC e 40ºC e oxigênio favorecem o desenvolvimento de fungos.
1) Lavar a superfície com solução de hipoclorito de sódio ou formol. 2) Usar tintas que contenham agentes fungicidas. 3) Diminuir a umidade aquecendo o ambiente e aumentando a ventilação. 4) Aplicar esquemas de pintura que tornem as superfícies niveladas, livres de micro cavidades e imperfeições onde os fungos se alojam.
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Diferença de tonalidade
Manchas na superfície com impressão de serem cores diferentes
1) Uso de thinners/solventes
inadequados. 2) Utilização de produtos com viscosidades incorretas. 3) Uso incorreto do revólver de pulverização. 4) Número inadequado de demãos. 5) Homogeneização inadequada antes da aplicação
1) Se necessário remover totalmente o filme aplicado 2) Corrigir a tonalidade com as cores mixing. 3) É importante homogeneizar bem o produto antes da sua aplicação 4) Conferir as espessuras do filme aplicado
Casca de laranja
Irregularidades da Superfície pintada lembrando o aspecto de casca de laranja (filme não uniforme, micro relevos)
1) Ambiente muito quente durante a pintura 2) Alta viscosidade da tinta grossa 3) Uso de thinners ou solventes não recomendados. 4) Regulagem inadequada do revólver de pulverização. 5) Velocidade de aplicação e distância entre o revólver e a superfície incorreta. 6 Aceleração da secagem com jato de ar. 7) Intervalo insuficiente entre demãos. 8) Inabilidade do Pintor
1) Se necessário remover totalmente o filme aplicado 2) Treinamento do Pintor 3) Consultar fabricante quanto ao Diluente adequado 4) Ajustar corretamente a viscosidade de aplicação da tinta 5) Obedecer aos intervalos entre demãos.
Manchamento das cores metálicas
Concentração de alumínio em pequenas áreas, ocorrendo o manchamento da pintura.
1) Inabilidade do Pintor 2) Pressão muito baixa ou distância insuficiente do revólver em relação à superfície. 3) Uso de Thinners ou solventes de evaporação lenta.
1) Treinamento do Pintor 2) Após secagem completa, lixar e repintar 3) Usar apenas o diluente recomendado pelo fabricante
Oxidação Prematura
Manchas de oxidação vindas do substrato
1) Insuficiência de espessura seca final. 2) Peça jateada sem controle do perfil de jato. 3) Contaminação. 4) Aplicação de espessura de filme irregular
1) Adequar e controlar camadas secas. 2) Umidade no substrato. 3) Aplicar a tinta em espessuras uniformes 4) Controlar o perfil de jato
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Eflorescência
Sais inorgânicos de coloração esbranquiçada que migram do interior da superfície e podem, inclusive, romper a película de tinta.
1) Superfície de alvenaria contendo alto teor de umidade, sem estar suficientemente curada.
1) Raspar o substrato e aguardar cura completa do mesmo. 2) Utilizar fundo selado alcalino resistente e repintar com tinta adequada. 3) Se necessário, neutralizar previamente a superfície com solução de ácido muriático.
Crateras
Formação de uma pequena depressão arredondada sobre a superfície pintada. Pode apresentar-se de forma perfurante e apenas superficial. Também conhecida como olho de peixe.
1) Superfície contaminada por óleos, graxas ou gorduras 2) Ambiente de pintura contaminado por silicones 3) Uso de anti-respingos e desmoldantes a base de silicone em áreas próximas a pintura 4) Ar comprimido contaminado 5) Umidade sobre a peça e no ar 6) Falta de instalação de purgadores e filtros de ar 7) Pouca homogeneização da tinta
1) Observar o tratamento de superfície quanto a presença de óleo 2) Instalar purgadores de ar próximo as pistolas de pintura 3) Efetuar a purga do compressor com certa frequência 4) Eliminar anti-respingos e desmoldantes a base de silicone dos locais de realização de solda 5) Homogeneizar bem a tinta antes da preparação.
Névoa Branqueamento (Brushing)
É o esbranquiçamento da superfície pintada com Tinta Nitrocelulose.
Durante a aplicação, a evaporação dos solventes provoca o resfriamento. A água condensada no filme provoca precipitação das resinas e pigmentos, gerando o aspecto leitoso e falta de brilho.
1) Ocorre durante a aplicação da tinta em condições de alta umidade 2) Uso de diluentes / thinners inadequados 3) Presença de muita umidade no ambiente de pintura 4) Demão muito carregada, retardando a secagem
1) Após secar, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme a especificação técnica 2) Controlar a umidade e temperatura dos ambientes de pintura 3) Usar diluentes de evaporação mais lenta
Impurezas no filme
São defeitos semelhantes minúsculos grânulos que ocorrem aleatoriamente na superfície
1) Impurezas impregnadas na superfície 2) Presença de partículas gelificadas de resinas na tinta 3) Presença de impurezas no ambiente 4) Impregnação de abrasivo
1) Avaliar como está a estabilidade do produto 2) Observar a limpeza do substrato 3) Passar ar comprimido nas peças antes da pintura
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Marcas de lixa
Aspecto de riscos no filme de tinta sobre o substrato retratando parcial ou totalmente a peça
1) Uso de lixa de grana muito grossa para o preparo da superfície 2) Uso de ferramentas manuais e mecânicas inadequadamente
1) Corrigir com massa rápida ou poliéster o local 2) Lixar com lixa de grana mais fina 3) Treinamento dos operadores
Sedimentação
Decantação de substâncias sólidas ou pastosas no fundo das embalagens de difícil homogeneização
1) Problema de formulação 2) Produto muito tempo armazenado 3) Tinta diluída e guardada por longo período 4) Excesso de diluição 5) É produto que foi solicitado a sua revalidação? 6) Ambiente de armazenamento inadequado 7) Sedimentação apenas após diluir a tinta?
