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Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
2011/2012
1Ricardo Coelho – Educação Física
FADEUP Modelo de Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
Escola Secundária Clara de Resende
2º Ciclo – Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário
Ricardo Coelho | Mestre Mª José Cardoso | Mestre Mariana Cunha
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
ÍndiceIntrodução....................................................................................................................................3
Módulo I – Caracterização da Modalidade...................................................................................5
História da Modalidade............................................................................................................7
Regras.......................................................................................................................................8
Sinais da Arbitragem..............................................................................................................10
Fisiologia do Treino................................................................................................................11
Habilidades Motoras..............................................................................................................12
Conceitos Psico - Sociais.........................................................................................................15
Conteúdos Técnicos...............................................................................................................16
Conteúdos Táticos..................................................................................................................32
Módulo II – Análise do Envolvimento.........................................................................................41
Módulo III – Análise dos Alunos..................................................................................................43
Módulo IV – Análise da Extensão e Sequência dos Conteúdos...................................................53
Módulo V – Definição dos Objetivos...........................................................................................61
Módulo VI – Configuração da Avaliação....................................................................................66
Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem..............................................68
Módulo VIIII – Aplicações Reais..................................................................................................85
Bibliografia.................................................................................................................................86
2Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Introdução
O presente documento foi realizado no âmbito do Estágio Profissional,
inserido no 2º Ano do 2º Ciclo de Estudos em Ensino da Educação Física nos
Ensinos Básico e Secundário.
Atendendo à coerência e sequencialidade do Modelo de Estrutura do
Conhecimento, neste módulo, centro-me numa estrutura sustentada na
transdisciplinaridade, pois há uma necessidade imensa de se recorrer aos
diferentes conhecimentos das áreas relacionadas com as ciências do desporto,
pretendendo-se com as mesmas o reunir de informação imprescindível
referente à modalidade abordada, neste caso o Basquetebol.
Tem por base o Modelo de Estrutura de Conhecimentos (MEC) proposto
por J. Vickers (1989). Este modelo advém no sentido de permitir um ensino
eficaz, onde a ação de qualquer professor de Educação Física,
independentemente da modalidade que vai abordar, deve ser não só refletida
mas também orientada. Esta estrutura divide-se em três grandes fases: fase de
análise, fase das decisões e fase de aplicação.
Na primeira fase procede-se à análise das variáveis do contexto que
interferem direta e indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, de
modo a intervir posteriormente de uma forma mais real e consistente a nível
escolar, isto é, no que se refere a decisões e a aplicações.
Relativamente à fase de análise, é desenvolvido um organograma da
estrutura de conhecimentos da modalidade. Ainda nesta fase, procura-se um
conhecimento das infra - estruturas e recursos materiais disponíveis para as
aulas de Basquetebol, bem como o nível de prestação inicial dos alunos
referente à modalidade em questão.
Esta última análise reveste-se de particular interesse, já que irá ser a partir
desta que será elaborado o plano da unidade didática.
Segue-se a fase das decisões, em que se determina a extensão e a
sequência da matéria (conteúdos a lecionar e seu encadeamento), definem-se
os objetivos, configura-se a avaliação a utilizar (inicial e sumativa) e criam-se
as progressões de ensino.
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No final de todo este processo, surge a fase de aplicação, que corresponde
à planificação das aulas, bem como a todos os registos/documentos utilizados.
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Módulo I – Caracterização da Modalidade
O Basquetebol, é um jogo desportivo coletivo, praticado por duas equipas,
cada uma delas com cinco jogadores de campo mais cinco suplentes. Essas
equipas opõem-se e assumem em alternância comportamentos e atitudes de
defesa (sem posse de bola) ou de ataque (com posse de bola). Individualmente
e em grupo, os jogadores têm objetivos de ataque e de defesa. O objetivo de
ataque é introduzir a bola no cesto que a equipa adversária defende. O objetivo
da defesa é evitar que a equipa contrária introduza a bola no cesto que
defende.
Campo de jogoO campo é retangular, delimitado por duas linhas laterais e duas finais. A sua
dimensão é 24 metros por 15 metros. Existe uma linha central que divide o
campo em duas metades iguais. A linha de lance livre, com 3,6 m de
comprimento, é marcada no próprio campo paralelamente à linha final, e à
distância de 5,8 m desta. A área restritiva (muitas vezes incorretamente
designada por “garrafão”) por um retângulo,
contendo a linha de lançamento livre. Uma linha,
marcada à distância de 6,75 m do cesto define a
área do cesto. Sempre que um lançamento for
concretizado atrás desta linha, vale 3 pontos. A
tabela que suporta o cesto tem uma estrutura que
lhe permite ter a base 2 metros fora do campo, mas
a tabela propriamente dita fica dentro do campo 1,2 m. O cesto encontra-se a
3,05 metros de altura, sendo o seu diâmetro de 45 cm.
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A bola de jogoA bola de basquetebol é esférica e de cor alaranjada. A sua
superfície exterior pode ser de couro, borracha ou material
sintético. Para o escalão sénior, o perímetro da bola varia
entre 75 e 78 cm e o seu peso varia entre 567 a 650
gramas.
Duração do jogoA duração do jogo de basquetebol é de 40 minutos (efetivos de jogo), divididos
por 4 períodos de 10 minutos cada. Existem 2 intervalos de 2 minutos (entre o
1º e o 2º tempos, e entre o 3º e 4º tempos). O intervalo que se realiza a meio
do jogo (20 minutos) tem a duração de 15 minutos.
As substituições Qualquer jogador pode ser substituído ou substituir um companheiro de equipa,
em qualquer período do jogo. Todavia, a substituição só poderá realizar-se
quando o jogo estiver interrompido (bola “morta”) e com conhecimento dos
árbitros.
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Sinais da ArbitragemHistória da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
Em 1891, o longo e rigoroso Inverno de Massachussets tornava impossível a prática de desportos ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados
restringiam-se a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulavam os alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio
internacional da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar num tipo de jogo sem violência
que estimulasse os alunos durante o Inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas.
Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo deveria ter um alvo fixo, que colocasse algum grau de dificuldade. Sem dúvida, deveria ser jogado com uma bola,
maior que a de futebol. Mas o jogo não poderia ser tão agressivo como o de futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo.
Naismith decidiu que o jogo deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não podia ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos
acidentais nas disputas de lances.
A preocupação seguinte do professor era quanto ao alvo que deveria ser atingido pela bola. O professor, depois de alguma reflexão pensou num alvo que não pudesse
ser alcançado pelos defesas, dispondo-o em altura. Então, foram anexados dois cestos de pêssego a pilares com a altura de 3,05 metros.
James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do desporto, contendo 13 itens. Elas estavam tão claras na sua cabeça que foram colocadas no papel em
menos de uma hora. O criativo professor levou as regras para a aula, afixando-as num dos quadros de aviso do ginásio. Comunicou aos seus alunos que tinha um novo
jogo e explicou as instruções, organizando logo de seguida as equipas.
Haviam 18 alunos na aula. Naismith selecionou dois capitães (Eugene Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que escolhessem os lados do campo e os seus companheiros
de equipa. Escolheu dois dos jogadores mais altos e atirou a bola ao ar, bem alto. Era o início do primeiro jogo de basquetebol. Curioso, no entanto, é que nem Naismith
nem os seus alunos tiveram o cuidado de registar esta data, de modo que não se pode afirmar com precisão em que dia o primeiro jogo de basquetebol foi realizado.
Sabe-se apenas que foi em Dezembro de 1891, pouco antes do Natal.
Como se esperava, o primeiro jogo foi marcado por muitas faltas, que eram punidas colocando-se o seu autor na linha lateral do campo até que o próximo cesto fosse
marcado. Outra limitação dizia respeito ao próprio cesto: cada vez que um lançamento fosse convertido, um jogador tinha que subir até lá acima para recuperar a bola. A
solução encontrada, alguns meses depois, foi cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida continuação do jogo.
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Sinais da ArbitragemHistória da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
1 - Início de jogoO jogo inicia-se com a bola ao ar, lançada pelo árbitro, entre dois jogadores adversários, no
círculo central.
2 - A bola Posição da bola
Durante a bola ao ar, a mesma torna-se viva quando é legalmente tocada por um saltador. Como jogar a bola
A bola é jogada com as mãos. Não se pode correr com ela presa, pontapeá-la ou socá-la. É uma violação parar ou bater deliberadamente a bola com qualquer parte da perna. Se a bola for tocada acidentalmente com o pé ou com a perna, não é violação.
4 - Progredir com a bolaPode-se progredir com a bola em qualquer direção, dentro dos seguintes limites: a) Receber a bola parado, escolhendo qualquer pé para rodar sobre ele (pé-eixo);b) Receber a bola em movimento, ou ao terminar um drible, pode-se usar dois tempos rítmicos para parar, passar ou lançar.
NNOTAOTA 1: 1: 1.° tempo rítmicoQuando um pé ou os dois pés estão em contacto com o solo no momento da receção da bola; quando os dois pés não estão em contacto com o solo no momento da receção da bola e um deles ou ambos o tocam simultaneamente; 2.º tempo rítmicoQuando, depois do primeiro, qualquer pé ou ambos simultaneamente tocarem o solo. NNOTAOTA 2: 2: Ao fazer uma paragem legal, se um pé ficar avançado relativamente ao outro, pode-se rodar sobre o pé de trás (pé-eixo); se nenhum estiver avançado, qualquer um deles pode ser usado como pé-eixo e, consequentemente, rodar sobre ele. Pode-se levantar o pé-eixo para lançar a bola ou passá-la, mas esta deve abandonar as mãos antes que o pé-eixo toque novamente no solo. Não se pode levantar o pé-eixo ao iniciar o drible, antes da bola deixar as mãos.
3 - Desconto de tempo anotadoA duração de um desconto de tempo anotado é sempre de 1 minuto. Em consequência da
mudança do tempo de jogo para 4x10 minutos, pode ser concedido um desconto de tempo a cada equipa durante um dos três primeiros períodos, dois durante o quarto período, e um durante cada período suplementar
5 - Juízes A equipa de arbitragem é constituída por:
- Dois árbitros, com as funções de dirigir o jogo, assinalarem as infracções e vigiar a conduta dos jogadores;- Marcador, que regista a cronologia dos pontos obtidos pelas equipas, as faltas pessoais e técnicas de cada jogador e avisa o árbitro imediatamente quando a quinta falta é assinalada a qualquer jogador. Também deve usar uma bandeira para assinalar a equipa que tem oito faltas; para isso, deve colocá-la no lado da mesa dessa equipa e deve retirá-la quando as duas equipas estiverem em igual circunstância.- Cronometrista, que controla o tempo de jogo e os descontos de tempo. Deve assinalar os vinte e quatro segundos, quando a bola é considerada “morta” deve parar o cronómetro do tempo de jogo, e os oito segundos para sancionar a equipa na retenção de bola na sua zona defensiva.
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6 - Regresso da bola à zona da defesaSe estiveres na posse de bola na zona de ataque não a podes passar a um colega colocado na zona de defesa ou driblar para essa mesma zona.
7 - Interferência no lançamento e intervenção sobre a bolaQuando um jogador defensor provoca (deliberada ou acidentalmente) a vibração da tabela ou do aro do cesto, enquanto a bola estiver no ar durante um lançamento de campo, de modo a que a mesma, no entender de um árbitro, tenha sido impedida de entrar no cesto, isto deixa de ser uma falta técnica, passando a constituir uma violação, e devem ser averbados à equipa 2 ou 3 pontos (ou seja, a equipa pontua). Quando a bola entrar, não há violação.
Sinais da ArbitragemHistória da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
8-Falta pessoalA falta pessoal envolve contacto com o adversário. Não se pode obstruir, agarrar, empurrar, carregar, rasteirar ou impedir a progressão de um adversário utilizando os braços estendidos, ombros, quadris, joelhos ou inclinando o corpo para uma posição que não seja normal.Obstrução: contacto pessoal que impede a progressão do adversário.Carregar: contacto pessoal que ocorre quando um jogador, com ou sem bola força a sua passagem e contacta com o corpo do adversário.Marcar pela retaguarda: contacto pessoal que ocorre pela retaguarda quando um defensor tenta jogar a bola.Deter: o uso das mãos para tocar no adversário, impedindo-o de progredir ou na ajuda da sua marcação, é ilegal.Segurar: quando o contacto pessoal impede a liberdade de movimentos do adversário. Uso ilegal das mãos: quando o defesa toca as mãos do atacante numa tentativa de jogar a bola. A exceção dá-se quando o contacto for acidental e só se for sobre a mão do adversário que está sobre a bola. Empurrar: quando um jogador desloca ou tenta deslocar, através da força um adversário.
9 - Regra dos três segundosEnquanto uma equipa estiver na posse da bola, não pode permanecer
mais de 3 segundos consecutivos dentro da área restritiva do adversário (as linhas que limitam esta área fazem parte da mesma).NNOTAOTA:: Esta situação mantém-se no caso da equipa que esteja a repor a bola fora do campo.
10 - Regra dos oito segundosO tempo limite para fazer com que a bola passe para o meio-campo ofensivo é de 8 segundos.
11 - Regra dos vinte e quatro segundosO tempo limite para efetuar um lançamento de campo é de 24 segundos.
