Material Didatico de Redacao Tecnica
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Redação Técnica.
Formas de comunicação
O que é linguagem?
É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora,
a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e
imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?
Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se
pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e
coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se
escreve.
A linguagem pode ser não-verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das
palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer
ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras,
gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.
Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal
escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!
Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão
amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de
“feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem
não-verbal!
NÍVEIS DE LINGUAGEM/MODALIDADES LINGUÍSTICAS/VARIANTES DA
LINGUAGEM
LINGUAGEM é a faculdade que o homem tem de expressão e comunicação por meio da
fala, da escrita, dos gestos, etc.
Cada povo exerce essa capacidade através de um determinado código linguístico, isto é,
utilizando um sistema de signos distintos e significativos denominado LÍNGUA ou IDIOMA. A
língua é, por excelência, o veículo do conhecimento humano e a base do patrimônio cultural de um
povo.
A utilização da língua pelo indivíduo denomina-se FALA. Esta surge da necessidade
humana de comunicar-se.
A comunicação linguística, ou seja, a linguagem se realiza através de expressão oral ou escrita. A
língua, por não ser imutável, apresenta vários NÍVEIS, VARIANTES ou MODALIDADES, pois
está sujeita ao tempo, espaço geográfico, emissor, receptor, destinatário, escolaridade, profissão,
assunto, ambiente, etc.
1. Linguagem Comum: é a língua-padrão do país, aceita pelo povo e imposta pelo uso.
2. Linguagem Regional: é a língua comum, porém com tonalidades regionais na fonética e no
vocábulo, sem, no entanto, quebrar a estrutura comum. Quando se quebrar essa estrutura,
aparecerão os dialetos. Antenor Nascentes, em seu livro O idioma Nacional, admite a existência de
quatro subdialetos no Brasil (na classificação Língua Regional): o nortista, o fluminense, o
sertanejo e o sulista. O linguajar de uma região, com seus modismos e peculiaridades, é
frequentemente retratado pelos escritores regionalistas em suas obras. Veja alguns exemplos de
vocábulos empregados em diferentes regiões do Brasil: aipim, mandioca ou macaxeira; bergamota
ou tangerina, mosquito ou pernilongo; torrada ou misto-quente; roça, lavoura ou campo; menino,
guri, piá ou rapazola.
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3. Linguagem Culta ou Formal: é a usada pelas pessoas instruídas, orienta-se pelos
preceitos da gramática normativa e caracteriza-se pela correção e riqueza vocabular. É a modalidade
empregada nos discursos, nos documentos oficiais, na legislação, nos livros didáticos, na
correspondência comercial, na ficção etc. Porém, esse tipo de expressão vem apresentando
modificações, geralmente introduzidas pelos meios de comunicação.
4. Linguagem Coloquial ou Informal: é a linguagem do dia a dia, usada em família, entre amigos,
nos meios de comunicação, em mensagens publicitárias, em crônicas, etc. É a fala espontânea do
povo. Não obedece rigidamente as normas gramaticais. Exemplo: Heloísa, nós vamos fazer um
jantar, você quer dar uma mãozinha?
5. Linguagem Popular ou Vulgar: é também uma fala espontânea do povo, só que crivada de
plebeísmos, isto é, expressões vulgares, grosseiras, redundantes (pleonasmo vicioso), palavrões e
gírias; é tanto mais incorreta quanto mais inculta a camada social que a usa. Exemplo: A gente
somos inútil!!!! Fala aí, mano! Qualé qui é a tua?
Quanto às diferentes formas de expressão, a linguagem pode ser:
6. Linguagem Falada: utiliza apenas signos vocais, a expressão oral; é mais livre, comunicativa e
insinuante, pois as palavras são subsidiadas pela sonoridade e inflexões da voz, pelo jogo
fisionômico, gesticulação e mímica; é prolixa. Exemplo: Alô! Oi, mãe! Tô te ligando pra avisar que
vou chegar um pouco mais tarde hoje, tá? Um beijo! Tchau.
