Materiais de Aviação e Processos
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Apresentao ___________________________________________________4
Mdulo I __________________________________________________ 6 65
Mdulo II ________________________________________________ 66 107
Mdulo III ______________________________________________ 109 172
Mdulo IV ______________________________________________ 175 - 231
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Caro aluno
Pretendo que a disciplina Materiais de Aviao e Processos seja um instrumento queoferea a voc mximo de conhecimento referente a todos o materiais que so usados na construo de umaaeronave. Pretendo tambm que voc conhea os processos de tratamento que so realizados nestes materiais
fins manter as suas resistncias fsicas.Voc aprender como selecionar o material correto em uma substituio para evitar uma instalao errneaque venha a provocar danos estrutura da aeronave e como fazer o tratamento s possveis danos que
possam vir a aparecer.
Para que voc tenha um entendimento peo que voc leia esta apostila com muito ateno, anote ostpicos que voc ficar em duvida para que ns possamos discutir em nossos charts.
Esta disciplina est dividida em quatro mdulos:
No mdulo I: Voc ir conhecer os tipos de parafusos, porcas, arruela, torqumetros e comoutiliza-los. Os tipos de freno que so muitos usados para garantir a firmeza das fixaes.
No mdulo II: daremos continuidade no mdulo1 e voc conhecer os tipos de rebites e como fixa-los. Ir conhecer tambm os tipos de plsticos e vedadores.
No mdulo III: Voc ir conhecer os tipos de processos corrosivos que possa aparecer nos diversos
tipos de materiais utilizado na construo aeronutica e bem como proteger esses materiais ou como removeras corroses se estiver presente.
No mdulo IV: Daremos continuidade ao modo 3 e voc ir conhecer os processo utilizado paraaumentar a resistncias fsicas e anticorrosiva dos materiais aeronuticos.
Ao encerrar esta disciplina voc possuir condies de Identificar os principais materiais que sousados na construo de uma aeronave e sua importncia, por menor que seja este material. Ir saber quaisso os tipos de tratamentos que so aplicados a eles, fins evitar danos, principalmente em relao corroso.
Lembre-se que estarei ao seu lado, acompanhando-o, orientando-o, e estimulando seus estudos. muito importante poder compartilhar esses contedos com voc.
Bons estudos!
Prof. Vanderlei dos Reis
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Fonte: Vanderlei dos Reis
MDULO I
MATERIAIS AERONUTICOS
INTRODUO
Caro aluno,
No decorrer deste modelo, voc ver as diversas partes utilizadas na fabricao e no reparo
de aeronaves, como os vrios tipos de prendedores e uma miscelnea de pequenos itens e
os tratamentos a que esto sujeitos durante sua fabricao ou utilizao.
A importncia do material de aviao muitas vezes desprezada devido ao seu pequeno
tamanho. Entretanto, a segurana e a eficincia da operao de uma aeronave dependem de
uma correta seleo e uso adequado do material de aviao, assim como o conhecimento e
a utilizao dos processos adequados a esse material.
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Trataremos, aqui, dos tipos de parafusos, porcas, frenos, os tipos de roscas dos parafusos,
cabos de ao, etc...
Portanto, ao final desta unidade voc dever ser capaz de compreender os processos de
seleo de um material e sua importncia e assim ter conhecimento e confiana para liberar
uma aeronave na mais perfeita condio de aeronavegabilidade.
1.1MATERIAIS DE AVIAO
Identificao
A maioria dos itens identificada por nmeros de especificao ou nome do fabricante.Peas com fios de rosca e rebites so usualmente identificados pelas letras AN (Air Force -
Navy), NAS (National Aircraft Standard), ou MS (Military Standard) seguidas de nmeros.
Os prendedores de desconexo rpida so usualmente identificados por nomes dados pelo
fabricante e pela designao dos tamanhos.
Prendedores Rosqueados (parafusos)
Os vrios tipos de dispositivos de fixao ou de fechamento, permitem uma rpida
desmontagem e recolocao de partes de aeronaves, que devem ser separadas e conectadas
em intervalos frequentes.
Rebitando ou soldando estas partes, cada vez que forem manuseadas, a juno
enfraquecer, tornando-se deficiente. Algumas juntas, muitas vezes, requerem uma
resistncia tenso e rigidez superiores a que um rebite pode oferecer.
Entende-se por parafusos, dispositivos de fixao, que permitem segurana e rigidez na
unio de peas. Existem dois tipos de parafusos: os utilizados em mecnica (bolts),
geralmente quando se necessita grande firmeza e os de rosca soberba (screws), quando a
firmeza no um fator importante. Ambos tm algumas semelhanas, so usados para
prender e possuem em uma de suas extremidades uma cabea e, na outra, fios de rosca.
Tambm h diferenas distintas: a ponta com fios de roscas de um parafuso para mecnica
sempre rombuda (faces paralelas), enquanto que o de rosca soberba pode ter a ponta com
rosca rombuda ou pontuda.
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O parafuso para mecnica (bolt), geralmente tem uma porca atarraxada para completar o
conjunto, enquanto que o de rosca soberba pode ser introduzido em um orifcio prprio
para ele ou, diretamente no material a ser fixado.
Um parafuso para mecnica tem a parte rosqueada relativamente curta, com relao ao
comprimento. Enquanto isso, o de rosca soberba tem a parte rosqueada relativamente
longa e no tem a parte lisa (gola), claramente definida.
Um conjunto, parafuso/porca geralmente apertado pela porca e a cabea do parafuso
poder ser ou no utilizada para fixar o conjunto. Um parafuso de rosca soberba sempre
apertado pela cabea.
Quando um dispositivo de fixao tiver que ser substitudo, dever s-lo por uma duplicata
do original, sempre que possvel. Se no houver uma duplicata, muito cuidado dever sertomado na seleo do substituto.
Classificao dos Fios de Rosca
Para os parafusos para aeronaves (bolts) ou os de rosca soberba (screws) e porcas, so
fabricados em um dos seguintes tipos de fios de rosca: NC (American National Coarse),
srie de filetes grossos destinados ao uso em metais; NF (American National Fine), sries
de filetes finos destinados ao uso geral em aeronaves e motores; UNC (American Standard
Unified Coarse) ou UNF (American Standard Unified Fine).
A diferena entre os tipos de rosca da srie American National (NC e NF) e os do tipo
American Standard Unified (UNC e UNF) pode ser notada, por exemplo, no parafuso de
uma polegada (1") de dimetro do tipo NF, que ser especificado como 1-14NF, indicando
possuir 14 fios de rosca em cada polegada da parte rosqueada, enquanto que, o parafuso de
uma polegada (1") de dimetro do tipo UNF ser especificado como 1-12UNF, indicando
possuir 12 fios de rosca em cada polegada da parte rosqueada.
Em ambos, considerado o nmero de vezes que o fio de rosca completa uma volta no
espao de uma polegada, da parte rosqueada de um parafuso de determinado dimetro.
Por exemplo, a especificao 4-28 indica que um parafuso de 1/4de dimetro tem 28 fios
de rosca em cada polegada da parte rosqueada.
As roscas so tambm especificadas em classes de acabamento, que indicam a tolerncia
permitida pelo fabricante, com referncia a sua instalao nos furos do material a ser preso
ou fixado.
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Classe 1 - "Loose fit" - ajuste com folga ou encaixe deslizante - usado onde o espao
entre as partes conjugadas essencial para uma rpida montagem, podendo ser girado com
os dedos;
Classe 2 - "Free fit" - ajuste livre - destinado a partes que so unidas com parafusos e
porcas, tipo comerciais onde um pequeno jogo tem uma relativa margem de tolerncia;
Classe 3 - "Medium fit"- ajuste mdio - destinado a partes onde desejado um valor
mnimo de folga ou de jogo entre as partes rosqueadas. Esse tipo de ajuste geralmente
empregado na construo aeronutica.
Classe 4 - "Close fit" - forte ajuste ou ajuste sob presso - destinado a requisitos
especiais. Os parafusos de ajuste sob presso so instalados com ferramentas ou mquinas.
Os parafusos e as porcas so tambm produzidos com a rosca-esquerda.
O parafuso de rosca-direita o que tem o seu aperto no sentido dos ponteiros de um
relgio. O de rosca-esquerda tem que ser girado no sentido inverso para conseguir o
aperto.
As roscas, direita e esquerda so designadas respectivamente por RH e LH.
1.2 PARAFUSOS DE AVIAO
Os parafusos empregados em aviao so fabricados em ao resistente corroso, com
banho de cdmio ou de zinco, de ao resistente corroso, sem banho ou ainda de liga de
alumnio anodizado.
A maioria dos parafusos utilizados em estruturas de aeronaves, tanto pode ser do tipo
padro como AN, NAS com encaixe na cabea para ferramentas, de tolerncia mnima, ou
do tipo MS.
Em certos casos, os fabricantes de aeronaves fazem parafusos de diferentes dimenses ou
maior resistncia do que o tipo padro.
Do mesmo modo, os parafusos so fabricados para aplicaes especiais e de extrema
importncia utilizar parafusos iguais como substituto.
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Os parafusos especiais so normalmente identificados por uma letra "S" estampada na
cabea. Os parafusos AN so encontrados em trs estilos de cabea: hexagonal, Clevis e
com olhal (Figura 6-1).
Os parafusos NAS so encontrados com a cabea hexagonal, com encaixe na cabea para
ferramentas e com a cabea escariada.
Os parafusos MS tm a cabea hexagonal ou com encaixe para ferramentas.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-1 Identificao de parafusos de aeronaves.
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Antes de prosseguir, conhea algumas foras que agem nos parafusos e rebites durante a
operao da aeronave.
Trao: uma fora que tende a esticar o material.
Compresso: uma fora que tende a achatar o material.
Flexo: uma fora que tende a curvar o material. Quando o material recebe uma fora de
flexo, nele agem outras duas foras (compresso em baixo e trao em cima).
Cisalhamento: uma fora que tende a cortar o material ao meio.