1) Emitir registro de reclamação para o fabricante, solicitando a correção 2) Implantar sistema de utilização sempre do lote mais antigo 3) Diluir de acordo com orientações do fabricante 4) Utilizar produtos revalidados primeiro 5) Implantar melhorias nas áreas de armazenamento 6) Após diluir se ocorrer sedimentação, homogeneizar com mais frequência.
Diferenças de Espessuras
Diferença nas espessuras de tintas aplicadas geralmente geradas em função da geometria da peça
1) Inabilidade do Pintor 2) Falta de controle de filme úmido, quando aplicável. 3) Uso de tintas eletrostáticas 4) Geometria da peça que gera as diferenças de espessuras
1) Após secar, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme a especificação técnica 2) Treinar os Pintores 3) Quando possível adotar o uso de pente úmido
Poros
Por causa da alta carga de zinco sobre a concentração em volume do pigmento do aglutinante, os revestimentos ricos em zinco são mais porosos do que qualquer outro tipo de tinta
1) Evaporação rápida dos solventes; 2) Temperatura ambiente alta. 3) Temperatura de superfície alta; 4) Aplicação de espessura acima do recomendado; 5) Oclusão de ar ou solvente no filme (Tinta etil silicato de zinco); 6) Falta de habilidade do pintor; “Overspray”; uso de diluente errado.
1) Respeitar o Intervalo mínimo entre demãos; 2) Controle das condições ambientais e temperatura da superfície; 3) Selagem adequada das tintas etil silicato de zinco (tie coat ou mist coat); 4) Correto balanceamento dos solventes na tinta e diluente (+ pesado). 5) Lixar superficialmente a superfície e aplicar uma nova demão.
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Empoeiramento (Overspray)
Formação de muita nuvem de tinta durante a aplicação, trazendo como consequência após a secagem o aparecimento do aspecto áspero ao passar a mão sobre a peça
1) Inabilidade do Pintor 2) Ambiente de pintura muito quente 3) Pressão de aplicação muito alta 4) Uso de Thinner inadequado
1) Treinar os Pintores 2) Controlar a temperatura ambiente 3) Regular a pressão de aplicação geralmente de 40 a 60 Lb / pol2 4) Diluir conforme recomendação do fabricante 5) Usar Thinner ou diluente de secagem mais lenta 6) Controlar a temperatura do substrato
Baixa cobertura
Característica de filme aplicado onde aparece o fundo da chapa ou a cor da tinta de fundo (Primer) após a aplicação da tinta
1) Falta de homogeneização da tinta 2) Preparação inadequada, com excesso de diluição 3) Produto inadequado 4) Falta de procedimento na linha de pintura
1) Implantar procedimento na pintura com orientações de uso, manuseio e preparação das tintas 2) Controlar a diluição via medição da viscosidade 3) Comunicar a Fábrica, para que seja avaliada a possibilidade de melhoria da tinta para os próximos lotes a serem fornecidos
Baixa resistência à lavabilidade
Ao tentar remover sujeiras por lavagem com sabão neutro, a tinta se desmancha ou deixa sinais da operação.
1) A tinta não está curada. 2) A formulação não é adequada para ser lavada.
1) Deixar a tinta atingir a cura total antes de lavar. 2) Usar tintas de formulação adequada.
Manchas (Úmidas ou químicas)
Mudança no aspecto da superfície como resultado do contato com a água diretamente sobre o filme ou o substrato, podendo gerar marcas semelhantes a pontos, anéis, manchas ou mesmo diminuição do brilho
1) Contato com umidade ou outro produto antes do seu período de cura total 2) Fixação de sujeiras em áreas de maior porosidade ou de fusão térmica. 3) Efeitos de sais do substrato sobre o veículo da tinta ou sobre os pigmentos/cargas. 4) Produto inadequado 5) Presença de umidade no substrato e ambiente.
1) Após a secagem, lixar as partes afetadas, preparar a superfície e repintar conforme especificado 2) Observar período após aplicação antes de colocar em contato com produtos químicos ou umidade 3) Rever produto junto ao fabricante 4) Lavar a superfície. 5) Eliminar a causa da umidade no substrato e ambiente.
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Saponificação
A tinta parece mole ou pegajosa, pode acontecer na superfície inteira ou em locais específicos
1) Reação de saponificação entre os componentes das tintas (ésteres, alcalinos e água). 2) Geralmente encontrado em tintas alquidicas e a óleo. 3) Frequentemente encontrado em pinturas em concreto e pinturas em conjunto com proteção catódica
1) Remover a tinta pegajosa onde a saponificação ocorreu 2) Utilizar abrasivos e limpar a superfície 3) Reaplicar as tintas de fundo e de acabamento não saponificáveis
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4 FALHAS EM TINTAS EM PÓ
4.1 Problemas na aplicação das tintas
em pó
4.1.1 Baixa deposição de tinta
Baixa eficiência do gerador (Atração
Eletrostática) – Fonte de alta tensão do
equipamento.
