MANUAL DE PARASITOLOGIA - medicina.cmmg.educat.net.br
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MANUAL DE PARASITOLOGIA
LABORATÓRIO MULTIDISCIPLINAR 5
MANUAL DE PARASITOLOGIA
LABORATÓRIO MULTIDISCIPLINAR 5
AUTORES:
Cristiane Rodrigues Correa
Lucélia Coimbra da Silva
Marcilene Rezende Silva
DISCENTES:
Fabiano Silva da Costa
Técnico ResponsáveI:
Cláudia Ramos
Última Atualização: 2016
APRESENTAÇÃO
O Laboratório multidisciplinar 5 está localizado no sexto andar da
Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Instituição de Ensino
Superior, localizada no Município de Belo Horizonte – Minas Gerais.
Este local é utilizado para o desenvolvimento de técnicas e
procedimentos práticos da disciplina de parasitologia onde o discente
tem uma complementação da aprendizagem em situação simulada para
o desenvolvimento de habilidades.
Os recursos físicos e materiais possibilitam ao aluno experimentar,
testar, repetir, errar e corrigir suas técnicas e procedimentos bem como
o manuseio de equipamentos relacionados à saúde.
ÁREAS DE CONHECIMENTO
No Laboratório são desenvolvidas atividades aplicadas à disciplina de
parasitologia.
Objetivos do laboratório
▪ Instrumentalizar os alunos para a aquisição de habilidade, destreza nos
procedimentos e técnicas laboratoriais, capacitando-os para a prática
profissional.
▪ Proporcionar ao aluno uma maior articulação dos conhecimentos teórico e
práticos através da simulação.
INFRAESTRUTURA
O laboratório possui ampla área física e conta com um conjunto de
equipamentos, materiais e instrumentais apropriados para o ensino prático,
além de mobiliários.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
O laboratório funciona de segunda a sexta-feira das 08:00 h às 17:00 h, de
acordo com o cronograma dos professores. Os horários são definidos de
acordo com os cronogramas apresentados nos Planos de Ensino das
disciplinas.
NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
O presente instrumento pretende padronizar as atividades a serem executadas
no Laboratório, visando a biossegurança, a prevenção de acidentes e a
redução do desperdício ou extravio de materiais e equipamentos, conforme a
seguir:
O serviço de coleta de lixo especial é realizado pela Terra Viva Ambiental
LTDA, CNPJ: 08.624.977/0001-91, que fará o recolhimento de perfuro cortante
e lixo contaminado, sendo também responsável pelo seu destino correto
conforme as preconizações de descarte da Secretaria Municipal de Vigilância
Epidemiológica.
A caixa de perfuro cortante após o uso será devidamente lacrada pelo técnico
rotulada com data, nome e destino para que sejam devidamente transportadas
por uma funcionária específica dos serviços gerais e entregue a empresa
responsável.
A Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais conta com um seguro de
acidentes pessoais para acadêmicos (UNIMED Seguros), funcionários e
professores (Bradesco Seguros) para possíveis acidentes pessoais acometidos
no Laboratório.
Ainda disponibilizará teste sorológico para HIV, Hepatite B e C em caso de
acidentes com material perfuro cortante em que haja contato com fluidos
orgânicos destinados pelos laboratórios, para alunos e profissionais.
Da utilização:
▪ Os professores e discentes da FCMMG podem usufruir da utilização do
laboratório durante o horário de funcionamento;
▪ A abertura do laboratório será feita através dos professores e técnicos que
estarão autorizados.
▪ Para utilização do material do laboratório os docentes deverão encaminhar
o plano de ensino da disciplina até décimo dia útil de cada semestre letivo,
para que o técnico reserve o material para aula prática. Se houver alguma
alteração no cronograma de ensino o professor deverá comunicar 24 h
antes e preencher um formulário para solicitação do novo material.
Enviar cronograma para: [email protected]
▪ Os professores e alunos poderão levar para o interior do laboratório material estritamente necessário para estudo. Bolsas, pastas, mochilas deverão ser acomodados nos escaninhos localizados na instituição de ensino.
▪ O professor e aluno deverão apresentar–se nas dependências do laboratório trajando jaleco, calça comprida, sapatos fechados e cabelos mantidos presos.
▪ Não será permitida aos professores e alunos realizem refeições nas dependências do laboratório.
▪ Os alunos só poderão manipular os materiais e equipamentos destinados a referida aula e sob orientação do professor e/ou técnico.
▪ O laboratório é um local onde devem ser evitadas brincadeiras que desrespeitem professores, colegas e funcionários, principalmente nas aulas de utilização de materiais de aprendizagem prática;
▪ Zelar pela limpeza, organização, conservação e uso correto dos equipamentos e materiais;
▪ Ao término de cada atividade prática o laboratório deve ser organizado, os materiais devem ser limpos e devidamente guardados.
▪ Qualquer dano a todo e qualquer material permanente do laboratório deverá ser comunicado imediatamente ao docente responsável, para a devida providência junto à Coordenação do Laboratório.
▪ Fica vetada a retirada de todo e qualquer tipo de material do laboratório sem a devida autorização do coordenador do laboratório.
Compete ao monitor:
▪ Manter atualizado o controle de utilização do laboratório;
▪ Zelar pela limpeza, organização, conservação e uso correto dos
equipamentos e materiais;
▪ Assessorar o professor nas aulas práticas em laboratório quando solicitado;
▪ Manter contato com o professor responsável pelo laboratório;
▪ Dirigir-se ao professor da disciplina em caso de dúvidas relacionadas à
mesma;
▪ Organizar materiais e kits utilizados em aulas práticas;
▪ Restringir a entrada de pastas, bolsas, pochetes, alimentos e similares nos
ambientes do laboratório;
▪ Orientar alunos para o uso de equipamentos;
▪ Cumprir e zelar pelo cumprimento deste regulamento.
Compete ao Docente:
▪ O docente deverá explicar ainda na sala de aula, as normas e rotinas do
laboratório.
▪ Todas as atividades realizadas no laboratório deverão ter supervisão direta
do docente, técnico ou monitor.
▪ O docente não deverá permitir que o discente utilize as dependências do
laboratório sem o uso de vestimentas adequadas bem como o uso de EPI
na realização dos procedimentos.
▪ Apresentar o laboratório para docentes e monitores que estão iniciando
suas atividades nesta Instituição de Ensino Superior.
▪ Capacitar discentes e monitores que utilizam o laboratório sobre a
importância do descarte correto de material, papéis e perfuro cortante
▪ O docente deverá motivar os discentes para manter o laboratório
organizado após suas atividades prática.
▪ O docente deve orientar o aluno sobre o descarte correto de materiais.
Compete ao Coordenador do laboratório:
▪ Pesquisar novos equipamentos, materiais e programas a serem
implementados no Laboratório.
▪ Solicitar e encaminhar o pedido de reposição de material, devidamente
discutido com a coordenação do curso, ao setor responsável dessa
Instituição de ensino superior.
▪ Fazer os levantamentos estatísticos do material utilizado no laboratório
mensalmente.
▪ Coordenar as atividades administrativas referentes ao laboratório e
desenvolvida pelos monitores e docentes.
▪ Realizar encontros com docentes e monitores que utilizam as dependências
do Laboratório.
▪ Manter o Manual de Rotinas do Laboratório atualizado a fim de revisar as
rotinas e POPs a cada semestre letivo.
▪ Construir e disponibilizar o cronograma de horários para os docentes,
monitores e discentes que utilizam o Laboratório.
▪ Manter o Inventário do Material e Mobiliário Atualizado.
▪ Encaminhar para conserto os equipamentos quando danificados.
▪ Capacitar docentes e colaboradores que utilizam o laboratório sobre a
importância do descarte correto de material, papéis e perfuro cortante.
▪ Apresentar o laboratório para docentes que estão iniciando suas atividades
nesta Instituição de Ensino Superior.
▪ Manter o coordenador de curso informado sobre o desenrolar das
atividades desenvolvidas no Laboratório.
▪ Autorizar o empréstimo de equipamentos e material para professores bem
como realizando a conferência do recebimento desse material.
Referência aos funcionários:
▪ Utilizar adequadamente seus EPI’s, fornecidos pela instituição de ensino;
▪ Preparar adequadamente as aulas práticas seguindo o cronograma dos
docentes;
▪ Manter o laboratório limpo, obedecendo à disposição dos móveis,
equipamentos e materiais organizado pelo professor;
▪ Destinar o lixo comum gerado após as atividades no laboratório;
▪ Transportar os recipientes de paredes rígidas e os sacos plásticos branco-
leitosos identificados com símbolo de lixo contaminado, depois de lacrados,
para o reservatório temporário de lixo;
▪ Comunicar a coordenação do laboratório qualquer anormalidade constatada
dentro do recinto;
▪ Não fornecer, sob qualquer circunstância, a chave do laboratório aos alunos
e/ou permitir que permaneçam no recinto sem sua presença e/ou do
professor;
▪ Não permitir que funcionários de outros setores, que não tenham nenhum
tipo de relação com o laboratório e/ou terceiros permaneçam no recinto;
▪ Manter o laboratório trancado após a limpeza.
