Manual Afiador AFI 700 A - Revisado.pdf
Transcript of Manual Afiador AFI 700 A - Revisado.pdf
MANUAL
__________________________________________
Afiador de facas AFI-700A
2
Índice
1. Introdução ................................................................................................................. 4
2. Regras de segurança ................................................................................................. 5
3. Considerações gerais ................................................................................................ 6
3.1. Dados técnicos ................................................................................................... 6
4. Principais componentes e principio de funcionamento ............................................ 7
5. Instalação ................................................................................................................ 10
6. Operação ................................................................................................................. 12
7. Manutenção ............................................................................................................ 19
7.1. Ajuste dos rolamentos com eixos excêntricos ................................................. 19
7.2. Substituição das fitas nas guias do rolamento ................................................. 21
7.3. Substituição do rebolo ..................................................................................... 21
7.4. Líquido refrigerante e limpeza do reservatório ................................................ 22
8. Instruções Gerais para uma boa Afiação ................................................................ 23
8.1. A retífica de afiação: ........................................................................................ 23
8.2. O Rebolo: ......................................................................................................... 24
8.3. Ângulos usuais de Afiação............................................................................... 24
8.4. Refrigeração: .................................................................................................... 25
8.5. Cuidados gerais na afiação: .............................................................................. 28
9. Esquema elétrico..................................................................................................... 30
10. Termos de garantia do equipamento .................................................................... 31
10.1. Validade ....................................................................................................... 31
10.2. Peças e componentes .................................................................................... 31
10.3. Transporte referente a garantia ..................................................................... 31
3
10.4. Término da garantia ..................................................................................... 32
10.5. Suspensão da garantia .................................................................................. 32
10.6. Cobrança de serviços na garantia ................................................................. 32
10.7. Extinção da garantia ..................................................................................... 32
10.8. Armazenagem, instalação e utilização ......................................................... 33
10.9. Garantia Irmãos Lippel & Cia Ltda.............................................................. 33
10.10. Obrigações do comprador quanto à garantia ................................................ 33
4
1. Introdução
O presente manual é útil para permitir a familiarização com os dispositivos e a
avaliação completa dos parâmetros de funcionamento, operação e manutenção do
equipamento. Recomendamos a leitura cuidadosa deste manual antes de utilizá-lo.
O operador do equipamento deve se familiarizar com o conteúdo deste manual
para que possa operar convenientemente todo o sistema. Consideramos também de
grande importância que o futuro operador da máquina acompanhe atentamente a
instalação da mesma.
Lembre-se: quando surgirem dúvidas ou dificuldades na operação do
equipamento procure informações no manual. Se não encontrar entre em contato com o
departamento técnico, citando os dados especificados na plaqueta junta á máquina, ou
os dados técnicos constantes neste manual.
A LIPPEL não se responsabiliza pelo uso inadequado do equipamento ou por
qualquer modificação realizada não autorizada por escrito, por esta razão, sugerimos
não acionar o equipamento sem a presença de nosso técnico.
O proprietário deve averiguar se o operador é qualificado, responsável e trabalha
com segurança na máquina. É obrigação do proprietário e do operador manter a
máquina em bom estado, fazendo a manutenção preventiva e reparos usando apenas
peças originais LIPPEL. Qualquer reparo ou modificação feito com peças não originais
pode danificar a máquina e sua performance como também resultar em danos pessoais
invalidando a garantia e eliminando a responsabilidade do fabricante. Sempre consulte
o fabricante se tiver duvidas.
5
2. Regras de segurança
Leia cuidadosamente as regras contidas neste manual antes da montagem,
partida e operação do equipamento.