Desmonte a pistola, limpando todos
os contatos de energia do cabo de alta
tensão com a cascata e eletrodo.
4.1.2 Aterramento do sistema deficiente
Checar o aterramento da instalação completa, verificando se não houve rompimento do fio terra. Ganchos sujos, prejudicando a aterramento da peça ao sistema.
Limpar os pontos de contato entre
peça e gancheira. Pode utilizar um cabo
aterrado como vareta para improvisar um
aterramento para peças que não possuam
contato algum.
4.1.3 Vazão de pó excessiva
Ajustar o equipamento para vazões
entre 120 à 150 g/min. Lembre-se que
partículas de pó não ionizadas não são
atraídas para as peças. Pistolas muito
próximas as peças. Reposicione a pistola
para uma distância aproximada de 15 cm.
Projeto irregular das gancheiras.
Desenvolver gancheiras que facilitem o
acesso do pó para as peças. Velocidade do
ar da exaustão da cabine muito alta. Instalar
silhuetas para distribuir melhor a ventilação.
4.1.4 Falta de tintas nas peças
Corrente de ar na cabine. Enclausurar
região de pintura de modo não permitir que
correntes de ar interferiram na atração do pó.
Baixa vazão de pó. Aumente a vazão
de pó após limpar o sistema de alimentação
de tinta (mangueira / bomba ejetora). Tempo
insuficiente para pintura. Reduzir a
velocidade do transportador. Acrescentar
mais pistolas.
Deposição fraca de tinta na peça.
Técnica de pintura irregular. Estabelecer
método de aplicação realizando estudo
sobre a peça. Em peças planas sobrepor as
passadas e cruzar as demãos. Iniciar a
pintura nas partes mais críticas, cantos sob
efeito de gaiola de Faraday.
Tipo de peça não compatível com a
instalação. Maior cuidado no retoque
manual. Instalação de pistolas adicionais.
Peça com cantos (Gaiola de Faraday) e
Repintura. Diminuir a tensão e a vazão. No
caso de repintura, repita o procedimento e
caso necessário, prepare a superfície com
lixa nº 400, limpeza com álcool e evitar
contato manual.
4.1.5 Excesso de pó
Caso tenha vazão alta. Reduzir a vazão. Pistolas muito próximas da peça. Reposicione as pistolas, distanciando-as. Tempo excessivo de pintura. Aumente a velocidade do transportador e treinamento de operador, caso houver.
4.1.6 Identificação das falhas
O quadro seguinte apresentam
causas e soluções para alguns problemas
específicos na aplicação das tintas em pó.
Lembrando que alguns defeitos
mencionados na tabela de defeitos da tinta
líquida também pode ocorrer nas tintas em
pó, como por exemplo:
Fervura
Empolamento ou Bolhas
Contaminação
Casca de laranja
Crateras
Oxidação prematura
Calcinação
Impurezas
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 22
Identificação Origens Defeitos Baixa fluidização
Pó pesado com pouca movimentação no tanque gerando aplicação com camada irregular
1) Presença de umidade ou óleo no ar comprimido 2) Obstrução do ar na entrada do tanque 3) Erro na regulagem do ar de fluidização 4) Pó com umidade devido a armazenamento inadequado
1) Verificar o estado de compressores e purgadores 2) Verificar todos os dutos de suprimento de ar 3) Ajustar o fluxo de ar até fluidização adequada do pó 4) Recolher o pó em uso e recomeçar o processo com pó de embalagem fechada
Falta de aderência
Durante a aplicação o pó bate na peça não aderindo, gerando mais tinta para ser recuperada
1) Aparelho de aplicação com baixa tensão eletrostática 2) Peças com pouco aterramento 3) Aplicação com tinta recuperada 4) Posicionamento errado da pistola
1) Regular a tensão de acordo com o tipo de aplicação: - Pintura: 80 - 100 kV - Repintura: 40 - 50 kV Trocar a pistola para verificar se o problema é no equipamento 2) Verificar e limpar pontos de contato com gancheiras. Verificar se não foi rompido o cabo de aterramento 3) Ajustar a proporção de mistura. Evitar usar somente pó recuperado 4) Reposicionar as peças
Pontos Salientes
Defeito constituído por minúsculos grânulos da mesma cor da tinta, dispersos aleatoriamente na tinta curada
1) Impurezas no substrato 2) Uso de tinta recuperada sem efetuar filtração prévia 3) Tela de filtração da tinta recuperada furada 4) Golfadas de pó geradas pela pistola durante a aplicação 5) Aplicação de tinta contendo grumos 6) Impurezas no ambiente
1) Passar ar comprimido nas peças contaminadas antes da pintura 2) Parar de misturar tinta recuperada enquanto não for possível filtrar 3) Peneirar a tinta antes de colocar no tanque de fluidização. Se a compactação for muito intensa, usar tinta de outro lote caso haja em estoque 4) Efetuar a limpeza da linha inclusive da estufa avaliando a parte lateral e superior da mesma
Golfada de pó
O pó é expelido de maneira não uniforme
1) Baixa pressão de ar 2) Fluidização baixa ou em excesso 3) Caminho do pó obstruido 4) Pó úmido ou compactado 5) comprimento de mangueira excessiva
1) Veridicar e arrumar a pressão 2) Regular a fluidização do recipiente 3) Realizar a limpera da mangueira 4) Usar mangueira de tamanho correto
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 23
Falha no leque
A forma com que o pó é ejetado é diferente do ideal
1) Pelas gastas ou desalinhadas 2) Pó aculumado na trajetoria até a pistola 3) Fluidização em excesso 4) Ar de transporte em excesso
1) Manutenção das peças com regularizade 2) Limpeza eficaz das peças antes do uso 3) Regular a fluidização 4) Controlar a pressão do ar de entrada
Gancheira suja
Sujeira presente no gancho dificulta o aterramento
1) Falta de limpeza do gancho 2) Material pendurado de forma errada
1) Limpar o gancho com frequêcia 2) Verificar o contato entre o material e o gancho, para garantir o aterramento
4.2 Problema na pistola eletrostática
4.2.1 Baixa tensão
Fuga de alta tensão. Fugas de alta
tensão nas conexões do cabo com o
multiplicador (cascata), resistência e eletrodo.