▪ Solicitar o recolhimento do perfuro cortante sempre que houver necessidade
em recipiente próprio para a área de armazenamento no térreo.
Do empréstimo de materiais ou equipamentos:
▪ Os materiais e equipamentos poderão ser emprestados, mediante a
assinatura do formulário “termo de responsabilidade”. O período de
empréstimo será avaliado de acordo com a justificativa pra fins de utilização
do equipamento;
▪ Para empréstimo de materiais e equipamentos para pessoas que não são
usuários, o pedido deverá ser submetido à coordenação do laboratório.
▪ O usuário, seja ele docente, aluno ou funcionário deve responsabilizar-se
pela perda, estrago e danos que possam decorrer do uso inadequado do
material ou equipamento emprestado, repondo-o por outro ou em iguais
condições ou assumindo os custos de reparo ou reposição do material.
Disposições finais:
▪ A utilização do laboratório implica a aceitação das regras deste
regulamento;
▪ Toda e qualquer situação de descumprimento das normas referidas deverão
ser comunicadas, por escrito à coordenação do laboratório ou ao professor
responsável pelo laboratório.
Normas e rotinas de biossegurança:
▪ O laboratório se enquadra em ambientes de baixo risco individual e coletivo.
Considerados riscos e acidentes punctórios em atividades prático e
transmissão por fluidos.
▪ As normas de biossegurança devem seguir o que é estipulado pela
legislação do uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
▪ Todos os docentes, discentes e monitores que utilizam o laboratório tem
acesso a utilização de luvas de procedimento sempre que houver
necessidade.
FONTE: BRASIL, 2010.
Noções de Biossegurança em Laboratórios Responsáveis: Professores e técnicos dos Laboratórios de Ensino da CMMG
1 - Objetivo
Orientar os usuários dos laboratórios de ensino em relação às normas de
biossegurança. Visto que em laboratórios de experimentação a ocorrência de
acidentes é muitas vezes inevitável. Para diminuir esses acidentes, torna-se
importante a observação de determinadas normas durante os trabalhos
práticos. Durante uma aula, podemos utilizar simultaneamente ácidos, bases,
solventes, e, todos eles quando bem manuseados trazem uma segurança
adicional ao aluno. Convém aos usuários dos laboratórios, ficarem atentos às
normas básicas apresentadas nesse POP.
2 - Abrangência
Todos os Laboratórios de Ensino da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
3 - Materiais Necessários
Equipamento de proteção individual (EPI);
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC);
Aventais de manga comprida;
Calçado fechado;
Luvas de procedimento;
Óculos de proteção;
Máscara de proteção respiratória;
Chuveiro de emergência;
Lava-olhos;
Coletores de resíduos;
Autoclave;
Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRSS);
Ficha de Segurança de Produto Químico (FISPQ);
Ambiente limpo, Organizado, Luminosidade adequada.
4 - Descrições das Atividades
Utilização dos laboratórios
A utilização do laboratório só pode ser realizada na presença de um professor responsável ou técnico de laboratório apto a tal função; É vetada a entrada no laboratório portando qualquer tipo de alimento e bebida, e a ingestão dos mesmos é proibida dentro dos laboratórios; Todos os usuários do laboratório devem saber localizar e utilizar o chuveiro de emergência e o lava-olhos, sendo responsabilidade do professor ou do técnico responsável dar a instrução adequada aos usuários; As amostras biológicas devem ser descontaminadas antes do seu descarte, consultar o PGRSS para o correto descarte de todos os materiais; Os usuários devem ter conhecimento das normas internas, disponíveis nos laboratórios; É obrigatória a lavagem das mãos antes e após a utilização das dependências do laboratório;
Laboratório
Cada lugar no laboratório será equipado com o material necessário á execução
do trabalho programado.
Em dias e horas destinados aos trabalhos práticos, os estudantes terão á sua
disposição professores encarregados de orientá-los na execução e
interpretação dos exercícios de laboratório.
Após o uso de gás ou água, não deixar as torneiras abertas, tomando cuidado
de fechá-las completamente.
Não lançar nas pias das mesas os produtos das reações, pois os técnicos
serão responsáveis pelo descarte.
Não lançar nas pias e calhas papéis de filtro usados ou substancias sólidas que
possam obstruir os encanamentos.
Não lançar fósforos acesos nos locais destinados à coleta de lixo.
Execução dos trabalhos práticos.
Todos os trabalhos práticos devem ser executados com atenção, rigor técnico
e disciplina.
A inobservância de qualquer dos requisitos no item anterior pode introduzir
erros que invalidam parcial ou totalmente, o trabalho realizado. Isto significa
desperdício de tempo, reagentes e materiais.
Procedimentos Gerais.
a) Lavagem das mãos conforme.
As mãos devem ser lavadas frequentemente durante o dia e a cada início e
término das atividades técnicas.
As mãos devem ser lavadas imediatamente após o contato acidental com
sangue, fluidos corpóreos e materiais contaminados.
Higienização simples das mãos.
Tempo: aproximadamente 15 segundos;
Fique em posição confortável, sem tocar a pia, e abra a torneira, com o
cotovelo. Para não ter contato direto com as mãos;
Se possível mantenha a água em temperatura agradável, já que a água quente
ou muito fria resseca a pele.
Use de preferência, 2 mL de sabão líquido;
Ensaboe as mãos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos, em todas
as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos
dedos;
Enxague as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão;
Enxugue-as com papel toalha descartável;
Feche a torneira utilizando o papel toalha descartável (evite encostar na
torneira ou na pia).
Indicações.
Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas seria
uma tarefa prolongada e incompleta.
De modo geral, entretanto, o bom senso recomenda que o profissional de
saúde lave as mãos nas situações abaixo indicadas:
Sempre que estiverem sujas;
Ao chegar e sair do laboratório;
Antes e após a realização de trabalhos nos laboratórios;
A realização de atos e funções fisiológicas e/ou pessoais (se alimentar, limpar
e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer
parte do corpo); A coleta de amostra biológica.
Higienização Simples das Mãos
FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
b) Lavagem dos olhos.
Os olhos devem ser lavados imediatamente após o contato acidental com
sangue, fluidos corpóreos, substâncias químicas e materiais contaminados, de
preferência empregando-se o lava-olhos.
c) Lavagem de outras superfícies corporais.
Após o contato acidental com produtos químicos cáusticos e corrosivos, a
região corporal deve ser lavada de preferência empregando-se chuveiro de
emergência.
d) Pipetagem de Materiais.
É proibida a pipetagem de materiais com a boca, inclusive água;
É proibido colocar pipetas contaminadas na superfície das bancadas.
e) Acondicionamento de Materiais.
Todas as amostras de sangue e fluidos corpóreos devem estar em embalagens
adequadas, com tampa de segurança para evitar vazamentos durante o
transporte;
Deve-se tomar cuidado quando coletar cada amostra para evitar a
contaminação da superfície externa da embalagem.
Transportar amostras biológicas em caixas que não permitam o derrame do
material. Desinfetar as caixas de transporte de amostras no final do dia ou
sempre que ocorrer um acidente.
f) Descarte de Lixo.
As luvas e qualquer material contaminado com material biológico devem ser
descartados nas lixeiras identificadas com o símbolo de risco biológico;
O lixo deve ser retirado pelo menos uma vez por dia.
g) Bancadas de Trabalho.
As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas com germicida químico
apropriado (Hipoclorito de Sódio 1% ou álcool 70%) no início e final do
expediente ou sempre que houver derramamento ou respingo de material
biológico.
h) Equipamentos.
Os equipamentos devem ser limpos e desinfetados periodicamente, sendo a
frequência definida pelo laboratório e quando houver contaminação.
i) Definição de Risco.
Os usuários devem observar os mapas de risco afixados nos diversos
laboratórios. Nestes constam os riscos relacionados à área física e atividades
desenvolvidas (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânico) bem
como os EPI’s obrigatórios.
j) Tabagismo.
É proibido fumar em qualquer dependência do laboratório.
l) Alimentação.
É proibido alimentar-se, beber, mascar chicletes nos laboratórios;
É proibido guardar alimentos nos armários e refrigeradores dos laboratórios,
sendo necessários armários e refrigeradores específicos para este fim; os
mesmos devem estar localizados fora da área técnica.
m) Cosméticos e Joias.
É proibida a aplicação de cosméticos nos laboratórios.
Não devem ser usadas joias que possam ficar presas nos aparelhos ou cair em
materiais ou superfícies contaminadas.
n) Cabelos e barba.
É obrigatório o uso de cabelos presos, para evitar o contato com materiais ou
superfícies contaminadas;
Homens com barba devem ter as mesmas precauções em relação aos cabelos.
o) Acesso aos laboratórios.
É restrita a entrada somente aos usuários ou pessoas que conheçam os riscos
a que estão expostas.
p) Uso de luvas.
É obrigatório usar luvas ao manipular material biológico contaminado e
substâncias químicas;
É proibido atender telefone, abrir portas, gavetas usando luvas.
q) Vestimentas e objetos de uso pessoal.
É proibido usar sandálias, tamancos, sapatos abertos, vestidos, saias ou
bermudas;
É proibido circular fora do laboratório ou nos locais de alimentação, portando
jalecos (capotes) e/ou luvas.