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Sinais da História da Modalidade Regras
Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
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11Ricardo Coelho – Educação Física
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Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico-Sociais
Ativação Geral Condição Física
Diferenciação Cinestésica
Ritmo
Equilíbrio
Força
Resistência
Capacidades Capacidades Condicionais
Retorno à Calma
Principais motivos para realizar ativação geral: O aumento da temperatura muscular
(facilita o processo de contração muscular);
O aumento da temperatura sanguínea (facilita o transporte de O2 para o interior dos tecidos Musculares);
Facilitação do aumento de amplitude de movimento;
Aumento da produção hormonal; maior quantidade de hidratos de carbono e ácidos gordos disponíveis para transformação em energia;
Aumento do metabolismo, melhoria na capacidade de produção de energia;
Primeiro mecanismo de prevenção de lesões e aumento da predisposição motora e mental para a realização da aula.
Após a finalização da aula é fundamental promover o relaxamento, quer em termos fisiológicos (metabolismo, articulações, músculos), quer em termos psíquicos. A nível fisiológico este processo promove:
Dissipação do ácido láctico; Restabelecimento gradual da
circulação normal; Reduz a possibilidade de dores e
rigidez muscular.
No âmbito cognitivo, deve haver lugar para um pequeno momento de reflexão final sobre o desempenho, conhecimento e atitudes desenvolvidos na aula, estabelecendo-se ligação com a aula seguinte, incutindo no aluno a vontade de participar e melhorar as suas capacidades.
Flexibilidade
Velocidade
Orientação Espacial
O exercício físico cria novas adaptações e novas capacidades para suportar uma dada carga de esforço, assim como a capacidade de produção e obtenção de energia. Para isso são solicitados conjuntos de mecanismos, estruturas e sistemas que se adaptam determinando certos efeitos nos mesmos, no sentido da promoção da condição física. Devem então ser criados exercícios que promovam o desenvolvimento das capacidades coordenativas e condicionais relevantes à modalidade em questão, nomeadamente o Basquetebol.
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12Ricardo Coelho – Educação Física
Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
Habilidades Motoras
Conteúdos Tático - TécnicosConteúdos Técnico - Táticos
Posição Base: A posição-base permite executar qualquer movimento, em qualquer direção, tanto na defesa como no ataque. Quando um jogador tem a posse de bola diz-se posição-base ofensiva, se ele está a defender, posição-base defensiva. Posição-Base Ofensiva (Posição de tripla ameaça)
Colocar os pés afastados e à largura dos ombros; Distribuir o peso do corpo de igual modo pelos dois apoios (parte anterior); Efetuar uma ligeira flexão das pernas; Manter a cabeça levantada de forma a poder-se visualizar os adversários e os colegas; Fazer a pega da bola com ambas as mãos; Colocar a bola junto ao abdómen, com os cotovelos colocados ao lado do tronco.
Posição-Base Defensiva Colocar os pés afastados e à largura dos ombros; Distribuir o peso do corpo de igual modo pelos dois apoios (parte anterior); Fazer uma ligeira flexão das pernas; Inclinar ligeiramente o tronco à frente; Orientar os braços ligeiramente para cima e para diante, palma das mãos viradas para a frente e dedos afastados; Manter a cabeça levantada de modo a poder-se observar os adversários e os colegas.
Passe: Passe de peito
Neste tipo de passe, o peso do corpo deve estar igualmente distribuído sobre os dois pés, bem apoiados no solo, um à frente do outro, com as pernas ligeiramente fletidas. A bola é segura pelas duas mãos, cotovelos junto ao corpo: estender horizontalmente os braços à frente, em direção a quem vai receber a bola dando simultaneamente um passo à frente. No final do passe, há uma extensão dos braços, com um movimento brusco dos pulsos de cima para baixo e para os lados.
Passe de ombro Manter os pés afastados e pernas levemente fletidas, ficando a perna oposta ao braço que vai executar o passe, ligeiramente à frente; a bola é conduzida pelas duas mão para cima do ombro, à altura da cabeça, estando a mão direita por trás, com os dedos dirigidos para cima, e a mão esquerda à frente da bola. Avançando a perna direita em direção a quem vai receber o passe, estender totalmente o braço à frente, finalizando o movimento com a brusca extensão do pulso para baixo e para fora.
Passe picado Pode ser usado em qualquer local do campo, em situações específicas, normalmente quando se pretende passar a bola a um companheiro e se verifica a presença do adversário entre o passador e o recetor. A execução deste passe é semelhante à do passe de peito; a principal diferença consiste na extensão dos braços que é feita para baixo e para a frente de modo a fazer bater a bola no ponto do solo, julgado próprio, para que a bola no seu ressalto atinja as mãos do recetor, não subindo mais do que a altura do peito.
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Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Conceitos Psico - Sociais
Lançamento em apoio: Neste tipo de lançamento o executante deve estar em posição base com o pé em frente do mesmo lado que o braço lançador e o peso do corpo distribuído nas duas pernas. A bola é trazida para junto do rosto, ligeiramente ao lado, estando a mão lançadora por trás da bola, com os dedos bem separados e dirigidos para cima: simultaneamente à extensão das pernas e do tronco, o braço lançador começa a ser estendido para cima e a mão contrária, que apenas sustentava a bola, abandona-a.No final da extensão coordenada de pernas, tronco e braço, o peso do corpo passa para a perna da frente e a bola é impulsionada por um forte movimento do pulso de cima para baixo e para o lado.
Drible: O drible é o gesto técnico que permite ao jogador efetuar deslocamentos, pelo espaço de jogo, em posse de bola. Como no basquetebol constitui infração efetuar mais de dois apoios sucessivos com a bola na mão, os jogadores têm de, sempre que houver espaço para progredir, realizar o drible. O drible é o gesto que consiste em “empurrar” a bola contra o solo, fazendo com que esta ressalte novamente.
Drible de Proteção: serve para orientar o ataque posicional, discernindo a melhor opção. Drible de Progressão: é orientado para a frente, permitindo a deslocação do jogador em posse de bola.
Finta: É usada para enganar um oponente e fazê-lo agir ou movimentar-se de modo desvantajoso para si mesmo. A finta não é eficaz se o centro de gravidade se deslocar demasiadamente para fora do perímetro da base de sustentação, pois o tempo gasto para a recuperação do equilíbrio e partida em outra direção, inutilizará totalmente o movimento realizado. Torna-se imprescindível, então, haver sempre um movimento de compensação.
Lançamento na passada: Na execução do lançamento na passada com a mão direita, a última passada deve ter por primeiro apoio o pé direito, dá outro passo (mais curto) e salta em altura com impulso na perna esquerda; simultaneamente, eleva a bola segura pelas mãos.Quando tiver atingido o ponto mais alto do salto, a mão direita - que segurava a bola por baixo - completará o movimento, havendo uma extensão completa do braço e uma ação dos dedos e pulso. Quando o lançamento é feito de lado a bola é lançada à tabela, se é feito de frente é lançado diretamente sobre o aro. Com a mão esquerda o lançamento deve ser feito utilizando-se a perna direita para a impulsão.
Receção: Para receber um passe, um jogador deve antes de mais nada inclinar o corpo à frente e estender os braços em direção à bola, com os dedos bem separados e com os músculos relaxados.Antes ainda do primeiro contacto com a bola (que é feito com as pontas dos dedos indicador e médio, seguindo-se-lhes os demais), os braços começam a ser fletidos, acompanhando o movimento da bola e "amortecendo" a sua velocidade. Com absoluta continuidade de movimento, a bola é trazida para junto do corpo.
Rotações: Servem para proteger a bola quando o jogador em posse está marcado, procurando assim uma linha de passe segura.
Paragem a 1 tempo: Permite parar rapidamente a velocidade de deslocamento do jogador portador da bola com uma posição equilibrada.
Paragem a 2 tempos: Permite parar rapidamente a velocidade de deslocamento do jogador.
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Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva
Conteúdos Tático - TécnicosConteúdos Técnico - Táticos
Bloqueio: O bloqueio é uma combinação tática que pretende possibilitar ao jogador portador da bola liberdade para desenvolver uma ação de penetração, passe, ou lançamento, através da cobertura do seu defensor direto, por um companheiro de equipa.
Aclaramento: O aclaramento consiste no seguinte: no caso do jogador que se tenta desmarcar não conseguir criar uma linha de passe, deve cortar para o cesto, deixando, deste modo, um espaço livre, o qual pode ser aproveitado pelo jogador possuidor da bola para penetrar para o cesto e concretizar.
Defesa Homem-a-Homem: É um dos vários tipos de defesa em que, um dos aspetos mais importantes a considerar é a posição do defesa ao jogador com bola (Posição básica defensiva).
1:2:2: Temos a considerar nesta disposição tática 5 posições: dois extremos baixos, dois extremos e um base.No que diz respeito à movimentação dos jogadores nesta disposição tática, ela efetua-se do seguinte modo: o jogador possuidor da bola (base) encontra-se sempre numa situação de um contra um. Nesta situação, este jogador, tem três possibilidades de ação o que constitui uma tripla ameaça: pode lançar, driblar ou passar. Caso as duas primeiras hipóteses se tornem de execução difícil devido à ação dos adversários, resta-lhe realizar um passe para os seus companheiros. Deste modo, estes, devem realizar uma série de movimentações com a finalidade de se desmarcarem do seu adversário para criarem linhas de passe. Quando essas linhas de passe estiverem criadas, o jogador possuidor da bola deve passa-la ao seu colega que estiver em melhores condições de a receber, desmarcando-se em seguida na direção do cesto com a finalidade de voltar a receber a bola para concretizar (passe e corta). No caso de não haver possibilidade de se realizar o passe, o jogador deve prosseguir o seu corte, indo instalar-se numa nova posição. O jogador que anteriormente lá se encontrava deve deslocar-se no sentido de vir a ocupar uma nova posição de forma a que a equipa se reestruture novamente na disposição tática inicial – cinco aberto.
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Estrutura de Conhecimento - Basquetebol
Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais
Sócio - AfetivosPsicológicos
Motivação
Determinação
Coragem
Agressividade
Auto - confiança
Concentração
Empenho
Cordialidade
Espírito de Equipa
Fair-Play
Cooperação
Aceitação
Respeito
Autonomia
Superação
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Conteúdos Técnicos
Ficha Técnica de pega da bola
Definição/Objetivo? Ação técnico – tática fundamental do jogo, pois só dominando esta técnica nos será possível
executar todo o manancial de gestos existentes no basquetebol.
Como se executa? A bola é agarrada com ambas as mãos em forma de concha, ligeiramente recuadas e na
metade posterior da bola;
As palmas das mãos não tocam na bola (o contacto é feito com os dedos);
Dedos bem afastados, com os polegares atrás da bola;
Polegares e indicadores desenham um “W”.
Quando se utiliza?Esta é utilizada para dar seguimento a diversas ações ofensivas e defensivas tais como a
proteção da bola, executar a rotação sobre um pé eixo, no momento do passe/receção e para
realizar de seguida o lançamento ou o arranque em drible.
Erros mais comuns Pega da bola com as palmas das mãos;
Dedos unidos;
Agarrar a bola pelos hemisférios laterais
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Ficha Técnica de posição defensiva básicaDefinição/Objetivo? É uma condição indispensável para que o jogador sem bola possa
realizar, eficazmente as principais tarefas defensivas, sendo esta uma
posição fundamental para aumentar a velocidade de execução dos
deslizamentos defensivos.
Como se executa? Pés afastados à largura dos ombros (com um apoio ligeiramente
avançado em relação ao outro);
Peso distribuído igualmente pelos dois apoios (parte anterior do pé);
M.I. ligeiramente fletidos;
Joelhos e pés dirigidos para a mesma direção;
M.S. semi-fletidos, palma das mãos viradas para a frente e dedos afastados;
Tronco ligeiramente inclinado à frente;
Cabeça levantada, campo visual dominando a maior área possível de jogo.
Quando se utiliza?Utiliza-se em todas as situações em que a equipa adversária realiza um ataque organizado,
nomeadamente na defesa H x H, ou seja, imediatamente a seguir a perder a posse de bola.
Erros mais comuns Apoios demasiado afastados ou demasiado juntos;
M.I. em extensão;
M.S. “caídos” (ao longo do corpo);
Tronco direito;
Olhar para o solo.
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Ficha Técnica de posição ofensiva básica
Definição/Objetivo? É o posicionamento que permite ao atacante ameaçar o defesa sob três
perspetivas: pode passar, lançar ou driblar a partir desta posição.
Como se executa? Pés afastados à largura dos ombros (com um apoio ligeiramente
avançado em relação ao outro);
M.I. semi-fletidos;
Peso distribuído igualmente pelos dois apoios;
Tronco ligeiramente inclinado à frente;
Cabeça levantada, campo visual dominando a maior área possível de jogo;
Pega da bola com as duas mãos, à altura do abdómen (segurando a bola junto ao corpo);
Cotovelos colocados ao lado do tronco.
Quando se utiliza?Utiliza-se no decorrer do jogo para que o jogador possa assumir uma postura ofensiva em todas
e quaisquer circunstâncias de jogo em relação ao cesto.
