Manual de TQE 2014 V1

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Curso de Técnico em Química Competências & Habilidades Ao final do semestre, cada aluno deverá ter adquirido as seguintes habilidades: 1 Identificar os materiais, as vidrarias e os equipamentos básicos de um Laboratório e suas aplicações específicas; 2 Manusear o material observando o correto emprego de cada um deles; 3 Executar técnicas de limpeza em vidrarias e equipamentos; 4 Identificar técnicas básicas na utilização dos equipamentos e instrumentos de Laboratório; 5 Executar técnicas na medição de massas e volumes; 6 Aplicar técnicas para uso e manutenção de balanças; 7 Realizar manutenções preventivas nos equipamentos de Laboratório; 8 Manusear reagentes químicos; 9 Realizar montagem de sistemas de Laboratório; 10 Aplicar normas de segurança para o trabalho; 11 Manusear com segurança todos os materiais; 12 Utilizar os equipamentos de segurança. Manual dos Topicos de Q u i m i c a Experimental Professor Daniel Rossi

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Curso de Tcnico em Qumica Competncias & Habilidades Aofinaldosemestre,cadaaluno dever ter adquirido as seguintes habilidades: 1Identificarosmateriais,asvidrariaseos equipamentosbsicosdeumLaboratrioe suas aplicaes especficas; 2 Manusear o material observando o correto emprego de cada um deles; 3 Executar tcnicas de limpeza em vidrarias e equipamentos; 4Identificartcnicasbsicasnautilizao dosequipamentoseinstrumentosde Laboratrio; 5 Executar tcnicas na medio de massas e volumes; 6 Aplicar tcnicas para uso e manuteno de balanas; 7Realizarmanutenespreventivasnos equipamentos de Laboratrio; 8 Manusear reagentes qumicos; 9Realizarmontagemdesistemasde Laboratrio; 10Aplicarnormasdeseguranaparao trabalho; 11Manusearcomseguranatodosos materiais; 12 Utilizar os equipamentos de segurana. Manual dos Topicos de Q u i m i c a Experimental Professor Daniel Rossi I n d i c e AssuntoPgina Uma breve histria no tempo...3 Tpico 1 Normas & Regras de Segurana em um Laboratrio Qumico Aspecto, Manuseio & Estocagem Segurana Pessoal Hbitos Individuais Diagrama de Hommel Smbolos de Risco 4 4 5 7 7 Tpico 2 Equipamentos de Proteo Individuais & Coletivos Conceitos Exemplos 8 9 Tpico 3 Descarte de Resduos de Laboratrios Qumicos Classificao dos Resduos Descarte na Pia X Descarte no Lixo Rotulagem dos Descartes 10 11 12 Tpico 4 Materiais de Laboratrio Vidrarias de Laboratrio Principais Equipamentos de Laboratrio Tipos de Reagentes e Siglas de Identificao Tcnicas para a Limpeza das Vidrarias 13 14 15 16 Tpico 5 Tcnicas para a Medio de Massas & Volumes Tipos de Balanas Pipetas Graduadas & Volumtricas Buretas e Bales Volumtricos Tcnicas para Leitura de Volumes Tcnicas para Transferncia de Slidos e Lquidos 17 18 19 19 20 Tpico 6 Tcnica para Utilizao do Bico de Bunsen Tipos de Bicos de Aquecimento Temperaturas da Chama 21 21 Tpico 7 Sistemas de Laboratrio Ponto de Fuso Ponto de Ebulio Destilaes Solubilidade Filtrao Dissoluo Fracionada Cristalizao Purificao do cido Acetilsaliclico Teor de lcool na Gasolina Extrao do Iodo 22 22 23 24 24 25 25 26 26 27 Tpico 8 Volumetria de Neutralizao Titulao O que ? Curvas de Titulao Indicadores de Titulao Preparao & Padronizao de Solues de cidos Preparao & Padronizao de Solues de Hidrxidos 28 28 29 30 32 Tpico 9 Manuteno Preventiva em Equipamentos de Laboratrio Manutenes Corretivas, Preventivas e Preditivas 34 Experimentos Prticos Programados #1 Aferio de Vidrarias Volumtricas #2 Densidade de Lquidos #3 Densidade de Slidos #4 Destilao Simples de Lquidos #5 Solubilidade do Cloreto de Sdio em gua #6 Dissoluo Fracionada 35 36 37 38 39 39 Tabelas Auxiliares Densidades Relativas da gua em Diversas Temperaturas Tabela Peridica Ctions & nions 40 40 41 Bibliografia42 Uma Breve Histria no Tempo -QUMICA UMA CINCIA TodossabemqueaQumicaumacinciaetemosalgumasnoesdoquesejaCincia.Contudo, diante do avano em todos os campos do saber, no basta conhecer o que diz o senso comum sobre cincia, necessrioouviraquelesquesedebruaramsobreestaperguntaefizeramdelaseucampodeestudo.Uma viso aprofundada desta questo estudada na Filosofia da Cincia. Existem muitos livros que trazem vrias definies de Cincia, vale a pena conhec-las. ParaentendermosaspeculiaridadesdaQumicaedaFsicacomoCincianecessrioestudara histria de cada uma de suas vrias reas e observar como se deu a evoluo dasideias cientficas. O estado atual do conhecimento foi alcanado seja como uma consolidao e assimilao das novas pesquisas, seja pela revoluo e rupturas com as teorias anteriores. As histrias da Termodinmica e da Qumica Quntica ilustram, respectivamente, estes modos de evoluo dos conceitos cientficos. -O PATRIMNIO CIENTFICO DA QUMICAAs diversas disciplinas dos currculos dos cursos de Qumica foram projetadas demodoatransmitiropatrimniotericoeexperimentaldaQumicadamelhor maneirapossvel.Asperguntasfrequentes:porquedevoestudarclculo,lgebra, fsica, etc. encontraro resposta posteriormente em disciplinas especficas de Qumica. Todadisciplinaqueconstanocurrculoimportanteparaaformaodoaluno.As disciplinasdeformaogeralnospreparamparaodilogocomoutrascincias;as disciplinasdeformaobsicacolocamosalicercesparaoaprendizadoracionaldas disciplinas especficas e estas nos do as ferramentas para atuao como profissional de Qumica. O ritmo crescente da sociedade moderna abomina a perda de tempo, portanto paraomximoaproveitamentodaaulatericanecessrioumaleituraprviada assuntonabibliografiaindicada,perguntarduranteaaulaospontosobscurosda exposio e aprofundar com leitura complementar sobre o assunto. Embora o professor, em geral, domine o contedoqueministra,nemsempreoexpedemodoordenadoeconvincente.Destaformaasperguntas colocadasadequadamenteajudamoprofessoramelhorarcadavezmaisaexposio.Noesqueaqueos livros trazem a exposio de outros peritos no assunto (os autores!), por isso devem ser consultados sempre. Quando o estudo conduzido de modo regular e constante no necessrio preparo especial para as avaliaes. Uma rpida reviso suficiente para virem mente os conceitos, teorias e frmulas. A pesca ou cola que hoje entendida como esperteza (contra quem?), traduz a falta de confiana em si mesmo, a falta de coragem para enfrentar resultados desastrosos e prepara o corrupto de amanh. Quando o aluno entende isto, certamente esta prtica no ser mais usada. Antigamente o domnio do grego e latim era a linha divisria entre cultos e incultos. Hoje, na rea de cincias, a lngua inglesa hegemnica e perdurar ainda por muito tempo, portanto, como o melhor do nosso patrimniocientficoatualestsendo escrito emingls, oaluno deQumica nopodeficarnacontramoda histria e deve saber, pelo menos, ler em ingls. AanliseQualitativaempregadaquandosepretendedeterminarouidentificarasespciesou elementosqumicospresentesnumaamostra,podendoserelesatmicosoumoleculareseque,tambm, podem ser de origem mineral, animal e vegetal. J a anlise Quantitativa empregada para se determinar a quantidadedeumaespcieouelementoqumiconumaamostra.Sendoutilizadaparaadeterminaode concentraes,volumesoumassaexatadasubstncia,atravsdetcnicasde:gravimetria,volumetria, instrumentais, entre outras expressa por resultados numricos dos componentes da amostra. Mtodos Clssicos NoincioeDesenvolvimentodaQumica,amaioriadasanlisesempregavamaseparaodos componentes de interesse (analitos) por tcnicas como precipitao, extrao ou destilao. Os compostos so identificados pela sua cor, solubilidade, ponto de fuso e de ponto de ebulio. Esses fatores contribuem para identificao das espcies qumicas. Os analitos podem ser identificados por volumetria e gravimetria ou seja por titulao e medidas de massa. Estes mtodos so relativamente simples de equipamentos e confiabilidade dos resultados obtidos. Apesar da qumica analtica atual ser dominada por tcnicas instrumentais, o princpio de funcionamento de alguns de seus instrumentos baseiam-se em tcnicas tradicionais ainda muito utilizadas atualmente. Mtodos Instrumentais NoniciodosculoXX,osqumicospassaramaexploraroutrosfenmenosdistintosdaqueles observados nos mtodos clssicos para resoluo de problemas analticos. Para realizar mtodos Instrumentais comanalisarasseguintespropriedadescomocondutividadeeltrica,absoroouemissodeluzque detectadoemanalitosinorgnicos,orgnicosebiolgicos.Comissocomeouaserutilizadotcnicascomo cromatografialquidadealtaeficincia,espectroscopiaetcnicaseletroanalticas.Essesnovosmtodosde separaoedeterminaodeespciesqumicaspassaramaserconhecidoscomomtodosdeanlise instrumental. Seu crescimento tecnlogico foi favorecido pelo avano tecnlogico dos dispositivos eletrnicos e doscomputadores.Amaioriadosequipamentosanalticosmodernospossuemouestoconectadosaumou maisdispositivoseletrnicossofisticadoscapazesdedetectareregistrardadosrelativosaosanalitos.Os dispsositivosseriamamplificadores,circuitosintegrados,microprocessadoresoumesmocomputadores.A QumicaAnalticaInstrumentaldivide-seemmtodosespectromtricos,mtodoseletroanalticos, Pontenciometria e outras modernas tcnicas computadorizadas. Pgina 3 Pgina 4 Tpico 1 Normas & Regras de Segurana em um Laboratrio de Qumica Aspectos Gerais Pode-seafirmarqueos laboratriossoaspartes maisimportantesdosestabelecimentos deensino, institutosdepesquisaeindstrias,principalmenteasvoltadasparaaQumica.Pelostiposdetrabalhoque neles so desenvolvidos so incontveis os riscos de acidentes causados por exposio a agentes txicos e/ou corrosivos, queimaduras, leses, incndios e exploses, radiaes ionizantes e agentes biolgicos patognicos. Dadosestatsticosprovamqueamaioriadosacidentesemlaboratriosocorrempelaimpercia, neglignciaeatimprudnciadostcnicos.Existe,portanto,necessidadeprementedeseestabelecernas indstrias, laboratrios de ensino e de pesquisa, normas mais rgidas de segurana. Emgeral,osprofissionaisdequalquerreanorecebeminstruescompletassobrenormasde seguranadotrabalho.Porocasiodaadmissonasindstriasoumesmonasinstituiescientficas,so visadas especialmente s condies tcnicas do candidato e raramente verificado seu nvel de conhecimento sobresegurana.Nestascondies,cabeaochefedolaboratrioaresponsabilidadedetransmitiraosseus subalternos as tcnicas corretas de trabalho as atitudes que devem tomar para evitar possveis acidentes. Todososrequisitosdeseguranadevemserincludosjnamontagemdolaboratrioemesmo pequenosdetalhesdevemserprevistosnoprojetoinicial.Estudossobreatopografiadoterreno,orientao solar,ventos,seguranadoedifcioedopessoal,distribuioetiposdebancadas,capelas,estufas,muflas, tipos de piso, iluminao e ventilao devem ser especificamente dirigidos ao tipo de laboratrio. Muitoimportantenoprojetooestudodolocalqueserdestinadoaoalmoxarifado.Quandoso negligenciadas as propriedades fsicas e qumicas dos produtos qumicos armazenados podem ser ocasionados incndios,exploses,emissodegasestxicos,vapores,pseradiaesoucombinaesvariadasdesses efeitos. Estocagem & Manuseio Muitosriscospotenciaissoassociadoscomaestocagememanuseiodemateriaisusadosem laboratrioqumico.Estesriscossempreexistiromasosacidentespodemsereliminadospormaior conhecimento das propriedades dos materiais estocados e manuseados. Ograndenmerodeproblemasdeestocagememlaboratrioqumicodeve-sediversidadede produtos qumicos que devem ser estocados. A estocagem descuidada associada com a falta de planejamento econtroleumconviteparaacidentespessoaisedanosmateriais.Poroutrolado,umareadeestocagem