Uso de equipamentos de segurança pessoal imprescindíveis: óculos, protetor
auricular, avental, luvas e botas;
Quaisquer modificações no equipamento são proibidas a menos que se em
consenso com o fabricante;
O aterramento deve ser feito corretamente;
Reparos ou instalações elétricas devem ser feitas por eletricistas especializados;
Todos os parafusos devem estar corretamente torqueados;
O ambiente que se encontra o afiador deve seguir as normas de segurança, estar
organizado e limpo;
Desligue imediatamente o afiador caso algum barulho estranho for ouvido;
Nunca inserir a mão ou objetos nas partes móveis do afiador, principalmente no
rebolo. O afiador possui diversos componentes girantes, podendo ocasionar
acidentes no caso de sua exposição e contato involuntário durante a operação, ou
mesmo, na eventual parada para manutenção;
Nunca permita que as pessoas que não leram e compreenderam este manual
operem o afiador;
Para manutenção de qualquer das partes, verificar a parada total das peças
girantes, assim como a “real impossibilidade” de partida da mesma durante a
execução dos serviços. A Lippel recomenda a instalação de chaves bloqueadora
de corrente próximo ao motor, ou mesmo outra forma de inter travamento;
6
3. Considerações gerais
O afiador de facas é usado para afiar laminas retas de corte com ângulos
diferentes. É adequado para afiação de lâminas de corte de equipamentos de indústrias
processadoras de madeira, industriais têxteis, moveleiras e gráficas, sendo um
equipamento indispensável.
O equipamento é composto basicamente pela estrutura principal, a mesa de
trabalho, a placa de deslizamento, o motor, o cabeçote retificador e o painel de
comando. O deslocamento automático do cabeço em velocidade média constante
garante um padrão original de corte da faca ou lâmina.
3.1. Dados técnicos
Modelo AFI - 700 A
Capacidade máxima de afiação (CxAxL) 700 x 130 x 30 mm
Tamanho do rebolo (dia. x furo x altura 150 x 32 x 50 mm
Comprimento de afiação 700 mm
Velocidade do rebolo 2840 rpm
Motor do rebolo 1.5 KW (2 HP)
Motor do movimento do cabeçote 60 W
Motor sistema de refrigeração 40 W
Base ajustável de afiação 0 - 90°
Voltagem 220/380
Dimensão do Afiador 680 x 1200 x 1380 mm
Peso 195 Kg
Obs: A voltagem do afiador vem conforme o pedido do cliente.
7
4. Principais componentes e principio de funcionamento
(1) Manivela de elevação e descida: Com o giro da manivela pode-se aproximar ou
afastar o rebolo da faca. Com ele você regular a quantidade de material retificado.
(2) Motor do rebolo: O motor aciona o rebolo em alta rotação para que possa retificar a
faca.
(3) Bico de refrigeração: Pelo bico passa o liquido de refrigeração que pode ser
direcionado para que a faca tenha a melhor refrigeração possível.
(4) Corrente de arrasto: A corrente permite o movimento dos cabos elétricos, ao longo
do curso do cabeçote.
(5) Regulador fim de curso do barramento.
8
(6) Haste corrediça: A haste serve para deslocar as manoplas.
(7) Manopla de bloqueio do curso: As manoplas são posicionadas na haste corrediça e
servem para manter o curso do cabeçote conforme o tamanho da faca. Desta maneira,
pode-se otimizar o tempo de afiação conforme o tamanho das facas. O curso do
cabeçote fica restringido ao espaço determinado entre as manoplas.
(8) Gabinete: No gabinete se tem acesso ao reservatório de fluido refrigerante. Sempre
mantenha o fluido em boas condições e cheio.
(9) Interruptor de curso: Desliga o movimento de intermitente de “vai e vem” do
cabeçote.
(10) Painel de comando elétrico: Pelo painel elétrico pode-se ligar e desligar todos os
acionamentos elétricos.
EMERGÊNCIA – Desliga toda parte elétrica
LIGA MOTOR – Liga o motor do rebolo
DESLIGA MOTOR – Desliga o motor do rebolo
LIGA BOMBA DE ÁGUA – Envia o fluido para refrigerar a faca
9
DESLIGA BOMBA DE ÁGUA – Desliga o fluido de refrigeração da faca
DIREITA – Aciona o primeiro deslocamento do cabeçote para a direita
DESLIGA DESLOCAMENTO DO CABEÇOTE – Para o deslocamento do cabeçote
imediatamente
ESQUERDA – Aciona o primeiro deslocamento do cabeçote para a esquerda
(11) Anel graduado com escala: O anel graduado com escala permite o usuário saber a
medida do deslocamento vertical do rebolo.
(12) Ajuste do ângulo de afiação: Uma escala montada na base de apoio das facas
permite regular o ângulo de afiação que a faca necessita.
