Livro Das Sombras (Mestre das sombras)
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Índice
Capítulos
I- O Livro das Sombras
II- Batalha das Sombras
III- Segredo das Sombras
IV- Árvore da Vida
V- Deusa Mãe
VI- Noite Negra
VII- Mensageiro
VIII- Caduceu de Hermes
IX- Bastão de Asclépius
X- Eremita
XI- Esfinge
XII- Teurgia
XIII- Aliados
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Prefácio
É muito estranho que um índio velho como eu esteja escrevendo
um livro para crianças brancas, mas quando vocês souberem o meu nome vão
entender que este é o meu destino, sim alguns índios acreditam em destino,
principalmente os pajés que tem uma visão especial para as coisas do espírito.
Durante muito tempo me chamou a atenção o fato das mães
brancas assustarem, de várias maneiras as crianças muito arteiras e ativas, para
terem o devido respeito e o controle em casa, porém o medo, a desolação e a
escuridão, imprimem na mente juvenil, um procedimento negativo, dando origem
às formas de pensamento escuras e sombrias.
Em um conceito científico, sombra é uma região escura formada
pela ausência parcial da luz, proporcionada pela existência de um obstáculo.
Uma sombra ocupa todo o espaço que está atrás de um objeto com uma fonte
de luz em sua frente. A imagem projetada pela sombra é uma silhueta
bidimensional e uma projeção invertida do objeto que bloqueia a luz.
Neste momento uma sombra está a ditar o que aqui escrevo, me
limito a escrever apenas, e peço desculpas por erros de concordância de
português, jamais fui à escola e não entendo nada sobre este tipo de lógica
psicológica de gente branca, pessoalmente eu não sei quem foi Peter Pan, e
qual o problema que ele teve com a sua sombra, e quais as implicações
psicológicas e simbólicas das sombras na mente humana.
As sombras dizem que as crianças do futuro são muito
inteligentes, este pequeno livro é para elas, pois as crianças do passado já
sabem a verdade: “Todos somos sombras errantes permeadas de luz refletida
pelo céu”.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Introdução
O pensamento pode percorrer o espaço, irradia-se de nós e pode ser
transmitido, o pensamento se manifesta como um fluxo de energia que parte da
mente do ser humano, os pensamentos geram energia mental e podem ser
positivos ou negativos. Somos o resultado dos nossos pensamentos.
Os pensamentos negativos afetam a aura humana, alterando a sua cor
e a sua densidade, podemos sentir os pensamentos negativos da mente de uma
outra pessoa, ao penetrarmos no campo de sua aura, conforme se pode ver os
pensamentos negativos: com um aspecto inicial de bolhas oleosas, que se
manifestam da mente de uma pessoa não se expandem para além de sua aura,
permanecendo gravitando na periferia do seu corpo astral. “Somos as pessoas
mais próximas dos nossos próprios pensamentos negativos”.
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Existem muitos tipos de pensamentos, mas o pensamento místico é o
mais ativo de todos e pode influenciar um circulo vasto e produzir um maior
efeito e isso ocorre inteiramente fora da consciência. São poucas as crianças
que aproveitam de forma inteligente o poder dos pensamentos.
A imaginação é uma força espiritual com poder criativo, a força do
pensamento combinada com a fé pode fazer qualquer coisa. Lamentavelmente
aquelas crianças que foram assustadas ou traumatizadas na infância, jamais
terão controle total do poder bem dirigido do pensamento positivo.
Se escondendo atrás de uma possível falta de fé em si mesmos, e sem
controle dos seus próprios pensamentos negativos, sucumbem em direção a
terra com os joelhos vergados pelo peso das incontáveis formas de
pensamento-negativo que abrigam e alimentam como parasitas de sua força
vital, desta forma estes pensamentos negativos se alimentam e se reproduzem,
influenciando e envolvendo o ser humano até formar uma concha
hermeticamente fechada, neste caso é difícil o tratamento e a cura, os índios da
minha tribo simplesmente dizem que seu espírito foi embora.
Segundo o livro dos mortos egípcio (2000 a.C.) o indivíduo era constituído
de várias partes: físicas, mentais e espirituais. E durante os rituais de
embalsamar os mortos, oferendas de manjares e bebidas eram destinadas ao
Ka do morto. Este Ka deve ser traduzido como duplo (corpo de desejos ou Peri
espírito). Era uma personalidade abstrata, desfrutava de todos os atributos
humanos e movia-se a vontade, se bem que o seu lugar lógico era a tumba, ao
lado do cadáver. O jaibit ou sombra nutria-se também com os alimentos do Ka e
como ele, sua existência era independente do corpo e movimentava-se a
vontade.
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Sombra, em psicologia analítica, refere-se ao arquétipo que é o nosso ego
mais sombrio. É a parte mais primitiva da personalidade humana. Para Jung,
esse arquétipo foi herdado das formas inferiores de vida através da longa
evolução que levou ao ser humano.
A sombra contém todas aquelas atividades e desejos que podem ser
considerados imorais e violentos, aqueles que a sociedade, e até nós mesmos,
não podemos aceitar.
Ela nos leva a nos comportarmos de uma forma que normalmente não nos
permitiríamos. E, quando isso ocorre, geralmente insistimos em afirmar que
fomos acometidos por algo que estava além do nosso controle. Esse "algo" é a
sombra, a parte primitiva da natureza do homem. Mas a sombra exerce também
um outro papel, possui um aspecto positivo, uma vez que é responsável pela
espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda,
características necessárias ao pleno desenvolvimento humano.
A sombra é freqüentemente projetada em outra pessoa, que aparece ao
indivíduo como negativa. Devemos tornar a nossa sombra mais clara possível.
Procurando um trabalho partindo do interior para o exterior, este é o objetivo
deste pequeno livro, aliando ciência, psicologia, misticismo, xamanismo e
teosofia nós pretendemos estabelecer um método seguro de clareamento das
sombras, mas deixo claro a princípio que esta idéia partiu das próprias sombras.
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Inferno é a eterna repetição (Stephen King)
A repetição (ad infinitum) de um pensamento negativo é extremamente
mais fácil, pois este vibra a taxas que facilitam o hábito e influenciam todo o
corpo mental, é um tipo de reprodução alimentada pelo medo que se origina
inicialmente pela imposição materna e posteriormente alimentado pelo lixo
cultural ocidental (músicas, filmes, livros...) que provocam emoções fortes.
Certos tipos de pensamento provocam a emoção e deste modo o
pensamento constrói qualidades no ego (influi) de modo permanente sobre o
corpo e a aura e em volta (envolve) do próprio homem que originou o
pensamento.
Todo pensamento negativo dá origem a uma ondulação que se irradia,
podendo ser simples ou complexa, segundo a natureza de pensamento de onde
partirem as vibrações podem sob certas condições repercutirem nos mundos
que ficam acima e abaixo, se o pensamento for de natureza espiritual e estiver
impregnado de desejos pessoais, suas oscilações imediatamente tenderão a
descer e ao aumentar a densidade iniciando um processo de materialização.
Todo pensamento negativo produz uma forma, um objeto definido, distinto,
que é dotado de energia e vitalidade de determinada espécie, e que em muitos
casos mais ou menos se movimenta como uma criatura viva (Sombra). A
maioria dos pensamentos negativos gravita em torno do ser humano, somos as
pessoas mais próximas dos nossos próprios pensamentos.
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O chamado pensamento mau ou impuro (ódio ou inveja) com relação a
outro ser humano irradia uma onda de pensamento tendente a provocar paixões
similares nos demais e assim sucessivamente influenciando outros de forma
aleatória e sem direção.
A forma flutuante aguarda a oportunidade para a entrada no receptor e
ficará pairando sobre ele e logo principiará a repetir-se a fim de nele (receptor)
reproduzir o pensamento negativo.
Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa,
viaja em direção a essa. Se é um pensamento pessoal, permanece na
vizinhança do pensador. Se não pertence nem a uma, nem a outra categoria,
anda errante por um certo tempo e pouco a pouco se descarrega, desfazendo -
se no éter. Cada um de nós deixa atrás de si por toda parte onde caminha, uma
série de formas-pensamentos. Nas ruas flutuam quantidades inúmeráveis.
Caminhamos no meio deles.
Quando o homem momentâneamente fica com a mente vazia, os
pensamentos que lhe não pertencem o assaltam; em geral, porém, o
impressionam fracamente. Algumas vezes, todavia, um pensamento surge e
atrai a sua atenção de um modo particular. O homem comum apodera-se dele e
o considera como coisa própria, fortifica-o pela ação de sua própria força, e, por
fim, o expele em estado de ir afetar outra pessoa. O homem não é responsável
pelo pensamento que lhe atravessa a mente, porquanto pode não lhe pertencer.
Porém, torna-se responsável quando se apodera de um pensamento e o fixa em
si e depois o reenvia fortalecido.
A paisagem que pode ser vista por quem tem a capacidade de perceber é
tenebrosa, vou descrever pra vocês: muitos homens estão rodeados por uma
concha dessas formas pensamento negativas e com freqüência sentem a sua
pressão que aparentemente representa uma constante sugestão externa, mas
os pensamentos ruins são todos de sua própria criação.
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Quando o pensamento é mau, a própria pessoa que o gerou pode
considera-lo como obra de um demônio tentador, quando, de fato, essa pessoa
é o seu próprio tentador. Em geral pode-se dizer que cada pensamento produz
uma nova forma-pensamento. Porém, sob o império de certas circunstâncias e a
repetição constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova
forma, funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica.
De sorte que o assunto, através de continuada meditação gera, muitas
vezes, uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se
tornar mais maléfico e durar muitos anos. Formas-pensamento deste tipo
possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva. Podem ser
facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma forma e
um movimento que lembra um ser vivo.
Muitas religiões primitivas (xamanistas, umbandistas, espiritistas) falam a
respeito de tentações malignas ou maus espíritos ou ainda confundem com a
ação de espíritos desencarnados, muitas destas alegorias fazem parte da fé das
pessoas humildes, como sou um índio, vivo também limitado dentro do meu
mundo mágico, a sombra diz que o pensamento do homem é tão forte que o que
ele passar a acreditar assim será.
Caminhamos pelas ruas e vamos atravessando um oceano de
pensamentos negativos largados ao acaso por outras pessoas e os atraímos e
damos vitalidade e animação como se fossem parasitas, atraídos por nossas
vibrações mais baixas, pode-se ver melhor ao entardecer estes densos
aglomerados negativos seguindo para as cidades, a procura de energia vital.
O quadro mais tenebroso a meu ver são as crianças brancas tão novas e
já abrigam estes parasitas em suas auras. Inicialmente a partir de algo criado
pela mãe, controle através de sustos sucessivos dos mais variados tipos: “o
bicho - papão do escuro vem para pegar as crianças rebeldes”.