Desregulagem da placa osciladora.
Potenciômetros desregulados. Fonte de alta
tensão (cascata) queimada (contatar
fabricante).
4.2.2 Golfadas na aplicação
Venturi (ejetor) gasto. O pó por ser
abrasivo, promove um desgaste do furo
interno, aumento o seu diâmetro.
A perda da pressão interna faz com que
o pó perca velocidade de transporte, fazendo
com que haja aglomerações de partículas no
interior da mangueiras e pistola.
4.2.3 Centelhas, faíscas, labaredas de fogo
Fuga de alta tensão. Cabo de alta
tensão rompido; Resistência da pistola está
aberta.
Verificar eventuais fugas de alta tensão
utilizando um fio condutivo ligado ao
aterramento do equipamento e passando-o
por todo o comprimento do cabo de alta
tensão e pistola. A presença de um curto
circuito indica fuga de alta tensão. Medir a
resistência elétrica da pistola.
4.3 Testes na instalação de pintura
4.3.1 Limpeza
(Desengraxe) colocar uma peça sob uma torneira aberta. Não deverá ocorrer filetes de água (Quebra d’água). O molhamento deverá ser uniforme.
Limpar uma chapa manualmente utilizando somente um solvente e pintá-la. Comparar os resultados entre o teste e o verificado na linha.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 24
4.3.2 Umidade ou óleo na linha de ar comprimido
Ative o leito fluidizado e identifique no
reservatório o nível obtido. Mantenha o leito
ativado durante 1 hora e em seguida observe
novamente o nível obtido.
O nível deverá ser o mesmo. Caso o
nível de pó tenha abaixado, indica umidade na
linha de ar comprimido.
4.3.3 Carga eletrostática da pistola de aplicação
Ajuste a tensão da pistola para máxima
tensão. Mantenha a vazão de pó fechada.
Segure uma folha de papel em frente ao bico
da pistola e acione o gatilho. O papel deverá
ser repelido pelo campo eletrostático caso a
pistola esteja correta.
Pinte um painel e em seguida bata-o
levemente contra a parede da cabine de
aplicação. Considera-se satisfatório se
apenas uma pequena quantidade de pó se
desprender do painel.
4.3.4 Estufa de cura em operação adequada
Coloque painéis pintados em diferentes
regiões da estufa. (Estacionária: Cantos,
Meio, Pontos superior e inferior - Contínua:
Ponto superior, meio e inferior) verifique a cor
e o brilho dos painéis após a cura. A cor e o
brilho deverão ter a mesma correspondência
nos diferentes painéis.
Execute os testes de grade
(aderência), dobramento (flexibilidade) e MEK
(cura). Os painéis deverão ser aprovados em
todos os testes. O nível mais baixo indica
menor fluidez.
4.3.5 Fluidização
Realize um teste comparativo com
vários tipos de pó, aplicando os mesmos
parâmetros de pressão do ar e quantidade
depositada no recipiente. Com o leito ativado,
identifique o nível atingido pelo pó. Não
deverá apresentar empedramento e/ou
grumos. Pequenos caroços poderão ser
encontrados, porém, facilmente dissolvidos.
4.3.6 Umidade do pó
Apanhe com a mão, uma determinada
quantidade de tinta e comprima-a fechando a
mão. Em seguida solte-a. Eventuais pontos
incorporados no filme são mais visíveis em
camadas baixas.
4.3.7 Pontos
Aplicar a tinta em pó em uma camada
regular de 40 a 50 micrometros. Se houver
contaminação de qualquer origem, a mesma
deverá aparecer no painel.
4.3.8 Contaminação
Mergulhe e retire um painel pré-
aquecido à 200 ºC em uma caixa de tinta
virgem e o examine. A presença de
contaminantes no filme e/ou substrato indicam
pré tratamento da superfície imperfeitos.