O principio de funcionamento do afiador é o de retificação. Um rebolo girando a
altas rotações percorre uma faca em movimentos recíprocos de “vai e vem”. O cabeçote
movimenta-se horizontalmente através das guias/barramentos (5), onde o deslocamento
é causado por um motor, engrenagem e cremalheira (4). A aproximação do rebolo (2),
na faca se faz na vertical, através do giro da manivela (1) com a ajuda do anel graduado
(11). As facas são presas através de grampos em uma base graduada (12) onde se pode
ajustar o ângulo desejado de afiação. O curso horizontal do cabeçote pode ser ajustado
conforme o tamanho das facas, através do posicionamento das manoplas (7) na haste
(6). A refrigeração para a retificação é provida pelo bico (3), através de uma bomba e
reservatório no interior do gabinete (8). O painel (10) tem os botões para ligar e
desligar todos os motores elétricos no equipamento, inclusive, o comando de desligar o
curso do cabeçote (9).
10
5. Instalação
1. O equipamento deve ser instalado em um terreno plano e nivelado. Utilize um
nível apoiando sobre a base reta e plana do afiador, para ajustar o nivelamento. Não são
necessárias fundações especiais.
2. Limpe e lubrifique, caso necessário, a base de fixação, as guia de rolamento e a
mesa de trabalho.
3. Verifique se o parafuso que prende o rebolo esta travado. O rebolo não deverá
ter vibrações ou sofrer qualquer deslocamento durante o trabalho.
4. A máquina deve ser instalada em uma rede com voltagem correta. A voltagem
da máquina vem conforme o pedido do cliente. É recomendado usar um cabo de
alimentação elétrica com diâmetro recomentado para tal potência, considerando ainda
uma queda de tensão. O cabo de alimentação elétrica deve ser providenciado pelo
usuário. Requisite um eletricista especializado para ligar a máquina na rede elétrica.
5. Proteja o cabo e faça um aterramento na máquina.
6. Encha o reservatório com fluido refrigerante.
7. Solte o parafuso que trava o movimento do cabeçote. Este parafuso é usado para
evitar que o cabeçote se desloque durante o transporte.
11
8. Depois de finalizar todas as conexões, verifique o sentido de rotação dos
motores e o funcionamento da bomba. O rotor deve girar no sentido horário e sem
ruídos. Caso estejam girando no sentido contrario, apenas é necessário mudar a posição
dos fios da energia elétrica.
12
6. Operação
Antes de operar o afiador, o usuário deve utilizar todos os EPI, ter lido e
entendido as regras de segurança e estar ciente das situações de risco. Verifique se todas
as partes estão em conformidade e sem avarias. Se encontrar qualquer dano, repará-lo
imediatamente. Mantenha peças e partes do equipamento limpos, principalmente guias e
rolamentos.
Familiarize-se com as capacidades e limitações do equipamento, bem como a
melhor maneira de utilizá-lo e suas funções. Preste atenção à continuidade do processo.
A afiação deve ser o mais constante possível, evitando sobrecargas. A pessoa que não
estiver familiarizado com a estrutura e com o desempenho desta máquina, não estará
autorizada a operá-la, evitando assim danificar o equipamento por mal uso.
Lembre-se que a Irmãos Lippel não se responsabiliza por danos que forem
causados por:
Uso incorreto, sem cuidado ou impróprio;
Abuso causado por pessoal não treinado;
Opressões inadequadas voluntárias;
Sobrecarga do equipamento;
Peças não originais.
13
1. Antes de instalar a lâmina ou a faca para afiação, o usuário deverá ajustar a
distancia do bloco de posicionamento de acordo com o comprimento da faca. A parte de
trás da faca deverá unir-se ao bloco de posicionamento, quando estiver afiando varias
facas ao mesmo tempo; a lâmina se unirá ao segundo e terceiro passo, depois aperte o
parafuso segurando o grampo para baixo.
14
Caso sua faca não possuía rasgos para que o grampo consiga prender bem a faca,
use o bloco de posicionamento para apoiar o grampo. Se a faca for muito comprida e
não haver espaço para o bloco de posicionamento, use o parafuso do grampo.
Certifique-se que a faca esteja bem fixa e apoiada na base de apoio. O apoio do
grampo deve estar na mesma grossura da faca. Use o parafuso se o bloco não for
suficiente.
2. A máquina possui um dispositivo de ajuste do ângulo (12), com graduação no
anel fixado a base de apoio. O usuário poderá ajustar o ângulo de afiação na faixa de 0-
90°. Os parafusos allem fixados nas duas extremidades deverão ser liberados quando for
15
realizado o ajuste no ângulo através da manopla. Trave novamente os parafusos quando
o ângulo estiver ajustado.