7. Linguagem Escrita: é o registro formal da língua (daí a dificuldade que muitos apresentam ao
passar a linguagem falada para a linguagem escrita), a representação da expressão oral, utiliza-se de
signos gráficos e de normas expressas; não é tão insinuante quanto a falada, mas é sóbria, exata e
duradoura. Exemplo: Mãe, hoje chegarei um pouco mais tarde. Beijo. Ana
8. Linguagem Literária: é a língua culta em sua forma mais artificial e criativa, usada pelos poetas
e escritores em suas obras. Exemplo: “Lá na rua em que eu pensava, tinha uma livraria bem do lado
da farmácia. Todo mundo ia à farmácia comprar frascos de saúde. E depois ia do lado, pra comprar
liberdade.” Mário Quintana.
Não se pode classificar os níveis de linguagem como “certos” ou “errados”.
Ainda que alguns jamais dominem o nível culto, não deixarão de comunicar-se bem. Outros
precisam expressar-se de acordo com um padrão linguístico mais elevado devido ao tipo de
profissão e ambiente em que vivem. O JARGÃO, por exemplo, é a linguagem típica de um grupo
de profissionais que utiliza expressões e siglas próprias, como médicos, advogados, economistas.
Exemplo: Senhor Cliente, o prazo para pagamento do IPVA foi prorrogado até o dia 15 de maio.
A GÍRIA é uma linguagem especial usada por certos grupos sociais, pertencentes a uma
classe ou profissão (estudantes, marginais, surfistas, etc.). O uso de tal linguagem impede que
estranhos tomem conhecimento do assunto tratado.
Exemplo: Ok! Então é só isso: uma Pepsi e um Xis? - Gírias usadas por um motorista de táxi
que realizava tele-entrega de drogas em Porto Alegre. Pepsi significando cocaína e Xis, crack.
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Variantes lingüísticas
Vários fatores podem originar variações linguísticas:
a) geográficos - há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diferentes regiões
em que é falada. Basta pensar nas evidentes diferenças entre o modo de falar de um lisboeta e de um
carioca, por exemplo, ou na expressão de um gaúcho em contraste com a de um mineiro. Essas
variações regionais constituem os falares e os dialetos.
b) sociais - o português empregado pelas pessoas que têm acesso à escola e aos meios de instrução
difere do português empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais,
assim, dominam uma forma de língua que goza de prestígio, enquanto outras são vitimas de
preconceito por empregarem formas de língua menos prestigiadas. Cria-se, dessa maneira, uma
modalidade de língua - a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo
domínio é solicitado como forma de ascensão profissional e social. O idioma é, portanto, um
instrumento de dominação e discriminação social. Também são socialmente condicionadas certas
formas de língua que alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por parte daqueles
que não fazem parte do grupo.
O emprego dessas formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de
uma comunidade restrita, seja um grupo de estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas.
Assim se formam as gírias, variantes lingüísticas sujeitas a contínuas transformações.
c) profissionais - o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua
chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes têm seu uso
praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, médicos, químicos, lingüistas e outros
especialistas.
d) situacionais - em diferentes situações comunicativas, um mesmo indivíduo emprega diferentes
formas de língua. Basta pensar nas atitudes que assumimos em situações formais (por exemplo, um
discurso numa solenidade de formatura e em situações informais (uma conversa descontraída com
amigos, por exemplo). A fala e a escrita também implicam profundas diferenças na elaboração de
mensagens. A tal ponto chegam essas variações, que acabam surgindo dois códigos distintos, cada
qual com suas especificidades: a língua falada e a língua escrita.
A língua literária: Quando o uso da língua abandona as necessidades estritamente práticas do
cotidiano comunicativo e passa a incorporar preocupações estéticas, surge a língua literária. Nesse
caso, a escolha e a combinação dos elementos lingüísticos, subordinam-se a atividades criadoras e
imaginativas. Código e mensagens adquirem uma importância elevada, deslocando o centro de
interesse para aquilo que a língua é em detrimento daquilo para que ela serve. Isso ocorre, por
exemplo, nos seguintes versos de Fernando Pessoa:
"O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo."
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PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS
Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escrita e na
pronúncia.
Exemplos:
Infligir infringir
Retificar ratificar
Vultoso vultuoso
Homônimos são palavras diferentes no sentido, mas que têm a mesma pronúncia. Dividem-se
em homônimos perfeitos e homônimos imperfeitos.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e
na pronúncia.
Exemplos:
Homem são (adj.) São João São várias as causas
Como vais ? Eu como feijão
Homônimos imperfeitos, que se dividem em:
1. Homônimos homógrafos, quando têm a mesma escrita e a mesma pronúncia,
exceto a abertura da vogal tônica.