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Estes sustos aparentemente sem importância aliados aos filmes de terror
mais os problemas familiares comuns são os responsáveis pelo medo que se
fixa na mente humana, assim derivam os adultos neuróticos doentes e
depressivos.
As bolhas oleosas iniciais se juntam formando uma sombra de proporções
maiores e residente no corpo astral da pessoa, muitas crianças carregam a sua
sombra em seu corpo astral, ela sempre acompanha se movimentando um
pouco mais devagar que a criança, porém em certas ocasiões podem se
movimentar mais rapidamente ou imitar uma entidade furtiva se escondendo em
lugares escuros.
Quando a criança esta dormindo, algumas pessoas podem ver a sombra,
pairando, próximo a sua cabeceira como se estivesse velando seu hospedeiro
precioso, algumas crianças ao acordar de súbito podem vislumbrar a sombra
que se esconde rapidamente no escuro.
Algumas pessoas podem ver estas sombras em determinados momentos
e as confundem com espíritos desencarnados ou entidades mágicas,
frequentemente as batizam como: “monge” (por estar de hábito).
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Adolescentes drogaditos frequentemente em viagens induzidas pelo uso
das drogas descrevem terem visto ou conversado com suas sombras que se
escondem nos lugares mais escuros. A forma de pensamento negativa
(entidade) inicia a sua reprodução formando uma tríade por sobre a cabeça do
corpo astral do hospedeiro certas religiões dizem que a pessoa está com um
dragão ou serpente com três cabeças sobre a cabeça.
Apartir da tríade pode ocorrer duas situações: se forma um casúlo
hermético que prende a pessoa lá dentro, dificultando a comunicação e sem que
esta possa perceber estímulos vindos de fora, se reduz muito as capacidades
cognitivas da pessoa, deste ponto em diante a situação pode ficar bem difícil
com depressões constantes que levam ao suicídio. A própria pessoa tem que ter
força de vontade e reagir lá do interior.
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A sombra passa a ter um poder maior sobre a pessoa quando ela tem
filhos, pois o fio do espírito passa para o filho no momento do nascimento e a
pessoa fica vazia na altura do abdomen ficando um vazio mais escuro no corpo
astral, quando o buraco fica do lado esquerdo do estômago a criança é do
mesmo sexo se for do lado direito é de sexo diferente.
Se tiver dois filhos de sexos diferentes forma esta barra que separa o
corpo astral em duas partes ficando bem menos luminoso e mais sujeito a
influência da sombra. Existem vários meios da pessoa adquirir o fio do espírito
de volta ou remendar o buraco na luminosidade e voltar a ser uma pessoa astral
completa.
Diferente situação são aqueles que se adaptam e procuram benefícios
desta forma adquirido o carma negativo (Abrigando) dando guarida a estas
formas de pensamento, quando por vontade abrigamos e mantemos estas
formas para benefício próprio estamos iniciando o processo para a magia do
mal.
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Através de continuada repetição gera, muitas vezes, uma forma-
pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se tornar mais
maléfica e durar muitos anos.
Formas-pensamento deste tipo possuem a aparência e os poderes de uma
entidade realmente viva." Podem ser facilmente confundidas com outras
entidades astrais, pois possuem uma forma e um movimento que lembra uma
entidade viva.
Por parecer se tratar de uma mágica poderosa aos olhos de uma criança
pequena muitas pessoas inteligentes se tornam escravos das sombras por
vontade própria assim surgem os magos negros, que dizem ter feito um pacto
com as sombras, sim existe um exército das sombras se movimentando na
escuridão e dia após dia ele aumenta; o fim do universo é a morte térmica, é o
fim de toda a luz desta dimensão só restando a matéria escura. A luz é um
milagre único e momentâneo na imensidão cósmica.
A sombra pode ser controlada ou coagida a ajudar seu hospedeiro,
aprendendo alguns truques mágicos que parecem extremamente poderosos
para as crianças, mas, lhes asseguro que trata-se de uma ilusão momentânea,
pois o custo benefício desta situação não é calculado para o hospedeiro, toda
sua energia vital é perdida ou dissipada e a sombra assume uma forma mais
funcional. Apartir deste ponto não existe mais retorno e a simbiose não pode
mais ser desvinculada, para sempre a sombra seguirá atrelada ao seu mentor.
Um manto de escuridão e maldições paira sobre aquele que mecher com
as sombras. Pois desde a noite dos tempos o homem tem mergulhado na
sombra e intuído a luz para encontrar a verdade, e a verdade é que a vida é uma
sombra errante. As sombras se espreitam e reluzem no escuro por entre a fluída
noite, prontas para pegar mais um e transformar também em sombra. A
realidade é também uma sombra que com uma pequena porção de imaginação,
se vai para sempre nas asas da sombra da morte...
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Ainda existe tempo, quando estamos nas fases iniciais deste
sistema, os pensamentos negativos ainda podem ser transmutados ou
sofrer um processo de clareamento sempre em direção a luz. É um
processo parecido com a fotólise (influência da luz) a luz dissipa ou
quebra as sombras e transforma a obscuridade em luminosidade. A luz
violeta é a que mais se presta a este tipo de transformação.
As crianças que podem ver mais facilmente ao amanhecer a
forma pensamento positiva (em trasmutação) pairando próximo a cama
chamam de “ velho cinza”. Todos os tipos de sombras são formadas por
um pouco de luz difusa refletida pelo céu.
Após a fotólise com a chama violeta a sombra ainda pode sofrer
mais transformações sucessivas aumentando os índices de
luminosidade sempre em uma escala crescente.
A imaginação constitui o elemento de base da visualização,
faculdade impar que quando é utilizada para uma finalidade precisa e
com método, permite materializar a maior parte dos nossos desejos na
criação consciente de formas pensamento positivas.
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O primeiro passo é eliminar de nossos corpos e cérebros, toda
vibração desarmoniosa, precisamos afastá-las uma a uma, à medida
que ás descobrirmos. Todo ato, pensamento, emoção e medo
desnecessários precisam ser eliminados.
O caminho está dentro de nós, ninguém pode fazer-nos mal e
nem mesmo promover nosso progresso senão nós mesmos,
precisamos nos dar ao trabalho de prestar atenção aos mínimos
pensamentos, pois a forma – pensamento não só reage sobre o
pensador, mas tambem influência todos ao seu redor é preciso ter o
máximo cuidado com os pensamentos que nós nos permitimos
interiormente.
Incluindo as emoções, temos que nós esforçarmos muito para
dominar uma emoção, quando a sente surgir em si, a criança se deixa
subjugar por ela considerando - a coisa natural, é de seu interesse e
seu dever opor-se à sua invasão e antes de entregar-se a tal
sentimento, examinar se ele é ou não prejudicial a sua evolução e á do
próximo.
Em vez de deixar os seus pensamentos crescerem livremente,
como hervas daninhas deveria te-los sob domínio absoluto, exercite o
controle do seu pensamento, a mente não é o homem mas um
instrumento que o homem deve aprender a usar.
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Uma estratégia que sempre da certo é procurar jamais deixar a
mente vazia, não formar vácuo na mente, deste modo ocupar a mente
com vários projetos organizados em diferentes etapas de construção
testando diferentes hipóteses e chegando ao objetivo a longo prazo,
objetivos estes que visem o benefício de todos.
Existem, pensamentos elaborados intencionalmente com o fim de
auxiliar os outros. São peculiares aos benfeitores da humanidade.
Pensamentos vigorosos, dirigidos inteligentemente, podem constituir um
grande socorro para quem os recebe. São verdadeiros anjos da guarda;
protegem contra a impureza, a doença, a irritabilidade e o medo.
A sombra do início já não existe mais, se transformou em um
guardião de luz, saúde, vitalidade, vida e amor. Existe poder infinito
nestas palavras...
Índio sombra que surge
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Sombra
Na verdade, embora eu caminhe através do vale da Sombra…
Vós que me ledes por certo estais ainda entre os vivos; mas eu que
escrevo terei partido há muito para a região das sombras. Por que de
fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas,
e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas
humanas. E, ao serem lidas, alguém haverá que nelas não acredite,
alguém que delas duvide e, contudo, uns poucos encontrarão muitos
motivos de reflexão nos caracteres aqui gravados com estiletes de
ferro.
E mergulhando fundamente a vista nas profundezas do espelho
de ébano cantava em voz alta e sonorosa as canções do filho de Teios.
Mas, Pouco a pouco, minhas canções cessaram e seus ecos,
ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento,
tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se.
E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o
rumor das canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma
sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e se assemelha ao vulto
dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus,
nem a de qualquer outro ente conhecido.
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E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento,
mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta de ébano.
Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era sombra nem de
homem, nem de deus, de deus da Grécia, de deus da Caldéia, de deus
egípcio. E a sombra permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da
cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra alguma, mas ali
ficava parada e imutável.
Os pés do jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me
lembro, na porta sobre a qual a sombra repousava. Nós, porém, os sete
ali reunidos, tendo avistado a sombra no momento em que se
destacava dentre os reposteiros, não ousávamos olhá-la fixamente,
mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as profundezas do
espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas palavras
em voz baixa, indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento.
E a sombra respondeu: “Eu sou a SOMBRA e minha morada está
perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies
infernais que orlam o sujo canal de Caronte”. E então, todos sete,
erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos,
enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de
um só ser, mas de uma multidão de seres e, variando suas inflexões, de
sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se
fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos
milhares de amigos que a morte ceifara.
(The Raven -1845) Edgar Allan Poe
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Eu sou... Não há outro. Para que se saiba desde o nascente do
sol, e desde o poente, não há outro. Eu formo a luz, e crio as sombras;
eu faço a paz, e crio o mal. Eu sou o Senhor, que faço todas estas
coisas (Isaías 45:7).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE II
“ABATALHA DAS SOMBRAS”
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O mundo mudou, todas as coisas mudam, mas o mundo do
homem branco muda muito rápido, o homem branco esquece rápido
demais, esquecer é como uma forma de proteção, a realidade pode ser
bem intolerante, mas com um pouco de coragem pode-se lembrar outra
vez; Neste momento eu (índio “sombra que surge”) estou sentado em
um penhasco, ao entardecer, com uma pequena fogueira crepitando,
aos poucos as sombras vão chegando ao meu lado, quando estamos
todos reunidos, lembramos em conjunto, lembrar é como sonhar, e
quando se sonha em conjunto , o sonho se reveste de realidade.
Neste momento eu visto a minha sombra, preciso me proteger,
para entrar no mundo da escuridão e ser aceito pelas sombras que
dominam esta região do escuro, o que pode ser mais uma iniciação
para um índio velho, apenas saltar do penhasco, despencando por
entre as rochas, percebo que meu corpo ainda esta sentado ao lado da
fogueira e é a minha sombra que carrega a minha conciência através do
sonho, para um outro tipo de realidade, além desta, iniciando uma
viagem mental rumo a registros esquecidos da “Batalha das sombras”.
