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DIOCESE DE SANTO ANDRÉ

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEMBASÍLICA MENOR

Dom Nelson Westrupp, scjBispo Diocesano de Santo André

Padre Giuseppe Bortolato, csPároco

Padre João Garbossa, csPadre Ervino Luis Vivian, csVigários

Elevada a Basílica Menor emElevada a Basílica Menor em18 de Fevereiro de 2013 pelo18 de Fevereiro de 2013 pelo

Celebração de Ação de GraçasCelebração de Ação de Graças

Elevada a Basílica Menor em18 de Fevereiro de 2013 pelo

Celebração de Ação de GraçasPAPA BENTO XVIPAPA BENTO XVIPAPA BENTO XVI

20/10/201320/10/201320/10/2013

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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEMBASÍLICA MENOR

Queridas irmãs e queridosirmãos! Transbordando de alegria, recebemos a feliz notícia da concessão, por parte da Santa Sé, do título de Basílica Menor à querida Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo. Conforme indica a Congre-gação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, as igrejas que numa diocese possuem especial importância por causa da vida litúrgica e pastoral, podem ser contempladas pelo Sumo Pontífice com o título de basílica menor, mediante o qual se manifesta um vínculo particular com a igreja de Roma e com o Santo Padre, o Papa. Dentre os motivos que conferem à Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem este insigne reconhecimento, destacamos a sua importância histórica para a nossa Igreja Particular: ela é a primeira paróquia criada no território que hoje compreende a Diocese de Santo André, erigida em 21 de outubro de 1812. Desta bicentenária Paróquia e do incessante trabalho pastoral ali desenvolvido originaram-se as numerosas paróquias do Grande ABC. Além da riqueza histórica, em todo o seu percurso vemos o crescente florescimento pastoral, litúrgico e espiritual, tão bem expresso por meio do zeloso trabalho apostólico dos Missionários de São Carlos, responsáveis pela paróquia desde 1904. Fruto desse esforço é também a construção da bela Igreja Matriz, devidamente dedicada a Deus, Nosso Senhor, em 21 de outubro de 2011. A concessão do título foi obtida, graças a um longo processo organizado pelo pároco local, Padre Giuseppe Bortolato, Cs, com a nossa devida orientação e aprovação. A partir de agora, é nosso desejo que se incremente ainda mais a vida cristã na paróquia, sobretudo, na

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Dedicação do Altar - 20/Out./2011

vida litúrgica, na celebração dos sacramentos, nas práticas de piedade e na formação dos agentes, uma vez que a Basílica Menor deve exprimir por meio de sua vitalidade a união com o Sumo Pontífice e com toda a Igreja. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora da Boa Viagem, dos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo e do abade São Bernardo, impulsione e anime sempre mais esta querida Paróquia de nossa Diocese, para que, como Basílica Menor, seja no Grande ABC local de consolação e esperança para todos que a ela acorrerem.

Dom Nelson Westrupp, SCJBispo da Diocese de Santo André

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BASÍLICA MENOR: UM CAMINHO BEM SUCEDIDO !

Na quarta-feira da SemanaSanta, dia 27 de março de 2013, lá pelas 8 horas da manhã, recebo um telefonema do nosso bispo dio-cesano pedindo se poderia vir tomar um cafezinho, por volta de dez horas na casa paroquial. Eu, sem desconfiar de nada, disse que sim, porém tentando adivinhar o motivo daquela visita inesperada. Confesso que não cheguei a nenhuma conclusão, especialmente porque durante a Semana Santa t inha outras preocupações . Chegando à casa paroquial,

ele me entrega um envelope, parabenizando-me porque aquele envelope continha o documento com o qual a Santa Sé confere à nossa querida Matriz, consagrada a Deus em honra da Bem-aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora da Boa Viagem, o TÍTULO e dignidade de BASÍLICA MENOR a partir da data de 18 de fevereiro de 2013, com todos os direitos e prerrogativas litúrgicas e legais próprias dessa honra. Direitos, que a seu tempo, serão comunicados e explicados a toda a comunidade. Esse foi um dos últimos atos do Pontificado do Papa Bento XVI, que no dia 11 de fevereiro tinha anunciado sua renúncia ao ministério Petrino, e que no dia 28 de fevereiro deixava definitivamente o cargo. A bela notícia da elevação à Basílica foi anunciada publicamente por Dom Nelson à toda a Diocese de Santo André na Missa do Crisma, da quinta feira-santa, na Catedral do Carmo. O caminho para conseguir esta meta foi longo, mas nem tão ár-duo. O início aconteceu no começo de 2012, quando numa conversa com o Sr. Bispo diocesano, ele se mostrou favorável à ideia. Em seguida, foram enviados os pedidos do pároco, do bispo e da CNBB, juntamente com todo o processo e documentos exigidos, pelas mãos do Cardeal S. Emª. Revmª. Dom Velasio De Paolis, nosso