Toro: uma fora que tende a torcer o material.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Parafusos de Uso Geral
Os parafusos de cabea hexagonal (AN3 at AN-20) so usados em estruturas e em
aplicaes gerais, que envolvam cargas de tenso e de cizalhamento.
Os parafusos de ligas de ao, menores do que o n 10-32, e os de liga de alumnio,
menores do que 1/4de dimetro, nunca devem ser usados em peas estruturais.
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Os parafusos e as porcas de liga de alumnio no so usados quando tiverem que ser
removidos, repetidamente, para servios de manuteno e inspeo. As porcas de liga de
alumnio podem ser usadas com os parafusos de ao banhados de cdmio, que sofram
cargas de cizalhamento, em aeronaves terrestres, mas no podero ser usadas em aeronaves
martimas, devido possibilidade de corroso entre metais diferentes.
O parafuso AN-73 semelhante cabea hexagonal padro, porm, possui uma depresso
na cabea e um furo para passagem de arame de freno. O AN-3 e o AN-73 so
intercambiveis para todas as aplicaes prticas, do ponto de vista de tenso e resistncia
ao cizalhamento.
Parafusos de Tolerncia Mnima
Esse tipo de parafuso fabricado com mais cuidado do que o de uso geral. Os parafusos
de tolerncia mnima podem ser de cabea hexagonal (AN-173 at AN-186) ou ser de
cabea chanfrada a 100 (NAS-80 at NAS-86).
Eles so usados em aplicaes onde uma ajustagem forte requerida (o parafuso somente
ser movido de sua posio quando for aplicada uma pancada com um martelo de 12 a 14
onas).
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Parafusos com Encaixe na Cabea para Adaptao de Chave
Estes parafusos (MS-20004 at MS20024 ou NAS-495) so fabricados de um ao de alta
resistncia e so adequados para o uso em locais onde so exigidos esforos de tenso e
cizalhamento.
Quando forem usados em partes de ao, os furos para os parafusos devem ser escariados
para assentar o grande raio do ngulo formado entre o corpo e a cabea. Quando usados
em partes de liga de alumnio, uma arruela especial, tratada a quente deve ser usada para
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permitir um adequado ponto de apoio para a cabea. O encaixe na cabea para inserir
uma chave para a instalao e remoo do parafuso. Porcas especiais de alta resistncia so
utilizadas nestes parafusos. Parafusos com encaixe na cabea s podem ser substitudos por
outros exatamente iguais. Os de cabea hexagonal AN, no possuem a requerida
resistncia.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Identificao e Cdigos
Os parafusos so fabricados em uma grande variedade de formatos, no existindo,
portanto, um mtodo direto de classificao.
Os parafusos podem ser identificados pelo formato da cabea, mtodo de fixao, material
usado na fabricao ou emprego determinado. Os parafusos de aviao do tipo AN podem
ser identificados pelo cdigo marcado nas cabeas. A marca geralmente indica o fabricante,
o material de que feito, se um tipo AN padro ou um parafuso para fim especial.
Um parafuso AN padro marcado na cabea, com riscos em relevo, ou um asterisco. O
de ao resistente corroso indicado por um simples risco, e o de liga de alumnio AN
marcado com dois riscos opostos. Informaes adicionais, como o dimetro do parafuso,
comprimento ou aperto adequado, so obtidas pelo nmero de parte (Part number).
Por exemplo, um parafuso cujo nmero de parte seja AN3DD5A, as letras "AN", indicam
ser um parafuso padro Air Force-Navy; o "3" indica o dimetro em dezesseis avos dapolegada (3/16"). O "DD", indica que o material liga de alumnio 2024. A letra "C", no
lugar de "D", indicaria ao resistente corroso e, a ausncia das letras, indicaria ao com
banho de cdmio. O "5" indica o comprimento em oitavos da polegada (5/8"), e o "A",
indica no possuir furo para contrapino.
Os parafusos NAS, de tolerncia mnima, so marcados com um tringulo riscado ou
rebaixado.
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As marcas do tipo de material dos parafusos NAS so as mesmas para os AN, exceto
quando elas so riscadas ou rebaixadas.
Os parafusos que receberam inspeo magntica (Magnaflux) ou por meios fluorescentes
(Zyglo), so identificados por uma tinta colorida ou uma marca tipo distintivo na cabea.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Parafusos Para Fins Especiais
So os fabricados para uma particular aplicao, por exemplo: parafuso Clevis, parafuso de
Olhal, Jobolts e Lockbolts.
Parafusos Clevis
A cabea de um parafuso Clevis redonda e possui ranhuras para receber uma chave de
fenda comum, ou para receber uma chave em cruz.
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Este tipo de parafuso usado somente onde ocorrem cargas de cizalhamento e nunca de
tenso. Ele muitas vezes colocado como um pino mecnico em um sistema de controle.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Parafusos de Olhal
Este tipo de parafuso especial usado onde cargas de tenso so aplicadas.
O Olhal tem por finalidade permitir a fixao de peas, como o garfo de um esticador, um
pino Clevis ou um terminal de cabo. A parte com rosca pode ou no ter o orifcio para
contrapino.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Jobolts
"JOBOLT" a marca registrada de um rebite com rosca interna e composto de trs partes:
um parafuso de liga de ao, uma porca de ao com rosca e uma luva expansvel de ao
inoxidvel. As partes so pr-montadas na fbrica.
Quando o JOBOLT instalado, o parafuso girado, enquanto a porca mantida. Isto
causa a expanso da luva sobre a porca, formando uma cabea que ir empurrar uma chapa
de encontro outra. Quando a rotao do parafuso se completa, uma poro dele se
quebra.
A alta resistncia ao cizalhamento e tenso torna o JOBOLT adequado ao uso em casos
de grandes esforos, onde os outros tipos de prendedores so impraticveis.
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JOBOLTS so muitas vezes utilizados em partes permanentes da estrutura de aeronaves
mais antigas.
Eles so usados em reas que no so sujeitas a constantes substituies ou servios. Como
ele formado por trs partes, no dever ser utilizado em locais onde uma parte se solte,
ou seja, sugada pela entrada de ar do motor.
Outras vantagens do uso do JOBOLT so sua excelente resistncia vibrao, pouco peso
e rpida instalao por apenas uma pessoa.
Atualmente os JOBOLTS so encontrados em quatro dimetros: Sries 200, 260, 312 e
375, com aproximadamente 3/16, 1/4, 5/16" e 3/8" de dimetro respectivamente. Os
JOBOLTS so encontrados com trs diferentes tipos de cabea: F (flush), P (hexagonal) e
FA (millable).
Parafusos de Reteno (Lokbolts)
Estes combinam as caractersticas de um parafuso e de um rebite de grande resistncia, mas
possuem vantagens sobre ambos.
O parafuso de reteno geralmente usado na juno de asas, ferragens do trem de pouso,
ferragens de clulas de combustvel, longarinas, vigas, unio do revestimento e outras
unies importantes da estrutura. Ele mais rpida e facilmente instalado do que um rebite
ou parafuso convencional e elimina o uso de arruelas-freno, contrapinos e porcas especiais.
Do mesmo modo que um rebite, o parafuso de reteno (lockbolt), requer uma ferramenta
pneumtica para sua instalao. Quando instalado, ele permanecer rgido e
permanentemente fixo no local.
Os trs tipos de parafusos de reteno lockbolts mais usados so: o convencional (pull), o
curto (stump) e cego (blind), mostrados na figura abaixo.
Tipo Convencional (Pull)
So usados principalmente em estruturas primrias e secundrias de aeronaves. Eles so
instalados muito rapidamente e tm aproximadamente a metade do peso dos parafusos e
porcas AN equivalentes. Uma ferramenta pneumtica especial ("pull gun") necessria
para instalar este tipo de lockbolt. A instalao pode ser executada por apenas uma pessoa
por no ser necessrio o uso de barra encontradora.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Tipo Curto (Stump)
Embora o tipo curto no tenha a haste to comprida quanto o convencional, ele
considerado semelhante na utilizao. Eles so usados principalmente quando o espao no
permite a instalao do tipo convencional.
Uma rebitadora pneumtica padro (com um martelete para estampar o colar na ranhura
do pino) e uma barra encontradora so as ferramentas necessrias para a instalao de um
lockbolt do tipo curto (stump).
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Tipo Cego (Blind)
So fornecidos como unidades completas, ou seja, conjuntos montados. Eles tm
excepcional resistncia e a caracterstica de forar a unio das chapas.
Os parafusos de reteno cegos so usados onde somente um lado do trabalho acessvel
e, geralmente, onde for difcil a cravao de um rebite convencional.
Este tipo de prendedor instalado da mesma maneira que o tipo convencional.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Caractersticas Comuns
Os trs tipos de parafusos de reteno lockbolt tm em comum, as ranhuras de travamento
no pino e o colar de travamento, o qual estampado dentro das ranhuras de trava do pino,
travando-o sob tenso.
Os pinos dos tipos convencional e cego so compridos para a instalao por trao. A
extenso da haste provida de ranhuras com a finalidade de permitir a trao e uma
ranhura maior para a ruptura sob tenso da parte excedente da haste.
Composio
Os pinos dos parafusos de reteno do tipo convencional e do tipo curto so feitos de liga
de ao com tratamento trmico, ou ento, de liga de alumnio de alta resistncia. Os colares
do conjunto so feitos de liga de alumnio ou de ao macio. O tipo cego (blind) consiste de:
pino de liga de ao com tratamento trmico, luva cega (lind sleeve), luva cnica (filler
sleeve), colar de ao macio e arruela de ao carbono.
Substituio
Os parafusos de reteno de liga de ao podem ser usados como substitutos dos rebites de
ao HI-SHEAR, rebites slidos de ao ou parafusos AN do mesmo dimetro e mesmo
tipo de cabea. Parafusos de reteno de ao e de liga de alumnio podem ser usados para
substituir os parafusos de ao e os de liga de alumnio 2024 T, respectivamente, do mesmo
dimetro.
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Sistema de Numerao
Para os diversos tipos de parafusos de reteno lockbolts, os sistemas de numerao so os
seguintes:
Abaixo segue exemplos de como identificar um parafuso atravs de seu P/N (part
number).