Ao chegar ao fundo do penhasco encontrei um rio infinito, o
barqueiro já me esperava, as margens, Caronte é o barqueiro cego que
ruma para o inferno, ele ri , e diz: “-Jamais tinha visto alguem vestido
com a sua própria sombra. - Você deve ter muito medo, da escuridão. -
Deve estar sabendo sobre a “batalha das sombras” para vir camuflado
ao inferno...”
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Só quem morre uma segunda vez em vida, adquire a propriedade
de manipular sua sombra, e entrar em contato com as outras, deixar de
ser, é bem difícil para quem é ... muito apegado ao seu corpo material,
o guardião do portal do inferno Cérbero, não deve permitir a minha
entrada, mesmo vestido de sombra, pobre índio ignorante e burro, sem
pintura no rosto, quantas vezes foi lhe explicado que as palavras tem
poder, mesmo manejando bem as palavras, quando fala com uma
pessoa, você leva a luz ou trás a sombra, (sua voz tão calma e fria,
penetrou tão lentamente, congelou o meu orgulho, embaçou a , minha
mente).
No tribunal de justiça quando o sua cosciência for pesada e
medida, o que você pode dizer da sua alma? Tem certeza que quer
morrer índio velho? O que você fez da sua existência? Trouxe a luz ou
trouxe a sombra? Aos outros que estão ao seu lado, neste momento a
dúvida e o medo, assolam a existência, e uma retrospectiva completa e
assustadora da relidade tem início, eu sempre manejei bem as palavras
mas agora não sei o que dizer...
De repente acordo do lado da fogueira já apagada, as sombras já
se foram, apenas a minha permanece ela diz : “-Tem muitas coisas
ainda para eu te dizer, mas tu não pode suportar.” Por eu ter medo de
ouvir o que as sombras tem a dizer, sempre mudo a cada contato, elas
me causam aflição e medo, mas também trazem uma idéia de outras
realidades, sempre dizem que as sombras são sorrateiras e peritas na
arte de falsear e manipular o fracasso e o sucesso, seu poder aumenta
muito quando ocorre o entardecer, e elas se juntam formando uma
“Egrégora de sombras”.
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Mas é infinita a luz quando nasce o sol, carregamos a luz do sol
no brilho dos olhos, esta luz jamais se apaga, enquanto existir vida e
esperança na alquimia da transmutação, a noite mais escura (noite
negra) da existência pode ser transformada... Portanto sempre vai
existir esperança para a tua reintegração.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A eternidade do peregrino é como o piscar do olho da auto-
existência, as coisas do caminho são somente para quem caminha,
quando se esta despertando de seu sono, a luz encomoda, mas com o
tempo os olhos e o coração começam a se acostumar com a luz.; Como
escolher o caminho certo? -Se o caminho tiver um coração, é este o
caminho certo...
Os pensamentos são coisas e coisas muito poderosas é o que há
de mais poderoso na face da terra, todo o pensamento criado pela
mente humana é um poder mais ou menos considerável, conforme a
intensidade da força emitida, essas vibrações exercem a sua influência
sobre cada pessoa com quem nos relacionamos, ou que de nós se
aproxima. Por outro lado, os pensamentos de outras pessoas exercem
em nós, influência muito maior do que supomos.
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Quando alguem projeta intensamente um pensamento na direção
de um certo objeto, é sobretudo nesse ponto que a influência dessa
força mental se fará sentir. Todos os tipos de pensamentos emitidos, e
as suas consequentes vibrações, influênciam os outros com maior ou
menor intensidade, e de acordo com o esforço propulsivo que os move.
Assim podemos imaginar a intensidade de uma força gerada por um
grupo de pessoas, emitindo um mesmo pensamento com um
determinado propósito.
Quando um grupo se reúne com um propósito comum,
desenvolve o que comumente denominamos de consciência grupal,
todos os pensamentos individuais se reúnem ao pensamento coletivo
do grupo, formando uma cadeia ou corrente, que, misticamente é
considerada como algo maior do que os pensamentos individuais dos
seus integrantes, de um certo modo, podemos comparar isso com a
idéia de que o todo é maior que as partes que o compõem .
Na esfera do pensamento os opostos se repelem e os
semelhantes se atraem. Bons pensamentos atraem bons pensamentos,
enquanto maus pensamentos atrairão seus iguais. Por isso somos
orientados para mantermos sempre em mente pensamentos positivos
de paz, amor, harmonia e saúde. Assim fazendo, atrairemos
pensamentos similares, bem como, pessoas que vibram nessa faixa
superior.
O pensamento é como energia eletromagnética ele se acumula,
se organiza e se condensa podendo converter-se em algo que parece
ter vitalidade e existência própria , pode ser considerado um campo
energético vivo formado pela idéia que condensa a força do
pensamento daqueles que a emitiram, esta energia mental viva,
pulsante, vibrante, com existência própria, é o que chamamos de
egrégora.
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Egrégora é uma assembléia de personalidades terrestres e
supraterresres que constituem uma unidade hierarquizada e ativada
pela energia do pensamento, cristalização ou condensação particular da
divina essência, para uma finalidade definida, qual seja, a evolução e a
proteção individual e coletiva do ser humano.
A egrégora se realimenta das mesmas emoções que a criaram,
como energia pulsante, viva não quer morrer e cobra alimento dos seus
integrantes, induzindo-os a produzir repetidamente, as mesmas
emoções assim, a egrégora gerada por sentimentos de revolta e ódio,
exigirá de seus integrantes mais revolta e ódio. Quando os
pensamentos são vulgares egoistas, desarmônicos, vão nutrir correntes
mentais semelhantes, prejudicando outros seres. Como no estágio
evolutivo atual da humanidade predominam mais sentimentos e idéias
más do que boas, entende-se o porquê de determinadas pessoas mais
sensíveis, não se sentirem bem em aglomerações, onde a tônica é
constituída de sensações fúteis, mesquinhas, maledicentes,
intolerantes, de recentimentos e exclusivistas.
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Em contrapartida, a egrégora criada com intensões nobres, tende
a induzir seus membros a continuarem agindo com nobreza e dignidade
em todas as suas atitudes, o sentimento de bem estar, leveza, calma e
paz interior, é o que predomina neste tipo superior de coletividade. Os
bons pensamentos dão origem a bons atos. Estes vão se tornando em
hábitos, fortalecendo o caráter e refinando os sentimentos de todos os
seus integrantes, a mente possui força criadora que deve ser educada e
dirigida, como instrumento útil sob o comando do eu superior.
O pensamento é uma espécie de vibração e, a vibração é energia,
e a energia, matéria. Por isso, é cientificamente correto afirmar que os
pensamentos são “coisas”, pois a vibração de pensamento é energia e
a energia realidade.
A ciência proporcionou comprovação sobre os ensinamentos dos
antigos místicos de que tudo, no Universo, encontra-se em constante
movimento e se manifesta por meio de graus variados e constantes e,
de freqüências vibratórias. Conseqüentemente, a vibração cósmica,
também, ela está sujeita a alterações nos índices de vibração, por força
dos pensamentos de muitos.
Precisamos que todos vibrem na mesma escala. As vibrações se
transformam em impulsos significativos, capazes de produzir imagens
mentais de fatos e o que desejamos vai nos proporcionar mais meios de
ajudarmos aos outros. Existem pensamentos elaborados
intensionalmente por egrégoras poderosas com a finalidade de auxiliar
os outros, são pensamentos vigorosos, dirigidos de forma inteligente,
são condensados na forma de guardiões, com o objetivo de proteger e
curar os peregrinos no caminho da luz maior...
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Livro das Sombras – Todo estudante sincero deverá ter, uma espécie
de “diário mágico” onde registrará todos os seus conhecimentos,
lembranças e descobertas no ramo do misticismo mágico. Quando o
estudante sofre a transição, seu livro ou é entregue aos familiares ou é
escondido ou queimado, para resguardar os segredos da arte mágica.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE III
“SEGREDO DAS SOMBRAS”
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A sombra me fala que o rei dos pássaros viria ter comigo, e que o
grande espírito me acompanharia através da grande batalha, e diz que
no mundo racional temos que raciocinar, e no mundo irraciocinal temos
que agir irracionalmente, a pena da águia já está no meu braço, agora
só falta coragem para pular no abismo, nos braços do grande espírito....
O homem branco encara seu mundo como um quebra – cabeças
totalmente fragmentado de sentido, estudando minuciosamente suas
diferentes partes separadas em diferentes unidades com suas
respectivas funções lógicas, perde a visão do todo e o drama da
iluminação, a beleza verdadeira está na soma de todas as partes e de
como elas se relacionam harmonicamente entre si, percebemos então,
que perceber (sentir) é o único objetivo para a existência do homem, o
homem é o coração desta dimensão, neste sentido os índios levam
vantagem...
Existem váriadas formas de um índio velho voltar a lembrar do
passado, pode-se sonhar alto e forte acometido de febres da floresta,
podemos encontrar alguns aliados para nos ajudar a sonhar, mas na
arte de lembrar através de sonhos nada melhor que conversar com a a
sua própria sombra em um entardecer onde somos levados até o portal
dos sonhos, descendo pouco a pouco a escadaria, degrau por degrau
da escala da consciencia e entrando em contato com um universo
interior infinito, a máquina do tempo da alma “os registros Akáshicos”.
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O caminho para chegar até o portal dos sonhos é guardado por
um exército de sombras eternas e perfiladas, é intransponível a
passagem, a única forma que encontrei foi me fazendo passar tambem
por sombra, este processo de ilusão, causou – me alterações de
percepção tão grandes, que, não sei mais se ainda sou um ser vivente
ou uma sombra errante, a ilusão foi por assim dizer perfeita e atingiu o
seu objetivo imediato, que era atravessar o portal dos sonhos e chegar
nos registros esquecidos.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A tempos, nas terras altas, a neblina densa assistia uma batalha
sombria, dois clâs lutavam pelo controle das terras, ao norte do
território, as espadas resplandeciam como relâmpagos em meio a
tempestade e o samgue encharcou a floresta de pinheiros.
Os homens do clâ Baddock, destruiram o clâ McMorn, porém um
grupo ainda resistia, seu lider, levou os sobreviventes que restaram
para as ruínas do velho castelo no alto da colina, cercado pelo lago
negro, onde encontrariam um breve refúgio, devido a certas lendas
antigas, contavam que o lugar era lar de um monstro enorme.
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Os homens do clâ Baddock eram supersticiosos e não seguiriam
no ataque ao castelo, Baddock pediu ajuda a um antigo druída, que
ensinou uma magia para despertar o monstro do lago, em troca de ouro
puro, a magia consistia em tocar um certo acorde de gaita-de-foles a
meia noite, na margem do lago, Baddock assim procedeu.
