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Por uma outra comunicaçãoMídia, mundialização cultural e poder
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
Valdenise Schmitt
Estrutura
Apresentação do organizador e relação dos autores
Apresentação do livro
Parte 1 – Comunicação e mundialização cultural
Parte 2 – Corporações, mídia e poder global
Parte 3 – Mídias digitais e planeta em rede
Parte 4 – Comunicação, globalização alternativa e
democratização
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
Apresentação do organizador
Dênis de Moraes
Professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do
Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade
Federal Fluminense. Publicou, entre outras obras, O Planeta
Mídia: tendências da comunicação na era global, O concreto e o
virtual: mídia, tecnologia e cultura, Globalização, mídia e
cultura contemporânea (org.) e Cultura Midiática e Poder
Mundial.
Relação dos autores
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
• Muniz Sodré• Benjamim R. Barber• Jesús Martín-Barbero• Aníbal Ford• René Armand Dreifuss• David Havey• Naomi Klein• Dênis de Moraes• Robert W. Mcchesney
• Ignacio Ramonet• Manuel Castells• Mark Poster• Franco Berardi (Bifo)• Michael Hardt• Edgar Morin• Pierre Lévy• José Arbex Jr.• Oswaldo León
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
Apresentação do livro
Por uma outra comunicaçãoMídia, mundialização cultural e poder
Editora: Record
Lançamento: 2003
Páginas: 414
Preço: R$ 29,92
Publicado em espanhol pela Icaria Editorial,
Barcelona, 2005.
Parte 1
Comunicação e mundialização cultural
O globalismo como neobarbárieMUNIZ SODRÉ
Cultura McWorldBENJAMIN R. BARBER
Globalização comunicacional e transformação culturalJESÚS MATÍN-BARBERO
O contexto do público: transformações comunicacionais e socioculturais
ANÍBAL FORD
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
O globalismo como neobarbárieMuniz Sodré
A “linguagem cria, mais do que reflete, a realidade”;”não é apenas designativa, mas principalmente produtora de realidade”
Mídia ou conjunto de meios de comunicação é uma técnica política de linguagem; potencializada ao modo de uma antropotécnica política (técnica formadora ou interventora na consciência humana)
Globalização implica a idéia de planetarização: nivelamento ou aplastamento das diferenças
Globalização é um outro nome para a teledistribuição mundial de um determinado padrão de pessoas, coisas e, principalmente,informações
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O globalismo como neobarbárieMuniz Sodré
Face verdadeira da globalização: financeirização veloz e instável da riqueza, que desterritorializa espaços e mercados nacionais em favor de espaço e mercados mundiais, sob controle das empresas multinacionais
Na forma real, globalização e mercado favorecem a desigualdade econômica e política em escala mundial, mas também na dimensão intersubjetiva, em que é cada vez mais acirrada e surda a competição pelo trabalho e pela dignidade da existência. No formato, globalização e mercado são os significantes que articulam a construção sociolingüística de uma realidade compatível com a ideologia neoliberal, dissimuladora da concentração do capital financeiro e dos mecanismos de desemprego crescente. Finalmente, fora do centralismo financeiro do capital, globalização tende a impor-se apenas como ideologia e virtualidade.
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Cultura McWorldBenjamin R. Barber
Seu objetivo é uma sociedade universal de consumo formada por homens e mulheres consumidores
McWorld é uma América que se projeta em um futuro moldado por forças econômicas, tecnológicas e ecológicas que exigem integração e uniformização.
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Cultura McWorldBenjamin R. Barber
É uma cultura reduzida ao estado de mercadoria, em que o hábito faz o monge, em que o look se transforma em uma espécie de ideologia, isto é, videologia, transfundida para a cultura por pseudoprodutos culturais –filmes e publicidades.
máquinas de comercializar alimentos, músicas, roupas e brinquedos
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Cultura McWorldBenjamin R. Barber
O consumismo mundial faz rondar o perigo de uma sociedade na qual o consumo se transforma na única atividade humana e, portanto, naquilo que define a essência do indivíduo.!