Examine as costas do filme extraído e
o substrato onde foi aplicado. Se o filme
quebrar em dois, indica fragilidade em virtude
de cura insuficiente.
4.3.9 Adesão
Retire uma lâmina do filme da tinta e
dobre. A quantidade de pó depositada,
aspecto indicará o poder de condutibilidade da
tinta.
4.3.10 Carga massa
Compare com outros pós durante a
aplicação, utilizando a mesma pistola, vazão,
transporte, distância, tipo de bico, ganchos
limpos e dimensão do painel.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 25
4.4 Defeitos na pintura - Filme curado
4.4.1 Cores fora de tonalidade
Variação de camada (Baixa camada /
Excesso de camada). Estabilizar camada de
tinta aplicada conforme especificação do
fabricante contida no Boletim Técnico.
Cura insuficiente ou sobre cura.
Verificar cura do filme através de curva de
tempo / temperatura extraída através de
termógrafo.
Alta velocidade da exaustão do pó na
cabine de aplicação e/ou correntes de ar na
linha de pintura. Instalar difusores para
distribuição na cabine, enclausurar linha de
pintura.
4.4.2 Excesso de temperatura
Verificar pirômetros conferindo o
posicionamento dos termopares e
confiabilidade da leitura. Deficiência na
distribuição do calor na estufa. Exposição
direta da chama do queimador. Realizar uma
termografia na estufa.
4.4.3 Baixo brilho
Temperatura excessiva da estufa
Termografar estufa para verificação de picos
de temperatura. Reduzir o tempo de cura.
Contaminação com outros pós de
diferentes fabricantes. Limpar o sistema e
aplicar pó virgem. Reação com gases no
interior da estufa. Eliminar fontes de
contaminação de gases.
Umidade na linha de ar. Verificar filtros
e secador de ar.
4.4.4 Baixa resistência mecânica
Filme não curado. Verificar cura do
filme através de curva de tempo / temperatura
extraída através de termógrafo.
Camada alta de tinta aplicada.
Estabilizar camada de tinta aplicada conforme
especificação do fabricante contida no Boletim
Técnico.
Falha no pré tratamento. Verificar
banhos (compare com chapa nua). Alta
camada de fosfato. Corrigir banhos de
preparação da superfície.
4.4.5 Micro furos e crateras
Falha no pré-tratamento. Corrigir os
banhos (compare com chapas nuas).
Contaminação com outros pós. Limpar
o sistema e usar pó virgem. Contaminantes no
ambiente, como silicone. Remover a origem
da contaminação. Óleo ou água na linha de ar
comprimido. Checar os filtros.
Substrato poroso. Substituir o substrato
ou aplicar massa plástica. Peça
confeccionada através de processo de
fundição (alumínio, ferro fundido).
Desgaseificar peças por pré-aquecimento.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 26
4.4.6 Pontos na peça pintada
Contaminantes em suspensão. Limpar
a área de trabalho. Isolar instalação de pintura
de áreas que possam gerar contaminantes.
Pó recuperado não peneirado. Peneirar
o pó recuperado do filtro e cabine. Sujeira na
instalação (reservatório, bomba). Limpar
equipamento e componentes. Verificar no
fundo do reservatório possíveis
contaminantes. Distanciar 5 cm o tubo
pescador do fundo do leito.
Sujeira no substrato (grafite, borras de
fosfato). Limpar peças com ar comprimido
antes de pintá-las. Transportador, Carrinho,
Estufa sujos. (Acumulo de tinta, casca).
Estabelecer limpeza periódica.
4.4.7 Alastramento deficiente
Camada excessiva de tinta. Estabilizar
camada aplicada conforme especificado pelo
fabricante.
Excesso de ar auxiliar na pistola de
aplicação. Ajustar o ar auxiliar de modo não se
observar a tinta sendo soprada (forçada) para
a peça. Deve-se notar a nuvem de pó
circulando livremente.
Baixa fluidização do pó no reservatório.
Verificar fluidização do pó no reservatório. O
mesmo deve fluir livremente no tanque sem
haver acúmulos e ou compactação da tinta.
Pistola muito próxima da peça.
Reposicione a pistola de modo a encontrar
uma distância onde haja um melhor
envolvimento. Tensão de aplicação baixa ou
alta para a finalidade. Ajustar tensão de modo
a se obter um melhor envolvimento
eletrostático.
Tempo de aquecimento do metal muito
longo. Exposição excessiva à baixa
temperatura. Avaliar projeto de distribuição de
calor da estufa.
4.4.8 Pó repelido da peça
Tensão ou corrente de saída
excessiva. Fazer medição do equipamento.
Pistolas muito próximas. Reposicionar a
pistola
Repintura. Reduzir a tensão de
aplicação. Aumentar a vazão de pó. Pré
aquecer o substrato.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 27
5 FALHAS COMUNS
A análise econômica de diferentes tipos
de pintura tem como fatores principais de
custo: preparação da superfície, aquisição
das tintas, aplicação e duração do sistema de
pintura.
Para que se possa compreender
melhor o valor ideal de uma pintura, quanto ao
seu desempenho em condições específicas
de serviço, é necessário ter alguma
experiência do cálculo para a economia deste
sistema, considerando o preço por metro
quadrado, espessura seca, custo da aplicação
e outras despesas.