Erros mais comuns Apoios demasiado afastados ou demasiado juntos;
Bola desprotegida (afastada do corpo);
Membros inferiores em extensão;
Olhar para o solo
18Ricardo Coelho – Educação Física
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Ficha Técnica de Drible de progressão
Definição/Objetivo? É o gesto técnico que permite ao jogador efetuar deslocamentos, pelo espaço de jogo, em
posse de bola.
Como se executa? Contactar a bola com a mão aberta, com os dedos estendidos e
afastados;
Batimento realizado através da flexão do pulso;
Tronco ligeiramente inclinado à frente;
Olhar dirigido para a frente;
Driblar a bola à frente (no sentido do deslocamento) e ao lado do pé;
Altura do ressalto da bola ao nível da cintura;
Driblar com a mão mais afastada do defensor.
Quando se utiliza?Usa-se para progredir sem adversário próximo
Erros mais comuns Contacto com a bola com a palma da mão;
Bater a bola em vez de a empurrar;
Não há flexão do pulso;
Driblar a bola demasiado afastada ou demasiado próxima do corpo;
Altura do ressalto demasiado alta ou demasiado baixa;
Olhar dirigido para a bola;
Driblar com a mão do lado do defensor.
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Ficha Técnica de Drible de proteção
Definição/Objetivo? Serve para proteger a bola e preparar o ataque posicional.
Como se executa? Contactar a bola com a mão aberta, com os dedos estendidos e
afastados;
Drible mais baixo que no de progressão;
Ritmo de drible rápido (movimento mais enérgico do pulso);
Acentuada flexão do tronco e dos M.I;
Colocação do braço livre e da perna contrária à mão que dribla entre a bola e o defesa;
Olhar dirigido para a frente;
Driblar com a mão mais afastada do defensor;
Altura do ressalto da bola abaixo da cintura.
Quando se utiliza?Utiliza-se quando existe uma elevada pressão defensiva, sendo importante na observação do
jogo, para decidir ou esperar por uma desmarcação ou por um bloqueio de um companheiro de
equipa (para passar ou driblar em progressão).
Erros mais comuns Contacto com a bola com a palma da mão;
Bater a bola em vez de a empurrar;
Não há flexão do pulso;
Driblar com a mão do lado do defensor;
Altura do ressalto demasiado alta;
Olhar dirigido para a bola;
M.I. em extensão;
M. S. livre relaxado;
Bola mal protegida;
20Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Virar completo do corpo ao adversário.
Ficha Técnica de Paragem a 1 tempoDefinição/Objetivo? Permite parar rapidamente a velocidade de deslocamento do
jogador portador da bola com uma posição equilibrada.
Como se executa? Apoio simultâneo dos dois pés (paralelos);
Flexão dos M.I. ao entrar em contacto com o solo,
ficando o corpo ligeiramente atrasado a fim de contrariar
a velocidade de deslocamento existente;
Baixar o centro de gravidade;
Ganhar a posição básica ofensiva no final da ação, avançando a bacia e o tronco para cima
dos apoios de forma controlada;
Qualquer pé pode ser usado como “pé eixo” para a rotação.
Quando se utiliza?
Erros mais comuns Transição entre a corrida e a paragem com um salto exagerado;
M.I. em extensão no momento do contacto com o solo;
Infração da regra dos apoios;
Apoios não tocam simultaneamente no solo;
A paragem é feita com 1/3 anterior do pé, resultando no consequente desequilíbrio.
21Ricardo Coelho – Educação Física
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Ficha Técnica de Paragem a 2 tempos
22Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Definição/Objetivo? Permite parar rapidamente a velocidade de deslocamento
do jogador.
Como se executa? Paragem mais natural;
Agarrar a bola, efetuando dois apoios (2 tempos);
Apoiar os pés ligeiramente afastados;
Aquando da paragem, fletir os M.I. baixando o centro de gravidade, mantendo as costas
direitas;
Ganhar a posição básica ofensiva no final da ação;
O pé apoiado em primeiro lugar, é obrigatoriamente o “pé eixo”.
Quando se utiliza?Quando o jogador vem imprimido de maior velocidade.
Erros mais comuns Corpo em extensão com o centro de gravidade numa posição alta;
M.I. em extensão no momento da receção ao solo;
Apoiar os pés demasiado afastados;
Efetuar mais do que dois apoios (infringindo a regra dos apoios);
Paragem feita com o 1/3 do pé com consequente desequilíbrio.
Ficha Técnica de Rotação sobre um pé eixoDefinição/Objetivo?
23Ricardo Coelho – Educação Física
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Para proteger a bola quando o portador desta se encontra sobremarcado.
Como se executa? Determinação do pé eixo;
Distribuição do peso do corporal sobre o pé eixo;
Rodar sobre a parte anterior da planta do pé;
O pé móvel não deve elevar-se muito acima do solo, realizando rotações de pequena
amplitude.
Manter sempre a posição básica ofensiva;
EXISTEM DOIS TIPOS DE ROTAÇÃO:
Rotação para a frente ou interna - o pé de propulsão
avança em relação ao pé eixo.
Rotação para trás ou externa - o pé de propulsão recua em relação ao pé eixo.
Quando se utiliza?Quando se quer enquadrar com o cesto, passar, arrancar em drible noutra direção.
Erros mais comuns Não estar na posição base fundamental, mas numa posição mais elevada;
Rodar sobre o calcanhar;
Elevação demasiado alta do pé móvel;
Distribuição do peso do corpo sobre o pé móvel;
Infração da regra dos apoios.
Ficha Técnica de Mudanças de direção em drible pela frente
24Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Definição/ Objetivo? Serve para ultrapassar em drible um defesa direto ou simplesmente para mudar de direção
dando continuidade à ação de driblar.
Como se executa? Tem de haver uma mudança de ritmo de velocidade;
Baixar um pouco o drible e o corpo;
Colocar o pulso e os dedos lateralmente e puxar a bola, de um lado do corpo para o outro,
fazendo um drible à frente da linha dos pés;
O impulso transmitido à bola pela mão na execução desta mudança de direção, é feito
principalmente através de trabalho energético de pulso, não podendo haver “transporte” da
bola;
Levar a mão que vai receber a bola perto do solo, entrando em contacto com ela logo a
seguir ao seu ressalto no chão;
Garantir a continuidade do drible e a proteção da bola. Esta ação é acompanhada de um
passo enérgico, levando o M.I. de impulsão para trás do defesa, impedindo com isso a sua
recuperação.
Quando se utiliza?Quando um adversário se coloca na trajetória pré-definida pelo portador da bola.
Erros mais comuns Mudança de mão com drible alto;
Mão por baixo da bola - “Transporte” da bola;
Não há alteração no ritmo e na velocidade;
Não há recuperação da bola com a outra mão.
Ficha Técnica de Passe de peito
25Ricardo Coelho – Educação Física
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Definição/Objetivo? O passe tem como objetivo a colocação da bola num companheiro que se encontre em melhor
posição, para a criação de situações de finalização ou para a progressão no terreno de jogo.
Como se executa? Partir da posição básica ofensiva, com olhar fixo para onde se vai passar a bola;
Bola segura com as duas mãos;
Cotovelos colocados naturalmente ao lado do corpo;
Bola à altura do peito, dedos para cima, polegares na parte posterior da bola;
Extensão dos M.S. na direção do alvo e rotação externa dos pulsos (terminar com as
palmas das mãos viradas para fora e os polegares a apontar para dentro e para baixo);
Avanço de um dos apoios na direção do passe;
Trajetória da bola tensa, dirigida ao alvo.
Quando se utiliza?É utilizado para distâncias curtas e médias, devendo ser feito com força, precisão e rapidez,
para evitar que o defensor o consiga intercetar.
Erros mais comuns Trajetória da bola alta;
Extensão incompleta dos M.S;
Pega da bola demasiado lateral;
Ausência de rotação dos pulsos no final do movimento;
Afastamento exagerado dos cotovelos;
Abertura do ângulo tronco-M.S;
Não avançar na direção do passe;
Saltar após o passe.
Ficha Técnica de Passe picado
26Ricardo Coelho – Educação Física
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Definição/Objetivo? Permite que a equipa mantenha a posse da bola e avance rapidamente no campo.
Como se executa? Partir da posição básica ofensiva;
Bola segura com as duas mãos;
Cotovelos colocados naturalmente ao lado do corpo;
Bola à altura do peito, dedos para cima, polegares na parte posterior da bola;
Extensão dos M.S. na direção do solo e para a frente;
Rotação externa dos pulsos (terminar com as palmas das mãos viradas para fora e os
polegares a apontar para dentro e para baixo);
Bola ressalta no solo a 3/4 da distância a percorrer;
O ressalto da bola terá um objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão alvo do
colega ou as zonas próximas do peito;
Avanço de um dos apoios na direção do passe.
Quando se utiliza?Para vencer a oposição de um defesa colocado na linha de passe, isto é, em situações com
interceção de um adversário.
Erros mais comuns Extensão incompleta dos M.S;
Afastamento exagerado dos cotovelos;
Ausência de rotação dos pulsos no final do movimento;
Aplicação de pouca força;
Passe impreciso (o ressalto da bola no chão é demasiado próximo ou demasiado afastado
do jogador que realiza a receção);
Pés paralelos (não avançar um dos apoios na direção do passe);
Saltar após o passe;
Cabeça baixa e olhar dirigido para o chão
Ficha Técnica de Passe de ombro
27Ricardo Coelho – Educação Física
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Definição/Objetivo? Permite que a equipa mantenha a posse de bola e avance rapidamente no campo.
Como se executa? É efetuado com uma mão (fundamentalmente utilizado em passes de longa distância, ex:
contra-ataque);
Ombro contra-lateral orientado no sentido do passe;
M.I. contrário à mão da bola avançado;
Levar a bola segura com as duas mãos para cima do ombro;
Bola controlada pelos dedos da mão hábil bem afastados, colocados por baixo e por trás da
bola, ficando a outra mão por cima de forma a protegê-la;
Na altura do passe, há uma rotação do tronco e transferência do peso do corpo para o apoio
da frente;
Extensão do M.S. passador, com flexão do pulso (que determina a direção do passe).
Quando se utiliza?É usado como um passe longo para um colega que se encontre longe, sendo o mais utilizado
nos contra ataques.
Erros mais comuns Cabeça baixa e olhar dirigido para o chão;
Não proteger a bola com a mão oposta;
Não há rotação do tronco;
Não se verifica a extensão do M.S;
Não dar continuidade ao movimento;
Colocar à frente o apoio homo-lateral.
Ficha Técnica de Receção
28Ricardo Coelho – Educação Física
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Definição/Objetivo? Serve para dar continuidade à ação atacante através de uma correta
circulação da bola, servindo para receber um passe executado por
um colega de equipa, sem perder a posse de bola.
Como se executa? Olhar dirigido para a bola;
Assinalar a mão alvo;
Mãos em forma de concha com os dedos bem afastados;
Ir ao encontro da bola, fletindo os M.I. e inclinando o tronco com as mãos à frente do corpo;
Dirigir os M.S. em extensão na direção da bola;
No momento do contacto com a bola efetuar uma flexão dos M.S. (para amortecer a bola);
Receções da bola na sua parte posterior, sem as palmas das mãos entrarem em contacto
com ela;
Os dedos polegares funcionam como um “travão” da bola;
Após a receção, proteger a bola através da rotação do tronco.
Quando se utiliza?Logo após a receção da bola, o atacante deve ser capaz de, rapidamente, “ler” a situação
defensiva ou a movimentação dos seus colegas, para de seguida, atuar em conformidade com
essas informações lançando ao cesto, passando ou arrancando em drible.
Erros mais comuns Recuar em vez de ir ao encontro da bola;
Receção com as palmas das mãos;
M.S. fletidos antes do contacto com a bola;
Não fletir os M.S. após a receção (receção estática);
Cabeça baixa e olhar dirigido para o chão;
Fechar os olhos;
Infração da regra dos apoios.
Ficha Técnica de Lançamento em apoio
29Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Definição/Objetivo? Converter cesto, que é o grande objetivo do jogo
de basquetebol, pois vai permitir marcar pontos
para a equipa.
Como se executa? Enquadrar com o cesto (olhar dirigido para o
cesto);
M.I. fletidos, com os pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança
ligeiramente avançado;
Pega da bola: mão lançadora colocada por baixo da bola com os dedos afastados e a
apontar para cima; a outra mão colocada ligeiramente ao lado e à frente;
Cotovelo colocado por baixo da bola (braço e antebraço formam um ângulo de 90º);
Lançamento da bola por cima e à frente da cabeça (ver o cesto por baixo da bola);
A bola sai da mão quando o M.S que a impulsiona atinge a extensão completa;
Flexão completa do pulso e dos dedos (provocando um efeito de back-spin na bola);
Extensão total do corpo (pés, pernas, tronco e M.S.).
Quando se utiliza?É mais usado na execução do lance livre, ou após interrupção do drible ou receção da bola.
Erros mais comuns Pega incorreta da bola (dedos muito juntos);
Pés paralelos;
M.I. em extensão;
Olhar dirigido para a bola;
Lançamento executado a partir do peito;
Lançamento executado com as 2 mãos;
Ausência da flexão do pulso no momento do lançamento;
Extensão incompleta dos segmentos.
Ficha Técnica de Lançamento em suspensão
30Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Definição/Objetivo? Serve para finalizar a ação atacante de uma equipa e atingir
o objetivo do jogo.