Observao: o aluno no deve decorar estas nomenclaturas. Ele deve consultar o manual
do fabricante a fim de obter as especificaes do parafuso a ser utilizado.
Tipo Convencional (PULL)
Tipo Cego (BLIND)
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Colar do Parafuso de Reteno
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
- Use em liga de alumnio 25 ST, somente parafusos de reteno de liga com tratamentotrmico.
- Use em liga de alumnio 61 ST, somente parafusos de reteno de liga de alumnio75 ST.
- Use ao macio com parafusos de reteno de ao com tratamento trmico somente para
aplicaes em alta temperatura.
1.3 ESPESSURA DO MATERIAL
O tamanho do parafuso requerido para um determinado trabalho deve ser de acordo com a
espessura do material, medida com uma rgua em gancho, atravs do orifcio onde ele ser
colocado. Aps a medio podero ser determinados os limites da pega (espessura do
material a ser unido), atravs das tabelas fornecidas pelos fabricantes dos rebites.
Exemplos das tabelas de limites da pega (grip range) so apresentados nas Figuras acima.
Quando instalado, o colar do parafuso de reteno dever ser estampado em toda a
extenso do colar.
A tolerncia da parte do pino a ser quebrada com relao parte superior do colar deve
estar dentro das seguintes dimenses:
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Quando for necessrio remover um parafuso de reteno, corte o colar com uma pequena
talhadeira bem afiada, evitando danificar ou deformar o orifcio. aconselhvel o uso deuma barra de encontro no lado oposto ao que est sendo cortado. O pino poder ento ser
retirado com um puno.
1.4 PORCAS DE AERONAVES
As porcas usadas em aviao so feitas em diversos formatos e tamanhos. So fabricadas
com ao carbono banhado em cdmio, ao inoxidvel, ou liga de alumnio 2024T
adonizado e podem ser obtidas com rosca esquerda ou direita.
No existem marcas de identificao ou letras nas porcas, elas podem ser identificadas
pelas caractersticas metlicas, brilho ou cor de alumnio, bronze ou o encaixe, quando a
porca for do tipo autofreno.
Elas podem, alm disso, ser identificadas pela sua construo.
As porcas usadas em aviao podem ser divididas em dois grupos gerais: comuns e
autofreno.
Comuns so aquelas que devem ser frenadas por um dispositivo externo como contrapino,
arame de freno ou contra-porcas. Porcas autofreno so as que contm caractersticas de
frenagem como parte integral.
Porcas Comuns
o mais comum tipo de porca, incluindo a lisa, a castelo, a castelada de cisalhamento, a
sextavada lisa, a hexagonal leve e a lisa leve.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A porca castelo AN310 usada com os parafusos: AN de cabea hexagonal, com furo para
contrapino, Clevis de olhal, de cabea com furo para freno ou prisioneiros.Ela razoavelmente robusta e pode resistir a grandes cargas tensionais. Ranhuras
(chamadas de castelo) na porca so destinadas a acomodar um contrapino ou arame de
freno para segurana.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A castelada de cisalhamento AN 320 designada para o uso com dispositivos (tais como
parafusos Clevis com furo e pinos cnicos com rosca) os quais so normalmente, sujeitos
somente a esforos de cisalhamento.
Do mesmo modo que a porca castelo, ela castelada para frenagem. Note, entretanto, que
a porca no to profunda ou to forte quanto a castelo, tambm que as ranhuras no soto fundas quanto aquelas da porca castelo.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
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A porca sextavada lisa, AN315 e AN335 (rosca fina e rosca grossa) de construo
robusta. Ela adequada para suportar grandes cargas tensionais. Entretanto, ela requer um
dispositivo auxiliar de travamento como uma contraporca ou arruela freno e o seu uso em
estruturas de aeronaves um pouco limitado.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A porca sextavada leve AN340 e AN345 (rosca fina e rosca grossa), uma porca mais fina
do que a plana hexagonal e deve ser frenada por um dispositivo auxiliar. Ela usada em
situaes diversas em que haja pouca exigncia de tenso.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A porca plana leve AN316, usada como um dispositivo de frenagem (contra-porca), para
as porcas planas, parafusos de reteno terminais com rosca e outros dispositivos.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A porca borboleta AN350 aplicada onde a desejada firmeza pode ser obtida com os
dedos e em conjuntos que so frequentemente removidos.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Porcas Autofreno
Conforme seu nome indica, as porcas autofreno no necessitam de meios auxiliares de
frenagem por j terem, como caracterstica de construo, dispositivos de frenagem como
parte integral.
Muitos tipos de porcas autofreno tm sido fabricados e o seu uso est amplamente
difundido.
Suas aplicaes mais comuns so:(1) Fixao de mancais antifrico e polias de controles;
(2) Fixao de acessrios, porcas fixas ao redor de janelas de inspeo e em aberturas para
instalao de pequenos tanques;
(3) Fixao das tampas das caixas de balancins e dos tubos de escapamento dos gases.
Porcas autofreno so aceitveis para utilizao em aeronaves, dependendo das restries do
fabricante.
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As porcas autofreno so usadas em aeronaves para proporcionar ligaes firmes, que no
se soltem quando sob severa vibrao. No usar porcas autofreno em juntas, quando
fixando parafusos ou porcas sujeitas rotao.
Elas podem ser usadas com mancais antifrico e polias de controles, desde que a pista
interna do rolamento esteja fixada estrutura de suporte pela porca e o parafuso.
As porcas, quando fixadas estrutura, devem ser presas de maneira positiva, para
eliminarem rotao ou desalinhamento, quando apertando os parafusos.
Os dois tipos de porcas autofreno de uso mais comum, so as do tipo de metal e a do tipo
de freno de fibra.
Com a inteno de facilitar o entendimento, somente trs tpicas espcies de porcas
autofreno sero consideradas neste manual: a porca do tipo boot e a porca de aoinoxidvel, representando o tipo totalmente de metal e a porca de freno elstico,
representando as do tipo de freno de fibra.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Porca Autofreno Boot
uma porca construda de uma s pea, inteiramente metlica, destinada a manter a
fixao mesmo sob severa vibrao. Note, na figura abaixo, que ela tem duas sees e
essencialmente como duas porcas em uma: a porca freno e a porca suportadora de carga.
As duas sees so conectadas com uma mola, a qual faz parte integrante da porca. A mola
mantm as sees de frenagem e de suporte de carga a certa distncia, de modo que os dois
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setores de fios de rosca fiquem defasados, ou seja, to espaado, que um parafuso sendo
atarrachado atravs da seo de suporte de carga deve empurrar a seo de frenagem de
encontro fora da mola, para engrazar propriamente na rosca da seo de frenagem.
Dessa forma a mola, atravs da metade da seo de frenagem, exerce uma constante fora,
apertando a porca. Nesta porca, a seo de suporte de carga tem uma rosca com a
resistncia de uma porca padro das mesmas dimenses, enquanto a seo de frenagem
exerce presso contra a rosca do parafuso, travando a porca com firmeza em sua posio.
Somente com a aplicao de uma ferramenta a porca soltar o parafuso. A porca pode ser
removida e reutilizada sem perder sua eficincia. As porcas autofreno tipo boot so
fabricadas com trs diferentes estilos de molas e em vrios formatos e tamanhos. O tipo
borboleta, o mais comum, varia do tamanho n 6 at 1/4", o rol-top, de 1/4" at 9/16" e otipo bellows, do tamanho n 8 at 3/8". As porcas do tipo borboleta so fabricadas com
ligas de alumnio anodizado, ao carbono banhado em cdmio ou de ao inoxidvel. As
porcas tipo rol-top so de ao banhado em cdmio, e as do tipo belos so feitas somente de
liga de alumnio.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Porcas Autofreno de Ao Inoxidvel
So porcas que podem ser colocadas ou retiradas, giradas com os dedos, porque sua ao
de frenagem s efetiva quando a porca estiver apertada contra uma superfcie slida.
A porca consiste de duas partes: o corpo, com um ressalto chanfrado para frenagem com
chaveta e uma pea com rosca, um ressalto de frenagem, e uma ranhura de encaixe para a
chaveta.
A porca pode ser girada facilmente no parafuso, porque a rosca da pea interna da mesma
medida. No entanto, quando a porca encosta na superfcie slida e apertada, o ressalto de
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frenagem da pea interna puxado para baixo e forado de encontro ao ressalto do corpo
da porca. Esta ao comprime a pea com rosca e causa o aperto do parafuso.
A porca em corte vista na figura abaixo, que mostra como a chaveta do corpo da porca
encaixa na ranhura da pea interna. No caso da porca ser girada, a pea interna gira com
ela. Isso permite que a ranhura diminua e a pea interna seja comprimida quando a porca
estiver apertada.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Porca Elastic Stop
uma porca padro com a altura aumentada, para acomodar um colar de fibra para
frenagem. Este colar de fibra bastante duro e resistente, no sendo afetado quando
imerso em gua quente ou fria ou em solventes comuns como ter, tetracloreto de
carbono, leos ou gasolina. O colar no causa danos rosca ou camada protetora do
parafuso.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
A Figura acima mostra que o colar de fibra no tem fios de rosca e que o seu dimetro
interno menor do que o maior dimetro da parte roscada ou o dimetro externo de um
parafuso correspondente porca. Quando a porca atarrachada ao parafuso, ela atua como
uma porca comum, at que o parafuso atinja o colar de fibra. Quando o parafuso
atarraxado no colar de fibra, a frico (ou arrasto) empurra o colar para fora da porca,
criando uma presso para dentro da parte suportadora de carga e, automaticamente
forando a parte suportadora de carga da porca a entrar em um contato positivo com a
rosca do parafuso. Aps o parafuso ter sido forado por toda espessura do colar de fibra, a
presso para baixo permanecer constante, mantendo a porca seguramente frenada em sua
posio, mesmo sob severa vibrao.