A vida útil de cada sistema depende do
tipo de grau de preparação da superfície a ser
pintada, pois quanto melhor a preparação,
melhor será a aderência da tinta aplicada.
Outros dois fatores que influenciam na
eficiência de um sistema são: a maior
espessura da película seca aplicada e
utilização de tintas de alta performance.
A fórmula de aplicação de economia
potencial de uma pintura é descrita como:
Custo do material = Custo
Total / Ano
Custo da preparação da superfície Custo de aplicação Duração do Sistema
Preparação da Superfície
Obtendo-se o custo total de uma pintura
m²/ano, para um determinado sistema de
pintura, você pode chegar a economia
potencial do sistema mais eficaz e, desta
maneira, fazer comparativos entre sistemas e
analisar quais as suas necessidades técnicas.
Os sistemas de pintura de alta
performance e desempenho são
aparentemente materiais de custo mais
elevado, entretanto, em ambientes agressivos
onde se requer uma proteção prolongada, o
uso destes materiais é de suma importância.
Devido ao seu alto desempenho, eles
proporcionam benefícios que se alinham entre
os materiais de custos reais na indústria de
revestimentos.
5.1 Considerações gerais de rendimento
Entende-se por rendimento, a área em
m² que um determinado volume de tinta pode
cobrir uma superfície, porém é difícil fornecer
uma estimativa real da quantidade de tinta
necessária para um determinado trabalho. O
rendimento teórico é calculado levando-se em
conta o material não volátil (sólidos) em
volume da tinta.
Neste caso, considera-se que a tinta
seja aplicada em superfície totalmente lisa,
sem nenhuma irregularidade ou perda na
aplicação. Mas como se sabe, as superfícies
normalmente apresentam irregularidades, tais
como: rugosidade através de jateamento
abrasivo e/ou porosidade, o que ocasiona
acúmulo e/ou absorção da tinta pela
superfície, causando, desta forma, uma
redução no rendimento teórico.
Alguns fatores contribuem para as
perdas de tinta, quando da sua aplicação:
a) O primeiro fator é a perda por
distribuição de tinta em uma superfície,
resultante do excesso de tinta aplicada pelo
pintor ao querer atingir uma determinada
espessura, tornando a camada ou película
totalmente não uniforme.
b) O segundo fator que interfere para a
redução do rendimento teórico é o processo
pelo qual se aplica o produto. Nas aplicações
a pincel, trincha ou rolo, normalmente ocorre
uma perda de 5% a 15% e nas aplicações com
pistolas convencionais, da ordem de 30%.
c) O terceiro fator que interfere no
rendimento é relativo às condições no
ambiente de pintura. Em pinturas externas,
em dias de muito vento ou muito calor, a perda
pode ser o dobro da mencionada no item
anterior, sendo o caso mais crítico o da
aplicação à pistola.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 28
d) O quarto fator que interfere no
rendimento são as perdas provenientes das
embalagens e/ou equipamentos utilizados
para aplicação, tais como: o nos galões:
devido a certa quantidade que pode
permanecer no recipiente, quando da sua
transferência para o tanque de pressão; as
tintas de dois componentes que podem
exceder o tempo de vida útil; o nas
mangueiras e tanques de pressão, devido às
quantidades de materiais que ficam nas
paredes sem condições de reaproveitamento.
e) O quinto fator que interfere no
rendimento é o tipo de substrato e condições
da superfície em que o produto será aplicado.
Se a pintura for realizada em tubulações,
grades, vigas, etc., obviamente as perdas
serão altas, chegando A junção de todos estes
fatores é que nos daria o rendimento real, ou
seja, o número de metros quadrados que
seriam cobertos por um galão de tinta.
Conclusão: o rendimento real deve ser
obtido em experiência prática no canteiro de
obras para se ter um valor de plena
confiabilidade.
• Tempo de indução:
É o tempo que se dá às tintas
catalisadas bi ou tri componentes, após a
mistura dos componentes A, B ou C, para que
se possa entrar em operação de aplicação.
Este tempo é de no mínimo 15 e no máximo
30 minutos em temperatura de ± 25ºC. Quanto
mais baixa for a temperatura maior deverá ser
o tempo de indução.
O tempo de indução é de fundamental
importância para que a tinta não perca suas
propriedades físicas e químicas após a sua
aplicação e, consequentemente, a sua cura,
não comprometendo a durabilidade do
sistema de pintura.
O tempo de indução é muito
importante, pois ele propicia que os reagentes
se encontrem e, com isso, seja possível obter
o máximo desempenho que se deseja.
Obs.: Importante ressaltar que na maioria
dos casos a diluição só deve ser feita depois
de decorrido o tempo de indução.
• Condições ideais para pintura
Pintar com umidade relativa do ar
inferior a 85% e temperatura do ar entre 10ºC
e 40ºC. No caso de tinta epóxi, a secagem
normalmente se processa através de reações
químicas e ocorre com a temperatura acima
de 12ºC. Abaixo desta temperatura a cura da
tinta não ocorre. Existem tintas epoxídicas
especiais que curam acima de 5ºC, exceto
quando houver menção especial no boletim
técnico do produto.