cuidadosamenteplanejadaesupervisionadapodeprevenirmuitosacidentes.Osprodutosqumicosque necessitam estocagem podem ser slidos, lquidos e gasosos, podem estar contidos em embalagens de papel, plstico,vidrooumetalquepodemsercaixas,garrafas,cilindrosoutambores.Anaturezadecadaproduto pode ser considerada individualmente ou em relao a outros produtos estocados na mesma rea. Parafacilitarasconsideraesfeitasanteriormente,osprodutosqumicospodemseragrupadosnas seguintescategoriasgerais:Inflamveis;Txicos;Explosivos;AgentesOxidantes;Corrosivos;Gases Comprimidos; Produtos sensveis gua e Produtos Incompatveis. Segurana Pessoal Termoscomosegurananotrabalho,risco,toxicidade,acidentes,prevenodeacidentes, equipamentos de segurana e aerossis so muito empregados quando se trata de segurana em laboratrios. Assim, ser interessante defini-lo antes de se estabelecer s regras de segurana. Segurananotrabalho:oconjuntodemedidastcnicas,administrativas,educacionais,mdicase psicolgicas que so empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando condies inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo pessoas na implantao de prticas preventivas. Risco:operigoaquedeterminadoindivduoestexpostoaoentraremcontatocomumagentetxicoou certa situao perigosa. Toxicidade: qualquer efeito nocivo que advm da interao de uma substncia qumica com o organismo. Acidentes: so todas as ocorrncias no programadas, estranhas ao andamento normal do trabalho, das quais podero resultar danos fsicos ou funcionais e danos materiais e econmicos instituio. PrevenodeAcidentes:oatodeseporemprticaasregrasemedidasdesegurana,demaneiraase evitar a ocorrncia de acidentes. EquipamentosdeSegurana:soosinstrumentosquetmporfinalidadeevitarouamenizarriscosde acidentes.Osequipamentosdeseguranaindividuais(EPIs)maisusadosparaaprevenodaintegridade fsicadoindivduoso:culos,mscaras,luvas,aventais,gorros,etc.Existemtambmequipamentostais como capelas e blindagens plsticas que protegem a coletividade (EPCs). muito importante, nos laboratrios, a atitude individual, a programao das operaes e a utilizao de equipamentos de proteo adequados. Devem existir tambm normas bem definidas com relao ao acesso deestranhosaotrabalhodetrabalhoeoutrositensresponsveisporacidentes.Noslaboratriosexistem diversos tipos de equipamentos que por suas caractersticas envolvem srios riscos. Portanto, indispensvel o Pgina 5 conhecimento de como oper-los corretamente. Entretanto, os maiores riscos operacionais esto presentes na manipulao de substncias txicas, venenosas, inflamveis, explosivas, corrosivas, radioativas ou de agentes biolgicos. Do ponto de vista de Sade Pblica tambm importante o conhecimento de como se deve destruir o material j usado no laboratrio, tais como: resduos qumicos, radioativos e microbiolgicos. (Fonte1) Regras de Segurana As regras gerais de segurana em laboratrio resultam de vrios anos de esforos de pessoas preocupadas em tornar o trabalho no laboratrio uma atividade segura. Paratiraromximodeproveitodelas,necessrioquetodososusuriosas conheameaspratiquem,desdeoprimeiroinstantequepretenderempermanecer em um laboratrio. So regras simples, fceis de memorizar e de seguir: -Indumentria Apropriada1.Avental de mangas compridas, longos at os joelhos, com fios de algodo na composio do tecido; 2.Cala comprida de tecido no inteiramente sinttico; 3.Sapato fechado, de couro ou assemelhado; 4.culos de segurana e luvas, quando for necessrio. Indumentria ProibidaBermuda ou short, sandlia, chinelo, sapato aberto, uso de lente de contato, cabelos soltos; Uso de braceletes, correntes ou outros adereos, avental de nylon ou 100% polister. HBITOS INDIVIDUAIS Faa no Laboratrio 1.Lave as mos antes de iniciar seu trabalho.2.Lave as mos entre dois procedimentos.3.Lave as mos antes de sair do laboratrio.4.Certifique-se da localizao do chuveiro de emergncia, lava-olhos, e suas operacionalizaes.5.Conhea a localizao e os tipos de extintores de incndio no laboratrio.6.Conhea a localizao das sadas de emergncias. No Faa no Laboratrio 1.Fumar; 2.Comer; 3.Correr; 4.Beber; 5.Sentar ou debruar na bancada; 6.Sentar no cho; 7.No use cabelo comprido solto; 8.No (ou evite) trabalhar solitrio no laboratrio; 9.No manuseie slidos e lquidos desconhecidos apenas por curiosidade. Atitudes Individuais com cidosAdicione sempre o cido gua; Nunca faa o inverso!! Atitudes Individuais com Bicos de Gs 1.Feche completamente a vlvula de regulagem de altura de chama.2.Abra o registro do bloqueador da linha de alimentao.3.Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de gs.4.Abra lentamente a vlvula de regulagem de altura de chama at que o bico de gs ascenda.5.Regule a chama.Atitudes Individuais com Solues 1.Notransportesoluesemrecipientesdebocalarga(comobquer,porexemplo);setiverque efetu-loporcertadistncia,tripliquesuaatenoduranteopercursoesoliciteumcolegaqueo acompanhe; 2.No leve a boca a qualquer reagente qumico, nem mesmo o mais diludo; 3.Certifique-se da concentrao e da data de preparao de uma soluo antes de us-la; 4.No pipete, aspirando com a boca, lquidos custicos, venenosos ou corantes; use pra de suco para sua segurana; 5.No use o mesmo equipamento volumtrico para medir simultaneamente solues diferentes. 6.Volumesdesoluespadronizadas,tiradasdosrecipientesdeorigemenoutilizadas,devemser descartados e no retornados ao recipiente de origem. Descarte de Slidos e Lquidos Dever ser efetuado em recipientes apropriados, separando-se o descarte de orgnicos de inorgnicos.Pgina 6 CuidadoscomAquecimento,incluindo:reaoexotrmica,chamadireta,resistnciaeltricae banho-maria 1.No aquea bruscamente qualquer substncia. 2.Nuncadirijaaaberturadetubosdeensaiooufrascosparasiouparaoutrapessoaduranteo aquecimento. 3.Nodeixesemoaviso"CuidadoMaterialAquecido"equipamentoouvidrariaquetenhasido removidadesuafontedeaquecimento,aindaquenteedeixadorepousaremlugarquepossaser tocado inadvertidamente. 4.Noutilize"chamaexposta"emlocaisondeestejaocorrendomanuseiodesolventesvolteis,tais como teres, acetona, metanol, etanol, etc. 5.No aquea fora da capela quaisquer substncias que gerem vapores ou fumos txicos. Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes1.Leia cuidadosamente o rtulo do frasco antes de utiliz-lo, habitue-se a l-lo, mais uma vez, ao peg-lo, e novamente antes de us-lo. 2.Ao utilizar uma substncia slida ou lquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua mo proteja o rtulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rtulo. 3.Muito cuidado com as tampas dos frascos, no permita que ele seja contaminada ou contamine-se. Se necessrio use o auxlio de vidros de relgio, placas de Petri, etc.4.Aoacondicionarumreagente,certifique-seantesdacompatibilidadecomofrasco,porexemplo, substncias sensveis luz, no podem ser acondicionadas em embalagens translcidas. 5.No cheire diretamente frascos de nenhum produto qumico, aprenda esta tcnica e passe a utiliz-la de incio, mesmo que o frasco contenha perfume. 6.Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes no devem ser menores que os cuidados com o descarte de solues que eles do origem. Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias 1.Antesdeiniciaramontagem,inspecioneaaparelhagem,certifique-sedequeelaestejacompleta, intacta e em condies de uso. 2.No utilize material de vidro trincado, quebrado, com arestas cortantes. 3.No seque equipamentos volumtricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido. 4.No utilizes tubos de vidro, termmetros em rolha, sem antes lubrific-los com vaselina e proteger as mos com luvas apropriadas ou toalha de pano. Pgina 7 Simbologias de Segurana para Produtos Qumicos SimbolosdeRisco C - CorrosivoE Altamente ExplosivoO - ComburenteF Facilmente Inflamvel T - Txico N Perigoso para o Ambiente Xn Nocivo ou Xi - Irritante Pgina 8 Tpico 2 Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) e Coletivos (EPCs) O Equipamento de Proteo Individual - EPI - todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteo contra riscos capazes de ameaar a sua segurana e a sua sade. Ousodestetipodeequipamentosdeverserfeitoquandonoforpossveltomarmedidasque permitam eliminarosriscosdoambiente emquesedesenvolveaatividade,ouseja,quandoasmedidasde proteocoletivanoforemviveis,eficientesesuficientesparaaatenuaodosriscosenooferecerem completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenas profissionais e do trabalho. Os equipamentos de proteo coletiva EPC - so dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivodeprotegerostrabalhadoresdosriscosinerentesaosprocessos,taiscomooenclausuramento acsticodefontesderudo,aventilaodoslocais detrabalho,aproteodepartesmveis demquinase equipamentos, a sinalizao de segurana, dentre outros. ComooEPCnodependedavontadedotrabalhadorparaatendersuasfinalidades,estetemmaior prefernciapelautilizaodoEPI,jquecolaboranoprocessominimizandoosefeitosnegativosdeum ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador. Portanto, o EPI ser obrigatrio somente se o EPC no atenuar os riscos completamente ou se oferecer proteo parcialmente. Conformedispea NormaRegulamentadora6,aempresaobrigadaaforneceraosempregados, gratuitamente,EPIadequadoaorisco,emperfeitoestadodeconservaoefuncionamento,nasseguintes circunstncias: a) sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender a situaes de emergncia. OstiposdeEPIsutilizadospodemvariardependendodotipodeatividadeouderiscosquepodero ameaar a segurana e a sade do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como: Proteo auditiva: abafadores de rudos ou protetores auriculares; Proteo respiratria: mscaras e filtro; Proteo visual e facial: culos e viseiras; Proteo da cabea: capacetes; Proteo de mos e braos: luvas e mangotes; Proteo de pernas e ps: sapatos, botas e botinas; Proteo contra quedas: cintos de segurana e cintures. OsEquipamentosdeProteoIndividualalmdeessenciaisproteodotrabalhador,visandoa manutenodesuasadefsicaeproteocontraosriscosdeacidentesdotrabalhoe/oudedoenas profissionais e do trabalho, podem tambm proporcionar a reduo de custos ao empregador. o caso de empresas que desenvolvem atividades insalubres e que o nvel de rudo, por exemplo, est acimadoslimitesdetolernciaprevistosna NR-15.Nestecaso,aempresa deveriapagaroadicionalde insalubridade de acordo com o grau de enquadramento, podendo ser de 10%, 20% ou 40%. ComautilizaodoEPIaempresapodereliminarouneutralizaronveldorudojque,coma utilizaoadequadadoequipamento,odanoqueorudopoderiacausaraudiodoempregadoser eliminado. Entretanto,importanteressaltarquenobastaofornecimentodoEPIaoempregadoporpartedo empregador,poisobrigaodestefiscalizaroempregadodemodoagarantirqueoequipamentoesteja sendo utilizado. Somuitososcasosdeempregadosque,comdesculpasdequenoseacostumamouqueoEPIo incomoda no exerccio da funo, deixam de utiliz-lo e consequentemente, passam a sofrer as consequncias de um ambiente de trabalho insalubre. Nestescasosoempregadordeveutilizar-sedeseupoderdiretivoeobrigaroempregadoautilizaro equipamento,sobpenadeadvertnciaesuspensonumprimeiromomentoe,havendoreincidncias,sofrer punies mais severas como a demisso por justa causa. Pgina 9 Pgina 10 Tpico 3 Descarte dos Resduos de Laboratrios As atividades desenvolvidas nas instituies de ensino e pesquisa empregam substncias e produtos de diversasclasses.Entreelesestoosconsideradosperigososporapresentaremcaractersticascomo inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade estabelecidas pela NBR 10.004 da Associao Brasileira deNormasTcnicas(ABNT-NBR10.004),queoferecemriscopotencialaosseresvivose/ouaoambiente. Essas atividades, consequentemente, geram resduos tambm considerados perigosos.Destinarcorretamenteessesresduosresponsabilidadedeseusgeradores.Pararatificaressa afirmao a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA publica a Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC 33), de 25 de fevereiro de 2003, relativa ao gerenciamento dos resduos gerados nos servios de sade (RSS), com vistas a preservar a sade pblica e a qualidade do ambiente, atualizada pela RDC 306, de 7 de dezembro de2004.Nessasresoluesficadefinidoque:Paraefeitodesse RegulamentoTcnico,definem-secomogeradoresdeRSStodosos serviosrelacionadoscomoatendimentosadehumanaouanimal, inclusive os servios de assistncia domiciliar e de trabalhos de campo; laboratrios analticos de produtos para sade; necrotrios, funerrias e servios onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia esomatoconservao);serviosdemedicinalegal;drogariase farmciasinclusiveasdemanipulao;estabelecimentosdeensinoe pesquisanareadesade;centrosdecontroledezoonoses; distribuidores de produtos farmacuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles paradiagnstico in-vitro; unidades mveisdeatendimentosade;serviosdeacupuntura;serviosde tatuagem, dentre outros similares.Dessaforma,asuniversidadesecentrosde pesquisaprecisaminstituir emsuasunidadesProgramas deGerenciamentodeResduos.Nessesprogramas,osresduossoseparadosemtrsgrandesgrupos: biolgico, qumico e radioativo, descritos detalhadamente a seguir.1-ResduoBiolgico:aexpressousadaparadescreverosdiferentestiposderesduosqueincluem agentesinfecciosos.Parafornecerumambientedetrabalhoseguro,todososagentesinfecciososdevemser manipuladosdeacordocomoNveldeBiossegurana(NB)aqueestorelacionados,dependendode: virulncia, patogenicidade, estabilidade, rota da propagao, comunicabilidade, quantidade e disponibilidade devacinas ou de tratamento. O NB aplicvel define no somente os procedimentos gerais de manipulao, mas tambmotratamentodosresduosbiolgicos.Atualmente,asseguintescategoriasderesduosso consideradas resduos biolgicos:oResduo Medicinal: envolve todo o resduo continuamente gerado em diagnstico, em tratamento ou na imunizao de seres humanos ou de animais, em pesquisa e na produo de testes dos biolgicos.oResduos de Laboratrios Biolgicos ou que trabalhem com substncias controladas: aqueles cujaspesquisasenvolvemmolculasdeDNArecombinanteououtrasatividadesreguladaspela Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana (CTNBio). oResduo patolgico: por exemplo, carcaas de animais.2 - Resduo Qumico: neste grupo esto includos diversos produtos como: substncias e produtos qumicos rejeitados(vencidosouemdesuso),osresduosprovenientesdeaulasprticasouprojetosdepesquisa. Algumassubstnciasqumicasemisturasdeprodutosqumicossoconsideradosresduosperigosospela Agncia de Proteo Ambiental norte-americana (Environmental Protect Agency EPA). Mesmo que um resduo qumiconoseencontreentreoscitadospelaEPA,maspossuaumaoumaisdasseguintescaractersticas: ignitividade,corrosividade,reatividadeoutoxicidade,deveserconsideradocomoumresduoperigoso, segundo a NBR 10.0045.3 - Resduo Radioativo: esse grupo classificado como resduo de baixo ou de alto nvel de radioatividade. O resduo de baixo nvel tpico daquele encontrado em instituies mdicas e de pesquisa (tais como a Unesp) enquanto o resduo de alto nvel tpico aquele gerado em reatores nucleares. Devemos considerar resduos radioativos todo o resduo com radioatividade detectvel que seja gerado nos procedimentos que envolvem o material radioativo licenciado.precisoestarcientedequetambmpodehaverageraocombinadadealgunsdostrstiposde resduosperigosos.Porexemplo,carcaadeumanimalquecontenhamaterialradioativo,produtoqumico perigosooutalvezumagenteinfecciosoequenecessitedecontroledeacordocomasconsideraeseas exigncias de todos os trs tipos de perigos definidos anteriormente. Portanto, preciso estar atento ao tipo de resduo que eventualmente esteja gerando e procurar a maneira apropriada de agir em cada caso. Pgina 11 RESDUOS QUE PODEM SER DESCARTADOS DIRETAMENTE NA PIA OU NO LIXOSegundoasnormasdaABNTNBR-12809eNBR-10004,oresduoquenoforclassificadocomo perigoso pode ser tratado como lixo comum e, portanto, pode ser descartado no lixo ou no esgoto urbano.Entretanto, no caso de resduos qumicos toda ateno e cuidado devem ser tomados. A melhor opo nunca descartar em lixo ou rede de esgoto. Verifique a possibilidade de doao, reciclagem ou recuperao. Procure sempre usar o bom senso. Se a opo de descarte na rede de esgoto ou no lixo comum for a mais adequada, algumas regras devem ser seguidas rigorosamente:1-Compostossolveisemgua(pelomenos0.1gou0.1mL/3mL)ecombaixatoxicidadepodemser descartados na rede de esgoto somente aps diluio (100 vezes) e sob gua corrente (listagem de produtos txicosdisponveisemwww.pcarp.usp/lrq).Paraoscompostosorgnicosprecisoquetambmsejam facilmente biodegradveis. Quantidade mxima recomendvel: 100 gramas ou 100 mL/dia. 2-Misturascontendocompostospoucosolveisemgua,emconcentraesinferioresa2%podemser descartados em pia.3-Toxinaspodemsermuitoperigosasemconcentraesbaixase,portanto recomenda-seasuadestruio qumica antes do descarte.4-Compostoscompontodeebulioinferiora50Cnodevemserdescartadosnapia,mesmoque extremamente solveis em gua e pouco txicos. Lembrar que substncias inflamveis podem ser um perigo potencial de incndio ou exploso.5 - O pH de solues aquosas deve estar na faixa 6 a 8. Submeter as solues que estejam fora desta faixa de pH a uma neutralizao; somente aps este cuidado descarte o resduo.6-Gasesnocivosoumalcheirososousubstnciascapazesdecriarincmodopbliconopodemser descartados como resduos no perigosos. O descarte do resduo qumico somente poder ser efetuado se o composto se enquadrar em todas as seis regras descritas. A no obedincia de pelo menos uma das regras inviabilizar o descarte em lixo comum ou esgoto. Tabela 12 Alguns compostos que podem ser descartados diretamente na pia Orgnicoslcoois com menos de 5 carbonosDiis com menos de 8 carbonosAlcoxialcoois com menos de 7 carbonosAcares (carboidratos)Aldedos alifticos com menos de 7 carbonosAmidas: RCONH2 e RCONHR com menos de 5 carbonos e RCONR2 com menos de 11 carbonosAminas alifticas com menos de 7 carbonoscidos carboxlicos com menos de 6 tomos de carbonos e seus sais de NH4+, Na+ e K+

cidos alcanodiicos com menos de 5 carbonos:steres com menos de 5 carbonosCetonas com menos de 6 carbonosInorgnicosCtions Al3+, Ca2+, Fe2+,Fe3+, H+, K+, Li+, Mg2+, Na+, NH4+, Sn2+, Ti4+, Zr2+

nions BO33-, B4O72-, Br-, CO32-, Cl-, HSO3-, OCN-, OH-, I-, NO3-, PO43-, SO42-, SCN- CUIDADO: Embora o metanol seja um lcool com menos de 5 carbonos, o composto no se enquadra na regra 1 por ser txico e portanto, no pode ser descartado em pia. Tabela 22 Alguns compostos que podem ser descartados no lixoOrgnicosEnzimasAcares (carboidratos): sacarose, glicose, frutose, amido, etcAminocidos e sais de ocorrncia naturalcido ctrico e seus sais de Na, K, Mg, Ca, NH4

cido ltico e seus sais de Na, K, Mg, Ca, NH4

cido nuclico e meio biolgico seco Pgina 12 InorgnicosSlicaSulfatos: Na, K, Mg, Ca, Sr, NH4

Carbonatos: Na, K, Mg, Ca, Sr, NH4

xidos: B, Mg, Ca, Sr, Al, Si, Ti, Mn, Fe, Co, CuCloretos: Ca, Na, K, Mg, NH4

Boratos: Na, K, Mg, CaMateriais no contaminados com produtos qumicos perigososAbsorventes cromatogrficos: slica, alumina, sephadex etc.Materiais de vidroPapel de filtroLuvas e outros materiais descartveis.Lembre-se:Arededeesgotodeseulaboratriocompartilhadaportodososoutroslaboratriosdesua escola. A mistura indiscriminada de compostos qumicos incompatveis pode resultar em srios acidentes. 4 - RotulagemTodososrecipientescontendoresduosdevemseridentificadosadequadamenteutilizandoetiquetas, cujo modelo mostrado abaixo. Para maior clareza, o modelo mostra o preenchimento correto. imprescindvel que todas as informaes estejam preenchidas.O preenchimento deve ser feito com caneta esferogrfica azul ou preta. Nunca usar caneta hidrocolor ou pincel atmico.

Modelo de rtulo padronizado Pgina 13 Tpico 4 Materiais de Laboratrio Identificao & Utilizao As vidrarias so de um composto vtreo especial, bem diferente dos vidros domsticos, pois tero que resistirasubstnciascidas,alcalinas,corrosivas,volteis,etc.Muitossofeitosemboro-silicatopara aumentar a resistncia a choques trmicos. Os equipamentos, aparelhagens e acessrios so de tecnologia especfica para laboratrios e de nada diferem para grandes equipamentos industriais, exceto pelo seu tamanho. Os reagentes so fabricados com altssimo grau de pureza por empresas especializadas, embalados em frascosoupotesespecialmentedesenvolvidosparaaumentaromximopossvelseuprazodevalidadee Qualidade. Vidrarias Tubo de ensaio: usado para testar reaes com pequenas quantidades de reagentes.Vidroderelgio:usadoparapesarpequenasquantidadesdesubstncias,paraevaporarpequenas quantidades de solues e para cobrir bqueres e outros recipientes. Erlenmeyer: Muito utilizado em preparaes de solues qumicas, devido o formato afunilado de seu bico, que no deixa a soluo respingar. Balo de fundo chato: usado para aquecer e preparar solues e realizar reaes com desprendimento de gases. Balo de fundo redondo: de uso semelhante ao balo de fundo chato, mas mais apropriado a aquecimentos sob refluxo. Proveta ou cilindro graduado: para medir e transferir volumes de lquidos e soluo (no muito preciso). Balo volumtrico: para preparar volumes precisos de solues. Pipeta graduada: para medir e transferir volumes variveis de lquidos ou solues, sem muita preciso. Pipetavolumtrica:paramediretransferirumlquidoousoluo,pormmaisprecisoqueapipeta graduada. Bureta: para medir volume de lquidos ou solues por escoamento. Trompadevcuo:aproveita-sedeumacorrentedeguaparaaspiraroar,porumaaberturalateral; usada para as "filtraes a vcuo". Cadinho ou porcelana (ou metal): usado para aquecimento e fuso de slidos a altas temperaturas. Tringulodeporcelana:servedesuporteparacadinhos,quandoaquecedidosdirectamentenachamade gs. Cpsula de porcelana (ou metal): usada para a concentrao e secagem de solues. Almofariz e pistilo: usado para a triturao e pulverizao de slidos. Frasco lavador ou pisseta: empregada na lavagem de recipientes por meio de jactos de gua ou de outros solventes. O mais utilizado o de plstico pois prtico e seguro. Condensador: empregado nos processos de destilao. Sua finalidade condensar os vapores do lquido. refrigerado a gua. Funildeseparaooudecantao:Recipientedevidroemformadepra,quepossuiumatorneira. Utilizado para separar lquidos imiscveis. Deixa-se decantar a mistura; a seguir abre-se a torneira deixando escoar a fase mais densa. Dessecador: usado para guardar substncias em ambiente com pouco teor de umidade. Papel de filtro: retm as partculas slidas, deixando passar apenas a fase lquida. Pgina 14 Equipamentos Normalmente computadores e equipamentos especficos, dependendo de suas finalidades (laboratrios dequmica,defsica,debiologia,declnicamdica,dehidrulica,desolos,deaeronutica,deautomveis, etc). Noslaboratriosdequmica,normalmente,hpelomenosumacapeladelaboratrioondeprodutos qumicos txicos e perigosos podem ser manipulados sem risco. Isto reduz, e geralmente, elimina o risco de inalao