Como se executa? Partir da posição de tripla ameaça;
Enquadrar com o cesto (olhar dirigido para o cesto);
M.I. fletidos, com os pés à largura dos ombros, com o pé do lado da mão que lança
ligeiramente avançado;
Pega da bola igual à do lançamento em apoio;
Impulsão vertical, transportando a bola do peito até à posição do lançamento;
Elevação dos M.S (em flexão pelo cotovelo), fixando a bola por alguns momentos numa
posição de lançamento acima da cabeça (ver o cesto por baixo da bola);
Lançamento da bola antes de se atingir o ponto mais alto da impulsão vertical;
A bola sai da mão quando o M.S que a impulsiona atinge a extensão completa;
Flexão completa do pulso e dos dedos (o que provoca um efeito de back-spin na bola);
Após o lançamento, o M.S lançador segue a trajetória da bola, apontando na direção do
cesto
A queda após o lançamento, deve ser feita numa posição de equilíbrio, de modo a poder
iniciar de imediato a ação seguinte (principalmente a ida ao ressalto ofensivo).
Quando se utiliza?Utiliza-se quando o lançamento é efetuado com o adversário direto próximo.
Erros mais comuns Desenquadramento com o cesto;
Lançamento executado a partir do peito;
Lançamento executado com as 2 mãos;
Ausência da flexão do pulso no momento do lançamento;
Extensão incompleta dos segmentos.
Ficha Técnica de Lançamento na passada
31Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Definição/Objetivo? Converter cesto, que é o grande objetivo do jogo de
basquetebol pois vai permitir marcar pontos para a equipa.
Como se executa? A corrida em drible é oblíqua em relação ao cesto;
Realização de 2 apoios (direito-esquerdo do lado direito e esquerdo-direito do lado
esquerdo);
O primeiro apoio é longo, sendo o segundo apoio mais curto;
Elevação do joelho da perna livre;
A partir do momento em que se realiza o segundo apoio, deve-se fixar o ponto onde se vai
lançar a bola na tabela;
O lançamento é executado em suspensão e realizado com a mão oposta à perna de
impulsão;
Bola projetada contra a tabela;
O movimento do braço lançador é igual ao lançamento parado e em suspensão;
Receção no solo com os dois apoios.
Quando se utiliza?Quando o jogador se encontra perto do cesto em posição tal que permita o lançamento ou
como forma de finalização de penetração em drible para o cesto, dando continuidade ao
movimento de deslocamento do jogador.
Erros mais comuns Corrida em drible de frente para o cesto;
Lançamento realizado muito longe do cesto ou debaixo deste;
Troca dos apoios;
Troca das mãos de lançamento;
Infração da regra dos apoios;
Ultimo apoio demasiado longo (reduzindo a impulsão vertical);
Não há elevação do joelho da perna livre;
Lançamento realizado com as 2 mãos;
32Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Ausência da flexão do pulso no momento do lançamento.
Conteúdos Táticos
Se um bom domínio da técnica individual é absolutamente necessário para
o jogo, não é menos verdade que o basquetebol é sobretudo um desporto
coletivo.
Neste capítulo são analisados alguns dos aspetos básicos referentes à
componente tática do basquetebol, pois esta está essencialmente ligada à
competição, uma vez que existem situações bastante complexas para serem
utilizadas ao nível da escola.
Fundamentos Táticos Ofensivos
Ocupação do Espaço
Os jogadores devem fazer uma ocupação racional do espaço, em largura e
em profundidade, evitando jogar a menos de dois metros dos outros colegas de
equipa (em especial do jogador com bola), para poderem criar situações de
finalização
JOGO 3X3 JOGO 5X5 (cinco aberto)
33Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Cada jogador, conforme a zona do campo e as funções que ocupa, tem
uma designação: Base, Extremo ou Poste. No entanto, estas posições não
devem ser entendidas como fixas, devendo haver trocas de posições para
assim tentar fugir às marcações do adversário.
A PROBLEMÁTICA DO JOGO ANÁRQUICO
A atração pela bola é o fator que mais caracteriza a primeira fase da
evolução dos jogos desportivos coletivos, principalmente o Basquetebol. Isto
acontece, pelo espaço reduzido em que se desenrola o jogo, pelas
características de ter um alvo elevado e por ser um jogo rápido, sem contactos
corporais.
No que diz respeito aos comportamentos motores demonstrados pelos
alunos numa fase inicial, podemos observar:
Um jogo anárquico, descaracterizado e confuso;
Grande dificuldade em compreender as regras básicas do jogo (grande
número de contactos corporais, execução incorreta dos apoios, execução
incorreta dos dribles, etc).
Dificuldades no domínio da bola, habituais a quem exibe comportamentos
motores primários como, correr, saltar, receber e lançar, havendo por isso
um nítido desenquadramento com o cesto;
Dificuldades em desenvolver o jogo coletivo, pois os alunos jogam com eles
próprios;
Jogo com muitos dribles;
Os alunos desfazem-se muito rapidamente da bola, antes de encontrarem a
melhor linha de passe;
34Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Aglomeração de jogadores numa área restrita, disputando a posse de bola.
Para evitar esta situação, há que recorrer a determinadas estratégias para
clarificação e perceção do espírito do jogo:
Desenvolver e melhorar a motricidade;
Desenvolver e melhorar a noção de defesa e ataque;
Desenvolver e melhorar o fator sócio-motor (problema da aglomeração);
Desenvolver e melhorar a noção de ajuda na progressão territorial com ou
sem bola;
Impor determinadas regras para resolver o problema da atração pela bola:
Não é permitido o drible (“jogo dos passes”);
Não se pode jogar a bola para trás;
Dentro do garrafão é obrigatório lançar;
Deve olhar-se sempre em frente, para "ler" o jogo; Todos devem atacar e defender; Defesa individual (HxH).
Passe e Corte
Após o passe a um colega, o jogador realiza uma mudança de ritmo e de
direção, procurando ultrapassar o seu defensor, movimentando-se na direção
do cesto sem perder de vista a bola (movimento de “corte”), e tendo em conta
que pode recebê-la de novo.
35Ricardo Coelho – Educação Física
1 2
3
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DETERMINANTES TÉCNICAS
O jogador 1 passa para o jogador 2 e “corta” para o cesto;
Durante o “corte”, o jogador 1 mantém o olhar na bola e mostra a mão alvo;
Se receber a bola em boas condições, lança ao cesto;
Se não receber a bola, “corta” para o lado contrário ao da bola;
O jogador 3 vai ocupar o espaço deixado livre por 1.
ERROS MAIS FREQUENTES
“Cortar” para o cesto sem olhar para a bola e sem mostrar a mão alvo;
Realizar o “corte” só até meio do garrafão;
Após o “corte” deslocar-se para o lado da bola;
Ausência de ocupação dos espaços livres.
Desmarcação
Quando a sua equipa tem a posse de bola os jogadores devem deslocar-se
abrindo linhas de passe ofensivas, de apoio ou em direção ao cesto.
DETERMINANTES TÉCNICAS
Ver sempre a bola;
Não se “esconder” atrás do adversário;
Explorar a linha jogador/cesto quando esta é deixada livre pelo defesa;
Aproximar do defesa e depois afastar-se dele rapidamente, de modo a fixá-
lo;
Aumento da velocidade de deslocamento (para surpreender o adversário e
36Ricardo Coelho – Educação Física
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ganhar situação de vantagem numérica ou criar linhas de passe);
Mostrar a mão alvo, para receber a bola;
As trajetórias do deslocamento raramente devem ser curvas.
ERROS MAIS FREQUENTES
Inexistência de deslocamentos rápidos para os espaços livres;
Ocupação de espaços onde existe vantagem numérica do adversário;
Esconder-se atrás do defesa;
Não ver a bola;
Desmarcação sem desequilibrar o defesa, por falta de mudanças de direção
ou fintas de corpo.
Transição Defesa – Ataque
O contra-ataque constitui a primeira forma de ataque, tendo como objetivo
a realização de um lançamento fácil, o mais próximo possível do cesto
adversário e em situação de superioridade numérica – 1:0; 2:1; 3:2; ou seja,
com o mínimo de oposição.
O contra-ataque pode iniciar-se a partir de diversas situações de jogo, mas
a mais normal é após o ressalto ganho pela equipa que defende (ressalto
defensivo).
Antes de mais, convém que os alunos tenham a noção de que há 3
corredores (imaginários). Assim, no contra-ataque o jogador portador da bola
deverá colocar-se no corredor central, enquanto que os outros jogadores
deverão ocupar os corredores laterais, cortando para o cesto ao entrar na linha
dos 6,25 metros.
37Ricardo Coelho – Educação Física
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DETERMINANTES TÉCNICAS
A realização do contra-ataque pressupõe a recuperação da posse da bola,
o que significa só o podermos desenvolver a partir desse momento (todos
os jogadores devem participar no ressalto defensivo, todos devem lutar pela
recuperação da posse da bola!);
Logo que um jogador ganha um ressalto, os restantes companheiros devem
preencher de imediato os corredores laterais;
O jogador que ganhou o ressalto deve de imediato explorar a área do lado
da tabela onde recuperou a bola, rodando para a linha lateral mais próxima
e procurando um companheiro a quem passar (1º passe do contra-ataque);
O jogador que recebeu o passe, procurará colocar a bola no corredor central
o mais rapidamente possível (antes da linha de ½ campo), passando-a a um
companheiro que se movimenta nesse corredor ou tomando ele próprio a
iniciativa, usando o drible;
Os restantes jogadores movimentam-se pelo lado contrário àquele onde
ocorreu o ressalto;
O objetivo principal é, assim, estabelecer uma primeira linha de 3 jogadores
que, com a bola no corredor central, progridam para o cesto adversário até
perto da linha onde, normalmente, o driblador encontra oposição. Este,
38Ricardo Coelho – Educação Física
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poderá escolher em função da colocação dos defensores várias hipóteses.
ERROS MAIS FREQUENTES
Drible pelos corredores laterais;
Não ocupação dos corredores laterais;
Execução lenta.
Ataque Rápido
No Basquetebol moderno, quando os defensores recuperam posições e
impedem a finalização em contra-ataque, os atacantes mantêm a sua
agressividade ofensiva, através da realização de movimentos chamados de
“ataque rápido” (entre os 6 e os 8/10 segundos de posse de bola), com o
objetivo de surpreender os defensores, apesar de tudo ainda em fase incipiente
de organização defensiva.
O ataque rápido, representa então um momento, onde decorre uma
transição entre a finalização do contra-ataque e o início do ataque de posição,
não tendo, logicamente, valor em si mesmo, pois só faz sentido falar de ataque
rápido, quando as equipas e os jogadores pretendem prolongar a sua
intencionalidade de agressividade ofensiva, para além da realização do contra-
ataque.
Ataque de Posição
Uma vez terminado o Ataque Rápido e, principalmente eliminado o factor
surpresa sobre o adversário, devemos impor o princípio básico que cada
ataque deve preparar cuidadosamente o lançamento mais eficaz, procurar a
percentagem de lançamento mais elevada, e desenvolver o ataque mais
rentável.
A nível deste tipo de ataque, teremos de saber atribuir à posse da bola a
importância que lhe cabe, utilizando-a de forma rentável, ataque a ataque e,
39Ricardo Coelho – Educação Física
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disputando o ressalto ofensivo, ou participando agressivamente na fase de
transição ataque/defesa.
Fundamentos Táticos Defensivos
Uma questão importante no que se refere à defesa, diz respeito ao momento
em que se deverá iniciar. Perdida a posse de bola, o ato de defender deve
começar imediatamente.
Defesa Pressionante (H x H campo inteiro)
Este tipo de defesa tem como objetivo impedir que o atacante direto tenha
uma ação ofensiva produtiva.
Na utilização desta defesa não se deve permitir cortes pela frente, nem
idas da bola para a zona central do campo. Habitualmente estas defesas têm
como momentos ótimos para a sua aplicação as situações de jogo após lance
livre convertido, desconto de tempo solicitado ou qualquer outra paragem de
jogo, cujo reinício permita uma correta posição inicial dos jogadores.
Não deixar receber a bola na zona central do campo deve ser uma
preocupação a ter neste tipo de defesa. Para tal acontecer, após a bola ter sido
recebida dentro de campo, há que desviar o atacante que a tem em seu poder
para a zona lateral. Nesta situação deve ser forçado o 2x1 (pressionando o
atacante, de modo a que este fique numa posição incómoda). O jogador que
vai fazer o 2x1, só o deve fazer se estiver suficientemente perto para o tentar,
caso contrário, deverá permanecer em defesa homem a homem.
Outra preocupação a ter na defesa HxH é a recuperação defensiva do
defensor que foi ultrapassado pela linha da bola, para uma posição que lhe
permita ver simultaneamente a bola e o jogador que defende.
40Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
DETERMINANTES TÉCNICAS
Cada jogador é responsável por anular as ações ofensivas de um jogador
da equipa adversária.
DEFESA INDIVIDUAL AO JOGADOR COM BOLA:
O defesa deve colocar-se entre o atacante direto e o cesto, dificultando o
seu avanço no campo e “cortando” as suas linhas de passe ou lançamento;
Em caso de drible, acompanhar os deslocamentos do adversário, sem
cruzar os apoios nos deslocamentos;
Quando a atacante interrompe o drible, o defesa pode aumentar a pressão,
diminuindo a distância e acompanhando os movimentos da bola com as
mãos (dificultando a ação de passe ou lançamento).