Somente aplicar se a temperatura do
substrato estiver pelo menos 3ºC acima do
ponto de orvalho.
As tintas são testadas em laboratório
em condições ambientais satisfatórias e
temperatura do ar de ± 25ºC. Abaixo ou acima
desta temperatura poderá ocorrer retardamento ou aceleração da secagem e cura total.
Caso o intervalo de repintura máximo
seja ultrapassado, deve-se proceder
lixamento da película para que haja uma
perfeita aderência da demão subsequente.
Para repintura interna de tanques,
manter exaustão constante quando da
secagem dos produtos. A temperatura ideal
para cura total do sistema (7 dias) é de 25ºC.
Portanto, a cada decréscimo de 3ºC, deve-se
aumentar em um dia a cura do sistema.
As tintas pigmentadas com cromato de
zinco ou pó de zinco poderão formar sais de
zinco na superfície da película exposta ao
intemperismo, se a aplicação do acabamento
for demorada. Neste caso, lavar a superfície
com água doce potável, escovando com
cerdas de nylon, e secar.
A tinta borracha clorada, quando
aplicada à pistola convencional, tende a
formar fiapos (normal para este tipo de tinta).
Para minimizar, aconselha-se aumentar o
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 29
número de demãos, diluindo a tinta a 20% e
diminuindo a espessura por demão.
As tintas de acabamento de baixa
espessura e tonalidade clara, quando
aplicadas sobre fundos escuros, aparentam
pouca cobertura, sendo necessário duas
demãos no mínimo para cobrir a superfície.
• Diluição
A diluição recomendada vai depender
diretamente da temperatura ambiente, dos
equipamentos utilizados, bem como da
habilidade dos pintores. Como as várias
regiões do nosso país são bastante
diferenciadas em termos climáticos,
recomendamos sempre que se consulte
nosso departamento técnico para uma melhor
indicação da quantidade de solvente de
diluição para cada equipamento utilizado.
5.1.1 Rendimento de tintas líquidas
O rendimento teórico da tinta não inclui
no cálculo as perdas devidas ao método de
aplicação, as condições de aplicação. A
seguinte formula pode ser utilizada:
𝑅𝑡 = 𝑆𝑉 ∙ 10
𝐸𝑃𝑆
Em que Rt é o rendimento teórico, SV é
o teor de sólidos por volume e EPS é a
espessura da película seca.
5.1.2 Rendimento de tinta em pó
Para o cálculo de rendimento teórico de tinta
em pó a seguinte relação pode ser usada:
𝑅 = 1000
𝐶 ∙ 𝑃𝑒
Em que R é o rendimento teórico em m²/kg
de tinta, C é a camada em microns e Pe é o peso
específico da tinta em g/cm³.
Para o rendimento pratica deve-se
considerar a porcentagem do pó recuperado e
também das perdas relacionadas ao formato e
disposição das peças e condições dos
equipamentos de aplicação.
5.2 Falhas gerais
O primeiro passo na solução de qualquer
problema com relação a tintas é identificá-lo
corretamente e, em seguida, determinar sua
causa.
A possibilidade de haver mais de uma causa
contribuindo para um único defeito não deve ser
descartada. As propostas corretivas para os
defeitos apresentados podem não ser específicas
de um determinado defeito, devido a
particularidade da manufatura ou restrições
relacionadas ao desempenho do produto.
A combinação de várias soluções (duas ou
mais alternativas) normalmente é mais eficaz, pois
os efeitos são mais facilmente eliminados dessa
maneira. Ao se perceber que a falha persiste após
a aplicação da solução indicada, deve-se retornar
à fase de identificação (diagnóstico), observando-
se os seguintes pontos:
• Se a identificação do defeito foi correta • Se todas as causas prováveis foram
consideradas • O uso dos materiais corretos (lotes de tinta e
tipos) • Qual o substrato empregado
5.2.1 Mangueiras longas
Otimizar ao máximo o comprimento da
mangueira do pó. Mangueiras longas requerem
maior pressão do pó para equalizar o fluxo.
5.2.2 Vazão da pistola
Com a tensão zerada, pulverize com a
máxima vazão em um aspirador portátil. Pese a
quantidade de pó/líquido após 1 minuto. A
quantidade de pó/líquido encontrada deverá ser a
mesma especificada do manual do fabricante
(g/min. - Kg/hr).
5.2.3 Velocidade do ar nas silhuetas da cabine e estufa
Solte pequenos pedaços de papel no fluxo
de ar. O fluxo de ar deverá ser uniforme sem zonas
"mortas". A exaustão da cabine não deve interferir
no envolvimento eletrostático da tinta durante a
aplicação.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 30
6 COMO EVITAR FALHAS E
DEFEITOS
6.1 Problemas na fábrica
6.1.1 Explicitação do esquema de pintura
O esquema de pintura deve ser explicitado
por escrito contendo o seguinte conteúdo
mínimo:
• Preparo da superfície a ser alcançado,
definindo grau de limpeza e rugosidade a
ser alcançada;
• Especificação das tintas a serem utilizadas;
• Intervalos entre demãos a serem
observadas;
• Espessuras por demão das películas de
tinta;
• Método de aplicação a serem utilizados;
• Ensaios a serem realizados, durante e após
a aplicação, com os respectivos critérios de
aceitação ou rejeição.