Exemplos:
Almoço (verbo) Almoço (substantivo)
2. Homônimos homófonos, quando têm a mesma pronúncia, mas escrita
diferente.
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Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses: 1. Em tempos de crise, é necessário.......................a despensa de alimentos. (sortir - surtir)
2. Os direitos de cidadania do rapaz foram....... ..................pelo governo. (caçados - cassados)
3. O..........................dos senadores é de oito anos. (mandado- mandato)
4. A Marechal Rondon estava coberta pela...............................(cerração - serração)
5. César não teve..........................de justiça. (censo - senso)
6. Todos os....................................haviam sido ocupados. (acentos - assentos)
7. A próxima..............................começará atrasada. (seção - sessão)
8. ..................................-.se, mas havia hostilidade entre eles. (cumprimentaram - comprimentaram)
9. O.....................................no final do dia estava insuportável. (tráfego - tráfico)
10. O marido entrou vagarosamente e passou......... .............................(despercebido - desapercebido)
11. Não costume .......................................as leis. (infligir - infringir)
12. Após o bombardeio, o navio atingido............ .................. (emergiu- imergiu)
13. Não há.......................................de raças naquele país. (discriminação - descriminação)
14. Após anos de luta, consegui a ........................... (dispensa - despensa)
15. A chegada do....................................... diplomata era........................ ( eminente - iminente).
16. O corpo..................................... era formado por doutores. (docente- discente)
17. Fomos...................................pelos anfitriões. (destratados - distratados)
18. A..................................... dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo. (seção - cessão)
19. Ali, na...................................... de eletrodomésticos, há uma grande liquidação. (seção - cessão)
20. É um senhor......................................(distinto - destinto)
21. Dei o .......................................mate ao gerente, por causa do................ sem fundos. (cheque - xeque)
22. A nuvem de gafanhotos ..................................a plantação. (infestou - enfestou)
23. Quando Joana toca piano é mais um.............que um.................. (conserto - concerto)
24. Estava muito..................para.................quanto custava aquele aparelho. (apreçar - apressar)
25. Nas festas de São João é comum ............balões e vê-los.............. (ascender - acender)
26. As pessoas foram recolhidas a suas..........(celas - selas)
27. Segui a...............................médica, mas não obtive resultados. (proscrição - prescrição)
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Uso do porque
Por que
Regra Exemplo
Pode ser usado com o sentido de “por qual razão” ou “por
qual motivo”, e trata-se da junção da preposição por + o
pronome interrogativo que:
Não sei por que não quis ficar até
mais tarde.
Por que ficar até mais tarde?
Ainda pode ser empregado quando se tratar da preposição
por + pronome relativo que e, neste caso, será relativo à
“pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou
ainda “para que”:
A rua por que passei ontem não era
parecida com essa!
Quando votarmos, que seja por que
nos próximos anos possamos ver
mais obras.
Por quê
Regra Exemplo
O uso do por quê é equivalente ao “por que”, porém, é
acentuado quando vier antes de um ponto, seja final, de
interrogação ou exclamação:
Ficar na festa até mais tarde, por
quê?
Não sei por quê.
Porque
Regra Exemplo
O termo porque é uma conjunção causal ou explicativa e o
seu uso tem significado aproximado de “pois”, “já que”,
“uma vez que” ou ainda indica finalidade e tem valor
aproximado de “para que”, “a fim de”.
Vou fazer mais um trabalho porque
tenho que entregar amanhã.
(conjunção)
Não faça mal a ninguém porque não
façam a você. (finalidade)
Porquê
Regra Exemplo
Quando aparece nessa forma o porquê é um substantivo e
denota o sentido de “causa”, “razão”, “motivo” e vem
acompanhado de artigo, adjetivo ou numeral (determinante)
Diga-me o porquê de sua
contestação.
Tenho um porquê para ter
contestado: meu cartão bancário foi
clonado.
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Complete as lacunas com: Por Que, Porque, Por Quê ou Porquê:
01 - Quero saber __________ estou assim.
02 - Foi reprovado e não sabe
____________ .
03 - ____________ você está tão
aborrecida?
04 - Não vais à aula ____________ ?
05 - Paulo não veio à aula ____________
não tem caderno.
06 - Ignora-se o ____________ da sua
renúncia.