Necessidades dos consumidores são criadas pela promoção,
condicionamento, publicidade e persuasão cultural. O alvo da nova economia dos serviços
imateriais é a cabeça e o espírito
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Globalização Comunicacional e transformação cultural
Jesús Martín-Barbero
As redes informáticas hoje não são unicamente o espaço onde circulam o capital, as finanças, mas também um lugar de encontro de multidão de minorias e comunidades marginalizadas ou de coletividades de pesquisa e trabalho educativo ou artístico.
Processo de globalização é ao mesmo tempo um movimento de potencializaçãoda diferença e de exposição constante de cada cultura às outras, de minha identidade àquela do outro
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Globalização Comunicacional e transformação culturalJesús Martín-Barbero
Processos e práticas de comunicação coletiva trazem profundas transformações na cultura cotidiana das maiorias: nos modos de se estar junto e tecer laços sociais, nas identidades que plasmam tais mudanças e nos discursos que socialmente os expressam e legitimam
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Globalização Comunicacional e transformação culturalJesús Martín-Barbero
Comunicar foi e continuará sendo algo muito mais difícil e amplo que informar, pois comunicar é tornar possível que homens reconheçam seu direito a viver e a pensar diferente e, reconheçam a si mesmos nessa diferença
Outubro 2006 A Bomba Informática | EGC-UFSC
O contexto do público: transformações comunicacionais e socioculturais
Aníbal Ford
A brecha entre a riqueza e pobreza também se apresenta no campo da informação e da comunicação, por meio da:
diferença em equipamentos – televisores, telefones e internet
qualidade da informação e nas diferenças nos fluxos informacionais e culturais – hegemonia dos EUA nos sistemas de busca
constituição de discursos globais fortemente marcados pela hegemonia de mercado - CNN e Coca-Cola
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O contexto do público: transformações comunicacionais e socioculturais
Aníbal Ford
“Em uma aldeia global que não é nem harmônica, nem justa, nem homogênea, é importante pensar a modernidade, a educação, a diversidade tanto a partir da crise que sofremos quanto a partir da elaboração de projetos políticos, nesse caso culturais, informacionais, comunicacionais, que nos permitam sair dela”
Desenvolvimento comunicacionalnão é um dispositivo para harmonizar o mundo
Parte 2
Corporações, mídia e poder global
Tecnobergs globais, mundialização e planetarizaçãoRENÉ ARMAND DREIFUSS
A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da culturaDAVID HARVEY
Marcas globais e poder corporativoNAOMI KLEIN
O capital da mídia na lógica da globalizaçãoDÊNIS DE MORAES
Mídia Global, neoliberalismo e imperialismoROBERT W. MCCHESNEY
O poder midiáticoIGNACIO RAMONET
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Tecnobergs globais, mundialização e planetarização
René Armand Dreifuss
Tecnobergs:
possuem massa maior sob a superfície econômica, isto é, nutrem o embasamento cultural-civizilatório
tornam o consumidor um reformulador de práticas do cotidiano, deslocando o cidadão no exercício de sua cidadania, perdida na transfronterirização das decisões e no distânciamento, físico e de dimensão midiática, dos centros de poder
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Tecnobergs globais, mundialização e planetarizaçãoRené Armand Dreifuss
Ao mesmo tempo que se vive um processo de homogeinização e uniformização, vive-se “um processo de particularização e de afirmação das singularidades, em que (re) emergem entidades étnicas, religiosas, culturais, e no qual identidades de povos e coletivos diversos buscam a paridade com as nacionalidades e estatalidades legitimadas”
MUNDIALIZAÇÃO = NOVOS MODOS DE VIDA
Produtos inteligentes
=•Instrumentos sistemas
(computadores, telefones, fax, tevês, controladores)
•Instrumentos-conhecimento(programas e aplicativos)
•Serviços-sistema (baseados na indústria da
informação)
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A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da cultura
David Harvey
A cultura é um tipo de mercadoria
Vinhedo que produz vinho de qualidade extraordinária, que pode ser vendido a preço monopolítico = ex. mais óbvio de rendimento monopolítico (capital tem formas de apropriar-se das diferenças locais, variações culturais locais e significados estéticos)
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A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da culturaDavid Harvey
Campo dos artefatos e práticas culturais é o melhor terreno para fazer alegações de singularidade, autenticidade,particularidade e especialidade para captar rendimentos monopolíticos
Barcelona ocupa uma posição proeminente dentro do sistema europeu de cidades, dentre outras coisas, pela herança arquitetônica de Gaudí
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Marcas globais e poder corporativoNaomi Klein
Marca não é publicidade, é o fim da publicidade
Casulo de Marca: Virgin e Disney
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Marcas globais e poder corporativoNaomi Klein
Primeira cidade de marca, construída em torno da produção, consumo, de estilos de vida
Não há nenhuma marca lá. Não háfranquias, anúncios, apenas parques e ruas e crianças andando de bicicleta
“A marca é importante, porque muda nossa cultura, alimenta-se de nossas idéias e de nossos espaços públicos, mas também
é importante porque muda a maneira como trabalhamos.”