Caso o ângulo da faca não for conhecido, aproxime o rebolo da faca e regule o
ângulo até que o fio da faca esteja paralelo com o rebolo.
16
3. Ao afiar facas de diferentes comprimentos, ajustar o curso do cabeçote.
Desloque as manoplas de bloqueio (7) na haste corrediça (6), conforme tamanho da
faca. As manoplas de bloqueio do curso (7) devem ser posicionadas de modo a exceder
o comprimento da faca, na faixa de 40-50 mm.
4. O deslocamento vertical do rebolo se realiza através do giro da manivela (1).
Um anel graduado (11) esta abaixo da manivela. Um giro completo em sentido horário
faz com que o rebolo avance 2 mm. Girando em sentido anti-horário faz com que o
rebolo se afaste da lâmina. (NOTA: este pequeno avanço é importante para prevenir
com que o afiador colida com a lâmina).
17
5. Ligue a bomba e ajuste o jato de líquido refrigerante. O refrigerante deve
ter o maior contato possível com a faca para que não ocorra aquecimento na afiação.
6. No processo de afiação o usuário deverá prestar muita atenção à quantidade de
avanço do rebolo. Uma faixa de 0.05-0.30 mm de avanço é apropriada para 2 a 4
movimentos de “vai e vem” do cabeçote. Nunca exceda a faixa de avanço do rebolo,
pois um avanço muito agressivo poderá estragar a qualidade de afiação, queimar a faca
e desgastar o rebolo prematuramente. Use a alavanca de bloqueio para evitar
deslocamento indevido do rebolo.
18
7. A guias de rolagem do cabeçote e as fitas devem estar limpas. O cabeçote se
move realizando um ruído suave, porem caso apresente um ruído anormal, parar
imediatamente. Verifique se a taxa de avanço do rebolo não foi excessiva ou
inapropriada, preste atenção à fixação do rebolo e sujeira nas guias e ajuste os
rolamentos caso necessário (verifique o item Manutenção 7.2).
8. Quando afiar uma faca muito longa, o esforço da pressão do grampo deverá ser
balanceado, e a distância do parafuso deverá ser correspondente. Sempre apoie bem a
faca no fundo da base de apoio.
19
7. Manutenção
ATENÇÃO: Nunca efetuar qualquer manutenção com a máquina energizada.
1. As guias de rolamento e a base de apoio devem ser limpas após cada afiação.
Remova todo resíduo remanescente da afiação. Limpe e lubrifique as pistas de
rolamento no final de cada afiação. O afiador deve ser limpo toda vez que for usado.
2. O usuário deverá usar uma ponta de diamante para limpar o rebolo, quando este
estiver entupido. Levante o cabeçote ao máximo e pressionar a ponta de diamante contra
o rebolo. O rebolo deverá ser substituído quando gastar a certo ponto.
3. O usuário devera verificar se há aumento da temperatura do motor e dos
rolamentos. A temperatura não pode ultrapassar 60°.
4. Retire os resíduos da afiação da estrutura.
Mantenha o afiador sempre limpo.
7.1. Ajuste dos rolamentos com eixos excêntricos
Os rolamentos das guias possuem um prisioneiro excêntrico com um ajuste
central, onde a folga deve ser ajustada depois de um período uso.
20
Segue como deverá ser feito o ajuste:
1. Retire as proteções;
2. Afrouxe a porca de trava M14 da base (guia), a folga da base (guia) poderá ser
ajustada rodando o fuso com uma chave de fenda. (Nota: Não ajustar com muita força,
pois ocasionará um desgaste excessivo nas fitas, e se o ajuste for muito frouxo a afiação
não será boa).
21
7.2. Substituição das fitas nas guias do rolamento
As fitas tem sua vida útil prolongada se a limpeza e lubrificação das guias forem
feitas frequentemente. Elas devem ser substituídas quando estiverem gastas.
Solte os parafusos allem que prendem a fita. Caso necessário, ajuste o esticador
para recolocar a nova fita facilmente.
7.3. Substituição do rebolo
O rebolo deve ser substituído sempre que ele estiver gasto, com trincas, base não
paralela, ou algum outro fato. Ele pode gastar até 20 mm do seu tamanho original.
Nunca substitua um rebolo por outro que apresente trincas.
Solte o rebolo usando uma chave de boca para segurar o eixo do motor e uma
chave allem 6 para soltar o parafuso.
22
Retire as arruelas de fixação.
Ao repor, o rebolo deve estar 100 % paralelo com o ângulo da faca, as arruelas
deverão ser fixadas nos dois lados do rebolo, para evitar que o rebolo seja espremido.
7.4. Líquido refrigerante e limpeza do reservatório
O líquido refrigerante pode ser uma mistura de água e fluido de corte própria
para retificação ou apenas água (menos indicado). A proporção de fluido na água deve
ser de 20% de fluido para 80% de água, ou conforme recomenda o fabricante do fluido.
Sempre limpe o reservatório e não deixe o líquido ficar contaminado. No líquido
podem-se criar bactérias nocivas a saúde.
O líquido deve ser substituído a cada meio ano ou imediatamente se estiver
contaminado;
Recomendamos o uso de óleo fluído de corte BD-OIL30;
Limpe o reservatório retirando as impurezas depositadas no fundo do tanque.
23
8. Instruções Gerais para uma boa Afiação
8.1. A retífica de afiação:
Os seguintes aspectos devem ser considerados para a obtenção de um bom
resultado na afiação de facas:
1- A afiadora deve ser de construção robusta e rígida de maneira a não transmitir
vibrações à faca, pois isso acarreta marcas de afiação irregular no fio de corte e
dependendo da intensidade pode queimar a superfície que está sendo retificada. Essas
marcas podem ocorrer também caso a mesa ou os cabeçotes retificadores estejam fora de
nível.
2. O movimento de avanço e retrocesso do cabeçote retificador deve ocorrer
suavemente, sem golpes ou balanço quando ocorre a reversão do movimento.
3. O cabeçote retificador deve ser ajustado de forma que o rebolo toque a faca com
apenas um de seus lados, como demonstrado na figura:
O ângulo de inclinação não deve ser maior que 3º graus e o sentido de rotação do
rebolo deve ser sempre contra o fio de corte, a fim de minimizar a rebarba resultante e
facilitar a dissipação do calor gerado, que migrará do cume do fio de corte para a parte
mais grossa da faca, conforme a figura:
SG = sentido de giro do rebolo
a ) A afiadora deve estar equipada com um sistema eficiente de refrigeração, pois
afiando a seco, além da afiação ser mais demorada há mais chance de que ocorram
problemas na faca por superaquecimento. Se o resfriamento não for contínuo e
constante, poderão ocorrer trincas e micro fissuras, pois os pontos de aquecimento serão
24
esfriados abruptamente, dando lugar a esses defeitos.
b) a mesa de fixação da faca deve ser plana e rígida, a fim de não transmitir
deformações na faca. Deve ainda permitir a inclinação para facilitar a afiação do chanfro
e ser provida de uma escala indicadora do ângulo de inclinação em graus. As retíficas
com placas magnéticas são vantajosas, pois poupam tempo na fixação e remoção das
facas.
8.2. O Rebolo:
Para nossa particular aplicação, afiação de facas retas, os formatos mais usuais de
rebolos são os formatos tipo "copo reto", "anel" e os “ segmentos ", sendo este último o
mais vantajoso por ter um custo menor e maior poder de remoção, facilitando ainda o
afloramento dos novos grãos abrasivos e a refrigeração da faca. Veja a seguir os
seguintes rebolos da Saturno Marote recomendados para Afiação.
CORPO RETO ROSA SEGMENTO ROSA
4" X 2" X RA60K10V TTREK420 4" X 59 mm RA60J8V TPESV2463
6" X 3" X RA60K10V TTREK630 Rebolo Anel
10" X 4" X RA60K10V TTREK1040 10" X 4" X 60K TERER
1040
8.3. Ângulos usuais de Afiação
25
OBS: Observar o ângulo correto, conforme o modelo do picador, (angulo localizado
no manual).
Atenção: os ângulos aqui indicados são parâmetros que devem ser ajustados de
acordo com o tipo de madeira, e aplicação a que se destina a lâmina, seja ela faqueada
ou torneada.
Madeiras moles ângulo menor (cambará, embaúba, sumaúma, imbuía, etc...),
madeiras duras ângulo maior (jacarandá, mogno, peroba, jatobá, etc... ).
Quando a retífica não possuir escala em graus no sistema de giro da mesa, ou
quando não houver um transferidor de graus para fazer a leitura do ângulo, podemos
usar uma régua e medir a largura do chanfro de acordo com a espessura da faca e assim
determinar qual é o ângulo da faca.
Veja tabela comparativa abaixo.
ESPESSURA 16,00 mm 16,50 mm 17,00 mm 18,00 mm
ÂNGULO 19 49,10 mm 52,20 mm 52,20 mm 55,30 mm
ÂNGULO 20 46,70 mm 48,20 mm 49,70 mm 52,60 mm
ÂNGULO 21 44,70 mm 46,00 mm 47,40 mm 50,20 mm
ÂNGULO 22 50,70 mm 44,00 mm 45,40 mm 48,00 mm
8.4. Refrigeração:
O líquido refrigerante deve ser abundante e banhar diretamente o local de contato
do rebolo com a faca. A refrigeração atua eliminando o calor gerado e também facilita a
remoção dos resíduos. Pela dissipação do calor evitamos também a queima no fio de
corte, empenamento e danos muitas vezes irreversíveis. Quanto maior a área de contato
entre o rebolo e a faca, maior o atrito e o calor gerado e, portanto maior deverá ser a
26
quantidade de líquido refrigerante aplicado.
Quando não é utilizado líquido refrigerante (afiação a seco) ou o líquido não é
adequado para retíficas (óleo solúvel branco leitoso) corremos riscos de causar graves
danos na afiação tal como: queima do fio - não retém o corte - serrilhado no fio - dobra
o fio – trincas.
Para saber a mistura correta de líquido refrigerante consulte o seu fornecedor de
óleo solúvel, pois a composição varia de fabricante para fabricante.
A queima do fio de corte é seguramente um dos maiores problemas a serem
enfrentados, pois prejudica o rendimento das facas e vale para todas as ferramentas de
corte. Quando está no seu menor grau (imperceptível a olho nu), pode ser seguramente
determinado em nosso laboratório, por meio de micrografia e confirmado por ensaio de
micro-dureza. Em estágio mais acentuado, a queima do fio pode ser vista a olho nu
observando-se a face de baixo do chanfro como demonstrado na figura seguinte:
Para sabermos como está a afiação, devemos observar se no lado oposto ao
chanfro da faca dá para ver uma mudança na coloração do aço. Se isso acontecer é por
que está ocorrendo a queima no fio e quanto maior a queima mais escura será a
superfície e consequentemente maiores serão os danos á faca. A coloração vai desde um
amarelo palha até o roxo e preto.
Após a faca ser retificada e afiada é necessário rebarbar a faca manualmente para
que ela fique em condição de uso. Com essa operação são eliminadas minúsculas
partículas de metal (rebarbas), que ficam presas ao fio de corte. Esta operação serve
também para polir o ângulo de corte, melhorando assim o rendimento e a durabilidade
da faca. A prática de rebarbar o fio de corte com um pedaço de madeira é errada e
27
extremamente prejudicial à faca, pois a rebarba é arrancada do fio, formando micro
dentes e aumento da rugosidade do fio de corte, e visto através de microscópio, ocorrem
micro-trincas que certamente serão prejudiciais ao desempenho da faca e ao acabamento
requerido no laminado. "a afiação e assentamento correto do fio de corte geram uma
melhor qualidade nas lâminas da madeira”.
A maneira correta de assentar o fio de corte (rebarbar a faca), é com o uso de uma
"pedra de afiar". Essas pedras são facilmente encontradas em casas de ferragens, ou no
seu fornecedor habitual de rebolos. Indicamos a pedra para assentar o fio de corte e dar
um acabamento a pedra manual simplex 500 da Saturno Marote.
ATENÇÃO!!!
O assentamento do fio de corte manualmente é um procedimento que deve ser
feito sempre cercado de todos os cuidados, pois há sempre o risco de ferimento, lesões
nas mãos, braços e pernas. É fundamental que tenhamos sempre toda a atenção voltada
ao cuidado no manuseio, estocagem e transporte de ferramentas de corte, sempre
utilizando os E.P.I.s (equipamentos de proteção individual), bancadas e carrinhos com
proteção para evitar acidentes.