DEFESA INDIVIDUAL AO JOGADOR SEM BOLA:
Utilizar a visão periférica (olhar simultaneamente o atacante direto e a bola);
Colocação entre a bola e o adversário, tendo sempre em atenção o cesto;
Acompanhar os movimentos do adversário, dificultando a receção da bola;
Utilizar os braços e mãos, para cortar as linhas de passe.
ERROS MAIS FREQUENTES
Virar as costas à bola;
Demasiada distância do atacante;
Não se colocar precisamente entre a tabela e o atacante;
Cruzar os apoios nos deslocamentos;
Olhar dirigido para o adversário, esquecendo a bola.
41Ricardo Coelho – Educação Física
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Módulo II – Análise do EnvolvimentoUma vez que a Escola Secundária Clara de Resende foi recentemente
sujeita a obras, a área desportiva também sofreu alterações. Sendo as
instalações bastante favoráveis à prática das modalidades compreendidas (na
sua maioria) nos Programas Nacionais de Educação Física, passo a apresentar
os recursos necessários, devendo estes estar sempre salvaguardados antes da
elaboração de todo o planeamento.
Recursos HumanosSendo esta componente imprescindível para a lecionação, não só para esta
mas para todas as temáticas a abordar no decorrer do ano letivo, participarão
de modo ativo ou passivo nas aulas: professor da turma do 7º B, os alunos da
referida turma e o/os funcionário/os do recurso espacial utilizado.
Recurso EspaciaisO espaço predestinado para a abordagem desta temática será o pavilhão.
Este mesmo espaço compreende caraterísticas físicas que permitem uma
abordagem coerente e facilitada da modalidade. Apesar de ser amplo, há que
ter em atenção a possibilidade deste ter de ser dividido, pois há aspetos
definidos previamente no roulement, devendo estes ser respeitados e
cumpridos na íntegra, salvo raras exceções (alteração do espaço quando há
acordo por parte dos docentes em questão). Assim, aquando o planeamento,
há que ponderar todas as situações, pois a questão do espaço pode
condicionar, ou não, a prática pedagógica.
Uma vez que a escola comporta boas condições na área da Educação
Física, há que assumir um bom funcionamento das aulas.
Aquando da formulação deste documento, o referido espaço ainda não fora
finalizado, pelo que, apesar das projeções, não é possível fazer uma previsão
exata das condições do mesmo.
42Ricardo Coelho – Educação Física
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Recursos Materiais
Material Nº Estado de Conservação
Bolas Bom
Cestos 4 Bom
Coletes -- Bom
Sinalizadores 30 Razoável
Recursos TemporaisUma vez que a turma é do 3º Ciclo do Ensino Básico só compreende cargas
horárias semanais de: um bloco de 90 minutos e um bloco de 45 minutos. A
presente unidade didática compreende 12 aulas, distribuídas pelo primeiro e
segundo períodos.
SegurançaÉ de extrema importância estar atento às questões de segurança. Assim,
deverei chamar à atenção e consciencializar os meus alunos para o
cumprimento de determinadas regras, tendo estas uma finalidade muito
específica, evitar situações potencialmente perigosas e causadoras lesões
graves.
De seguida dou ênfase a algumas regras importantes que os alunos
devem ter em conta e seguir para se promover um ambiente seguro durante a
aula:
Deverei ser o primeiro a chegar ao local onde a aula se realiza e o último
a abandonar o mesmo;
No início da aula devo: verificar o piso do campo/pista e recolher objetos
que possam ser potencialmente prejudiciais para a prática de exercício
físico (ex.: vidros, areias, etc.);
43Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Não permitir a utilização de relógios, colares, pulseiras e brincos, que
possam provocar ferimentos nos colegas ou no próprio aluno;
Não permitir aos alunos a realização dos exercícios com os cordões das
sapatilhas desapertados;
Exigir o uso de equipamento adequado para a aula de educação física
(calças ou calções pelo joelho e t-shirt/polo lavada/o e comprida/o, de
modo a ser possível coloca-la/o por dentro das calças/calções);
A aula deverá iniciar com ativação geral, dando especial atenção às
articulações mais requisitadas para a modalidade a abordar;
Os alunos só devem iniciar as atividades à minha ordem.
Módulo III – Análise dos Alunos
O Basquetebol é um desporto coletivo abordado no 2º ciclo (5º e 6º ano).
Porém, devo aqui ter em conta que a sua abordagem raramente se estende
para além dos jogos reduzidos e formatados, com regras básicas de
consecução e nem sempre têm um transfer claro para a situação de jogo.
Assim, e não sabendo detalhadamente o que os alunos abordaram em anos
transatos devo dar enfase à cultura desportiva referente a esta modalidade
para que numa fase posterior consiga operacionalizar o jogo formal. Em parte,
este intento foi cumprido pela realização de fichas de avaliação inicial e pela
sua correção em contexto de aula. Contudo, estes conteúdos devem agora ser
integrados em contexto de aula prática, para serem validados e eficientemente
apreendidos.
Assim, para uma organização coerente e consistente de uma Unidade
Temática, é fulcral o conhecimento do professor relativamente aos alunos. Este
conhecimento deve ser cuidado e adquirido através de uma avaliação inicial da
modalidade em questão. Procedi primeiramente a uma avaliação inicial escrita
e a uma aula teórica, nas quais contemplei os aspetos que julguei mais
importantes para os alunos conheceram a modalidade, desde as delimitações
do campo às regras de jogo.
44Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Posteriormente, dediquei uma aula de 90 minutos à avaliação inicial dos
alunos, partindo de uma abordagem analítica, na qual contemplei os conteúdos
basilares para a consecução do jogo e finalizando com uma situação jogada
em meio campo 3x3, comum à FBJ1 e à FBJ2. Com esta avaliação, pretendo
essencialmente, uma observação atenta dos alunos, esperando assim uma
perceção do nível/níveis presente/s na turma, tendo em conta a forma como os
alunos se posicionam para concretizar os seus objetivos de jogo e a forma
como decidem. Se necessário e prudente, tendo em consideração os dados da
avaliação inicial e do posterior contacto com os alunos, poderão ser integrados
em grupos, que se associarão aos níveis de jogo enquadrantes. O nível de jogo
servirá de âncora para a organização dos conteúdos ao nível da sua extensão
e sequência. Pelo que foi possível avaliar, julgo que a generalidade dos alunos
consegue executar razoavelmente bem os conteúdos de passe, receção e até
mesmo drible, revelando algumas dificuldades na finalização em lançamento
em apoio e concretização dos propósitos básicos de jogo, nomeadamente a
manutenção da posse de bola.
Com a avaliação inicial concluída, é de constatar que a turma se encontra na
Forma Básica de Jogo 1. Esta conclusão teve por base os critérios de êxito
pré-estabelecidos para a avaliação inicial e a análise da tabela número 1.
Quadro 1 – Níveis Prevalecentes no Jogo de Basquetebol.
Forma Básica de Jogo 1- Principal preocupação é facilitar o controlo do jogo e
o controlo corporal.
Durante uma situação de jogo de 3x3, os jogadores inexperientes sentem que
o seu espaço pessoal e o espaço funcional de jogo são limitados. Estes
jogadores não têm qualquer controlo, porque a velocidade de jogo não permite
uma correta tomada de decisão.
É essencial que, na Forma Básica de Jogo 1, o professor/treinador manipule
quer o tempo quer o espaço, de tal forma que os jogadores inexperientes
45Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
possam ter sucesso quando jogam.
As situações de jogo são apresentadas de uma forma simplificada, tanto para
a tomada de decisão quanto para a execução das habilidades:
- os jogadores dispõem de mais tempo (controlo corporal);
- o espaço disponível para jogar torna-se mais amplo (controlo de jogo).
Para finalizar com êxito, a questão crítica é aprender a decidir se se está ou
não em boa posição para finalizar. Os jogadores inexperientes verificam que
têm mais probabilidades de finalizar com êxito quando estão mais próximos do
cesto.
A habilidade motora ensinada é o lançamento em apoio. É a forma mais
simples de lançamento e serve de ponto de partida para o ensino de todo o
reportório de lançamentos.
De modo a melhorar o jogo de equipa, os jogadores têm a obrigação de correr
para o cesto depois de fazerem um passe. Com isto, os jogadores criam uma
oportunidade para si, mas ao mesmo tempo estão a criar espaço livre para os
colegas de equipa.
Para aumentar as experiências de sucesso dos jogadores inexperientes, dá-se
atenção às iniciativas individuais de entrar para o cesto. A decisão de driblar
para o cesto e finalizar deve ser tomada quando o espaço em direção ao cesto
está aberto.
Para passar e cortar para o cesto ensina-se uma combinação de habilidades
motoras. Esta combinação de habilidades compreende passes e receções,
paragens e rotações e movimentos sem bola.
No que respeita às iniciativas individuais para o cesto, são utilizadas
habilidades similares, mas o movimento de aproximação ao cesto sem bola é
substituído pela oportunidade criada pelo drible.
As escolhas relativas ao posicionamento em campo resultam de aprender a
posicionar-se melhor relativamente à bola de modo a ajudar o colega em
posse de bola. Para conseguir manter a posse de bola face à oposição de um
defensor, um novo elemento é ensinado, o drible para (re)posicionamento.
Nesta Forma Básica de Jogo o aspeto defensivo não é abordado.
46Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Forma Básica de Jogo 2
A forma básica de jogo 2 continua a ter o propósito de melhorar o controlo de
jogo e o controlo corporal. Para estimular um jogo mais controlado, mantém-se
o jogo em meio-campo.
As situações de jogo simplificadas da forma básica de jogo 1 serão
enriquecidas. Tal implica aprofundar as capacidades de tomada de decisão e
aumentar o repertório de habilidades necessárias para resolver os problemas
que se colocam no jogo.
No âmbito da finalização, a prioridade é aprender a decidir se se deve finalizar
com um lançamento em apoio ou com um lançamento na passada após drible.
O atacante deve aprender que, quando ganha espaço para entrar para o
cesto, pode finalizar mais rapidamente com um lançamento na passada após
drible do que com um lançamento em apoio. Por isso o lançamento na
passada após drible será a habilidade a aprender.
Será realçada a iniciativa individual de entrar para o cesto com o objetivo de
criar uma oportunidade de finalização. O atacante deve aprender a “ler”
quando e onde pode superar o defensor através do drible, tendo em conta que
arrancar em drible sem cometer “passos” é essencial para ter sucesso. Para
além disso, o atacante deve aprender a resguardar o espaço conquistado,
recorrendo ao “jogo direto”.
Para organizar o ataque é necessário aprender a posicionar-se de forma mais
ajustada com e sem bola. O drible de proteção será usado não apenas para
assegurar um melhor posicionamento mas também para escapar à pressão
defensiva.
Na forma básica de jogo 2, os jogadores deverão defender entre o seu
atacante e o cesto.
Forma Básica de Jogo 3
Na forma básica de jogo 3, os jogadores são confrontados pela primeira vez
com a situação de jogo a campo inteiro. Eles vão sentir que é mais difícil
controlar os seus movimentos e a bola do que no jogo a meio-campo. Tudo
devido à maior extensão e velocidade dos movimentos.
47Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
É essencial que o professor manipule os aspetos do tempo e do espaço dentro
do jogo de modo a que os jogadores possam obter o sucesso necessário no
jogo a campo inteiro.
No lançamento, a dificuldade ainda se situa na tomada de decisão:
lançamento em apoio ou lançamento na passada após drible. A decisão
dependerá da posição do campo onde a receção da bola acontece. A
exercitação do lançamento na passada privilegiará a execução controlada mas
em velocidade.
O contra-ataque é inerente ao jogo a campo inteiro. Na situação de contra-
ataque em superioridade numérica de 3x1 ou 2x1, o portador da bola e os
jogadores sem bola têm que tomar decisões de modo a otimizar o
aproveitamento da situação de vantagem para ganhar uma boa oportunidade
de finalização.
Assegurar uma linha de passe aberta, mudar de direção em drible e fixar o
defensor são habilidades a exercitar de modo a melhorar a possibilidade de
criar oportunidades durante o contra-ataque.
A situação de 3 ou 2 atacantes contra 1 defensor a campo inteiro obriga os
jogadores a posicionarem-se corretamente ao longo de todo o campo. O
aproveitamento do espaço será otimizado se os jogadores correrem
separados mas à distância de passe. A abertura de linhas de passe
concretiza-se dentro dos corredores do campo.
Na defesa, pede-se aos jogadores que recuperem para o seu meio campo.
Forma Básica de Jogo 4
A forma básica de jogo 4 é jogada 3x3 a todo o campo. Agora os jogadores
têm que lidar com a transição de uma situação de superioridade numérica
para uma situação de igualdade numérica no ataque.
Torna-se mais complexo tomar a decisão relativamente ao lançamento em
virtude do aumento das opções de lançamento. O reportório de execução
passa a incluir o lançamento na passada após passe. A utilização do
lançamento na passada após passe facilita a finalização dos cortes para o
48Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
cesto num ângulo de 45º.
