MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA COMISSÃO DE … · 2016-05-16 · O Manual...
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O Manual de Biossegurança foi constituído e revisado desde a inauguração das Clínicas
de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração. Este volume contou com a
participação dos seguintes membros:
Organização Profa. Dra. Patrícia Pinto Saraiva
Profa. Dra. das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada
Colaboração
Prof. Dr. Fernando Accorsi Orosco
Coordenador do Curso de Odontologia
Presidente da Comissão de Biossegurança
Profa. Dra. Leila Maria Vieira
Diretora do Centro de Ciências da Saúde
Profa. Dra. Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti
Profa. Dra. da disciplina de Ortodontia
Profa. Dra. Carolina Nunes Pegoraro
Profa. Dra. das disciplinas de Dentística e Clínica Integrada
Prof. Dr. Joel Ferreira Santiago Júnior
Prof. Dr. das disciplinas de Prótese, Implantodontia e Clínica Integrada
Profa. Dra. Mirella Lindoso Gomes Campos
Profa. Dra. das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada
Profa. Dra. Danieli Colaço Siqueira
Profa. Dra. das disciplinas de Radiologia e Estomatologia
Prof. Dr. Guilherme Ferreira da Silva
Prof. Dr. das disciplinas de Endodontia e Clínica Integrada
Profa. Dra. Carolina Ortigosa Cunha
Profa. Dra. das disciplinas de Prótese e Clínica Integrada
Profa. Dra. Camila Lopes Cardoso
Profa. Dra. da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
Enfª. Esp. Michelle Simão Biasin
Coordenadora administrativa das clínicas de Odontologia
Vinícius Matheus Rosa
Estudante do curso de graduação em Odontologia
Dr. Jordan Lima da Silva
Pós-doutorando em Biologia Oral na Universidade do Sagrado Coração
Sumário
TERMINOLOGIA ................................................................................................................ 4
1 RECEPÇÃO DE PACIENTES ......................................................................................... 6
2 CENTRAL DE ARQUIVO DE DADOS .......................................................................... 6
3 VESTUÁRIO E APRESENTAÇÃO DA EQUIPE........................................................... 7
4 DISPONIBILIZAÇÃO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA PARA FRICÇÃO
ANTISSÉPTICA DAS MÃOS .............................................................................................. 8
5 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) ............................................ 9
6 PREPARAÇÃO DOS BOXES ANTES DO ATENDIMENTO DE CADA PACIENTE10
7 RECEPÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE NOS BOXES ................................ 14
8 DESINFECÇÃO DOS BOXES APÓS O ATENDIMENTO AO PACIENTE .............. 15
9 PREENCHIMENTO DE FICHAS E PRONTUÁRIOS ................................................. 17
10 LIMPEZA DE SUPERFÍCIES ...................................................................................... 18
11 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DA EQUIPE ................................................. 18
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DO PACIENTE ............................................ 21
13 ROTINA DE LIMPEZA DE ARTIGOS CONTAMINADOS ...................................... 22
14 ROTINA DE ESTERILIZAÇÃO ................................................................................... 23
15 DESCONTAMINAÇÃO DE MAT. DE CONSUMO E PEÇAS PROTÉTICAS ......... 25
16 ROTINAS E PROCEDIMENTOS NO SETOR DE RADIOL. ODONTOLÓGICA .... 28
17 GERENCIAMENTO E DESTINO DE RESÍDUOS ..................................................... 31
18 USO DO AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO .............................................................. 35
19 MANEJO DE BIÓPSIAS .............................................................................................. 38
20 DENTES EXTRAÍDOS ................................................................................................ 38
21 BANCO DE DENTES ................................................................................................... 39
22 NORMAS E ROTINAS DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO ................................. 41
23 ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE ODONTOLOGIA ....... 42
24 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO ................................... 45
24.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 45
24.3 RISCO DE TRANSMISSÃO ...................................................................................... 46
24.4 PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS ........................... 47
25 IMUNIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE ...................................................... 49
ANEXOS ............................................................................................................................. 52
NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DAS CLÍNICAS ACADÊMICAS ............................... 62
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 66
Manual da Central de Materiais e Esterilização ................................................................ 70
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TERMINOLOGIA
ANTISSEPSIA – procedimento que visa o controle da infecção a partir do uso de substâncias
biocidas de uso na pele ou mucosas.
ASSEPSIA – conjunto de métodos empregados para impedir que determinado local, superfície,
equipamento e/ou instrumental seja contaminado.
ARTIGOS – instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação.
ARTIGOS CRÍTICOS – artigos que penetram através da pele e mucosas adjacentes, atingindo
tecidos subepiteliais e sistema vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas
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exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Exigem esterilização ou uso único
(descartável).
ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS – aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com
mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, etc. Exigem
esterilização.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS – aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do
paciente, como refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário em geral. Exigem limpeza e desinfecção
de atividade biocida intermediária.
DESCONTAMINAÇÃO – método de eliminação parcial ou total de microrganismos dos artigos
e superfícies.
DESINFECÇÃO – processo físico ou químico que elimina as formas vegetativas de
microorganismos, exceto os esporulados.
DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA ALTA – quando os desinfetantes são eficazes
contra todas as formas vegetativas bacterianas e destroem parcialmente os esporos.
DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA BAIXA – quando os desinfetantes tem somente
ação contra as formas vegetativas bacterianas.
DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA INTERMEDIÁRIA – quando os desinfetantes
não destroem esporos, tem ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos,
porém não destroem todos eles.
ESTERILIZAÇÃO – processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as
esporuladas, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos.
LIMPEZA – remoção mecânica e/ou química da sujidade, visando à remoção de resíduos
orgânicos, realizada anteriormente à desinfecção e à esterilização.
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1 RECEPÇÃO DE PACIENTES
O público alvo é compreendido por:
1.1 Pacientes cadastrados nas Clínicas de Odontologia da USC (Universidade do Sagrado
Coração),
1.2 Pacientes não cadastrados, atendidos na Clínica de Estágio Supervisionado em Atendimento de
Urgências em Odontologia,
1.3 Pacientes novos externos (SUS – Sistema Único de Saúde), oriundos de unidades de saúde do
município de Bauru e da DRS VI (Departamento Regional de Saúde)
1.4 Eventualmente, pacientes de outras cidades, estados e países.
2 CENTRAL DE ARQUIVO DE DADOS
2.1 Os dados cadastrais dos pacientes nas clínicas de Odontologia da USC são armazenados em
uma central de arquivos. Os prontuários dos pacientes que serão atendidos são separados
previamente, e ficam disponíveis diariamente para cada atendimento clínico, para consulta e
anotações devidas;
2.2 Para os pacientes externos, ainda sem cadastro, são abertos os respectivos prontuários, que
também ficam armazenados na central de arquivos, disponível para atendimentos subsequentes;
2.3 O atendimento odontológico somente deverá ser iniciado após o acadêmico e o professor terem
em mão, o prontuário do paciente para checagem e registro das anotações necessárias;
2.4 A central de arquivos tem ciência de que alguns prontuários, como os de pacientes em
atendimento nas clínicas de Implantologia, Cirurgia Ortognática e pacientes com necessidades
especiais, estão arquivados em suas respectivas clínicas.
2.5 A documentação dos pacientes menores de idade (adolescentes e crianças) atendidos no CAIC
ficam armazenados nas respectivas unidades de atendimento.
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3 VESTUÁRIO E APRESENTAÇÃO DA EQUIPE
3.1 Os profissionais da equipe de saúde (estudantes, professores e circulantes) deverão apresentar-
se trajando:
calças e camisas ou camisetas brancas e limpas;
sapatos limpos,brancos, fechados (cobrindo todo o dorso dos pés) e meias estendendo-se até
os tornozelos;
aventais ou jalecos brancos (para os estudantes), e da cor determinada para as circulantes,
limpos e de manga longa, somente no interior das clínicas, sendo proibido transitar com jaleco
pelas demais dependências;
óculos de proteção, máscaras, gorros ou toucas descartáveis ao adentrar e permanecer nas
clínicas.
3.2 Seguindo as orientações da Universidade do Sagrado Coração associada a NR32 devem ser
evitadas, em quaisquer atendimentos clínicos, a utilização de:
saias, shorts ou bermudas;
anéis, pulseiras, relógios, fitas no pulso;
brincos grandes, colares, e outros adornos, a menos que estes estejam encobertos pelo jaleco e
pela touca;
maquiagem em excesso, lenços, esmaltes coloridos, unhas compridas;
piercings, brincos (para os homens);
sandálias ou sapatos abertos;
cabelos ou franjas para fora das toucas ou gorros, barbas por fazer;
camisas ou camisetas com muitos detalhes ou estampadas;
agasalhos, casacos, blusas ou malhas que não sejam brancos.
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4 DISPONIBILIZAÇÃO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA PARA
FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS
4.1 De acordo com a Resolução-RDC Nº 42, de 25 de outubro de 2010, é obrigatória a
disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos:
nas salas de triagem, de pronto atendimento, unidades de urgência e emergência,
ambulatórios, unidades de internação;
unidades de terapia intensiva, clínicas e consultórios de serviços de saúde;
nos serviços de atendimento móvel; e
nos locais em que são realizados quaisquer procedimentos invasivos.
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5 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)
Todos os profissionais de saúde, estudantes e funcionários devem utilizar os seguintes
equipamentos de proteção individual e uniforme:
Roupas e sapatos fechados e impermeáveis brancos;
Jaleco de mangas compridas.
5.1 LUVAS – utilizadas e trocadas a cada paciente. Luvas cirúrgicas estéreis devem ser utilizadas
sempre que houver risco de contato da pele das mãos e antebraços com sangue, secreções ou
mucosas durante o atendimento, ou na manipulação de instrumentos ou superfícies. Deverão ser
observados os seguintes cuidados:
a) não manipular objetos fora do campo de trabalho enquanto estiver de luvas (canetas, fichas,
equipamentos e embalagens de materiais de consumo). Quando necessário manipular aparelhos
periféricos, ou buscar material, SEMPRE utilizar sobre luvas.
b) retirar as luvas após o término do tratamento do paciente, sem tocar em sua parte externa,
descartando-as no LIXO CONTAMINADO (saco plástico branco ou plástico acoplado à mesa de
trabalho).
c) lavar as mãos assim que retirar as luvas.
d) para a lavagem de materiais deverão ser utilizadas luvas grossas de borracha.
5.2 MÁSCARAS – descartáveis, sendo necessária sua troca a cada paciente, ou sempre que ficar
úmida. Devem ser descartadas no lixo contaminado.
5.3 GORRO – descartável, devendo ser descartado em lixo contaminado.
5.4 ÓCULOS DE PROTEÇÃO E PROTETORES FACIAIS – tem por objetivo proteger a mucosa
ocular e face de secreções contaminantes. É de uso individual, devendo ser limpo e desinfetado
com fricção de álcool 77% v/v, a cada paciente.
5.5 JALECO – deve ser usado sempre e deverá ser trocado e lavado periodicamente, ou sempre
que contaminado por fluidos corpóreos.
Todo estudante deverá providenciar seu próprio equipamento de proteção individual.
A utilização de EPIs deverá ser RESTRITA ao ambiente clínico ou laboratorial.
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6 PREPARAÇÃO DOS BOXES ANTES DO ATENDIMENTO DE CADA
PACIENTE
6.1 Cuidados prévios na preparação da clínica odontológica, realizados pelos funcionários da
limpeza e / ou circulantes:
a) Disponibilizar em todos os boxes: lixeiras acionadas por pedal, com saco plástico comum, preto,
impermeável, para resíduos comuns: papéis, fitas crepe, e outros descartáveis não contaminados;
b) Disponibilizar em locais de fácil acesso, cestos coletores (hampers) de roupas utilizadas durante
os procedimentos, para posterior encaminhamento à lavanderia;
c) Encaminhar à lavanderia as roupas utilizadas nos procedimentos em carro de transporte adequado
(tampa fechada, lavável) e destinado somente para este fim, conforme preconiza Ministério da
Saúde;
d) Disponibilizar em locais estratégicos de fácil acesso: lixeiras grandes acionadas por pedal, com
saco plástico branco leitoso, impermeável, para recebimento de resíduos contaminados e sacos
plásticos afixados nas mesas auxiliares, que contém material contaminado dos procedimentos
executados.
e) Disponibilizar, em todos os boxes, detergente enzimático devidamente diluído em praticubas,
para lavagem de instrumental.
f) Disponibilizar coletor de material perfurocortante nos boxes (Descarpak – caixa amarela).
g) Disponibilizar, nas saídas das clínicas, lixeiras com saco plástico branco, para descarte de
máscaras e gorros utilizados na clínica.
h) Em atividades envolvendo cirurgias de implantes dentários é importante a desinfecção do motor
cirúrgico, a colocação do motor em campo duplo, realizar o encapamento dos cabos, utilizar
camisinha no micro-motor e contra-ângulo, assim como no sugador cirúrgico.
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6.2 Cuidados prévios na preparação do boxe, realizados pelos estudantes:
a) Bolsas, carteiras, cadernos, pastas e demais objetos pessoais dos estudantes deverão ser
guardados no armário individual de cada estudante. Na clínica, deverão ser mantidos no armário
externo da clínica. Não é permitida a manutenção destes objetos sobre a pia;
b) Todos os aparelhos eletrônicos (celulares, smartphones, tablets) deverão ser desligados ou
colocados no modo silencioso e guardados. É completamente proibido atender telefone ou
realizar operações no aparelho durante atividade clínica e/ou laboratorial;
c) Verificar o comando de liga e desliga do refletor;
d) Acionar o pedal de comando, para comprovar funcionamento das pontas de alta rotação e micro
motor, bem como a saída de água e ar da seringa tríplice;
e) Conferir os comandos de acionamento manual e pelo pedal da cadeira odontológica;
f) Verificar na unidade auxiliar a saída e vazão de água na cuspideira, bem como o funcionamento
das unidades de sucção;
g) Fixar um saco plástico resistente, impermeável, no suporte localizado na lateral da mesa auxiliar,
de fácil acesso ao operador e/ou auxiliar, para descarte do material contaminado. Subentenda-se
aqui, todo material que entra em contato com a pele ou mucosa do paciente durante o atendimento,
exceto perfurocortantes. Ao final de cada atendimento estes sacos plásticos devem ser recolhidos
pelo próprio estudante, que é responsável por descartá-los nas lixeiras grandes, acionadas por pedal,
com saco plástico branco leitoso.
h) Realizar desinfecção de todas as superfícies e periféricos (refletor, cadeira, mocho, mesa auxiliar,
pontas de alta e baixa rotação, seringa tríplice, ponta da unidade de sucção, cuspideira) com álcool
77% v/v ou 70% (p/v).
i) O procedimento de desinfecção deve ser realizado sempre em um mesmo sentido, com a troca de
gaze dutante o procedimento.
j) A desinfecção deverá ser realizada sempre das superfícies menos contaminadas para as mais
contaminadas (seguindo a ordem indicada no ítem g).
k) Envolver a superfície do refletor, apoio da cabeça da caderia, pontas de alta e baixa rotação, peça
de mão, serina tríplice e ponta da unidade de sucção com filme plástico.
l) Todo o processo de desinfecção deverá ser realizado com luvas de borracha (lavar louça).
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Os procedimentos abaixo descritos deverão ser realizados por cada estudante ou dupla
responsável pelo seu boxe:
OBS: OS ESTUDANTES OBRIGATORIAMENTE DEVEM FAZER USO DE EPI NESSES
PROCEDIMENTOS.
