MERCADO Grupo Swart amplia estufas e aumenta produção de...
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Marília, sábado, 19 de janeiro de 2019 E-mail: [email protected]
Realmente, vivemos tempos sombrios! A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas denota insensibilidade. Aquele que ri ainda não recebeu a terrível notícia que está para chegar. (Bertolt Brecht)
L I V R O SDivulgação
O poeta Vinicius de Moraes cantava "que é melhor se sofrer junto, que viver feliz sozinho”. Será? O historiador Leandro Karnal, um dos intelectuais brasileiros que, através de seus livros, palestras e vídeos, nos ajuda a pensar o mundo con-temporâneo, discute uma questão presente na vida de todos: a solidão. A partir de referências de filósofos e da própria Bíblia, de fatos históricos e de romances, ele faz uma reflexão sobre a natureza de viver só - por pouco ou muito tempo, estando ou não acompanhado. Apresenta como a solidão é encarada no cinema, na literatura, na música, nas artes. Mostra que ela pode ser iluminadora e como Deus se revela aos solitários. O mesmo Deus que, segundo o livro do Gênesis, teria dito: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o au-xilie e corresponda.” E expõe como se desenvolveu a tradição judaico-cristã da solidão.
Em O dilema do porco-espinho: Como encarar a solidão (Editora Planeta, 192 páginas), Leandro Karnal viaja pela modernidade líquida e analisa a solidão no mundo virtual e o isolamento. Discute dos amigos imaginários criados pelas crianças aos pensamentos de alguns filósofos, como Aristóteles, que dizia que a solidão criava deuses e bestas. Como a solidão é um tema que sempre o acompanhou e, segundo revela o próprio Karnal, tem crescido na maturidade, o autor escreve este livro como um ensaio pessoal. Ao dividir suas meditações, o autor convida o leitor, durante o ato da leitura, a deixar a solidão de lado e compartilhar seus pensamentos também.
O dilema do porco-espinhoO dilema do porco-espinho é uma metáfora criada pelo
filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) para ilus-trar o problema da convivência humana. Schopenhauer expôs esse conceito em forma de parábola na sua obra Parerga und Paralipomena, publicada em 1851, onde reuniu várias de suas polêmicas anotações filosóficas. O dilema do porco-espinho é apenas um parágrafo que surge no Volume II da obra citada, no entanto, tornou-se um conto popular citado até mesmo por Sigmund Freud, o pai da psicanálise:
Um grande número de porcos-espinho se amontoaram buscando calor em um dia frio de inverno; mas, quando co-meçaram a se machucar com seus espinhos, foram obrigados a se afastarem. No entanto, o frio fazia com que voltassem a se reunir, porém, se afastavam novamente. Depois de várias tentativas, perceberam que poderiam manter certa distância uns dos outros sem se dispersarem.
Do mesmo modo, as necessidades sociais, a solidão e a monotonia impulsionam os “homens porcos-espinho” a se reunirem, apenas para se repelirem devido às inúmeras ca-racterísticas espinhosas e desagradáveis de suas naturezas.
A distância moderada que os homens finalmente descobrem é a condição necessária para que a convivência seja tolerada; é o código de cortesia e boas maneiras. Aqueles que transgri-dem esse código são duramente advertidos, como se diz na Inglaterra: keep your distance! Com esse arranjo, a necessida-de mútua de calor é apenas parcialmente satisfeita, mas pelo menos não se machucam.
Um homem que possui algum calor em si mesmo prefere permanecer afastado, assim ele não precisa ferir outras pessoas e também não é ferido.
Divulgação
Jards Macalé revitaliza música dos anos 1970 em single de álbum que lança em fevereiro
Capa do single Trevas, de Jards Macalé
Divulgação
Cantor, compositor e músico carioca mergulha o rosto em bacia com água na gravação do primeiro single oficial do
álbum autoral de composições inéditas que lança em fevereiro
José de Holanda / Divulgação
Jards Macalé causa es-tranheza com a gravação de Trevas, música escolhida para ser o primeiro single oficial do álbum autoral de composições inéditas que o cantor, compo-sitor e músico carioca lança em fevereiro.