Vai-se analisar a criação de oportunidades de finalização a partir do contra-ataque de 3x2 de modo a concluir a situação de superioridade numérica com
sucesso, os jogadores aprenderão a reagir adequadamente às ações dos
colegas e dos adversários.
Relativamente à organização do ataque, o foco incidirá sobre uma rápida
transição defesa-ataque estruturada após ganho de ressalto defensivo e saída
eficiente do primeiro passe ou progressão da bola em drible.
A transição do contra-ataque para o ataque posicional, 3x3 em meio-campo
(ou de uma situação de superioridade numérica para uma situação de
igualdade numérica), exige que os atacantes reponham as suas posições.
Aqui também já se procura introduzir os movimentos de aclaramento quando o
portador da bola se aproxima em drible.
A defesa estimula o ataque a criar espaço para realizar uma organização
rápida. Por outro lado, a defesa entre o atacante e o cesto é aprendida em
função das formas básicas de jogo subsequentes.
49Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Tabela 1 – Critérios de Êxito no passe de peito e picado, receção e drible.C
ritér
ios
Passe de Peito
Passe Picado
Receção Drible Lançamento em Apoio
Colocar os
cotovelos
junto ao
corpo;
Avançar um
dos apoios;
Executar um
movimento
de repulsão
com os MS.
Colocar os
cotovelos
junto ao
corpo;
Avançar um
dos apoios;
Executar
um
movimento
de repulsão
com os MS.
Dirigir o
passe para
baixo e
para a
frente.
Ir ao
encontro
da bola
com as
duas
mãos, com
os dedos
bem
abertos e
firmes;
Fletir os
braços no
momento
de
contacto
com a
bola.
Driblar a
bola ao
lado do
corpo até
ao nível da
cintura;
Olhar para
a frente;
contactar a
bola com a
mão aberta
e dedos
estendidos.
Avançar o apoio
do lado da mão
que lança;
Estender os MI
e fletir o pulso.
Enquadrado
com o cesto, e
com o olhar
dirigido para o
mesmo.
Passe para a
frente do colega.
50Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Nível
Passe de Peito
Passe Picado Drible Lançament
o em Apoio Receção
-
Não demonstra nenhuma das componentes críticas.
Não demonstra nenhuma das componentes críticas.
Não demonstra nenhuma das componentes críticas.
Não demonstra nenhuma das componentes críticas.
Não demonstra nenhuma das componentes críticas.
+/-
Demonstra algumas das componentes críticas.
Demonstra algumas das componentes críticas.
Demonstra algumas das componentes críticas.
Demonstra algumas das componentes críticas.
Demonstra algumas das componentes críticas.
+
Demonstra todas as componentes críticas.
Demonstra todas as componentes críticas.
Demonstra todas as componentes críticas.
Demonstra todas as componentes críticas.
Demonstra todas as componentes críticas.
Tabela 2 – Níveis da performance dos alunos nos diferentes conteúdos e respetivos critérios de êxito.
51Ricardo Coelho – Educação Física
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Grelha de Resultados da Avaliação InicialTabela 3 – Ficha de avaliação diagnóstica
52Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
53Ricardo Coelho – Educação Física
Nº Nome
Conteúdos Técnicos Situação de Jogo 3x3Jogador com Bola
Tomada de DecisãoJogador sem Bola
Ações de Apoio Ações de Defesa
Passe de
Peito
Passe Picado
Drible Receção
Lançamento
Recebe e enquadra-se com o cesto
Identifica e aproveita situações
de finalização
Mantém-se afastado do portador da bola e cria linhas de passe
Defende o seu jogador
1 Afonso Cardoso +- - +- +- - - +- +- +-2 Afonso Rocha + +- +- + - +- +- + +-3 Alexandra Morais + + +- + +- +- +- +- +-
4 PERMUTA
5 Ana Sofia Costa +- +- +- +- - - - +- +-
6 Bruna Alves Freitas +- +- +- +- +- - - +- -
7 David Bushkovskiy +- +- - +- - - - - -
8 Diogo Gorito + +- + + +- +- + + +
9 Filipa Cunha da Silva +- +- +- +- - - +- - +-
10 Francisco Sereno Reis +- +- +- +- +- - +- +- +-
11 Inês Seabra +- +- +- +- - - +- +- +-
12 Joana Arez +- +- - +- +- - +- +- +-
13 João Martins +- +- +- +- - - - +- +-
14 João Lima + + +- + +- +- +- + +-
15 José Coelho +- +- - +- +- - +- - -
16 Luís Alves +- +- - +- - - +- +- -
17 Manuel Junqueira + + +- + +- +- +- + +
18 Maria Luísa Carvalho +- +- +- +- - - - +- +-
19 Maurício Cardoso +- +- +- +- - - +- +- +-
20 Miguel Duarte +- +- +- +- +- - +- +- +-
21 Miguel Ribeiro + +- +- + +- +- + + +
22 Osvaldo Magalhães +- +- +- +- +- +- - +- -
23 Pedro Pereira +- +- +- +- +- - +- - +-
24 Sofia Ribeiro + + +- + + +- +- + +
25 Susana Cunha + + +- + +- +- +- + +
26 Tiago Jorge Martins +- +- +- +- +- - + +- +-
27 Tiago Couraceiro + +- +- + +- +- + +- +-
28 Vasco Dias Lopes +- +- +- +- - - - +- +-
29 Inês Freitas + + +- +- +- - +- +- +-
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Módulo IV – Análise da Extensão e Sequência dos ConteúdosUma vez que a extensão e sequência dos conteúdos são imprescindíveis para a organização e própria orientação do
processo de ensino-aprendizagem, na tabela que se segue está disposta a Unidade Temática que irá ser comprida no
decorrer da modalidade de Basquetebol.
Basquetebol1 2/3 4 5/6 7 8/9 10 11/12 13
Conteúdos
Elem
ento
s Té
cnic
os
Pega da Bola
Aul
a Te
óric
a
AI I/E E E E E C AFReceção AI I/E E E E E C AFPasse de Peito AI I/E E E E E C AFPasse Picado AI I/E E E E E C AF
Drible de progressão AI I/E E E E E C AFDrible de proteção AI I/E E E E C AFLançamento em Apoio AI I/E E E E C AFPosição Base Defensiva I/E E E E C AFPosição Base Ofensiva I/E E C AFFinta I/E E C AFRotações I/E E/C AFDeslizamentos Defensivos I/E E/C AF
T é Desmarcação sem bola A u AI I/E E E E E C AF
54Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
cnic
os
Ofe
nsiv
os
la T
eóric
a
Criação de linhas de passe AI I/E E E E E C AF
Finalização I/E E E E C AFEnquadramento Ofensivo I/E E E/C AF
Tátic
aD
efen
siva
Defesa ao Jogador sem bola AI I/E E E E E C AF
Defesa ao Jogador com bola AI I/E E E E C AF
Enquadramento defensivo I/E E E E C AF
Form
as d
e Jo
go
Jogo 2x1
Jogo 2x2
Jogo 3x1
Jogo 3x3 AI I/E E E E E C AF
Cultura Desportiva
55Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Colocar todas as bolas debaixo do braço ou no chão aquando instrução do professor. x x x x x x x x
Utilizar somente a bola para manejo manual (não chutar/pontapear). x x x x x x x x
Conhecer os limites e áreas envolventes do campo de Basquetebol. x x x x x x x x
Conhecer regra dos 3 segundos, progressão com bola e dribles. x x x x x
Conhecer os diferentes tipos de falta pessoal e respetivas punições. x x x x
Conceitos Psico-Sociais
Respeitar todo o material, não o danificando.
x x x x x x x x x
Solidariedade com os companheiros. x x x x x x x x xManter o silêncio aquando o desenvolvimento da instrução por parte da professor ou numa intervenção verbal do aluno.
x x x x x x x x x
Espirito de Equipa x x x x x x x x x
Aspetos Fisiológicos e Condição Física
56Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Capacidades Condicionais
ForçaSuperior x x x x
Inferior x x x x
Velocidade x x
Resistência x x x x x x x x
Flexibilidade x x x x
Destreza Geral x x x x x x x x
57Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Capacidades Coordenativas
Orientação Espacial x x x x x x x x
Reação x x x x x x x x
Diferenciação Cinestésica x x x x x x x x
Encadeamento x x x x x x x x
Ritmo x x x x x x x x
Equilíbrio x x x x x x x x
Orientação x x x x x x x x
58Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Justificação da Unidade Temática
A presente Unidade Temática é um instrumento de planeamento didático
que teve como principal vetor de orientação, como não poderia deixar de ser,
os alunos. São eles que dão sentido à nossa prática e é neles que se deve
basear todos o nosso planeamento. Por isso mesmo, a identificação dos
recursos e da população-alvo deve preceder o desenvolvimento da Unidade
Temática, mas também deve ser um indicador que a reformula à medida que o
conhecimento da turma se desenvolve.
A turma do 7ºB do Agrupamento Vertical Clara de Resende é composta por
28 alunos. A Unidade Temática de Basquetebol comporta um total de 13 blocos
de 45 minutos, distribuídos entre 13 de Dezembro de 2011 e 24 de Janeiro de
2012, compreendendo um contacto semanal designado para as Terças-Feiras
entre as 11 horas e 45 minutos e as 12 horas (blocos de 45 minutos) e para as
Sextas – Feiras entre as 15 horas e 15 minutos e as 16 horas e 45 minutos
(blocos de 90 minutos).
De salientar que a turma tem uma razoável disponibilidade motora, sendo
que os alunos são empenhados e interessados, com uma motivação para a
prática. Porém, são necessários cuidados disciplinares para manter a atenção
dos alunos na tarefa.
Optei por ensinar todos os alunos no mesmo nível/fase de ensino, já que o
contacto com a modalidade é, regra geral, escasso e quase todos os alunos
partem de experiências de aprendizagem similares. Após a realização de uma
avaliação diagnóstica, os alunos demonstraram uma organização de jogo
razoável, que me reverteu para a “Forma Básica de Jogo 1”, dominando porém
alguns princípios da “Forma Básica de Jogo 2”. As principais preocupações
nesta fase são, portanto, referentes à organização atacante, do sentido coletivo
de jogo sustentado pela conservação da posse de bola através da ocupação
racional do espaço (jogo apoiado) e da manutenção constante de linhas de
passe ao portador da bola, através da desmarcação.
As habilidades motoras a ensinar, foram seccionadas tendo em conta o
nível inicial dos alunos e aquilo que parece ser mais eminente tendo em conta
59Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
as suas aprendizagens ulteriores. Assim, e já que os alunos revelam
dificuldades na finalização através do “lançamento em apoio”, optei por não
incluir o “lançamento na passada” nos conteúdos a lecionar, numa tentativa de
aprofundar este primeiro. Contudo, poderá ser viável a integração do
“lançamento na passada”, se os alunos progredirem bem no âmbito dos
conteúdos mais basilares referentes à finalização.
Assim, a “pega da bola, o “passe de peito”, “passe picado”, “drible de
progressão”, “drible de proteção”, “receção”, “finta”, “lançamento em apoio”,
“posicionamento defensivo”, “posicionamento ofensivo”, “rotações” e
“deslizamentos defensivos” representam os conteúdos técnicos que pretendo
ensinar, consubstanciados numa base macro que subentende a perceção e
execução do jogo.
A tática ofensiva coincidirá com a introdução dos jogos de passe e receção,
através da necessidade de “desmarcação” e da “criação de linhas de passe.
Posteriormente será abordada a finalização, aquando da introdução do
“lançamento na passada” e o “enquadramento ofensivo” juntamento com o
posicionamento ofensivo (tripla-ameaça).
A tática defensiva será iniciada logo após os jogos de passe e receção com
a “defesa ao jogador sem bola” e depois do drible através da “defesa ao
jogador com bola. Por fim, será ainda introduzido o “enquadramento defensivo”
ao mesmo tempo que o posicionamento defensivo.
A forma básica de jogo 1 (3x3) será transversal á unidade temática,
podendo ser, por vezes, útil o recurso a formas de jogo simplificadas com
utilização de vantagem numérica atacante.
Também os “Aspetos Fisiológicos e Condição Física”, os “Conceitos Psico-
Sociais” e a “Cultura Desportiva” serão elementos transversais e integrantes de
todas as aulas desta Unidade Temática de Basquetebol.
A primeira aula, por indisponibilidade do campo exterior, foi destinada ao
visionamento de vídeos relacionados com o Basquetebol Juvenil, com intuito
de promover uma familiarização entre os alunos e a modalidade. A segunda e
a terceira aulas foram destinadas à avaliação inicial dos alunos. A partir dai,
procurei estabelecer uma lógica coerente de complexificação de conteúdos até
60Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
ao final da Unidade Temática. Sem que a quarta aula será destinada à
introdução do Drible de progressão, Receção, Passe de Peito e Passe Picado.
No quinto e sexto blocos serão introduzidos o Drible de Proteção, o
Lançamento em Apoio e o Posição Base Defensiva. A sétima aula será
exclusivamente dedicada à exercitação de conteúdos. Nos, oitavo e nono
momentos, serão introduzidos, a Posição Base Ofensiva e a Finta. O décimo
bloco será destinado à iniciação das rotações e dos deslizamentos defensivos.