O monstro acordou e destruiu a muralha externa do castelo dos
McMorn, estes em sua defesa usaram catapultas, flechas e óleo
fervente, praticamente nada adiantou, quando não existia mais
esperança, o ancião do clâ McMorn falou: - O unico jeito de deter o
monstro é “cortando sua cabeça, com uma espada embebida em úrzes
silvestres”.
Então, um guerreiro do clâ McMorn, afiou sua espada nas pedras
passou sobre as úrzes e foi lutar, contra o dragão monstruoso, subindo
na torre mais alta do castelo, desferiu um golpe, que cortou a coluna
vertebral do monstro, a chuva fina se misturava com o sangue verde da
criatura morta aos pés da muralha do castelo.
O jovem McMorn foi aclamado como herói e logo partiu atrás de
Baddock, trazendo sua cabeça em um estandarte, os sobreviventes se
unificaram, sob suas ordens e este fato marcou o controle das terras
altas do norte pelo clâ McMorn, ainda hoje o brasão da família McMorn,
é um dragão atravessado por uma espada, muitas lendas ainda são
contadas, mas, hoje em dia, não se toca gaita-de-foles a meia noite, as
margens de lagos nas terras altas.
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Em contrapartida, toda alegoria sempre encontra simbolismos
dentro da consciência de uma pessoa, em um universo onde
praticamente tudo está em mudança, porém, o conceito de Deus, para
o homem, é algo de muito arraigado e tradicional, tanto quanto as
organizações que intermediam a relação do homem com Deus, de
forma reducionista ou de forma generalista o ser humano não tem saída
ao tentar entender as emanações da sua própria divindade.
A busca do autoconhecimento é algo pessoal, particular e
intransferível, e ao mesmo tempo um objetivo de toda a matéria
cósmica do universo em todas as dimensões de existência, nas
palavras das próprias sombras: “Praticamente tudo neste mundo são
sombras, a luz é apenas uma sombra altamente clareada pela chama
da transmutação alquimica...
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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O Olho de Hórus era um amuleto muito usado, pois seu olhar era
considerado mágico, tendo o olho direito ou Olho de Rá (representa o
sol) o poder de curar, de neutralizar o mal, de ler os pensamentos, de
ver o futuro, de materializar os desejos; Pretendiam os que o usavam
que ele trouxesse as bênçãos: de força, vigor, proteção, segurança e
saúde. Essa convicção era tão forte que esse olho foi venerado e ainda
em nossos dias é conhecido como símbolo da onisciência (Livro Egípcio
dos Mortos - 2000 a.C.).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE IV
“A ÁRVORE DA VIDA”
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Um animal de poder é um importante aliado para a vitória em um
combate com as sombras, é o animal de poder que escolhe o xamã,
através de sonhos repetitivos e simbólicos, é um processo pessoal e
que leva tempo, o estudo e o conhecimento do animal de poder leva ao
controle de certos poderes únicos e pessoais que este tipo de relação
trás, tal como uma projeção de ilusões, só que com um impacto no
mundo real.
A projeção é a etapa final da transmutação, onde o metal vil é
transformado em ouro puro, ou em termos espirituais a alma se torna
una com o princípio divino e a essência imortal do homem volta para o
lugar de onde veio.
Todo índio velho sabe que no centro da floresta existe uma árvore
bem antiga, a árvore da vida, esta árvore é formada por dez emanações
a essência de todas é a mesma (ser supremo), mas cada uma possui
uma propriedade particular. A essência é universal, o que muda é a
emanação. Essas emanações se manifestam em quatro diferentes
planos interconectando em camadas cada vez mais densas,
expressando os degraus da escada das formas vivas.
O eterno círculo de transmutações geraria a natureza e o próprio
homem, que também seria constituído pela vida e pela luz
transformadas em alma e intelecto. “A mudança dos corpos em luz e da
luz em corpos, esta perfeitamente de acordo com as leis da natureza,
pois a natureza parece encantada com a transmutação”.
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A egrégora das sombras mostra a origem do conceito de
transmutação e a sua função básica na arquitetura do universo, sendo
apenas questão de conceitos que são sinônimos (transmutação,
mutação, evolução, reintegração).
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A origem da transmutação remonta o período pré-dinástico
egípcio (3.000 a.C.) marcado pela observação do mundo natural, do
crescimento de todas as coisas vivas, da maturação e decadências
graduais.
O fluxo constante de transformação e mudanças graduais é
relacionado com as enchentes periódicas do rio Nilo, que deixam as
margens do rio repleto de húmus negro, na língua egípcia “Khemi”
(negro), o que lembra o nigredo alquímico e o processo de renovação.
A base da alquimia egípcia era o culto aos deuses (Mítica -
Politeísta) e o culto aos mortos (Decomposição e Mumificação)
objetivando a imortalidade e a divinização dos mortos.
Na religião Atoniana, “culto ao deus Aton” (1348 a.C.) cuja
simbologia era o círculo do sol ou disco solar (1° hieróglifo) era regido
pela lei da serpente, a lei das metamorfoses incessantes.
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Na realidade Aton, não se exprime pelo disco solar, mas pelo
globo do olho do sol, é no olho sagrado que se encontra a medida de
todas as coisas e o segredo de todas as construções vivas, quando
Aton assume a forma do olho do sol, detém a chave da harmonia
universal, e o homem, para compreender a sua sabedoria, deve abrir
seu olho interior. Vários autores atribuem o “culto a Aton” como o início
do monoteísmo e do conceito de ser supremo e único.
Os egípcios acreditavam que o ouro era o sol trazido à terra e,
portanto sagrado, tendo nascido do deus sol (heliolatria – culto ao sol) e
o seu movimento gradual pelo céu e a relação dos outros astros com os
metais culminam na transmutação dos elementos alquímicos em um
momento astral favorável (Kairos), segredo revelado pela deusa Ísis
que obteve, de um anjo a técnica de transmutação dos metais.
Na mítica egípcia o amuleto do escaravelho era o símbolo do
deus Khepera (aquele que rola), o deus da ressurreição, o poder
invisível da criação, que impulsionava o sol através do céu. O fato de o
inseto voar durante a parte mais quente do dia fez com que este, fosse
identificado com o sol, o escaravelho era considerado o protetor do
coração das múmias e da força vital.
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O olho de Rá era o símbolo da casa da vida, onde se estudava
medicina, e o escaravelho era o símbolo da casa da morte, onde se
estudava a decomposição a taxidermia e a mumificação, ainda crianças
os neófitos eram escolhidos durante a iniciação, para ambas as casas,
através de aruspicia (leitura das vísceras de um animal de poder
sacrificado).
A casta dos sacerdotes egípcios, mais poderosa e privilegiada
eram os aruspíces, estes escolhiam os outros e eram escolhidos
somente por Rá, quando ainda bebês, tinham o olho esquerdo
totalmente cego, marcado, vazado e ferido ou horrivelmente deformado
pelos próprios pais, além de estimular a visão clara, a prática era um
ritual de proteção contra o poder maléfico do mau – olhado.
Os sacerdotes egípcios aruspíces, responsáveis pela ritualística
nos templos e pelas decisões mais importantes eram uma casta de
sacerdotes deficientes visuais, portadores de baixa visão ou visão
subnormal.
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Se o pensamento pode chegar até o céu, deixem-no lá morar,
pois se o pensamento receber medo, terror e poder de descer ao
inferno; a desolação e a escuridão de tua mente, desconcertam e
fustigam a moradia que tu deixaste para trás.
Observem a linguagem técnica: "Coloca o teu crisol sob a luz
polarizada, ó meu Filho! Lava as escórias com água tri destilada!"
(pensamento alquímico).
Algumas pessoas podem ver, o que já foi, outras o que é, e
algumas especiais podem ver o que será... E elas podem alterar o que
será? Com seus atos de bondade e piedade podem governar o destino
de muitos.
Quem tem o dom da profecia, sofre da síndrome de Cassandra, é
a maldição de não ser capaz de alterar suas predições negativas, não
sendo capaz de convencer as pessoas dos infortúnios prestes a
acontecer em suas vidas.
Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os
olhos a luz do corpo, se teu olhar é são, todo o teu corpo será
luminoso, se porém, os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo
será sombras, portanto, caso a luz que existe em ti sejam sombras,
como estas sombras podem ser profundas (Mt 6: 23).
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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A Bruxaria é uma religião de origem Xamânica e forte tradição
mágica, Xamanismo e Magia são técnicas espirituais antigas, obtidas a
partir de uma revelação cosmológica pessoal em linguagem simbólica,
se entendida, abriria as portas dos segredos da natureza e do universo.
Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos
povos primitivos, que observavam maravilhados uma mulher dando a
luz a uma criança, portanto todo o universo deveria ter sido criado por
uma grande mãe. Entre os egípcios, era chamada de Nuit, a noite
eterna. “Eu sou o que é, o que será e o que foi.” Entretanto ela não era
apenas fonte de vida, como também senhora da morte, a noite negra.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE V
“ADeusa Mãe”
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De tempos em tempos todos os xamãs das tribos se encontram
para um combate espiritual, onde os competidores devem trazer seus
aliados, suas plantas de poder e seus objetos mágicos para um
combate único, “brujos” e “brujas” se encontram para uma convenção
(coven).
Os chamados “diableros” levam vantagem por possuírem as
sombras como aliados, estas formam escudos impenetráveis, mas
como toda competição mágica tem seu princípio na destruição espiritual
de seu adversário, é muito difícil sair de um combate sem cicatrizes
profundas, os escudos de sombras são tão impenetráveis que impedem
até mesmo a própria evolução do “brujo”.
É muito importante ser um guerreiro completo para poder competir
sem medo da destruição, ser completo é ter uma aura de energia
formando um escudo que envolve completamente o corpo do guerreiro
a busca por ser completo depende unicamente de si mesmo, pois o
“brujo” nunca sabe se é realmente um ser completo.
A bruma da manhã se dissipa, no local escolhido vários
competidores “brujos” já com o corpo pintado aguardam, muitos
aprendizes assistem o embate espiritual, o fogo já está aceso, o
mediador da competição avisa que maldições mortais são de
responsabilidade única dos competidores.
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A competição inicia com a dança dos guerreiros no centro do local
escolhido, a dança tem objetivo de atrair para o local do embate o
(aliado) “o animal de poder” do “brujo”. Entre povos que dependem da
caça, o culto ao Deus dos animais é de grande importância para os
caçadores e suas famílias, ele promove a boa sorte nas caçadas e nas
guerras.
Quando chegou a hora do meu combate, algo estava errado pois,
não tive sucesso em minha dança de guerreiro, meu aliado não
apareceu para a batalha, fui ferido mortalmente em combate, meu
espírito me abandonou, meu corpo ficou em coma por meses seguidos,
concluí que eu não era um ser completo.
Os xamãs mais velhos cuidam do meu corpo inerte e empregam
uma cantoria ritual para meu espírito encontrá-lo novamente, existem
vários níveis de consciência, em estado de coma profundo a minha
consciência, ligada ao corpo por uma fita branca (corda) o acompanha
por um tempo, depois perde o interesse e é atraída pelas sombras.