07 - São ásperos os caminhos
____________ passei.
08 - Não veio à aula ____________ não
tem caderno?
09 - Não foi ao baile, ____________ não
tinha roupa.
10 - Não se sabe ____________ estavas
tu, na época, interessado.
11 - Quero saber ____________ foste
reprovado.
12 - ____________ os países vivem em
guerra?
13 - Quero saber o ____________ de sua
decisão.
14 - ____________ sinais o
reconheceram?
15 - Não sei ____________ motivo ele
deixou o emprego.
16 - Ele não viajou ____________ ?
17 - Eram os nomes de solteiras
____________ as havia chamado.
18 - Eis ____________ o trânsito está
congestionado.
19 - Ele viajou ____________ foi
chamado para assinar contrato.
20 - Todos lutamos ____________ haja
maior justiça social.
21 - Ele deve estar em casa ____________
a luz está acesa.
22 - Estávamos ansiosos ____________
ela voltasse.
23 - Este é o caminho ____________
seguiu.
24 - A professora quer um ____________
para tudo isso.
25 - Mataram a cobra ____________ a
criança fora picada.
26 - Estava triste sem saber ____________
.
27 - Paulo não veio à aula ____________
não tem caderno.
28 - O diretor nos advertiu e perguntamos
____________ .
29 - Muitos protestaram mas não havia
____________ .
30 - Vocês brigaram, meu Deus,
____________
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Vícios de linguagem
Vícios de linguagem é o nome que se dá ao modo de falar ou escrever que não está de
acordo com a norma culta. O "erro" torna-se "vício" quando se torna comum ou freqüente na
expressão de uma ou mais pessoas.
A tabela a seguir resume os principais casos.
Vícios de Linguagem
Barbarismo Todo erro que se relaciona à forma da palavra.
cacoépia: seje, em vez de seja.
cacografia: rúbrica, em vez de rubrica.
estrangeirismo: exame antidoping.
Arcaísmo Emprego de palavras que caíram desuso. Mui fremosa senhorita.
Anfibologia ou ambigüidade A mensagem apresenta mais de um sentido devido à má disposição das palavras na frase.
O garoto viu o roubo do carro. (O
garoto estava no carro e viu o roubo ou viu o carro ser roubado?)
Cacófato Palavra inconveniente, ridícula ou obscena resultante da união das sílabas de palavras vizinhas.
A boca dela era horrível.
Solecismo Erro de sintaxe.
Concordância: Fazem muitos anos.
(Nesse caso fazer é impessoal.)
Regência: Esse é a música que ele mais gosta. (Essa é a música de que
ele mais gosta.)
Colocação: Me faça um favor... (Faça-me um favor...)
Pleonasmo Repetição de palavras inúteis, pois nada acrescentam ao que já foi dito.
Subiu para cima. Entrou para dentro.
Eco É a rima em prosa, sem intenção estilística. Infelizmente, essa ideia me veio à mente somente de repente.
Identifique os vícios de linguagem abaixo:
1) Fazem dois anos que o vejo
2) O menino viu o incêndio da escola.
3) A decisão da eleição não causou comoção na população
4) Vossa Mercê vai pescar
5) Entra pra dentro, menino!
6) O ministro se considerava imexível
7) Não tenho pretensão acerca dela
8) Mandarei um membro atrás de você para lhe esclarecer as ideias.
9) Vou-me já porque já está pingando
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Modelo de carta comercial
Loja da Maria
Maria e Cia. Ltda.
Comércio de utensílios
Av. João, 1000
Goiânia – GO
Goiânia, 03 de março de 2008.
Ao diretor
Joaquim Silva
Rua das Amendoeiras, 600
Belo Horizonte – MG
Prezado Senhor:
Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de
fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta
corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique o
pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova
conta bancária.
Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e consideração.
Atenciosamente,
Amélia Sousa
Gerente comercial
O que é uma ATA?
É um documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações, resoluções e
decisões de reuniões ou assembléias.
Deve ser redigida de maneira que não seja possível qualquer modificação posterior.
Para que isso deve ser escrita:
- sem parágrafos ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);
- sem abreviaturas de palavras ou expressões;
- números por extenso;
- sem emendas ou rasuras;
- sem uso de corretivo (tipo erro-ex);
- com emprego do verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo (Exemplo: verbo falar: falou, falaram; verbo
discutir: discutiu, discutiram; verbo comentar: comentou, comentaram).
- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões. Quem redige a Ata não põe os participantes da
reunião a falar diretamente, mas faz-se intérprete delas, transmitindo ao leitor o que elas (as pessoas) disseram.
(Exemplo: Em vez de "Inicialmente, eu Manuel de Araújo, presidente do Centro, determino a sra. vice-presidente,
que apresente o calendário que fizemos para que os presentes o conheçam." Deve ser redigida assim:
"Inicialmente o sr. Manuel de Araújo solicitou à vice-presidente, sra. Maria de Souza, que apresentasse o
calendário elaborado para que os presentes tivessem seu conhecimento.)"
Se o relator (secretário) cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa digo, como neste
exemplo: "Aos dez dias do mês de dezembro, digo, de janeiro, de dois mil e quatro...".
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Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo. Exemplo: "Em tempo:
Onde se lê senhor janeiro, leia-se fevereiro".
MODELO DE ATA
Data, horário, local e objetivos:
Aos vinte e três dias do mês de janeiro de dois mil e quatro, com início às vinte horas, na sala de reuniões do
Centro Espírita Amigos de Jesus, sito à na Rua Euclydes de Oliveira, número trezentos e vinte e cinco, Ribeirão
Preto, realizou-se uma reunião administrativa da diretoria do Centro, com o objetivo de preparar o calendário de
atividades para o ano de dois mil e quatro.
O presidente, a secretária da reunião e as pessoas presentes:
A reunião foi presidida pelo presidente do Centro, sr. Manuel de Araújo, tendo como secretária a sra. Joaquina da
Silva. Contou com a participação de doze diretores e três conselheiros.
Relato da reunião propriamente dita:
Inicialmente, o sr. Manuel de Araújo solicitou à vice-presidente, sra. Maria de Souza, que apresentasse o
calendário elaborado para que os presentes tivessem seu conhecimento. Foi esclarecido que a meta, do ano em
curso, é divulgar por todos os meios a Doutrina Espírita, tanto em atividades internas como externas. Após
ouvidas variadas sugestões, o presidente da reunião solicitou fosse votado o calendário apresentado, submetido às
sugestões oferecidas, para que se chegasse a um consenso, o qual seria, posteriormente, divulgado no próprio
Centro, bem como no Jornal Verdade e Luz, mantido pelo órgão de unificação dos espíritas da cidade e região de
Ribeirão Preto. Após debatidas as sugestões apresentadas, obteve-se, democraticamente, a uma conclusão, que
considerada excelente.
Encerramento:
Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, que assinada por mim, Joaquina da Silva, secretária, pelo
presidente da reunião e pelos demais presentes.
Circular
A circular é uma carta destinada a funcionários de um determinado setor, remetida pelo chefe da
repartição ou do departamento. Tem o objetivo de transmitir normas, ordens, avisos, pedidos, ou
seja, de delimitar comportamentos e homogeneizar condutas de um grupo de pessoas.
Tem o nome de circular porque indica a função de divulgar as informações entre todos os
destinatários.
Este documento oficial deve ter:
1. Timbre (logotipo do órgão, brasão, símbolo do departamento);
2. Título e número (circular nº 02/2009);
3. Data (sem a localidade, nome da cidade);
4. Ementa (síntese do assunto que será abordado no texto);
5. Vocativo ou invocação com o pronome de tratamento adequado;
6. Texto (bem explicado e claro);
7. Despedida breve
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8. Assinatura (sem linha e sobre o nome datilografado, com o cargo de quem assina)
Ao final da página, caso haja necessidade de um controle maior por parte da administração, pode-se
colocar (em letras menores) as iniciais de quem redigiu e de quem digitou a circular.
Modelo de Circular
Fundação Terceiridade
CNPJ: 32.003.003/0001-01
Rua do João, 600
640030-300 – Porto Alegre – RS
CIRCULAR Nº 02/09. Em 16 de fevereiro de 2009.
Ementa: Feriado de carnaval
Senhores funcionários:
Comunicamos que no dia 21 deste mês teremos expediente normal. Porém, nos dias 23 e 25 que,
respectivamente, antecede e precede a data do feriado (24), não haverá expediente. Em relação a
este fato, estimo bom descanso a todos.
Atenciosamente,
___________________
Joaquim João de Oliveira.