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O capital da mídia na lógica da globalizaçãoDênis de Moraes
As organizações de mídia projetam-se como:
• agentes discursivos, com uma proposta de coesão ideológica em torno da globalização
• agentes econômicos proeminentes nos mercados mundiais, vendendo seus próprios produtos e intensificando a visibilidade de seus anunciantes
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O capital da mídia na lógica da globalizaçãoDênis de Moraes
Se por um lado, a internet, com baixo custo e rapidez, favorece a difusão extensiva de informações e conhecimentos, sem submetê-los às hierarquias de juízos e aos filtros ideológicos da mídia tradicional, por outro, a infoexclusão ainda restringe o acesso à informações e conhecimentos nos países periféricos
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Mídia global, neoliberalismo e imperialismoRobert W. Mcchesney
“A globalização econômica e cultural seria claramente impossível sem um sistema de mídia comercial global para promover os mercados globais e encorajar os valores de consumo”
O termo neoliberalismo é superior a globalização. Neoliberalismo refere-se ao conjunto de políticas nacionais e internacionais que exigem a dominação empresarial de todas as questões sociais com mínima força de reação
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Mídia global, neoliberalismo e imperialismoRobert W. Mcchesney
O mercado da mídia global é denominado por sete multinacionais
Primeiro e segundo escalão da mídia (+ ou – 70 a 80) controlam: edição de livros, revistas e jornais; gravação de música; produção de TV; estações de TV e canais a cabo; sistemas de televisão por satélite; produção de filmes; e salas de cinema
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O poder midiáticoIgnacio Ramonet
Universo da comunicação: esfera de informação (imprensa, informação radiofônica, agências de notícia, noticiários de televisão, cadeias de informação contínua), da comunicação institucional (publicidade, propaganda) e da cultura de massa (telenovela; quadrinhos; edição literária, livros e cinema de massa; esporte)
Na Internet as três esferas foram combinadas e não há diferença entre as três.
A informação passou a ser considerada essencialmente uma mercadoria
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O poder midiáticoIgnacio Ramonet
“Passamos de um mundo do jornalismo para um mundo do imediatismo, do instantaneísmo, não há tempo para estudar a informação. A informação é feita cada vez mais de impressões, de sensações”
Hoje a informação é gratuita, quem paga na realidade, é a publicidade
A empresa jornalística deixou de vender informação para vender consumidores a seus anunciantes
Parte 3
Mídias digitais e planeta em rede
Internet e sociedade em redeMANUEL CASTELLS
O futuro da tecnosfera em redeFRANCO BERARDI (BIFO)
Cidadania, mídia digital e globalizaçãoMARK POSTER
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Internet e sociedade em redeManuel Castells
A internet é mais que uma tecnologia, é um meio de comunicação, de interação e de organização social
• Lições da Internet
• Geografia da Internet
• A divisória digital
• A Internet e a nova economia
• A sociabilidade da Internet
• Os movimentos sociais na Internet
• A relação direta da Internet com a atividade política
• A privacidade da Internet
• A Internet e os meios de comunicação
• Conclusão: a sociedade em rede
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Internet e sociedade em redeManuel Castells
“ A Internet é o coração de um novo paradigma sociotécnico, que constitui na realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho e de comunicação. O que a Internet faz é processar a virtualidade e transformá-la em nossa realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que vivemos.”