Quase todas as porcas elastic stop so de ao ou liga de alumnio. Esse tipo de porca
encontrada em qualquer tipo de metal. As porcas elastic stop de liga de alumnio so
fornecidas com um acabamento anodizado e as de ao, com banho de cdmio.
Normalmente, as porcas elastic stop podem ser usadas muitas vezes, em completa
segurana, sem perderem sua eficincia de frenagem. Quando reutilizar uma porca elastic
stop, certifique-se de que a fibra no perdeu sua capacidade de frenagem, nem se tornou
quebradia. Se uma porca desse tipo puder ser girada at o fim com os dedos, deve sersubstituda.
Depois que a porca tiver sido apertada, assegure-se de que a ponta do parafuso ou
prisioneiro ultrapassou completamente a parte superior da porca no mnimo 1/32".
Parafusos com o dimetro de 1/16", ou mais, com orifcio para contrapino, podem ser
usados com porcas autofreno, mas somente se estiverem livres de limalhas ou arestas nas
margens dos furos. Parafusos com fios de rosca danificados ou ponta spera no so
aceitveis. No se deve abrir rosca na fibra da porca autofreno.
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A ao de frenagem da porca elastic stop, o resultado do prprio parafuso ter aberto a
rosca no colar de fibra.
No instale a porca elastic stop em locais em que a temperatura ultrapasse 110 C (250F),
porque a ao de frenagem da fibra perde a eficincia a partir desse ponto. Porcas
autofreno podem ser usadas em motores de aeronaves e acessrios, quando o seu uso for
especificado pelo fabricante do motor.
Porcas autofreno so fabricadas em diferentes formas e materiais, para serem rebitadas ou
soldadas, na estrutura ou outras partes. Certas aplicaes requerem a instalao das porcas
autofreno em canais ou trilhos que permitem a fixao de vrias porcas com apenas um
pequeno nmero de rebites (ver Figura 6-10). Nesses canais ou trilhos, as porcas so
colocadas em intervalos regulares e, podem ser fixas ou removveis.As do tipo removveis so flutuantes, resolvendo o problema de deslindamento, entre as
peas que esto sendo unidas e podem ser removidas ou instaladas nos trilhos, tornando
possvel a substituio de porcas danificadas. Porcas do tipo clinck e spline, que dependem
de frico para sua fixao, no so aceitveis para o uso em estruturas de aeronaves.
Porcas de Chapa
Do mesmo modo que as porcas rpidas, as porcas de chapa so usadas com parafusos de
rosca soberba, em locais que no sejam estruturais. Elas so encontradas em vrias
utilizaes, suportando braadeiras de tubulaes e condutes, equipamento eltrico, portas
de acesso, e so encontradas em vrios tipos. Elas so fabricadas em ao de mola e so
arqueadas antes do endurecimento. Esse arqueamento da mola funciona como trava,
impedindo a perda do aperto do parafuso. Essas porcas, somente devem ser usadas,
quando tiverem sido instaladas durante a fabricao da aeronave.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-10 - Porcas autofreno em trilhos.
Identificao e Cdigos
As porcas so designadas por nmeros de parte (PN). Os mais comuns e seus respectivosnmeros de parte so: Lisa, AN 315 e AN 335; Castelo, AN 310; Castelada fina, AN 320;
Hexagonal fina, AN 430. Os tipos patenteados de porcas autofreno tm como nmero de
parte (PN) de MS 20363 at MS 20367. As porcas boots, as flexloc, as autofreno de fibra e
as elastic stop pertencem a este grupo.
A porca tipo borboleta tem como nmero de parte AN 350.
Letras e nmeros aps o nmero de parte indicam itens como material, tamanho, fios de
rosca por polegada e se a rosca esquerda ou direita. A letra "B" aps o nmero de parte
indica que o material da porca o lato. Um "D" indica liga de alumnio 2017-T. "DD"
indica liga de alumnio 2024-T. Um "C" indica ao inoxidvel, e um trao, no lugar da letra,
indica ao carbono banhado a cdmio.
O algarismo (ou dois algarismos), aps o trao ou aps o cdigo de nmeros e letras da
porca, indica o tamanho do corpo e o nmero de fios de rosca por polegada do parafuso
para aquela porca.
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Um trao seguido de um 3, por exemplo, indica que a porca fixar um parafuso AN3
(1032). Um trao e o nmero 4 quer dizer que fixar um parafuso AN4 (1/4-28). Um trao
e o nmero 5, um parafuso AN5 (5/16-24), e assim sucessivamente.
O nmero de cdigo para as porcas autofreno formado por trs ou quatro dgitos. Os
ltimos dois dgitos referem-se ao nmero de fios de rosca por polegada e o dgito ou
dgitos anteriores indicam o tamanho da porca em 16 avos da polegada.
Outras porcas comuns e seus nmeros de cdigo so:
Cdigo AN310D5R:
AN310 = porca castelo para aeronaves.
D = liga de alumnio 2024-T.5 = dimetro de 5/16".
R = rosca direita (usualmente 24 fios por polegada).
Cdigo AN320-10:
AN320 = porca castelada leve, de ao carbono com banho de cdmio.
10 = dimetro 5/8", 18 fios de rosca por polegada (esta porca usualmente de rosca
direita).
Cdigo AN350 B1032:
AN350 = porca borboleta para aeronaves.
B = lato
10 = parafuso nmero 10.
32 = nmero de fios de rosca por polegada.
1.5 ARRUELAS DE AVIAO
Arruelas de aviao usadas no reparo de clulas de aeronaves podem ser arruelas planas,
freno ou de tipos especiais.
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Arruelas Planas
Tanto a AN960 como a AN970 so usadas sob as porcas sextavadas. Elas proporcionam
uma superfcie plana de apoio e atuam como um calo para obter uma correta distncia
para um conjunto porca e parafuso. So usadas para ajustar a posio do entalhe das porcas
casteladas com o orifcio do parafuso, para o contrapino. Arruelas planas devem ser usadas
sob as arruelas freno para evitar danos na superfcie do material.
Arruelas de alumnio e de liga de alumnio podem ser usadas sob a cabea dos parafusos ou
porcas em estruturas de liga de alumnio ou de magnsio, quando houver a possibilidade de
corroso causada por metais diferentes.
Quando usadas desta maneira, qualquer corrente eltrica que fluir no conjunto ser entre aarruela e o parafuso de ao.
Contudo, prtica comum usar uma arruela de ao banhada em cdmio, sob a porca, em
contato direto com a estrutura, devido a maior resistncia contra a ao de corte da porca
ser oferecida pela arruela de ao, do que por uma de liga de alumnio.
A arruela de ao AN970 proporciona uma rea maior de apoio do que a AN960 e usada
em estruturas de madeira tanto sob a cabea do parafuso como sob a porca para evitar o
esmagamento da superfcie.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Arruelas Freno
Tanto a arruela freno AN935 quanto a AN936, so usadas com parafusos de mquina ou
parafusos de aviao, onde as porcas autofreno ou castelada no devem ser instaladas.
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A ao de mola da arruela freno (AN935), proporciona frico suficiente para evitar o
afrouxamento da porca, devido vibrao.
A arruela freno AN935 tambm conhecida como arruela de presso (essas arruelas so
mostradas na figura abaixo).
As arruelas freno nunca devem ser usadas nas seguintes condies:
A. Com prendedores em estruturas primrias ou secundrias;
B. Com prendedores, em qualquer parte da aeronave, onde a falha poder resultar em
perigo ou dano pessoal ou material;
C. Quando a falha provocar a abertura de uma juno para o fluxo de ar;
D. Quando o parafuso estiver sujeito a constantes remoes;E. Quando a arruela estiver exposta ao fluxo de ar;
F. Quando a arruela estiver sujeita a condies de corroso;
G. Quando a arruela estiver de encontro a materiais macios, sem uma arruela plana por
baixo para evitar cortes na superfcie.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
Arruelas Freno Prova de Vibrao
So arruelas circulares com uma pequena aba, a qual dobrada de encontro a uma das
faces laterais de uma porca ou da cabea de um parafuso sextavado, travando na posio.
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Existem vrios mtodos de segurana com arruelas, como uma aba, que dobrada a 90
introduzida em um pequeno orifcio na face da unidade, ou uma aba interna que fixar um
parafuso com uma ranhura prpria para o freno.
As arruelas freno com aba podem suportar maiores temperaturas do que outros mtodos
de segurana e podem ser usadas sob condio de severa vibrao, sem perder a segurana.
Elas devero ser usadas somente uma vez, porque as abas tendem a quebrar-se quando
dobradas uma segunda vez.
Arruelas Especiais
As arruelas AC950 (ball socket) e a AC955 (ball seat), so arruelas especiais, usadas quandoum parafuso precisa ser instalado em ngulo com a superfcie ou quando for necessrio um
perfeito alinhamento entre o parafuso e a superfcie.
Essas arruelas so usadas em conjunto e so mostradas na figura abaixo.
As arruelas NAS 143 e MS 20002 so usadas com parafusos das sries NAS 144 at NAS
158 (parafusos com encaixe interno para ferramentas).
Estas arruelas tanto podem ser planas, para serem usadas sob a porca, como escareadas
(designadas como NAS 143 e MS 20002C) para parafusos com cabea em ngulo (para
orifcios escareados).
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
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1.6 INSTALAES DE PARAFUSOS E PORCAS
Parafusos e Medidas dos Furos
Pequenas folgas nos furos para os parafusos so aceitveis, onde quer que sejam usadas sob
tenso e no estejam sujeitas a inverso de carga. Algumas das aplicaes, nas quais a folga
nos furos permitida so: suportes de polias, caixas de condutes, revestimento e diversos
suportes.
Os furos para os parafusos devem ser adequados superfcie envolvida, para proporcionar
um total apoio cabea do parafuso e a porca, no devendo ser maior do que o necessrio,
nem ovalizado. Um parafuso em um furo desse tipo no produzir nenhum esforo at queas partes tenham cedido ou deformado o suficiente para permitir o contato da superfcie do
furo ovalizado com o parafuso. Convm lembrar que os parafusos, quando apertados, no
preenchem os furos como os rebites.