ÁREA / LOCAL PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO
Cadeira
odontológica
Encosto para cabeça
Botões de comando
Desinfecção com álcool 77% v/v ou (70% p/v);
Revestir os botões com filmes plásticos de PVC .
Fricção por
10 min.
(SEMPRE
NO
MESMO
SENTIDO)
Mocho Assento
Encosto
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Posicionar o assento e o encosto confortavelmente.
Fricção por
10 min.
Refletor
Protetor da lâmpada
Alças ou manoplas de
manuseio
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Cobrir, proteger as alças com saquinhos plásticos ou
filme plástico de PVC, ou ainda protetores
autoclavados em tecidos, para procedimentos
cirúrgicos.
Fricção por
10 min.
Equipo
odontológico
Mesa de apoio
Alta rotação
Micro motor
Contra-ângulo
Peça de mão reta
Seringa tríplice
Mangueiras de conexão
ar e água
Alças para manuseio do
equipo
Antes de usar o alta rotação e a seringa tríplice,
desprezar água por cerca de 30 segundos;
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Ou esterilização em autoclave das pontas;
Na realização de procedimentos críticos, alta
rotação e micro motor devem ser previamente
autoclavados;
Envolver ou encapar a seringa tríplice com
saquinhos plásticos, ou filme de PVC, associados a
canudos plásticos;
Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir as
alças com protetores autoclavados em tecido, para
procedimentos cirúrgicos;
Usar filme plástico, gaze, papel toalha ou sobre
luvas.
30 seg.
Fricção por
10 min.
Cuspideira Lavar com água e sabão neutro;
Desprezar álcool 77% v/v.
Unidade
auxiliar
Sugador a
vácuo
Mangueiras de sucção Nas mangueiras de sucção, desinfecção com álcool
77% v/v;
Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir as
mangueiras com protetores autoclavados em tecido
para procedimentos cirúrgicos; ou utilizar
mangueiras de conexão em silicone, autoclavadas;
Envolver ou encapar a ponta da mangueira com
saquinhos plásticos, após colocação do sugador
descartável de plástico.
Fricção por
10 min.
Mesa auxiliar
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Colocação do saco plástico impermeável, na lateral
da mesa auxiliar, para descarte de lixo contaminado,
exceto material perfurocortante.
Fricção por
10 min.
As barreiras físicas deverão ser trocadas a cada paciente.
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A seguir, procedimentos que devem ser realizados pelos estudantes (obrigatório o uso de
EPIs), com relação ao emprego e manuseio dos equipamentos ou aparelhos periféricos. Estes
devem estar dispostos sobre a mesa clínica e/ou auxiliar.
Aparelho Circulante (uso de EPI: jaleco,
luva de limpeza, gorro) Acadêmico
Amalgamador
Desinfecção com álcool 77%
v/v;
Fricção por 10 min., antes e após
as clínicas;
Recobrir com o filme de PVC ao
início e remover ao final das
clínicas.
Manipular utilizando sobre luvas.
Fotopolimerizador
Desinfecção com álcool 77%
v/v;
Fricção por 10 min., antes e após
o seu uso.
Embalar cabos e pontas com
filme plástico de PVC;
Recobrir com o filme de PVC ao
início e remover ao final das
clínicas.
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Fricção por 10 min. dos cabos e pontas, antes
e após o seu uso;
Manipular utilizando sobre luvas, durante a
ativação;
Utilizar saquinhos plásticos para envolver a
ponta de ativação da luz ou revestir com PVC.
Aparelho de
ultrassom e profilaxia
Desinfecção com álcool 77%
v/v;
Fricção por 10 min., antes e após
o seu uso;
Realizar no aparelho, mangueira
e pontas;
Recobrir com o filme de PVC ao
início e remover ao final das
clínicas, e ser trocado entre cada
atendimento.
Manipular utilizando sobre luvas, luvas de
procedimento ou cirúrgicas, dependendo da
especificidade do caso;
Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir
as mangueiras e pontas com protetores
descartáveis ou autoclavados em tecido, para
procedimentos conforme indicado;
Sempre utilizar as pontas ativas estéreis.
Aparelho de
Laserterapia
(baixa potência)
Desinfecção com álcool 77% v/v
Fricção por 10 min., antes e após
o seu uso;
Realizar no aparelho, mangueira
e pontas;
Recobrir com o filme de PVC ao
início e remover ao final das
clínicas, e ser trocado entre cada
atendimento.
Desinfecção com álcool 77% v/v;
Fricção por 10 min., antes e após o seu uso,
dos cabos e ponta ativa;
Manipular utilizando sobreluvas, durante a
ativação;
Utilizar saquinhos plásticos ou filme de PVC
para envolver a ponta de ativação do Laser;
Utilizar óculos de proteção ao laser, tanto o
operador, auxiliar, quanto o paciente.
Laser de alta potência
Desinfecção com álcool 77%
v/v;
Fricção por 10 min., antes e após
o seu uso;
Realizar no aparelho, mangueira
e pontas.
Sempre utilizar as pontas ativas estéreis.
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7 RECEPÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE NOS BOXES
a) Posicionar a cadeira de acordo com a altura desejada para o atendimento;
b) Explicar os procedimentos que serão realizados ao paciente;
c) Realizar e/ou atualizar a anamnese do paciente em todas as sessões, independentemente do
tempo em que a última anamnese tenha sido realizada, anotando no prontuário a data em que o
procedimento foi realizado ou conferido. A assinatura do paciente deve sempre estar presente no
dia da realização da anamnese, ou nas modificações ocorridas em seus dados;
d) Aferir a pressão arterial;
e) Proceder a antissepsia extra bucal (pele) e intra bucal (mucosa) com PVPI tópico ou gluconato
de clorexidina a 2%, para realização de procedimentos críticos (cirúrgicos);
f) Proceder com a antissepsia intra bucal (mucosa) com gluconato de clorexidina 0,12%, em
bochecho, por 1 minuto; ou PVPI tópico;
g) Posicionar os óculos de proteção nos pacientes. Os óculos devem ser lavados após cada paciente
utilizá-lo, com sabão germicida ou soluções antissépticas, bem enxaguados em água corrente, e
secos em toalha descartável. Devem também ser desinfetados com álcool 77%.
h) Selecionar e posicionar o tipo de campo, de acordo com o atendimento a ser realizado;
i) Todos os campos utilizados nas clínicas de Odontologia deverão ser descontaminados, lavados
e limpos, e esterilizados para procedimentos cirúrgicos.
j) Para os procedimentos não cirúrgicos utilizar como campo da mesa de trabalho a parte interna
dos campos que envolvem as caixas de materiais, que se encontram esterilizados.
k) Pacientes que apresentem Herpes labial devem ser dispensados e reagendada nova data para
tratamento, desde que não seja uma urgência ou emergência odontológica.
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8 DESINFECÇÃO DOS BOXES APÓS O ATENDIMENTO AO PACIENTE
8.1 MATERIAL PERFUROCORTANTE: recolher e depositar em coletores apropriados,
posicionados nos boxes;
8.2 INSTRUMENTAL: recolher da mesa auxiliar com luvas de limpeza, imergir em detergente
enzimático nas praticubas encontradas nas pias, por tempo determinado pelo fabricante (3 a 10
minutos). Verificar o tempo com a auxiliar das clínicas. Esfregar com escova macia, enxaguar em
água corrente e secar com pano seco e limpo;
8.3 CAMPOS: recolher os campos usados da mesa auxiliar, do paciente, e da caixa de instrumental,
e dispensá-los em seus respectivos cestos (hampers);
8.4 FILME PLÁSTICO E/OU SACOS PLÁSTICOS: o filme plástico, ou sacos plásticos
utilizados para proteção de equipamentos durante o atendimento deverão ser removidos após o
término do atendimento, e dispensados em LIXO CONTAMINADO.
8.5 LIXO CONTAMINADO: recolher o saco plástico contendo os resíduos contaminados, vedar
a abertura, e depositar nas lixeiras grandes, acionadas por pedal, com saco plástico branco leitoso.
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Os procedimentos abaixo deverão ser realizados por cada estudante ou dupla responsável
pelo seu boxe (ou pela circulante**), após o atendimento ao paciente. OBS: USO
OBRIGATÓRIO DO EPI ADEQUADO.
ÁREA / LOCAL PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO
Cadeira
odontológica Encosto para cabeça;
Botões de comando.
Remover o filme plástico de PVC que estiver
revestindo a cadeira, descartar no saco de lixo
contaminado;
Desinfecção com álcool 77% v/v ou (70% p/v).
Fricção
por 10
min.
Mocho Assento;
Encosto.
Desinfecção com álcool 77% v/v. Fricção
por 10
min.
Refletor Protetor da lâmpada;
Alças ou manoplas de
manuseio.
Retirar os saquinhos plásticos ou filme plástico de
PVC, descartar no saco de lixo contaminado;
Retirar os protetores autoclavados em tecidos, para
procedimentos cirúrgicos, e dispensar nos hampers;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção
por 10
min.
Equipo
odontológico
Mesa de apoio;
Alta rotação;
Micro motor;
Contra-ângulo;
Peça de mão reta;
Seringa tríplice;
Mangueiras de conexão ar
e água;
Alças para manuseio do
equipo.
Retirar das pontas, os protetores autoclavados em
tecido, para procedimentos cirúrgicos, e dispensar
nos hampers;
Remover da seringa tríplice, os saquinhos plásticos,
associados a canudos plásticos, descartar no saco de
lixo contaminado;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção
por 10
min.
Cuspideira**
Escorrer 500ml de água corrente;
Lavar com água e sabão neutro**;
Desprezar HIPOCLORITO DE SÓDIO A 5% **
(cuspideira de louça, caso contrário, álcool 70% p/v).
Fricção
por 10
min. **
Unidade
auxiliar**
Sugador a
vácuo**
Mangueiras de sucção
Aspirar 500ml de água corrente;
Remover os protetores autoclavados em tecido, para
procedimentos cirúrgicos, e dispensar nos hampers;
Nas mangueiras de sucção, desinfecção com álcool
77% v/v;
Retirar da ponta da mangueira, os saquinhos
plásticos, juntamente com o sugador descartável de
plástico, descartar no saco de lixo contaminado.
Fricção
por 10
min.
Mesa auxiliar
Remoção do saco plástico impermeável, na lateral da
mesa auxiliar, para descarte de lixo contaminado,
exceto material perfurocortante, dispensando nas
lixeiras grandes, acionadas por pedal, com saco
plástico branco leitoso;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção
por 10
min.
Procedimentos que devem ser realizados, pelas circulantes, com relação ao emprego e
manuseio dos equipamentos ou aparelhos periféricos, após o uso pelos estudantes.
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OBS: USO OBRIGATÓRIO DE EPI ADEQUADO.
Aparelho PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO
Amalgamador Remover o filme de PVC ao final das clínicas;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção por
10 min.
Fotopolimerizador
Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das
clínicas;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção por
10 min.
Aparelho de ultrassom e
profilaxia
Remover pontas ativas e encaminhá-las para limpeza e
esterilização;
Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das
clínicas ou ser trocado entre cada atendimento;
Realizar no aparelho, mangueira e pontas;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção por
10 min.
Aparelho de Laserterapia
(baixa potência)
Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das
clínicas ou ser trocado entre cada atendimento;
Realizar no aparelho, mangueira e pontas;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção por
10 min.
Laser de alta potência Realizar no aparelho, mangueira e pontas;
Desinfecção com álcool 77% v/v.
Fricção por
10 min.
9 PREENCHIMENTO DE FICHAS E PRONTUÁRIOS
O preenchimento das fichas e do prontuário deverá ser feito somente após o término do
atendimento diário do paciente, evitando o contato dessas fichas com luvas, campos e superfícies
contaminadas. Não manusear prontuários com luvas de procedimento. Removê-las, ou se
necessário, utilizar sobreluvas.
O preenchimento dos prontuários é obrigatório ao final dos procedimentos clínicos. Devem
constar os procedimentos executados, elementos dentários em que foram realizados os
procedimentos, medicação prescrita e cuidados indicados. Após o preenchimento, é obrigatória a
assinatura do paciente, a indicação dos alunos que realizaram o procedimento, a clínica em que
ocorreu o atendimento e a assinatura e carimbo do professor responsável. Este preenchimento
deverá ser realizado antes da dispensa do paciente.
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10 LIMPEZA DE SUPERFÍCIES
Limpeza do chão com água e sabão, após término de cada clínica; e limpeza terminal, ralizada
diariamente;
Limpeza de superfícies realizada com Veja multiuso (ou material de limpeza similar) e ÁLCOOL
77% v/v;
Limpeza de superfícies entre um paciente e outro, com álcool 77% v/v, friccionando por 10
minutos.
11 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DA EQUIPE
11.1 A HIGIENIZAÇÃO das mãos é obrigatória para todos os componentes da equipe de saúde
bucal. Esta deve seguir uma rotina, com técnicas e sequências adequadas, listadas a seguir:
antes de executar procedimentos no paciente,
após tocar em fluidos, secreções e itens contaminados,
após a retirada das luvas,
entre contatos ou atendimentos aos pacientes,
entre procedimentos em um mesmo paciente,
antes e depois de atos fisiológicos,
antes do preparo de soros e medicações.
11.2 A técnica indicada para a lavagem das mãos para procedimentos comuns, de rotina, deve
obedecer aos seguintes passos:
prender os cabelos, colocar o gorro e posicionar corretamente a máscara e óculos de proteção;
retirar anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitas de pulso e outros adornos;
molhar as mãos e pulsos em água corrente, e após molhar, fechar a torneira;
aplicar sabonete líquido (antisséptico/degermante) suficiente para lavar mãos e pulsos;
ensaboar as mãos e pulsos, limpando sob as unhas;
19
propiciar ênfase ao redor das unhas e entre os dedos, por no mínimo 30 segundos. Dar atenção
especial à mão não dominante, para certificar-se de que ambas as mãos fiquem igualmente
limpas;
enxaguar com água corrente fria;
secar completamente, utilizando toalhas de papel descartáveis.
Estes passos devem obedecer a seguinte sequência:
unhas e pontas dos dedos,
polegar e outros dedos,
espaço entre os dedos,
palma das mãos,
dorso das mãos,
punhos e antebraços,
repetir os passos anteriores na outra mão, ou intercalar uma com a outra.
11.3 A técnica indicada para a lavagem e antissepsia das mãos para procedimentos cirúrgicos,
deve obedecer aos seguintes passos:
prender os cabelos, colocar o gorro ou touca, e posicionar corretamente a máscara e óculos de
proteção;
retirar anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitas de pulso, e outros adornos das mãos, punhos e
antebraços;
abrir a torneira e regular o fluxo da água;
molhar as mãos, pulsos e antebraços em água corrente, e após molhar, fechar a torneira;
aplicar sabonete antisséptico degermante suficiente para lavar mãos (de 3 a 5ml), punhos e
antebraços;
ensaboar as mãos, punhos e antebraços até o cotovelo com solução antisséptica degermante, a
base de iodo (PVPI 10%) ou de gluconato de clorexidina 2%;
escovar sequencialmente, unhas, pontas dos dedos, palma e dorso da mão, espaços entre os
dedos, sempre da porção distal para a proximal, ou seja da ponta dos dedos para o pulso;
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o passo anterior pode ser realizado primeiramente em uma das mãos, ou intercalar entre uma e
outra;
após esta fase, escovar os punhos e antebraços, também da parte distal para a proximal, isto é,
do punho em direção ao cotovelo;
enxaguar abundantemente as mãos, pulsos e antebraços com água corrente, deixando escorrer
da ponta dos dedos para os cotovelos;
passar novamente o antisséptico nos dedos, mãos, e antebraços, até os cotovelos;
secar mãos e antebraços com compressa estéril, sempre da mão para o antebraço;
vestir o avental estéril, com fechamento nas costas, gola alta e mangas compridas;
calçar luvas estéreis, conforme a técnica, abertas pelo auxiliar, sobrepondo os punhos do avental.