Equipamentos de proteção.
a) Equipamento de proteção coletiva.
Lava olhos;
Chuveiros de Emergência;
Extintor de Incêndio;
Capela de Fluxo Laminar;
Coletores de resíduos;
Autoclave.
b) Equipamento de proteção individual.
Em qualquer circunstância, o uso do EPI será tanto mais útil e trará bons
resultados, quanto mais corretos for a sua indicação. Essa indicação não é
difícil, mas requer certo critério nos seguintes aspectos: identificação do risco,
avaliação do risco constatado e indicação do EPI apropriado.
Tipos de EPI’s:
Luvas;
Óculos;
Máscara;
Avental impermeável;
Jaleco de Mangas Longas ou capotes fornecidos pelo próprio setor;
Botas;
Calçados Fechados.
c) Indicação para uso do EPI apropriado.
Função/Cargo. Tipos de EPI´s
Laboratórios
Sapatos cobrindo todo o pé;
Jaleco de mangas longas com punho;
Luvas de látex para manuseio e coleta
de amostras biológicas;
Óculos de proteção e/ou máscaras
faciais no manuseio e coleta de
amostras biológicas;
Recepcionista e Auxiliar
Administrativo. Sapatos cobrindo todo o pé.
Lavagem de materiais e Limpeza.
Sapatos cobrindo todo o pé;
Jalecos de mangas longas com
punho;
Avental impermeável;
Luvas de borracha;
Bota impermeável;
Protetor facial durante procedimentos
que ocorram respingos.
Coleta de resíduo infectante. Sapatos cobrindo todo o pé;
Luvas de borracha.
Observação:
A CIPA/SESMT promove treinamentos e implantação das medidas de
segurança, bem como fiscaliza a utilização dos equipamentos de proteção
individual.
Periodicamente, a eficácia das medidas de controle e segurança é avaliada
com base no número de acidentes registrados, as avaliações ambientais e
controle médico.
Não serão aceitas as seguintes não conformidades e serão consideradas
faltas graves:
Não utilização ou utilização inadequada dos EPI’s;
Conservação e manuseio inadequados dos EPI’s;
Ausência de registro inadequado de acidentes de trabalho;
Procedimentos inseguros durante a rotina de trabalho, contrariando as
determinações deste manual e do programa PGRSS.
Todas as não conformidades em relação à segurança do trabalho (acidentes
ou incidentes, envolvendo lesão corporal ou não) devem ser registradas na
Ficha de Análise de Acidente e encaminhadas à CIPA/SESMT.
Protocolo de Acidentes de Trabalho com Material Biológico.
Caracterização:
Exposições percutâneas – Lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes, por exemplo: agulhas, bisturi, vidrarias;
Exposições em mucosas – Quando há respingos de urina, ou saliva, ou sangue, ou excretas ou aspersão de fluidos corpóreos, quando há presença de sangue nestes líquidos, na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;
Exposições cutâneas (pele não íntegra) – Contato com pele com dermatite ou feridas abertas;
Acidentes com material biológico ocorridos nos Laboratórios.
Nos acidentes com material biológico ocorrido nos Laboratórios, a coleta de
material da Fonte será realizada no próprio local e encaminhada em até 30
minutos para o laboratório do Hospital Ciências Médicas.
O Acidentado deverá receber da chefia o envelope contendo todos os
formulários e ser encaminhado para o laboratório do Hospital Ciências
Médicas, onde realizará os exames relacionados abaixo e ficará aguardando o
resultado da Fonte.
É de responsabilidade da chefia do ambulatório assinalar no encaminhamento se a Fonte do acidente foi conhecida (identificado) ou desconhecida (não identificado).
Metodologia:
Acidente do Trabalho com Material Biológico:
Lavar exaustivamente o local com água e sabão;
Comunicar a chefia imediata;
Caracterizar o acidente como Fonte conhecida ou desconhecida;
Solicitar termo de consentimento, caso o acidente seja fonte conhecida, conforme anexo;
Realizar coleta de exames, da Fonte e Acidentado, conforme abaixo;
Se necessário encaminhar para o serviço de referência UPA;
Comunicar ao SESMT imediatamente por e-mail e / ou telefone (3293-8558).
Fonte Conhecida
O acidentado deverá comunicar sua chefia imediata à ocorrência do acidente;
A chefia imediata deverá providenciar a autorização (Termo de Consentimento) para que a Fonte assine autorizando a coleta de sangue para realização da sorologia (HIV, Hepatite B e C).
A chefia imediata do funcionário/aluno deverá contatar o médico presente no ambulatório, que por sua vez deverá prescrever os seguintes exames:
Exames para a Fonte
Prescrição Padrão:
EXA HIV TESTE RAPIDO;
EXA HIV I E II – SOROLOGIA;
EXA HBSAG – ANTIGENO AUSTRALIA;
EXA HEPATITE C ANTI – HCV.
Exames para o Acidentado
Prescrição Padrão:
EXA HEMOGRAMA COMPLETO;
EXA HIV – TESTE RAPIDO;
EXA TRANSAMINASE PIRUVICA;
EXA HEPATITE ANTI - HCV;
EXA HIV I E II - SOROLOGIA;
EXA HBSAG – ANTIGENO AUSTRALIA;
EXA HEPATITE B ANTI HBC IGG;
EXA HEPATITE B ANTI HBC IGM;
EXA HEPATITE B ANTI HBS.
O responsável pelo setor no momento do acidente deverá entrar em contato com o laboratório, pelo telefone nos ramais 8167 ou 8168, imediatamente após o acidente e a prescrição dos exames laboratoriais, informando o acidente envolvendo material biológico, nome da Fonte e do usuário Acidentado, para que a coleta de material seja imediata.
A chefia imediata do Acidentado deverá informar imediatamente em horário administrativo ao SESMT pelos telefones, Hospital Ciências Médicas: 3293-8558 ou FCMMG: 3248-7149 a ocorrência do acidente, para receber as devidas orientações: Caso o Acidentado for Funcionário da Instituição.
Investigação de acidente do trabalho pela segurança do trabalho, abertura da CAT e agendamento de consulta com o médico do trabalho.
O funcionário acidentado deverá passar pela medicina do trabalho e submeter-se a acompanhamento sorológico por 6 (seis) meses.
Os resultados dos exames podem ser acompanhados pelo sistema MVPEP.
Caso o Acidentado for Aluno da Instituição.
Se apresentar no SESMT para receber orientações e submeter-se a acompanhamento sorológico por 6 (seis) meses.
Os resultados dos exames podem ser acompanhados pelo sistema MVPEP.
Fonte positiva para o HIV ou sabidamente positivo.
Para garantir a sua eficácia a chefia imediata do Acidentado deverá solicitar ao medico plantonista um encaminhamento com indicação de quimioprofalaxia.
A quimioprofilaxia deve ser iniciada até 02 horas após o acidente, após este prazo a quimioprofilaxia tem sua eficácia comprometida.
Chefia imediata fará contato com a coordenação de transporte para a disponibilização de transporte imediato do Acidentado à UPA referência Leste ou Centro-Sul, devendo ser observado o prazo para início do tratamento em até duas horas.
Endereço das UPAS:
Centro Sul (Rua: Domingos Vieira 488, Santa Efigênia – 3238-5900/3238-
5925).
Leste (Rua: Vinte e Oito Setembro 372, Esplanada – 3277-1100/3277-1101)
Devidamente medicado, o Acidentado funcionário ou aluno deverá retornar a medicina do trabalho.
HIV Teste Rápido Negativo:
O Acidentado funcionário ou aluno deverá se dirigir ao SESMT para inicio do protocolo pós-exposição a material biológico.
Fonte Desconhecida:
Em caso de Fonte desconhecida ou não identificada, será realizado o mesmo procedimento para HIV teste rápido positivo. Encaminhar o acidentado para UPA’s referência com indicação de quimioprofilaxia.
Ao retornar ao trabalho o acidentado deverá procurar o SESMT imediatamente.
Considerações
Em caso do não funcionamento do Setor SESMT:
Em ocorrência nos finais de semana ou fora do expediente do setor o
comunicado deverá ser feito no 1º dia útil após o acidente.
Os colaboradores, residentes, acadêmicos e estagiários, vítima de acidente
com material biológico, que não possuírem cadastro para atendimento deverão
se dirigir ao guichê de atendimento do Ambulatório FCMMG para que seja
realizado o cadastro para atendimento ambulatorial afim de que seja possível a
solicitação de exames laboratoriais para o mesmo.
Caso a Fonte seja positiva, agilizar os procedimentos. O acidentado deverá
fazer uso da medicação no período máximo de 02 horas após o acidente.
Será considerada não conformidade o acidente não comunicado ao SESMT
nos prazos estabelecidos neste procedimento.
Importante: nos acidente é melhor começar a profilaxia e posteriormente
reavaliar a manutenção ou mudança de tratamento.
O Acidentado que se recuse a realizar os exames e procedimentos citados
neste POP deverá preencher e assinar o termo de recusa que lhe será
entregue pelo coordenador (a) ou responsável pelo setor no momento do
acidente. O coordenador (a) ou responsável pelo setor deverá entregar
imediatamente este termo já assinado ao SESMT.
FLUXOGRAMA
Lavar imediatamente com água e
sabão o local ferido ou contaminado
Comunicar a chefia imediata
A chefia imediata verifica a existencia
de exames do paciente-fonte
Não
Exames
existentes ?
Sim
Solicitar assinatura do termo de
consentimento.
Comunicar ao SESMT para
procedimentos e acompanhamento.
Acidente Fonte Conhecida
Encaminhar o acidentado para o
médico internista/plantonita solicitar
exames:
Paciente fonte: HIV- teste rapido e
Elisa I e II, HBSAG e Anti-HCV
Acidentado: HIV- teste rapido e Elisa I
e II, HBSAG e Anti-HCV, hemograma
completo,anti HBC (gC e IgM)
Positivo para HIV
Encaminhar o acidentado para as
UPAS (Leste ou Centro Sul) para
pegar as primeiras doses de anti-retro
virais (iniciar a medicação em no
maximo 2 horas após o acidente).
Encaminhar ao SESMT para iniciar o
protocolo de acompanhamento clínico
e emissão de CAT.
Fluxograma de acidente com material biológico – Fonte desconhecida
Endereço das UPAS
Centro Sul (Rua: Domingos Vieira 488, Santa Efigênia – 32385900/32385925)
Leste (Rua: Vinte e Oito de Setembro 372, Esplanada – 32771100/32771101)
Endereço CRIE – CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMUNOBIOLÓGICOS
ESPECIAIS.
Rua: Paraíba nº 890, Bairro: Savassi.
Belo Horizonte, MG - Tel. (31) 3277.4949, (31) 3246-5026, (31) 3277-5300.
Lavar exaustivamente e
imediatamente com água, sabão e
depois com álcool 70% o local ferido
ou contaminado
Comunicar imediatamente a
Supervisão de Enfermagem do
Plantão.
Médico plantonista fará a solicitação de exames do
acidentado: Hemograma Completo; HIV - Teste
Rápido;Transamináse Piruvica; Anti HCV; HIV I e II
(ELISA); HBSAG; Anti HBC (IgG e IgM) e ANTI HBS.
*Mulheres com suspeita de gravidez pedir BHCG.
Encaminhar o acidentado para a UPA (Leste ou Centro Sul) para pegar
as primeiras doses dos anti- retro virais (iniciar a medicação no máximo
em 2 horas pós-acidente). Encaminhar ao CRIE para tomar
imonuglobulina para hepatite B (para os que não imunosuprimiu ao
virus)entre 24 horas até 07 dias.
Acidente Fonte Desconhecida
Encaminhar ao SESMT para iniciar o
protocolo de acompanhamento
sorológico e emissão da Comunicação
de Acidente do trabalho - CAT
5. Referências Bibliográficas
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Higienização das
Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível
em:<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – 3. ed. em português rev. e atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006
Métodos de Laboratório Aplicados a Clínica - 8ª Edição 2001. Lima, A. Oliveira, et all.
Atendimento ao Acidentado com Material Biológico - SESMG.
Manual de Conduta em Exposição Ocupacional a Material Biológico – MS BRASIL.
http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/135.html
http://www.labsynth.com.br/fispq.html
http://www.labtest.com.br/reagentes#
www.merck-chemicals.com
http://www.prothemo.com.br/conteudo/index.php?option=com_content&task=view&id=1
6
http://201.57.253.136/qualidade/FISPQs/FISPQs/A/acido%20acetico%20%20natrium%20ve
tec.pdf
http://www.cromoline.com.br/Fispqs.asp
7. Anexos
TERMO DE RECUSA
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO
SESMT/FELUMA
Eu, _________________________________, portador(a) da CI _____________________,gozando de plena
consciência dos meus atos, me recuso a realizar os exames e procedimentos de conduta para exposição
ocupacional a material biológico e o acompanhamento sorológico conforme protocolo de biossegurança.
Declaro que fui devidamente orientado (a) quanto aos riscos e estou ciente dos prejuízos a minha saúde e das
conseqüências que poderão acarretar a minha recusa.
Isento a FELUMA - Fundação Educacional Lucas Machado bem como o Hospital Ciências Médicas qualquer
responsabilidade.
___________________________
Assinatura
Testemunha: ____________________________________________________
Testemunha: ____________________________________________________
Belo Horizonte, _______ de __________________ de _________
_____________________________________________________ Assinatura do Acidentado
TERMO DE CONSENTIMENTO
Nome do Paciente:
Eu, _________________________________________________________, autorizo a realização de todos os
exames laboratoriais necessários para definição de condutas em exposição ocupacional a material biológico.
Belo Horizonte, ________ de _______________________de 20_____.
____________________________________________ Assinatura do Paciente ou Responsável - Identidade Obs.: O(s) exame(s) que será(ão) realizado(s) não acarretará(ão) ônus para o Paciente/Convênio.
Situação do Paciente
Localização do Paciente
Confuso
Inconsciente
Sedado
Sem Acompanhante
Centro Cirúrgico
UTI Adulto
Neonatal
Unidade Coronariana
Unidade de Internação
Justificativa:_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________
Assinatura legível e Identidade da Testemunha (1)
________________________________________________
Assinatura legível e Identidade da Testemunha (2)
Obs.: Solicitar assinatura de Testemunha (1) e Testemunha (2), no caso de Paciente confuso/inconsciente/sedado/ sem acompanhante ou localizado no Centro Cirúrgico/UTI Adulto/Neonatal/Unidade Coronariana/Internação,
RELATÓRIO PARA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE
Dados do funcionário
Nome:
Setor: Função:
Idade: Estado civil:
Endereço:
Bairro: Cidade:
Cep: Telefone:
Data de admissão: Turno de trabalho:
Trabalha em outro emprego:
Dados da ocorrência
Data da comunicação: Horário da comunicação:
Data da ocorrência: Horário da ocorrência:
Horário de entrada: Após quantas horas trabalhadas:
Dias perdidos:
Local do acidente:
Descrição da ocorrência
Descrição do acidente:
Parte do corpo atingida:
Objeto causador:
Havia tentativa em ganhar tempo? Por quê?
Todos epi´s exigidos estavam sendo utilizados adequadamente?
Tipo do acidente Típico Trajeto Biológico
Ocorrência típica com material biológico
Fonte conhecida Nome do paciente fonte:_________________________________________________
Data do atendimento ao paciente: / /
Horário do atendimento ao paciente: _________.
Paciente fonte:
HIV negativo ___/___/___ HIV positivo ___/___/___
HCV negativo___/___/___ HCV positivo____/___/___
HBSAG negativo ___/___/___ HBSAG positivo ___/___/___
ACIDENTE DE TRAJETO
Data: Horário:
Local:
Unidade de atendimento:
Médico:
Tipo de registro o Boletim de ocorrência o Relatório de lesão o Testemunha
Testemunhas
Nome:
Idade: profissão:
Rg: Tel contato:
O que presenciou:
Assinatura da testemunha:
Testemunhas
Nome:
Idade: Profissão:
Rg: Tel contato:
O que presenciou:
Assinatura da Testemunha:
Conclusão
Caracterização do acidente
Sem perda de tempo
o Típico sem material biológico/sem afastamento o Típico com material biológico/sem afastamento o De trajeto/sem afastamento
Com perda de tempo
o Típico sem material biológico/com afastamento o Típico com material biológico/com afastamento o De trajeto/com afastamento
Observação:
Medidas preventivas/ corretivas necessárias:
Assinaturas:
Assinatura do funcionário:
Assinatura do técnico de segurança:
MANUAL DA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA
1ª Aula Prática : Esquistossomose
Descrição: A esquistossomose é uma doença parasitária crônica e
debilitante que afeta milhões de pessoas no mundo e apresenta desde as
formas assintomáticas até as fatais. O agente etiológico Schistosoma
mansoni é um parasita heteroxênico e as principais formas de vida são: ovo,
miracídio, cercaria e verme adulto. Os ovos eliminados pelas fezes dos
homens contaminados evoluem para larvas (miracídios) na água e essas se
alojam e desenvolvem em caramujos. Posteriormente, são liberadas
cercarias que contaminam o homem através da penetração ativa na pele em
ambiente aquático. No sistema venoso humano os parasitas se
desenvolvem até a fase adulta, reproduzem e eliminam ovos os quais
reiniciam o ciclo da doença. O principal método diagnóstico é então a
detecção dos ovos nas fezes do ser humano. Para prevenção são
necessárias medidas básicas de saneamento básico.
Observação de lâminas que contém as formas de vida do parasita e peças
que revelam a patogenia:
Cercaria de S. mansoni Granuloma de S. mansoni no intestino
Ovo de Schistosoma mansoni Verme adulto de S. mansoni
Observação de peças:
Fibrose de Symmers Esplenomegalia Esquistossomótica
Principal método diagnóstico utilizado na pesquisa de ovos de S.
mansoni e outros helmintos: KATO-KATZ
Metodologia realizada na aula prática:
1. Depositar uma pequena quantidade de fezes sobre uma folha de papel
higiênico colocando a tela por cima e pressionando com a paleta.
2. Colocar sobre uma lâmina de vidro a placa de plástico e depositar no
centro do orifício as fezes que ultrapassaram as malhas da tela (40 - 60
mg).
3. Comprimir as fezes no orifício da placa até completá-lo.
4. Sobrepor a lamínula de celofane (embebida em verde malaquita) e
inverter a preparação realizando pressão com o polegar sobre a lâmina
até obter uma uniformidade do material.
5. Deixar em repouso por cerca de 60 minutos a temperatura ambiente.
6. Contar todos os ovos encontrados e multiplicar o total por 24, resultando
em ovos/grama de fezes.
2ª Aula Prática: Teníase e Cisticercose
Descrição: A teníase e a cisticercose são duas entidades mórbidas distintas,
causadas pela mesma espécie, porem com fase de vida diferente. Teníase é
causada pela fase adulta e a cisticercose, pela larva. Dois cestódeos têm o
homem como hospedeiro definitivo e obrigatório são: Taenia saginata e a
Taenia solium, popularmente conhecida como solitárias, cujo hospedeiros
intermediários são o bovino e o suíno, respectivamente. A teníase por T.
saginata é adquirida ingerindo carne de bovino crua ou mal cozida contendo
a larva C. bovis. A teníase por T.solium é adquirida pela ingestão de carne
de suíno crua ou mal cozida infectada com C. cellulosae. A cisticercose
humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T.solium.
Tanto a T. solium como a T. saginata, na fase adulta ou reprodutiva, vivem
no intestino delgado do homem. O homem infectado pela Taenia libera nas
fezes proglotes repletas de ovos, sendo então, o exame de fezes principal
método para diagnóstico. Para prevenção são necessárias medidas básicas
de saneamento básico, principalmente cuidado na ingestão de carne crua.
Observação de lâminas que contém as formas de vida do parasita e peças que
revelam a patogenia:
Proglote de Taenia saginata Ovo de Taenia sp Cisticerco cellulosae
l
Peças:
Proglotes de Taenia Sp Neurocisticercose
Principal método diagnóstico utilizado: Tamisação
Metodologia demonstrada na aula prática por simulação:
Emulsionar as fezes com água. Coar a emulsão através de peneira metálica. Este procedimento deve ser realizado em uma pia, servindo-se de um jato de água corrente. Vermes adultos como o Ascaris lumbricoides e Enterobius vermicularis são encontrados frequentemente misturados ou na superfície das fezes, como também as proglótides de tênias. Outros helmintos como o Trichiuris trichiura, ancilostomídeos e Hymenolepis nana são depositados no bolo fecal após o início do tratamento. Frequentemente poderão ser encontrados helmintos adultos nas amostras fecais e ausência dos ovos. Esses processos macroscópicos são vantajosos para a demonstração e coleta de pequenos helmintos, de proglotes e de escólex. Proglotes de Taenia sp Deixar em ácido acético glacial por 15 minutos e depois comprimir as proglotes entre duas lâminas de microscopia.
3ª Aula Prática- Hidatidose
Descrição: O Echinococcus granulosus é um cestódeo que tem distribuição
cosmopolita, estando presente em todos os continentes. A forma adulta
ocorre em canídeos (equinococose) e a forma larva - cisto hidático ou
hidátide – é encontrado em uma grande gama de herbívoros e também no
homem (hidatidose). Além do E. granulosus, três outras espécies do
gênero Echinococcus podem parasitar o homem: Echinococcus oligarthrus,
Echinococcus vogeli e Echinococcus multilocularis. Todas elas tendo ciclos
silvestres envolvendo canídeos como hospedeiros definitivos, e roedores,
como hospedeiros intermediários. O verme adulto vive no intestino delgado
de cães, que é o hospedeiro definitivo. Quando desenvolvidos no homem,
os cistos se localizam preferencialmente no fígado (60% dos casos),
pulmões (20%) e outros órgãos (20%) – cérebro, medula óssea, rins etc. O
cão se infecta ingerindo vísceras dos hospedeiros intermediários contendo
cisto hidático. Os hospedeiros intermediários, como também o homem,
adquire a hidatidose ingerindo acidentalmente ovos eliminados pelos cães
infectados e que contaminaram o meio ambiente. Medidas profiláticas
importantes são a melhoria das condições de criação dos ovinos, fazendo-
se a divisão das pastagens e cercando-as de modo a abolir o uso dos cães
pastores, fazer o controle dos matadouros, incinerando as vísceras que
contenham o cisto hidático.
Observação de lâminas que contém as formas de vida do parasita e peças que
revelam a patogenia:
Cisto Hidático Areia hidática Echinococcus granulosus
Peça:
Hidatidose hepática
4ª Aula Prática- : Fasciolose
Descrição: A Fasciola hepatica é um parasito de canais biliares de ovinos,
bovinos, caprinos, suínos e vários mamíferos silvestres. E encontrada em
quase todos os países do mundo, nas áreas úmidas, alagadiças ou sujeitas
a inundações periódicas. Esse verme pode, ocasionalmente, parasitar o
homem e, em nosso país, já foram assinalados numerosos casos, sendo o
primeiro deles, em 1958, em Mato Grosso. Normalmente, a F. hepatica é
encontrada no interior da vesícula e canais biliares mais calibrosos de seus
hospedeiros usuais; no homem, que não é seu hospedeiro habitual, a F.
hepatica pode ser encontrada nas via biliares, como também nos alvéolos
pulmonares. Seu ciclo biológico é heteroxênico. Patogenia. No homem,
pode causar lesões de dois tipos: a) lesões provocadas pela migração de
formas imaturas no parênquima hepático; b) lesões ocasionadas pelo
verme adulto nas vias biliares. Formas Imaturas: a migração do verme
jovem do parênquima parece que ocorre por uma ação enzimática. Formas
Adultas: a presença dos parasitos adultos dentro dos ductos biliares, além
dos movimentos e dos espinhos do tegumento, provoca ulcerações e
irritações do endotélio dos ductos, levando a uma hiperplasia epitelial.
Essas alterações levam a uma diminuição do fluxo biliar, provocando
cirrose e insuficiência hepática. A profilaxia da fasciolose humana depende
primeiramente do controle desses helmintose entre os animais domésticos,
não beber água proveniente de alagadiços ou córregos e não consumir
agrião proveniente de zonas em que essa helmintose animal tiver
prevalência alta.
Observação de lâmina que contém uma forma de vida do parasita
Fasciola hepatica (verme adulto)
5ª Aula Prática: Hymenolepis nana e Hymenolepis diminuta
Descrição: O Hymenolepis nana, é o menor e o mais comum dos
cestódeos que ocorrem no homem. Essa espécie é também muito
encontrada no íleo de ratos e camundongos de várias partes do mundo.
Hymenolepis diminuto é um cestódeo encontrado em íleo de ratos, mas
que não possui rostro no escólex, Na população em geral, sua prevalência
é muito baixa, ou seja, de 0,04% a 3,5%. Já quando se examina a faixa
etária de dois a nove anos, em educandários coletivos (creches, asilos,
internatos etc.) há um aumento na prevalência. Verme adulto mede cerca
de 3 a 5 centímetros, com 100 a 200 proglotes bastante estreitas. Cada um
destes possui genitália masculina e feminina. Os ovos são quase esféricos,
medindo cerca de 40 micrômetros de diâmetro. Larva Cisticercóide é
pequena, formada por um escólex invaginado e envolvido por uma
membrana. O verme adulto é encontrado no intestino delgado,
principalmente íleo e jejuno do homem. Ovos são encontrados nas fezes e
a larva cisticercóide pode ser encontrada nas vilosidades intestinais do
próprio homem. O mecanismo mais frequente de transmissão é a ingestão
de ovos presentes nas mãos ou em alimentos contaminados. Nestes casos
ocorrem normalmente poucas reinfecções no hospedeiro, pois a larva
cisticercóide, tendo se desenvolvido nas vilosidades da mucosa intestinal,
confere forte imunidade ao mesmo. É por esse motivo que esse parasito é
mais frequente entre crianças do que nos adultos. Os sintomas frequentes
em crianças são: agitação, insônia, irritabilidade, diarreia, dor abdominal,
raramente ocorrendo sintomas nervosos, dos quais os mais penosos são
ataques epiléticos, incluindo cianose, perda de consciência e convulsões.
Profilaxia: higiene individual, uso de privadas ou fossas, uso de aspirador
de pó e tratamento precoce dos doentes.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita:
Hymenolepis nana escólex Ovo de Hymenolepis nana
6ª Aula prática: Strongyloides stercoralis
Descrição: O Strongyloides stercorali, é o menor dos nematódeos que
parasitam o homem em nosso meio e apresenta uma peculiaridade
interessante. A única forma parasitária adulta no intestino delgado humano
é a fêmea partenogenética. As fêmeas partenogenéticas vivem
mergulhadas nas criptas da mucosa duodenal, principalmente nas
glândulas de Lieberkuhn e porção superior do jejuno. Apresentam dois
ciclos evolutivos, ambos monoxênicos. O homem é a única fonte de
infecção capaz de manter o peridomicílio como foco. O modo usual de
transmissão é através da penetração de larvas filarióides infectantes na
área de pele mais fina dos pés. Larvas ingeridas com alimentos são
capazes de penetrar pela mucosa bucal ou esofagiana, mas parece que
não resistem ao suco gástrico. No homem pode causar anemia
hipocrômica e microcítica, astenia, insônia, sudorese, tonturas, inapetência,
emagrecimento, desidratação, irritabilidade, depressão nervosa, e
eosinofilia. Para prevenção é necessário educação e engenharia sanitária.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita e
demonstram a patogenia:
Strongyloides stercoralis no intestino Larva rabidtoides de Strongyloides stercoralis
Método usado no diagnóstico: Baermann Moraes
Método qualitativo:
▪ Método de concentração para identificação de larvas de helmintos
(Strongyloides stercoralis) por migração ativa.
▪ Propriedades de hidrotropismo e termotropismo positivos.
▪ Material: fezes em trouxa de gazes, peneira, água a 45 ºC, funil
ligado a borracha, pinça de Mohr, centrífuga, microscópio.
▪ Pré-analítico: as fezes tem que ser recentes e não se pode colher
em frasco contendo MIF ou outro conservante.
Metodologia realizada na aula prática:
▪ Colocar 10 g de fezes sobre gaze dobrada em quatro, fazendo uma
trouxinha.
▪ Colocar o material sobre um funil, contendo um tubo de borracha
conectado à sua extremidade e fechado coma pinça.
▪ Colocar água pré-aquecida a 45 ºC de modo a emergir as fezes.
▪ Deixar 1 hora de repouso.
Depositar uma pequena quantidade do material sedimentado em vidro de
relógio, corando com lugol e observar em microscópio ótico, em objetivas
de 10 e 40x.
Método de Rugai
1. Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê-lo em
gazes, fazendo uma pequena “trouxa”.
2. Colocar o material assim preparado, com a abertura voltada para baixo,
num cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45ºC), em
quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes.
3. Deixar em repouso por uma hora
4. Coletar o sedimento no fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta.
7ª Aula prática: Ancilostomose
Descrição: Os ancilostomídeos são pequenos helmintos nematoides que
foram herdados pela espécie humana através da evolução simultânea do
parasito e do hospedeiro. Duas espécies de ancilostomídeos parasitam com
frequência o homem e são responsáveis por essa doença que é
caracterizada por causar anemia: Necator americanus e o Ancylostoma
duodenale. As complicações são varias dependendo da carga parasitária,
podendo ocorrer, fenômenos fisiológicos, bioquímicos e hematológicos.
Alterações pulmonares, resultantes da passagem das larvas, são pouco
usuais, embora possa ocorrer. Dor epigástrica, diminuição de apetite,
indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulência, ás vezes,
podendo ocorrer diarreia sanguinolenta. A anemia é causada pelo intenso
hematofagismo. A infecção por Necator acontece por penetração cutânea
das formas infectantes, ou seja, das larvas filarióides embainhadas larva de
terceiro estádio, em contato com a pele humana, seja dos pés ou de outras
áreas cutâneas, as larvas penetram utilizando as lancetas do vestíbulo
bucal. Alcançando a circulação cutânea, linfática ou sanguínea, elas são
levadas ao coração e aos pulmões, onde chegam em três a cinco dias.
Deglutidas com o muco, as larvas vão ter aos intestinos. Completam sua
evolução, sofrendo a quarta muda, e se transformam em vermes a com
cápsula bucal definitiva. Ancylostoma, a penetração das formas infectantes
larvas de terceiro estádio, pode ter lugar tanto por via cutânea como por via
oral. Medida de prevenção inclui educação sanitária e a higiene individual.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita
Ancilostoma duodenale (verme adulto) Ovo de Ancilostomídeo
Principal método diagnóstico utilizado: Exame de fezes
Metodologia realizada na aula prática:
Com o auxilio de uma espátula colocar uma pequena parte das fezes na
lâmina (se necessário diluir em salina).
Cobrir as fezes com a lamínula embebida com lugol e examinar ao
microscópio.
Os ovos dos ancilostomídeos são típicos e costumam ser abundantes na matéria fecal dos pacientes. Um simples esfregaço em lâmina de microscopia, preparado com fezes e solução fisiológica, costuma ser suficiente. Mas nos casos de infecções leves, recomenda-se a utilização de técnicas de enriquecimento, tal como a sedimentação, para aumentar as chances de encontrar ovos.
8ª Aula Prática: Enterobiose
Descrição: A enterobíase, ou oxiurose é uma verminose intestinal que tem
por agente etiológico o Enterobius vermicularis, pequeno nematoide da
ordem Oxyuroidea, mais conhecido como oxiúro, parasito exclusivamente
humano. Tem um índice com maior intensidade nos países de clima
temperado, tanto na Europa como na América do Norte. Sua infecção
costuma ser benigna, produzindo muitas vezes intenso prurido anal e
complicações locais ou gerais, sobretudo em crianças. Vermes adultos se
encontram na região cecal das pessoas parasitadas e suas imediações,
sendo eles muitas vezes encontrados na luz do apêndice cecal. Macho e
fêmea vivem aderidos a mucosas ou livres na cavidade, alimentando-se do
conteúdo intestinal. Somente os ovos contendo larvas de quinto estádio são
infectantes. A margem do ânus apresenta-se, então, avermelhada,
congestionada e por vezes recoberta de muco que chega a ser
sanguinolento. Pontos hemorrágicos podem ser encontrados também na
mucosa do reto. Com isso, há perturbações do sono que acabam por trazer
nervosismo, irritabilidade e insônia. A transmissão do parasitismo de um
indivíduo a outro se dá geralmente pela inalação e ingestão de ovos
disseminados por via aérea. Mas há também transmissão indireta, da região
anal para a boca, através de mãos contaminadas; transmissão direta, do
ânus para a boca, o que assegura a possibilidade de auto-infecções
maciças. Medidas de controle: não sacudir as roupas e sim enrola-las e lavar
em água fervente diariamente, tratamento de todas as parasitadas da
família, corte das unhas, manter as mãos limpas e promover educação
sanitária nas escolas e nos domicílios.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita
Enterobius vermicularis (verme adulto) Enterobius vermicularis (ovo)
Principal método diagnóstico utilizado método: Graham ou fita gomada
Técnica deve ser realizada ao amanhecer, antes do paciente fazer higiene
anal e repetida em dias sucessivos, caso dê negativo e a clínica for
fortemente sugestiva.
Metodologia demonstrada na aula prática por simulação:
Material: abaixador de língua ou tubo de ensaio, fita durex, microscópio.
▪ Colocar uma fita adesiva transparente sobre o fundo de um tubo de
ensaio, com o lado adesivo para fora.
▪ Abrir a prega anal e encostar a face adesiva várias vezes na região
perianal.
▪ Fixar a fita em lâmina
▪ Observar ao MO.
9ª Aula Prática: Trichiurose
Descrição: Trichuris trichiura, são vermes de tamanho pequeno ou médio,
cujo corpo é filiforme em sua porção anterior e fusiforme posteriormente que
possuem distribuição geográfica mundial. Os helmintos adultos medem 3 a 5
cm de comprimento, sendo os machos pouco menores que fêmea. Os ovos
são extremamente resistentes no meio ambiente, um ano ou mais, por isso
têm a chance de serem disseminados pelo vento ou pela água e contaminar
os alimentos líquidos ou sólidos, sendo então ingeridos. A maioria dos
indivíduos parasitados é de portadores assintomáticos. Frequentemente o
parasitismo e baixo podendo ter de seis a oito vermes por pessoa. Quando
há um aumento desses helmintos pode ter alterações graves, o que pode
permitir invasão bacteriana formando úlceras, abscessos e infecções
maciças e pode provocar anemia. Quando o parasitismo é intenso, o
helminto pode fixar-se até no reto e provocar prolapso retal, principalmente
em criança. Medidas de controle, educação sanitária, proteção dos
alimentos e destino adequado do lixo. Principal método diagnóstico utilizado:
exame de fezes.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita e peças que
revelam a patogenia
Trichiurus trichiura (verme adulto) Trichiurus trichiura (ovo)
Peça:
Trichiuríase intestinal
10ª Aula Prática: Ascaridíase
Descrição: Ascaridíase é o parasitismo desenvolvido no homem por um
grande nematóide, Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido por
lombrigas. Amplamente distribuídas pelas regiões tropicais e temperadas do
mundo, a ascaridíase ocorre principalmente nos lugares com clima quente e
úmido, bem com onde as condições higiênicas da população são mais
precárias. No homem os parasitas se localizam ao longo das alças jejunais,
encontrando-se os restantes no íleo. Poucos são vistos no duodeno ou no
estômago. Mas nas infecções intensas, todo o intestino delgado encontrava-
se povoado. Normalmente, a única forma infectante do parasito é o ovo
embrionário, contendo larva de segundo estádio. A via de penetração é oral
e compreende obrigatoriamente um ciclo migratório que passa pelos
pulmões. Muitas vezes o parasitismo por Ascaris é totalmente assintomático.
Calcula-se que apenas um de cada seis indivíduos infectados acusa
manifestações clínicas. Depois de alcançar a maturidade, na luz do intestino
delgado, os Ascaris podem permanecer sem causar prejuízos ao
hospedeiro, só sendo descobertos, ocasionalmente, quando um deles é
expulso com as fezes, ou quando se faz um exame coproscópico. As
medidas de controle são, educação sanitária, construção de fossas sépticas
e proteção dos alimentos contra poeiras e insetos.
Observação de lâminas que contém formas de vida do parasita e mostram a e
peças que demonstram a patogenia
Ascaris lumbricóides (ovo)
Peças:
Obstrução intestinal Ascaris lumbricóides (verme adulto)
Principal método diagnóstico utilizado: método de Hoffman, Pons & Janer ou
HPJ (Sedimentação espontânea)
Metodologia realizada na aula prática:
Objetivo: pesquisa de cistos de protozoários e ovos de helmintos.
1. Dissolver cerca de 10g de fezes em 10 ml de H2O em frasco pequeno
2. Filtrar em gaze dobrada em quatro, utilizando um cálice de sedimentação
3. Completar o cálice com água.
4. Deixar em repouso de 2 a 24 horas.
5. Com uma pipeta tampada, retirar uma amostra do fundo do vértice do
cálice.
6. Examinar ao microscópio, adicionando uma gota da solução de lugol.
11ª Aula Prática: Toxocara canis
Descrição: a invasão desse parasito no organismo humano acompanha-se,
geralmente, de um desenvolvimento atípico da espécie envolvida, que se
mostra incapaz de completar seu ciclo evolutivo. A forma larvária infectante,
por falta de estímulos adequados ou de outras condições metabólicas, não
consegue evoluir até verme adulto. Sua migração, no hospedeiro anormal,
detém-se em algum órgão pelo qual transitaria normalmente no hospedeiro.
O homem se infecta ingerindo acidentalmente os ovos. Na Larva migrans
visceral estão presentes as formas larvárias de Toxocara que geram
manifestações patológicas. Essas manifestações são observadas com
frequência em crianças com mau estado geral ou debilitadas, depende da
intensidade do parasitismo e da localização. Pode gerar persistente
eosinofilia, hepatite, hepatomegalia dolorosa e algumas vezes
esplenomegalia. Modo de prevenção: impedir o acesso de animais aos
tanques de areia de escolas e parques infantis onde brincam as crianças.
Observação do parasita: verme adulto
12ª Aula Prática: Filariose
Descrição: causada pela Wuchereria bancrofti produz quadros clínicos muitos
diversos, desde formas assintomáticas e linfadenites até orquiepididimites,
hidrocele e elefantíase. Por razões ainda não conhecidas, essas larvas
acumulam-se no interior dos vasos e troncos linfáticos dos pulmões, não
aparecendo durante o dia na circulação periférica. Ao anoitecer, começam a
surgir às larvas no sangue e seu número aumenta progressivamente até as
primeiras horas da madrugada. A transmissão é através da picada no inseto
Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente, por pernilongo, muriçoca,
carapanã ou simplesmente mosquito. Elefantíase é o nome que se dá ao
conjunto das manifestações dessa natureza, localizadas geralmente em uma
ou ambas as pernas ou nos órgãos genitais externos, raras vezes nos braços
ou nas mamas. A presença no parasita nos vasos causa processo obstrutivo.
Se o vaso é de pequeno calibre, a presença de um novelo de filarias pode ser
suficiente para causar obstrução parcial ou total. Prevenção deve ser feita pelo
controle dos vetores, uso de inseticidas, uso de telas nas janelas, colaboração
da população no combate aos mosquitos e saneamento ambiental.
Observação de lâmina que contem uma forma de vida do parasita:
Microfilária de Wulchereria bancrofti
13ª Aula Prática: Artrópodes
Diversos artrópodes são vetores ou agentes etiológicos de parasitoses: duas
espécies de pediculus afetam o homem, Pediculus humanus, que é o piolho
da cabeça e o Phitirus púbis, vulgamente conhecido como “chato”. Esses
são transmitidos principalmente por contato em aglomerados e nos
transportes coletivos. Os “chatos” são transmitidos por contato sexual.
Tunga penetrans vulgarmente conhecidos como pulgas e bichos-de-pé
penetram nos tecidos, principalmente na planta dos pés, cantos dos dedos e
mãos causando prurido; Sarcoptes scabiei é agente da sarna. A transmissão
é por contato direto e causa no hospedeiro um prurido intenso, mais
evidente e irritante à noite; miíase popularmente conhecida como bicheira é
a infecção de vertebrados vivos por dípteros que se alimentam dos tecidos
vivos ou mortos do hospedeiro. A mosca Dermatobia hominis pousa,
deposito os ovos que penetram na pele e desenvolvem até forma larvária.
Também é conhecido popularmente como berne, provoca um prurido intenso
e depois dor.
Observação de lâmina que contem os artrópodes:
Phitirus pubis Pediculus humanus Tunga penetrans Sarcoptes scabiei
Peças:
Berne Miiases
14ª Aula Prática: Amebíase
Descrição: A amebíase é causada pela Entamoeba histolytica. Os trofozoítos
dessa ameba normalmente vivem como comensais na luz do intestino
grosso, no entanto, em algumas circunstâncias, são encontrados ulcerações
intestinais ou em outras regiões do organismo, como no abscesso hepático,
pulmonar, cutâneo e, mais raramente, no cérebro.O mecanismo de
transmissão é através de ingestão de cistos maduros, juntamente com
alimentos sólidos ou líquidos. A evolução da patogenia se dá quando os
trofozoítos se tornam invasivos e virulentose e invadem os tecidos. Na
submucosa, as amebas podem progredir em todas as direções,
determinando inicialmente a típica ulceração chamada de “botão de camisa”.
As lesões amebianas são mais frequentes no ceco e na região
retossigmodiana. As úlceras variam muito em tamanho e forma e podem
estender-se a grandes proporções do intestino grosso. Profilaxia está
intimamente ligada à engenharia e educação sanitária. Diagnóstico principal:
exame de fezes. Para prevenção deve-se lavar bem e alimentos e ingerir
água filtrada.
Observação de lâminas que contem as formas de vida do parasita e
demonstram a patogenia
Trofozoitos de Entamoeba coli / Entamoeba histolytica
Cistos de Entamoeba coli
Lesão intestinal por Entamoeba histolytica
Método diagnóstico mais usado: exame de fezes
Metodologia realizada na aula prática
▪ Colocar 60/70 mg de fezes em uma lâmina de microscopia (diluir em
salina se necessário).
▪ Cobrir as fezes com lamínula (embebida em solução aquosa de
verde de malaquita a 3% ou lugol).
▪ Examinar ao microscópio.
15ª Aula Prática: Giardíase
Descrição: A Giardia lamblia apresenta duas formas, o trofozoíto e o cisto.
Os mecanismos pelos quais a Giardia causa diarreia são: dificuldade na
absorção intestinal pela aderência do parasita nas microvilosidades do
intestino, diminuindo a superfície e assim, dificultando a absorção de
nutrientes; e por possuir proteases que causam lesões à mucosa,
desencadeando também uma resposta inflamatória. A via normal de
infecção do homem é a ingestão de cistos maduros, que se transmitem
principalmente através de ingestão de águas superficiais sem tratamento
ou deficientemente tratadas, alimentos contaminados, verduras cruas e
frutas mal lavadas. Os alimentos também podem ser contaminados por
cistos veiculados por moscas e baratas, por meio das mãos contaminadas
em locais de aglomeração humana, creches, orfanatos etc. Profilaxia:
recomenda-se higiene pessoal, proteção dos alimentos e tratamento da
água.
Observação de lâminas que contem as formas de vida do parasita:
Trofozoitos de Giardia lamblia
Cistos de Giardia lamblia
Método de diagnóstico: Faust e Cols
Metodologia realizada na aula prática:
▪ Coar a solução de fezes e água em tubo de centrífuga e centrifugar a
2500 RPM
▪ Desprezar o sobrenadante e completar com água; centrifugar até ficar
claro;
▪ Adicionar o sulfato de zinco 33% e centrifugar;
▪ Com a alça de platina, recolher a película superficial e depositar em
lâmina com Lugol e observar em objetiva de 10 e 40x
16ª Aula Prática: Trichomonas vaginalis
Descrição: A tricomoníase, causada pelo T. vaginalis, é uma doença
sexualmente transmissível. Incide nas mulheres adultas em proporções
elevadas, talvez porque o diagnóstico se faça com maior dificuldade nos
homens, ou porque a benignidade da infecção raras vezes dê motivo a
uma consulta médica para isso. Há pacientes que não apresentam queixa
alguma, mas o exame ginecológico demonstra a existência de lesões
discretas. Pode então causar erosão da superfície da mucosa, na vagina e
na uretra, com intensa reação inflamatória e frequentemente causa
leucorréia. As mesmas medidas profiláticas recomendadas para o controle
de outras doenças sexualmente transmissíveis poderão ser aplicadas para
a tricomoníase urogenital. Devido ao quadro clínico apresentado pela
infecção, tanto no homem como na mulher, o controle depende do
diagnóstico da doença no pacientes sintomáticos, na triagem de mulheres
sexualmente ativas e no tratamento dos doentes.
Observação de lâminas que contem a forma de vida do parasita T.
vaginalis:
17ª Aula Prática: Tripanossomíase
Descrição: Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença de Chagas.
Possui as seguintes formas de vida no hospedeiro vertebrado: amastigota
e tripomastigota e no invertebrado (barbeiro) a epimastigota. No ciclo da
doença os tripomastígotas metacíclicos eliminados nas fezes e urina do
vetor, durante ou logo após o repasto sanguíneo, penetram pelo local da
picada e interagem com células do sistema monofagocítico nuclear da pele
ou mucosa. Neste local, ocorre a transformação dos tripomastígotas em
amastígotas, que aí se multiplica por divisão binária simples. A doença de
Chagas pode levar a cardiopatia chagásica, megaesôfago, e megacólon. O
individuo pode permanecer por um período longo assintomático de 10 a 30
anos, ao fim do qual aparecem as primeiras manifestações clínicas, uma
delas é a cardiopatia chagásica crônica, o fator clínico principal é a
insuficiência cardíaca congestiva. A profilaxia da doença de Chagas está
intimamente ligada à melhoria das condições de vida, educação sanitária,
melhoria das habitações rurais e combate ao barbeiro.
Observação de lâminas que contem as formas de vida do parasita:
Trypanosoma cruzi
Amastigota de T. cruzi ( músculo cardíaco)
Peças:
Megacólon chagásico
Coração chagásico
18ª Aula Prática: Leishmaniose Tegumentar e Leishmaniose visceral
Descrição: A leishmaniose tegumentar é uma enfermidade polimórfica da
pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerosas
indolores, únicas ou múltiplas, lesões nodulares ou lesões
cutaneomucosas. A doença é causada por parasito do gênero Leishmania,
principalmente Leishmania braziliensis. Este é um protozoário digenético
que tem seu ciclo biológico realizado em dois hospedeiros, um vertebrado
(mamífero) e um invertebrado (inseto vetor). A forma de transmissão ocorre
pela picada de insetos hematófagos pertencentes ao gênero Lutzomyia
conhecido no Brasil por mosquito-palha. Seu período de incubação varia
entre duas semanas a 3 meses após a picada, vindo a desenvolver lesões
desfigurantes.O controle da leishmaniose tegumentar é feito através de
proteção individual, com a utilização de repelentes e utilização de
mosquiteiros de malha fina.
A leishmaniose visceral (LV) é uma enfermidade infecciosa generalizada,
crônica, caracterizada por febre, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia,
anemia com leucopenia, hipergamaglobulinemia, edema e estado de
debilidade progressivo, levando o paciente ao óbito se não for submetido
ao tratamento especifico. A LV é causada por 3 espécies sendo a
Leishmania chagasi a representante de maior atenção.Ao picar um
vertebrado infectado o inseto ingere juntamente com o sangue, células do
sistema fagocítico mononuclear, macrófagos e leucócitos, parasitados
pelas formas amastigotas, presentes no local da picada. A partir daí ocorre
a visceralização das amastigotas, ou seja, migração para as vísceras,
principalmente órgãos linfoides. O parasita pode causar alterações
esplênicas, hepáticas, alterações no tecido hemocitopoético, renais,
pulmonares dentre outras alterações. Modo de prevenção é tratamento de
todos os casos humanos, eliminação dos cães infectados e combate ao
vetor.
Observação de lâmina que contem uma forma de vida do parasita:
Amastigota da Leishmania
19ª Aula Prática: Malária
Descrição: A malária é uma das doenças parasitárias que maior dano já
causou a milhões de pessoas nas regiões tropicais e subtropicais do globo.
È caracterizada por febre e calafrios. No Brasil a malaria é causada por três
espécies de Plasmodium: P. vivax; P. falciparum e P.malariae. O ciclo de
vida e do tipo heteroxênico, onde o homem é o hospedeiro intermediário e
o mosquito o definitivo. Um mosquito fêmeo do gênero Anopheles, ao
exercer a hematofagia, inocula 10 a 20 esporozoítos na corrente
sanguínea. O individuo apresenta sintomas gerais de febre, mal-estar, dor
de cabeça e indisposição. É frequente o agravamento da febre e o
surgimento do acesso malárico: calafrios, calor e suor. Um dos sintomas
principais é a anemia provocada por três fatores principais: rompimento de
hemácias devido a reprodução dos parasitas em seu interior; destruição de
hemácias parasitadas no baço e destruição de hemácias sadias no baço.
Medidas de prevenção combate ao vetor e uso de tela nas janelas e
repelentes.
Observação de lâminas que contem as formas de vida do parasita e peças
que demonstram a patogenia:
Trofozoítos de Plasmodium vivax / Falciparum
Pigmento malárico do fígado
PEÇA:
Malária hepatoesplênica
Método diagnóstico: coloração de May Grunwald
Metodologia realizada na aula prática:
Colocar a lâmina no suporte de coloração. - Recobrir o esfregaço sanguíneo com 20 gotas do corante May - Grünwald.
Deixar atuar por 3 minutos. - Decorrido este tempo, acrescentar 20 gotas de água de torneira. Misturar a
solução nos diversos pontos da lâmina. Evitar o extravasamento do corante. Esperar 2 minutos.
- Desprezar a mistura que recobre a lâmina e, sem lavar, cobri-la com 20 gotas da solução diluída de Giemsa, preparada no momento da coloração. Esperar de 12 a 15 minutos.
- Desprezar o corante, lavar a lâmina em água corrente. - Deixar secar em posição vertical. - Examinar com objetiva de imersão.
Método de gota espessa:
- Em uma lâmina limpa e desengordurada para microscopia, colocar 3 gotas
de sangue sem anticoagulante enfileiradas, preservando um espaço de
aproximadamente 1 cm entre as gotas, esperar que as gotas sequem
completamente.
- Colocar a lâmina em posição vertical e mergulhá-la em um copo contendo
água morna, deixar 10 minutos, retirar a lâmina da água e empregar o método
de coloração de May- Grunwald e Giemsa.
20ª Aula Prática: Toxoplasmose
Descrição: A toxoplasmose é uma zoonose, causada pelo Toxoplasma
gondii, parasito que infecta o gato e numerosas outras espécies de
vertebrados, inclusive o homem. Esse parasita causa nos indivíduos
adultos um quadro agudo de febril, com linfadenopatia, e, nas crianças
uma forma subaguda de encefalomielite e coriorretinite. A forma
congênita é particularmente grave e chega a ser fatal, portanto o
Toxoplasma é considerado um teratógeno biológico. O homem adquire a
infecção por três vias principais: ingestão de oocistos provenientes das
fezes dos gatos e presentes em jardins, caixas de areia, latas de lixo ou
disseminados mecanicamente por moscas, baratas, minhocas; ingestão
de cistos encontrados em carne crua ou mal cozida, especialmente do
porco e do carneiro e por via congênita ou transplacentária. O controle da
Toxoplasmose consiste em não consumir carnes cruas, manter boa
higiene e lavar as mãos depois de manipular aqueles alimentos crus.
Deve-se evitar gatos em casa, aqueles em que insistem em cria-los
devem fornecer alimentos secos, enlatados ou fervidos. Muito importante
para as gestantes é fazer sorologia para Toxoplasmose nos início da
gestação e em caso de IgG negativo fazer o acompanhamento da
sorologia nos 3 trimestres gestacionais.
Observação de lâminas que contem as formas de vida do parasita:
Cistos de Toxoplasma gondii Taquizoítos de Toxoplasma gondii
Bibliografias:
1. ATTILIO Geraldo. Diagnóstico Laboratorial das Parasitoses
Humanas: Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro: médsi, 1994. 315p.
2. COURA, José Rodrigues . Síntese das Doenças Infecciosas e
Parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008.314p.
3. IGLÉSIAS, João Daniel Fernandes. Aspectos médicos das
parasitoses humanas. Rio de Janeiro: Medsi, 1997. 483 p.
4. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana: 11º ed, São Paulo/Rio
de Janeiro: 2005. 494p.
5. NEVES, David Pereira. Parasitologia dinâmica. 3. ed. São Paulo:
Atheneu, 2009. xv, 592 p.
6. REY, Luís, Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem
nos trópicos ocidentais, 4º ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Relação de equipamentos do laboratório de Multidisciplinar 05
Equipamento Unidades
Microscópio FAB KMK N 801177 01 unidade
Microscópio Coleman XSZ N 107 B 04 unidades
Microscópio Tokyo/Kyowa N 761013 01 unidade
Microscópio Dimex MOD MEB 215 07 unidades
Microscópio Coleman N 107 02 unidades
Microscópio Coleman 01 unidade
Microscópio Coleman XSZ N 107 T 01 unidade
Microscópio KMK N 801176 01 unidade
Geladeira Cônsul 02 unidades
Centrifuga 80-2B 01 unidade
Estabilizador 01 unidade
Datashow 01 unidade
CPU 01 unidade
Chuveiro lava olhos 01 unidade
Estereomicroscopio FAB Meopta. 02 unidades
Estufa Fanem 02 unidades