amigo, à Congregação Romana competente. Finalmente agora chegou a feliz notícia. Em breve, começaremos os preparativos para celebrar o fatocom muito júbilo. A solenidade é prevista para o dia 20 de outubro de 2013, em ocasião do aniversário da Dedicação da nossa Igreja. Esse fato é motivo de muito orgulho para a nossa comunidade, porque é um reconhecimento, por parte da Igreja, da exemplaridade da vida litúrgica e pastoral de nossa comunidade, mas também é um sério compromisso de nos tornarmos, cada vez mais, uma comunidade acolhedora e missionária, nos renovando a cada dia no esforço de sermos capazes de anunciar Jesus Cristo com a palavra, com a vida e com o testemunho pessoal e comunitário. Nossa Senhora da Boa Viagem, nossa Padroeira, e o Bem Aven-turado João Batista Scalabrini, nosso Fundador, nos ajudem e nos ensinem a viver com mais ardor esta tarefa que nos remete a uma responsabilidade maior.

Pe. Giuseppe Bortolato

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LOUVADO SEJA DEUS!

Quantas bênçãos e quantas graças o Senhor nos concedeu por ocasião das celebrações dos 200 anos de nossa querida paróquia. A dedicação da igreja foi o primeiro grande marco que reavivou em todos nós a alegria de pertencermos e formarmos uma comunidade-igreja. O Congresso Eucarístico Diocesano, a missão popular paro-quial, a bela missa solene com o Cardeal Velasio e os quatro bispos Scalabrinianos, foram momentos inesquecíveis para todos nós. Também não faltaram expressões culturais importantes para manifestar a nossa alegria como os vários concertos musicais e os momentos de confraternização em várias circunstâncias da vida da comunidade. E agora, como coroação de toda a caminhada dos 200 anos de história e de vida, de evangelização e de trabalho pelo Reino, recebemos este grande presente de Deus: a nossa querida Matriz elevada a dignidade de Basílica Menor. Em nome da Comunidade quero agradecer a todos os sacerdo-tes que dedicaram suas vidas na implantação e na construção da Igreja de Jesus Cristo neste grande ABC. Junto com eles, quero lembrar as gerações de leigos que nos precederam, que não pouparam esforços e

sacrifícios para que chegássemos a ser a Igreja que somos hoje. Um grande e sincero muito obrigado, vai ao nosso queridoBispo Diocesano Dom Nelson Westrupp, que tanto quis e tanto fez para que chegássemos a ter esse reconhecimento e essa honra por parte do Santo Padre, o Papa. Sem ele, nada disso teria acontecido. Honra essa, que não é somente da paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, mas também da cidade de São Bernardo, e de toda a Diocese de Santo André. E, por que não? Quero louvar a Deus e agradecer todos e cada um dos nossos irmãos e irmãs que vivem ou frequentam esta nossa igreja, por torná-la cada vez mais viva e acolhedora, expressão e sinal vivo da Igreja do Senhor, que se evangeliza e evangeliza com renovado ardor.

Aos jovens: olhem para trás e vejam que bela herança de valores e de fé nos deixaram quantos nos precederam; e olhem pra frente e contemplem quantos desafios e trabalhos que nos esperam! A todos: a honra de recebermos esta dignidade nos engrandece, mas também nos coloca nas mãos uma grande responsabilidade: sermos cada vez mais exemplos entusiastas de fé e de caridade. Nossa Senhora da Boa Viagem nos acompanhe sempre! Louvado seja o Senhor!

Pe. Giuseppe06 07

Missa de Ação de Graças pelos 200 anos da Paróquia - 15/Abr./2012

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Eminência,

Atendendo as Normas para a concessão do Título de Basílica Menor,

citadas no Decreto “Domus Ecclesiae”, de 09 de novembro de 1989, desse

Dicastério, concedemos o parecer favorável ao pedido para que a Igreja Matriz

de Nossa Senhora da Boa Viagem, da cidade de São Bernardo do Campo, na

Diocese de Santo André, no estado de São Paulo, seja elevada a dignidade de

Com sentimentos de estima e consideração, saudamos Vossa

Eminência na paz e alegria do Senhor.

Basílica Menor.

Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem

Rua Padre Lustosa, 292 - Centro - CEP 09710-120São Bernardo do Campo - SP

Fone/Fax: 4330-5227 [email protected] www.pnsbv.com.br

Venho mui respeitosamente em nome da comunidade paroquialNossa Senhora da Boa Viagem, pedir a esse Discatério em ocasião dacelebração dos 200 anos da paróquia que seja concedido o Título deBasílica Menor a nossa igreja para a honra de Deus e louvor a NossaSenhora.

Na esperança de sermos atendidos, desde já agradecemos.

Eminência

S.E.R.Cardeal Antonio Cañizares LLOVERAPrefeito da Congregação para o Culto Divinoe a disciplina dos Sacramentos

São Bernardo do Campo, 24 de Julho de 2012.