Nada mais natural do que esse estranhamento em se tratando de artista rotula-do involuntariamente como "maldito" já na década de 1970 por subverter padrões e expectativas desde que entrou efetivamente em cena, há 50 anos, para defender Gotham city (Jards Macalé e José Carlos Capinam, 1969) na quarta edi-ção do Festival Internacional da Canção (FIC).
O single Trevas (Zilles Pro-duções / Pomm elo) é insólito, e não somente no sentido mu-
sical porque a música Trevas é, na realidade, a revitalização de composição feita e registra-da por Macalé nos anos 1970 como demo em fita cassete encontrada e digitalizada por Marcelo Fróes em 2016 quando o pesquisador musical produ-zia caixa com gravações raras e/ou inéditas do cantor.
Há na gravação do single - produzida por Kiko Dinucci e Thomas Harres sob a direção musical do próprio Macalé - alta dose de singularidade na alter-nância de andamentos e climas. Cerca de 40 segundos após o início de tom apocalíptico, o single Trevas cai com bossa no samba, mas não se acomoda, transitando até pelo rock com o toque heavy da guitarra de Guilherme Held.
Além da combinação inu-
sitada de estilos, o mergulho do rosto de Macalé em bacia com água - o instrumento mais inusitado da gravação - produz efeitos sonoros singulares que acentuam a sensação de que alguma coisa está intencional-mente fora da ordem musical em Trevas.
A música foi composta por Macalé a partir de poema mo-dernista do norte-americano Ezra Pound (1885 - 1972), Canto I, traduzido para o português por Augusto de Campos, Décio Pignatari (1927 - 2012) e Harol-do de Campos (1929 - 2003).
Na letra de conotação polí-tica, Macalé explicita poetica-mente a dor e a desesperança motivadas por tempos som-brios, com "o sol rumo ao sono"
em cidade de homens tristes. Trevas expõe Jards Macalé em estado puro de inquietação, a mesma que norteia o artista há 50 coerentes anos de carreira.
Grupo Swart amplia estufas e aumenta produção de flores em 2019
MERCADO
A kalanchoe é uma flor fácil de cuidar, que precisa de água no máximo duas vezes por semana
Produção de kalanchoes do Grupo Swart em Holambra (SP)
O produtor de Holambra espera produzir 1,4 milhão de vasos de kalanchoes no próxi-mo ano. O crescimento previsto é de quase 28% em relação a 2018. Além da nova estufa, o produtor estuda diversificar o cultivo com novas variedades.
Entusiasmado com os nú-meros positivos de 2018, o Grupo Swart estima aumentar de 1,1 milhão de vasos de ka-lanchoes produzidos neste ano para 1,4 milhão de unidades em 2019, especificamente no vaso de Pote 15. Em 2017, foram 900 mil vasos produzidos. O pro-dutor registrou neste ano um crescimento de 10% no fatura-mento, puxado pela ampliação da produção e por investimento na modernização das estufas. O resultado do Grupo segue a tendência de alta do setor de floricultura que deve fechar o ano com aumento do fatura-mento entre 7% e 8%.
As vendas ao consumidor final devem chegar a R$ 8 bilhões. A análise do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibra-flor) é que o crescimento das vendas seja cinco vezes maior do que a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Referência nacional no cultivo de rosas de corte e de kalanchoes, sendo considerado um dos principais produtores de flores de alta qualidade do Brasil, o Grupo Swart tem qua-tro unidades produtivas: duas de kalanchoes em Holambra (SP), uma de rosas em Andradas (MG) e outra em Ubajara (CE). O principal mercado comprador das flores da marca são os au-tosserviços (supermercados e hipermercados).
Fotos: Divulgação