O roteiro a seguir é a maneira básica de rebarbar as facas. Nesta etapa não adianta
querer ganhar tempo e encurtar o processo. Com cuidado no assentamento do fio
conseguiremos um rendimento maior entre afiações:
Inicialmente devemos passar a pedra embebida em querosene ou óleo fino (pode
ser óleo diesel), no fio de corte, como demonstrado na figura n.º 1, são apenas uma ou
duas passadas de leve a fim de nivelar a superfície.
Fig: 01
Na segunda etapa devemos posicionar a pedra manual sobre a parte posterior da
faca tendo o cuidado de apoiá-la totalmente sobre a superfície, e fazer movimentos
28
circulares ao longo da faca, como demonstrado na figura n.º 2.
Fig: 02
A terceira fase, no fio de corte, é a mais delicada e a mais importante. O mesmo
método de movimentos circulares de vai e vem deve ser aplicado até alcançar o
polimento da superfície e para tal a pedra deve ser ligeiramente inclinada no sentido do
fio de corte com no máximo 2º a 3º graus como demonstra a figura n.º 3.
Fig: 03
Ps: com o auxílio de uma régua como guia, e esta apoiada no comprimento da
faca, consegue-se apoio uniforme na pedra para que a inclinação (+ 2º graus) seja
constante e o fio de faca seja assentado uniformemente. Em todas as etapas é importante
manter a pedra embebida em querosene, para que seja limpa sem arrastar partículas de
sujeira e metal que riscam o fio na zona mais aguda.
8.5. Cuidados gerais na afiação:
O rebolo deve ser dressado (limpo) constantemente, pois a medida que vai sendo
utilizado ele vai ficando sem poder de remoção, as arestas de corte dos grãos abrasivos
vão cegando e já não conseguem remover o metal com eficiência, causando maior
29
aquecimento para conseguir um retificado mais fino, menos rugoso e facilitar o
assentamento manual do fio. Para dressagem (limpeza) manual do rebolo utilize o bastão
retificador da saturno marote.
O retrocesso (reversão), do carro retificador deve ser feito sempre fora da
superfície da faca, caso contrário a queima do fio será imediata e irreversível, surgirão
trincas que podem levar a quebra da faca.
A refrigeração não pode ser interrompida durante o processo de afiação sob pena
de queimar o fio de corte. Recomendamos que seja ligada sempre antes de iniciar o
movimento do carro transversal e desligada somente após a parada do carro.
Como podemos ver a afiação é simples de ser feita, mas apenas alcançaremos
bons resultados de qualidade e produtividade, quando a afiação é executada
criteriosamente e com todos os cuidados e recomendações aqui apresentados.
Com esta matéria em linguagem simples e prática esperamos estar contribuindo
com os usuários de facas a fim de que alcancem um melhor rendimento e durabilidade
do produto.
31
10. Termos de garantia do equipamento
10.1. Validade
Irmãos Lippel & Cia. Ltda., responde pela qualidade e perfeito funcionamento
dos equipamentos, ao comprador original, durante os primeiros 12 (doze) meses,
contados da data de emissão da Nota Fiscal. Durante esse período de garantia a
Irmãos Lippel & Cia. Ltda., obriga-se a reparar e, quando for o caso, substituir
para o comprador qualquer peça ou parte que apresente defeito de fabricação.
Com a reparação Irmãos Lippel & Cia. Ltda. satisfaz integralmente a garantia,
sem qualquer outra responsabilidade. A assistência técnica somente será
executada mediante solicitação ao Setor de Assistência Técnica, mencionados os
dados do comprador e equipamentos constantes no início deste Termo de
Garantia.
10.2. Peças e componentes
Para peças, partes ou componentes adquiridos de terceiros (componentes
elétricos, eletrônicos), o período de garantia será o concedido pelo respectivo
fornecedor, não sendo inferior a 06 (seis) meses.
Na garantia não estão incluídos componentes sujeitos a desgaste, tais como:
relês, sensores, rebolo, fusíveis, lâmpadas, rolamentos, contactores, fita de
desgaste, correntes, engrenagens entre outros.
Peças e componentes substituídos sem ônus para o comprador. São de
propriedade de Irmãos Lippel & Cia. Ltda.
10.3. Transporte referente a garantia
Correrão por conta do comprador as despesas de transporte e seguro do material
defeituoso desde o local da instalação até Irmãos Lippel & Cia., e vice-versa.