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Em resposta a carta do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Nelson Westrupp,

Bispo de Santo André (Brasil), de 3 de agosto/2012, em que expõe as orações e votos

do clero e dos fiéis cristãos, a Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos

Sacramentos, por força da faculdade especial concedida pelo Sumo Pontífice Bento

XVI, CONFERE livre e deliberadamente à igreja paroquial consagrada a Deus em

honra da Bem-Aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora da Boa Viagem, pelo

excelente trabalho desenvolvido no território da supracitada Diocese, onde os fiéis

cristãos proclamam a Santíssima Mãe de Deus como uma companheira e irmã

bondosa no caminho da fé e nas adversidades da vida, o TÍTULO e dignidade de

BASÍLICA MENOR, com todos os direitos e prerrogativas litúrgicas e legais,

anunciando-se publicamente sua concessão e comemorando-se o fato com muito

júbilo.

Observam-se as normas do Decreto “Sobre o título de Basílica Menor”,

de 9 de novembro de 1989.

Rejeitem-se todas e quaisquer disposições em contrário.

Tradução

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O TÍTULO DE BASÍLICA MENOR

*A casa da igreja* ou casa de Deus e da comunidade cristãsempre foi um dos principais sinais da própria santa Igreja, a esposa de Cristo, que está presente e em caminho no mundo. Sua beleza e seu esplendor, bem como sua funcionalidade parao desenrolar das celebrações litúrgicas, foram regulamentados, em tempos diversos, com normas oportunas. Entre as igrejas de uma diocese, o primeiro lugar e a maior dignidade pertencem à igreja catedral, na qual está a cátedra, sinal do magistério e do poder do bispo, pastor da diocese, e sinal de comunhão com a cátedra romana de Pedro. Depois seguem as igrejas paroquiais, que são a sede das várias comunidades da diocese. Além disso, há os santuários, aos quais se dirigem em peregrinação os fiéis da diocese, ou de outras igrejas locais. Entre essas igrejas e outras de diversas denominações existem algumas que possuem especial importância por causa da vida litúrgica e pastoral, que podem ser contempladas pelo Sumo Pontífice com o título de basílica menor, mediante o qual vem manifestado um vínculo particular com a Igreja de Roma e com o Sumo Pontífice. As normas referentes às basílicas menores foram estabelecidas após o Concílio Vaticano II, no decreto Domus Dei, promulgado no dia 6 de junho de 1968 pela Sagrada Congregação dos ritos (AAS 1968, 536-539). Levando em conta os documentos litúrgicos mais recentes eapós a experiência dos anos passados, a Congregação do Culto Divino e da disciplina dos Sacramentos considera oportuno adaptar as citadas normas às circunstâncias hodiernas, como segue.

I. Condições para obter o título de basílica menor

1. A igreja para a qual se solicita o título de basílica deve estar consagrada a Deus com rito litúrgico e situar-se em diocese centro de atividade litúrgica e pastoral, sobretudo com celebrações da ss. Eucaristia, da penitência e dos outros sacramentos que sejam exemplo para os outros quanto à preparação e execução, na fiel observância das normas litúrgicas e com a participação ativa do povo de Deus.

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2. A fim de que haja realmente a possibilidade de realizar celebrações dignas e exemplares, a igreja deve ter conveniente tamanho e possuir suficiente área do presbitério. Os vários elementos necessários para as celebrações litúrgicas (altar, ambão, sede do celebrante) estejam colocados conforme as exigências da liturgia restaurada (cf.IGMR 253- 280). 3. A igreja goze de certa celebridade em toda a diocese, por exemplo, porque foi construída e consagrada a Deus por ocasião de um especial evento histórico-religioso, ou porque nela está guardado o corpo ou uma relíquia insigne de um santo, ou porque ali se venera de um modo particular alguma imagem sacra. Também deve ser levado em conta o valor da igreja, ou seja, a importância histórica e a beleza artística. 4. A fim de que ao longo do ano litúrgico na igreja se possam realizar louvavelmente as celebrações dos diversos tempos, é necessário que haja um côngruo número de presbíteros dedicados ao serviço litúrgico-pastoral da mesma igreja, especialmente para a celebração da eucaristia e da penitência (que também haja um conveniente número de confessores à disposição dos fiéis em horário estabelecido). Além disso, se requer um suficiente número de ministrantes e um adequado coral, para favorecer a participação dos fiéis também com a música e os cantos sacros.

II. Documentos necessários para a concessão do título de basílica

Documentos que devem ser enviados à Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos:

1. A petição do ordinário do lugar, também se o cuidado da igreja está confiado a uma comunidade religiosa; 2. O nihil obstat, isto é, o parecer favorável da conferência episcopal nacional; 3. Opúsculos, ou um relatório a respeito da origem, da história e a vitalidade religiosa da igreja (a vitalidade do culto e da

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pastoral, com referência a associações e obras de caridade; 4. Um álbum de fotografias, que ilustre a forma externa e o interior, em particular como estão dispostos o presbitério (altar, ambão, sede do celebrante) e os outros lugares e sedes destinados às celebrações (sedes dos ministros e ministrantes, batistério ou fonte batismal, o lugar para a custódia da eucaristia e o lugar e sede destinados à celebração do sacramento da penitência); 5. Informações sobre a igreja como está indicado no “Questionário” preparado para este fim, para preencher e enviar a este dicastério.