Deve-se certificar se o esquema de
pintura explicitado é adequado às
particularidades do meio ambiente, das
condições operacionais do equipamento que
está sendo pintado e das condições da
aplicação (acesso, implicações do jateamento
abrasivo etc.).
6.1.2 Qualidade das tintas utilizadas
Deve-se certificar se as tintas a serem
utilizadas na aplicação do esquema de pintura
estão em conformidade com o especificado.
Isto pode ser feito de duas formas. Na
primeira, enviar as tintas para o laboratório e
através de ensaios, comparar as propriedades
das tintas com o especificado. Esse processo
é demorado e de elevado custo. A forma mais
adequada e preventiva é efetuar uma
qualificação preliminar do fornecedor da tinta.
Esta qualificação deve contemplar aspectos
de capacitação fabril, capacitação de pessoal
e sistema da qualidade implantado pelo
fabricante. Nestes casos, exige-se que a tinta
venha acompanhada de um certificado de
qualidade e eventualmente é enviada ao
laboratório para comprovar o atendimento ao
especificado.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 31
6.1.3 Check list – falhas e defeitos e soluções no produto
Na tabela abaixo podem-se verificar a ordem de procedimentos a se adotar quando ocorrer um
problema no produto.
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 32
6.2 Problemas no campo
6.2.1 Treinamento e capacitação do pessoal
Trata-se talvez da ação preventiva
mais importante na otimização do
desempenho de esquemas de pintura. A
aplicação de tintas, apesar de não ser uma
atividade complexa, requer cuidados
especiais que dependem não só da habilidade
do profissional como do conhecimento de uma
série de técnicas aplicáveis.
O treinamento e a capacitação do
pessoal devem abranger principalmente os
jatistas, os pintores, os supervisores ou
encarregados de campo e os inspetores de
controle de qualidade. O treinamento deve
ser teórico e envolver também aspectos de
motivação e conscientização para a
importância da qualidade.
6.2.2 Elaboração de procedimentos de
execução
A ideia da elaboração preliminar deste
documento é fazer com que o pessoal
responsável pela execução dos trabalhos de
aplicação das tintas possa familiarizar–se com
os requisitos do esquema de pintura, bem
como explicitar detalhadamente como os
atenderá. Isto faz com que o pessoal
responsável pela execução planeje sua
atuação, minimizando a possibilidade de
ocorrerem surpresas durante a aplicação das
tintas, que possam comprometer a qualidade
do esquema de pintura.
Um procedimento de aplicação de
tintas deve conter o seguinte conteúdo
mínimo:
• Esquema de pintura a ser usado;
• Normas do esquema de pintura a ser
usado;
• Condições de recebimento e
armazenamento das tintas, abrasivos,
etc.;
• Preparo da superfície a ser executado;
• Sequência de aplicação do esquema
de pintura, com intervalos de tempo
entre demãos;
• Processo de aplicação de cada tinta;
• Tintas a serem usadas, incluindo
fornecedores e respectivas referências
comerciais;
• Métodos de retoques no esquema de
pintura.
6.2.3 Elaboração de procedimentos de inspeção
O procedimento de inspeção deve
contemplar o seguinte conteúdo mínimo:
• Definição das etapas da aplicação que
serão inspecionadas;
• Definição do procedimento de inspeção
de cada etapa;
• Definição da frequência de inspeção de
cada etapa;
• Definição da época de inspeção de
cada etapa;
• Definição da amostragem e critérios de
aceitação ou rejeição a serem
observados;
• Definição dos pontos de parada
obrigatória para inspeção (hold points).
6.2.4 Calibração dos aparelhos e
instrumentos de medição e testes
Não há controle da qualidade que seja
confiável se é feito com instrumentos não
calibrados periodicamente. As condições de
uso, características construtivas dos
instrumentos e as condições climáticas são
alguns fatores que podem provocar alterações
nos instrumentos, que levam a erros de
leitura.
Assim, é desejável que os mesmos
sejam periodicamente calibrados. Esta
periodicidade variará em função dos três
fatores anteriormente mencionados. O
pessoal de controle de qualidade do aplicador
das tintas deve elaborar e implementar um
“plano de calibração dos aparelhos e
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DT 16 – Análise de Falhas e Defeitos | 33
instrumentos de medição e testes”, indicando
para cada um:
• Periodicamente da calibração;
• Entidade calibradora, que deve ser
credenciada pela Rede Brasileira de
calibração (RBC), coordenada pelo
INMTRO;
• Procedimento de calibração;
• Padrão de referência;
• Exatidão do aparelho ou instrumento;
6.2.5 Inspeção visual da superfície a ser pintada
A inspeção é feita visualmente,
objetivando identificar a presença de óleo ou
graxa sobre a superfície, que devem ser
removidos por solvente, além de identificar o
estado inicial de oxidação da superfície, que
será necessário para avaliar o grau de sua
limpeza através de comparação com os
padrões das Normas ISO 8.501-1 e SIS 05 59
00.
Essa inspeção permite ainda identificar
eventuais defeitos superficiais, tais como
incrustações de escória, respingos de soldas
e massas, que no