Metodo de Diagnostico e Prognostico do tempo.pdf
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IX.26
~ETODO OBJETIVO PARA DIAGNOSTICO E PROGNOSTICODO TE"PO SOBRE O NORDESTE DO BRASIL
Enilson PalMeira CavalcantiRaiMundo Mainar de Medeiros
Universidade Federal da Parafba - CaMPina Grande - Pb
RESU"O
SILVA DIAS & SILVA DIAS (1984), apresentaraM trabalhodenOMinado "Modelo diagnóstico de previsão de teMPO paraMicrOCOMPutador", no qual dados de observa~ões de ar superior sãoutil izados para o cálculo de pariMetros previsores. Esse modeloé hoje util izado pelo Instituto Nacional de Meteorologia paraau:dlio à previsão de teMPO. Visando utilizar-se do Modelo paraestudos na região Nordeste do Brasil, criou-se UMa nova versão,na qual foraM feitas alterações significativas no que dizrespeito ao processo de anál ise objetiva e apresentaçio no~onitor de v1deo. E feito taMbéM UMa apl icação da nova versãopara o per10do de 11 a 16 de fevereiro de 1980.
1.INTRODUC~O
O "Modelo diagnóstico de previsão de teMPO", segundo SILVADIAS & SILVA DIAS (1984), possibil ita o uso de dados aerológicosna obten~ão dos caMpos de eleMentos Meteorológicos e depar~Metros calculados tais COMO: advec~ões de teMperatura evorticidade, convergência de UMidade etc., eM pontos de grade deManeira autOMatizada. SILVA DIAS & SILVA DIAS (1986), utilizaraMdados do tipo GRID eM conjunto COM dados convêncionais visandodar consistência às interpola~ões por análise objetiva,principal~ente, e. regiões escassas de observa~ões co~o é o casodos oceanos, onde os processos ffsicos são relevantes. Vales ,;1 i e n t a r que e s seModeI o ve. se n d o bas t a nteu til i z a d o pe 1 oLnstituto Nacional de Meteorologia - INEMET para auxfl io aodiagnóstico e previsão de teMpo.
Nesse trabalho, procurou-se util izar-se da Metodologiaproposta para dar realce à análise para UMa área Menor, ou seja,regional Izar o Método objetivo para o Nordeste do Brasil (NEB),alterando principalMente a grade e o pariMetro de filtrageMoriginais para UMa Malha e filtro adequado ~ região.
2."ETODOLOGIA
Pa r a i nt e r p o I a r o s d a dos o b s e r v a dos p a r a p o.n tos d e gr a de,Ut i I i z o u - ~. e o Mé t o d o d e a n á I i s e o b j e t i v a p a s s a b a i >: a p r o p o s t o p o rBARNES(1964), onde UM pariMetro f qualquer pode ser interpoladopara o ponto de grade, através de UMa Média ponderada entre asesta~5es que rodeiaM este ponto de grade. E dado peso Maior aesta~io que esteja Mais próxiMa do ponto de grade e peso Menor~quela que se encontrar Mais distante deste. Esta Média ée:·:pressa por:
IX.27
N Nf( I ,J) = k~l f(x,y) Wk / k~l Wk
onde f(I.J) é o valor de f interpolado na grade, f(x,y) é o valorde f observado na esta~io. W é o peso dado ~ estaç~o eM relaçãoao ponto de grade e N é o n~mero de estaç5es que influenciaM ocamputo de f. O peso W=W(d) é dado por:
W= EXP(-d2 / 4C) (2)
sendo C UM pariMetro de filtrageM, que para torná-lo admensional,2 2tOMa-se C= 65 Donde 65 é o espa~aMento da grade e teM dimensio
de compriMento e D é u~ adMensional que pode ser determinadoconvenientemente ~ situa~io desejada. Através da funç~o respostaque consiste na transforMada de Fourier da fun~io peso dada por:
2 2 2 2r = EXP(-TI 465 P/À)
pode-se deterMinar o parâMetro de filtrageM D.