A décima primeira e décima segunda aulas serão de exercitação e a décima
terceira de avaliação final de todos os conteúdos.
61Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Módulo V – Definição dos Objetivos
Sendo o ensino uma vertente que compreende um vasto conhecimento da
matéria, referente ao que se pretende ensinar e ao como, deveremos procurar
atualizar e reformular constantemente os nossos conhecimentos específicos à
matéria e à sua transmissão. Sendo o processo de ensino-aprendizagem um
momento constante, é de prever a eleição da temática a abordar; preparação
da mesma; estruturação e transmissão de todos os conhecimentos, atendendo
sempre às capacidades e competências dos alunos. Havendo a existência de
diferentes níveis de complexidade onde se desenvolve e promove uma
aprendizagem mais coerente, é mais que imprescindível o estabelecer de
objetivos, onde numa fase posterior, se sistematizarão os conteúdos (definidos
consoante o nível onde os iremos inserir) definidos para haver desenvolvimento
de competências por parte dos alunos.
Atendendo às diversas caraterísticas da modalidade, propõem-se
desenvolver nos alunos aspetos energético-funcionais; habilidades motoras;
relações intra e inter-pessoais; processos cognitivos e por último, mas não
menos importante, uma vertente de satisfação ao nível lúdico. Tendo em
consideração o nível da turma, os objetivos aos quais me proponho
desenvolver incidem essencialmente na aquisição das capacidades e
competências mínimas, devendo estas ficar consolidadas, de modo a numa
fase posterior, levar os alunos para um nível superior.
Como desde o início do documento refiro as quatro categorias
transdisciplinares, passo de seguida a citar os objetivos propostos para os
alunos nas respetivas categorias:
Cultura Desportiva o O Aluno:
Identifica e aplica as principais regras do jogo aquando da
situação de jogador e da situação de árbitro;
62Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Reconhece todas as linhas e marcações do campo de
Basquetebol bem como o significado de cada uma, referindo-se
corretamente a cada uma delas;
Conhece o objetivo do jogo, regras, funções e modo de execução
das principais ações tático-técnicas.
Habilidades Motoras o O Aluno:
Ao nível técnico :
Realiza passe de peito; passe picado; receção; drible de
progressão e proteção; lançamento em apoio; rotações,
deslizamentos defensivos e posiciona-se corretamente no
momento ofensivo e defensivo, garantindo a iniciativa e
empenhamento em participações individuais e coletivas, aplicando
as regras da modalidade;
Ataque em situação de jogo :
O Aluno: Ocupa o espaço de forma racional e equilibrada, desmarcando-
se e oferecendo linhas de passe, utilizando para esta ação
mudanças de direção e fintas com e sem bola;
Passa a bola para um colega que se encontra numa posição
mais favorável à finalização ou dribla em progressão para
finalizar;
Procura criar situações de superioridade numérica;
Finaliza sempre que este é a solução mais viável e favorável à
equipa;
Aquando a ausência de posse de bola, procura deslocar-se
frontal, lateral ou de recuo de modo a dar continuidade às ações
da sua equipa.
Defesa em situação de jogo:
63Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
O Aluno:
Marca o seu oponente direto;
Impede lacunas a nível defensivo, utilizando ações necessárias
para emendar erros (ajuda);
Dificulta progressões por parte do adversário, intercetando
sempre que possível e sem falta a bola.
Fisiologia do Treino o O Aluno:
Integra totalmente às tarefas a que foi proposto, envolvendo-se e
empenhando-se nas mesmas, mantendo-se em atividade do
começo ao término do exercício;
Desenvolve as capacidades coordenativas gerais; resistência;
força; velocidade; flexibilidade cumprindo sem perda de
rendimento os exercícios propostos pelo professor, sendo todas
elas essenciais para a modalidade a abordar, obtendo assim uma
melhor performance.
Conceitos Psico-Sociais o O aluno tem:
Empenho
o Desenvolve todas as atividades propostas, atendendo às
componentes críticas citadas pelo professor, conseguindo
assim alcançar o proposto com a coerência necessária.
Motivação
o Consegue alcançar o máximo da sua performance através da
vontade de alcançar o máximo da aprendizagem
proporcionada.
Determinação
64Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
o Determina os objetivos a alcançar, esforçando-se para
chegar aos mesmos, contando sempre consigo próprio,
colegas da turma e professor.
Coragem
o Toma consciência das suas ações e age com vontade de se
superar.
Agressividade
o Age consoante as necessidades apresentadas no decorrer
do exercício ou jogo proposto, conseguindo controlar a
mesma perante si e os outros.
Auto-Confiança
o Desenvolve consciência das suas competências,
aprimorando-as e podendo promover motivação para
aqueles que o rodeiam.
Concentração
o Capta toda a informação necessária para ter êxito nas
tarefas propostas e foca-se no que é necessário em cada
momento distinto.
Autonomia
o Adquire noção das suas capacidades, tendo consciência da
sua independência para as diversas ações do quotidiano,
que muitas das vezes, podem ser transferidas para a prática
de qualquer modalidade desportiva.
Superação
o Mostra capacidade de ir mais longe nas suas aprendizagens,
conseguindo alcançar novas metas face às expectativas
criadas.
Espírito de Equipa
o Coopera com a equipa para que todos alcancem os objetivos
propostos, resolvendo situações onde não há consenso e
tendo consciência dos valores de cada aluno pertencente ao
grupo.
65Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Fair-Play
o Capaz de aceitar sem ripostar uma vitória ou derrota, sendo
coeso, cumpridor e consciente das suas ações
Cooperação
o Promove a sua motivação alcançando nos colegas essa
mesma vontade e procura alcançar o objetivo proposto não
só por ele, mas pela equipa ou turma.
Cordialidade
o Mostra educação e amabilidade perante a turma e professor,
mostrando-se prestável não só no cumprimento de regras e
rotinas impostas no decorrer das aulas, mas também para
com a aprendizagem não só dele mas do outro.
Aceitação
o Colabora com os colegas e professor, cumprindo com o que
foi proposto sem gerar conflito ou confusão pela
possibilidade de não aceitação.
Respeito
o Tem noção da autoridade do professor, das competências
dos colegas e pelo material / instalações escolares,
preservando o bom ambiente durante a aula.
66Ricardo Coelho – Educação Física
Professor Estagiário Ricardo Coelho | AVCR | MEC Basquetebol
Módulo VI – Configuração da AvaliaçãoSendo a avaliação um processo fulcral desenvolvido no decorrer de todo o
ano letivo, tem caraterísticas de continuidade e coerência avaliativa. Assim,
darei ênfase à identificação dos possíveis progressos/retrocessos no processo
de aprendizagem dos alunos, definindo três momentos essenciais para o
decorrer da avaliação: avaliação inicial, avaliação formativa (tida como
avaliação intermédia) e a avaliação final.
Avaliação InicialDestinada única e exclusivamente para recolha de informação relativamente
ao/s nível/níveis em que a turma se encontra face à modalidade abordada.
Após esta avaliação, faz-se tratamento dos dados adquiridos de modo a se
poder desenvolver o planeamento do processo de ensino-aprendizagem. Nesta
temática, os alunos foram avaliados através de uma Grelha com conteúdos a
abordados no ano transato, podendo ser consultada no Módulo III.
Avaliação FormativaIrá ser posta em prática de modo informal no decorrer da Unidade Didática.
Será resultante de uma supervisão ativa que irei fazer ao longo da mesma.
Com ela, pretenderei averiguar atempadamente, possíveis lacunas que os
alunos representem na prática, podendo assim proporcionar momentos para
uma aprendizagem mais eficaz e melhorar o processo de aprendizagem do
aluno. Conta com especial atenção a fatores como: assiduidade; pontualidade;
comportamento disciplinar; envolvimento nas tarefas propostas; progressão na
aprendizagem e precisão no que o aluno se propõe a fazer.
Avaliação Sumativa/FinalSendo esta o culminar das aprendizagens adquiridas por parte dos alunos,
será realizada, à maioria dos conteúdos introduzidos no presente ano letivo.
Será feita uma situação de jogo de 3x3 onde constarão os conteúdos
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abrangidos pela avaliação inicial e os conteúdos que contaram com maior
tempo de exercitação no decorrer de toda a Unidade Didática (ver Tabela de
Unidade Temática).
Níveis de Classificação
Basquetebol
Nível 1 (0 – 4 valores) Realiza zero ou um critério de avaliação
Nível 2 (4 – 8 valores) Realiza um critério de avaliação
Nível 3 (8 – 12 valores) Realiza dois critérios de Avaliação
Nível 4 (12 – 16 valores) Realiza três Critérios de Avaliação
Nível 5 (16 – 20 valores) Realiza todos os Critérios de Avaliação
Total de __%
Cultura Desportiva ___ %
Habilidades Motoras ___ %
Fisiologia do Treino ____ %Conceitos Psicossociais ____ %
Tabela 4 – Níveis de Classificação da Modalidade Desportiva Coletiva de Basquetebol
Nota: Para constatação dos critérios de êxito que vão ao encontro da avaliação referida na
tabela anterior, ver módulo III tabelas nºs 2 e 3.
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Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem
DOMÍNIO DE BOLA
Exercício 1 - O aluno, com os MS afastados do tronco à altura dos ombros, passa a bola de uma mão para a outra (com aumento progressivo da velocidade de execução).Objetivo – Familiarização com a bola.
Exercício 2 – O aluno executa rotações com a bola:
* à volta da cabeça;* à volta da cintura;* à volta dos joelhos;* à volta de cada perna.Variante – Alterar o sentido da rotação.
Objetivo – Familiarização com a bola.
Exercício 3 – O aluno toca a bola só com os dedos:
* acima do nível da cabeça;* ao nível do tronco;* ao nível dos joelhos.Objetivo - Familiarização com a bola.
Exercício 4 – O aluno passa a bola entre as pernas, descrevendo um 8.
Objetivo - Familiarização com a bola.
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Exercício 5 – O aluno atira a bola o ar por cima da cabeça, segurando-a atrás das costas.
Variante – O mesmo exercício, mas no sentido oposto.
Objetivo – Familiarização com a bola.
Exercício 6 – Com a bola atrás das costas e pernas afastadas, o aluno passa a bola entre as pernas, agarrando-a à frente com as duas mãos, após o ressalto.
Objetivo - Familiarização com a bola.
Exercício 7 – O aluno segura a bola entre as pernas, com uma mão de cada lado. Troca as mãos sem deixar cair a bola.
Objetivo - Familiarização com a bola.
Exercício 8 – Estafetas de transporte de bola:
* por cima da cabeça;* lateralmente;* entre as pernas.Objetivo - Familiarização com a bola.
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PEGA DA BOLA / POSIÇÃO BÁSICA OFENSIVA
Exercício 1 - O aluno atira a bola ao ar, e executa a receção da mesma através de uma pega correta (assumindo a posição de tripla ameaça).Variante - Execução do mesmo exercício em corrida.
Objetivo - Tomar consciência da posição de tripla ameaça e exercitação da pega.
Exercício 2 - O aluno corre sem bola e ao sinal do professor assume a posição básica ofensiva.
Variante - Execução do mesmo exercício com bola.
Objetivo - Automatização da posição básica ofensiva.
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PARAGENS / ROTAÇÃO SOBRE UM PÉ EIXO
Exercício 1 - O aluno corre ao longo do campo e executa alternadamente, mediante as ordens do Professor, paragens a um e dois tempos (1 apito: paragem a 1 tempo; 2 apitos: paragem a 2 tempos).Variante - O aluno executa o mesmo exercício, mas com a bola.
Objetivo - Automatizar a ação de paragem a um e dois tempos.
Exercício 2 - 2 a 2, um aluno corre na direção do colega, recebe a bola e realiza paragem a um ou dois tempos, devolvendo depois a bola.
Objetivo - Melhorar as paragens.
Exercício 3 – Uma coluna com bola e outra situada lateralmente, sem bola. Quem tem a bola passa para o colega, que corre para o
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POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA
Exercício 1 - Dois a dois, com uma bola: um aluno faz de atacante e realiza ações de drible com mudanças de direção diversas, enquanto o outro aluno faz de defesa. Realizar o exercício de uma linha final à outra e depois trocar as funções desempenhadas por cada aluno. Objetivo – Exercitação e aperfeiçoamento da técnica defensiva (posição básica e deslocamentos).
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cesto e a recebe, efetuando paragem a um ou dois tempos e lançando. Quem lançou troca de coluna (e vice-versa).
Objetivo - Melhorar as paragens, enquadramento com o cesto.
Exercício 4 - O aluno executa a rotação sobre o pé eixo sem bola.
Variante – Execução do mesmo exercício com bola.
Objetivo – Iniciação ao movimento de rotação.
Exercício 5 – O aluno em corrida ao longo do campo, mediante as ordens do professor, efetua paragem e rotação.
Deve alternar entre os dois tipos de paragem e dois tipos de rotação.
Objetivo – Iniciar a rotação sobre um dos pés.
Exercício 6 – O aluno atira a bola ao ar e ao realizar a receção, efetua rotação (interna e externa)
Objetivo – Iniciar a rotação sobre um dos pés.
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Exercício 7 - 2 a 2, um aluno corre na direção do colega, recebe a bola, realiza paragem a um ou dois tempos e rotação, devolvendo depois a bola.