dos gases txicos produzidos pela reao dos produtos qumicos. Nos laboratrios, h habitualmente uma ou vrias pias para lavar as mos. Extintores so instalados , paraajudaraapagarofogonocasodeincndio.Higualmenteumdispositivoparalavarosolhoseum chuveiro no caso dos produtos qumicos vazarem sobre as roupas, a pele ou os olhos exceto em laboratrios de tecnologia e de fsica, onde no se utiliza vidraria, capela e produtos qumicos txicos. Emanexoaolaboratrio,hhabitualmenteumouvrioslocaisondeosprodutosqumicossecose midos so armazenados, onde se prepara todos os reagentes como cidos, bases, solues tampo, soluo e ondesedistribuiavidraria,opequenomaterialeosequipamentosdeproteoindividualdopessoal.Num laboratrio de tecnologia ou de fsica, estas salas adicionais,em geral, so utilizadas para o armazenamento dos equipamentos e como atelier de reparo. Freqentemente,umasalareservadapurificaodosreagentesou,nocasodabioqumica,a esterilizaodosequipamentos.Oequipamentoeaorientaodeumlaboratriodependerofinalmentedo seu objetivo. Os laboratrios de universidades, e em geral os de anlise qumica ou bioqumica contm davidraria em grande quantidade. Comoequipamentoscomunsdelaboratrio,pode-seterascentrfugasparasepararosslidosdos lquidos,osespectrofotmetrosparamediraabsorbnciapticadeumlquidoaumcomprimentodeonda definido (medida da cor), trompas para fornecer a aspirao, e termostatos para manter uma temperatura fixa e definida. Oslaboratriosdemicrobiologiatmhabitualmentesalasseparadascompressonegativapara impedir a entrada de bactrias nocivos. O ar passa, em geral, por um certo nmero defiltros e expulso da sala. Oslaboratriosprevistosparatratarsriesdeamostras,comoosdestinadosanliseparaomeio ambiental ou anlises clincas so equipados de aparelhos especializados automatizados concebidos para tratar muito de amostras. A pesquisa e a experimentao no so uma prioridade nestes laboratrios; o objetivo oferecer um resultado rpido e fivel. pH-metroEspectrofotmetroBalana Analtica Estufa de SecagemPonto de FusoCondutivimetro Pgina 15 ReagentesUm reagente qumico ou reativo qumico uma espcie qumica usada numareao qumica. Implica geralmente numa substncia qumica que adicionado com a finalidade de provocar um fenmeno qumico. Por exemplo, o cido clordrico um reagente qumico que provoca a liberao de CO2 do carbonato de clcio: 2 HCl + CaCO3 CaCl2 + H2O + CO2^ Similarmente,ocidoclordricoumreagentequmicoquereagecomozincoproduzindogs hidrognio, sendo o hidrognio proveniente do cido: 2 HCl + Zn ZnCl2 + H2^ Na reao representada abaixo o sal (NaCl) e o nitrato de prata (AgNO3) so os reagentes e o nitrato de sdio (NaNO3) juntamente com o cloreto de prata (AgCl) so os produtos da reao. NaCl + AgNO3 NaNO3 + AgCl Classificaralgunsdosprodutosqumicosenvolvidosnumareaoqumicacomoumreagentena maioria das vezes uma questo de conveno ou perspectiva. Siglas dos Reagentes Qumicos Este texto faz parte de um tema que abrange a Incompatibilidade entre Produtos Qumicos, trazendo referncia organizao indicada para um almoxarifado de laboratrio convencional de produtos qumicos. Dessaforma,umdosprimeiroscuidadosquesedeveteraosedisporreagentesemumcompartimentoa averiguao das siglas contidas nos rtulos dos mesmos, o que muitas vezes ignorado. Atualmente,inclusiveporforadalegislao,as empresas forneceminformaesacercada composioedosefeitosdosprodutosqumicos(nemsempredeformacompleta),masexisteumagrande dificuldadedeseinterpretarcorretamenteasinformaesdisponveisparaqueestaspossamser transformadasemconhecimentoaplicvelnadefesadasadedostrabalhadores.Essadificuldadena interpretaoatingenosapopulaoemgeral,mastambmostrabalhadoresemuitosprofissionaisda rea de Segurana e Sade do Trabalhador. Abaixo so apresentados alguns conceitos e siglas corriqueiras encontradas em produtos qumicos de natureza diversa, sendo que a sua imensa maioria no leva em considerao a classe desses produtos. PA (ParaAnlise):utilizadoparadenominaodereagentesdealtograudepurezaeconfiabilidade, geralmente padres primrios. INCOMPATIBILIDADE:Impossibilidadededoisoumaisprodutosqumicosentrarememcontato. caracterizadapelatransformaototalouparcialdosprodutosassociados,assim formando compostos secundrios com novas propriedades qumicas. FPS(Ficha de Perigo e Segurana): um documento que todo produto qumico deve apresentar, o qual traz informaes sobre perigos relevantes trabalhadores quanto s condies de uso e medidasde precauo em diversas situaes ao manipul-los. REACH (Registro, Avaliaes, Autorizao e Restrio de substncias qumicas): um novo regulamento das substnciasqumicasprovenientedaUnioEuropeia(EU),quetemporobjetivogeralaproteodasade humana edomeioambientequantoaformadeproduoindustrialeutilizaodesubstnciasqumicas. Dessa forma, cada produto obrigatoriamente deve ter um registro, para s assim poder ser exportado U.E. RTULOS:ondeconstaminformaesgeraissobreoproduto,taiscomo:composio,recomendaesde socorroimediatoesmbolodeperigocorrespondente.imprescindvelemlaboratrio,poisatravsdos mesmos que obtemos informaes sobre os produtos mais rapidamente. FICHADEEMERGNCIA e ENVELOPEPARATRANSPORTE:Estesdocumentossodeporteobrigatrio para os veculos que fazem regularmente o transporte ou que eventualmente estejam transportando produtos perigosos ou relacionados qumica. FISPQ (Fichacomdadosdesegurana):Forneceinformaessobrevriosaspectosdosprodutosqumicos, incluindodiversassubstnciaseaindamisturas,emrelaoproteo,segurana,sadeeaomeio ambiente;transmitindodestamaneira,informaessobreprodutosqumicos,recomendaessobremedidas de proteo e tambm aes em situao de emergncia. Pgina 16 Tcnicas para a Limpeza das Vidrarias Todaavidrariaempregadaemlaboratriodeveserperfeitamentelimpaelivredesubstncias estranhas, afim de no afetar os resultados de anlises e preparaes de solues. Marcaes com caneta, resduos qumicos, resduos biolgicos, sujidades, tudo dever ser removido da vidraria durante o processo de limpeza.Para isso, podemos utilizar vrias tcnicas, especficas ou no.LavagemDeve-selavaravidrariaimediatamenteapsouso,casoumalavagemcompletanoforpossvel,o procedimento colocar a vidraria de molho em gua. Caso isso no seja feito, a remoo dos resduos poder se tornar impossvel.Aolavarumrecipiente pode-seusarsabo,detergenteoup de limpeza,nopermitindoquecidos entrem em contato com recipientes recm-lavados antes de enxagu-los muito bem e se certificar que o sabo (ou detergente) foi completamente removido, pois se isso acontecer, uma camada de graxa poder se formar.Aremoodetodoequalquerresduodesabo,detergenteeoutrosmateriaisdelimpezafaz-se absolutamente necessria antes da utilizao dos materiais de vidro. Aps a limpeza, os aparatos precisam ser completamente enxaguados com gua de torneira.Enchem-seosfrascoscomgua,agitandobemeesvaziandologoemseguida,repetindoeste procedimentoportrsouquatrovezesparaaremoodequalquerresduodesaboououtromaterialde limpeza. Ento enxaguar os aparatos com trs ou quatro pores de gua destilada.Banho cidoTrata-se de uma metodologia indicada para a limpeza de vidrarias impregnadas pela anlise de metais, ou no preparo de frascos para coleta de amostras para anlise de metais. A vidrariaser submersa em uma soluo de cido ntrico 1:1 onde permanece por at 12 horas. No recomendvel expor vidrarias ao banho cido por perodos demasiadamente prolongados, devido ao desgaste de marcas e graduaes originais.Esterilizao por temperaturaPodeserfeitaemautoclaveouestufa,ondeavidrariaexpostaaaltastemperaturasporum determinado perodo de tempo. Vidrarias para medidas precisas no devem passar por esse processo, pois o aquecimento do vidro faz com que ele perca sua calibrao.ManuseioToda vidraria requer um cuidado especial com o manuseio e o transporte. Frascos, bqueres e outras vidrarias nunca devem ser seguros pela parte superior ou pelo gargalo. O correto segurar pela lateral e pelo fundo ao mesmo tempo para dar firmeza. Olinkhttp://www.youtube.com/watch?v=MzV4Zl_oa3smostramaioresdetalhesecuidadoscoma limpeza e esterilizao de vidrarias. Pgina 17 Tpico 5 Tcnicas para Medio de Massas & Volumes Massas Balana (do latim bis -doise linx -prato)um instrumento quemedea massa deum corpo. A unidadeusualparamassao kg,porsetratardeumaunidadedo SI.Portanto,ocorretodizerqueas balanasmedemasmassasdoscorposeobjetos,noopesodeles.Contudo,emboraafunoprimriada balana seja medir a massa, h balanas que, por meio de relaes matemticas simples, podem informar o valor aproximado do peso de um corpo. A balana, provavelmente, foi inventada pelos antigos povos orientais h cerca de 4000 AC mas,somenteem1777,Lavoisierfezusodoprimeiroinstrumentodepesagemconfivel,introduzindooMtodo Cientfico em seus estudos sobre combusto derrubando, definitivamente, a Teoria do Flogstico.Atualmente existe enorme variedade de balanas, adaptadas s mais diversas pesagens, desde asquesedestinamapesarenormescargas,comocaminhescarregados,ataparelhosdeextrema sensibilidade, capazes de registrar pequenssimas massas. Tcnicas de PesagensExistem basicamente trs processos de determinao de massa:1. Pesagem Direta: Usada para determinar a massa de um objeto, por exemplo, um pesa-filtro, um cilindro metlico, uma cpsula, papel, etc.2.PesagemporAdio:Usadaquandoadicionamospequenasquantidadesdeamostranumrecipiente (pesa-filtro,bquerpequeno,cpsula,oumesmopapeldefiltroouacetinado,etc)demassaconhecida,at obtermos a massa desejada de amostra.3.PesagemporDiferena:Usadaparadeterminaramassadeumaamostra,pordiferenaentreduas pesagens geralmente usada em processos que utilizam aquecimento e resfriamento. Tipos de Balanas Balana Tcnica Aparelhodepoucaexatido,estabalanadeveserutilizadaapenas emanlisesqualitativas.Estetipodebalanatrabalhacomapenas duas casas decimais sendo, a primeira casa, exata mas, a segunda, duvidosa. Estas balanas podem ser eletrnicas ou manuais. Balana Semi -Analtica Oferece maior exatido que a balana tcnica, pois trabalha com trs casasdecimais(miligrama),sendoasduasprimeiras,exatas,masa terceiraduvidosa.Tambmdevemserutilizadasemanlises qualitativas. A maioria eletrnica. Balana Analtica Oferecegrandeexatidonasmedidasdemassa.Trabalhamcom quatro (dcimos de miligrama) ou mais casas decimais sendo a ltima casa sempre duvidosa. usada em anlisesquantitativas. Podem ser mecnicas (em desuso) ou eletrnicas. Cuidados a serem observados antes das pesagens Nuncacolocarreagenteaserpesadodiretamentesobreopratodabalana;utiliza-separaissopapel acetinado, papel de filtro, vidro de relgio, bquer pequeno, pesa-filtro, etc.Nunca pesar materiais quentes pois a balana est calibrada para pesar temperatura ambiente.Nunca pesar substncias corrosivas, volteis ou higroscpicas em frascos abertos. Utilize um pesa-filtro.O frasco usado para conter a substncia a ser pesada deve estar limpo, seco, na temperatura ambiente e nodevesertocadocomasmosquepodemimpregn-locomgordura;utilize,paramanipul-lo,papel absorvente fino.Nunca ultrapassar a carga mxima da balana. Toda balana possui sua carga mxima declarada na parte frontal.Para fazer a leitura da massa, a balana deve estar fechada.Conservar a balana sempre limpa e fechada. Utilize um pincel para limp-la. As janelas da balana analtica devem estar fechadas durante a pesagem. Pgina 18 VOLUMEs Medir volumes de lquidos faz parte da rotina de qualquer laboratrio qumico. As medidas de volumes podem ser efetuadas para serem usadas em anlises qualitativas (no requer muita exatido) ou em anlise quantitativa (requer exatido). Portanto, necessrio que o Tcnico saiba diferenciar e usar corretamente os materiais volumtricos, de modo a reduzir ao mnimo o erro das anlises. Os materiais volumtricos mais comuns so: Balo Volumtrico BuretaPipeta Graduada Pipeta Volumtrica Proveta A preciso do material est relacionada com a temperatura na qual o material est sendo utilizado(emgeralsocalibradostemperaturade20C)ecomalimpeza.Existetambmumarelaoentreo dimetro onde se localiza o trao de aferio (marca onde se faz a leitura) e a preciso do material; em geral, quanto maior o dimetro, menor ser a preciso e, quanto menor o dimetro, maior ser a preciso. Os materiais volumtricos nunca devem ser colocados em estufas, pois o calor dilata o vidro e,consequentemente, pode descalibrar o material.Os frascos volumtricos disponveis so de dois tipos:TC-Aquelescalibradosparacontercertovolumedelquido,oqual,setransferido,noosertotalmente. Esses frascos exibem a sigla TC (to contain) gravada no vidro. Logo, Esses frascos no devem ser usados para transferncia, pois iro transferir um volume menor sempre.TD-Aquelescalibradosparalivrarumdeterminadovolumedelquido.EssesfrascosexibemasiglaTD(to deliver) gravada no vidro. Logo, esses frascos so indicados para transferncia de um volume determinado. I - Provetas ou Cilindros GraduadosSomateriaisutilizadosemmedidasaproximadasdevolume,poisapresentamerrode1%nas medidas de volume e, portanto, no devem ser utilizadas em anlises quantitativas. Em geral, apresentam a sigla TD. Existem provetas de vrias capacidades, variando de 5 mL at alguns litros.II - PipetasPodem ser de dois tipos: Graduadas ou volumtricas.Pipetas Graduadas: possuem a sigla TD. So providas de uma escala numerada de cima para baixo e, geralmente graduada em dcimos de mililitro (0.1 mL). A suco do lquido deve ser feita com um pipetador, o mais comum a pera de segurana, ou com vcuo. Esse tipo de pipeta serve para escoar volumes variveis de lquido, mas sua preciso menor que a da pipeta volumtrica.Pipetas Volumtricas: possuem a sigla TD. So usadas para transferir um volume nico de lquido. As pipetas volumtricas comumente encontradas so de: 1,00 mL, 2,00 mL, 5,00 mL, 10,00 mL, 15,00 mL, 20,00 mL, 25,00 mL, 50,00 mL 100,00 mL e 200,00 mL.Paraseusarestetipodepipeta,considerandoqueelaestlimpa,deve-seinicialmenteenxagu-la duasoutrsvezescompequenasporesdasoluoaserutilizada.Cadaporopostaemcontatocom toda a superfcie interna da pipeta antes de ser escoada. Esta operao se chama ambientar.Finalmente, usando pera de segurana ou vcuo, a pipeta cheia com a soluo at 1 a 2 cm acima do seutraodeaferio.Nestaoperao,apipetanodeveserintroduzidademaisnasoluoaserpipetada, mastambm,notopoucoquepossahaverperigodesuaextremidadeficar,duranteasuco,forada soluo. Usando um papel absorvente macio, enxuga-se a parte externa inferior da pipeta e, com a pipeta na vertical, deixamos o lquido escoar lentamente para um bquer pequeno, at que a parte inferior do menisco coincida com o trao de aferio da pipeta. Este ajustamento deve ser feito com a pipeta na posio correta (o traodeaferiodeveestarposicionadonamesmadireodosolhosdooperador)paraevitarerrosde paralaxe.Pgina 19 III - BuretasSo frascos volumtricos TD, usados para escoar volumes variados de lquidos, com relativa preciso. So muito usadas em titulaes. A bureta consiste num cilindro longo, uniformemente calibrado em toda sua extenso de escala graduada de cima para baixo e possui, entre a extremidade inferior e o cilindro graduado, um dispositivo de controle (torneira) que pode ser de vidro esmerilhado ou teflon.Durante a sua utilizao ela deve estar na posio vertical, fixada ao suporte universal atravs deumagarra(garraparabureta)e,oseuinterior,deveestarcompletamentecheiodelquidotitulante,sem nenhumabolhaecomaparteinferiordomeniscotangenciandootraodeaferiozerodabureta.As torneirasdevidrodevemserlubrificadascomvaselinaparafacilitarseumanuseio.Casoatorneirasejade teflon, no propriamente necessrio lubrific-la, mas uma fina camada de lubrificante, facilita seu manuseio e at evita vazamentos. As buretas mais comuns so de 10,00 mL, 25,00 mL e 50,00 mL mas existem menores emaiores(5,00mLat100,00mL)emicroburetascomcapacidadesdeat0,100mL.Asburetastambm devem ser ambientadas 2 ou 3 vezes com a soluo a ser utilizada. IV Bales VolumtricosSomateriaisvolumtricosconstrudosparaconterexatamentecertovolumedelquido,numa determinadatemperatura(20C);poressemotivo,exibemasiglaTC.Soutilizadosparasepreparar solues. Apresentam um nico e fino trao de aferio gravado em torno do gargalo, que indica at onde o nvel do lquido deve ser elevado para completar o volume do frasco. O gargalo deve ser bastante estreito em relaoaocorpodobalo,afimdequeumpequenoerronoajustedomeniscoemrelaoaotraode aferio, no ocasione um erro considervel no volume total da soluo. Os bales volumtricos mais utilizados so de: 10,00 mL, 20,00 mL, 25,00 mL, 50,00 mL 100,00 mL, 200,00 mL, 250,00 mL, 500,00 mL, 750,00 mL, 1000,0 mL e 2000,0 mL. Alm de sere utilizados na preparao de solues, so empregados tambm, para obteno, com auxlio de pipeta volumtrica, de alquotas de soluo da substncia analisada. Tcnicas para Leitura de VolumesA superfcie do lquido contido num tubo de pequeno dimetro, no plana. Devido tenso superficial elaadquireaformadeummenisco(cncava).Oacertoealeituradonveldoslquidosnosmateriais volumtricos assim devem ser feitos:1-Osmateriaisqueseapiamporsimesmos(balesvolumtricoseprovetas)devemestarsobre uma superfcie plana e, os que no se apiam por si mesmos (buretas e pipetas) devem estar sustentados na posio vertical (a bureta deve ser fixada ao suporte universal atravs de uma garra e a pipeta, suspensa pela mo do operador); 2 - O operador deve se posicionar corretamente em relao ao trao de aferio para evitar erros deparalaxe, ou seja, os olhos do operador e o trao de aferio do material volumtrico devemestar na mesma horizontal; 3-Ooperadordevefazercomqueaparteinferiordomeniscotangencieotraodeaferiodo material volumtrico (se o lquido usado for escuro no transparente - dever tangenciar a parte de cima do menisco); 4-Parafacilitaraleituradaparteinferiordomenisco,convenienteusarumcartocomum retngulo preto gravado. Esse carto colocado atrs da bureta, de modo que o retngulo preto fique a 1 mm abaixo do menisco. Isso faz enegrecer o menisco, tendo maior realce contra o fundo preto do carto. Ostraosdeaferiogravadosemcrculoousemicrculofacilitamooperadoraevitarerrosde paralaxe. Pgina 20 TCNICAS PARA TRANSFERNCIA de materiais Em qualquer experimento qumico a interpretao dos dados obtidos experimentalmente baseia-se napressuposio de que os nicos componentes do sistema no seu estado inicial so os reagentes que foramutilizados; isto significa que se deve manej-los de modo a evitar que sejam contaminados por materiaisestranhos ao sistema, o que se pode fazer seguindo certas regras estabelecidas pela prtica. 1 Transferncia de SlidosPara transferir um material granulado ou pulverizado de um frasco depsito para outro recipiente, usegeralmente uma esptula limpa e seca, conforme a figura abaixo: Pararetirarumagrandequantidadedeumreagenteslidodeumfrascodepsitogireofrasco lentamentedeumladoparaooutro,inclinando-oparafrentecomomostradonafiguraabaixo;desta maneira, voc pode controlar a vazo do slido, fazendo-a lenta ou rpida como desejar. Uma folha de papel podeserbastantetilquandovocdesejartransferirumslidoparaumrecipientedebocaestreita;o processoempregadodependerdaquantidadedeslidoquedeversertransferida,conformeasfiguras abaixo: 2 Transferncia de Lquidos Para transferir um lquido de um frasco depsito para um tubo de ensaio voc deve levar os recipientes altura dos olhos, com os braos dobrados, mantendo o rtulo ou etiqueta do frasco para cima conformemostra a figura abaixo. Tome os devidos cuidados para no contaminar a rolha do frasco. Proceda de modosemelhante quando transferir um lquido de um bquer para um tubo de ensaio. Para transferir um lquido de um frasco depsito ou de um bquer use um basto de vidro para evitarrespingos, conforme mostram as figuras abaixo: Pgina 21 Tpico 6 Tcnicas para Utilizao do Bico de Bunsen Muitas operaes de laboratrio necessitam de uma fonte de calor e manejo simples; tais fontes so os bicos de gs cujos tipos mais comuns so os seguintes: BunsenTirrilMeker Dopontodevistaoperacionaldostrstiposbsicossofundamentalmentesemelhantes;emtodos eles o gs injetado logo acima da base e se mistura no tubo com o ar que aspirado por ele, atravs dos orifcios cuja abertura pode ser modificada com o auxilio de um anel corredio tambm perfurado. No bico de Bunsen a quantidade de gs que nele queimada regulada pelo registro de gs da mesa do laboratrio ao passo que, no Tirril e no Meker, a regulagem feita por um registro de agulha localizada na base do bico. Nos bicos de Bunsen e Tirril o tubo cilndrico enquanto que no de Meker ele apresenta um estrangulamento que provoca uma mistura mais intima do gs e do ar, que propicia uma combusto mais rpida e uniforme; alm disso, na boca do Meker h uma grade metlica que melhora as condies de combusto.A maneira correta de acender um bico de gs consiste em fechar completamente a entrada de ar, abriro registro do gs e chegar a chama de um fsforo ou isqueiro boca do bico (lateralmente). Operando dessamaneira, obtm-se uma chama amarela e fuliginosa, luminosa, porque a combusto incompleta; abre-seento, gradualmente a entrada de ar at que a chama se torne azul, sinal de que o gs est sendo queimadocompletamente.O aspecto normal da chama de um bico de gs o da figura abaixo: AzonaAaregiomaisfriadachama;nelaatemperaturadesomente300Ceaogs praticamente no queima. O cone interno (zona B), luminoso, que contm ainda combustvel no queimado, denominado chama redutora ou zona redutora da chama; o cone externo (zona C), quase incolor, tem o nome dechamaoxidanteouzonaoxidantedachama,porqueneleacombustocompletaehexcessode oxignio. Esta zona a regio mais quente da chama e nela, no bico de Bunsen, a temperatura alcana valores da ordem de 1560C no ponto localizado a 2/3 da altura da chama medida a partir da sua base.QuandoseacendeobicodeBunsencomoregistrodearabertoachamaretornaeogsqueima dentrodotubo,quandoistoacontecer,vocdeverapagarobicoedeix-loesfriarcompletamentepara depois acend-lo corretamente. Pgina 22 Tpico 7 Sistemas de Laboratrios 7.1 Ponto de Fuso Temperatura na qual uma substncia passa do estado slido para o estado lquido. uma propriedade especfica fsica da substncia. A mudana de estado recebe o nome de fuso. As substncias puras fundem temperatura constante; no caso das impuras (misturas),ocorreelevaodatemperaturaduranteafuso,ouseja,as misturasnoapresentamumpontodefuso,esimumafaixadefuso durante a mudana de estado. Existe um tipo de mistura que se comporta durante a fuso como uma substnciapura,amisturaeuttica.Asmisturaseutticaspossuem composioqumicafixa,efundemtemperaturaconstante,antesqueo componente de menor ponto de fuso entre em fuso. comum a ocorrncia deeutticosemligasmetlicas,comoporexemplo,ometalfusvel(liga quaternria de estanho PF = 231,8 C, chumbo PF = 327,5 C, cdmio PF = 320,9C,zincoPF=419,4C)usado emdispositivoseltricosmas, o ponto de fuso desta liga 70 C. As propriedades fsicas das substncias so usadas para determinar se uma amostra pura ou no.Assim,adensidade,pontodefuso,pontodeebulio,solubilidade, condutividadetrmica,condutividadeeltricaentreoutras,sopropriedades comumente utilizadas como critrio de pureza na identificao de substncias. Existem vrios aparelhos para determinao do ponto de fuso das substncias, mas a maior partedos mtodos baseia-se no aquecimento da amostra at a sua fuso e leitura da temperatura de fuso atravs de um termmetro. 