Sempre tive dúvidas sobre de onde vêm as almas, chegou o
momento das sombras ensinarem a ver, percebi que as mulheres não
criam, mas procriam a vida, e o nascimento constitui na verdade de um
renascimento, pois corresponde a um retorno, de uma alma que já viveu
antes.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Nenhuma origem de vida espiritual sobrepuja a do homem, pois
não existe, nenhuma criatura mais antiga, na natureza, somos mais
antigos que as rochas e nossa vida corporal é, em muitos casos, uma
vida de privação e lutas.
A alma que habita o éter, depois de certo tempo, desce em
direção a uma região por ela escolhida, escolhendo a família, no final do
terceiro mês de gravidez, já acompanha a mãe, o nascimento é um
momento penoso para a alma, pois corresponde a uma forma de
aprisionamento, ela deixa seu estado espiritual para se introduzir num
corpo material que está sujeito às contingências terrestres.
A alma flutua ao redor da mãe, como uma luz difusa ou uma
forma enevoada praticamente invisível, na verdade é uma sombra em
transmutação na direção da luz maior, ela é guiada pelo modo como a
mãe havia se preparado para recebê-la (vibrações da mãe).
Os antigos mestres acreditavam que se a mãe tinha mantido
pensamentos puros, construtivos e positivos durante toda a preparação
do corpo que ia nascer atraía uma alma mais adequada, pura e
evoluída ao seu filho, assim a mãe participava da evolução.
Do contrário, pensamentos baixos principalmente medo,
asseguram um carma negativo e pesado chamado maldição do
nascimento esta é a origem do chamado maleficium, a maior parte das
pessoas atravessa a vida sem saber sobre sua origem ou sobre os
fatos a cerca de seu nascimento.
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Na verdade a alma tem grande curiosidade pela matéria e por
conhecimento, esta volta é na verdade mais uma chance para,
aperfeiçoar-se pela provação e purificar-se na dor, uma alma celestial
numa efígie terrena, uma imortalidade que vem se mortificar
No momento da primeira inalação ocorre o sopro da vida, a alma
perde a lembrança do que já vivenciou e esquece a trama de suas vidas
passadas. A visão das coisas se estreita consideravelmente, é com
tristeza que se volta para o corpo físico, pois no estado espiritual tem
um sentimento de paz e liberdade.
A mãe, portanto não é a única a sofrer, a alma quando penetra no
corpo por ela escolhido, sofre a primeira prova de sua vida terrena, é
um sentimento de defasagem entre o estado espiritual e a condição
limitada que vivencia ao penetrar no seu novo veículo material.
É difícil explicar este sentimento por meio de palavras, podemos
compará-lo à sensação que temos quando somos bruscamente
acordados no meio de um sonho, deixa uma sensação desagradável
durante alguns minutos, paralela a esta impressão, ocorre uma tristeza
por ter deixado o mundo espiritual.
Durante toda nossa existência terrena, essa tristeza permanece a
certo nível do nosso subconsciente e se transforma em uma saudade
que nos impele inconscientemente a buscar nossa identidade real ou,
quem sabe, a querer compreender de onde viemos e para onde iremos.
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Isso constitui o impulso básico das aspirações místicas que todo
indivíduo sente em determinado momento da sua evolução.
A maldição do nascimento, onde se está vinculado à mãe, na
altura do umbigo é a ligação é o ponto mais frágil da teia de energia que
envolve o corpo, é o buraco no escudo é a origem do maleficium, de
muitas formas de mal é onde devemos buscar a resposta para a
construção de um guerreiro completo.
As sombras dizem que já é hora de voltar, meu corpo me espera e
ele não vai esperar por mais tempo, a fita branca pode se partir, conclui
que todos somos guerreiros incompletos buscando a perfeição.
Não existe uma proteção perfeita, um escudo perpétuo, um casulo
hermético, estas coisas são alegorias em um mundo em perpétua
transmutação.
Portanto meu aliado obedeceu à dança do guerreiro e veio ter
comigo, meu aliado são as sombras, meu adversário na competição o
outro guerreio xamã, não fez nada, ficou perplexo olhando a minha
queda.
Cai nos braços de uma mulher, a mãe do mundo, a mãe das
sombras, a mãe das almas, de repente em um vislumbre entendi o
mecanismo do grande espírito: “Se o pensamento pode chegar ao
paraíso, deixem-no lá morar, se o pensamento receber medo, terror e
poder de descer ao inferno; a desolação e as sombras da tua mente
desconcertam e fustigam a moradia que tu deixaste para trás.”
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Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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A morte é feminina, mesmo tendo variadas formas sempre será a
senhora da morte, a noite negra, é uma fase na qual tudo entra em
desarmonia, parece que afundamos num abismo sem fim. Perdemos o
mais importante ou perdemos tudo ao mesmo tempo. É o momento em
que perdemos até a fé em tudo e em todos. Pois os caminhos parecem
fechar-se e nos sentimos acuados. Tomados por medos e terrores
imaginários ou reais.
É chamada de Noite por não se revelar completamente, por ser
um momento em que não conseguimos enxergar as coisas de forma
clara. Negra, pois adentramos nas trevas, as sombras não atingem
somente o ego, mas o mais profundo de nosso ser (a alma).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VI
“Noite Negra”
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Adentramos nas sombras e conhecemos as masmorras onde
permanecemos acorrentados por um tempo. Tempo suficiente para
acabar com nossas crenças e filosofias. Passamos a conhecer a parte
de nós que se escondia por traz de nossas faces generosas. Como se
deparássemos com nossos demônios internos em forma de grandes
dragões.
A Noite passa a ser iluminada pelo fogo de um inferno interior,
onde o mal ganha espaço na revolta que cresce dentro de nós.
Reagimos a tudo e a todos, passamos a não acreditar que um dia
voltaremos a ver o Sol.
O sol de nossas vidas, passando a habitar os reinos inferiores da
depressão, da falência, do desespero, da raiva passiva, que se instalam
como emoções sem nome. A Noite Negra é o mais duro teste de
nossas vidas, é o fogo lançado pelos dragões de nossa existência. É o
apego a matéria, o bloqueio da desintegração (transmutação).
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O xamã da tribo passa a ser considerado poderoso, quando
encontra seu verdadeiro nome índio, isso ocorre depois que ele morre
uma segunda vez, a segunda morte é algo terrível para um índio, pois
este fica preso ao seu corpo em decomposição e assiste sem nada
poder fazer os vermes corroerem seu corpo, inerte, até não restar mais
veículo algum.
O encontro de um índio com a noite negra é histórico e inédito
pois o beijo da morte é algo contado e recontado a muito tempo ao pé
das fogueiras: -“A sombra da morte sempre acompanha, vem se
aproximando pela esquerda e toca seu ombro, quando você se volta
ocorre o beijo gélido.”
Parece ser o fim, para um índio velho, mas na verdade é o início
de um pesadelo ainda pior, é uma aula completa de desintegração,
decomposição, tendo como experiência prática a observação em
primeiro plano da lenta destruição de seu próprio corpo.
O xamã, procedendo desta forma, pode ver, e saber quando a
morte se aproxima para o encontro final, portanto sabendo o momento
exato, não se preocupa com o medo, e usa a sombra da morte como
aliada, pois esta é sua única amiga nos momentos de solidão total, está
sombra nunca vai se afastar, seguindo sempre ao seu lado neste plano.
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A analogia é bem simples, estando uma vez em batalha, um
condutor avança em uma carroça atrelada ao seu melhor cavalo, o ser
inteiro se compõem do corpo físico, do envoltório plástico e da alma.
O condutor é a alma, a carroça é o corpo físico e o cavalo o
envoltório plástico. Se a carroça quebra, o condutor ainda pode montar
no cavalo e continuar sua jornada. É o que acontece na morte.
É óbvio que a carroça (corpo físico) tem sua função, mas trata-se
apenas de um veículo momentâneo para o condutor, é um erro quando
o cavaleiro pega o cavalo, que é colocado atrelado na carroça, e esta
dirige as ações do cavalo aí está uma concepção materialista, na
verdade é o condutor (alma) que deve conduzir e não a carroça.
Assim o cavaleiro cavalga até que seu cavalo fique velho e
fatigado. Depois disso o cavaleiro deve continuar a pé, com a sua
armadura e o escudo até encontrar sua espada e receber o velho
código de conduta:
- Um cavaleiro jura bravura.- Seu coração só tem virtudes.- Sua espada defende o oprimido.- Seu poder apóia os fracos.- Sua palavra só fala a verdade.- Sua fúria destrói a maldade.
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Durante o renascimento o criacionismo era a idéia predominante
para explicar a origem e a biodiversidade da vida, com a revolução
francesa reduz-se a autoridade do rei e da igreja, nos países europeus
o que possibilitou o ressurgimento e a divulgação de teorias
consideradas hereges.
Ao longo dos séculos, XVIII e XIX, outras interpretações
ganhavam adeptos, uma delas chamada de Vitalogia ou Vitalismo,
caracterizada por postular a existência de uma força ou impulso vital
sem a qual a vida não poderia ser explicada. Trata-se de uma força
específica, distinta da energia estudada pela Física e outras ciências
naturais, que atuando sobre a matéria organizada daria como resultado
a vida.
Esta postura opõe-se às explicações mecanicistas que
apresentam a vida como fruto da auto-organização dos sistemas
materiais que lhe servem de base. Para os mecanicistas seres vivos
eram sistemas mecânicos bastante complexos, mas que em essência
não se distinguiam dos demais sistemas do universo, e a chave do
desenrolar da vida estava no desvendamento de como funcionam estes
sistemas reduzindo-os a unidades básicas.
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Uma das características principais dos organismos vivos é que
são distintos das entidades inertes por possuírem um ciclo vital dividido
em 4 partes básicas (nascimento: crescimento: reprodução: morte).
Os vitalistas estabelecem uma fronteira clara entre o mundo vivo e
o inerte. A morte, diferente da interpretação dada pela ciência, não seria
efeito da deterioração da organização do sistema (perda do equilíbrio –
Entropia), mas o resultado da perda do impulso ou força vital ou da sua
separação do corpo material.
Assim a desintegração ou decomposição da matéria resulta do fim
das atividades das forças coesivas. As formas da matéria só estão
sujeitas a decomposição porque a força vital ao se retirar abandona a
matéria ás suas condições caóticas.
Imagine que prótons possuem cargas elétricas de sinais iguais e,
portanto, se repelem como essas partículas se mantêm estáveis no
núcleo de um átomo? As forças de coesão nuclear foram propostas
primeiramente com base em vários modelos integrantes da chamada
"cola nuclear".