Em casos de furos maiores do que o necessrio ou ovalizados em peas crticas, obtenha
informao nos Manuais do Fabricante, da aeronave ou do motor, antes de alargar o furo
ou furar para atingir a medida de um parafuso de maior dimetro.
Usualmente, alguns fatores como distncia da borda, folga ou fator de carga, devem ser
considerados. Em peas de pouca importncia, os furos ovalizados so alargados para a
medida maior, mais prxima.
Muitos furos, principalmente para os parafusos de fixao de elementos primrios, tm
tolerncia mnima.
Geralmente permitido o uso da broca com a medida imediatamente superior ao dimetro
do parafuso, exceto onde for usado parafuso AN de cabea hexagonal, em aplicaes em
que o furo seja ajustado para aquela medida e onde parafusos NAS de tolerncia mnima ou
Clevis AN so usados.
Furos ajustados para parafusos (especificados nos desenhos de reparos com folga mxima
de 0,0015" entre o parafuso e o furo), so requeridos em locais onde os parafusos so
usados em reparos ou onde eles so colocados na estrutura original.
A fixao de um parafuso em um furo no pode ser definida em termos de dimetros,
como eixo e furo. Ela definida em termos de frico, entre o parafuso e o furo, quando o
parafuso introduzido no lugar.
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Um ajustamento forte (tight-drive), por exemplo, necessita de pequenas batidas com um
martelo de 12 a 14 onas, para introduzir o parafuso.
Um parafuso que requeira uma pancada firme e permanea apertado, considerado justo,
demais. Um ajustamento leve (light-drive) far com que um parafuso seja introduzido.
Entretanto, apenas o peso do martelo sobre a cabea do parafuso o suficiente para mov-
lo.
Prticas de Instalao
Examine as marcaes das cabeas dos parafusos para determinar o material correto de
cada parafuso. de extrema importncia usar parafusos iguais nas substituies e em todosos casos, recorrer ao Manual de Manuteno e ao Manual de Partes Aplicveis. Esteja certo
de que as arruelas esto colocadas sob a cabea dos parafusos e porcas. Uma arruela
protege contra danos mecnicos o material que est sendo aparafusado e evita a corroso
dos membros estruturais.
Uma arruela de liga de alumnio dever ser usada sob a cabea e a porca de um parafuso de
ao, quando fixando peas de liga de alumnio ou de liga de magnsio.
Se ocorrer alguma corroso, a arruela ser atacada antes das peas. Arruelas de ao devero
ser usadas, quando unindo peas de ao, com parafusos tambm de ao.
Sempre que possvel, o parafuso dever ser colocado com a cabea para cima ou para
frente. Este posicionamento impede que o parafuso saia da posio no caso da perda da
porca.
Esteja certo de que o pescoo do parafuso (parte do corpo do parafuso sem fios de rosca)
tem o comprimento correto. Geralmente, o pescoo do parafuso deve ser igual espessura
do material que est sendo aparafusado. Porm, parafusos de pescoo ligeiramente maior
podem ser usados, se forem colocadas arruelas sob a porca e sob a cabea do parafuso. No
caso de arruelas planas, adicione calos (shimes) sob as arruelas.
Frenagem de Parafusos e Porcas
muito importante que todos os parafusos e porcas, exceto as do tipo autofreno, sejam
frenadas aps a instalao. Mtodos de frenagem sero apresentados em captulos
posteriores.
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1.7 TORQUE E TORQUMETROS
Quando a velocidade de uma aeronave aumenta, cada membro estrutural torna-se cada vez
mais sujeito tenso. Por este motivo extremamente importante que cada parte suporte,
nem mais nem menos do que a carga para a qual foi designada. Com a finalidade de
distribuir a carga, com toda segurana atravs de uma estrutura, necessrio que o torque
adequado seja aplicado em todas as porcas, parafusos e prisioneiros. Usando o torque
apropriado se permitir que a estrutura desenvolva a resistncia designada e reduzir a
possibilidade de falha devido fadiga.
Torqumetros
Os trs torqumetros mais utilizados so: barra flexvel, estrutura rgida e estrutura de
catraca (figura abaixo).
Quando usando o torqumetro de barra flexvel ou o de estrutura rgida, o valor do torque
lido visualmente no mostrador ou escala montada no punho do torqumetro.
Para usar o do tipo catraca, solte a trava e ajuste na escala tipo micrmetro do punho a
tenso desejada e recoloque a trava. Instale o soquete ou o adaptador adequado no local
prprio do torqumetro.
Coloque o conjunto sobre a porca ou parafuso e puxe o punho no sentido dos ponteiros
do relgio, com um movimento suave, porm, firme. Um movimento rpido ou aos
trancos resultar numa indicao incorreta. Quando o torque aplicado atinge o valor
solicitado na regulagem, o punho automaticamente libera a trava, percorrendo livre em uma
pequena distncia.
A liberao da trava facilmente sentida, no deixando dvidas de que a aplicao do
torque foi completada. Para assegurar-se de que a correta quantidade de torque aplicada
nos parafusos e porcas, todos os torqumetros devem ser testados pelo menos uma vez por
ms, ou mais vezes se necessrio.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training Handbook
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Nota: No aconselhvel o uso de extenso em um torqumetro do tipo barra flexvel. Nos
outros tipos de torqumetros, somente a extenso no causar efeito na leitura da indicao
do torque.
O uso de uma extenso em qualquer tipo de torqumetro deve ser feito de acordo com a
frmula da figura acima.
Quando aplicando a frmula, a fora deve ser aplicada do punho do torqumetro no ponto
do qual a medida foi tomada. Se isto no for feito, o torque obtido estar errado.
Tabelas de Torque
A tabela padro de torque dever ser usada como um guia, no aperto de porcas, parafusos eprisioneiros, sempre que os valores dos torques no estiverem especificados nos
procedimentos de manuteno.
As seguintes regras so aplicveis para o uso correto da tabela de torque da figura 6-13:
A. Para obter os valores em libra/p, divida as libras/polegadas por 12;
B. No lubrifique as porcas ou os parafusos, exceto para as partes de ao resistentes
corroso, ou quando houver instruo especfica para este procedimento;
C. Sempre aperte girando a porca em primeiro lugar, se possvel. Quando a questo de
espao no permitir, aperte pela cabea do parafuso, at uma medida prxima do valor de
torque indicado. No exceder o valor mximo de torque permitido;
D. O valor mximo de torque dever ser usado somente quando os materiais e superfcies a
serem unidos forem suficientes em espessura, rea e capacidade, que resistam quebra,
toro ou outros danos;
E. Para porcas de ao resistentes corroso, use os valores de torque para as porcas do
tipo cisalhamento;
F. O uso de algum tipo de extenso em um torqumetro modifica a leitura do mostrador,
requerida para obter o valor corrigido na tabela padro. Quando usando uma extenso, a
leitura do torque deve ser computada usando a frmula apropriada, contida no Manual que
acompanha o torqumetro.
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Alinhamento do Furo para Contrapino
Quando apertando porcas casteladas em parafusos, o furo para contrapino pode estar
desalinhado com a ranhura da porca ao atingir o valor de torque recomendado. Exceto em
casos de partes do motor altamente fatigadas, a porca pode ser super apertada para permitir
o alinhamento da prxima ranhura com o furo do contrapino. As cargas de torque
especificadas podem ser usadas para todas as porcas de ao com banho de cdmio, no
lubrificadas, de rosca fina ou rosca grossa, as quais possurem aproximadamente o mesmo
nmero de fios de rosca e iguais reas de contato. Estes valores no se aplicam quando
forem especificadas medidas especiais de torque no manual de manuteno. Se a cabea do
parafuso tiver que ser girada em vez da porca, os valores de torque podem ser aumentadosem uma quantidade igual frico do parafuso, fazendo esta medio anteriormente com o
torqumetro.
1.8 OUTROS TIPOS DE PARAFUSOS DE AVIAO SCREWS)
Estes parafusos so os prendedores rosqueados mais usados nas aeronaves. Eles diferem
dos parafusos j estudados (BOLTS) por serem fabricados de materiais menos resistentes.
Eles podem ser instalados com uma rosca com folga e o formato da cabea permite o
encaixe de chaves de fenda ou de boca. Alguns destes parafusos tm claramente definida a
parte do corpo sem rosca, enquanto outros, possuem fios de rosca em todo o seu
comprimento.
Diversos tipos destes parafusos para uso em estruturas diferem dos parafusos padro
somente no estilo da cabea. O material de que so fabricados o mesmo e possuem o
pescoo (parte sem rosca) bem definido. O AN 525 com arruela fixa na cabea e a srie
NAS 220 at o NAS 227 so desses parafusos.
Os parafusos mais usados desta classe esto divididos em trs grupos:
1. Parafusos para estruturas - os quais tm a mesma resistncia e medidas iguais s dos
parafusos comuns (BOLTS);
2. Parafusos de mquina - a maioria dos parafusos utilizados em reparos gerais;
3. Parafusos de rosca soberba - aqueles utilizados para fixar pequenas partes.
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Um quarto grupo, parafusos de encaixe, no so realmente parafusos, so pinos. Eles so
colocados nas peas metlicas com um martelo ou macete e suas cabeas no possuem
fendas ou encaixes.
Parafusos para Estrutura
So feitos de liga de ao, termicamente tratados e podem ser usados como um parafuso
padro. Eles pertencem s sries NAS 204 at NAS 235, AN 509 e AN 525. Eles tm um
aperto definido e uma resistncia ao cizalhamento semelhante dos parafusos comuns da
mesma medida.
As tolerncias so semelhantes s dos parafusos AN de cabea sextavada e a rosca dotipo filete fino (National Fine). Os parafusos para estruturas tm cabea redonda, chata e
escareada. Os parafusos com encaixe na cabea so girados, ou por chaves Phillips, ou
Reed and Prince.
O parafuso AN 509 (100) de cabea plana usado em orifcios escareados, quando for
necessria uma superfcie plana.