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O futuro da tecnosfera de redeFranco Berardi (Bifo)
“A guerra global é, de fato, a catástrofe dos vírus. Não assistiremos à destruição da humanidade em poucos dias nem haverá uma explosão de máquinas superdestrutivas. Atravessaremos um longo período durante o qual o contágio canibal se difundirá em meio à vida cotidiana, eliminando centenas de milhões de descendentes do homem de Neanderthal e destruindo cada resíduo cultural da humanidade, para manter vivas tribos supertecnológicas e desumanas.”
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Cidadania, mídia digital e globalizaçãoMark Poster
As condições da globalização e dos meios de comunicação em rede apresentam um novo registro no qual o ser humano é remoldado e, junto com ele, o cidadão.
O aprofundamento dos processos de globalização despe de poder o cidadão.
Os novos meios de comunicação “oferecem novas possibilidades para a construção de sujeitos políticos planetários, net cidadãos que serão múltiplos, dispersos e virtuais, nós de uma rede de inteligência coletiva”
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Cidadania, mídia digital e globalizaçãoMark Poster
A Internet é um sistema de comunicação global, mais disperso por todo o globo que os sistemas anteriores, é inerentemente bidirecional e ingovernável pelas estruturas políticas existentes
Parte 4
Comunicação, globalização alternativa e democratização
Movimentos em rede, soberania nacional e globalização alternativaMICHAEL HARDT
Uma mundialização pluralEdgar Morin
Pela CiberdemocraciaPierre Lévy
Uma outra comunicação é possível (e necessária)JOSÉ ARBEX JR.
Para uma agenda social em comunicaçãoOSVALDO LÉON
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Movimentos em rede, soberania nacional e globalização alternativa
Michael Hardt
Os movimentos sociais contestam em geral a forma capitalista atual de globalização ou políticas institucionais específicas, como as do FMI
Para expandir a rede de movimentos ou ligar uma rede à outra épreciso reconhecer os aspectos comuns dos projetos de outros lugares do mundo
Os movimentos sociais precisam ser mais globalizados, tanto dentro de cada sociedade quanto ao redor do mundo
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Movimentos em rede, soberania nacional e globalização alternativa
Michael Hardt
Os movimentos sociais podem enfrentar a globalização dominante:
• trabalhando para reforçar a soberania do Estado-nação como barreira defensiva contra o controle do capital estrangeiro ou global –posição antiglobalização
• lutando por uma alternativa não nacional para a forma atual deglobalização que seja igualmente global – globalização democrática
“A alternativa ao domínio do capital global e suas instituições só seráencontrada em nível igualmente global por um movimento global democrático”
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Uma mundialização pluralEdgar Morin
“A globalização da década de 1990 opera uma mundialização
tecnoeconômica ao mesmo tempo que favorece uma outra mundialização, por
certo inacabada, vulnerável, de caráter humanista e democrático, a qual é contrariada pelas seqüelas dos colonialismos, pelo handcap de graves desigualdades, assim como pela busca
desenfreada do lucro.”
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Uma mundialização pluralEdgar Morin
“A globalização tecnoeconômica pode ser considerada como o estágio último da planetarização e, ao mesmo tempo, como a emergência de uma infra-estrutura de um novo tipo de sociedade: a sociedade-mundo”
A sociedade-mundo deveria comportar tanto uma política do homemquanto uma política de civilização. Sendo que essas deveriam convrgirpara os problemas vitais do planeta: ciência, técnica, indústria e capitalismo (lucro)
“A globalização instalou a infra-estrutura de uma sociedade mundo que ela mesma é incapaz de instaurar.”