Objetivo – Exercitar a rotação sobre um dos pés.
Exercício 8 - Em drible, ao chegar aos pinos, o aluno pára, realiza rotação sobre um dos pés e lança parado.
Objetivo – Exercitação da rotação e enquadramento com o cesto.
Exercício 9 – Jogo 1x1. O aluno com bola só pode ultrapassar o defesa, através de uma rotação.
Objetivo – Tomar consciência do gesto técnico em situação de jogo.
DRIBLE
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Exercício 1 – O aluno realiza o drible com a mão direita:
* ao nível da cintura;* ao nível do joelho;* da frente para trás (e vice-versa);* à frente dos apoios, da esquerda para
a direita (e vice-versa).Variante – O aluno executa o mesmo exercício, mas com a mão esquerda.
Objetivo – Familiarização com a bola em situação de drible.
Exercício 2 – O aluno realiza o drible:
* em pé;* de joelhos;* sentado;* deitado.Objetivo – Noção de controlo de bola em várias posições.
Exercício 3 – O aluno avança a perna direita e dribla à sua volta.
Variante – O mesmo exercício mas avançando a perna esquerda.
Objetivo – Familiarização com a bola em situação de drible.
Exercício 4 – O aluno com as pernas afastadas, com uma mão de cada lado, passa a bola para a frente e para trás (fazendo a bola ressaltar uma vez no solo).
Objetivo – Familiarização com a bola em situação de drible.
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Exercício 5 – O aluno com as pernas afastadas, dribla entre elas desenhando um 8.
Objetivo – Familiarização com a bola em situação de drible.
DRIBLE DE PROGRESSÃO
Exercício 1 - Cada aluno com uma bola executa o drible de progressão, percorrendo as linhas do campo.
Objetivo – Exercitação do drible de progressão.Exercício 2 - Cada aluno com uma bola, executa o drible desde uma linha final à outra.
Consoante a indicação do professor, o aluno muda de mão.
Variante – O mesmo exercício em corrida.
Objetivo – Exercitação e aperfeiçoamento do drible.Exercício 3 - Cada aluno, com uma bola, executa o drible desde uma linha final à outra, tentando chegar o mais rapidamente possível.
Variante – Execução do mesmo exercício, mas com alternância de mãos.
Objetivo – Desenvolver o drible de progressão em velocidade.
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Exercício 4 – Estafetas em drible.
Variante – Estafetas em drible, com obstáculos.
Objetivo – Melhorar o drible de progressão em velocidade.
Exercício 5 - Driblar de olhos fechados sem deslocamento.
Variante – O mesmo exercício em movimento.
Objetivo – Melhorar a drible, perceção da bola sem olhar.
Exercício 6 - Driblar até ao pino, trocar de mão, driblar até ao outro pino, driblar para trás, contornar o pino, etc.
Objetivo – Melhorar o drible.
Exercício 7 – “Toca e Foge”.
Um aluno com uma bola, foge em drible do seu colega. Ao ser tocado, passa a bola ao colega, invertendo-se as posições.
Objetivo - Melhorar o drible.
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DRIBLE DE PROTECÇÃO
Exercício 1 - Cada aluno com 1 bola, realiza drible de proteção sem oposição.
Objetivo – Exercitação do drible de proteção.
Exercício 2 – O aluno realiza drible de progressão ao longo do campo e ao sinal do professor realiza uma paragem, passando a drible de proteção.
Objetivo – Exercitação do drible.
Exercício 3 - Cada dois alunos com uma bola, enquanto um executa drible de proteção, o outro faz oposição passiva.
Variante – O mesmo exercício, mas com oposição ativa (tentando roubar a bola).
Objetivo – Melhorar do drible de proteção, noção de adversário.
Exercício 4 - Um grupo de alunos, cada um com uma bola, numa área limitada, tentam roubar a bola aos colegas, sem perder o controlo da sua.
Objetivo – Melhorar do drible de proteção, noção de adversário.
Exercício 5 – 1X1, 2x2 num espaço pequeno, com lançamento.
Objetivo – Tomar consciência do gesto técnico em jogo.
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MUDANÇA DE DIRECÇÃO/ FINTA ( EM DRIBLE PELA FRENTE)
Exercício 1 - O aluno corre sem bola ao longo do campo e ao sinal do professor realiza rapidamente mudança de direção (baixando o corpo e transferindo o peso de uma perna para a outra).
Variante – O mesmo exercício em drible.
Objetivo – Consciencialização do gesto.
Exercício 2 - Os alunos executam a mudança de direção em drible pela frente, percorrendo um trajeto previamente definido pelo Professor (sempre que encontrarem um pino, realizam mudança de direção).
Objetivo - Exercitação.
Exercício 3 – O aluno realiza mudança de direção em drible, com oposição.
Objetivo - Tornar o aluno capaz de executar as diversas movimentações durante um jogo de basquetebol.
Exercício 4 – 1x1. O aluno com bola tenta ultrapassar o defesa, realizando mudança de direção, procurando finalizar.
Objetivo – Exercitação do gesto técnico e enquadramento com o cesto.
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PASSE / RECEPÇÃO
Exercício 1 - 2 a 2, frente a frente, realizam passes sem oposição.
Variante – A distância entre os jogadores aumenta progressivamente.
Objetivo - Iniciação do passe-receção.
Exercício 2 – 2 colunas de alunos com 1 bola. O jogador que passa, desloca-se em corrida para o final dessa coluna.
Objetivo – Desenvolver a técnica de passe-receção (consciencialização da necessidade de deslocamento após o passe).
Exercício 3 – 4 alunos com uma bola, dispostos em quadrado. O alunos devem passar a bola ao jogador à sua direita e correr de seguida para o local onde efetuaram o passe. O sentido de rotação da bola varia, ao sinal do professor.
Variante – O mesmo exercício com 2 bolas.
Objetivo - Iniciação do passe-receção em deslocamento.
Exercício 4 – 2 a 2 em corrida, realização de passes ao longo do campo.
Objetivo - Exercitação do passe-receção em deslocamento (coordenar o passe com a corrida).
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Exercício 5 – Criss-Cross
O aluno que efetua o passe desloca-se no sentido da bola, passando por trás do colega que recebeu a bola (a movimentação dos jogadores assemelha-se a um 8).
Objetivo – Realizar passes e demarcações sucessivas em deslocamento. Coordenar o passe com a corrida.
Exercício 6 - Jogo dos passes em ½ campo. A equipa que consegue 10 passes consecutivos marca ponto.
Objetivo – Melhorar o passe, receção e desmarcação.
Exercício 7 - Jogo 2X1. Os 2 alunos atacantes, através de passe tentam ultrapassar o defensor e finalizar.
Variante – O mesmo exercício, mas 2x2, 3x3...
Objetivo - Melhorar os passes, trabalhar a desmarcação para receção de bola.
Exercício 8 - (corfebol) jogo 5x5 em meio campo, só vale passes, impossibilidade de desarme, impossibilidade de lançar quando marcado.
Objetivo - Melhorar passes, receção, desmarcações e concentração de jogo.
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LANÇAMENTO EM APOIO
Exercício 1 - O aluno parado, na posição de tripla ameaça, realiza corretamente a pega da bola, conduzindo-a até à posição de lançamento.
Objetivo – Consciencialização da pega da bola e da posição dos segmentos no momento do lançamento.
Exercício 2 – Os alunos lançam a bola na vertical, recuperando-a de seguida. Executam um movimento de rotação na bola, impulsionando-a para cima através da flexão do pulso. O movimento é acompanhado pelo trabalho dos M.I. (sendo a bola lançada progressivamente mais alto).
Objetivo - Tomar consciência da ação do pulso na rotação a dar à bola e da importante ação dos MI.
Exercício 3 - 2 a 2 com uma bola, fazem lançamento um para o outro, tentando acertar num local pré-determinado (ex. cabeça, braço estendido, etc.)
Objetivo - Iniciar os lançamentos. Exercício 4 - O aluno executa o lançamento em apoio partindo de uma posição estática, perto do cesto; indo progressivamente recuando, passando a lançar de maior distância.
Objetivo - Iniciar os lançamentos. Exercício 5 - Grupos de 6 ou 7, com três bolas lançam à vontade.
Objetivo - Iniciar os lançamentos, melhorar a noção de cesto e da trajetória de lançamento.Exercício 6 - Uma bola para cada 2 alunos. Um dos alunos lança ao cesto enquanto o outro, após esta bater uma vez no chão, lança do local onde agarrou a bola.
Objetivo - Desenvolver o lançamento em apoio.
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Exercício 7– “Jogo dos 31”. O jogo inicia-se na linha de linha de lance livre: se o aluno encestar são 3 pontos e tem outra oportunidade; se falhar, tenta o outro aluno do local onde agarrou a bola. Se encestar ganha 1 ponto e passa para a linha de lance livre. O jogo termina quando um dos jogadores realizar 31 pontos.
Objetivo - Melhorar os lançamentos, noção de ressalto, melhorar a precisão de lançamento.Exercício 8 - Jogo Reduzido, em que só são permitidos lançamentos em apoio.
Objetivo - Melhorar os lançamentos em situação de jogo.
LANÇAMENTO NA PASSADA
Exercício 1 - O aluno partindo da posição parada, realiza o último apoio e impulsão vertical.
Objetivo – Iniciar o lançamento na passada
Exercício 2 - O aluno partindo da posição parada, realiza os 2 apoios, realizando a impulsão vertical.
Variante - Realizar o mesmo exercício após corrida de aproximação ao cesto.
Objetivo – Iniciar o lançamento na passada
Exercício 3 – O aluno passa a bola ao colega/professor (colocado numa linha de 45º com o cesto) e a “passo” pega a bola da sua mão e efetua o lançamento: direito-esquerdo (lado
direito) ou esquerdo-direito (lado esquerdo).
Variante – Os apoios são delimitados por
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arcos/esteiras.
Objetivo – Interiorização da colocação dos apoios e coordenação com os MS.
Exercício 4 – Drible até ao cesto e lançamento na passada (realizar o exercício do lado esquerdo e do lado direito).
Variante – Os apoios são delimitados por arcos/esteiras.
Objetivo - Exercitar o lançamento na passada, realizando a correta colocação dos apoios. Noção de entrada para o cesto.
Exercício 5 – Realizar o lançamento na passada, após passe e receção (realizar o exercício do lado esquerdo e do lado direito).
Objetivo – Exercitar o lançamento na passada, após passe e receção, realizando a correta colocação dos apoios. Noção de entrada para o cesto (passe e “corte”).
PASSE E CORTE
Exercício 1 – Dois alunos: um aluno passa a bola ao colega (situado numa linha de 45º com o cesto) e “corta” para o cesto, realizando lançamento na passada.
Objetivo – Consciencialização do movimento de passe e “corte” em direção ao cesto. Mostrar a mão alvo.
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Exercício 2 – O mesmo exercício mas com 3 alunos.
Variante – 3x3 (Defesa Passiva)
Objetivo – Interiorização da movimentação do passe e “corte”.
Exercício 3 – Situação de jogo 3x3 em ½ campo, procurando utilizar o movimento de passe e “corte”, para finalizar.
Objetivo – Interiorização da movimentação do passe e “corte” em situação de jogo.
CONTRA-ATAQUE
Exercício 1 – O professor lança a bola à tabela e 3 alunos participam no ressalto. O aluno que ganha a posse de bola, roda para a linha lateral mais próxima procurando um companheiro a quem passar. O jogador que recebe o passe, desloca-se para o corredor central e passa a bola a um dos colegas, que dos corredores laterais “cortam” para o cesto (finalizando em lançamento na passada).
Objetivo – Interiorização da movimentação em contra-ataque.
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Exercício 2 – Realização do mesmo exercício com 2 defesas (3x2).
Objetivo – Interiorização da movimentação em contra-ataque, com oposição.
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Módulo VIIII – Aplicações ReaisSendo este último módulo o único de aplicação, conta com o que será
posto em prática no decorrer de toda a Unidade Didática. Como tal, os planos
de aula e restantes documentos resultantes de todo o trabalho desenvolvido
até ao momento, podem ser contemplados e analisados no portfólio digital
(portefolioestagioprofissional.webnode.pt/)
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Bibliografia
Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2001), “Movimento um Estilo de Vida”.
(2ª Ed). Edições Asa;
Correia, P. (sd): “Educação Física e Desportiva No Ensino Básico”. Porto
Editora.
Costa, J. (2011): “Jogo Limpo” (livro adotado pela escola – 3º Ciclo do
Ensino Básico). Porto Editora;
Garganta, J. (1998): Para uma Teoria dos Jogos Desportivos Colectivos.
In A. Graça e J. Oliveira (Eds), “O Ensino dos Jogos Desportivos”. (3ª Ed.)
Porto: C.E.J.D./F.C.D.E.F;
Romão, P; Pais, S. (2007), “Educação Física”. Porto Editora;
Vickers, J. (1990): Instituctional design for teaching Physical Activities. A
Knowledge Approach. Human Kinetics Books. Champaign, Illinois.
Website da Federação Internacional de Basquetebol (http://www.fiba.com),
acesso no dia 27 de Dezembro de 2012.
Website da Federação Portuguesa de Basquetebol (http://www.fpb.pt/),
acesso no dia 27 de Dezembro de 2012.
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