Segundo KOCH (1983), para que se tenha consistincia nosparâMetros calculados por diferenças finitas, a relaç~o entre oespaçaMento da grade (6S) e o espaçaMento entre as estações ( 6L>deve ser: 1/3< 6S/6L <1/2. Por essa razio escolheu-se UMa gradede 2x2 graus de lato e long., por considerar que o espaçaMentoentre as estações aerol6gicas que cobreM o NEB e da ordeM de 4 a6 graus (considerando todas elas eM operação). Portanto foidesejado que a Menor onda posslvel de ser detectada por essa rideque teM cOMpriMento À =2 6L,apresente UMa resposta de 50%. Sendo
o = Ifnr À / 2 TI 65 (4)
e considerando À=1340 kM para ~L= 6 graus, obtêM-se 0=0,8.
o período utilizado no teste do Método foi de:L1 a 16 defevereiro de 1980, por considerar a disponibil idade de dados efotos obtidas por satél ites para esses dias e por ser um perfodoonde as estaç6es do NEB estavam operando COM certa regularidade.Entre esses dias deu-se destaque ás situaç6es do dia 14 em queapresenta pouca atividade cenvectiva na parte norte do 1 iteraInordestino, fato cOMprovado através da foto obtida pelo satél iteGOES (Fig.1) ponto A e que no dia seguinte apresenta UMa explosioconvectiva nessa r;~gi~o (fig.2).
F o r a M u t i I i z a dos d a d e s d e 9 p ü P o t e n c i a I, tem p e f' <:1 t u r' a. './ e n t e eUMidade de 9 e5ta~5es aerol6gicas CFig.3) nos ntveis padr5es de850,700,500,300 e 200 hpa. para obten~6es dos diversos caMPOS efeita UMa anál ise a fiM de verificar se o Método seria capaz defornecer- eleMentos para "predizer" a i()tensifiC:i:,~i;o no diaseguinte.
IX.28
3.RESULTADOS E CONCLUSOES
A fig.4 ~ostra a resposta do filtro eM funçio do COMpriMentode onda, para os casos das vers5~s: 1 ~ NEB, 2 - usado no INEMET.Logo, pode-se observar que 2 suavisaM UM pouco Mais que 1. Nasfigs. 5 e 6,relativas aos caMPOS de advecçio de teMperatura vi-seque na caMada 850 - 500 hpa as isolinhas positivas e negativas secontrap6eM, sendo que na Média dessa caMada, prevalece a advecç~o
positiva (quente) que apesar de ser relativaMente baixa favorecea intensifica~io da situa~io eM A. A advec~io de vorticidadeapesar de nio ser significativa nessas latitudes. figo 7 taMbéMfavorece a intensifica~io. pois apresenta advsc~io de vorticidadeciclônica eM A. A convergência de UMidade, identificada nessaárea fig.S é UM fator i~portante na intensificaçio de COMPlexosconvectivos onde a ascendência de vapor d'água leva ~ condensaçioe a consequente conversio de calor latente para sensível que porsua vez aliMenta a convec~io.
Diante do exposto, conclui-se que: O Método apresentadofunciona a contento para o NEB, desde que se disponha desondagens suficientes, eM operaç~o. A convergência de UMidadeindica ser o Melhor parâMetro para o prognóstico. Propõe-se quenesse Modelo seja usado taMbéM dados do tipo GRID para suprirfalhas de observa~ões e que sejaM pesquisados outros parâMetrosde progn6sticos que MelhoreM o Modelo nessa região.
4.AGRADEClftEHTOS
Os autores agradeceM aos Drs. Pedro L. da S. Dias/USP, "ariaA. F. da S. Dias/USP. a Marcos A. A. de Araújo/TASA e ao CNPqpelo apoio que prestaraM.
5.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. -
BARNES,S.L. A technique for MaxiMizing details in nUMericalweat~er Map analysis.J. Appl.fteteor.3 p 396-409. 1964.
KOCH,S.E.jDESJARDINS,M. and KOCIN,P.J. Anobjective Map analysis scheMe for useconventional data.J. CliM. and Appl.1983.
interactive Barneswith satellite and"eteor.,9,14S7-1503.
SILVA DIAS. P.de previsãoBrasileiro de
L. & SILVA DIAS, M. A. F. UM Modelo diagnósticode te.po para MicrocoMPutador.III congresso
Meteorologia, Belo Horizonte. 1984.
SILVA DIAS, P. L. & SILVA DIAS, M. A. F. Uso da MenSagens GRIDeM conjunto COM dados convencionais para fins de análiseobjetiva e iMPli~a~ões na análise diagn6stica. Anais. ICongresso InteraMericano de Meteorologia e IV CongressoBrasileiro de Meteorologia, Brasrl ia, 2, 153-158. 1986.
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Fig. 5 • Advecçâo de temperatura12 GMT dia 14-02-80.
3 6COMPRIMENTO DE ONDA - ~ x I03 km
Fig.4- Resposta do filtro passa baixa.
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Fig.3- Estações aerológica utilizadaa.
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- 2 Lt- L-L- r-·' I I I , , , JFig. 6 - Ad.ecçâo de temperatura
12 GMT dia 1~-02-80.
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