O parafuso AN 525 de arruela fixa usado onde a cabea protuberante no causa
problemas. um parafuso que oferece uma grande rea de contato.
Parafusos de Mquina
So os fornecidos com cabea redonda, escareada e de arruela fixa. Estes parafusos so
para uso geral e so fabricados de ao de baixo carbono, lato, ao resistente a corroso e
de liga de alumnio.
Os parafusos de cabea redonda AN 515 e AN 520 tem a cabea com fenda ou cruz. O
AN 515 tem rosca grossa e o AN 520, rosca fina.
Os parafusos de mquina escareados, so relacionados como: AN 505 e AN 510 com o
ngulo da cabea de 82, e o AN 507 de 100. Os AN 505 e AN 510 so semelhantes dos
de cabea redonda AN 515 e AN 520 quanto ao material e o uso.
Os parafusos de cabea cilndrica AN 500 at AN 503, so de uso geral e utilizados em
tampas de mecanismos leves, como por exemplo, coberturas de alumnio de caixas de
engrenagens.
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Os parafusos AN 500 e AN 501 so fornecidos em ao de baixo carbono, ao resistente
corroso e lato. O AN 500 possui rosca grossa enquanto o AN 501 tem rosca fina. Eles
no tm definida a parte do corpo sem rosca (pescoo). Os parafusos acima do n 6 tm
um furo na cabea para frenagem.
Os parafusos AN 502 e AN 503 de cabea cilndrica so de liga de ao, com tratamento
trmico. Tm o pescoo curto e so fornecidos com rosca fina e rosca grossa. Estes
parafusos so usados onde requerida grande resistncia. Os de rosca grossa so,
normalmente, usados como parafusos de fixao de tampas de liga de alumnio e magnsio,
fundidos, em virtude da fragilidade do metal.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-13 Tabela de torque padro (lb-pol).
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Parafusos de Rosca Soberba
Os parafusos de mquina, de rosca soberba, so relacionados como: AN 504 (de cabea
redonda) e AN 506 (cabea escareada a 82). Estes parafusos so usados para fixar peas
removveis, tais como, chapas de inscrio, peas fundidas e partes nas quais o prprio
parafuso corta os fios de rosca.
Os parafusos AN 530 e AN 531 de rosca soberba, para chapas metlicas, tais como os
parafusos Parker-Kalon tipo Z, para chapas metlicas, no tm ponta fina e so usados em
fixaes temporrias de chapas metlicas a serem rebitadas e em fixaes permanentes de
conjuntos no estruturais. Parafusos de rosca soberba no devem ser usados como
substitutos de parafusos padro, porcas ou rebites.
Identificao e Cdigos
O sistema de cdigos usado para identificar estes diferentes tipos de parafuso (screws),
semelhante ao usado para os bolts. Os do tipo NAS so parafusos para estruturas. Os
nmeros de parte 510, 515, 520, e assim por diante, classificam os parafusos em classes, tais
como, cabea redonda, cabea plana, cabea com arruela fixa, e etc. Letras e nmeros
indicam o material de sua composio, comprimento e dimetro. Exemplos de cdigos AN
e NAS, so dados a seguir:
AN501B - 416-7
AN = Padro Air Force - Navy
501 = Cabea cilndrica, rosca fina
B = Lato
416 = 4/16" de dimetro
7 = 7/16" de comprimento
A letra "D" no lugar de "B" indica que o material de liga de alumnio 2017-T. A letra "C"
indica ao resistente corroso. Uma letra "A", colocada antes do cdigo do material,
indica que a cabea do parafuso furada para frenagem.
NAS 144DH - 22
NAS = National Aircraft Standard
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144 = Tipo de cabea, dimetro e rosca parafuso de 1/4"-28, com encaixe interno para
ferramenta.
DH = cabea com furo para frenagem
22 = comprimento em 16 avos da polegada
22/16" = 1 3/8"
O nmero bsico, NAS, identifica a parte. As letras em sufixo e os nmeros separados por
traos identificam os diferentes tamanhos, camada protetora do material, especificaes da
furao, etc. Os nmeros aps os traos e as letras em sufixo, no obedecem a um padro.
Algumas vezes necessrio consultar os manuais especficos para a legenda.
1.9 REPAROS EM ROSCAS INTERNAS
Instalao ou remoo de parafusos so tarefas simples, comparadas com a instalao ou
remoo de prisioneiros. As cabeas dos parafusos e das porcas so instaladas
externamente, enquanto que, os prisioneiros so instalados em roscas internas.
As roscas, danificadas em parafusos ou porcas, so facilmente identificadas e s requerem a
substituio da parte danificada. Quando roscas internas se danificam, existem duas
alternativas: a substituio da pea e o reparo, ou a substituio da rosca.
A recuperao da rosca danificada , normalmente, o recurso mais barato e mais
conveniente. Os dois mtodos de reparo so: substituio de buchas e instalao de roscas
postias Heli-Coils.
Substituio de Buchas
As buchas so materiais de uso especial (buchas de ao ou lato na cabea dos cilindros
para colocao das velas). So materiais resistentes ao desgaste do uso, onde frequente a
substituio. A rosca externa , normalmente, de filetes grossos. Quando a bucha
instalada, um produto de vedao pode ou no ser usado, para evitar perdas. Muitas buchas
tm rosca esquerda na parte externa e rosca direita na interna. Com esta providncia, a
remoo do parafuso ou prisioneiro (com rosca direita), tende a apertar o embuchamento.
Buchas para instalaes comuns, como velas de ignio, podem ser supermedidas, acima de
.040 (em incrementos de .005). A instalao original e a substituio em oficinas de reviso
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geral so efetuadas com tratamento antagnico de temperatura, isto , a cabea do cilindro
aquecida e a bucha congelada.
Rosca Postia Heli-coil
um arame de ao inoxidvel 18-8, de seo rmbica, enrolado com rigorosa preciso, em
forma de mola helicoidal (fig. 6-14).
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-14 Rosca postia "Heli-coil".
Depois de inserida em um furo rosqueado, devidamente preparado, a rosca postia Helicoil
constitui uma rosca fmea calibrada (Unified Coarse ou Unified Fine, classes 2-3B),
correspondente ao dimetro nominal da rosca desejada, em perfeita obedincia s
dimenses e tolerncias estabelecidas pelo sistema de rosca correspondente (mtrico ou
polegada). O conjunto instalado acomoda peas com rosca externa. Cada rosca postia tem
um pino de arrasto com um entalhe, para facilitar a remoo do pino, depois que a rosca
postia estiver instalada no furo roscado.
Elas so usadas como uma bucha. Alm de serem usadas para restaurar roscas danificadas,elas so usadas em projetos originais de msseis, motores de aeronaves e todo o tipo de
equipamentos mecnicos e seus acessrios, para proteger e fortalecer o rosqueamento
interno de materiais frgeis, metais e plsticos, particularmente, em locais que requerem
frequentes montagens e desmontagens, e/ou, onde uma ao de frenagem de parafuso
desejada.
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Instalao da Rosca Postia
A instalao consiste em uma sequncia de 5 a 6 itens (Figura 6-15). Dependendo de como
o quinto item for classificado, descarta-se o sexto item.
As seguintes instrues do fabricante devero ser seguidas durante a instalao:
1. Determinar quais as roscas que esto danificadas;
2. a) Em novas instalaes da rosca postia, broquear a rosca danificada para a
profundidade mnima especificada;
b) Com Heli-Coil previamente instalada, usando o extrator no tamanho adequado,
colocar a borda da lmina a 90 da borda do conjunto. So dadas pequenas pancadas com o
martelo para assentar a ferramenta, girando para a esquerda com presso, at remover oconjunto. Os fios de rosca no ficaro danificados se o conjunto for removido
corretamente;
3. Abridor de rosca - Use o abridor de rosca macho, na medida requerida. O procedimento
de abrir rosca o padronizado. O comprimento da parte rosqueada deve ser igual ou maior
do que o requerido;
4. Medidor - Os fios de rosca devem ser verificados com um medidor de rosca Heli-Coil;
5. Instalao do conjunto Heli-Coil - Usando a ferramenta adequada, instalar o conjunto
at uma profundidade que permita que o final superior da espiral fique de 1/4 a 1/2 espira
abaixo da superfcie do furo;
6. Remoo do pino de arrasto - Selecione a ferramenta prpria para a quebra do pino de
arrasto. Os pinos devem ser removidos em todos os furos passantes. Nos furos cegos os
pinos de arrasto podem ser removidos quando necessrio se o furo tiver profundidade
bastante por baixo do pino do conjunto instalado.
Estas instrues no so consideradas como especficas para instalao de roscas postias
do tipo Heli-Coil. Para instalar um conjunto de roscas postias, devem ser seguidas as
instrues fornecidas pelo fabricante.
As roscas postias Heli-Coil so fornecidas com os seguintes tipos de roscas: grossa, fina,
mtrica, de vela de ignio e National Taper Pipe.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-15 Instalao da rosca postia.
1.10 REPAROS COM LUVAS ACRES
Luvas prendedoras acres so elementos tubulares, de parede fina, com a cabea em ngulo
para furos escareados. As luvas so instaladas em furos destinados a parafusos padro e
rebites.
O furo existente deve ser supermedido em 1/16" para a instalao da luva. As luvas so
fabricadas em incrementos de polegada. Ao longo do seu comprimento, ranhurasproporcionam locais para a quebra ou o corte do excesso do comprimento, para a medida
exata. As ranhuras proporcionam tambm um espao para manter o adesivo ou selante
quando colando a luva no furo.
Vantagens e Limitaes
As luvas so usadas em orifcios que possam ser supermedidos em 1/64, para remoo
de corroso ou outros danos. O orifcio supermedido, com a luva instalada, permite o uso
de um prendedor de dimetro original no orifcio j reparado.
As luvas podem ser usadas em reas de alta corroso galvnica, desde que esta corroso
esteja em uma parte que possa ser prontamente removida. O alargamento do furo reduz a
espessura da seo em corte do local e s dever ser efetuado quando absolutamente
necessrio. O fabricante da aeronave, do motor ou dos componentes, dever ser
consultado antes que o reparo dos orifcios danificados seja efetuado com as luvas acres.