A sequência descrita acima é indicada para quando se utiliza escova descartável de plástico com
espumas. Caso não se faça a escovação das mãos, punhos e antebraços devem ser friccionados, na
mesma sequência, da ponta dos dedos até os cotovelos; porém estes atos devem ser repetidos por
três vezes até a secagem com a toalha ou compressa estéril. Na primeira vez, lavar até os cotovelos,
na segunda, até o meio do antebraço, e na terceira e última, até os pulsos. Porém, após o enxágue
final, deve-se aplicar novamente o antisséptico nos dedos, mãos, e antebraços, até os cotovelos,
para somente depois secar com as compressas esterilizadas.
11.4 Como medidas de proteção individual, os profissionais odontológicos, tanto operador quanto
auxiliar devem fazer uso dos seguintes itens:
Óculos protetores ou protetores oculares devem ser utilizados pela equipe odontológica (e pelo
paciente) durante os procedimentos com exposição de sangue e/ou fluídos gengivais, para todos
os procedimentos que envolvam produção de aerossóis. Devem ser lavados após cada paciente
com sabão germicida ou soluções antissépticas, bem enxaguados em água corrente, e secos em
toalha descartável;
Aparelhos a Laser requerem proteção com óculos especiais, para o operador, auxiliar e paciente;
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A máscara deve ser colocada após o gorro e antes do óculos de proteção, e não deve ser tocada
ou ajustada durante os procedimentos. Deverá ser descartável e apresentar camada dupla ou
tripla;
Os jalecos de uso clínico deverão ser de mangas longas;
Para limpeza do instrumental devem-se usar luvas de LIMPEZA DE BORRACHA;
As luvas não devem ser usadas fora da área de atendimento, devem ser trocadas a cada paciente
(ou quando contaminada, furada ou rasgada) e a sua remoção deverá ser cuidadosa, seguindo a
técnica recomendada para evitar que a parte externa (contaminada) seja tocada;
Em presença de lesões exudativas ou dermatite úmida em qualquer área das mãos, evitar o
atendimento;
Em casos de cortes ou abrasões nas mãos/antebraços, se possível adiar o atendimento, se
inevitável, utilizar curativo impermeável.
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DO PACIENTE
A antissepsia da cavidade bucal pode reduzir de 50 a 75% a quantidade de
microrganismos na boca do paciente. Uma correta antissepsia pré-cirúrgica ou pré-tratamento é
altamente satisfatória, caracterizando uma medida muito eficiente no controle da infecção
cruzada no consultório odontológico. Na antissepsia podem ser utilizados: solução de
clorexidina (de 0,12% para mucosas e 2% para pele) e compostos de iodo (Povidona-Iodine,
PVPI).
Bochechos com antissépticos antes do atendimento do paciente representa medida eficaz
para diminuir a quantidade de microrganismos da cavidade bucal. Deve-se utilizar gluconato de
clorexidina (0,12%).
Para procedimentos clínicos que envolvam a paramentação cirúrgica, o preparo
extrabucal deverá ser realizado. Para os demais procedimentos, apenas o preparo intrabucal é
suficiente.
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PREPARO EXTRABUCAL
A antissepsia da pele do paciente deve ser feita com produtos antissépticos degermantes
a base de polivinilpirolidona - iodo (PVPI) com auxílio de compressas estéreis. O procedimento
deve ser realizado da seguinte maneira:
Com uma gaze presa a uma pinça, realizar a imersão em solução antisséptica. O campo
para degermação, para procedimentos críticos é iniciado abaixo dos olhos e vai até a altura da
clavícula. A degermação deve ser realizada sempre num mesmo sentido. Toda a gaze utilizada
deve ser desprezada no lixo contaminado.
PREPARO INTRABUCAL
O preparo intrabucal deve ser realizado em todos os pacientes por meio de bochecho por
01 minuto com solução de clorexidina a 0,12%, ou com gaze embebida em solução antisséptica
de PVPI.
Somente após este passo, o paciente é coberto com os campos.
13 ROTINA DE LIMPEZA DE ARTIGOS CONTAMINADOS
Realizar limpeza dos instrumentais (USO DE EPI: LUVA DE LIMPEZA, ETC), por meio de
sua imersão em detergente enzimático no tempo preconizado pelo fabricante (3 a 10 minutos),
na praticuba fechada.
Remover a parte superior (escoador / peneira) da praticuba e deixar o produto escorrer (o líquido
deverá ser trocado sempre que utilizado);
Passar o instrumental em água corrente;
Realizar a limpeza manual (esfregar o instrumental com escova de cerdas de nylon);
Enxaguá-lo abundantemente;
Secá-lo com pano limpo e macio ou com jatos de ar comprimido;
Embalar e identificar o instrumental de acordo com o método de esterilização a ser utilizado;
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No caso de utilização de contra-ângulos para cirurgias de implantes deve-se após desinfecção
separar ambas as partes e lubrificar o instrumento. O contra-ângulo deve ser inserido em grau
para esterilização de uma forma desmontada e recoberto em gaze;
Encaminhá-lo à Central de Esterilização.
14 ROTINA DE ESTERILIZAÇÃO
É PROIBIDA A ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAL FORA DA CENTRAL DE
ESTERILIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO.
14.1 Validação da esterilização:
Indicadores químicos: constituídos por fitas adesivas, deve-se utilizá-lo em todos os pacotes que
serão esterilizados;
Indicadores biológicos: os indicadores devem ser colocados no interior dos laps cirúrgicos,
dentro das caixas de instrumental.
14.2 Embalagem para autoclave:
Embalar o instrumental/materiais em tecido de algodão simples, e após, acondicioná-los em
caixas metálicas, acrílicas ou bandejas, perfuradas (instrumentais com trava devem estar
entreabertos);
Envolver as caixas em campos de tecido (algodão cru - gramatura ideal) duplo;
Fechar os pacotes com fita crepe;
Passar fita crepe para autoclave (indicador químico de esterilização);
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Identificar o pacote com nome do estudante, disciplina, período, nome do material, data de
esterilização, validade, número do lote, nome do responsável por sua esterilização, (procedimentos
realizados pelos colaboradores da Central de Esterilização);
Os jalecos cirúrgicos e as toalhas para mãos ou compressas, se reutilizáveis, devem ser
embaladados com campos duplos de tecido de algodão cru;
Os campos de tecido devem ser lavados antes do uso inicial e após cada autoclavagem e não
podem conter remendos, cerzidos ou perfurações.
14.3 Tempos e temperaturas
Autoclave:
20 minutos à 121ºC.
14.4 Tempo de validade/estocagem
Tempo de validade: 7 dias para material embalado em algodão cru, sendo que este deverá ter
permanecido armazenado na central de esterilização;
O material embalado com papel grau cirúrgico e sms (tecido-não-tecido) tem maior vida útil,
devendo seguir protocolo estabelecido pela central de esterilização. Todo material que for guardado
no armário depois de retirado da central de esterilização NÃO está estéril, necessitando trocar
embalagem e retomar o processo.
Estocagem:
a) Estocar o material em armário revestido de fórmica, fechado, limpo e seco na Central de
Esterilização;
b) A disposição dos pacotes deverá ser feita segundo a data de vencimento da esterilização;
c) Os pacotes cujo prazo de validade estiver vencido deverão passar pelo processo de
reprocessamento (recall), realizando sempre a troca da embalagem.
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15 DESCONTAMINAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSUMO E PEÇAS
PROTÉTICAS
Todos os materiais de consumo deverão ser manipulados com sobreluvas.
Os tubetes anestésicos deverão ser DESINFETADOS por fricção com gaze embebida em álcool
77% por 10 minutos.
O lençol de borracha deverá ser autoclavado para procedimentos cirúrgicos e descontaminado
com clorexidina 2% para os demais procedimentos.
Cuidados nos laboratórios de prótese:
a) Brocas, discos e pedras devem ser esterilizados antes e após o seu uso em peça(s) protética(s)
de um mesmo paciente, ou descartados;
b) Na utilização do torno odontológico, o profissional deve colocar óculos de proteção e máscara;
c) O torno odontológico também deve ser desinfetado externamente com álcool 77%, ao menos 1
vez por semana, pelo funcionário responsável pelo setor;
d) Para cada paciente deve ser utilizada uma porção de pedra-pomes. Evitar a retirada de grandes
porções de materiais de polimento, uma vez que é proibido o armazenamento das sobras ou a sua
reutilização para trabalhos de pacientes diferentes;
e) Sempre que possível utilizar acessórios descartáveis e de uso único para polimento e os itens
reutilizáveis devem ser esterililizados ou desinfetados a cada uso;
f) Durante as provas, antes da soldagem e/ou cimentação, as peças devem ser desinfetadas antes
de serem devolvidas ao laboratório, seguindo os procedimentos descritos anteriormente;
g) Todo componente de prótese implantossuportada (pilares, parafusos, cicatrizadores) que não
estejam lacrados e esterilizados devem ser submetidos a procedimento de esterilização antes de sua
utilização.
h) Delineadores, arcos faciais, gral de borracha, espátulas para alginato, escalas de cores de
gengiva ou dente articial devem ser lavados com água e sabão e realizar desinfecção por meio de
fricção com álcool 70% p/v. Todas as moldeiras e garfo do arco facial devem ser esterilizados.
i) As olivas do arco facial devem ser lavadas em água corrente e desinfectadas por meio de fricção
com álcool 70% p/v. Depois desta etapa devem ser protegidas com barreira de filme PVC antes de
serem utilizadas. Após utilização, o filme PVC deve ser descartado em lixo contaminado.
26
DESINFECÇÃO DE MOLDES
MATERIAL DE
MOLDAGEM
DESINFETANTE TÉCNICA
Alginato
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
-Lavar o molde em água corrente;
-Borrifar o desinfetante sobre o molde e mantê-lo
embrulhado com um papel toalha úmido;
-Aguardar 10 minutos;
-Lavar em água corrente abundantemente;
-Secar
Godiva
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
1- Lavar o molde em água corrente;
2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico
com tampa, ou saco de plástico com fecho,
contendo o desinfetante*;
3- Deixar imerso durante 10 minutos;
4- Lavar em água corrente abundantemente;
5- Secar
Pasta de Oxido de Zinco e
Eugenol
Ácido peracético 1%
1- Lavar o molde em água corrente;
2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico
com tampa, ou saco de plástico com fecho,
contendo o desinfetante*;
3- Deixar imerso durante 10 minutos;
4- Lavar em água corrente abundantemente;
5- Secar
Polissulfeto/Mercaptana
(Nome comercial:
Permelastic - Kerr)
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
Ácido peracético 1%
1- Lavar o molde em água corrente;
2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico
com tampa, ou saco de plástico com fecho,
contendo o desinfetante*;
3- Deixar imerso durante 10 minutos;
4- Lavar em água corrente abundantemente;
5- Secar
Poliéter
(Nome Comercial:
Impregum - 3M)
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
1- Lavar o molde em água corrente;
2- Borrifar o desinfetante sobre o molde e mantê-lo
embrulhado com um papel toalha úmido;
3- Aguardar 10 minutos;
4- Lavar em água corrente abundantemente;
5- Secar
Silicona de Adição e
Condensação
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
Ácido peracético 1%
1- Lavar o molde em água corrente;
2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico
com tampa, ou saco de plástico com fecho,
contendo o desinfetante*;
3- Deixar imerso durante 10 minutos;
4- Lavar em água corrente abundantemente;
5- Secar
*Obs: a solução desinfetante só poderá ser usada uma vez
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DESINFECÇÃO DE PRÓTESES
As próteses devem sofrer desinfecção quando são recebidas ou enviadas ao laboratório, durante as
várias etapas da confecção.
TIPO DE PRÓTESE DESINFETANTE TÉCNICA
Próteses Fixas em Metal e
Porcelana
Próteses Removíveis com
Estrutura Metálica
Ácido peracético 1%
1- -Lavar bem em água corrente;
2- -Inserir em recipiente de vidro ou de
plástico com tampa ou saco plástico
com fecho, contendo o desinfetante,
3- -Deixar imerso por 10 minutos;
4- -Enxaguar bem em água corrente.
Próteses Totais
(Acrílico)
Roletes de cera, registros em
cera, casquetes em acrílico,
moldeiras em acrílico.
Hipoclorito de Sódio
0,5 ou 1%
1- -Lavar bem em água corrente;
2- -Inserir em recipiente de vidro ou de
plástico com tampa ou saco plástico
com fecho, contendo o desinfetante,
3- -Deixar imerso por 10 minutos;
5- -Enxaguar bem em água corrente.
*Obs: a solução desinfetante só poderá ser usada uma vez
28
16 ROTINAS E PROCEDIMENTOS NO SETOR DE RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Recepção dos pacientes:
a) Pacientes USC (clínicas e convênios internos) com requisição da(s) tomada(s) radiográfica(s)
assinada por um professor da USC ou pelo CD do convênio;
b) Pacientes externos (SUS), oriundos das unidades de saúde do município e da DRS VI.
Arquivos de dados:
Na recepção da clínica de radiologia odontológica são coletados dados de identificação pessoal,
para registro na radiografia e em livro controle.
Preparo da sala antes do paciente:
a) Tomadas intrabucais:
Limpeza da cadeira odontológica com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos.
Limpeza da cabeça do aparelho de Rx com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos.
Disponibilizar invólucros, saquinhos plásticos para envolver posicionadores e filmes
radiográficos.
Para tomadas radiográficas que não permitam a utilização de posicionadores (por exemplo, na
endodontia e pediatria), as películas radiográficas deverão ser embaladas em filme plástico.
b) Tomadas extrabucais:
Limpeza do apoio de mento do aparelho panorâmico com álcool 77%, friccionando por 10
minutos, e colocação de invólucro plástico descartável no bloco de mordida.
Descontaminação de películas radiográficas:
a) Com a utilização de saco plástico para a proteção de filmes e películas, não há necessidade de
descontaminação da película, já que a mesma não é contaminada;
b) Quando a película estiver embalada com papel filme, retirar o invólucro com cuidado para não
haver contaminação da película;
c) Descartar o invólucro adequadamente.
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Preparo do paciente:
a) Tomadas intrabucais:
Colocação de vestimenta plumbífera que garanta a proteção do tronco do paciente incluindo
tireóide e gônada;
Explicação dos procedimentos a serem realizados.
b) Tomadas extrabucais:
Colocação do avental de borracha plumbífera próprio para tomada extrabucal a ser realizada;
Explicação dos procedimentos a serem realizados.
Após a realização das radiografias, realizar o preenchimento dos dados radiográficos na pasta que
se encontra em cada box de radiologia.
Preparo da sala depois da saída do paciente:
a) Tomadas intrabucais:
Limpeza da cadeira odontológica com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos;
Limpeza da cabeça do aparelho de Rx com álcool 77%, friccionando por 10 minutos;
Processamento radiográfico em câmara escura;
Registro das tomadas realizadas em ficha própria no boxe onde foi realizado o exame;
Laudo da radiografia realizada;
Armazenamento da radiografia no prontuário da clínica acadêmica ou entrega da radiografia ao
paciente, mediante recibo de retirada.
b) Tomadas extrabucais:
Limpeza do apoio de mento do aparelho panorâmico com álcool 77%, friccionando por 10 minutos;
Processamento radiográfico em câmara escura;
Registro das tomadas realizadas em ficha própria no boxe onde foi realizado o exame;
Laudo da radiografia realizada;
Armazenamento da radiografia no prontuário da clínica acadêmica ou entrega da radiografia ao
paciente, mediante recibo de retirada.
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Rotina de limpeza de superfícies:
a) Limpeza do chão com água e sabão por EMPRESA TERCEIRIZADA;
b) Limpeza de superfícies com ÁGUA E SABÃO;
c) DESINFECÇÃO das superfícies entre um paciente e outro é realizada com álcool 77% v/v,
friccionando por 10 minutos, realizada pelo estudante que atenderá o próximo paciente.
Cuidados profissionais:
a) Usar luvas e demais EPIs durante as tomadas radiográficas;
b) Proteger as bancadas com toalhas de papel descartáveis, posteriormente à desinfecção com
álcool 77% v/v, a cada troca de pacientes;
c) Após a tomada radiográfica, descartar o saco plástico/filme plástico diretamente no lixo
identificado como CONTAMINADO, localizado no box. Com a ajuda do auxiliar (ou com pinça
clínica), remover o filme do posicionador;
d) Nunca tocar na película ou em superfícies não protegidas com barreiras, com luvas contaminadas
com saliva. Uma vez contaminadas, as luvas devem ser descartadas em recipientes específicos, logo
após a(s) tomada(s) radiográfica(s) e antes do processamento dos filmes;
e) Se ocorrer contaminação do filme com a saliva do paciente, este deve ser desinfetado com gaze
embebida em álcool 77% v/v, friccionando as faces do filme por 30 segundos. Cuidados especiais
devem ser tomados para não provocar danos à embalagem do filme;
f) Os filmes só deverão ser levados para processamento na câmara escura ou caixa de revelação,
se estiverem livres de contaminação;
g) Os posicionadores deverão ser lavados com detergentes neutros e colocados em soluções
degermantes/desinfetantes por 10 minutos;
h) Na impossibilidade do uso de barreiras para posicionadores e/ou filmes, o posicionamento do
cilindro localizador deverá ser posicionado pelo auxiliar. O posicionamento do cilindro poderá ser
feito pelo operador, desde que utilizadas barreiras de proteção para superfícies;
i) Dispensar a película de chumbo em recipiente apropriado para seu descarte, disponibilizados
nas câmaras escuras e próximo às caixas de processamento.
31
17 GERENCIAMENTO E DESTINO DE RESÍDUOS
17.1 Orientações gerais
a) Para cada paciente deverá ser utilizada uma seringa esterilizada, um novo tubete e uma nova
agulha descartável. Como é possível que um determinado paciente necessite múltiplas injeções de
anestésico ou outra medicação, a agulha pode ser reencapada pela tecnica de deslizar a agulha para
dentro da tampa deixada sobre uma superficie (bandeja do instrumental ou mesa auxiliar).
Para as clínicas de Periodontia e Cirurgia, nas quais as mesas de trabalho são mantidas estéreis, não
se deve reencapar a agulha (o invólucro da agulha não é esterilizado, e portanto, não pode ser
colocado sobre a mesa). Nesta situação, a agulha deverá ser mantida desencapada sobre a mesa.
b) Não deve ser jogado qualquer tipo de material odontológico, como por exemplo: material de
moldagem, soluções reveladoras e/ou fixadoras, etc., na cuspideira ou na pia, mas sim em
recipientes específicos.
c) As seringas descartáveis, quando estiverem com agulha deverão ser dispensadas no Descarpak.
As seringas, sem agulhas, devem ser dispensadas no lixo contaminado. Os tubetes de anestésico de
vidro também deverão ser dispensados no descarpak, enquanto os tubetes de plático deverão ser
dispensados no lixo contaminado.
d) Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite
de 2/3 de sua capacidade total e devem estar localizados sempre próximos do local onde é realizado
o procedimento.
e) Os dejetos contaminados com sangue e outros fluidos devem ser colocados em sacos selados,
fazendo-se uso de identificação específica de material contaminado. Mesmo destino deve ter todo
o material descartável, tal como sugadores, tubetes plásticos de anestésico, máscara, luvas, gazes,
algodão, etc., após o seu uso.
f) Deve-se evitar o acúmulo de material sobre a mesa auxiliar, bem como evitar recipientes abertos,
que favoreçam a contaminação do ambiente.
g) No interior dos estabelecimentos de assistência odontológica, os resíduos comuns deverão ser
mantidos em recipiente com tampa, acionada por pedal, separados do lixo contaminado.
h) Não se deve sair do boxe de atendimento com as luvas em uso, ou ausentar-se da clínica com
qualquer tipo de EPI. Além disso, não se deve transitar com o jaleco fora de ambiente da clínica.
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h) Produtos farmacêuticos vencidos, como formocresol, tricresol formalina, eugenol, vernizes,
cimentos, materiais restauradores e medicamentos de uso sistêmico devem ser armazenados em
recipientes separados. Da mesma forma devem ser envasadas as soluções reveladoras e fixadoras
de radiografias, por serem substâncias químicas citotóxicas, e não poderem ser desprezadas no
esgoto, devendo ser encaminhadas para empresa especializada no reprocessamento destas
substâncias. Na USC, este material é armazenado no Laboratório de Química, até o momento do
recolhimento por empresa especializada, que recolhe o material.
i) Líquidos, sangue e secreções, sugados durante os procedimentos dentários devem ser drenados
diretamente para a rede de esgoto sanitária.
17.2 Manejo Interno por Categoria de Resíduo
17.2.1 Resíduos SÓLIDOS
Resíduos Sólidos: conforme a NBR n. 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT - são: "resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade
de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou
exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia
disponível”.
16.2.2 Resíduos INFECTANTES
Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e hemoderivados; animais usados em
experimentação, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos;
excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças
anatômicas; filtros de gases aspirados de área contaminada; resíduos advindos de área de
isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resíduos de laboratórios de análises
clínicas; resíduos de unidades de atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de
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internação e de enfermaria; e animais mortos a bordo dos meios de transporte, além de objetos
perfurantes ou cortantes, tais como: lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros
quebrados, etc., provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.
Estes resíduos deverão ser acondicionados em recipientes com o símbolo do grupo A,
representado abaixo, acrescido da inscrição RESÍDUO SÓLIDO. Também deve haver identificação
do tipo de resíduo, da seguinte forma: “peças anatômicas”, “peças anatômicas de animais”, “perfuro
cortantes” e, para os demais, “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”.
As peças anatômicas utilizadas para práticas de sutura em laboratórios (por exemplo, língua
bovina) devem ser recolhidas em saco branco leitoso, devidamente identificado, e encaminhado ao
Biotério para que possa ser congelado e armazenado, até o momento de recolhimento do material
pela Prefeitura Municipal, para que seja incinerado.
Exceto os perfuro cortantes, devem ser acondicionado em seu local de geração e segregação,
em saco branco leitoso, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável com as devidas
identificações:
Exemplo:
RESÍDUO SÓLIDO
SUBSTÂNCIA INFECTANTE
17.2.2.1 Resíduos PERFURO CORTANTES
Os materiais perfuro cortantes devem ser descartados separadamente no local de sua geração,
imediatamente após o uso, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com
tampa, devidamente identificados pela simbologia de “Substância Infectante” com rótulo de fundo
branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição: “Coletores para resíduos perfurantes
e cortantes” ou “RESÍDUO PERFURO CORTANTE”, antes de serem descartados em sacos
plásticos.
34
É expressamente proibido o esvaziamento de agulhas hipodérmicas estéreis e de uso único para
o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as
seringas, quando descartáveis.
Instrumentos perfuro cortantes devem ser descartados intactos; não devem ser dobrados ou
quebrados após o uso, nem removidos manualmente. Pinças hemostáticas ou alicates devem ser
usados para manipular estes instrumentos, antes de serem descartados nos coletores.
Nunca tentar descartar perfuro cortantes em recipientes cheios demais, obedecendo aos
critérios de preenchimento máximo de 2/3 da capacidade.
17.2.3 Resíduos QUÍMICOS
- Drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados;
- Resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados);
- Demais produtos considerados perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Devem ser descartados em recipientes contendo o símbolo de substância tóxica (demonstrado
abaixo), acrescidos da expressão: “RESÍDUO QUÍMICO”, para indicar o principal risco de
toxicidade que aquele resíduo químico apresenta.
Exemplo:
RESÍDUO QUÍMICO
Todo material sólido, descartável, contaminado com substâncias químicas perigosas, devem
ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente e impermeável, devidamente identificado.
Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em embalagens que garantam a integridade
física dos frascos e evite choques mecânicos, que sejam resistentes, rígidas e estanques, com tampa
rosqueada, vedante e devidamente identificado.
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Os resíduos químicos destinados à reciclagem deverão ser acondicionados em recipientes
individualizados, e sempre que possível, nas suas embalagens de origem, devidamente
identificados.
Os materiais perfuro cortantes contaminados por substância química poderão ser descartados
e acondicionados no mesmo recipiente utilizado no tipo A (Recipiente único para o tipo A e B).
17.2.4 Resíduos COMUNS
Resíduos que não representam nenhum tipo de risco biológico devem ser acondicionados
utilizando-se sacos plásticos impermeáveis.
Para os resíduos deste grupo, destinados à reciclagem ou reutilização, o descarte deve ser feito
em recipientes contendo código de cores e suas correspondentes nomeações, como segue:
I - azul - PAPÉIS
II - amarelo - METAIS
III - verde - VIDROS
IV - vermelho - PLÁSTICOS
V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS
VI – CINZA – PARA OS DEMAIS RESÍDUOS
VII – PRETA - Caso não seja procedida a reciclagem
Nas clínicas são utilizados somente sacos pretos. Nas áreas externas da Universidade são
realizadas as separações, conforme os grupos de resíduos.
18 USO DO AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO
18.1 Orientação para a Coleta do Resíduo de Amálgama Odontológico
a) Coletar os resíduos de amálgama em recipiente dotado de boca larga e de material inquebrável.
Deixar uma lâmina de água sobre o resíduo. Manter o recipiente hermeticamente fechado e em local
de baixa temperatura, isento de luz solar direta.
36
b) O resíduo de amálgama, para ser armazenado, deve estar isento de algodões, gazes, palitos,
lâminas de matriz de aço e quaisquer outros tipos de contaminante.
c) Os vidros que contém o mercúrio, bem como a tampa e o batoque, devem ser enviados para o
Laboratório de reciclagem a fim de ser tratados e eliminar possíveis contaminações com mercúrio.
Uma empresa de recicláveis vem buscar este material na USC.
d) Cápsulas de amálgama não podem ser descartadas no meio ambiente, pois estão contaminadas
com mercúrio. Devem ser estocadas e encaminhadas para um laboratório de recuperação de
resíduos químicos.
18.2 Quebra de frascos de mercúrio e termômetros clínicos:
a) Ventilar a sala abrindo as janelas.
b) Interditar a sala até que todo o mercúrio derramado seja removido.
c) Lavar o piso com água e sabão e em seguida encerá-lo. A cera impede a retenção do mercúrio
no piso.
d) Todos os termômetros clínicos quebrados devem ser descartados em recipiente seguro, e
devidamente identificados para facilitar o destino final.
e) Caso o mercúrio caia no piso, recolhê-lo com uma folha de papel bem fina ou com uma seringa
Luer-Look e depositá-los em recipiente apropriado e, em seguida, enviar o recipiente para descarte
(laboratório de química da IE). Use luva para a operação.
f) Caso ainda fique mercúrio no piso, recobri-lo com pó de enxofre ou óxido de zinco e depois
coletá-lo e providenciar envio do material para o descarte adequado.
g) Após esses cuidados, a sala pode ser liberada para uso.
18.3 Precauções que devem ser tomadas:
a) Ligas pré-capsuladas devem ser usadas para minimizar possíveis derramamentos de mercúrio;
b) Mercúrio (Hg), amálgama ou qualquer equipamento usado com amálgama nunca devem ser
aquecidos;
c) O uso de soluções desinfetantes à base de mercúrio deve ser eliminado;
37
d) As clínicas e os locais de manuseio devem ser bem ventilados;
e) O mercúrio deve ser armazenado em recipientes fechados e inquebráveis longe de qualquer fonte
de calor;
f) Cápsulas com liga para uso único são preferíveis a cápsulas reutilizáveis e a outras formas de
proporcionamento da liga e mercúrio;
g) A remoção do excesso de mercúrio antes da condensação deve ser evitada, selecionando-se uma
razão liga/mercúrio apropriada;
h) Apenas cápsulas que permaneçam seladas durante a amalgamação devem ser usadas;
i) Amalgamadores com redoma de proteção devem ser usados;
j) Uma técnica sem toque no mercúrio e no amálgama deve ser adotada em todas as ocasiões;
k) Todo resto de amálgama, deve ser recuperado e armazenado em um recipiente com tampa de
rosca, fechado, mergulhado em solução fixadora radiográfica ou água (recomendações da American
Dental Association relativas à higiene do mercúrio);
l) Jatos de água e sugadores de alto volume devem ser usados quando se remove restaurações de
amálgama, ou durante o polimento/acabamento de restaurações novas;
m) É aconselhável o uso de máscara tanto para o profissional quanto para pessoal auxiliar como
barreira para a inalação de poeira de amálgama;
n) Qualquer material descartável contaminado com mercúrio ou amálgama deve ser colocado em
saco selado de polietileno;
o) A pele acidentalmente contaminada pelo mercúrio deve ser lavada cuidadosamente com água e
sabão;
p) A utilização de ar condicionado deve ser sempre na posição de renovação do ar;
q) O uso de isolamento absoluto diminui a inalação e deglutição de restos de amálgama e do vapor
do mercúrio pelo paciente;
r) O uso de condensadores ultrassônicos de amálgama deve ser evitado;
s) Uso da menor relação possível de mercúrio na liga;
t) Uso de amalgamadores mecânicos seguros, que não apresentem vazamentos de mercúrio.
38
19 MANEJO DE BIÓPSIAS
a) Todo material destinado ao estudo histopatológico deve ser colocado em frasco contendo
formaldeído a 10%, resistente à punctura, impermeável e com tampa rosqueável (ou que ofereça
bom vedamento), e transportado ao laboratório em saco plástico, juntamente com a ficha de
solicitação de biópsia preenchida e identificada.
b) Durante a colheita deve ser evitada a contaminação externa do frasco. Se isto ocorrer, será
necessária a limpeza e a desinfecção da área externa do frasco antes de embalar no plástico para
transporte.
c) Toda manipulação deve ser realizada com EPIs.
20 DENTES EXTRAÍDOS
a) O dente extraído pode ser entregue ao paciente quando solicitado pelo mesmo ou por seu
representante legal, desde que não ofereça riscos à saúde.
b) Se considerado “lixo patológico humano”, o dente extraído deverá ser eliminado em recipiente
para resíduos perfurocortantes.
c) Quando utilizado como material didático, o dente extraído só deve ser manipulado depois de
desinfetado em hipoclorito de sódio a 1 %, por 30 minutos, depois escovados com detergente e
água e autoclavados.
d) Restaurações de amálgama devem ser removidas antes da esterilização pelo calor.
e) Sempre utilizar barreiras de proteção na superfície de trabalho e desinfetar equipamentos e
superfícies, com álcool 77%, após a manipulação dos dentes.
f) Toda manipulação deve ser realizada com EPIs, até o descarte final.
39
21 BANCO DE DENTES
A preparação dos dentes que chegam ao Banco de Dentes Humanos (BDH) inclui etapas de
manipulação, seleção, estocagem e desinfecção e/ou esterilização. É importante enfatizar a
importância do método de esterilização e da solução desinfetante, de modo que esta etapa não
interfira nas propriedades físico-químicas dos dentes, podendo comprometer os resultados das
pesquisas.
Recomendações sobre a utilização de dentes naturais em laboratórios pré-clínicos:
a) Os dentes naturais extraídos devem ser manipulados usando EPIs (luvas, máscara, óculos,
jaleco);
b) Cobrir a área de trabalho com protetor de superfície (plástico de bancada limpo).
Todos os dentes recém chegados ao BDH deverão seguir o seguinte protocolo (NASSIF et al.,
2003):
1. Lavagem prévia com água corrente, detergente e esponja;
2. Raspagem dos dentes para a remoção de restos orgânicos;
3. Distribuição em recipientes específicos e identificados separados por grupos de dentes e arco
dentário superior ou inferior: caninos S/I, pré-molares S/I; molares S/I; terceiros molares, raízes
residuais, próteses (dentes com coroas totais, com raízes íntegras ou não); anômalos e seccionados;
4. Armazenagem de todos os elementos em água destilada sob refrigeração, que deverá ser trocada
semanalmente;
5. Manutenção do registro e controle atualizado do número de dentes, de acordo com o fluxo de
entrada e saída;
6. Identificação dos recipientes com etiquetas, com as seguintes anotações: data da chegada dos
dentes, (separados semanalmente), data da última troca da solução de armazenamento e o tipo de
dente;
7. Todos dados de identificação e controle de entrada e saída de dentes no BDH deverão estar
anotados em fichas, devendo constar a assinatura do responsável pelo estoque de dentes.
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A implantação do Banco de dentes da USC está baseada na legislação de doação de órgãos
vigente (Lei no 9434 de 04/02/1997 e sua lei complementar, no 10.211. de 23/03/01) e nas normas
preconizadas pelas comissões de Biossegurança e Bioética da USC.
Os dentes são armazenados após a captação (quando paciente os deixa para Banco de dentes)
sempre com registro da doação acompanhado pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
do doador. Este documento é obrigatório, devendo ser expedido em duas vias, sendo que uma
acompanha o órgão doado a partir do centro de captação até o banco de dentes onde será arquivada.
A outra via deve ser entregue ao doador ou responsável.
41
22 NORMAS E ROTINAS DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO
22.1 Das caixas de instrumental:
a) O empréstimo do instrumental da UNIVERSIDADE para o estudante será realizado por meio de
requisição assinada pelo professor orientador do estudante.
b) O material do estudante deverá ser entregue para esterilizar já empacotado corretamente com seu
nome, tipo de material, data e período da clínica.
c) Somente o próprio estudante poderá retirar e devolver o material na Central de Esterilização.
d) O funcionário da Central de Esterilização não poderá violar a caixa do estudante quando a mesma
já esteja lacrada para esterilização, somente a rotulará com a fita indicadora física, colocando-as
para esterilizar.
e) Quando houver necessidade de empréstimo de instrumental da USC, o estudante ficará
responsável por sua limpeza e devolução.
22.2 Dos horários de entrega dos materiais para esterilizar
a) Período da manhã: entregar o material até às 17:30h do dia anterior.
b) Período da tarde: entregar até às 8:00h do dia de utilização.
c) Noite: entregar até as 13:00h do dia de utilização.
22.3 Horário de funcionamento da Central de Esterilização:
Das 7:00h às 11:30h e das 12:30 às 17:30h.
Os testes biológicos de autoclave são realizados uma vez por semana e teste classe VI (Bowdick)
diariamente.
TODO MATERIAL DEVERÁ SER EMPACOTADO CORRETAMENTE, SEGUNDO
NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E NORMAS DA CLÍNICA.
42
23 ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE
ODONTOLOGIA
Este roteiro informa os passos que os estudantes deverão seguir para desenvolver suas
atividades laboratoriais de forma adequada. Tem como finalidade informar as medidas ideais que
deverão ser adotadas, criando um ambiente de trabalho seguro para si e para os demais colegas.
Apesar de ser uma atividade pré-clínica, o estudante terá contato com instrumentais
perfurocortantes. Assim, os estudantes deverão usar:
- Roupa limpa e condizente com as atividades acadêmicas (vetado o uso: shorts e saias; camisetas
cavadas para os homens)
- Sapato fechado e meia que cubra a região do tornozelo.
Está vetada a utilização de celulares, notebooks, máquinas fotográficas, tablets ou qualquer
outro aparelho eletrônico. Se houver urgência em utilizar o celular, falar com o docente orientador
para sua liberação.
Ao chegar ao laboratório, o estudante deverá se paramentar para suas atividades. É obrigatório
o uso de jaleco fechado devidamente abotoado, gorro, máscara e óculos de proteção. Luvas são
importantes quando se manipulam superfícies contaminadas. Cabelos compridos deverão se manter
dentro das toucas, a fim de se evitar acidentes.
A bancada, assim como as demais dependências do laboratório estarão limpas no início de cada
laboratório. Deve ser objetivo de cada um, ao final das atividades, deixar o laboratório como
encontrou. A bancada deve ser limpa, as pontas devidamente encaixadas no equipo e o mocho
encostado na bancada.
Durante atividades a bancada deve ser protegida com plástico de bancada LIMPO. Caso este
fique sujo após as atividades, deve ser limpo para que esteja pronto para a próxima utilização. Para
limpeza do plástico recomenda-se a utilização de gaze e álcool (deve haver disponível no
laboratório).
43
O instrumental a ser utilizado para as atividades em laboratório deve estar limpo, e de
preferência esterilizado. Caso você tenha alguma disciplina que utilize o mesmo material poucas
horas antes, faz-se necessário a aquisição de outro conjunto de instrumentais. Lembre-se que caso
você tenha atendido algum paciente com esse instrumental antes da prática laboratorial, esse
encontra-se contaminado, e o risco de transmissão de doenças é grande. O mesmo cuidado deve ser
tomado com brocas e pontas.
Os dentes naturais que serão utilizados para procedimentos laboratoriais deverão ser
previamente esterilizados em autoclave. Após a utilização, se forem descartados, este descarte
deverá ocorrer em lixo próprio, CONTAMINADO, que deverá estar disponível no laboratório. O
professor responsável pelas atividades deverá recolher este lixo e encaminhá-lo às circulantes, que
o depositará em saco branco leitoso.
A utilização de material biológico (por exemplo, língua de boi) deverá ser cuidadosa, para
evitar respingos de sangue pela bancada e chão. Todo material utilizado é considerado
CONTAMINADO. Após sua utilização, o material deverá ser recolhido em saco plástico branco
leitoso. Após estas atividades, o professor responsável deverá encaminhar o material à enfermeira
responsável pelo setor, que providenciará seu descarte. Após estas atividades, limpar a bancada
com álcool 77%.
Durante as atividades práticas:
- Mantenha seu campo limpo.
- Todo lixo produzido na sua bancada deverá ser descartado nos locais apropriados, de acordo com
sua característica.
- Não jogar nenhum resíduo sólido nas pias.
- Não jogue o gesso manipulado ou não nas pias. Todo e qualquer gesso manipulado, esteja ele
mole ou duro deve ser descartado no lixo, a fim de se evitar o entupimento das redes de esgoto.
- O mesmo cuidado deve ser tomado com qualquer outro material que gere resíduos (gaze, materiais
de moldagens, ceras, acrílico, etc.)
44
- Papeis devem ser descartados no lixo comum. Assim como os materiais citados previamente, deve
haver a diferenciação entre o lixo que está contaminado (ou seja, que entrou em contato com o
paciente) e o que não está, para que cada um seja descartado no local certo.
- após os polimento das próteses nos tornos, as pastas utilizadas deverão ser descartadas também e
as escovas devem ser removidas para procedimento de lavagem e limpeza.
- Após o uso dos aparelhos de raios X, deixá-los na posição correta – com o cabeçote voltado para
cima e o braços articulados fechados.
- Lavar adequadamente, em água corrente, as radiografias processadas. Não circular pelo
laboratório com radiografias molhadas e pingando, evitando manchar as bancadas e demais
superfícies.
- Evite manipular sua maleta com luvas, caso esteja trabalhando com algo contaminado, tais como
moldagens, registros, próteses, etc. Sempre que houver necessidade, utilize sobre luva para tal
procedimento.
Lave bem as mão após o término das atividades, evitando-se qualquer tipo de contaminação, após
sua saída do laboratório.
Caso ocorra algum acidente, informar ao professor orientador.
45
24 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO
24.1 INTRODUÇÃO
O objetivo desse protocolo é descrever os cuidados necessários para evitar a disseminação do vírus
da imunodeficiência humana (HIV) e do vírus da hepatite B e C, entre os funcionários, professores
e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Odontologia da Universidade. Serão
apresentados os procedimentos que devem ser seguidos após a exposição ocupacional a material
biológico.
Os acidentes com sangue e outros fluidos orgânicos potencialmente contaminados devem ser
tratados como casos de emergência médica, principalmente por meio de agulhas e materiais perfuro
cortantes (MONTEIRO et al., 1999)
É importante ressaltar que as medidas profiláticas pós-exposição não são totalmente eficazes,
enfatizando a necessidade de implementar ações educativas permanentes, que familiarizem os
profissionais de saúde com as precauções básicas ou padrão.
24.2 PROFISSIONAIS DE SAÚDE E TIPOS DE EXPOSIÇÕES
As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites
B (HBV) e C (HCV) são definidas como:
- exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes (Ex:
agulhas, bisturi, vidrarias);
- exposições em mucosas – por exemplo quando há respingos na face envolvendo olho, nariz,
boca ou genitália;
- exposições cutâneas (pele não íntegra) – por exemplo contato com pele com dermatite ou
feridas abertas;
- mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando envolverem a
presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto
àquele que tenha sido exposto.
46
24.3 RISCO DE TRANSMISSÃO
24.3.1 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA
Estudos realizados estimam, em média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% em acidentes
percutâneos e de 0,09% após exposições em mucosas. O risco após exposições envolvendo pele
não íntegra não é precisamente quantificado, estimando-se que ele seja inferior ao risco das
exposições em mucosas. (MS, 2004)
24.3.2 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B
O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está relacionado ao grau de exposição a
materiais orgânicos no ambiente de trabalho, principalmente sangue e saliva, e também à presença
ou não do antígeno HbeAg no paciente – fonte.
Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente infectado pelo HBV e com a presença
de HbeAg, o risco de hepatite clínica varia entre 22 e 31% e o da evidência sorológica de infecção
de 37 a 62%.
Já foi demonstrado que, em temperatura ambiente, o HBV pode sobreviver em superfícies por
períodos de até 1 semana. Portanto, infecções pelo HBV em profissionais de saúde, sem história de
exposição não ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional, pode ser resultado de contato,
direto ou indireto, com sangue ou outros materiais biológicos em páreas de pele não íntegra,
queimaduras ou em mucosas. (MS, 2004).
Materiais orgânicos em que é encontrado:
- sangue
- leite materno
- líquido biliar
- líquor
- líquido articular
- fezes
- secreções nasofaríngeas
- saliva
- suor
47
24.3.3 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C
O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue. A incidência
média de soroconversão, após exposição percutânea com sangue sabidamente infectado pelo HCV
é de 1,8%.
Materiais orgânicos em que é encontrado:
- sangue
- líquido articular
- líquido biliar
- líquor
- fezes
- secreções nasofaríngeas
- saliva
- suor
24.4 PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS
Entre as recomendações específicas que devem ser seguidas, durante a realização de procedimentos
que envolvam a manipulação de material perfuro cortante, destacam-se a importância de:
- Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
- Jamais utilizar os dedos com anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam
materiais perfuro cortantes;
- As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com
as mãos;
- Não utilizar agulhas para fixar papéis;
- Todo material perfuro cortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes
resistentes à perfuração e com tampa;
- Os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante não devem ser
preenchidos acima do limite do 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos
do local onde é realizado o procedimento;
- Resíduos de serviço de saúde – seguir a resolução RDC número 33 de 25 de fevereiro de
2003, publicada no DOU de 05/03/2003 – ANVISA/MS.
48
24.5 CUIDADOS LOCAIS APÓS EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO:
As seguintes medidas devem ser imediatamente seguidas:
- Lavagem exaustiva com água e sabão, em caso de exposição percutânea;
- Uso de solução antisséptica degermante (PVP-iodo) ou Clorexidina;
- Evitar procedimentos que aumentem a área exposta (cortes e injeções locais), e a utilização de
soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído;
- Havendo exposição de mucosa, lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica.
- Lesão com material perfuro cortante como agulhas, tesouras, limas, lâminas de bisturi ou material
cirúrgico contaminado com sangue ou outros líquidos orgânicos – lavar sem friccionar a área
lesada, imediatamente exaustivamente, com água e sabão ou somente água;
- Contato com mucosa ocular, oral ou pele com solução de continuidade – lavar com água corrente
em abundância ou SF 0,9%, repetindo a operação várias vezes;
- Contato com a pele íntegra – Cuidados normais de higienização. Dispensa quimioprofilaxia
OBS: A utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído está contra
indicada.
24.6 DA COMPETÊNCIA DE INDICAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE
QUIMIOPROFILAXIA:
A decisão de administração da quimioprofilaxia deverá ser respaldada pela avaliação sobre a
natureza da exposição, sua gravidade e condições sorológicas do paciente/profissional no momento
do acidente, por um profissional qualificado. Na clínica de Odontologia o professor supervisor
do atendimento é o responsável.
Quimioprofilaxia:
Seguir o protocolo abaixo vigente na Clínica de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração:
24.7 PROTOCOLO DAS CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA DA USC PARA CASOS DE
EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
49
24.7.1 ESTUDANTES
No momento do acidente deverá ser feita a notificação ao professor orientador, que por sua vez,
tomará as providências necessárias, incluindo o preenchimento e o encaminhamento da ficha de
ocorrência (devidamente preenchida pelo professor).
24.7.2 NA PRESENÇA DO PACIENTE NO MOMENTO DO ACIDENTE CABE AO
PROFESSOR SUPERVISOR DO ESTUDANTE:
- Orientar o estudante quanto aos procedimentos a serem realizados após a exposição
(antissepsia do local);
- Encaminhar o estudante acidentado juntamente com o paciente ao Pronto Socorro Central
Municipal, nas primeiras 2 horas após o acidente, para que se iniciem as medidas específicas de
quimioprofilaxia para o HIV (S/N).
- Se o paciente ou o estudante não concordar em ser submetido aos procedimentos
recomendados, tal fato deverá ser registrado na ficha de ocorrência e no prontuário do paciente.
- Deverá ser solicitada condução com motorista da USC para levar paciente e o estudante ao
Pronto Socorro Central.
24.7.3 AUSÊNCIA DO PACIENTE NO MOMENTO DO ACIDENTE:
24.7.3.1 PROFESSOR (SUPERVISOR) DO ESTUDANTE E/OU FUNCIONÁRIO
PRESENTE:
- Entrar em contato com o paciente explicando o acontecimento e solicitar o consentimento
para a realização dos exames: HIV, HBV e HCV;
- Pedir que compareça à clínica que foi atendido, o mais rápido possível, sendo encaminhado
ao Pronto Socorro Central.
25 IMUNIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
50
A Norma Regulamentadora 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho e Emprego, traz uma
novidade que permitirá reduzir ou mesmo eliminar determinadas doenças infecciosas entre os
profissionais que trabalham nos serviços de saúde. Publicada no Diário Oficial da União em 16 de
novembro de 2005 (Portaria 485, de 11 de novembro de 2005). Parte das vacinas a serem aplicadas
nos trabalhadores dos serviços de saúde estão disponíveis gratuitamente nos postos de vacinação
das unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), outras apenas na rede privada.
Os estudantes e os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um
risco elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados (MS,
2006).
Os serviços de Saúde Pública dispõem de vacinas contra a maioria dos micro-organismos
passíveis de aquisição durante o exercício profissional, tais como difteria, rubéola, tétano, sarampo,
hepatite B, hepatite A, pneumonia, gripe, dentre outros.
As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são contra hepatite B,
influenza, tríplice viral e dupla tipo adulto (Quadro A). Essas vacinas devem ser preferencialmente
administradas nos serviços públicos de saúde ou na rede credenciada para a garantia do esquema
vacinal, do lote e da conservação adequada (MS, 2006).
Recomenda-se que a equipe odontológica mantenha-se imunizada contra a doença tétano,
por meio de vacinações de reforço (toxóide tetânico) a cada 10 anos (MS, 2000).
Quadro A – Vacinas recomendadas a TODOS os profissionais que trabalham em
instituições geradoras de saúde, seja em caráter assistencial ou administrativo
Vacina contra Hepatite B Três doses (0, 1 e 6 meses)
Vacina contra Tétano/Difteria Uma dose a cada dez anos, se imunização
básica.
(dT adulto) Esquema básico: três doses
Tríplice viral (sarampo/caxumba/rubéola) Pelo menos duas doses após 1 ano de idade
Influenza Dose única anual
A hepatite B é uma doença infecciosa de risco ocupacional reconhecido, dessa maneira o
Ministério da Saúde recomenda que todos os profissionais e estudantes da área de saúde, aqui
incluídos os de Odontologia, sejam vacinados, disponibilizando a vacinação em Unidades Básicas
de Saúde Pública, sem custos para esse grupo da população.
51
Para assegurar a imunidade contra hepatite B, é indispensável que sejam aplicadas 3
doses: sendo a primeira dose seguida da segunda, dentro de um mês, e a terceira dose dentro de seis
meses (BOLICK, 2000).
Profissionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 1a dose deverão tomar a
2a logo que possível, e a 3a dose deverá ser indicada com um intervalo de pelo menos 2 meses da
dose anterior.
Profissionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 2a dose, deverão receber a
3a dose da vacina tão logo seja possível. Para profissionais de saúde com esquema vacinal
incompleto, está recomendada a realização de teste sorológico (antiHBs) após a vacinação (1 a 6
meses após última dose) para confirmação da presença de anticorpos protetores. Após 30 dias,
verificar a efetividade da soroconversão para o VHB (MS, 2000).
52
ANEXOS
1 Rotinas para retirada de resíduos mercuriais.
Situação Recomendação
Preparo de amálgama
por amalgamador
-Evitar derramamento durante retirada da cápsula;
-Verificar a existência de algum vazamento;
-Evitar preparo de quantidades maiores do que as necessárias.
Remoção de
restaurações de amálgama
-Usar farta irrigação com água;
-Usar sugador;
-Usar broca com poder de corte eficiente;
-Usar EPIs.
Confecção de
restaurações em amálgama
-Evitar grandes excessos;
-Usar condensação manual;
-Realizar brunidura;
-Usar sugador;
-Usar EPIs.
Polimento -Evitar superaquecimento da superfície;
-Usar EPIs.
53
2 Conduta adequada para limpeza e desinfecção na rotina do atendimento odontológico.
Superfícies,
Equipamentos e
Materiais
Limpeza Desinfecção
Produto Método Frequência Produto Método Frequência
Cadeira odontológica Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
uso
álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Após cada uso
Botões de controle da
cadeira
Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
uso álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Após cada uso
Alça e interruptor do
foco de luz
Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
uso álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Após cada uso
Pontas – canetas de
alta e baixa rotação,
seringa tríplice (não
utilizada em
procedimentos
críticos)
Água e
sabão
Fricção
limpeza
úmida
Após cada
uso
- álcool 70% p/v-
em procedimentos
críticos, esterilizar
as pontas (exceto
seringa tríplice).
Fricção
10’ Após cada uso
Tubulação do
sugador
Detergente
enzimático Aspirar
Após cada
uso hipoclorito 1% Aspirar Diário
Cuspideira Água e
sabão Fricção
Após cada
uso
1º álcool álcool
70% p/v
ou
2º hipoclorito 1%
Fricção
10’ Após cada uso
Puxadores de gaveta Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
atendimento álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Após cada uso
Cart / Equipo Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
uso álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Após cada uso
Ampola e disparador
de RX
Água e
sabão
Fricção,
limpeza
úmida
Após cada
uso álcool
70% p/v
álcool 70% p/v. Fricção
10’ Após cada uso
Reservatório de água
que alimenta as linhas
das pontas
Água e
sabão Fricção Diário ------- ------- -------
Tubetes anestésicos ------- ------- ------- álcool 70% p/v. Fricção
10’ Antes do uso
54
Saca-broca* Água e
sabão Fricção
Após cada
uso
- álcool 70% p/v
- em procedimentos
críticos, esterilizar.
Fricção
10’ Após cada uso
Moldagem com
silicone e polissulfatos Água Jato de água
Após a
moldagem,
antes do
envase
Ácido peracético
1%,
Imersão
10’
Após a
moldagem,
antes do
envase
Moldagens com
alginato Água Jato de água
Após a
moldagem,
antes do
envase
hipoclorito 1%
Borrifar e
guardar
em saco
plástico
por 10’
Após a
moldagem,
antes do
envase
Moldagem com oxido
de zinco eugenol Água Jato de água
Após a
moldagem e
antes do
envase
Ácido peracético
1%,
Imersão
10’
Após a
moldagem e
antes do
envase
Pisos Água e
sabão Fricção
Ao final de
cada turno
Hipoclorito 1% Fricção
Após a
contaminação
e diária
Ralos Água quente
e sabão Fricção Semanal ------- ------- -------
Tela do sugador
Água e
Detergente
enzimático
Imersão
Tempo
determinado
pelo
fabricante
Diária ------- ------- -------
Pias de lavagem das
mãos
Água e
sabão Fricção
Ao final de
cada turno ------- ------- -------
Sifão e filtro torneiras
de lavagem de
instrumental
Água e
sabão Fricção semanal ------- ------- -------
Filtros de
condicionadores de ar
Água e
sabão
Fricção Mensal ------- ------- -------
Geladeiras de
medicamentos,
resinas e material de
moldagem
Água e
sabão
Fricção
limpeza
úmida
Semanal álcool 70% p/v. Fricção
10’ Semanal
Telefones Água e
sabão Fricção Diária álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Diária
Saboneteiras de vidro
ou metal
Água e
sabão Fricção Às reposições ------- ------- -------
55
Bebedouros de
esguicho
Água e
sabão Fricção Diária álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Diária
Banheiros Água e
sabão Fricção Diária Desinfetante diaria
Filmes de RX Água e
sabão Fricção Antes do uso álcool 70% p/v.
Fricção
10’ Antes do uso
Posicionadores de
filme radiográfico
Detergente
enzimático e
Água e
sabão
Fricção Diária/ após
uso
dispensador de
sabonete líquido
água e
sabão
nas
reposições
nas
reposições
suporte papel
toalha
Semanal álcool 70% p/v. Fricção
10’ semanal
Almotolias de
antissépticos e
desinfetantes
Água e
sabão Fricção semanal Hipoclorito 1%
Imersão
30’ Semanal
3 Material e procedimento indicado para uso de equipamentos de proteção individual (EPIs)
E.P.I. Material Procedimento
Luvas cirúrgicas Látex Descartável
Luvas de
procedimento Látex Descartável
Luvas de limpeza Borracha Limpeza e Desinfecção com álcool 70% p/v.
Máscara Descartável Descartável
Gorro Descartável Descartável
Touca Descartável Descartável
Avental Descartável Descartável
Tecido Lavagem com água e sabão
Protetor ocular –
óculos de proteção Plástico
Desinfecção com álcool e lavagem com agua e
sabão
Descartável Descartável
56
4 Centro de Material e Esterilização (CME)
RECEPÇÃO ÁREAS DE PROCESSAMENTO
ÁREA SUJA ÁREA LIMPA
Material
contaminado Expurgo Preparo Esterilização Armazena
mento
o
57
ROTINA DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO (UE)
Fluxograma dos passos sequenciais do processamento de artigos em estabelecimentos de saúde
(elaborado pela Federação Brasileira de Hospitais).
O que Por que Onde Quem Quando Como EPI
Expurgo
Receber materiais
contaminados,
Executar processos
de limpeza,
DESINFECÇÃO,
Lavagem
Secagem
Área
suja Enfermagem
Conforme
rotina
Lavagem manual ou
mecânica, utilizando água
+ DETERGENTE
ENZIMÁTICO
Eliminar completamente
sujidades utilizando
escovas, se necessário.
Nunca friccionar metais
com buchas ou palha de
aço. Desmontar
completamente material
articulado.
Luvas de borracha
grossas,
cano alto,
antiderrapante
Máscara
antipartículas
Óculos protetores
Avental
impermeável
Botas
impermeáveis
Gorro ou touca
Preparo
Empacotamento
Identificação
Controle químico
Área
limpa Enfermagem
Conforme
rotina
Acondicionamento do
material em invólucros
compatíveis com o
processo esterilizante e
com qualidade que
garantam a esterilidade;
algodão cru, papel grau
cirúrgico, caixas
metálicas perfuradas,
lâminas de alumínio, não
tecidos
identificar o material –
NOME QUEM
EMBALOU, DATA,
VALIDADE, AUTO
CLAVE...
Fixar fita de controle
químico na face externa
do pacote
Esterilização
Eliminação
completa de todas
formas de vida
microbiana do
artigo submetido ao
processo
Área
limpa Enfermagem
Conforme
rotina
a) Calor úmido sob
pressão;
Conforme o
processo
58
Armazenamento
Garantir a
esterilização do
material
Área
limpa Enfermagem
Ao término
da
esterilização
Os pacotes devem estar
íntegros e secos;
Resfriadas naturalmente
nas autoclaves;
Estocar em armários.
59
ROTINA DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL
Realizar a limpeza do instrumental em detergente enzimático após cada uso.
Passos Agente Ação Observação
01
Circulantes, auxiliares de
consultórios, bolsistas, funcionários
da UE e estudantes
Imergir o instrumental em
detergente enzimático
USO DE EPIs
Luva, óculos
proteção, jaleco
manga longa, gorro
e mascara
02
Circulantes, auxiliares de
consultórios, bolsistas, funcionários
da UE e estudantes
Deixar o instrumental
imergido no produto por 5
minutos
Manter pratikuba
fechada
Tempo exposição
depende fabricante
03
Circulantes, auxiliares de
consultórios, bolsistas, funcionários
da UE e estudantes
Retirar a parte de cima da
pratikuba e deixar o
produto escorrer
USO DE EPIs
04
Circulantes, auxiliares de
consultórios, bolsistas, funcionários
da UE e estudantes
Enxaguar em água corrente USO DE EPIs
05
Circulantes, auxiliares de
consultórios, bolsistas, funcionários
da UE e estudantes
Realizar a limpeza manual
ou mecânica USO DE EPIs
06
Auxiliares de consultórios,
circulantes, bolsistas, funcionários da
UE e estudantes
Esfregar o instrumental
com escova de cerdas de
nylon, cuidadosamente
Limpeza manual
07
Auxiliares de consultórios,
circulantes, bolsistas, funcionários da
UE e estudantes
Enxaguar USO DE EPIs
08
Auxiliares de consultórios,
circulantes, bolsistas, funcionários da
UE e estudantes
Secar com pano limpo e
macio USO DE EPIs
09 Auxiliares de consultórios,
circulantes, bolsistas e estudantes
Embalar, identificar
corretamente e encaminhar
à UE
60
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TRABALHOS
(Montenegro, F.L.B.; Manetta,C. E. APDESP- Atualização em Prótese Dentária, VI Congresso Paulista
de Técnicos em Prótese Dentário; Ed. Santos, 1999, p.3-7)
Material de
desinfecção Complexos Fenólicos lodóforos Compostos Clorados
Superfície de
trabalho
*Material ideal para
superfície
(Germpol®)
Utilizados mais como
antissépticos
(Povedine®)
**ldeais para superfícies
com sangue
(Virex®)
“ Não deve ser usado em borrachas”.
** Não devem ser usados em metais, pois é corrosivo.
ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO DE
PRÓTESE
Todos os instrumentos metálicos devem ser esterilizados após cada uso. O ideal é utilizar para
cada trabalho, um novo jogo estéril. A autoclave é o meio mais indicado. (Montenegro, F.L.B.;
Manetta, C. E. APDESP- Atualização em Prótese Dentária, VI Congresso Paulista de Técnicos em
Prótese Dentário; Ed. Santos, 1999, p.3-7).
61
CURSO DE ODONTOLOGIA
BANCO DE DENTES HUMANOS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
Eu, _________________________________________________________, portador do
RG nº ___________________, nascido em ____/____/_______, natural de
_________________________________, estado _____, sexo masculino ( ) feminino ( ),
residente à _______________________________________________ ______________, na cidade
de _____________________________, estado _____, telefone fixo (____) __________, celular
(____) __________,cadastrado na clínica de Odontologia da USC com o prontuário n°
_______________________________, no juízo de minhas atribuições, aceito doar gratuitamente
o(s) dente(s) extraído(s) nas clínicas de Odontologia da USC para o Banco de Dentes Humanos
Permanentes e Decíduos (“de leite”), do curso de Odontologia - USC, ciente de que o(s) mesmo(s)
será(ão) utilizado(s) pelos estudantes desta Instituição de Ensino para estudo e treinamento pré-
clínico. Estou consciente de que este(s) dente(s) foi(foram) extraídos(s) para a melhoria da minha
saúde por indicação terapêutica, como documentado em meu prontuário. Caso este(s) dente(s)
seja(m) utilizado(s) em pesquisa, esta deverá ter sido previamente aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da USC, sendo preservada a minha identidade na divulgação.
Dados do menor ou incapaz:
Nome: _________________________________________________________, portador do RG
nº___________________, nascido em ____/____/_______, natural de
_________________________________, estado _____, sexo masculino ( ) feminino ( ),
prontuário USC nº ___________________________.
Bauru, ____de ___________________ de ____.
______________________________
Assinatura do doador ou responsável
______________________________
Assinatura do Professor
62
CLÍNICA DE ODONTOLOGIA
NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DAS CLÍNICAS ACADÊMICAS
As clínicas acadêmicas de Odontologia deverão ser utilizadas para o atendimento de pacientes
nas seguintes condições:
a) Durante as atividades curriculares e de extensão programadas para o semestre letivo;
b) Os estudantes somente poderão atender pacientes sob assistência de um professor orientador ou
responsável pelo atendimento clínico e, do ponto de vista de preservação dos aspectos materiais e
aparelhos, legais, técnicos/didáticos e organizacionais do setor;
c) Os estudantes devem estar adequadamente uniformizados e utilizar o equipamento de proteção
individual necessário a cada tipo de procedimento;
d) É vedada a presença, dentro das clínicas, de estudantes não uniformizados ou sem EPIs;
e) O atendimento de pacientes deverá seguir as normas de agendamento e preenchimento das fichas
de atendimento disponíveis no setor, por meio da funcionária designada;
f) Os atendimentos serão restritos aos horários de expediente normal dos funcionários do setor,
assim como à disponibilidade de boxes nas clínicas;
g) O professor orientador ou responsável deverá permanecer com os estudantes, nas dependências
das clínicas, até o final dos atendimentos daquele período;
h) Os horários das clínicas são: das 7h30min às 11:h35min; das 13h30min às 17h30min e das 19hs
às 22:h15min; de forma a atender o intervalo para limpeza entre os períodos de atendimento.
i) Na impossibilidade de concluir o atendimento dentro do horário previsto, o professor orientador
responsabilizar-se-á pelo acompanhamento do estudante até o final do atendimento, assim como
pela segurança e preservação da área;
j) As solicitações para uso da clínica, fora do horário estipulado pela disciplina, deverão ser feita
em formulário próprio, fornecido pelo setor, assinado pelo(s) interessado(s) e pelo professor
responsável pela disciplina;
63
k) Antes da realização de qualquer procedimento, os estudantes deverão analisar o prontuário do
paciente, atualizando, preenchendo e documentando o questionário de saúde, orientando o paciente
e solicitando a sua assinatura em toda documentação necessária, sendo o docente supervisor,
responsável pela conferência desta documentação;
l) Os estudantes deverão preencher os prontuários, assim como todas as demais fichas clínicas,
imediatamente após o término do atendimento do paciente, bem como anotar em local correto, nos
prontuários, os encaminhamentos, prescrições, orientações e retornos necessários, sob pena de ficar
impedido de frequentar a clínica seguinte,
m) O professor orientador e o responsável pela disciplina são obrigados a verificar o preenchimento
correto do prontuário realizado pelo estudante (item acima); assim como conferiras assinaturas dos
mesmos;
n) Todas as radiografias intrabucais (com filmes periapicais ou oclusais) realizadas nas clínicas
deverão ser anotadas com dados na ficha existente em cada aparelho de raios-X. A responsabilidade
desta anotação é de ambos, ou seja, estudante e professor orientador;
o) No estágio supervisionado em atendimento de urgência em odontologia, os atendimentos
realizados devem objetivar, preferencialmente, diagnosticar e atender pacientes com dores faciais
de origem dentária, processos sépticos odontogênicos, traumatismos alvéolo-dentários e outras
situações de urgência de âmbito odontológico que requerem a atuação profissional imediata;
p) Para a realização de procedimentos cirúrgicos nas clínicas de pós-graduação, independente do
tipo do procedimento e do curso, os estudantes de pós-graduação serão divididos em trios;
q) O professor que autorizar o procedimento elencado no item acima, ficará responsável por
acompanhar os estudantes durante o tratamento;
r) Não poderão ser agendados procedimentos cirúrgicos sem a autorização do professor;
s) Na ocorrência de agendamento de procedimentos cirúrgicos sem autorização prévia do professor
orientador estes procedimentos serão cancelados, adiados ou replanejados, de acordo com a
situação e urgência, após análise do professor orientador;
t) Para a realização de procedimentos protéticos é necessária a assinatura do professor responsável
pelos trabalhos protéticos nas fichas apropriadas antes do envio destes aos laboratórios
terceirizados;
u) Para os procedimentos que necessitem componentes de implantes e/ou confecção de próteses em
laboratórios terceirizados, todos os pacientes devem ser, impreterivelmente, encaminhados
64
previamente para orientação e devida documentação com a assistente social da Clínica de
Odontologia.
Contamos com a sua colaboração.
Bauru/SP, 2016.
Coordenação do Curso de Odontologia
65
NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS
MULTIDISCIPLINARES DE ODONTOLOGIA
Os laboratórios multidisciplinares de Odontologia deverão ser utilizados nas seguintes
condições:
a) Durante as atividades curriculares e de extensão programadas para o semestre letivo;
b) Os estudantes somente poderão utilizar o laboratório na presença de um professor
orientador ou de monitor designado pela disciplina, sendo estes responsáveis pela
preservação dos aspectos materiais e aparelhos, legais, técnicos/didáticos e organizacionais
do setor;
c) Os estudantes devem estar adequadamente uniformizados e utilizar o material de proteção
individual necessário;
d) O professor orientador ou monitor deverá permanecer com os estudantes, nas
dependências das clínicas, até o final dos procedimentos daquele período;
e) Os horários dos laboratórios são: das 8h15min às 11h30min (para aulas de 4 créditos); das
08h15min às 12h15min (para aulas de 5 créditos), das 13h30min às 16h45min (para aulas
de 4 créditos), das 13h30min às 17h30min (para aulas de 5 créditos) e das 19hs às
22h15min;
f) Na impossibilidade de concluir o procedimento dentro do horário previsto, o professor
orientador responsabilizar-se-á pelo acompanhamento do estudante até o final do mesmo,
assim como pela segurança e preservação da área;
g) As solicitações para uso do laboratório, fora do horário estipulado pela disciplina,
deverão ser feita em formulário próprio, fornecido pelo setor, assinado pelo(s)
interessado(s) e pelo professor responsável pela disciplina;
Contamos com a sua colaboração.
Bauru/SP, 2016.
Coordenação do Curso de Odontologia.
66
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços
Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.156 p.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Legislação de doação de órgãos vigente. Lei nº 9.434 de
04/02/1997 e sua lei complementar, nº 10.211. de 23/03/2001.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos
controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Condutas em Exposição
Ocupacional a Material Biológico - Lei nº 9782/99 de criação da ANVISA e do SNVS.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria do Centro de
Vigilância Sanitária (CVS-11), de 04-07-95.
BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Serviços Odontológicos -
Prevenção e controle de riscos. ANVISA, 2006.
BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Lei n. 6.938(1), de
31/08/1981, alterada pelas Leis n. 7.804(2), de 18/07/1989, e n. 8.028(3), de 12/04/1990,
regulamentada pelo Decreto n. 99.274(4), de 6/06/1990, e no Regimento Interno aprovado pela
Resolução CONAMA n. 25, de 3/12/1986, Considerando a determinação contida no artigo 3º da
Resolução CONAMA n. 6, de 19/09/1991 relativa a definição de normas mínimas para tratamento
de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos.
BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 5 de
5/08/1993 (D.O. de 31/08/93).
BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resíduos do GRUPO
D, destinados à reciclagem ou reutilização - Resolução nº 275, de 25/04/2001.
BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resíduos de serviço
de Saúde (RSS) - Resolução nº 283/2001, D.O. de 12/07/2001.
BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Artigo 3º da Resolução
nº 6, de 19/09/1991.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços
Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 156 p. – (Série A. Normas e Manuais
Técnicos)
67
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de
DST e Aids. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de AIDS: manual de
condutas. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de
DST e AIDS: Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico. Brasília:
Ministério da Saúde, 1999.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, RDC Nº 42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010.
Obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das
mãos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
CARVALHO, C. Dentes na mira da ética. RBO. v. 58, n. 2, p. 108-111, 2001.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Guidelines for Infection
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52, n. RR17, p. 1-61, December 2003.)
DUARTE, L.M.M.; WADA, C.A., IMPARATO, Jr., C.P. A utilização de dentes naturais nas
Reuniões Anuais da SBPqO. Resumo em anais da 16ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
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FERREIRA, E.L. et al. Avaliação do efeito dos processos de esterilização e desinfecção em brocas
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FILHO, A., NUNES, A. Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental – São Paulo – Atlas – 2001.
GENTIL, V. Corrosão. 3.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
IMPARATO, J.C.P. Organização e funcionalidade do banco de dentes humanos (ênfase para
dentes decíduos) da disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da
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MONTENEGRO, F.L.B. Doenças profissionais do técnico em prótese dentária e como preveni-
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20/03/2006.
MONTENEGRO, F.L.B.; MANETTA, C.E. - Atualização em prótese dentária - Inter-relação
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NASCIMENTO, W.F. et al. Desinfecção de moldes: como, quando e por quê? Revista APCD,
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NASSIF, A. C. S. et al. Estruturação de um Banco de Dentes Humanos. Pesq. Odontol. Bras., São
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OLIVAL, A.R.B. Condutas em exposição ocupacional a material biológico, 2004.
ZETTLEMOYER, T.L.., GOERIG, AC., NAGÔ, W.W., GRABOW, W. Effects of sterilization
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10/2004.
NBR 12807 - Resíduos de serviços de saúde. Terminologia. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 12808 - Resíduos de serviços de saúde. Classificação. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 12809 - Manuseio de Resíduos de serviços de saúde. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 12810 - Coleta de resíduos de serviços de saúde. ABNT – Associação Brasileira de Normas
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NBR 7500 - Identificação de RESÍDUO SÓLIDO do grupo A. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 10004 - Resíduos Sólidos. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de
Janeiro.
69
NBR 3853/97 e 9259/97 - Acondicionamento e descarte de materiais pérfurocortantes. ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 9191/2000 – Acondicionamento de material, sólido, descartável contaminado com
substâncias químicas perigosas. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de
Janeiro.
NBR 13853/97 - Acondicionamento de materiais pérfuro-cortantes. ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 9259/97 - Coletores para RSS perfurantes e cortantes. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
NBR 9191/2000 - Acondicionamento dos resíduos do GRUPO A, exceto os pérfuro-cortantes.
Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – especificação. ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Decreto nº.12.476, de 18/10/1978 - Norma técnica
Especial relativa às condições de funcionamento dos Estabelecimentos sob responsabilidade de
Médicos, Dentistas, Farmacêuticos, Químicos e outros titulares de profissões afins.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Resolução SS-16 de 18/01/1999. Anexo referente ao
artigo 1o Norma técnica Especial que classifica os Estabelecimentos de prótese odontológica e dá
providências correlatas.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Lei n. 6.938(1), de 31/08/1981, alterada pelas Leis n.
7.804(2), de 18/07/1989, e n. 8.028(3), de 12/04/1990, e regulamentada pelo Decreto n. 99.274(4),
de 6/06/1990, e no Regimento Interno aprovado pela Resolução CONAMA n. 25, de 3/12/1986.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Embalagens: Temos dado a devida atenção? Encontro
Internacional de Prática e Ciência em Esterilização da Universidade de São Paulo, 2001.
UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO. Guia de Segurança - Normas de Biossegurança.
Laboratório de Microbiologia. USC.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Aula de Biossegurança da Disciplina de
Estomatologia. UFRJ, 2004.
Bauru (SP), 09 de Maio de 2016.
Comissão de Biossegurança das Clínicas de Odontologia
Universidade do Sagrado Coração
TIPO DE DOCUMENTO
Manual de Funcionamento - POP
EDIÇÃO ANTERIOR
00
EDIÇÃO ATUAL
01
70
SISTEMA
Serviços de Saúde SUBSISTEMA / PROCESSO
Manual da Central de Materiais e Esterilização
Manual da Central de
Materiais e Esterilização
BAURU
2016
Histórico de Revisões
71
Revisão Data Descrição
01 Abril/2016 Publicação Inicial
Elaboração
Prof. Dr. Fernando Accorsi Orosco
Prof.ª Dra. Leila Maria Vieira
Enf .ª Esp. Michelle Simão Biasin
Prof.ª Dra. Patrícia Pinto Saraiva
72
Introdução
O Manual da central de materiais e esterilização da Universidade do Sagrado Coração,
editado em 2016, surgiu a partir da verificação do crescimento e magnitude de atendimentos
realizados pelo setor e da necessidade de se padronizar rotinas relacionadas ao processamento de
artigos. Atualmente atendemos docentes e alunos das disciplinas de odontologia além de outras
áreas dentro da universidade.
É válido ressaltar que as informações descritas estão em conformidade com as
normatizações técnicas vigentes. Neste documento houve ênfase em garantir a qualidade da
assistência através da adoção de processos de limpeza, desinfecção e esterilização posteriormente
descritos.
Desde que existe uma associação importante entre o uso de artigos de serviços de saúde e a
ocorrência de infecções, é necessário estabelecer medidas eficazes de processamento, visando à
minimização do risco de transmissão de Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS).
De acordo com o seu uso, os artigos devem ser submetidos a processos eficazes de limpeza,
desinfecção ou esterilização para atingirem os objetivos necessários.
A qualidade do processamento de artigos de serviços de saúde representa um dos pilares na
prevenção de infecções relacionadas à assistência a saúde e relaciona-se tanto à garantia de sua
submissão a processos de redução ou destruição microbiana, quanto a sua funcionalidade e
integridade, a fim de evitar danos ao paciente na sua utilização.
Para garantir e obter os melhores desfechos no processamento dos artigos de serviços de
saúde deve ser considerado diversos fatores relacionados à qualidade do processo: o tempo de
duração da aplicação do processo; a temperatura e a pressão sob as quais o processo é aplicado; a
quantidade ou concentração de calor ou agentes químicos; a natureza do artigo submetido ao
processo; o tipo e a contagem de microrganismos, inclusive os esporos; e se o artigo está
contaminado com fluidos corporais que podem atuar como um revestimento protetor para o
microrganismo.
O processamento de artigos é uma das atividades mais importantes em serviços de saúde e
está associada diretamente a prevenção das IRAS, a segurança e a qualidade de assistência ao
paciente.
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Normas Gerais de Funcionamento
-O horário interno total de funcionamento compreende 10 horas diárias, 50 horas semanais, das 7
às 18 horas com uma hora de intervalo.
-O horário de atendimento ao público ocorre das 07h15min horas às 11h45min e das 12h45min às
17h45min.
-A entrega de materiais esta condicionada a adequada apresentação dos invólucros e deverão ser
devidamente registradas através de listagens contendo identificação do usuário bem como
quantidade, data e horário.
-A retirada de materiais esta padronizada para que apenas o real titular o retire, evitando assim
extravios e/ou outros problemas relacionados à disponibilização não padronizada;
-O aluno deverá entregar o material para esterilização conforme horário de utilização. Para as
clínicas do período da manhã entregar até às 17h45min do dia anterior. Para clínicas no período da
tarde, o aluno deve rá entregar até às 8 horas da mesma data. Para as clínicas noturnas deverá ser
entregue até às 13 horas do mesmo dia;
-As requisições internas de materiais deverão ser realizadas conforme preenchimento de impresso
próprio;
-O empréstimo de materiais esta diretamente relacionada a triagem e liberação do serviço social;
-Em casos não rotineiros onde houver a necessidade de empréstimo de materiais da universidade o
aluno deverá previamente consultar a circulante de sala que irá consultar o colaborador responsável
da CME, checando a disponibilização e concomitantemente colher assinatura do docente
responsável caso haja concordância no empréstimo;
-Manter ambiente organizado, respeitando o acondicionamento correto de insumos, bem como
descarte de lixos;
-Respeitar delimitação física da CME, inclusive áreas de acesso restrito;
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POP 1
Desinfecção química de alto nível para artigos com ácido
peracético
Objetivos:
- Desinfeccionar artigos semicríticos e / ou críticos de assistência à saúde que possam ser
totalmente imersos na solução;
Etapas do Processo:
- Lavar as mãos;
- Colocar EPI;
- Utilizar recipientes plásticos com tampa para conter os vapores do ácido peracético e em
tamanho adequado para a imersão dos materiais;
- Lavar os recipientes com água e sabão a cada troca da solução;
- Imergir somente materiais limpos e secos;
- Proceder a imersão total do produto;
- Desmontar e desconectar peças removíveis;
- Preencher todas as estruturas ocas e lumens para haver contato da solução com a superfície
do material;
- Manter materiais leves imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas
colocadas sobre os mesmos;
- Deixar os produtos na solução durante 10 minutos;
- Cronometrar o tempo a partir da imersão do último item na solução e nesse período não
deve ser imerso nenhum material;
- Enxaguar todas as superfícies internas e externas, bem como suas peças removíveis com
grande quantidade de água tratada.
- Secar todos os produtos com auxílio de um campo macio e sem fiapos.
- Utilizar pistola de ar para materiais com lúmen, porém evitar usar pressão de ar
excessivamente alta em tubulações e canais para evitar danos;
- Registrar o processo de desinfecção, a cada lote, descrevendo os horários de imersão e
retirada e o profissional executor;
- Acondicionar artigos em frasco coletor com tampa. A data limite de uso será de 30 dias.
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POP 2
Esterilização química de artigos com ácido peracético
Objetivos:
Esterilizar artigos semicríticos e / ou críticos de assistência à saúde que possam ser
totalmente imersos na solução;
Etapas do Processo:
- Lavar as mãos;
- Colocar EPI;
- Utilizar recipientes plásticos com tampa para conter os vapores do ácido peracético e em
tamanho adequado para a imersão dos materiais;
- Lavar os recipientes com água e sabão a cada troca da solução;
- Imergir somente materiais limpos e secos;
- Proceder à imersão total do produto;
- Desmontar e desconectar peças removíveis;
- Preencher todas as estruturas ocas e lumens para haver contato da solução com a superfície
do material;
- Manter materiais leves imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas
colocadas sobre os mesmos;
- Deixar os produtos na solução durante 60 minutos;
- Cronometrar o tempo a partir da imersão do último item na solução e nesse período não
deve ser imerso nenhum material;
- Colocar luva estéril com técnica adequada;
- Enxaguar todas as superfícies internas e externas, bem como suas peças removíveis com
grande quantidade de soro fisiológico 09%;
- Secar todos os produtos com auxílio de um campo estéril macio e sem fiapos;
- Utilizar pistola de ar para materiais com lúmen, porém evitar usar pressão de ar
excessivamente alta em tubulações e canais para evitar danos;
- Registrar o processo de esterilização, a cada lote, descrevendo os horários de imersão e
retirada e o profissional executor;
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- Acondicionar artigos em frasco coletor com superfície interna estéril com tampa. A data
limite de uso será de sete dias.
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POP 3
Diluição e teste de concentração do ácido peracético
Objetivos:
- Instruir o preparo da solução de ácido do peracético a 0,2% e avaliar a concentração da
solução empregando fitas específicas;
Etapas do Processo:
- Higienizar as mãos;
- Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;
- Verificar o volume final desejado;
- Para preparar a solução de ácido peracético a 0,2% devem ser seguido rigorosamente as
instruções do fabricante;
- Utilizar o frasco graduado para medir e colocar o concentrado de ácido peracético nos
volumes recomendados acrescidos do inibidor de corrosão;
- Identificar a vasilha contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem
preparou;
- Fazer validação com fita antes da utilização para medir a concentração de ácido peracético
visando verificar a conformidade na reação preconizada;
- Mergulhar a fita no Becker por 01 segundo, levantar e aguardar por 30 segundos +/- 5
segundos para comparar a cor com a escala de conformidade;
- Registrar a validação em impresso próprio;
- Desprezar a solução considerando as recomendações do fabricante, quando a concentração
for inferior à estabelecida e quando atingir o prazo máximo de utilização da solução.
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POP 4
Utilização e leitura do teste biológico
Objetivos:
- Monitorar o processo de esterilização;
Etapas do Processo:
- Realizar o monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico
semanalmente e na primeira carga do dia o emulador. Se utilização de cargas com produtos
implantáveis deverá ser realizada diariamente;
- Aquecer a incubadora;
- Anotar no rótulo da ampola teste o número da carga, data e esterilizador (autoclave);
- Colocar a ampola teste dentro do pacote teste e processe-o juntamente com o restante da
carga;
- Retirar a ampola teste do pacote processado no vapor e deixar resfriar por 10
minutos;
- Fechar completamente a tampa da ampola exercendo pressão sobre a mesma;
- Incubar a ampola teste em até 02 horas após retirar da autoclave e quebrará no interior da
ampola de plástico;
- Posicionar a ampola teste na posição central do compartimento da incubadora específica;
- Dar leves batidas no fundo da ampola para que o líquido se misture rapidamente a tira
com bacilo (agitá-la);
- Inserir contra teste que não passou pelo processo de esterilização para dimensionar o efetivo
funcionamento da incubadora;
- Observar resultado negativo para a ampola teste, ao final de 48 horas;
- Registrar os resultados das leituras das ampolas teste e ampolas controle no impresso de
registros;
- Retirar os rótulos das ampolas e colar ao lado do resultado;
- Descartar as ampolas negativas nas caixas de perfuro-cortantes.
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POP 5
Limpeza manual de instrumentais odontológicos e outros
Objetivos:
- Reduzir carga microbiana e sujidades;
- Remover contaminantes de natureza orgânica e inorgânica;
- Prevenir deterioração;
- Preservar o material;
- Assegurar a limpeza do material sem risco de contaminação;
- Oferecer artigos em perfeitos condições de uso;
- Garantir a eficácia do processo de desinfecção e/ou esterilização;
Etapas do Processo:
- Lavar as mãos;
- Usar EPI para manipular instrumentais e demais artigos;
- Realizar a conferência e o registro de entrada de todos os produtos para saúde recebidos
para processamento;
- Fazer a pré-limpeza, aplicando jatos de água para a remoção da sujidade grosseira;
- Selecionar a solução de limpeza apropriada e diluir a solução de detergente conforme a
orientação do fabricante (devendo ser uma nova diluição para cada início de processo de
limpeza);
- Limpar os instrumentais perfuro-cortantes separados dos demais;
- Imergir todo o instrumental cirúrgico desmontado, mantendo a solução em contato com o
instrumental o tempo determinado pelo fabricante;
- Lavar peça por peça com escova de cerdas firmes e não abrasivas, friccionando o corpo,
as articulações e a cremalheira da pinça, na direção das ranhuras, por no mínimo 05 vezes,
submersos na solução de detergente;
- Utilizar esponjas não abrasivas somente para friccionar superfícies lisas e extensas como
bandejas, bacias e cubas;
- Aplicar jatos de água, por meio de mangueira com bico ou pistolas, para auxiliar na
remoção da sujidade de lumens e reentrâncias;
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- Enxaguar abundantemente o artigo em água corrente potável;
- Secar cada instrumental com tecido macio, de cor clara que não libere fibras e utilizar jatos
de ar comprimido para a secagem de materiais com lumens;
- Inspecionar criteriosamente a qualidade da limpeza com auxílio de lentes intensificadoras
de imagem de no mínimo 08 vezes de aumento e com boa iluminação local;
- Lubrificar as articulações do instrumental cirúrgico com lubrificantes próprios,
permeáveis ao vapor e com ph neutro.
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POP 6
Montagem de cargas em autoclaves a vapor
Objetivos:
- Fazer com que o vapor penetre em todas as regiões dos pacotes, sem que se formem bolhas
de ar;
Etapas do Processo:
- Lavar as mãos;
- Utilizar EPI(s);
- Abrir a autoclave;
- Colocar o rack na posição (puxar para fora da autoclave);
- Pegar pacotes que estão sobre a bancada;
- Colocar os pacotes de preferência em cestos para obter melhor distribuição, evitando
contato com as paredes da câmara interna;
- Carregar a autoclave;
- Dispor os artigos verticalmente nos racks e não compactá-los;
- Respeitar a distância de um cm entre os pacotes;
- Posicionar materiais côncavos (bacia, cuba rim) no sentido vertical ou com a concavidade
levemente lateralizada;
- Respeitar o volume máximo do preenchimento da câmara (70 a 80%);
- Registrar em planilha própria, tipo de pacotes e quantidade;
- Fechar a porta da autoclave;
- Ligar a autoclave;
- Não apertar muito os pacotes para ajudar a penetração do vapor;
- Não sobrepor materiais de modo a compactá-los;
- Quando o alarme acionar o término do processo girar, para esquerda manivela de abertura
e deixar a porta entreaberta (aproximadamente 3cm) para resfriamento do material;
- Os pacotes, após um ciclo completo de esterilização, devem ser resfriados naturalmente
antes do manuseio para reduzir o risco de obtenção de pacote suados ;
- Não colocar os pacotes sobre superfícies frias após a esterilização para que não haja
condensação;
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- Certificar se os indicadores externos passaram por esterilização;
- Encaminhar material esterilizado para a sala de estocagem e distribuição;
- Evitar esterilizar materiais têxteis e caixas de instrumentos na mesma carga;
- Se ocorrer, colocar os materiais têxteis na parte superior e os instrumentais na parte
inferior;
- Limpar a câmara interna do equipamento diariamente com álcool 70 % e no mínimo
semanalmente, lavar com água e sabão.
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POP 7
Preparo e empacotamento de produtos para esterilização
Objetivos:
- Manter o material limpo adequado para a esterilização;
- Manter o artigo estéril durante o armazenamento, transporte e manuseio;
- Permitir entrada do agente esterilizante;
- Impedir penetração do agente microbiano;
- Facilitar a abertura e transferência com técnica asséptica;
Etapas do Processo:
Inspeção
- Lavar as mãos com água e sabão e paramentar-se com os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) adequados (Gorro, máscaras, luvas);
- Inspecionar os artigos antes do empacotamento com auxílio de lentes intensificadoras de
imagem de no mínimo 08 vezes para verificar limpeza, integridade e funcionalidade;
- Proceder à conferência do quantitativo específico de cada bandeja de acordo com o catálogo
da CME, antes de embalar com o invólucro apropriado;
Acondicionamento
- Acondicionar os instrumentais cirúrgicos em caixas de modo que ocupem, no máximo,
80% da capacidade do recipiente;
- Forrar com material absorvente o fundo das caixas como um campo simples;
- Dispor os instrumentais, desmontados nas caixas cirúrgicas;
- Na existência de várias unidades do mesmo instrumental, agrupá-los por similaridade;
- Posicionar os itens com concavidade, como, cúpulas, emborcados dentro das caixas;
- Colocar artigos mais pesados no fundo da caixa, os artigos de peso médio na segunda
camada e sobre estes os mais leves;
- Colocar indicador químico classe 4 ou 6 no centro geométrico de cada caixa, para
recipientes rígidos, coloque o integrador em cantos opostos. Em recipientes com vários
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níveis, coloque o indicador no centro de cada nível;
- Confirmar se as condições de exposição (temperaturas, tempo suficientes tenham sido
alcançadas nos indicadores químicos).
Empacotamento
- Selecionar a embalagem (caixas metálicas, TNT, grau cirúrgico ou campo duplo de
algodão) de acordo com o processo, o peso, a forma e tamanho do artigo;
- Utilizar embalagem dupla de tecido de algodão;
- Avaliar a necessidade de utilização de embalagens duplas quando for o papel grau cirúrgico
para empacotar os artigos pontiagudos, materiais flexíveis ou de pequenas
dimensões.
Tecido de algodão
- Lavar o tecido antes do primeiro uso, para retirar o amido;
- Desprezar os campos cirúrgicos que apresentar em remendos, perfurações e cerzimentos;
Papel Grau Cirúrgico
- Remover o ar do interior das embalagens de papel grau cirúrgico antes da selagem;
- Realizar o ajuste perfeito das embalagens duplas, a embalagem interna deve ser em
tamanho menor evitando-se dobras internas e sobras;
- Colocar os itens embalados com concavidade voltados para o papel;
- Colocar os pacotes nos cestos ou carros de rack e arrumá-los nas autoclaves;
- Colocar na montagem das cargas o papel em contato com o papel e o plástico com
o plástico para facilitar a difusão do agente esterilizante.
Caixas Metálicas
- Utilizar caixas metálicas perfuradas e recobertas com embalagens permeáveis na
esterilização por vapor.
Selagem e fechamento de pacotes
- Obedecer a largura total de 6mm, na selagem térmica, podendo ser em linha simples,
dupla ou até tripla e distante 3 cm da borda e do material;
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- Observar a termosselagem que deve ser livre de fissuras,rugas ou delaminação e
permitir a transferência sob técnica asséptica do pacote;
- Utilizar fita adesiva impregnada com tinta termocrômica (fita zebrada), com largura de
pelo menos 03 listras como indicador químico classe I, de exposição, no fechamento de
pacotes de algodão tecido, TNT;
Identificação
- Identificar internamente a caixa com o nome, quantidade de instrumentos, data (dia, mês e
ano) e nome do colaborador responsável pelo preparo, em fita adesiva não zebrada;
- Identificar todas as embalagens externamente com uma fita adesiva ou etiqueta
contendo as seguintes informações: nome do produto, número do lote ,data da
esterilização, data limite de uso, método de esterilização e nome do responsável pelo
preparo.
Técnica de envelope
- Colocar o campo em posição diagonal sobre a bancada, colocando o material no centro do
campo;
- Pegar a ponta voltada para o operador e cobrir o material, fazendo uma dobra externa na
ponta;
- Pegar uma das laterais do campo e trazer sobre o objeto a ser empacotado, fazendo uma
dobra externa na ponta;
- Repetir o procedimento com a outra lateral.
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POP 8
Teste de Bowie Dick
Objetivos:
- Verificar a remoção do ar nas autoclaves com pré-vácuo e garantir a penetração uniforme
do vapor nos materiais;
Etapas do Processo:
- Lavar as mãos;
- Utilizar EPI(s);
- Preparar pacote teste com campos cirúrgicos, 100% algodão, 39cm X 61cm,dobrados,
limpos, recentemente lavados e não calandrados ou passados a ferro;
- Dobrá-los de maneira uniforme em camadas, colocando-os um sobre o outro formando
uma pilha de 25 a 28 cm de altura, 30 cm de comprimento e 23 cm de altura.
- Colocar a folha teste no centro geométrico do pacote;
- Embalar frouxamente o pacote em campo de algodão duplo, fechando com fita adesiva;
- A quantidade de campos dependerá da altura do pacote. O Pacote deve pesar em torno de
quatro quilos;
- Identificar o teste com nome, data e número do esterilizador;
- Utilizar indicador químico externo no pacote (fita-teste);
- Colocar o pacote no rack do esterilizador, horizontalmente e de forma que o centro do
pacote fique de 10 cm a 20 cm sobre o dreno da autoclave;
- Selecionar o ciclo específico para teste de Bowie & Dick da autoclave;
- Registrar o teste em impresso próprio conforme rotina da instituição;
- Após o término do ciclo, abrir o pacote, retirar a folha e observar a mudança uniforme de
cor na folha teste. A não uniformidade da cor do indicador no centro do teste indica presença
de ar residual na câmara interna, evidenciando uma falha na autoclave. Repetir teste uma
vez caso não ocorra o resultado esperado, já que possivelmente a alteração se deu por má
vedação da porta da autoclave. Caso persista o problema o esterilizador deverá ser
interditado e avaliado pelo técnico responsável;
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- Identificar na folha do teste a data, hora, o número da autoclave, operador que realizou o
teste e o resultado, arquivando este documento;
Pacote teste pronto uso
- Seguir as recomendações a partir da colocação do teste no rack caso o pacote teste de Bowie
& Dick pronto uso seja utilizado pela instituição.
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BIBLIOGRAFIA
APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.
Limpeza, Desisfecção e Esterelização de Artigos em Serviços de Saúde. São Paulo.
APECIH. 2010.
Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção relacionada à
Assistência à Saúde. APECIH. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Artigos em
Serviços de Saúde. 339 p.2010.
SMELTZER, S. G; BARE, B. G. Manual de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Trad.
Brunner & Suddarth’s. 13a
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e
Centro de Material e Esterilização. SOBECC. Práticas Recomendadas. São Paulo,
2009.