III. Compromissos e deveres próprios da basílica no âmbito litúrgico-pastoral

1. Na basílica menor se promova a formação litúrgica dos fiéis, com grupos de engajamento litúrgico e cursos especiais de instrução, com série de encontros e outras iniciativas do gênero. Entre as iniciativas da basílica seja dada muita importância ao estudo e à divulgação dos documentos do Sumo Pontífice e da Santa Sé, especialmente àqueles referentes à sagrada liturgia. 2. Seja reservado grande zelo ao preparo e ao desenvolvi- mento das celebrações do ano litúrgico, em particular do Tempo de Advento, de Natal, de Quaresma e de Páscoa. Na Quaresma, quando se conserva a forma tradicional da convocação da igreja local no exemplo das “estações” romanas (cf. Missal romano, no início do Tempo de Quaresma; Cerimonial dos bispos, nn.260-262) recomenda- se vivamente a escolha da basílica para a celebração de tal “estação”. Anuncie-se com esmero a Palavra de Deus na homilia, e em pregações extraordinárias. Promova-se a participação ativa dos fiéis, seja na celebração eucarística, seja na celebração da liturgia das horas, sobretudo com a recitação das laudes e das vésperas. Além disso se cultivem as formas de piedade genuínas. 3. Porque a ação litúrgica reveste uma forma mais nobre

quando é celebrada em canto, procure-se que os grupos de fiéis participem ao canto das diversas partes da missa, em particular aquelas que se encontram no “Ordinário” (cf. SC 54; Instr. Musicam sacram,5.3.1967). Numa basílica para onde frequentemente acorrem fiéis de nações e línguas diversas, convém que os fiéis saibam cantar juntos em língua latina (cf. IGMR 19) o Credo e o Pater Noster, seguindo as melodias mais fáceis, como aquelas do canto gregoriano, “próprio da liturgia romana” (cf. SC 116). 4. Para tornar manifesto o particular vínculo de comunhão que une a basílica menor e a cátedra romana de Pedro, a cada ano celebre-se com particular carinho: a) A festa da cátedra de S. Pedro (22 de fevereiro); b) A solenidade dos ss. Apóstolos Pedro e Paulo (29 de junho); c) o aniversário da eleição ou do início do supremo ministério pastoral do Sumo Pontífice.

IV. Concessões anexas ao título de basílica menor

1. O dia em que é anunciada publicamente a concessão por parte da sede apostólica do título de basílica a uma igreja, seja preparado e festejado com oportunas pregações, vigílias de orações e outras celebrações, nos dias precedentes e posteriores à proclamação do título. Em tais dias podem-se celebrar a missa e a liturgia das horas do título ou santo da igreja ou da imagem sacra que são venerados em modo especial na igreja, ou também “pela igreja local” ou “pelo Papa”, desde que não coincida com um dia litúrgico elencado na tabela de precedência nn. I.1-4; II,5- -6 (cf. NUALC 59). No dia em que acontece a proclamação do título celebre-se a missa do dia ou uma das missas indicadas acima, conforme as rubricas. No início da celebração, antes do Glória se faça a leitura do breve apostólico ou decreto de concessão com o qual a igreja é elevada a basílica, traduzido em língua viva. 2. Os fiéis que visitam devotamente a basílica e que nela participam de algum rito sacro ou pelo menos rezem o Pai nosso e o Creio, nas costumeiras condições (confissão,

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comunhão eucarística e oração segundo a intenção do sumo pontífice) podem lucrar a indulgência plenária: 1) no dia do aniversário da dedicação da basílica; 2) no dia da celebração litúrgica do titular; 3) na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo; 4) no dia do aniversário da concessão do título de basílica; 5) uma vez por ano, em dia a ser determinado pelo ordiná- rio do lugar; 6) uma vez por ano, em dia livremente escolhido por cada fiel; 3. Nos estandartes, nas alfaias, no carimbo da basílica pode ser usado o símbolo pontifício, isto é, as “chaves cruzadas”. 4. O “reitor” da basílica, isto é, quem preside a basílica, no exercício do seu ofício pode usar – sobre a veste talar, ou hábito da família religiosa e a sobrepeliz – a murça de cor preta, com orlas, casas e botões de cor vermelha.