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1.11 PRENDEDORES DE ABERTURA RPIDA
So prendedores usados para fixar janelas de inspeo, portas e outros painis removveis
da aeronave. So conhecidos tambm pelos termos: rpida ao trava rpida e prendedores
para painis trabalhantes. A mais desejvel aplicao para estes prendedores permitir a
rpida remoo de painis de acesso, para inspeo e servios.
Estes prendedores so fabricados e supridos por vrios fabricantes e sob vrias marcas
registradas. Os mais comuns so: Dzus, Camloc e Airloc.
Prendedores Dzus
Consistem em um pino prisioneiro, um ilhs e um receptculo. A Figura 6-17 ilustra as
diversas partes que compem a instalao de um Dzu.
O ilhs feito de alumnio ou liga de alumnio. Ele atua como um dispositivo de fixao do
pino prisioneiro. Os ilhoses podem ser fabricados de tubulaes de alumnio 1100, se no
forem encontrados atravs do fornecimento normal.
A mola feita de ao, com banho de cdmio para evitar corroso e fornece a fora que
trava ou prende o pino no lugar, quando os dois conjuntos so unidos.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-17 Prendedores Dzus.
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Os pinos prisioneiros so fabricados de ao e banhados com cdmio. So fornecidos com
trs tipos de cabeas: borboleta, plana ou oval. O dimetro do corpo, o comprimento e o
tipo de cabea podem ser identificados ou determinados pelas marcas na cabea do pino
prisioneiro (Figura 6-18). O dimetro sempre medido em 16 avos de polegada. O
comprimento do prisioneiro medido em centsimos de polegada, que a distncia da
cabea at a parte inferior do orifcio para a mola.
Um quarto de volta do prisioneiro (no sentido dos ponteiros do relgio), trava o
prendedor. O prendedor somente pode ser destravado girando-se o pino prisioneiro no
sentido contrrio dos ponteiros do relgio. Os Dzus so travados ou destravados com uma
chave de fenda comum ou uma chave especial para Dzus.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-18 Identificao de Dzus.
Prendedores Camloc
So feitos em uma variedade de estilos e formatos. Os mais utilizados so os das sries
2600, 2700, 40S51 e 4002, na linha regular e os prendedores de painis trabalhantes na linha
de trabalho pesado. Estes ltimos so usados em painis trabalhantes que suportam cargas
estruturais.
O prendedor Camloc usado para prender coberturas e carenagens da aeronave. Ele
consiste de trs partes: um conjunto prisioneiro, um ilhs e um receptculo. Dois tipos de
receptculos so fornecidos: o rgido e o flutuante. A Figura 6-19 mostra o prendedor
Camloc.
O prisioneiro e o ilhs so instalados na parte removvel, enquanto o receptculo
rebitado na estrutura da aeronave. O conjunto prisioneiro e o ilhs so instalados em
orifcios planos, mameados, escareados ou rebaixados, dependendo da localizao e da
espessura do material envolvido.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-19 Prendedor Camloc.
Um quarto de volta (no sentido dos ponteiros do relgio) do prisioneiro, trava o prendedor
e ele somente ser destravado quando girado no sentido contrrio dos ponteiros do relgio.
Prendedores Airloc
Os prendedores Airloc mostrados na Figura 6-20 consistem de trs partes: um prisioneiro,
um pino e um receptculo. O prisioneiro feito de ao cimentado para evitar o desgasteexcessivo. O orifcio do prisioneiro ajustado para fixar o pino sob presso.
A espessura total do material que ser fixado com o Airloc deve ser conhecida antes de
selecionar o comprimento do prisioneiro que ser instalado. A espessura do material que
cada prisioneiro poder fixar est estampada na cabea do prisioneiro em milsimos de
polegada (.040, .070, .190, etc). Os prisioneiros so manufaturados em trs estilos de
cabea: lisa, oval e borboleta.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-20 Prendedor Airloc.
O pino (Figura 6-20) manufaturado de ao cromo-vandio e com tratamento trmico
para proporcionar um mximo de resistncia, utilizao e conservao de fora. Ele nunca
dever ser usado uma segunda vez. Tendo sido removido, dever ser substitudo por um
novo. Os receptculos para os prendedores airloc so fabricados nos tipos rgidos e
flutuantes.
Os tamanhos so classificados por nmeros: n 2, n 5 e n 7. Eles so tambm
classificados pela distncia entre os furos dos rebites que fixam o receptculo: n 2, 3/4,
n 5, 1e n 7, 1 3/8". Os receptculos so fabricados em ao de alto ndice de carbono,
com tratamento trmico. O encaixe superior, tipo borboleta assegura a ejeo do
prisioneiro, quando ele for destravado e permite ao pino ser mantido na posio travado,
entre a borboleta superior, o ressalto e o batente, independente da tenso para a qual o
receptculo est subordinado.
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1.12 CABOS DE COMANDO
Cabos so os meios mais amplamente utilizados para acionamento das superfcies primrias
dos controles de voo. Comandos atravs de cabos so tambm utilizados nos controles de
motores, sistemas de extenso, em emergncia do trem de pouso e vrios outros sistemas
das aeronaves.
Os comandos, por meio de cabos, tm muitas vantagens sobre os outros tipos. Ele forte,
de pouco peso e sua flexibilidade torna fcil sua rota atravs da aeronave. Um cabo de
comando tem uma alta eficincia, e pode ser acionado sem folga, tornando-o de muita
preciso nos controles.
As ligaes com cabos tm tambm algumas desvantagens. A tenso deve ser ajustadafrequentemente com o esforo e as variaes de temperatura. Os cabos de controle de
aeronaves so fabricados de ao carbono ou ao inoxidvel.
Construo de Cabos
O componente bsico de um cabo o arame. O dimetro do arame determina o dimetro
total do cabo. Um nmero de arames pr-formado em uma forma helicoidal ou espiral
antes de sua adaptao no cabo e podem ser desenroladas de maneira independente. As
designaes de um cabo so baseadas no nmero de pernas e no nmero de fios em cada
perna. Os cabos mais comuns usados em aeronaves so o 7x7 e o 7x19.
O cabo 7x7 consiste de sete pernas, de sete fios cada uma. Seis destas pernas so enroladas
em torno de uma perna central (veja na Figura 6-21). Esse um cabo de mdia flexibilidade
e usado para comando de compensadores, controle dos motores e comando de sistemas
de indicao.
O cabo 7x19 feito de sete pernas de dezenove fios, cada uma. Seis dessas pernas so
enroladas em torno de uma perna central (veja na Figura 6-21). Esse cabo extremamente
flexvel, usado nos sistemas primrios de comando e em outros locais onde a ao sobre
roldanas frequente.
Os cabos de comando de aeronaves possuem dimetro que varia de 1/16" a 3/8". O
dimetro de um cabo medido como mostra a Figura 6-21.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-21 Seo em corte de cabo de comando.
Terminais de Cabos
Os cabos podem ser conectados com diversos tipos de terminais, sendo os mais utilizados
os do tipo prensado, com formato de bola, garfo, rosqueado e outros.
O terminal rosqueado, o em garfo e o em olhal so usados para conectar o cabo a um
esticador, uma articulao ou outra ligao do sistema.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-22 Tipos de terminais de cabos de comando.
O terminal em esfera usado para ligao de cabos em quadrantes e conexes especiais,
quando o espao limitado. A Figura 6-22 ilustra os diferentes tipos de terminais.
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Os terminais sapatilha "bushing e shackle" podem ser utilizados no lugar de alguns tipos de
terminais quando as condies de suprimento forem limitadas e a substituio do cabo
tenha que ser feita imediatamente.
Esticadores
Um esticador um mecanismo formado por dois terminais roscados e uma pea
intermediria que, ao ser girada em um sentido, tende a separar os terminais. Em outra
direo, tende a junt-los, possibilitando assim a regulagem da tenso dos cabos de
comando ligados aos terminais. Um dos terminais possui rosca esquerda e o outro, rosca
direita. A pea central possui rosca esquerda de um lado e direita do outro, sendo ambasinternas.
Quando instalando um esticador, em um sistema de controle, necessrio atarraxar ambos
os terminais em igual nmero de voltas na parte central. tambm essencial, que aps a
introduo dos terminais na parte central, fiquem expostos, no mximo, trs fios de rosca
em cada terminal (ver Figura 6-23).
O tamanho correto e o tipo dos esticadores (longo ou curto) devem ser observados por
ocasio de cada instalao de cabo. Deve ser observado o estado dos fios de rosca e a sua
lubrificao. As roscas, esquerda e direita, devem ser verificadas quanto ao sentido correto
e o tipo de terminal do cabo correspondente, de acordo com os desenhos. Devem ser
lubrificados, segundo as especificaes da fbrica. Todo o excesso de lubrificante dever
ser removido. Aps a regulagem, o esticador dever ser frenado. Os mtodos de frenagem
sero vistos em captulo posterior.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-23 Conjunto tpico de esticador.
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1.13 CONEXES RGIDAS DE CONTROLE
So tubos utilizados como ligao em vrios tipos de sistemas, operados mecanicamente.
Este tipo de ligao elimina o problema de tenso e permite a transferncia, tanto de
compresso como de trao, por meio de um simples tubo.
Um conjunto de conexo rgida consiste de um tubo de liga de alumnio ou ao, com um
terminal ajustvel e uma contraporca em cada extremidade (Figura 6-24).
As contraporcas fixam os terminais, depois que o conjunto tiver sido ajustado para o seu
correto tamanho. As conexes rgidas so, geralmente, feitas em pequenas sees, para
evitar vibrao e curvaturas quando sob carga de compresso.
1.14 PINOS
Os trs principais tipos de pinos usados em estruturas de aeronaves so: pino cnico, pino
de cabea chata e contrapino.
Os pinos so usados em aplicaes cisalhveis e por segurana. Pinos cnicos tm tido sua
aplicao aumentada em construo aeronutica.