7.2 Ponto de Ebulio Temperaturanaqualumasubstnciapassadoestadolquidoparaoestadogasoso.Aoaquecermos umlquido,inicialmenteocorreumescapedasmolculasqueficamnasuperfcie(evaporao),masao atingirmosseupontodeebulio,odesprendimentodasmolculasocorreemtodaamassalquida.Isto evidenciadopelaformaodebolhas,quenadamaissodoqueos espaosocupadospormolculasdasubstncianaformadevapor (estadogasoso),queseformainicialmentenofundoquearegio querecebeprimeiroocalordachamaoudeoutrosistemade aquecimento. Ocomportamentodatemperaturaduranteoaquecimentode umasubstnciapuranoestadolquidoanlogoaoaquecimentode uma substncia pura no estado slido, ou seja, durante a mudana de estado,atemperaturasemantmconstante.J,seolquidoem ebulioforumamistura,nohaverumpontodeebulio,esim, umafaixadeebuliojquenestecasoatemperaturacontinua subindolentamenteduranteamudanadeestado.Esse comportamentodaebuliodeumasubstnciapuraoudeuma misturapodeserverificadonaprtica,anotando-seosvaloresda temperatura em vrios intervalos de tempo. Os dados obtidospodem ser plotados num grfico de temperatura x tempo, chamado de curva de ebulio.Existe uma classe de misturas lquidas que se comporta como assubstnciaspurasapenasduranteaebulio:soasmisturas azeotrpicas.Estasmisturasdestilamemtemperaturafixae composio qumica bem definida, por exemplo: HCl e gua (ferve a 108,58 C com 20,22 % em HCl 760 mm Hg), lcool etlico e gua (ferve a 78,17 C com 96 % de lcool 760 mm Hg). Se mudarmos a presso, a temperatura de ebulio do azetropo e sua composio tambm mudam. Pgina 23 7.3 Destilaes A destilao o modo de separao baseado no fenmeno de equilbrio lquido-vapor de misturas. Em termos prticos, quando temos duas ou mais substncias formando uma mistura lquida, a destilao pode ser um mtodo para separ-las. Basta apenas que tenham volatilidades razoavelmente diferentes entre si. Um exemplo de destilao que remonta antiguidade a destilao de bebidas alcolicas. A bebida feita pela condensao dos vapores de lcool que escapam mediante o aquecimento de um mosto fermentado. Comoopontodeebuliodolcoolmenorqueodaguapresentenomosto,olcoolevapora,dando-se assim a separao da gua e o lcool. Um exemplo disto tambm a aguardente, com compostos de cana de acar, possibilitando a separao devido aos diferentes pontos de ebulio. Outros exemplos so a grappa, o whisky, o conhaque etc. O vapor que escapa da mistura aquecida capturado por uma serpentina refrigerada que o devolve ao estado lquido. O petrleo um exemplo moderno de mistura que deve passar por vrias etapas de destilao antes deresultaremprodutosrealmenteteisaohomem:gases(umexemploo gsliquefeitode petrleo ou GLP), gasolina, leo diesel, querosene, asfalto e outros. O uso da destilao como mtodo de separao disseminou-se pela indstria qumica moderna. Pode-se encontr-la em quase todos os processos qumicos industriais em fase lquida em que seja necessria uma purificao. Os principais mtodos/processos de destilaes industriais so: Destilao Simples Mtodorpidodedestilao,edeveserusadosemprequepossvel-uma tcnicarpida,fcile,serespeitadoseuslimites,eficaz.A destilao simples serve para a separao de uma mistura homognea de slido e lquido, comoNaCleH2O,porexemplo. importante queos pontosdeebulio das duas substncias sejam bastante diferentes. A soluo colocada em um balo de destilao, feito de vidro com fundo redondo e plano, que esquentado por umachama.Abocadobalotampadacomumarolha,juntocomum termmetro.Obalopossuiumasadalateral,inclinadaparabaixo,nasua partesuperior.Nessasadaacopladoo condensador.Ocondensador formadoporumdutointerno,ondeemvoltadessedutopassaguafria corrente. Esse duto desemboca em um bquer ou erlenmeyer. Destilao a Vcuo (Presso Reduzida) Realizadasobpressoatmosfricareduzida.Comoatemperaturadeebulio deumlquidoatingidaquandoapressodevaporseigualapresso externa,aosediminuirartificialmenteapressosobreolquidoconsegue-se realizar a destilao a uma temperatura inferior ao ponto de ebulio normal. A vantagempoderpurificarlquidosquesedecompemantesmesmode entrarememebulioouqueprecisamdeelevadastemperaturasparaserem destilados. Na execuo dessa tcnica utiliza-se uma aparelhagem similar da destilao fracionada, com a diferena de que se adapta uma bomba de vcuo que reduzir a presso do meio. Destilao por Arraste de Vapor Mtodo utilizado quando as substncias a serem separadas no so solveis em gua,almdeumadelasserligeiramentevoltileasoutrasfixasouparao casodequeumadassubstnciasaserdestiladasedecomponhacomao diretadocalor,ouseja,apresentesensibilidadetrmica. Apartirdodesenhopode-seobservarquecomovapordgua,geradono primeirobalodoequipamento,pode-seextrairasubstnciamaisvoltilda mistura(queseencontranosegundobalo).Oresultadodoprocesso(o destilado)umamisturaformadaporguaeasubstnciamaisvoltil(que podem ser separadas atravs da decantao por serem imiscveis). Destilao Fracionada Esseprocessoconsistenoaquecimentodeumamisturademaisdedois lquidosquepossuempontosdeebuliodiferentes.Assim,asoluo aquecida e separa-se inicialmente o lquido com menor ponto de ebulio e, em seguida,olquidocomopontodeebuliomaior.Exemplos:osderivadosdo petrleososeparadospordestilaofracionada,ondecadacomponente destiladoemumatemperaturadiferente:baixastemperaturasseparama gasolina e o querosene, j na temperatura em torno de 300C, so destilados os leos e as parafinas. Pgina 24 7.4 Solubilidades Solubilidade ou coeficientedesolubilidade (CS)aquantidade mximaqueumasubstnciapodedissolver-seemumlquido,eexpressa-se em mols por litro, gramas por litro ou em porcentagem de soluto/solvente. Esse conceito tambm se estende para solventes slidos. Nasolubilidade,ocarterpolarouapolardeumasubstnciainflui principalmente,poisdevido polaridade,estassubstnciasseromaisou menossolveis.Dessaforma,substnciaspolarestendemasedissolverem lquidos polares e substncias apolares, em lquidos apolares. Otermosolubilidadedesignatantofenmenoqualitativodoprocesso (dissoluo), como expressa quantitativamente a concentrao das solues. A solubilidadedeumasubstnciadependedanaturezadosolutoedosolvente, assimcomoda temperatura eda presso squaisosistemasubmetido.a tendncia do sistema em alcanar o valor mximo de entropia. Ao misturar um soluto com um solvente, pode haver a formao de trs tipos de solues: saturada, soluoinsaturadaousoluosupersaturada,cadaumadelasdependendodaquantidadedesolutoquese dissolveu no solvente. Oprocessodeinteraoentreasmolculasdosolventeeaspartculasdosolutoparaformar agregados denominado solvatao e, se o solvente for a gua, hidratao. A solubilidade das substncias depende de vrios fatores como, por exemplo:Naturezadosolutoedosolvente:emgeral,solventespolaresdissolvem maissolutostambmpolarese solventes apolares, dissolvem solutos apolares.Temperatura:geralmenteasolubilidadedeslidoselquidosfavorecidacomoaumentodatemperatura, mas para os gases o inverso: quanto menor a temperatura, maior a dissoluo do gs.Presso: apenas os gases sofrem a influncia da presso e, nesse caso, se aumentarmos a presso sobre um sistema que contm gs, maior ser sua solubilidade. 7.5 Filtrao Afiltraoumprocessodeseparaodemisturasheterogneasslido-lquidoouslido-gsque consiste em fazer a mistura atravessar um material poroso capaz de reter a fase slida e deixar atravessar a fase fluida. Oprocessodefiltraolargamenteutilizadonasindstriasenoslaboratriosdeanlises.Em laboratriosqumicos,afiltraomaisutilizadaaqueseaplicasmisturasheterogneasslido-lquido. Nestecasoomaterialfiltrantepodeserdevriostipos:membranasfiltrantes,papel,algodovegetal,lde vidro,carvoativoeoutros.Oquedefineomelhorfiltroaserutilizadoomaterialqueserfiltrado.Os papis de filtro possuem vrias especificidades, pois so fabricados em vrios graus de espessura e porosidade e a sua escolha ser em funo do material slido a ser retido. A escolha do papel de filtro feita inicialmente, em funo da anlise, qualitativa ou quantitativa, j que existem estes dois tipos de classificao do papel.Os papis de filtro quantitativos fornecem uma quantidade de cinza muito pequena e sua capacidade de reteno dada de acordo com a faixa. Assim:Faixa Preta utilizado para reter precipitados grandes e gelatinosos. Ex: sulfetos e hidrxidos.Faixa Branca utilizado para reter precipitados mdios. Ex: oxalato de magnsio.Faixa Vermelha - utilizado para reter precipitados finos. Ex: sulfeto de zinco.Faixa Azul - utilizado para reter precipitados muito finos. Ex: fosfato de magnsio.Faixa Verde - utilizado para reter precipitados de sulfato de brio.Existem ainda outros materiais utilizados nas filtraes, principalmente se for necessrio secar epesar os precipitados nas anlises quantitativas, tais como:CadinhodeGooch:umcadinhodeporcelanaoudeplatina,oqualpossuiofundoperfurado,ondese acomodaumacamadafiltrantedefibrascomoamiantoouxidodealumnio.Estacamada,apslavagem e secagem em estufa por vrias vezes, at peso constante, estar pronta para uso. A filtrao realizada com este tipo de cadinho feita a vcuo.Cadinho filtrante de vidro sinterizado: um cadinho de vidro que possui no seu interior uma placa fixa de vidro sinterizado podendo variar de porosidade, utilizado desde que o material retido seja secado a no mximo 200C. Neste caso tambm a filtrao feita a vcuo. Para que uma filtrao se processe de forma eficiente, necessrio que:a) O corpo slido no passe atravs do papel de filtro ou penetre em seus poros. b)Olquidonoreajacomomaterialfiltrante(papeloualgodovegetal),nemodissolva,mesmoque parcialmente, como no caso de lquidos corrosivos ou dissolventes de celulose. Oempregodopapeldefiltrodeveserdispensadoquandosetratardefiltraodesubstncias corrosivas, como cido sulfrico, por exemplo, ou dissolventes de celulose, usando-se nestes casos, l de vidro (para lquidos corrosivos) e algodo vegetal (para dissolventes de celulose), para evitar perda do material por disperso atravs do papel. Quando existe grande quantidade de material a ser filtrado, ou mesmo quando a filtraomuitolenta,omaisindicadofazerumafiltraosobpressoreduzida(vcuo),poisdiminuio tempo de filtrao. Pgina 25 7.6 Dissoluo Fracionada um mtodo de processo de separao para separar misturas heterogneas de dois ou mais slidos, quandoapenasumdoscomponentessedissolveemumdadosolvente.Pois,assim,oliquidodissolveesse componente e, por filtrao, separa-se o outro componente. A seguir, atravs de uma evaporao do lquido usado, recupera-se o componente solvel. Como exemplo, tem-se uma mistura de sal mais areia e a ela adicionamos gua aonde somente o sal ir se dissolver. Portanto, temos soluo salina mais areia, uma mistura ou sistema heterogneo, na qual em seguidaserfeitaafiltraosendoaareiaretidanopapeldefiltro.Ofiltrado,nocasoasoluosalina, passar por processo de evaporao ou destilao simples, isto , a gua lquida passar para o estado gasoso e o sal permanece no fundo do balo de destilao ou outro recipiente.umatcnicaoumtododeprocessodeseparaoparasepararmisturasheterogneasdedoisou maisslidos,quandoapenasumdoscomponentessedissolveemumdadosolvente.Pois,assim,oliquido dissolveessecomponentee,porfiltrao,separa-seooutrocomponente.Aseguir,atravsdeuma evaporao do lquido usado, recupera-se o componente solvel. 