Da sede da Congregação, em 9 de novembro de 1989, festa da dedicação da Basílica Lateranense

Eduardo card. Martinez, prefeito+ Lajos Kada, arceb. Tit. Tibica secretário

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BREVE HISTÓRICO DA PARÓQUIA

Os habitantes do pequeno aglomerado de casas existente nabeira do caminho que ligava o litoral ao Planalto Piratininga reivindicavam, desde há muito, um local e a presença de um sacerdote para que pudessem receber conforto espiritual e participar do culto divino. A insistência do pedido fundamentava-se na dificuldade das pessoas em se deslocar até a Sé, local onde havia uma igreja e padres: estradas em péssimas condições, distância do povoado, meios de locomoção, etc. Coube então ao Marquês de Alegrete, representante do Gover-no Português em São Paulo, oficiar ao Reino solicitando fossem atendidas as necessidades daquele povo. Foi assim que aos 21 de outubro de 1812 Dom João VI autorizaa criação da Freguesia e da Paróquia de São Bernardo. Com o Alvará de criação da nova Paróquia em mãos, começa o então Bispo da Sé de São Paulo, Dom Matheus de Abreu Pereira, a despachar a documentação necessária para a implantação da recém criada paróquia (Nossa Senhora da Conceição) e nomeação de seu primeiro pároco. Coube ao Padre José Basílio Rodrigues Cardim

Fachada Atual

Antiga Matriz - 1952

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(secular), assumir tal função, na qualidade de Vigário Colado. As primeiras funções religiosas davam-se na capela existentena fazenda dos Frades Beneditinos, nos arredores do povoado, agora Freguesia, como também em pequena capela situada as margens da Estrada Geral de Santos, local de passagem de quem vinha do Litoral para o Planalto ou vice-versa. Iniciou-se aí, de uma maneira muito firme, a caminhada de fé e devoção a Maria, em nossa cidade, convenientemente organizada e dirigida. A primeira igreja construída para sediar a paróquia, encontrava-se na mesma praça onde hoje está a majestosa Matriz. Estima-se que sua construção terminou por volta de 1825. Suas paredes eram feitas de taipa de pilão, isto é, espécie de barro socado a pilão. Entretanto, a vida da comunidade teve continuidade mesmo durante a fase da construção. Casamentos, batizados, missas, orações, eram realizados normalmente nas capelas já citadas ou em locais improvisados. Participavam dessas celebrações brancos e negros, libertos e escravos, pois ainda vigorava a escravidão. Conforme o relato anterior, o padre nomeado como o primeiro vigário da paróquia era secular, isto é, não pertencia a nenhuma congregação religiosa. Pertencia à Diocese de São Paulo e como tal reportava-se diretamente ao Bispo Diocesano e era por ele nomeado ou removido, conforme suas necessidades e determinações. Essa situação manteve-se entre 1812 e 1904, sendo que nesse período, entre os diversos padres que na Paróquia de São Bernardo trabalharam o que mais se destacou, pela longevidade de seu mandato, foi o Padre Tomás Inocêncio Lustosa. Durante mais de trinta anos o Padre Lustosa esteve à frente da Paróquia e hoje empresta seu nome a uma das ruas laterais da Praça da Matriz. Foi construída a capela de Santa Filomena no final do séculoXIX. Que hoje é tombada pelo Patrimônio Histórico do Município de São Bernardo do Campo.

* No final do século XIX, na Europa e de modo especial na Itália, acontecia um grande movimento de migração de pessoas que, em grupos, se deslocavam para terras da própria Europa ou para as Américas. Esses deslocamentos se davam em péssimas condições

humanas, visto que aquele povo era extremamente necessitado e carente de recursos materiais e espirituais. Condoído com essa situação o bispo de Piacenza, Dom João Batista Scalabrini, homem de grande sabedoria e muita fé, estava preocupado com o sofrimento, a exploração e a humilhação a que eram submetidos aqueles migrantes, desde sua partida até a chegada a seu destino. Munido de sua força interior e da enorme vontade de ajudar, lançou-se ao trabalho e tomou ações que beneficiariam aqueles migrantes onde quer que estivessem. Fundou então, em 1887, a Congregação dos Missionários de São Carlos e já no ano seguinte enviou alguns padres para os Estados Unidos e para o Brasil. Continuando seu trabalho incansável, juntamente com o Padre Marchetti fundou, em 1895, a Congregação das Missionárias de São Carlos, para o serviço aos migrantes. Treze anos após o envio de seus primeiros missionários para as Américas, Dom Scalabrini resolveu ele próprio ir até lá, numa viagem pastoral, para visitar seus missionários e seus migrantes. Desembarcou em Nova Iorque em 1901. Em 1904 chega ao Brasil. Visita todas as comunidades italianas onde seus missionários atuavam junto aos migrantes. Conversa com autoridades civis e da Igreja, faz pregações e reivindicações em favor dos migrantes. Em São Paulo, capital, onde já havia padres da Congregação em diversas atividades, encontra-se com o titular da Diocese, o bispo Dom José de Camargo Barros. Entre os assuntos tratados está o da entrega da Paróquia de São Bernardo aos cuidados da Congregação dos Missionários de São Carlos, uma vez que esses missionários já atuavam na região, em auxilio aos padres diocesanos, insuficientes para cuidar de toda a população do Município, aumentada com a chegada de grande número de migrantes italianos. Foi assim que em 1904 a Congregação dos Missionários de São Carlos, também chamada de Carlistas ou Scalabrinianos, passou a administrar a Paróquia de São Bernardo.

* Removidos os padres diocesanos (seculares) entram em cena os primeiros Scalabrinianos, sendo o Padre Francisco Dolci nomeado como o primeiro vigário.

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A área de abrangência da Paróquia era imensa. Compreendiatoda a região que hoje chamamos de Grande ABC. Os trilhos da estrada de ferro cortavam o enorme municípiodesde o Ipiranga até o Alto da Serra. A indústria da madeira e da tecelagem caminhava a passos largos e a agricultura ainda absorvia grande parte da mão de obra migrante. Os padres desdobravam-se para atender todo o povo. Capelas eram construídas, a espiritualidade tinha que ser mantida, a devoção à Virgem devia ser apregoada, os sacramentos precisavam ser ministrados, os necessitados atendidos... Assim era a vida da Igreja até que quase cem anos depois da criação da primeira paróquia, a Mitra Diocesana de São Paulo cria novas paróquias, oriundas de capelas erigidas pelos Scalabrinianos: em Ribeirão Pires e em Santo André. Isso, de certa forma, alivia o trabalho exaustivo do vigário da Matriz de São Bernardo. Matriz de São Bernardo era o nome genérico que se dava à paróquia fundada em 1812, em função do nome da cidade, ou, à época, freguesia. Na sua criação, originalmente, fora dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Porém, a construção do templo para abrigar a paróquia se deu nas proximidades de uma capela existente às margens da Estrada Geral de Santos e dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem. Por “associação” o povo denominava o novo templo como Nossa Senhora da Conceição da Boa Viagem, sendo mais tarde simplificado para Nossa Senhora da Boa Viagem. No final dos anos 40, iniciou-se um movimento entre osparoquianos para a construção de uma nova igreja. Entre os motivos alegados havia o da idade - a igreja já completara 120 anos; o do tamanho - a igreja se tornara pequena para a população que só crescia; e outros de menor importância. Assim, no período de 1947 a 1962 construiu-se, no mesmo local do antigo, o atual imponente templo, como que “abraçando” o velho prédio e sua torre monumento. Com o passar do tempo o grande município foi se desmem-brando, evoluindo, para chegar ao que temos hoje: sete cidades autônomas, com suas matrizes, uma Diocese e uma população predominante não mais de migrantes italianos, mas sim de migrantes de vários locais do Brasil, principalmente do norte e nordeste. Vinham atraídos pela indústria metalúrgica que, implantada há algum tempo, ganhava força e necessitava de mão-de-obra em abundância.

Mudava o perfil da cidade, mudava o perfil da população, mas não as suas necessidades. Os novos migrantes eram também explorados, humilhados e maltratados. A relação capital-trabalho era sempre conflituosa. Isso significava que o trabalho dos Missionários de São Carlos em benefício dos mais sofridos continuava o mesmo, apenas se adaptava às novas circunstâncias. Dentro dessas circunstâncias, a Paróquia teve uma participação muito significativa nos movimentos sociais que surgiram: a Pastoral Operária, as Comunidades Eclesiais de Base, a Juventude Operária Católica e as famosas Greves dos Metalúrgicos dos anos 70 e 80. Nessas greves, estávamos em plenos anos de ditadura militar e a repressão aos trabalhadores foi tremenda. Qualquer reunião ou assembleia estava proibida. O Sindicato dos Metalúrgicos foi tomado pela polícia, o Estádio de Vila Euclides e o Paço Municipal foram interditados. Só restava àquele povo todo a Praça da Matriz que, em seguida, também foi cerceada aos trabalhadores. Não restava outro caminho senão o de abrir as portas da igreja para receber aqueles irmãos para os quais se negava o direito mais elementar de um cidadão – falar. Dom Cláudio Hummes e o Padre Adelino de Carli, respectiva-mente bispo da diocese e pároco da matriz, a despeito dos riscos que corriam, não tiveram dúvidas de que lado ficar. O templo passou a ser local de reunião e algumas dependências, como o salão paroquial e a quadra de esportes foram cedidos para o Fundo de Greve que contava com grande número de colaboradores. Toneladas de alimentos foram distribuídas aos trabalhadores em greve. Estava ali, claro e cristalino o espírito de Scalabrini: ninguém pode oprimir, usar do poder para explorar os mais desvalidos. Tão enraizado estava, na Paróquia Nossa Senhora da BoaViagem, o carisma Scalabriniano que a Pastoral do Migrante, a partir desses fatos, ganhou força e estruturou-se de tal forma que caminha a passos firmes, junto com a comunidade atendendo pessoas com os mais diversos tipos de necessidades. No final do século passado, a comunidade deu inicio aos preparativos para a celebração do centenário da presença dos Missionários de São Carlos em nossa paróquia. Durante um ano foram lembrados os felizes dias em que Dom Scalabrini esteve em São Paulo em conversas com o Bispo

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Diocesano, no sentido de que a Paróquia de São Bernardo passasse a ter como administradores os Missionários da Congregação fundada por ele, Dom Scalabrini. Missas, procissões, lançamento de um livro, festas civis e religiosas marcaram aquele centenário (1904 – 2004) e animaram a comunidade a seguir nos passos de Scalabrini. O tempo, inexorável, caminha. Sucede-se o clero, mas a comunidade inspirada por Maria segue seu caminho entre dores e alegrias. Das dores fazemos holocausto. Das alegrias tiramos nossa força para continuar... Vivemos tempos recentes. O ano é 2011. A comunidade mais uma vez se prepara para uma grande festa. É a festa do bicentenário da criação da paróquia. Será um ano marcante na vida da comunidade que, em nenhum momento, vacilou ou temeu diante das dificuldades, que caminhou sempre amparada em Maria, a Mãe da Boa Viagem. Com o apoio do Senhor Bispo Diocesano Dom NelsonWestrupp e do Superior Provincial da Congregação dos seguidores de Scalabrini, o Ano Jubilar de preparação à grande festa (outubro 2011 - outubro 2012) transcorreu no meio de muitas celebrações tocantes: Congresso Eucarístico Diocesano, Missões Populares, visita do Cardeal Dom Velasio De Paolis e mais quatro Bispos Scalabrinianos do Brasil, indulgências especiais concedidas pelo Papa Bento XVI, Sagração da igreja, apresentações de orquestra sinfônica criada especialmente para essa comemoração, teatro, almoço, medalha comemorativa etc. Um tanto atrasada, mas ainda dentro do espírito dos “200 anos” a comunidade se auto presenteou com um belíssimo órgão de tubos, uma edição maravilhosa de um livro com suas memórias e recebeu também, por uma deferência especial do Vaticano, o título de BASÍLICA MENOR.

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INSÍGNIAS DA BASÍLICA

Descrição: Escudo de azul com esplendor em ouro e preto,igreja e torre monumento em branco e preto, sobrepostos pelo mar em azul e o círio pascal em ouro com as letras Alfa e Ômega e a Cruz em preto. Timbrando o escudo as insígnias papais: a tríplice tiara em ouro, sendo que as coroas estão abotoadas com pedras em vermelho, verde e azul com ínfulas esvoaçantes em vermelho filetado e com cruzes em ouro e as duas chaves voltadas e decussadas em prata e ouro unidos por um cordão com pingentes, encimados com o listel de ouro e vermelho em letras de preto “Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem”. Sob o escudo o listel em ouro e vermelho com a legenda “Beatam me dicent omnes” em letras de preto. Simbolismo: O brasão da Basílica Menor Nossa Senhora daBoa Viagem, templo que, após a Catedral Nossa Senhora do Carmo, é o de maior importância na Diocese de Santo André, traz em seu conjunto a riqueza simbólica de sua construção e a sua relevância histórica.

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Cântico de Maria, simbolizada no lema “BEATAM ME DICENT OMNES”(Lc 1,48). “Todos me chamarão bem-aventurada” é o grande louvor de Nossa Senhora e de toda a Igreja Peregrina que vive a Nova Aliança e afirma que a verdadeira liberdade vem de Deus, em quem o homem encontra o sentido de sua vida e a sua plena realização.

Demais símbolos

Além da tiara papal, são símbolos referenciais das basílicas o tintinábulo e o ombrellino. Esses símbolos antigos representam a ligação da igreja que foi elevada à condição de Basílica ao Santo Padre, o Papa, e ao seu ministério pastoral. O tintinábulo é um cetro pro-cessional com uma campainha, por vezes adornado com o brasão do templo ou do Papa e é utilizado nas procissões e missas pontificais. O ombrellino (baldaquinopapal na forma de guarda-sol com emendas vermelha e amarela) é insígnia de prerrogativa papal, assim

como o da tiara. Sua existência remonta a antigo uso prático para as procissões litúrgicas, com o intuito de proteger os prelados do sol e chuva e que, aos poucos, foi relacionado ao Papa por ser especialmente utilizado nas procissões de sua comitiva, realizadas entre as basílicas romanas. Todos esses símbolos recordam a necessidade da unidade e da comunhão de nossas comunidades com toda a Igreja, onde o Sucessor de São Pedro anima e preside na caridade, como Bispo de Roma, a missão de evangelizar.

O escudo é simples, cujo fundo azul e o esplendor remonta a glória de Maria Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da Igreja. Manifestando ao mundo a beleza e a glória de Deus em sua vida, Nossa Senhora convida constantemente a todos para que possamos ouvir e testemunhar o Evangelho da Salvação: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5). O esplendor representado possui a forma do que se encontra na histórica imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, datada do século XVIII e venerada na cidade desde 1725. Enraizada em Cristo, Palavra definitiva do Pai, por meio daqual se consuma toda a Revelação Divina, se consolida a Igreja, no brasão representado pela basílica edificada em honra ao Senhor Onipotente e Todo-Poderoso, construção de Deus (1Cor 3,9). A torre-monumento, símbolo da Matriz e do sesquicentenário da criação da paróquia, recorda-nos a missão da Igreja de guardar e vigiar a fé, apontando sempre os caminhos da esperança e da salvação. Com o toque dos sinos, som celestial, recordamos a nossa vocação de Povo da Aliança e o convite de sempre elevarmos nossos corações ao Alto. Na consciência que a Igreja é o Povo de Deus (1Pd 2,9-10), oazul escuro faz memória das constantes tempestades que o Senhor acalma para que possamos testemunhar o dom da fé (Mc 4,35-10). Lembra-nos também a invocação da padroeira da basílica “Senhora da Boa Viagem”, título oriundo do período das grandes navegações, quando os nossos colonizadores atravessaram mares perigosos em busca de novas terras e com eles trouxeram a fé em Cristo. Todo o simbolismo ganha sentido sob a luz e o esplendor do Cristo Ressuscitado, representado pelo Círio Pascal. No Mistério Pascal, a Igreja tem o fundamento de sua vida e missão em Cristo, pedra angular da Igreja (Ef 2,20). Com a pregação da Palavra, a catequese, os sacramentos e a vivência da caridade, a Basílica Menor, intimamente ligada ao Sucessor de Pedro, o Santo Padre, cujos símbolos no escudo são a tiara papal e as chaves, testemunha a fé apostólica de ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14), a caminho do Reino definitivo. A Basílica Menor Nossa Senhora da Boa Viagem, que temcomo co-patrono o Abade São Bernardo de Claraval, cujo seu apostolado foi verdadeira luz de Cristo nas relações entre fé e cultura, quer ser para a cidade de São Bernardo do Campo e para toda Igreja Particular de Santo André sinal de unidade, proclamando a beleza do

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O NOVO ÓRGÃO DE TUBOS DA BASÍLICA MENOR

Todo mundo tem o direito de sonhar. E eu, valendo-me deste direito, desde que a Providência me chamou a exercer o meu serviço sacerdotal na Matriz de São Bernardo, em um período muito privilegiado de sua historia e em um momento muito especial de minha caminhada sacerdotal, pensei e decidi tomar passos para a realização do meu sonho. Na ocasião da celebração dos 200 anos da fundação da paróquia tínhamos que deixar um marco bem concreto desta efeméride. Nas celebrações do aniversário dos 150 anos da paróquia os nossos antepassados construíram a magnífica torre, inspirando-se no “Campanile di San Marco” em Veneza, Para o bicentenário vamos entregar para a nossa e para as futuras gerações um belo órgão de tubos! Poder celebrar as liturgias na nossa magnífica igreja acom-panhados pelo som de um órgão clássico é algo que a nossa comunidade merece. Portanto, iniciei o projeto um tanto temerosos porque tinha consciência que a ideia poderia encontrar resistências. Conversei com várias pessoas, e as reações eram bem diversificadas. Finalmente, num encontro casual com o nosso BispoDiocesano Dom Nelson, expus o meu sonho. Ele perguntou: “Qual é o teu sonho?” minha resposta “Gostaria de colocar na nossa matriz um

órgão de tubos!” De imediato o Bispo respondeu: “Ótimo sonho. Vá firme! A Matriz merece”. Não tive mais nenhuma dúvida: espalhei a proposta, procurei a firma: “Família Artesã Rigatto e Filhos”, de São Paulo, fizemos os orçamentos de praxe e demos o sinal verde. Tudo isso em meados de 2008, acreditando que em 2010, conforme previsões, teríamos o instrumento pronto. Contudo, nem sempre as coisas acontecem como a pensamos. Atrasos e mais atrasos, mas finalmente a maravilha está aí, para a admiração de todos. A nossa Basílica Menor de Nossa Senhora da Boa Viagem tem o seu órgão, que será abençoado pelo Bispo Dom Nelson e inaugurado com um concerto neste 20 de outubro de 2013. Quem vai realizar o primeiro concerto é o Maestro Silvio Celeghin, de fama internacional, que virá da Itália (mais precisamente de Noale – Veneza) exclusivamente para o evento. Isso significa que no dia 20 de outubro, às 18h teremos uma grande celebração, quando solenemente o Bispo elevará a nossa igreja à Dignidade de Basílica Menor, por decreto do Santo Padre, o Papa Bento XVI. Em seguida, haverá bênção do órgão e concerto com o mesmo. Tudo e sempre para a “maior glória de Deus”, em louvor a Nossa Senhora da Boa Viagem, nossa querida Padroeira e para a alegria de toda a Comunidade.

Pe. Giuseppe Bortolato

28 29Pe. João - Pe. Giuseppe - Pe. Ervino