Os modelos atômicos mais recentes explicam que a força forte
mediada por partículas chamadas glúons (glue=cola) atua ao nível
atômico mantendo o núcleo coeso, mantendo a união pois, a força forte
é mais forte que a força eletromagnética de repulsão. Equilibrando por
sua vez, toda a estrutura da matéria, sem essas condições tudo de
divide e se destrói sob nossos olhos.
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Essa união enfraquece se o átomo for muito grande ou muito
velho (meia-vida) tornando-se instável perdendo partes, processo
chamado de desintegração radioativa. A estabilidade da matéria é uma
ilusão em nosso universo, devido a entropia (3° lei da termodinâmica).
No mundo da física a vida nos é apresentada como um diagrama
de sombra, a sombra do meu cotovelo se apóia na sombra da mesa,
assim como a sombra da tinta corre sobre a sombra se um papel. Nada
na terra é real. Há somente aparências.
A vida é uma sombra errante. E assim como a ilusória realidade
de tal visão de desvaneceu, hão do mesmo modo, de esvaírem-se as
torres que se elevam às nuvens, os palácios soberbos, os templos e até
o próprio globo com o quanto nele existe.
Nós somos feitos do mesmo estofo dos sonhos, e a nossa vida
está envolta num sonho. Não devemos considerar unicamente a morte
temporal e a decomposição do corpo, mas também a morte eterna a
morte da alma.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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No papiro antigo chamado “A profetiza Ísis para seu filho”. Ísis
revela como obteve de um anjo o segredo da transmutação alquímica e
da obtenção do ouro alquímico através da união dos opostos, no
momento favorável.
O lema escrito no portal do Oráculo de Delfos (ãí ù èé óåáõôï í )
“Conhece-te a ti mesmo”. Esta incompleto e poucas pessoas sabem
que a frase inteira é uma pergunta e uma resposta: Conhece-te a ti
mesmo e conhecerás o universo e os deuses. Mas como vou conhecer
a mim mesmo? Entrando em contato com o mensageiro.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VII
“Mensageiro”
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Introdução
O grande xamã sabe que cedo ou tarde teria que empreender
uma grande jornada em busca do conhecimento, encontrando um
caminho de poder, atravessando, desertos e florestas imensas em
busca do grande espírito, o xamã sabe que sem a ajuda das forças
superiores (aliados) jamais retornaria com vida desta demanda.
Um dia cheio de coragem, munido de uma tocha e um bastão
afundou-se na parte mais densa da floresta. Passaram-se muitos dias e
noites e avistou uma clareira e achou um caminho, o caminho até a
morada dos deuses.
Para compreender a linguagem do caminho é necessário uma
viagem semelhante, uma tocha, um bastão, um homem de vontade e a
ajuda de forças superiores (aliados). Para chegar ao “outro lado” é
preciso caminhar dias e noites, afundar-se no bosque e conhecer seus
obstáculos.
O caminho é cheio de esfinges, anagramas e códigos, as árvores
tornam-se enigmas, a matéria é única e está por toda parte, conhecida
de todos e por todos desconhecida. Os pássaros transformaram-se em
estranhos alfabetos.
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Antigos construtores e outros que outrora cruzaram este caminho
de poder deixaram escritos nele suas contribuições pessoais. Escrita
falada desenhada ou moldada, na linguagem do bosque, linguagem
verde não mostra, ela revela, é alegórica e teatral, porque seus atores
personificam o inanimado, como o sonhador imita a realidade ou a
criança vive a fantasia.
Inscrições rupestres em pedras cravadas no solo estão presentes
por todo o caminho, círculos de pedra, obeliscos, estátuas, portais e
ruínas de castelos medievais.
Mestres de luz e sabedoria têm passagens através da terra em
todas as direções, compreendendo a estrutura da matéria, não sentiria
que isso é algo tão incrível, pois os mestres ao caminhar usam certos
raios e deixam à abertura atrás deles e o caminho permanece, são
grandes seres que fizeram brilhar os caminhos para a humanidade até
a luz.
Por isso a linguagem do caminho é chamada a linguagem do
coração, linguagem muda a linguagem dos anjos, ela pode ser
meticulosamente estudada, mas sua chave é recebida somente quando
procurada com vontade, as coisas do caminho são somente para quem
caminha.
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Existem quatro caminhos de grande importância para os homens
que buscam a fé: caminho de Jerusalém, caminho de Roma, e o
caminho de Santiago.
O caminho de Roma, é a via que leva ao túmulo de São Pedro,
são assim chamados romeiros, o caminho de Jerusalém, é a via que
leva ao túmulo de Jesus Cristo (Santo Sepulcro), são chamados
palmeiros, e o caminho de Santiago ou rota Jacobea, é a via que leva
ao túmulo do apóstolo Tiago, são chamados peregrinos.
Após a primeira cruzada, a Igreja percebeu a necessidade de
fundar ordens de monges militares, eram cavaleiros encarregados da
segurança dos peregrinos, contra saqueadores e assaltantes, com o
objetivo único de manter os caminhos da fé abertos a todos.
Para defender o caminho de Jerusalém, o Papa Honório II,
autorgou a condição de ordem em 1127, “A ordem dos pobres
cavaleiros de Cristo”, concedendo um hábito branco com uma cruz
templária vermelha no peito, os membros fizeram votos de pobreza
pessoal, obediência e castidade. A ordem desenvolveu uma estrutura
básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes,
soldados e burgueses, passaram a se chamar “Cavaleiros templários”
inicialmente o seu sustento provinha de doações dos nobres.
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Para a defesa da peregrinação no caminho de Santiago, o Papa
Honório III, juntamente com a ajuda de doações de nobres espanhóis,
autorgou em 1170, “A ordem de Santiago da espada” originada da
necessidade de proteger os peregrinos que se dirigiam ao túmulo de
Santiago, com o objetivo de auxiliar os pobres e fazer guerra aos
muçulmanos, concedeu um hábito branco e uma cruz espatária ou
espada crucífera como símbolo da ordem.
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Durante um período de quase dois séculos, as Ordens de
cavaleiros foram a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas
atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados
templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos
cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam
povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos,
alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e
intervinham na política européia.
Construíram uma rede de castelos e fortalezas pelas vias dos
quatro caminhos, todas elas eram interligadas por mensageiros
especializados, as mensagens eram enviadas em códigos postais com
selos e carimbos. Houve até mesmo a criação de um sistema
semelhante ao dos bancos monetários atuais.
Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu
dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em
qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação
de saqueadores.
Mantendo uma força de mais de cinco mil cavaleiros combatentes,
além dos 20 mil em funções não-militares e de 100 mil dependentes e
auxiliares. O ingresso nas Ordens era muito procurado, sobretudo pelos
nobres e pessoas que desejam dedicar suas vidas à ciência, além de
aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática.
Sua força armada é principalmente uma plataforma de testes para o
desenvolvimento de novas tecnologias militares.
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Mesmo cavaleiros combatentes tendem a ter sólidos
conhecimentos de física e química, além de engenharia militar. Entre os
não-combatentes há também astrônomos, historiadores e professores.
Com o passar do tempo desenvolveram uma ritualística particular
independente, o poder dos “Cavaleiros” tornou-se maior que a
Monarquia e a Igreja.
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Os combates eram sempre freqüentes e na juventude temos
muita coragem pra combater, mas ainda não sabemos lutar. Depois de
muito esforço aprendemos a lutar, mas já não temos mais coragem
para combater. Imensa alegria esta no coração de quem está lutando,
porque para os guerreiros não importa nem a vitória e nem a derrota,
importa apenas combater e por conta do medo, e da falta de
adversários à altura nos voltamos contra nós e combatemos a nós
mesmos, passamos a ser nosso pior inimigo.
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Existem duas forças espirituais bem próximas de um guerreiro
estas forças têm entre elas uma relação própria e pessoal (o anjo e o
mensageiro). O anjo é a sua armadura e o mensageiro é a sua espada,
uma armadura protege em qualquer circunstância, mas uma espada
pode cair em meio ao combate, matar um amigo ou voltar-se contra o
próprio dono. “Uma espada serve para quase tudo, menos para sentar-
se em cima dela.”
O anjo guardião protege e não existe necessidade de uma
invocação direta, o mensageiro também é um anjo e é responsável pela
ligação entre você e as esferas superiores e inferiores, é uma força livre
e rebelde, representado por Hermes (o mensageiro dos deuses).
Quando o deixamos solto sua tendência é dissipar-se, quando
mandamos embora perdemos ensinamentos importantes, quando
ficamos fascinados pelo seu poder, ele nos afasta do combate.
Quando ainda não reconhecemos o mensageiro ele costuma
manifestar-se na pessoa mais próxima, são sempre três as clássicas
tentações: ameaça (medo), promessa (interesse) e sensibilidade
(pena). A solidão do caminho é a principal arma, pois vai obrigar a
materialização do mensageiro.
A maneira certa de proceder é entrar em contato com o
mensageiro tentando fazer amizade, através de sonhos, visões, ou do
ritual do mensageiro. Pedindo sua ajuda quando necessário e ouvindo
seus conselhos, mas nunca deixando que ele dite as regras do jogo.
Portanto é necessário que você tenha um objetivo específico
(dúvida ou pergunta) e que você conheça seu rosto e seu nome, este
nome é secreto e não deve jamais ser conhecido por ninguém.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Somos transportados à noite para a terra dos sonhos com a ajuda
de Hipnos, Morfeu e Hermes, Segundo a mitologia grega, Zeus o pai
dos deuses, auxiliado por Hipnos, o deus do sono, e seu filho Morfeu, o
deus dos sonhos, enviava conselhos inspirações e profecias à
humanidade por meio de Hermes, seu mensageiro alado. Quando
Hipnos nos tranqüiliza para dormir e caímos nos braços de Morfeu,
quem sabe que revelações nossos sonhos nos farão e para que região
longínqua do universo viajaremos, com asas nos calcanhares,
acompanhados de nosso guia astral, Hermes?
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE VIII
“Caduceu de Hermes”
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O grande Pagé da tribo presta grande atenção em seus sonhos,
pois são usados principalmente para invocar poderes especiais dos
deuses, cujo propósito é receber suas instruções. A promoção de
sonhos que invoquem poderes especiais é chamada de incubação.
Define-se como incubação de sonho o ato de dormir num
santuário ou em um local de poder, com a intensão de receber para
uma pergunta um sonho-resposta, tendo antes cumprido os rituais
recomendados, tais como: abster-se de sexo, comer carne e beber
bebidas alcoólicas, somente um copo de água pura.
O Pagé sabe interpretar sonhos e receber as mensagens divinas
reveladas por meio de uma série de sonhos, não somente os seus
próprios sonhos, mas os de toda tribo em conjunto. “Sonho que se
sonha só é só sonho, sonho que se sonha em conjunto é realidade”.