7.7 Cristalizao Osslidospodemterformascristalinasouamorfas.Naformacristalina,oscristaistmformas regulares, caso o slido possua formas irregulares, ele classificado como amorfo. Alguns exemplos de cristais so: CbicoHexagonalMonoclnicoOrtorrmbico Apurificaodeprodutosslidosemsoluo,isolando-osdosdemaiscomponentesdamistura, obtendoocomponentenaformadecristaispuros,muitoutilizadanaobtenodeumasriedeprodutos, entre eles, o sal de cozinha que sofre cristalizao por evaporao da gua em salinas.O processo de cristalizao a ser utilizado determinado pelas propriedades fsicas da substnciaque se quer purificar. Assim, temos:Cristalizaoporviaseca:processoaplicadossubstnciasquesublimam(quandoaquecidas,passam diretodoestadoslidoparaoestadogasosoevice-versa).Esteprocessoconsisteemaquecermosa substncia a ser sublimada e seus vapores so recolhidos numa superfcie fria para voltarem ao estado slido (ressublimao).Cristalizaoporviamida:Processoaplicadossubstnciassolveisemgua(guaosolventemais utilizado). Neste caso podemos fazer uma dissoluo a frio ou a quente.Dissoluo a frio consiste em dissolver o soluto at atingir seu coeficiente de solubilidade, ou seja, dissolver a quantidade mxima de soluto num certo volume de solvente. Filtra-se a soluo para eliminar as impurezas e oexcessodesoluto,easeguir,evapora-selentamenteosolventeparaobtermososcristaispurificadosdo soluto. Dissoluoaquenteconsisteemfazerumasoluosaturadaaquente,filtraramisturapararemoveras impurezas e o excesso de soluto. Esta filtrao deve ser bem rpida para evitar que o soluto cristalize nesta etapa, por isso comum usar como meio filtrante o algodo vegetal (pequena quantidade). Em seguida deixa-se a soluo resfriar lentamente.Na cristalizao por via mida a quente o tamanho e a regularidade dos cristais dependem do tempo de resfriamento e do repouso da soluo. Quanto mais lentamente for o resfriamento, maior ser o tamanho dos cristais e, a forma regular ser mais acentuada se a soluo for deixada em repouso sem que a toquem a todo instante. Pgina 26 7.8 Purificao da Aspirina Osprodutosslidosisoladosdereaesorgnicasraramentesopuros,geralmenteesto contaminadas com pequenas quantidades de outros compostos, denominados impurezas, que so produzidos ao lado do produto desejado.A purificao dessas substncias cristalinas pode ser feita por cristalizao por via mida, separando as substnciasquesosolveisaquentedasinsolveisou,poucosolveisafrio,emumdadosolventeou mistura de solventes. Oprocessodecristalizaodassubstnciasorgnicaspodeser dividido nas seguintes etapas:a)Dissoluodasubstncia,contendoimpurezas,emumsolvente apropriado em temperatura prxima da ebulio do solvente;b)Filtraodasoluoaquentepararemoodasimpurezas,de insolveis e de poeira;c) Resfriamento da soluo, em repouso, para que ocorra a cristalizao da substncia dissolvida;d)Filtraoparaseparaodoslidocristalizado,dasoluo sobrenadante;e) Lavagem e secagem dos cristais puricados.Nemsempreacristalizaopermiteobterumcomposto100% puro. Neste caso, uma recristalizao favorece a obteno de um produto menosimpuro,operaoquepoderserrepetidaatqueseconsigaa pureza desejada.A escolha do solvente numa cristalizao de fundamental importncia para garantir a maior eficincia desteprocesso.Nestesentido,devemosconsiderar algumascaractersticasdosolventeaser empregado,ou seja, o solvente dever:a) Apresentar uma alta capacidade de dissoluo do composto impuro em temperaturas elevadas, porm em temperaturaambienteoubaixa,osolventedeverapresentarumabaixacapacidadededissoluoda substncia a ser purificada;b) Dissolver totalmente as impurezas;c) Levar a formao de cristais bem formados do composto purificado;d) Possuir ponto de ebulio baixo o suficiente para facilitar sua remoo;e) No reagir com a substncia a ser purificadaA seleo do solvente deve tambm considerar fatores como facilidade de manipulao, toxidade,inflamabilidade e custo. 7.9 Teor de lcool na Gasolina Pormeiodadestilaoedorefinamentodopetrleo,obtm-sevrias substnciasdegrandeimportnciaeconmica,comoquerosene,leo diesel, GLP(GsLiquefeitodePetrleo),gsnatural,leoslubrificantes,parafinae asfalto.Porm,afraodopetrleoqueapresentamaiorvalorcomerciala gasolina, usada nos automveis. Agasolinaumamisturadehidrocarbonetossaturados(compostos orgnicosformadossomenteporcarbono(C)ehidrognio(H)eque apresentam somente ligaes simples entre carbonos), com cadeias carbnicas que contenham de cinco a oito carbonos. O motor a exploso de quatro tempos o mais utilizado nos automveis movidos gasolina. Conforme se explica mais detalhadamente no texto ndice deOctanagemdaGasolina,quantomaioraresistnciadagasolina compressodessemotor,melhoragasolina.Isto,agasolinatemque explodir ou entrar em combusto no momento certo, que quando a vela solta afascaelanopodedetonarantes.Quantomaisresistenteforagasolina,maiorserseu ndicede octanagem. Paraobterndicesdeoctanagembastanteelevados,atmesmoacimade100%,soadicionadas gasolinasubstnciasdenominadasantidetonantes.Dentreessas,aqueantigamentecostumava-seusarera o chumbo tetraetila (Pb(C2H5)4). Porm, ele est sendo banido e j proibido no Brasil, em virtude do seu altoteordetoxidade.Nacombustodagasolinaquecontmesseantidetonanteformadonomotorum resduo slido de xido de chumbo que removido pelos compostos halogenados, sendo eliminado juntamente com os gases produzidos na combusto. Assim, o chumbo liberado na atmosfera e ele se torna um poluidor atmosfrico. Almdisso,oscompostosdechumbosoprejudiciaissadeepodemcausarumasriede distrbios.Portanto,comosubstituintedochumbotetraetila,noBrasil,o lcoolanidro(semgua) ou o etanol(C2H5OH) adicionadonagasolina,agindocomoantidetonanteeaumentandoaeficinciadesse combustvel. No entanto, no se pode adicionar qualquer quantidade de lcool na gasolina. A Agncia Nacional Pgina 27 doPetrleo(ANP)determinaqueoteordeetanoldeveetarentre22-26%emvolume. Umteormaiorou menor do que esse compromete a qualidade do produto. Essaporcentagemjvemadicionadanagasolina;porm,relatam-secasosdepessoasquequerem lucrar mais e, para tal, acabam adicionando mais etanol (que mais barato) na gasolina. 7.10 Extraes de Iodo Aextraoconsistenaseparaodeumcomposto,contidonumasoluoou numa suspenso, atravs da adio de um solvente que dissolva o composto mas, que sejainsolvel(oumuitopoucosolvel)nolquidoquecontmocomposto,ouseja, introduzimosnamisturaumsolventeseletivoquedissolvaosolutomas,quenoseja miscvel no solvente j existente.Estetipodetcnicamuitoutilizadonaseparaodecompostosorgnicosde soluesaquosas.Baseia-senofatodeque,emgeral,assubstnciasorgnicasso menossolveisemguadoquenossolventesorgnicos,distribuindo-se,destaforma, quando em contato com estes dois solventes, naquele que apresenta maior solubilidade.Arelaoentreasconcentraesdedissoluodocompostoemambosos solventes, em uma dadatemperatura, d-se o nome de Coeficiente de Partico.Desta forma, possvel atravs de uma simples agitao em funil de separao, promoveraextraodeumcompostodeumasoluooususpensoeisolar posteriormente,ocompostoextradoatravsdaeliminaodosolvente(destilao,evaporao,etc).Esta operao deve seguir as seguintes etapas:1. Introduz-se a soluo e o solvente da extrao em um funil de separao de haste curta e com capacidade igual ao dobro do volume dos lquidos;2. Agita-se o funil cuidadosamente, invertendo a posio do funil e abrindo a sua vlvula (torneira) para aliviar apressointerna.Cuidadoparanodirecionarasadadofunilparasiouparaoutraspessoas.Repetireste procedimento por mais duas vezes;3. Deixa-se a mistura em repouso at que se observem duas camadas bem delineadas.4. Abre-se a torneira e deixa-se escorrer a fase mais densa, sendo que a fase menos densa deve ser retirada pela parte superior do funil, para evitar contaminao com algumas gotas da outra fase que ficam na haste do funil. Nasextraesdesoluesaquosasporsolventesorgnicos,comumformaremulsodurantea agitao,oqueimpossibilitaaextraodosoluto,poisnohseparaodasduasfases.Paraevitareste problema,pode-sesaturarafaseaquosacomsaisinorgnicos,cloretodesdio,porexemplo,quediminui consideravelmente a solubilidade de muitas substncias orgnicas na gua, impedindo a formao de emulses e favorecendo a separao das fases na extrao. A explicao deste fato est no aumento da polaridade da fase aquosa, quando adicionamos um sal inorgnico.Outroaspectoquedeveserconsideradodizrespeitoaonmerodeextraesquedevemser realizadas.Quantomaioronmeroderepetiestantomaioraquantidadedesubstnciaseparada. Recomenda-se,portanto,umaextraomltipla,ouseja,comrepetidasextraes,utilizando-seemcada extrao, uma parte do volume total que seria empregado para extrao em uma s etapa. Pgina 28 Tpico 8 Volumetria de Neutralizao 1 O que um Processo de Titulao? A Titulao uma operao analtica utilizada emanlises volumtricas com o objetivo de determinar a Concentrao de solues. Os principais materiais e reagentes a serem utilizados so: Bureta com capacidade de 25ml ou 50ml (aferida); Suporte universal; Garras para bureta; Frascos erlenmeyer; Pipeta volumtrica de 5.0ml ou 10.0ml; Pra automtica ou sifonada; Indicadores de titulao (para anlises colorimtricas); pH-metro calibrado (para anlises potenciomtricas); Soluo titulante (de concentrao conhecida); Soluo-Problema (ou titulada, cuja concentrao ser determinada). Numatitulaocido-baseocorreumareaocompletaentreocidoea base, chamada de Neutralizao, que pode ser expressa por: cido+Base Sal+gua Exemplos: HCl(aq)+NaOH(aq)NaCl(aq)+H2O(liq) 2 HNO3(aq)+Ba(OH)2(aq)Ba(NO3)2(aq)+2 H2O(liq) 2 Como se executa uma Titulao? ATitulaoconsistenaadiolentaecontroladadeumasoluodeconcentraopreviamente conhecida,chamadadeTitulante,sobreoutrasoluodeconcentraodesconhecida,chamadadeTitulado, at que se atinja um ponto de equivalncia ou equilbrio inico. Tituladoumasoluodeconcentraodesconhecida(oalvodatcnica),masdevolume rigorosamente medido quando transferido volumetricamente para um Erlenmeyer. Titulante uma soluo de concentrao rigorosamente conhecida e controlada, que ficar acondicionada dentro da bureta. 3 Ponto de Equivalncia (PE) Tambm conhecido como ponto de equilbrio , rigorosamente, a altura da titulao em que a relao entre o nmero de moles do titulante adicionados exatamente igual ao nmero de moles do titulado. previsto pela equao estequiomtrica da reao, representado por: ncido=nbase Existem duas tcnicas para a determinao do Ponto de Equivalncia: PotenciomtricoColorimtrico 3.1 Mtodo Potenciomtrico Durante a titulao, introduz-se um eletrodo de pH no titulado, o que permite a medio real do valor do pH de momento. Ao iniciar-se a titulao, a adio do titulante ir, lentamente, alterar o valor do pH at que este chegue ao neutro ou ao valor pr-determinado. Neste momento deve-se interromper o processo de adio do titulante. 3.2 Mtodo Colorimtrico Antes de se iniciar a titulao, adiciona-se ao titulado um pequeno volume de um indicador cido-base. Afunodestasubstnciaaidentificaovisualdamudanadacorquandoseatingeopontode equivalncia. Pgina 29 4 Curvas de Titulao arepresentaodopHdotituladomedidaqueseadicionaotitulante.Ascurvasdetitulao permitem: identificar a titulao; identificar o titulante e o titulado; ler o volume de titulante gasto at o ponto de equivalncia. As titulaes cido-base podem ser de trs tipos: cido Forte com Base Forte com PE em pH = 7; cido Fraco com Base Forte com PE em pH > 7; cido Forte com Base Fraca com PE empH < 7. 