Mosquitos invasores - WordPress.com · 2012. 12. 13. · Os programas de vigilância, como o...
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Mosquitos invasoresVigilância e Investigação do Potencial Impacto em
Saúde Pública
Maria João Alves
Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
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Adulto
Ovos
Larva
Pupa
Adultoa eclodir
Ciclo vida mosquito
Factores de emergência - Invasões
• Uma espécie invasora é uma espécie exótica que se estabelece e prolifera
num determinado ecosistema.
• Uma invasão biológica é caracterizada por 3 fases essenciais: introdução,
estabelecimento e propagação.
• A maior parte das invasões de vectores provavelmente não são
identificadas
• Os vectores invasores afectam a saúde humana alterando os padrões e a
frequência da transmissão da doença.
• Só a presença do mosquito não implica que a transmissão se estabeleça.
• Necessária:
condições ambientais + densidade mosquito +
presença do agente infeccioso + hospedeiros susceptíveis
• Densidade factor mais determinante!
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Factores de emergência - Invasões
• Desde o século XV que estão documentadas sucessivas invasões de
mosquitos (Aedes aegypti, Culex e, mais recentemente, Aedes albopictus).
• A utilização de marcadores moleculares genéticos determinam a origem e
a frequência das introduções de vectores mas só em fases precoces
• O conhecimento de dados ecológicos quantitativos pode explicar o padrão
das invasões de vectores e pode indicar procedimentos para controlo de
vectores
Espécie (origem) Invasão Exemplos 1.ºs surtos
Aedes aegypti
(África)Séc. XVI-XVII
América do Sul
Febre-amarela (Américas, séc. XVI-XX)Dengue (Américas, séc. XVII-XX)
Séc. XIX-XXSudeste Asiático
Dengue (Ásia, séc. XIX-XX)
Culex pipiens
(Europa)Séc. XVI-XVII
América do Norte
West Nile(América do Norte, 1999 - presente)
Aedes albopictus
(Ásia)Séc. XX
Américas, Europa, África
Dengue (Reunião, 1977-78, França)Chikungunya (África, 2004-2007, Itália, 2007)
Vector: Dengue, Febre Amarela, Chikungunya
Temp >20ºC, sem diapausa inverno, ovos resistentes à desicação, urbano, antropofílico
Actividade diurna
Erradicado Europa (?)
Aedes aegypti
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Distribuição geográfica de Aedes aegypti Distribuição geográfica de Aedes aegypti
Aedes albopictus
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Aedes albopictus
Vector competente 20 arbovírus (substitui Aedes aegypti) -Dengue, Febre Amarela, Chikungunya
Regiões temperadas, >10ºC, diapausa (ovo), ovos resistentes à desicação, zoofílico, antropofílico
Actividade crepuscular
Origem Ásia, dispersão zonas temperadas e tropicais
Aedes albopictus
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Distribuição geográfica Aedes albopictus
Guidelines for the surveillance of invasive mosquitoes in Europe, ECDC 2012
Distribuição geográfica Aedes albopictus
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Medlock J. & Schaffner F., based upon Medlock et al. 2006 – Analysis of potential for survival and seasonal activity of Aedes albopictus in the UK. J Vector Ecol. 31 (2): 292-304
Cenários de alterações climáticas Potencial de sobrevivência e actividade sazonal de Aedes albopictus
A vigilância para antecipar, prevenir ou controlar.
http://ecdc.europa.eu/en/activities/diseaseprogrammes/emerging_and_vector_borne_diseases/Pages/VBORNET_maps.aspx
http://ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/TER-Mosquito-surveillance-guidelines.pdf
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REVIVE (Rede de Vigilância de Vectores)
Direcção Geral de Saúde,
Administrações Regionais de Saúde Alentejo Algarve, Centro, LVT, Norte
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Objectivos
� Criar formas de campanhas de educação, informação da população e comunidade
médica;
� Equipar as ARS para a colheita periódica ou esporádica de vectores culicídeos;
� Vigiar a actividade de mosquitos vectores, caracterizando as espécies e a
ocorrência sazonal em locais previamente seleccionados e detectar atempadamente a
introdução do mosquito Aedes albopictus e Ae. aegypti;
� Emitir alertas para adequação das medidas de controlo, em função da densidade
de vectores identificada.
REVIVE 2008-2010 (1.º protocolo)
REVIVE 2011-2015 (2.º protocolo)
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• Vigiar a actividade de artrópodes hematófagos, caracterizar as espécies e
a ocorrência sazonal em locais previamente seleccionados.
• Identificar agentes patogénicos importantes em saúde pública
transmitidos por estes vectores.
• Emitir alertas para a adequação das medidas de controlo, em função da
densidade dos vectores e do nível de infecção.
Objectivos
JaneiroJaneiro FevereiroFevereiro MarçoMarço AbrilAbril MaioMaio JunhoJunho JulhoJulho AgostoAgosto SetembroSetembro OutubroOutubro NovembroNovembro DezembroDezembro
Plano de Acção(2008)
Acções de Formação
INSA
Distribuição equipamento
(2008)
Relatório
Colheitas
ARS’s
REVIVE 2008 - 2015
Laboratório
INSA
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Revive 2011
Espécies identificadas
Os programas de vigilância, como o REVIVE, contribuem para a detecção precoce
(fase de introdução ou estabelecimento) de espécies de mosquitos invasores
A identificação da introdução ou estabelecimento de uma espécie invasora implica
a actuação das autoridades de Saúde Pública com medidas que contribuam para o
controlo da densidade dos insectos de forma a mitigar o seu impacto em Saúde
Pública.
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Centro de Estudos de Vectores e Doenças InfecciosasDepartamento de Doenças Infecciosas
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge