Meninas normais vão ao shopping as iradas vão à bolsa

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2ª edição Por Mara Luquet e Andrea Assef Ilustrações Ivan Eric Szulc Meninas normais vão ao shopping Meninas iradas vão à Bolsa

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Livro muito bom para quem quer saber de finanças e aplicações financeiras. Geralmente não nos atentamos como o mercado financeiro nos ajuda a ganhar dinheiro se utilizando de juros compostos. O mercado financeiro é sempre o lado ruim. Mas com esse livro você perceberá que pode trazê-lo para o seu lado.

Transcript of Meninas normais vão ao shopping as iradas vão à bolsa

  • 2 edio

    Por Mara Luquet e Andrea Assef

    Ilustraes Ivan Eric Szulc

    Meninas normaisvo ao shoppingMeninas iradasvo Bolsa

  • Projeto grfi co e capa

    Coordenao editorial

    Andrea Assef

    Mara Luquet

    Editora Letras&Lucros

    Telefone: (0XX11) 3813-8464

    E-mail: [email protected]

    ISBN 978-85-02-06205-4

    2 edio

    1, 2 e 3 tiragem: 2007

    Copyright Mara Luquet e Andrea Assef2007 Editora Saraiva e Editora Letras & Lucros

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva.A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

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    Diretora editorial: Flvia Helena Dante Alves BravinEditores: Marcio Coelho Frederico Marchiori Rita de Cssia da SilvaProduo editorial: Viviane Rodrigues Nepomuceno Juliana Nogueira LuizAquisies: Eduardo Viegas Meirelles VillelaArte e produo: Know-how EditorialIlustrador: Ivan Eric Szulc

    CIP-BRASIL. CATALOGAO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

    Luquet, MaraMeninas normais vo ao shopping, meninas iradas vo Bolsa / por Mara Luquet e Andrea Assef. 2 edio - So Paulo : Saraiva,

    2007Inclui bibliografi aISBN 978-85-02-06205-41. Investimentos. 2. Mulheres - Finanas pessoais. I. Assef, Andrea. II. Ttulo.

    06-3064 CDD 332.6322 CDU 336.76

    ndice para catlogo sistemtico:1. Investimentos. 2. Mulheres - Finanas pessoais. I. Assef, Andrea. II. Ttulo. 06-3064

  • Escrever sobre dinheiro muito fcil. Ns faze-mos isso h anos, geralmente por meio de entrevistas com empresrios, economistas, banqueiros, homens e mulheres de negcios bem-sucedidos. No entanto, ao contrrio deles, nossas fi nanas pessoais nunca fo-ram l essas coisas. Ento, por que nos metermos a escrever um livro sobre investimentos?

    a) Estamos regeneradas?

    b) Temos uma editora especializada em fi nanas pessoais?

    c) Enquanto escrevemos, reforamos em nossas mentes conceitos que aprendemos nos ltimos anos?

    d) Todas as respostas anteriores.

    Apresentao isso a. Estamos regeneradas, sim; criamos uma

    editora que publica livros de fi nanas pessoais e, infe-lizmente, s h pouqussimo tempo aprendemos con-ceitos bsicos de administrao fi nanceira pessoal, os quais no fi zeram parte da nossa infncia e de nossa formao, o que teria facilitado, e muito, a nossa vida fi nanceira, por serem imprescindveis para o sucesso de qualquer pessoa.

    Ter uma vida fi nanceira tranqila o primeiro e mais importante passo para uma vida pessoal e profi ssional bem-sucedida. No se engane. Ningum capaz de ter paz em famlia ou pavimentar uma carreira de sucesso com credores nos calcanhares. Por isso, nunca demais reforar esses princpios. Eis o objetivo deste livro.

    Agora, nossas desculpas: por que jornalistas econ-micas caem nas armadilhas fi nanceiras? Porque, como qualquer pessoa, somos seduzidas pelas vitrines m-gicas, com seus sapatos maravilhosos, bolsas de grife e roupas que so a nossa cara, dispostos de maneira a parecer quase essenciais para a nossa existncia principalmente em dias de TPM ou de frustrao. Afi -nal, as vitrines so cuidadosamente montadas com este objetivo: conquistar nossos coraes, portanto, a cul-pa no nossa.

  • 4A fria infl acionria outra excelente descul-pa para a irresponsabilidade fi nanceira. E ns duas crescemos em um pas onde a taxa de infl ao che-gou a 80% ao ms! At hoje, utilizamos a falta de estabilidade monetria como atenuante para nossos inmeros erros fi nanceiros. Afi nal, como possvel planejar e guardar dinheiro em uma economia cuja moeda perde valor todos os dias, em uma velocidade arrasadora? Alm disso, como havia mecanismos de correo mensal de salrios atrelados infl ao, no era difcil receber de 20% a 30% de aumento de sal-rio todo ms. Ns olhvamos isso como um ganho.

    Quer dizer, ns e a torcida do Flamengo, porque ver seu salrio 30% maior no dia seguinte era algo que causava uma euforia fantstica.

    Para completar, os salrios chegavam casa dos mi-lhes de cruzeiros, mas o fato que fi cvamos cada dia mais pobres e nem sequer nos dvamos conta disso. Passar cheque pr-datado era um negcio e tanto. Voc comprava um vestido por R$ 100, mas passava um cheque para pagar no ms seguinte, deixando os R$ 100 na conta remunerada uma espcie de apli-cao automtica que existia na poca e, quando o cheque era descontado, voc tinha 120 na conta. Era a

    orgia do cheque pr-datado. O problema que contro-lar cheques uma prtica difcil, para dizer o mnimo. Assim, no era um cheque que caa na conta, mas dois, trs etc., e isso no h conta remunerada que resolva.

    Mas tudo fi cou no passado. O Brasil de hoje mui-to diferente, e ns tambm. Ter estabilidade mo ne tria uma conquista importante e, por isso, preciso pla-nejar-se. Mais do que conhecer o mercado de aes, voc conhecer uma nova forma de pensar sobre di-nheiro aps a leitura deste livro. Muitas pessoas ainda acreditam que ter um patrim nio resultado de sorte, casamento ou herana. Provavelmente, voc j tem a maior parte do que precisa para construir sua prpria fortuna, mas falta tomar uma atitude.

    Os analistas insistem: o importante no guardar mui-to, mas sempre, o que cria uma disciplina, um dos prin-cpios bsicos para ser um investidor de sucesso, como voc poder observar nas prximas pginas. Com um pouco de dinheiro, disciplina e estratgia, voc consegui-r pavimentar sua independncia fi nanceira, e o mercado brasileiro est cheio de oportunidades.

    Mara Luquet e Andrea Assef

  • Captulo 1 Voc normal quando se trata de dinheiro? 7

    Captulo 2 Garotas iradas fazem seu dinheiro crescer 25

    Captulo 3 Espelho, espelho meu 37

    Captulo 4 Voc no sabe, mas foi feita para investir 47

    Captulo 5 Nem Prada, nem Louis Vuitton 51

    Captulo 6 Como ganhar dinheiro na Bolsa 69

    Captulo 7 No espere milagres 87

    Captulo 8 Agora voc pode dizer: s fao o que eu quero 93

    Captulo 9 Os melhores anos do resto de nossas vidas 99

    Captulo 10 Iradas tambm vo ao shopping 105

    Referncias 109

    Sumrio

  • Captulo 1

    Voc normalquando se tratade dinheiro?

    Quantas vezes voc j sonhou em ser milionria? Essa seria a soluo para todos os seus problemas, cer-to? Ou, pelo menos, para uma grande parte deles. No entanto, observe o que o escritor dublinense Bernard Shaw diz: Ser milionrio, ento, quer dizer ter mais dinheiro do que se pode gastar consigo mesmo...1.

    A verdade que voc no precisa ser milionria para ter independncia fi nanceira. Talvez voc se sur-preenda ao descobrir que j tem o sufi ciente para vi-ver muito bem. Afi nal, voc vive em um pas no qual as taxas de juro mdias, nos ltimos dez anos, foram de 25,21% ao ano. Veja bem, ao ano. Se descontar-mos a infl ao do perodo, o ganho real ao ano foi de 11,82%. Assim, uma nica aplicao de R$ 100 mil, em dezembro de 1994, chegaria, hoje, a cerca de R$ 600 mil, apenas com aplicaes em renda fi xa, j com o desconto do Imposto de Renda. Do ponto de vista do investidor, este pas um nirvana.

    Mas quantas pessoas voc conhece que fi zeram essa opo nos ltimos anos? Vrias perderam o em-prego nesse perodo justamente por conta da poltica

    1 SHAW, George Bernard. Socialismo para milionrios. Tradu-o de Paulo Rnai. So Paulo: Ediouro, 2004.

  • 8de taxas de juro extremamente altas, outras entraram em programas de demisso voluntria, que garantem, em geral, uma compensao fi nanceira. Esse pessoal colocou a mo em uma bolada, mas a maioria aplicou tudo em um negcio prprio ou em alguns imveis para viver de aluguel, e, provavelmente, est insatisfeita hoje com a opo que fez. As chances de o negcio prprio ter dado errado no so peque-nas, e os aluguis o que pior, em muitos casos, a falta de pagamento deles em dia talvez tenham rendido mais dores de cabea do que propriamente ganho de capital. Investimento em imveis extre-mamente complexo, por isso recomendado apenas para especialistas.

    Assim, essas pessoas correram um risco excessi-vo, sem nem ao menos se dar conta disso, e joga-ram fora uma grande oportunidade de avanar em direo sua independncia fi nanceira. Se tivessem fei to contas e avaliado melhor suas necessidades e seus obje tivos, tal vez descobrissem que poderiam ter ingressado em uma aposentadoria precoce, uma es pcie de semi-apo sen tadoria, com o dinheiro que re ceberam, o que me lhor do que assumir grandes riscos.

  • 9As taxas de juro no pas permitiram a criao de uma classe mdia rentista, um fenmeno tipicamente brasileiro. Em economias mais estveis, o mesmo grupo de investidores teria de correr mais riscos para engordar seu patrimnio na mesma proporo que os brasileiros tiveram a oportunidade de faz-lo.

    Segundo os especialistas, uma conta aceita interna-cionalmente para defi nir independncia fi nanceira ter uma liquidez equivalente a 200 vezes o que se gasta por ms. Se voc tem um salrio de R$ 10 mil, precisar, portanto, acumular o equivalente a R$ 2 milhes para considerar-se alforriado de sua carteira de trabalho. Voc no ser um milionrio na defi ni-o de Shaw, porque no poder sair gastando di-nheiro sem se planejar, e isso, realmente, para bem poucos. No entanto, ter conquistado sua liberdade fi nanceira e poder escolher com bastante tranqili-dade o que quer fazer.

    Provavelmente, os tempos ureos das taxas de ju ro tenham fi cado no passado; no entanto, as taxas embora menores do que na dcada de 1990 perma-ne cero por um bom tempo em patamares altos para os padres mundiais. perfeitamente factvel encon-trar papis do governo com taxas que garantem um

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    excelente retorno anual acima da infl ao e, para fa-zer esses investimentos, defi nitivamente, no preci-so ser um mago das fi nanas, pois, hoje, os ttulos do governo federal so acessveis a investidores de qual-quer porte. Voc mesma pode fazer a aplicao pela Internet, se no quiser ter o trabalho de escolher um fundo2. S preciso ter habilidade com o mouse.

    Por isso, seja bastante criteriosa ao fazer o rol de seus objetivos de investimento. Ele dar as diretrizes de suas aplicaes, a ajudar a conseguir ganhos fi scais relevan-tes a tributao mudou em 2005 e premia as aplica-es de longo prazo e evitar que assuma mais riscos do que precisa para engordar sua carteira.

    Voc deve estar se perguntando: afi nal, o que ser normal em relao a dinheiro? Na verdade, tudo depen-de do ponto de vista. Em pleno sculo XXI, ter dinhei-ro tornou-se uma obsesso para a maioria das pessoas. Dinheiro como um sexto sentido, sem o qual no possvel fazer uso completo dos cinco restantes. A frase do dramaturgo ingls W. Somerset Maugham, e, para muitas pessoas, encaixa-se como uma luva.

    2 MINISTRIO DA FAZENDA. Disponvel em: .

  • 11

    Mas observe o que os pesquisadores descobriram ao longo dos ltimos anos: ter mais dinheiro no garantia de felicidade. No livro Felicidade3, o professor Eduardo Giannetti, um dos mais importan-tes economis tas e fi lsofos brasileiros da atualidade, mostra que, na segunda metade do sculo XX, dca-das de forte crescimento econmico nos Estados Uni-dos, na Europa e no Japo alteraram muito pouco, ou nada, a proporo de indivduos felizes e infelizes na populao dos respectivos pases. Os estudos mos-tram que acrscimos adicionais de renda no mais se traduzem em ganhos de bem-estar subjetivo nome que os economistas do para felicidade. Segundo Giannetti, entre 1975 e 1995, por exemplo, a renda mdia por habitante nos Estados Unidos aumen tou 43% em termos reais, ao passo que o ndice de felici-dade mdia dos americanos no saiu do lugar.

    Se seu dinheiro pudesse falar, o que ele lhe diria?

    Pode apostar que ele diria: amor, no me maltrate. Ainda no somos capazes de ler pensamentos, mas

    3 GIANNETTI, Eduardo. Felicidade. So Paulo: Companhia das Letras, 2002.

  • 12

    saber o que diria o seu dinheiro no difcil, simples-mente porque era o mesmo que o nosso prprio di-nheiro nos disse anos a fi o. Veja bem, quando ele usa a expresso maltratar, no est se referindo apenas a ser jogado em cada balco de loja que atravessa seu caminho, mas, tambm, ao fato de voc deix-lo sufocado em alguma gaveta, porque dinheiro para-do no faz a sua alegria nem leva movimentao da economia. J se esse dinheiro for bem empregado, tanto no consumo quanto em investimentos, pode servir como uma fora propulsora do desenvolvimen-to de um pas e, alm disso, melhorar bastante o hu-mor do seu detentor.

    O relacionamento com o dinheiro um dos maio-res desafi os da humanidade. Sucesso fi nanceiro no apenas o tamanho do seu salrio, mas, fundamental-mente, o que voc faz com ele. O sucesso de um in-vestidor depender mais da forma como se relaciona com seu patrimnio do que com a alta ou a baixa da Bolsa.

    Este, defi nitivamente, no um assunto trivial, pois investidor bem-sucedido aquele que consegue atingir seus objetivos, e no saber quais so eles um mau comeo.

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    Mesmo que voc ache que no tem dinheiro para investir, ou utilize seu cheque especial com certa fre-qncia, vale a pena pensar um pouco sobre suas fi -nanas, por uma razo simples: ter a vida fi nanceira em ordem a chave para resolver boa parte das suas inquietaes atuais, seja com seu marido, seja com os fi lhos, seja com os parentes. Isso no tem nada a ver com fi car rica ou ganhar uma bolada. As solues para sua vida fi nanceira so mais simples do que po-dem parecer a princpio.

    Quanto tempo o dinheiro fica em suas mos?

    Se forem os 15 minutos entre o caixa eletrnico e aquela loja de bijuterias que voc adora, algo est er-rado. Quantas vezes voc j no abriu a carteira va-zia e pensou: mas ontem mesmo eu tirei R$ 150,00! Voc comea, ento, a tentar lembrar o que fez com o dinheiro: gastou com revistas, chocolates, um creme hidratante para os ps... Ou seja, a boa e velha frase da msica de Paulinho da Viola Dinheiro na mo vendaval proftica. A imagem do dinheiro ali, vivo, na sua carteira, sedutora demais para voc? Ento, o melhor andar sem dinheiro. Isso mesmo. E, quando precisar para algo especfi co, v at o

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    ban co e retire a quantia exata pa ra fazer o que plane-jou. Tente fazer isso por uma semana e se surpreender ao descobrir que possvel sobreviver.

    Nunca faa uma compra por impulso. Fcil falar? Sai-ba que j passamos por essa fase; por isso, creia: adiar sua compra por apenas mais 15 minutos j far diferena. O que a gente fala para as crianas pequenas espere o estmago avisar o crebro que a comida chegou antes de abrir outro pacote de bolacha vale para voc. Assim, respire fundo e espere um pouco; nesse inter-valo, entre o impulso e a sanidade, tente avaliar os benefcios de deixar a compra para o dia seguinte. Como fumantes inveterados j aprenderam a fazer com seus cigarros, no pense que no vai realizar a compra, pense apenas que vai adi-la.

    Pode ser que voc nem consiga dormir devido cri-se de abstinncia; ento, revire-se na cama, sue frio, tre ma todo o corpo e, no dia seguinte, acorde bem ce do e fi que rangendo os dentes at s 10 horas da manh, quando as portas do shopping se abrem. Se for esse o caso, v l e compre; entregue o dinheiro ao lojista e saia aliviada. Nem precisa levar a com-pra para casa, porque, na verdade, o que voc queria mes mo era passar o seu carto de crdito ou assinar

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    o cheque especial. Que delcia! Mas, francamente, pou co provvel que a situao ocorra dessa forma. Nada, rigorosamente nada de ruim acontecer se voc adiar sua compra para o dia seguinte. Voc en-contrar amigos, o namorado ou a famlia e nem vai se lembrar do sapato, da bolsa ou do vestido no dia seguinte, porque encontrar, reluzindo nas vitrines das lojas, outros sapatos, bolsas, vestidos lindos.

    Um luxo!

    Em um pas como o Brasil, em que 85% das fam-lias tm difi culdades para chegar ao fi m do ms com o salrio que recebem, o mercado do luxo est em ple-na expanso. Nos ltimos cinco anos, o setor cresceu 35% uma mdia de 7% ao ano. Ser que parte daqueles que no conseguem chegar ao fi m do ms com o salrio est pendurada no cheque especial e em credirios para fi nanciar o luxo?

    Estudiosos do tema dizem que sim, que o brasileiro tem uma disposio para gastar acima de suas posses na aquisio de produtos ditos suprfl uos. Em uma pesquisa do Instituto Ipsos, o Brasil ocupa o primeiro lugar em nmero de pessoas que declararam que se endividariam para adquirir produtos de luxo 44%.