5 Indicadores de Titulao Substncias que no participam da reao ou do equilbrio inico, cuja finalidade prover mudana da cor quando tal equilbrio for alcanado. Sosoluesaquosasoualcolicas,almdealgunsindicadoresespecficosseremadicionadosao titulante na forma slida (p). Tais quantidades devem ser as mnimas possveis: miligramas quando se tratar de slidos ou poucas gotas quando forem lquidos. A adio em excesso de indicador certamente levar uma errnea visualizao do ponto de equilbrio, comprometendo-se assim a Qualidade da anlise. Um indicador de titulao apresenta cores diferentes quando expostos meio cido e meio alcalino. Pgina 30 Preparao & Padronizao das Solues de cidos 1 - Sequencia de passos para a Preparao: -Medir com uma pipeta o volume de cido previamente calculado e transferi-lo diretamente para o balo volumtrico, que j dever ter 50ml de gua; -Completarovolumedobalovolumtricocomguaatomenisco,tamparbemeagitar cuidadosamente; -Deixar o frasco em repouso (fechado) por 15 minutos; -Senecessrio,abrirobaloecompletarnovamenteomeniscocomgua,repetindo-sea agitao final; -TransferirovolumetotaldobaloparaumfrascodeplsticoPPpreviamentepreparadoe rotulado. 2 - Sequencia de passos para a Padronizao: Estassoluespodemserpadronizadascontra2tiposdepadres,chamadosaquide Padro Primrio ou Padro Secundrio. Opadroprimrioumasubstnciaslidaepreviamentepreparadaparapesagem, geralmenteparaeliminar-seomximopossveldeoutrassubstnciascontaminanteseque poderiaminterferirbastantenoresultadofinal.Destadeve-seconhecersuaMassaMolaresua Porcentagem de Pureza. Opadrosecundrioumasoluoaquosadeforaqumicacontrria(cido+baseou base + cido), e j padronizada, armazenada, manipulada e corretamente identificada. Dela deve-se conhecer sua Normalidade real e seu fator de correo. Toda e qualquer soluo de padro secundrio foi preparada a partir de um padro primrio. 2.1 Padronizao por Padro Primrio (Padro Primrio: Carbonato de Sdio Na2CO3 Equivalente-grama: 52,99g) a)Colocar de 5 a 7 gramas de carbonato de sdio anidro num pesa-filtro e deixar na estufa a 190-200C por 2 horas. Aps esse tempo, retirar e resfriar em dessecador at temperatura ambiente; b)Emumerlenmeyerde250ml,previamentelimpoeseco,pesaranaliticamenteumamassa de carbonato de sdio tratado (Tabela 1) anotando-a com 4 casas decimais; Tabela 2 Padronizao do HCl Normalidade TericaNa2CO3 a ser pesado (g) 0.020.088 0.001 0.040.176 0.001 0.10.22 0.01 0.20.44 0.01 0.51.10 0.01 1.02.20 0.01 c)Com uma proveta, adicionar 50-60 ml de gua destilada e agitar at completa dissoluo; d)Adicionar 5-7 gotas do indicador Laranja de Metila e titular com a soluo de HCl preparada at a viragem da cor. Anotar o volume consumido como sendo V. e)Repetir o procedimento em triplicata. V mdio = ______________ mL A normalidade real da soluo de cido Clordrico ser dada pela equao abaixo, usando-se no mximo 3 casas decimais: NR=B / (V x 0,053) onde: B=massa real de carbonato de sdio pesada V=volume mdio consumido na titulao 0,053=miliequivalente-grama do Carbonato de Sdio Pgina 31 O fator de correo da soluo ser calculado pela equao abaixo, usando-se no mximo duas casas decimais: Fc=NR/NT onde:NR=normalidade Real NT=normalidade Terica O fator de correo um nmero puro, prximo de 1,0000, porque a normalidade real no deve estar muito distante da normalidade terica. 2 Padronizao por Padro Secundrio: Neste tipo de procedimento, a neutralizao total, pois se trata de um cido forte reagindo comumhidrxidoforte.Oindicadordetitulaoselecionadodeverestarprximodafaixade neutralidade, como o Azul de Bromotimol. 2.1Realizando-senomnimo3provas,transferirparaumerlenmeyerde250mlum volume de 10,0ml da soluo recm-preparada de HCl; 2.2Adicionar100mldeguamais6-8gotasdoindicadordetitulaoehomogeneizar bem; 2.3 Preparar uma bureta de 25ml com soluo-padro de Hidrxido e com normalidade (ou Molaridade) similar desejada para a soluo de NaOH; 2.4 Iniciar a titulao, gota-a-gota, at a mudana de colorao para um leve e persistente tom previamente conhecido; 2.5 A reao que ocorre : NaOH+HClNaCl+H2O 2.6 O clculo a ser utilizado : N1 x V1 = N2 x V2 onde:N1=Normalidade real do hidrxido utilizado; V1=Volume consumido de hidrxido na bureta, em mililitros; N2=Normalidade a ser calculada (da soluo de HCl); V2=Volume transferido de cido para o erlenmeyer. Outra informao primordial para o preparo de solues o prvio conhecimento do grau de pureza do soluto. Abaixo se listam alguns dos mais conhecidos solutos e suas propriedades. Soluto Estado Fsico Aspecto Visual Massa Especfica (20C) Porcentagem de Pureza cido Clordrico Lquido Transparente & Incolor 1.19037 cido Sulfrico1.84097 cido Ntrico1.42070 cido Fosfrico1.71085 cido Actico1.05099.5 Hidrxido de Amnio0.91028 Hidrxido de Potssio Slido Lentilhas Brancas -X- 85 Hidrxido de Sdio98 Carbonato de SdioP Branco99.5 Pgina 32 Preparao & Padronizao de Soluo de Hidrxidos1 - Sequencia de passos para a Preparao: -Pesarrapidamenteamassadehidrxidopreviamentecalculadanumcopobeckerde250ml, aproximando-se o mximo possvel da massa previamente calculada, anotando-a; -Adicionar imediatamente 60-80 ml de gua destilada; -Agitarcuidadosamenteattotaldissoluodamassa.Senecessrio,utilizarumabaguetade vidro. Esta dissoluo pode liberar calor de at 75C; -Transferir todo o contedo para um balo volumtrico previamente selecionado e preparado; -Com auxlio de uma pisseta, lavar o interior do becker com gua mais 3 vezes e transferir todos os volumes para o mesmo balo volumtrico. Esta operao garante que toda a massa de soluto foi transferida; -Completarovolumedobalovolumtricocomguaatomenisco,tamparbemeagitar cuidadosamente; -Deixar o frasco em repouso (fechado) por 15 minutos; -Senecessrio,abrirobaloecompletarnovamenteomeniscocomgua,repetindo-sea agitao final; -TransferirovolumetotaldobaloparaumfrascodeplsticoPP/PVCpreviamentepreparadoe rotulado. 2 - Sequencia de passos para a Padronizao: Estassoluespodemserpadronizadascontra2tiposdepadres,chamadosaquide Padro Primrio ou Padro Secundrio. 2.1 Padronizao por Padro Primrio: O padro primrio a ser utilizado na padronizao de solues alcalinas o Hidrogenoftalato dePotssio,tambmconhecidoporBiftalatodePotssio,defrmulaKOOC(C6H4)COOH(ou KHC8H4O4)emassamolecularde204,23gramas/mol.Deverserpreviamentedesidratadoem estufa por 1.1/2 hora a 110-120C para eliminar-se quaisquer traos de gua. umcidorelativamentefracoe,assimsendo,natitulaocomsoluesalcalinas necessrio o uso de indicadores como Fenolftalena ou Azul de Bromotimol. 2.1.1 - A massa a ser pesada da substncia dentro de um erlenmeyer de 250ml (realizar no mnimo2provas)diretamenteproporcionalconcentraodasoluodehidrxidoedever obedecer tabela-referncia: Molaridade Terica Massa de Biftalato 1.0 N5,1 g 0.5 N2,55 g 0.1 N0,51 g 0.05 N0,255 g 0.01 N0,051 g 2.1.2 - Adicionar cerca de 100ml de gua e agitar lentamente at a total dissoluo do sal. Pode-se utilizar aqui um agitador magntico; 2.1.3Prepararcorretamenteumaburetade25mlcomasoluorecm-preparadade hidrxido; 2.1.4Adicionar6-8gotasdeindicadorFenolftalenaacadaumadas3provase homogeneizar; 2.1.5Iniciaratitulao,gota-a-gota,atamudanadecoloraoparaumlevee persistente tom previamente conhecido; 2.1.6 O clculo a ser utilizado : Molaridade do NaOH = MassaBF/VolumeOHx0,20423 onde: massaBF = massa de Biftalato de Potssio utilizada, em gramas; volumeOH =volume consumido da soluo de hidrxido, em mililitros; 0,20423=miliequivalente do Biftalato de Potssio. 2.1.7Asdiferenasentretodososresultadosnodeverosersuperioresa10%entre eles. Em caso de dvida, descartar todas as provas e reiniciar todo o processo; 2.1.8 O resultado final ser a mdia aritmtica de todas as provas consideradas vlidas e dever conter, no mximo, 3 casas decimais. Pgina 33 2.2 Padronizao por Padro Secundrio: Neste tipo de procedimento, a neutralizao total, pois trata-se de uma base forte reagindo comumcidoforte.Oindicadordetitulaoselecionadodeverestarprximodafaixade neutralidade, como o Azul de Bromotimol. 2.2.1Realizando-senomnimo2provas,transferirparaumerlenmeyerde250mlum volume de 10,0ml da soluo recm-preparada do hidrxido; 2.2.2Adicionar100mldeguamais6-8gotasdoindicadordetitulaoehomogeneizar bem; 2.2.3Prepararumaburetade25mlcomsoluo-padrodecidoClordricooucido Sulfrico de Normalidade (ou Molaridade) conhecida; 2.2.4 Iniciar a titulao, gota-a-gota, at a mudana de colorao para um persistente tom previamente conhecido; 2.2.5 O clculo a ser utilizado : M1 x V1 = M2 x V2 onde: M1=Molaridade real do cido utilizado; V1=Volume consumido de cido na bureta, em mililitros; M2=Molaridade a ser calculada (da soluo de hidrxido); V2=Volume transferido de hidrxido para o erlenmeyer. Frmulas teis MOLARIDADE (em mols/litro) NORMALIDADE (equivalente-grama/litro) FATOR DE CORREO (Real/Terico) DILUIO DE SOLUES MISTURA DE SOLUES DO MESMO SOLUTO EQUAO FUNDAMENTAL DA TITULOMETRIA Pgina 34 Tpico 9 Manuteno Preventiva em Equipamentos de Laboratrio Conceitos de ManutenoAmanutenopodeserdefinida,segundoodicionrio Aurliocomo:Amedidasnecessriasparaaconservaoou permanncia,dealgumacoisaousituaoeaindaOs cuidadostcnicosindispensveisaofuncionamentoregulare permanentedemotoresemquinas.Entretanto,omais comum definir a manuteno como o conjunto de atividades erecursosaplicadosaossistemaseequipamentos,visando garantir a continuidade de sua funo dentro de parmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida til adequados. Nesta definio, de grande abrangncia, a manuteno caracterizadacomoumprocesso.Umprocessoquedeve iniciarantesdaaquisioequetemcomoprincipalfunoo prolongamento da vida til do equipamento ou sistema. Tipos de ManutenoApesardecertasdivergnciasquantoclassificaodostiposdemanuteno.Paraalgunsautores existemseistiposdiferentesdemanuteno:ManutenoCorretivanoPlanejada,ManutenoCorretiva Planejada, Manuteno Preventiva, Manuteno Preditiva, Manuteno Detectiva e Engenharia de Manuteno.Outros autores consideram que h apenas duas categorias de manuteno - a Corretiva e a Preventiva sendo os demais tipos derivados dessas duas categorias principais.Manuteno CorretivaAmanutenocorretivaotipodemanutenomaisantigaemaisutilizada,sendoempregadaem qualquerempresaquepossuaitensfsicos,qualquerquesejaonveldeplanejamentodemanuteno. SegundoaNormaNBR5462(1994),manutenocorretivaamanutenoefetuadaapsaocorrnciade uma pane, destinada a recolocar um item em condies de executar uma funo requerida. Em suma: toda manuteno com a inteno de corrigir falhas em equipamentos, componentes, mdulos ou sistemas, visando restabelecersuafuno.Estetipodemanuteno,normalmenteimplicaemcustosaltos,poisafalha inesperadapodeacarretarperdasdeproduoequedadequalidadedoproduto.Asparalisaessoquase sempre mais demoradas e a insegurana exige estoques elevados de peas de reposio, com acrscimos nos custos de manuteno.Manuteno PreventivaA essncia da Manuteno Preventiva a substituio de peas ou componentes antes que atinjam a idade em que passam a ter risco de quebra. A base cientfica da MP o conhecimento estatstico da taxa de defeitodaspeas,equipamentosousistemasaolongodotempo.AManutenoPreventivatambm chamada de manuteno baseada em intervalos/tempo. Ao contrario da Manuteno Corretiva a Manuteno Preventivaprocuraevitareprevenirantesqueafalhaefetivamenteocorra.AdefiniodaNBR5462(1994) paraaManutenoPreventivamanutenoefetuadaemintervalospredeterminados,oudeacordocom critriosprescritivos,destinadaareduziraprobabilidadedefalhaouadegradaodofuncionamento deum item.Manuteno PreditivaAManutenoPreditivapodeserconsideradacomoumaformaevoludadaMan