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Pela ciberdemocraciaPierre Lévy
Os primeiros passos para a ciberdemocracia foram dados pelas novas práticas políticas desenvolvidas pelo ciberespaço
Supões que a revolução do ciberespaço vai reestruturar profundamente a esfera pública mundial, o que terá profundas repercussões sobre a vida democrática
A esfera pública do futuro (inclusão, transparência, universalidade) seráconstruída pelo entrelaçamento fractal das automídias e das comunidades virtuais
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Pela ciberdemocraciaPierre Lévy
A passagem para governo eletrônico constitui uma etapa importante na via da ciberdemocracia e acelera a passagem das políticas de poder (opacidade ou transparência assimétrica) às políticas de potência(transparência simétrica)
Ágoras virtuais são um ingrediente essencial a ciberdemocracia
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Pela ciberdemocraciaPierre Lévy
Na ciberdemocracia planetária do futuro, discutiremos sobre o sentido e a evolução
das leis em um ambiente de inteligência, no qual os documentos e os fatos não se
encontrarão mais distantes que um nexo hipertextual. Para cada problema, as posiçõese argumentos vão se redistribuir em múltiplos fóruns virtuais, como em um cérebro gigante,
iluminando aqui e ali suas assembléias de neurônicos, decidindo pelo voto eletrônico sobre
um direito concebido como formulação provisória de uma aprendizagem coletiva sempre em
aberto.”
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Uma outra comunicação é possível (e necessária)
José Arbex Jr.
A mídia não apenas propaga a violência, como constitui, ela própria, um componente da violência organizada pelas elites contra a nação
Luta contra o monopólio da comunicação é vital para à democracia
Monopólico da comunicação atenta contra o exercício das liberdades fundamentais previstas pela Declaração Universal Dos Direitos Humanos, em particular:
• os direitos à liberdade de opinião e expressão (art. 19);
• de tomar parte em negócios públicos (art. 21);
• de exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais (art. 22);
• de tomar parte livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e dos benefícios que dele resultam (art. 27);
• e o direito à privacidade e de não sofrer ataques à honra e à reputação (art. 12)
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Uma comunicação é possível (e necessária)José Arbex Jr.
“A desejada democratização dos meios de comunicação só seráplenamente possível no quadro da democratização geral da
sociedade”(conclusão do Grupo a violência e sua superação no âmbito da mídia da
VII Conferência Nacional sobre Direitos Humanos, promovida pela Câmara dos Deputados e realizada em Brasília, entre 14 e 17 de maio de 2002)
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Para uma agenda social em comunicaçãoOsvaldo León
Os monopólios midiáticos são a maior ameaça à liberdade de expressão
A publicidade se transformou no fator que determina as pautas de programação e os critérios de êxito do conjunto da mídia.
Neste contexto, o jornalismo é prejudicado, uma vez que seu ofício viu-se deslocado pelo lógica do entretenimento que se pauta pela frivolidade e pelo light.
A fórmula jornalística hoje é: sexo, sensacionalismo e sangue
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Para uma agenda social em comunicaçãoOsvaldo León
• Direito à informação e à liberdade de expressão e opinião – atores sociais são sujeitos da produção informativa e não simplesmente receptores passivos;
• Estabelecimento de políticas públicasapoiadas em mecanismos de controle social para limitar o poder dos interesses articulados pela lógica do mercado;
• Proposta de resgate e incentivo àcriação de meios de comunicação públicos de caráter cidadão;
• Ações nacionais e internacionais para frear o processo de monopolização dos meios e sistemas de comunicação, assim como de mercantilização da informação;
• Desenvolvimento de uma informação diversa, plural e com perspectiva de gênero
• Criação de alianças com jornalistas, particularmente através de seus sindicatos - interesses profissionais ameaçados pela mercantilização da informação
• Criação de alianças com os movimentos de consumidores para fortalecer pressão sobre os meios e sistemas de comunicação
• Desenvolvimento de programas de alfabetização midiática
• Vinculação mais estreita entre os movimentos de democratização da comunicação e os pesquisadores da matéria
• Debate público sobre o impacto e as conseqüências da concentração monopolista no campo da comunicação e as prioridades de desenvolvimento de TICs