Gerente administrativo
R:ACM
D: CVS
Ofício
O ofício é tipo de correspondência externa muito usado, especialmente quando o destinatário é
órgão público. Ele serve para "informar, encaminhar documentos importantes, solicitar providências
ou informações, propor convênios, ajustes, acordos, etc., convidar alguém com distinção para a
participação em certos eventos, enfim, tratar o destinatário com especial fineza e consideração"
(CAMPOS MELLO, 1978: 122). Modelo moderno de estruturação de ofício é:
1. Timbre (se houver)
2. Três espaços duplos
3. (À esquerda) Número do ofício. (Na mesma linha, na posição centro-direita) Local e data
4. Um espaço duplo
5. Epígrafe
6. Dois espaços duplos
7. Vocativo (Prezados Senhores, Excelentíssimo Senhor Ministro,)
8. Três espaços duplos
9. Corpo do texto
10. Dois espaços duplos
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11. Fecho
12. Três espaços duplos
13. Assinatura acima do nome, abaixo do qual aparece o cargo ou função
14. (Mais abaixo, à esquerda) Endereçamento: nome e cargo ou apenas o cargo do destinatário,
endereço postal completo
15. Iniciais de quem redigiu e as de quem datilografou/digitou, separadas por barra (/).
Observações:
1. O timbre existe quando o papel utilizado pertence à repartição oficial ou a empresa. Em se
tratando de pessoa física, geralmente, não aparece.
2. Da mesma forma, o ofício é numerado quando o remetente é pessoa jurídica. Normalmente,
pessoas físicas não costumam numerar correspondência. O número é de ordem e geralmente
recomeça do 1 a cada ano civil.
3. O vocativo é sempre seguido de vírgula. Veja, a propósito, a Dica n.º 54.
4. A epígrafe é palavra ou expressão que resume o assunto de que o texto trata. Sua existência não é
obrigatória, mas conveniente, pois constando agiliza a tramitação do documento no ambiente de
destino: o recebedor, ao ver a epígrafe, poderá encaminhar de imediato o ofício ao setor
competente. Ela costuma ser colocada à esquerda, entre a data e o vocativo.
5. Os parágrafos do corpo do texto podem ser numerados. Neste caso, o primeiro parágrafo e o
fecho não recebem número.
6. Modernamente, o fecho é menos formal e mais conciso. Fechos como "Enviamos-lhe protestos
de alta estima e distinta consideração" são hoje considerados muito formais e tendem ao desuso.
7. As iniciais dos elaboradores do ofício são diferenciadas: normalmente, as do redator são grafadas
em primeiro lugar e em maiúsculas e as do datilógrafo/digitador aparecem depois da barra, em
letras minúsculas.
8. Se houver anexos, será indicado seu número (Anexo: 1, Anexos: 3) entre a assinatura e o
endereçamento. Às vezes, o anexo é volume composto de diversas folhas, o que é indicado pelo
número de volumes e o total de folhas de que se compõem: Anexos: 1/10, 2/15.
9. Se for utilizada mais de uma folha na redação do ofício, o endereço será indicado na primeira.
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1) REQUERIMENTOS
Requerimentos são instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitações às
autoridades ou órgãos públicos. A seguir, apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os
diferentes casos. Nele, podemos observar as seguintes partes:
A AUTORIDADE DESTINATÁRIA (usa-se Excelentíssimo (Exmo.) para Juiz, Promotor,
Senadores, Deputados, Vereadores, Presidente da República, Governador, Prefeito e Ministros de
Estado; usa-se Ilustríssimo (Ilmo.) para as demais autoridades);
NOME E QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE
EXPOSIÇÃO E SOLICITAÇÃO
PEDIDO DE DEFERIMENTO
LOCALIDADE E DATA
ASSINATURA
MODELO DE REQUERIMENTO
SOLICITAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE DISTRITO POLICIAL
Exmo. Senhor
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo
Senhor Secretário,
__(nome completo)___, brasileiro(a),__(estado civil)__, __(profissão)__, portador da Cédula de
Identidade R.G. nº ___________, residente na Rua _____________, nº ______, Bairro de
_________, cidade e Município de _______________, vem à presença de V.Exa. para expor e
requerer o que segue:
(Exemplo) Na localidade em que o requerente reside tem aumentado muito o número de assaltos, agressões e
até mortes, dada a insegurança que passou a existir no local nos últimos tempos. Já não é possível
transitar com o mínimo de tranqüilidade nem mesmo durante o dia.