Pino Cnico
Liso ou com rosca (AN385 e AN386), so usados em juntas que sofrem carga de
cisalhamento e quando a ausncia de folga essencial.
O pino liso furado e usualmente frenado com arame. O com rosca usado com arruela
(AN975) e porca (contrapinada) ou porca autofreno.
Pino de Cabea Chata
Normalmente chamado de pino Clevis, (MS20392) usado em terminais de tirantes e
controles secundrios os quais no estejam sujeitos a contnuas operaes.
O pino deve ser instalado com a cabea para cima, como preveno, para o caso de perda
ou falha do contrapino, garantindo a permanncia do pino no seu devido lugar.
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Contrapino
O (AN380) contrapino de ao de baixocarbono e banhado com cdmio usado na
frenagem de parafusos, porcas, outros pinos e em vrias aplicaes, quando a segurana se
faz necessria. O AN381 um contrapino de ao resistente corroso, usado em locais
onde requerido material no magntico, ou em locais onde a resistncia corroso
necessria.
Rollpins
um pino colocado sob presso e com as pontas chanfradas. Tem a forma tubular ecortado em todo o seu comprimento. O pino colocado no lugar por meio de ferramentas
manuais, sendo comprimido e girado na posio.
A presso exercida pelo pino nas paredes do orifcio que o mantm fixo, at sua remoo
com uma puno de montagem ou com um toca pino.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-24 Conjunto de haste rgida de comando.
1.15 MTODOS DE SEGURANA
So os processos de segurana empregados em toda a aeronave em parafusos, porcas,
pinos e outros elementos de fixao, os quais no podem trabalhar frouxos devido
vibrao. necessria uma familiarizao com os vrios mtodos e meios de frenagem do
equipamento na aeronave, com a finalidade de executar a manuteno e inspeo.
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Existem vrios mtodos de segurana para as partes de uma aeronave. Os mais utilizados
so: arame de freno, contrapinos, arruelas freno, anis de presso e porcas especiais, como
a autofreno e contraporca. Algumas dessas porcas e arruelas j foram apresentadas.
Frenagem com Arame
o mais positivo e satisfatrio meio de segurana para bujes, prisioneiros, porcas,
cabeas de parafuso e esticadores, os quais no podem ser frenados por outro processo
mais prtico.
o mtodo de frenar duas ou mais unidades, de tal maneira, que qualquer tendncia de
afrouxar uma delas ser anulada pelo aperto do arame de freno.
Porcas e Parafusos
Porcas e parafusos podem ser frenados com arame simples ou duplo torcido. O fio duplo
torcido o mtodo mais utilizado em frenagem com arame.
O fio simples de arame pode ser usado em pequenos parafusos, em um espao reduzido,
prximo e geometricamente colocado em partes do sistema eltrico e em lugares de difcil
acesso.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-25 Mtodos de frenagem com arame.
A Figura 6-25 uma ilustrao dos vrios mtodos, que so normalmente usados na
frenagem com arame de porcas e parafusos.
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Um estudo cuidadoso da Figura 6-25 mostra que:
A. Os exemplos 1, 2 e 5 ilustram o mtodo prprio de frenagem de parafusos, plugues com
cabea quadrada e partes semelhantes, quando frenadas aos pares.
B. O exemplo 3 ilustra alguns componentes frenados em srie.
C. O exemplo 4 ilustra o mtodo prprio, de frenagem de porcas, castelo e prisioneiros.
(Observar que o arame no circunda a porca).
D. Os exemplos 6 e 7 ilustram um tipo simples de componente roscado, frenado carcaa
ou outro ponto de fixao.
E. O exemplo 8 ilustra vrios componentes em espao reduzido, geometricamente
colocados e usando um simples fio de arame na frenagem.
Quando frenando juntos parafusos de cabea furada, ou partes semelhantes, eles estaro
mais convenientemente seguros se forem frenados em srie, do que individualmente.
O nmero de porcas ou parafusos que podem ser frenados juntos depende da aplicao.
Quando frenando parafusos muito afastados com fios duplos torcidos, um grupo de trs
dever ser o mximo em uma srie.
Quando frenando parafusos, prximos um do outro, o nmero que couber em 24
polegadas de extenso de arame, o mximo de cada srie.
O arame dever ser colocado de modo que a tendncia de afrouxar um parafuso encontre
resistncia no arame que est forando na direo de aperto.
As partes a serem frenadas devero ser apertadas, at o valor de torque previsto, e os furos
alinhados antes da operao de frenagem. Nunca apertar alm do torque previsto, ou
afrouxar uma porca j torqueada para alinhar os furos para a frenagem.
Bujes de leo, Torneira, Dreno e Vlvulas
Estas unidades so frenadas como mostra a Figura 6-26. No caso do bujo de leo, o
arame de freno est preso cabea de um parafuso prximo.
Este sistema aplica-se a qualquer outra unidade, a qual tenha que ser frenada
individualmente.
Ordinariamente, pontos de frenagem so convenientemente localizados prximos a estas
partes individuais.
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Quando no houver esta facilidade, a frenagem deve ser feita em alguma adjacente parte do
conjunto.
Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-26 Frenagem com arame de bujes, drenos e vlvulas.
Conectores Eltricos
Sob condies de severa vibrao, a porca de um conector pode vibrar se estiver solta e
com suficiente vibrao. O conector poder soltar-se. Quando isto ocorre, o circuito
alimentado pelos fios ficar interrompido. A proteo indicada, para evitar esta ocorrncia,
a frenagem com arame, como mostra a Figura 6-27. A frenagem deve ser a mais curta
possvel e a tenso do arame dever atuar no sentido do aperto de porca no plugue.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-27 Frenagem de plugues conectores.
Esticadores
Aps um esticador ter sido adequadamente ajustado, ele dever ser frenado. Existem vrios
mtodos de frenagem de esticadores porm, somente dois deles sero aqui apresentados
(Figura 6-28 A e B). O clip de travamento o mais recente. O mais antigo o que requerarame de freno, obedecendo a uma sequncia no enrolamento.
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Fonte: FAA - Federal Aviation Administration-Mechanic Training HandbookFigura 6-28 Frenagem de esticadores:(A) Mtodo "clip" de travamento, (B) Mtodo
frenagem com arame.
Mtodo de Enrolamento Duplo de Arame
Dos mtodos de frenagem de esticadores, o enrolamento duplo o preferido, embora o
mtodo de enrolamento simples seja satisfatrio. O mtodo de enrolamento duplo
mostrado na Figura 6-28B.
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Usando dois pedaos separados do arame indicado na tabela da Figura 6-29, passe uma das
pontas de um dos pedaos, pelo orifcio central do esticador, dobrando o arame e levando
as pontas em direes opostas. O procedimento com o outro pedao de arame deve ser
repetido. Em cada extremidade do esticador, os arames so passados em sentidos opostos,
pelo orifcio do terminal (olhal, garfo, etc), dando em cada terminal quatro voltas com cada
ponta dos arames, cortando o excedente. O mesmo procedimento dever ser aplicado em
cada extremidade do esticador.
Quando o terminal for do tipo roscado, sem olhal e sem uma passagem mais ampla para as
duas pontas do arame, passe apenas uma delas e aps cruzar sobre a outra ponta livre, faa
o enrolamento no terminal com cada uma das pontas do arame.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-29 Guia de frenagem de esticadores.
Mtodo de Enrolamento Simples
Os mtodos descritos nos pargrafos seguintes so aceitveis, mas no to eficientes
quanto os de enrolamentos duplos.
Passe um pedao de arame de freno atravs do terminal do cabo (olhal, garfo ou orifcio do
terminal roscado) em uma das extremidades do esticador. Cruze cada uma das pontas doarame, em direes opostas, em volta da primeira metade da parte central do esticador, de
modo que os arames se cruzem duas vezes.
Passando ambos os arames pelo orifcio central, o terceiro cruzamento dentro da passagem
feito. Mais uma vez, cruze os arames em direes opostas, em volta da outra metade do
esticador. Depois s passar a ponta do arame pelo olhal do terminal, garfo ou orifcio do
terminal roscado e, da maneira j descrita anteriormente, enrole cada ponta no terminal por
quatro voltas, cortando o excesso.
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Uma alternativa do mtodo descrito passar um arame pelo orifcio central do esticador,
dobrar as pontas em direes opostas passando cada ponta pelo olhal, garfo ou orifcio do
terminal roscado e enrolar cada ponta quatro voltas no respectivo terminal, cortando o
excesso de arame. Aps a frenagem, somente trs fios de rosca dos terminais devero ficar
expostos.
Regras Gerais para Frenagem com Arame
Quando utilizando os mtodos de frenagem com arame, as seguintes regras gerais devero
ser seguidas:
1. A frenagem deve terminar com uma ponta de arame torcido de 1/4" a 1/2" (trs a seisespiras). Esta ponta dever ser torcida para trs ou para baixo para no se tornar um
estorvo;
2. Em cada frenagem deve ser usado arame novo;
3. Quando frenando porcas castelo com arame, o aperto final dever ser dado na porca
cuidando em alinhar o orifcio do parafuso com o castelo da porca;
4. Todas as frenagens com arame devero ser apertadas depois de efetuadas, mas nunca
excessivamente para no enfraquecer o arame que poder quebrar-se com o manuseio ou
com a vibrao;
5. O arame deve ser colocado de modo que a tenso exercida por ele seja no sentido de
apertar a porca;
6. O arame de freno deve ser torcido com aperto uniforme e entre as porcas, na frenagem
em srie. Deve ser to esticado quanto possvel sem que fique torcido em demasia;
7. O arame de freno dever sempre ser instalado e torcido de modo que a curva em torno
da cabea do parafuso permanea em baixo e no tenha a tendncia a passar para a parte
superior da cabea, causando uma folga prejudicial.
Frenagem com Contrapino
A instalao de contrapinos mostrada na Figura 6-30. As porcas de castelo so usadas
com parafusos que devem ter o orifcio para o contrapino.
Este alis, dever estar em perfeitas condies ao ser instalado no orifcio e com pequena
folga