A maioria dos sonhos é compreendida como uma advertência ou
uma profecia, uma simples advertência significava que o aborrecimento
poderia ser evitado se agisse de acordo com a sua mensagem, mas
nada podia ser feito se o sonho fosse profético. Para saber em que
categoria o sonho se enquadrava usa-se o método conhecido como os
Portais dos Sonhos:
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Existe, portanto, dois Portais de sonhos, um de marfim e outro de
osso. Se um sonho atravessasse o Portal de Marfim era um sonho de
advertência, mas se atravessasse o Portal de Osso era profético. A
mente sonhadora criou estes portais simbólicos a partir de um jogo de
palavras. Essas palavras representam aquilo que pode ser evitado e o
que é inevitável.
Os índios reconhecem quando os sonhos os ajudavam a conviver
pacificamente, realizam festas regulares de sonhos que duram vários
dias ou até semanas. Ao partilharem seus sonhos, emergia um padrão
distinto, era comum toda tribo ter um sonho semelhante, que era usado
para elaborar uma futura política tribal.
Entre os índios existe a crença que durante o sono a alma deixa o
corpo e aventura-se num mundo especial de sonho. E acham muito
perigoso acordar alguém repentinamente, por que o espírito pode não
ter tempo de retornar ao corpo, e assim, ficar preso para sempre do
outro lado.
Os sonhos trazem sinais, símbolos e arquétipos do inconsciente
coletivo. O sinal é sempre inferior ao conceito que representa, ao passo
que o símbolo sempre representa algo mais do que o seu significado
óbvio e imediato. Aos remanescentes arcaicos, chamamos de
arquétipos ou imagens primordiais.
A fonte da qual tudo isso derivou é o inconsciente coletivo: “É a
base que os povos antigos chamam de harmonia de todas as coisas”.
Deste reservatório universal flui uma nascente de recordações
cósmicas intensas com as quais entramos em contato, ou, pelo
contrário, que talvez entrem em contato conosco por meio de nossos
sonhos. Algumas pessoas consideram como lembranças de Akasha.
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No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth
da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo,
resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos
(três vezes grande), dada ao deus Thoth, representado por um homem
com cabeça de íbis, na simbologia egípcia o íbis representa o pássaro
sagrado. Está relacionado à morte, ao julgamento e ao registro das
almas e à espiritualidade, está também associado à lua (tentava
dissipar as trevas com a sua luz). Considerado o inventor da escrita
(hieróglifos) e o deus da sabedoria (patrono da alquimia).
Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma
literatura esotérica chamada hermética, em alusão a Hermes
Trismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e
alquimia. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes
Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste
último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia, da alquimia o
caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.
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Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e
trapaceiro, astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões.
Seu primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do gado
de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto. Foi preciso a
intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se
reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia
inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas
com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de
presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu.
Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão
dos arautos, que servia de salvo-conduto, através das esferas
conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de paz.
O caduceu consiste em um cajado bem trabalhado, com duas
serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e
com duas asas na sua extremidade superior.
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O valor de um símbolo não está no seu desenho, mas no que ele
representa. As serpentes enroladas formando esferas que aumentam
de tamanho e complexidade conforme ocorre a elevação simbolizam a
transmutação o transformismo e o movimento através da árvore da
vida.
As asas são alusão a transcendência da matéria e a partida para
outros planos, este seria o objetivo e o sentido da existência da vida na
terra. O símbolo é ao mesmo tempo um mapa e uma chave para o
controle das energias visando uma elevação, despertando a serpente
de fogo que leva as energias das esferas inferiores, até o cérebro.
O método é conhecido como “a árvore do conhecimento”
objetivando uma explosão de iluminação cósmica, sendo a base da
organização hermética, através de graus herméticos, não é por acaso
que a árvore da vida é idêntica as árvores evolutivas biológicas
modernas.
Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os
deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Hermes passou a
chamar-se Mercúrio. Segundo os filólogos, a denominação de Mercúrio
dada a Hermes pelos romanos provém de merx, mercadoria, negócio.
O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-se mercúrio por
sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão. É o
único metal líquido. O planeta Mercúrio, por sua vez, deve seu nome ao
fato de ser o mais veloz do sistema planetário.
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Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do
pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olímpo.
Hermes foi consagrado como o deus do comércio e o deus dos
viajantes e peregrinos. Portando o caduceu tinha livre acesso através
das esferas da árvore da vida. Outra tarefa a ele atribuída foi a de
transportar os mortos à sua morada subterrânea (Hades).
“O homem é apenas o sonho de uma sombra.” (Ode a Apolo, 8).
Existem influências externas, causadoras dos pesadelos
apavorantes, quando o campo protetor a nossa volta fica enfraquecido,
pode ser facilmente violado, e a conseqüência são pesadelos terríveis
conhecidos como ataques psíquicos ou de íncubus, a que as crianças
são especialmente vulneráveis. Geralmente, incluem formas escuras
aterrorizantes, sombras e coisas nojentas rastejantes que se insinuam
no caminho.
Com isso em mente as crianças devem aprender a importância
dos sonhos desde muito cedo e devem ser encorajadas a enfrentar
seus pesadelos a fim de dominá-los antes que cresçam. O resultado
disso é que serão virtualmente capazes de prever dificuldades e
problemas antes que se manifestem.
A manipulação dos sonhos leva ao entendimento de que os
sonhos são fragmentos da personalidade que se compõem de forças
psíquicas dissimuladas como formas físicas, embora vejamos nisso
sombras dos arquétipos, individual e coletivo.
Os sonhos lúcidos são auxiliares no desenvolvimento de poderes
psíquicos e mentais, é preciso se tornar consciente durante o sonho, e
então aprender a manipulá-lo. O principal traço característico de umCreate PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
sonho lúcido é que sabemos, sem a menor sombra de dúvida que
estamos sonhando.
O próximo passo é controlar o próprio sonho, se pudermos fazer
isso, então seremos capazes de começar a controlar nossa própria vida
e alterar o curso de nosso destino.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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No Egito antigo existia um sacerdote chamado Imhotep (2800
a.C.) médico negro e construtor da primeira pirâmide, os gregos o
associaram com Asclépio, pois como Imotep este era um simples mortal
e pelo prestígio adquirido ao longo de sua vida veio a ser uma divindade
da medicina, em cuja honra e culto foram construídos templos que
faziam parte do complexo conhecido pelos gregos como Asclepionions.
Os enfermos faziam grandes peregrinações aos Asclepionions, na
entrada do templo em Epidauro, uma inscrição epigráfica diz: “Puro
deve ser aquele que entra neste templo”. Pois uma vez lá dentro
podiam sonhar, na esperança que Asclépio (Deus da Medicina) lhes
aparecesse durante o sono, quando ele surgia em sonhos dava um
conselho eficaz, sob a forma de remédios á base de ervas, e algumas
vezes até concedia cura imediata (Panacéia Universal).
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE IX
“Bastão de Asclépius”
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Atualmente foram identificados muitos tipos de energia: a energia
solar, radioativa, indutiva, elétrica, atômica, térmica, luminosa, plásmica,
cósmica, vital e outras. Também foi descoberto que toda ou qualquer
energia é manipulável, ou seja, você pode direcioná-la e transformá-la.
Uma fonte de energia luminosa pode ser canalizada por um cristal
e se transformar num lazer com aptidões e características diferentes da
primeira. O interesse se restringe ao estudo de dois tipos de energia: a
vital (ki) e a cósmica (rei).
A primeira é a energia responsável pela manutenção da vida. E a
segunda é o que muitos chamam de energia onírica, espacial, Cósmica
ou Chi do Céu (para os chineses). A energia vital na sua camada mais
densa pode ser vista através das fotos Kirlian.
O grau vibracional humano varia de 6 à 7 hertz. Quando alguma
desarmonia ocorre nos campos energéticos somente uma intervenção
(interna – autocura, ou externa, terapia) de uma energia equilibradora
ou de grau vibracional sutil (Reiki, Chi Kung Avançado) poderá
harmonizá-la novamente e com esta interferência é que se da a cura.
Nesta energia cósmica de alta vibração (acima de 20 Hertz).
Para cada problema existe uma forma ideal de trabalho. Você
necessitará de energias mais densas para tratar de falta de energia ou
causar alteração nas camadas mais densas e utilizará energias mais
sutis para trabalhos de reequilíbrio nas camadas mais externas dos
seres. Também existem outras características que diferenciam as curas
como a forma de canalização ou ativação.
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A Energia Vital é única, chamada por diversos nomes conforme as
localidades que as empregam. "Prana" para os Indus, "Ki" para os
Japoneses, "Chi" para os Chineses, "Baraka" para os Islâmicos,
"Orgônio" para Wilhelm Reich, "Energia Cósmica" para os Brasileiros,
"Energia Bioplasmática" para os Russos, "Mana" para os Kahunas,
"Ruach" para os Judeus, "Elan Vital" pelos Franceses, "Pneuma" pelos
Gauleses, "Orenda" pelos Índios da América do Norte, "Ka" pelos
antigos Egípcios e assim sucessivamente.
Embora seja a mesma, existem diversas formas de canalizá-la,
dai a Cura Prânica, Johrei (Igreja Messiânica), Passe Espírita e
Magnetismo (Religião Espírita) e outras. O Reiki se distingue dessas
todas pela forma de canalizar a energia para as pessoas, de forma
única, momento em que você se torna Reikiano e, além disso, trabalha
não só com a energia "Ki", mas com uma mescla resultante da Energia
Universal "Rei" + a Energia "Ki".
Outro aspecto a destacar, nas outras formas de canalização,
você trabalha com a sua própria energia "Ki", diferença essa,
fundamental do Reiki que você trabalha com a fonte "Rei" que é
Inesgotável e nas aplicações, você se alimenta também dela, sendo na
realidade sempre um auto-tratamento.
Um número infinito de forças emana de nosso Sol, mas três delas
são independentes e chegam ao nosso planeta: Fohat ou eletricidade,
Prâna (Ki) que é a Energia Vital e Kundalini ou Fogo Serpentino. Sob o
nome de Fohat estão incluídas todas as energias físicas conhecidas e
conversíveis entre si, como a eletricidade, o magnetismo, a luz, o calor,
o som, etc. Vamos destacar aqui, a que está diretamente ligada ao
Reiki que é o Prâna (Ki). Como no Reiki a origem da redescoberta é
Japonesa, só utilizaremos a palavra "Ki".
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O nosso Sol é o reservatório da força vital "Ki" e dele emanam as
correntes vitais que vibram através de todos os organismos vivos sobre
a face de nosso planeta Terra. Uma pequena parcela de "Ki" é
absorvida diretamente dos alimentos que ingerimos e uma outra
diminuta parcela vem geneticamente através do DNA quando
nascemos.
É o "Ki" que dá aos órgãos físicos a atividade sensorial e que
transmite as vibrações externas aos centros sensórios situados no
campo energético próximo à pele chamado campo etérico ou corpo
etérico do homem. Assim, o "Ki" segue os nervos do corpo que atuam
como transmissores, não só dos impactos exteriores, como da energia
motora que provém do interior de nosso organismo.