Diante do exposto, a fim de garantir a segurança dos moradores e facilitar o acesso à Polícia,
requer a V.Exa. sejam adotadas as providências necessárias para a instalação de um Distrito
Policial no bairro, bem como a presença ostensiva de policiamento.
Pede Deferimento
__________________________
Local/data
_______________________
Nome/assinatura
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Procuração
A procuração é um documento pelo qual uma pessoa dá a outra poder para agir em seu
nome. A procuração pode ser escrita de próprio punho ou datilografada com reconhecimento da
firma (por instrumento particular) ou lavrada por tabelião em cartório (por instrumento público).
O indivíduo que concede a procuração é chamado de mandante, constituinte ou outorgante. Aquele
que recebe a procuração é chamado de o mandatário, o procurador ou o outorgado.
A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o texto com identificação e qualificação
do outorgante e do outorgado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade da procuração são
expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a assinatura são expressas.
Modelo de Procuração
Eu,_________________________ portador da RG n.º _____________ órgão emissor ________,
Brasileiro, solteiro e domiciliado à rua ________________________, nº ____,aptº____, bairro
____________ _______________, na cidade de _____________________ Ba, nomeio e
constituo o meu bastante procurador_____________________________,
portador da RG nº ____________, órgão emissor _______, Brasileiro, solteiro residente e
domiciliado à rua _________________________, bairro ____________________,n.º_____,
aptº____, na cidade de ______________________- AM, para______________ junto ao
__________________.
Manaus , ____/____/____
Ass.____________________________________________________________
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GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
Acordo Ortográfico
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na
ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em
Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil,Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por
Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de
1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando
nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos
países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida
unificação ortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro
com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia
sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver
rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação
com questões teóricas.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo
passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da
nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma),
W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground,
windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
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delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm
acento tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia(verbo apoiar) apoia
apóio(verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia
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Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam
a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói,
heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de
um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o
acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s),
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Comi uma pêra.
Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pera.
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Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder
(pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do
indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de
seus derivados.
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do
presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar,
averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas
pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do
imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
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Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de
matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos
um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as
novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por
elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo,
hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró,
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano
super-homem ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o
segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial autoaprendizagem autoinstrução coedição semiaberto
agroindustrial antieducativo coautor extraescolar semianalfabeto
anteontem antiaéreo infraestrutura semiesférico
autoescola autoestrada plurianual semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia
por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto autopeça coprodução microcomputador semicírculo
antipedagógico autoproteção geopolítica pseudoprofessor ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico antirrugas contrarregra infrassom multissecular
antirracismo antissocial contrassenso microssistema neorrealismo
antirreligioso biorritmo cosseno minissaia ultrarresistente.
neossimbolista semirreta ultrassom
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5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma
vogal.
Exemplos:
anti-ibérico anti-inflamatório contra-atacar micro-ônibus
anti-imperialista auto-observação contra-ataque semi-internato
anti-inflacionário contra-almirante micro-ondas semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela
mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário
super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça
etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-
navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por
vogal.
Exemplos:
hiperacidez interestadual superamigo superinteressante
Hiperativo interestelar superaquecimento superexigente
interescolar interestudantil supereconômico superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar ex-aluno pós-graduação recém-casado
além-túmulo ex-diretor pré-história recém-nascido
aquém-mar ex-hospedeiro pró-europeu sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte
Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras
coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos.
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Resumo
Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente:
autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante:
inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente:
intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual,
superinteressante.
Observações:
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região,
sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano,
subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-
navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol,
madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-
europeu.
A implantação das regras desse Acordo, prevista para acontecer no Brasil a partir de janeiro
de 2009, é
um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada
por todos os países que tenham o português como língua oficial:
Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e
Timor Leste. Este guia não tem por objetivo elucidar pontos controversos e subjetivos do Acordo, mas
acreditamos que será um valioso instrumento para o rápido entendimento das mudanças na
ortografia da variante brasileira. As dúvidas que porventura existirem após a leitura do Guia Prático
da Nova Ortografia certamente serão resolvidas com a publicação de um Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa (VOLP), como está previsto no Acordo.