Se o deslocamento do equipamento até Irmãos Lippel & Cia. Ltda. for
desaconselhável, o comprador arcará com todas as despesas de locomoção e
32
estada do pessoal técnico, devendo o comprador colocá-lo a disposição deste,
em condições de ser substituído ou consertado; tão logo este o solicite.
10.4. Término da garantia
A garantia das peças ou partes colocadas, que substituem as que estiverem
defeituosas, e as que forem reparadas, termina com a garantia das peças ou
partes originais.
10.5. Suspensão da garantia
A garantia do equipamento ou peças será suspensa por atraso no pagamento de
parcelas, voltando a valer a partir da data de atualização, não alterando a
validade final da garantia.
Será também suspensa, expirando-se no limite previsto, se o comprador deixar
de cumprir qualquer uma das obrigações contratuais.
10.6. Cobrança de serviços na garantia
Durante a garantia será cobrada somente despesas de locomoção, alimentação e
hospedagem, caso o serviço não for coberto pela mesma cobrar-se-ão, valor de
diárias, despesas e peças utilizadas no conserto.
10.7. Extinção da garantia
A garantia extinguir-se-á automaticamente e independente de qualquer aviso ou
notificação se o comprador não colocar a disposição de Irmãos Lippel & Cia.
Ltda., o equipamento a ser reparado ou substituído, por um período suficiente
que permita reparar os defeitos comprovadamente existentes, dentro do período
de garantia, ou se o próprio comprador sem prévia autorização de Irmãos Lippel
& Cia. Ltda., fizer ou mandar fazer por terceiros modificação, substituições ou
reparos no equipamento.
33
O uso inadequado do equipamento/componentes e a falta de manutenção
prevista no manual de instrução do equipamento, e acidentes ocorridos com o
equipamento também extinguem a garantia.
O uso de peças de reposição não original Lippel extingue a garantia.
10.8. Armazenagem, instalação e utilização
Irmãos Lippel & Cia. Ltda. não será responsável por qualquer defeito ou dano
decorrente de uso ou armazenagem inadequada dos equipamentos, pelo desgaste
anormal dos materiais, avaria ou defeito decorrentes de transporte, como
também não será responsável pelos defeitos ou danos conseqüentes de obra de
engenharia civil defeituosas; ou de montagem inadequada por terceiros,
assistência técnica prestada por pessoas não autorizadas, alterações do
equipamento ou uso de acessórios impróprios, ou ainda força maior.
10.9. Garantia Irmãos Lippel & Cia Ltda
A garantia oferecida por Irmãos lippel & Cia. Ltda., limita-se ao acima exposto
e, com a reparação ou substituição do produto defeituoso. Irmãos Lippel & Cia.
Ltda. satisfaz a garantia integral, não cabendo ao comprador direito a pleitear
quaisquer outros tipos de indenização ou coberturas, exemplificativamente,
porém não limitativos, lucros cessantes, prejuízos originários de paralisação do
equipamento, danos causados, inclusive a pessoas, por acidentes decorrentes do
uso do equipamento.
10.10. Obrigações do comprador quanto à garantia
Informar imediatamente a Irmãos Lippel & Cia. Ltda., de eventual
irregularidade com o funcionamento normal do equipamento, identificar, tanto
quando seja possível sua origem;
Providenciar para que o pessoal de Irmãos Lippel & Cia. Ltda., tenha livre
acesso ao equipamento, a fim de que os trabalhos de assistência sejam iniciados
34
logo após sua chegada ao estabelecimento do comprador, e que sejam
executados sem obstáculos;
Manter o local, onde o serviço deverá ser executado, suficientemente iluminado
e em condições de segurança favoráveis para execução dos trabalhos;
Colocar, quando necessário, sem ônus, à disposição do pessoal da Irmãos Lippel
& Cia. Ltda., recursos auxiliares, tais como: máquinas, guinchos, empilhadeira,
lubrificantes, detergentes, ferramentas, solda e máquinas operatrizes;
Ceder, quando necessário, local adequado a guarda e segurança do material
levado pelo pessoal de Irmãos Lippel & Cia. Ltda., tais como: ferramentas de
trabalho e peças, etc.;
Vistoriar, ao final de cada visita, o Relatório de Assistência Técnica, conferindo
os serviços executados, horas trabalhadas, peças substituídas, registrando sua
apreciação;
A recusa do comprador em assinar o Relatório de Assistência Técnica, sem justa
causa, não poderá constituir alegação do não cumprimento de assistência
técnica.