O "Ki" emanado do Sol penetra nos átomos físicos que flutuam na
atmosfera terrestre e que, em virtude de seu brilho e de sua extrema
atividade, podem esses glóbulos de energia ser vistos difundidos na
atmosfera, por qualquer pessoa que se dê ao trabalho de olhar para o
ar, principalmente em dias ensolarados. A melhor maneira de discerni-
los é desviar o olhar do Sol e fixar o foco visual a alguns metros de
distância, num fundo livre de céu.
Os glóbulos são brilhantes e incolores podendo ser comparáveis a
luz branca. Quando o Sol brilha, a vitalidade se renova sem cessar e os
glóbulos de "Ki" são gerados em quantidades incríveis.
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No antigo Egito o sacerdote médico era chamado de sunu,
palavra equivalente a doutor, na realidade os sunus se dividiam em três
grupos de terapeutas. Em primeiro lugar existiam os sacerdotes da
terrível deusa Sekhmet, acusada de ser a principal causadora de todos
os males.
Com estes sacerdotes, conviviam os magos que acreditavam que
a doença não era um simples castigo da deusa e sim influência de
maus espíritos, os quais eles tentavam exorcizar. Finalmente a terceira
categoria era a dos sunus propriamente ditos, pessoas que recebiam
instrução médica na chamada Per Ank (casa da vida).
A casa da vida era a faculdade de medicina da época, onde se
podia aprender todos os princípios conhecidos sobre o funcionamento
do organismo humano. Esses sunus por sua vez, trabalhavam junto
com os uts, como eram chamados os enfermeiros.
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Na prática, porém, todo sunu era também sacerdote da deusa
Sekhmet à caça de maus espíritos, atendiam em consultórios, com
endereço fixo e eram especializados em diferentes partes do corpo
humano, mesmo assim, essa combinação não bastava e a maioria dos
médicos ou sunus exerciam paralelamente outras funções, como a de
administrador, arquiteto ou escriba.
Imhotep médico sunu foi o primeiro arquiteto monumentalista
construtor da “pirâmide dos degraus”, situada nas proximidades da
antiga Mênfis (atual cidade de Saqqara), no Egito. É esta a mais antiga
das pirâmides egípcias, pirâmide escalonada (em degraus).
A vida de Imhotep esta pontilhada de muitos feitos, na maior
parte deles ele é lembrado pelos seus poderes de cura, que as lendas
elevam a categoria de mágica. Durante os tempos Ptolomaicos, chegou
ele a ser divinizado como filho do grande deus Ptah e até como o
próprio deus da medicina.
Os gregos identificaram (associaram) Imhotep (Imouthes) a
Asclépio o seu deus da medicina, alguns manuscritos antigos falam que
Imhotep aconselhou o Faraó Djoser (2800 a.C,) a construir a pirâmide
escalonada para apaziguar os deuses depois de uma série de sete
anos de inundações mal sucedidas do Nilo e assim sete anos de fome,
miséria e doenças.
Segundo a mitologia grega, Asclépio era filho de Apolo com a bela
ninfa Coronis, desde pequeno, foi criado pelo centauro Quiron, que lhe
ensinou o uso das plantas medicinais.
Asclépio tinha duas irmãs também filhas de Apolo: Hygiéia
(divindade que intervinha na prestação da saúde e na prevenção das
doenças, de quem deriva o termo higiene) e Panacéia (relacionada com
o tratamento e a cura das doenças).
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A representação tradicional da figura de Asclépio associa-se a um
cajado em que está enrolada uma serpente, segundo a mitologia um
homem foi atingido na cabeça por um raio, e teriam trazido morto para
Asclépio.
Aparentemente uma serpente entrou no local onde Asclépio
observava o morto, surpreendido Asclépio matou o réptil com um
bastão, mas ficou intrigado quando surgiu outra serpente que ao colocar
algumas ervas na boca da primeira morta, a fez renascer. Asclépio ao
proceder exatamente da mesma forma com o morto, restituiu a vida.
Em sinal de respeito Asclépio adotou como seu símbolo a
serpente enrolada em um bastão, além da serpente que simbolizava a
prudência e a eternidade, o conjunto era completado por um galo, como
símbolo da vigilância.
Assim Asclépio teria adquirido o poder de curar (Panacéia
universal) e de ressuscitar os mortos Tornou-se um médico famoso e
além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os
que ele já encontrava mortos, ultrapassando todos os limites da
medicina.
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Hades (rei dos infernos) ao ver que o seu império estava em risco
pelo despovoamento teria convencido Zeus a se livrar de Asclépio,
fulminando-o com um raio na cabeça.
Os primeiros médicos gregos consideravam-se descendentes de
Asclépio e membros de um grupo de sacerdotes “os Asclepiades”.
Hipócrates considerado pai da medicina orgulhava-se de ser um
Asclepíade. É atribuído a Hipócrates o famoso juramento onde se
definia os deveres éticos médicos.
Juramento de Hipócrates
Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacéia, e
tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir,
segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar,
tanto quanto á meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida
comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos
por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem
necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso
escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo resto do
ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo
os regulamentos da profissão, porém, só estes. Aplicarei os regimes
para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca
para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer,
nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo
modo darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei
imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo
sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos
que disso cuidam.
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Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me
longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo longe
dos prazeres do amor, com mulheres ou com homens livres ou
escravizados. Aquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão
e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja
preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir
este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da
vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se
eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.
O culto a Asclépio foi continuado por Roma (com a adaptação do
nome para Esculápio), após a conquista dos territórios gregos.
Atualmente o símbolo é conhecido como bastão de Esculápio e se
relaciona na origem com o caduceu de Hermes.
Aparece cheio de beleza no horizonte do céu, disco vivo que
iniciaste a vida. Enquanto te levanta no horizonte oriental, enche cada
país da tua perfeição. Mas na aurora, enquanto te levantas sobre o
horizonte, e brilha, disco solar, ao longo da tua jornada, rompe as trevas
emitindo teus raios (Hórus).
É formoso, grande, brilhante, alto em cima do teu universo.
Teus raios alcançam os países até o extremo de tudo o que criaste.
Porque é Sol, conquistaste-os até aos seus extremos, reunindo-os para
teu filho amado. Por longe que esteja teus raios tocam a terra (Rá).
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Estás diante dos nossos olhos, mas o teu caminho continua a ser-
nos desconhecido. Quando te pões, no horizonte ocidental, o universo
fica submerso nas trevas e nas sombras como morto. Ninguém conhece
a face oculta de (Aton).
Os homens dormem nos quartos, com a cabeça envolta, nenhum
deles podendo ver seu irmão. Se te levantas, vive-se; se te pões,
morre-se. Tu és a duração da própria vida; vive-se de ti. Os olhos
contemplam, sem cessar, tua perfeição, até o ocaso; todo o trabalho
pára quanto te pões no Ocidente.
Enquanto te levantas, fazes crescer todas as coisas, e a pressa
apodera-se de todos desde que organizaste o universo, e o fizeste com
que surgisse para teu filho, saído da tua pessoa, que vive de verdade,
filho de Rá, que vive da verdade, Senhor das coroas. Que seja grande a
duração de sua vida! Que lhe seja dado viver e rejuvenescer para
sempre, eternamente...
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE X
“O Eremita”
“Quem olha para fora, sonha...quem olha para dentro, acorda” (Carl Jung )
Na noite escura um homem idoso caminha lentamente, sobre as
águas, segurando na mão direita uma lanterna com três chamas, que
iluminam sua comprida barba branca. Na mão esquerda, apóia-se em
um bastão de madeira, onde podemos ver três nós. O velho viajante
veste-se com um manto, que forma três dobras. Apesar da escuridão e
da expressão de seriedade, a atmosfera não é pesada, mas sim
respeitosa.
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Entre os índios existe a crença de que durante uma batalha a
posição do guerreiro é muito importante, existe um ponto onde o
guerreiro é invencível, localizado no centro do círculo mágico
impenetrável, pode-se assim vencer qualquer adversário, a grande
questão é como encontrar esta posição? Existem muitas técnicas para
aprender a ver este ponto de equilíbrio, com o tempo o aprendiz ganha
prática para encontrá-lo, em qualquer circunstância de combate.
Com o tempo, depois de muitos combates, o aprendiz-guerreiro
percebe que o círculo é infinito e o ponto esta em si mesmo, ser vencido
ou vencer é uma escolha (desejo) pessoal e particular do Shaman. Já
no fim da vida, quando a morte se aproxima, para o combate, o Shaman
deve sair do ponto invencível, e entregar as armas, assim profere a
última entoação ao grande espírito:
- Meu coração paira como um falcão, vou morrer em breve....
Há um infinito suprimento de homens brancos, mas, ouve sempre um
número limitado de seres humanos, meu coração fica triste, um mundo
sem seres humanos não tem centro.
Heeey Heeeeey Heeeeeeey hey heeeee
Saia aqui pra fora e lute, esta um lindo dia pra morrer...
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“Grande espírito obrigado por ter feito de mim um ser humano,
obrigado, por ter ajudado a me tornar um guerreiro, obrigado pelas
minhas vitorias e pelas minhas derrotas, obrigado pela minha visão e
pela cegueira, com a qual vi mais longe. Você que fez todas as coisas e
me dirigiu para os respectivos caminhos, vou morrer agora a menos que
a morte queira lutar, e te peço pela ultima vez que me conceda o meu
velho poder de fazer as coisas acontecerem, e cuide aqui do meu filho,
providencia para que ele não enlouqueça”.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
Sobre a origem da Tábua de Esmeralda existem vários mitos
sendo, o mais conhecido deles um que deve ser entendido num sentido
simbólico. Esse mito diz: “Antes de ser criada a Terra, o chefe dos anjos
do Altíssimo, antes de se tornar o chefe dos anjos caídos, tinha uma
esmeralda na testa localizada na posição do “terceiro olho”. Contudo,
quando ele rebelou-se contra Deus aquela esmeralda partiu-se em 3
partes. Uma dessas partes permaneceu lá, mas como havia se rompido
desde então aquele ser deixou de ter visão clara. A jóia rompida passou
a dar-lhe uma visão deformada e que é a única que lhe resta até hoje”.
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Um outro pedaço que caiu criou os mundos do Caos, e a meio
caminho entre o Céu e o Inferno caiu na Terra. O terceiro pedaço caiu
no Astral, que os Iniciados costumam denominar de Caos Filosofal,
criando o Caos dos Sábios, que para os puros é o céu, o potencial da
criação de todas as coisas, e que, para os que têm a visão impura, é o
fogo do Inferno, e a Geena. Diz a Tradição que no terceiro pedaço foi
escrito o texto fundamental de todos os ensinamentos herméticos, base
de todo esoterismo e ocultismo antigo e que, segundo a Tradição
Ocultista Ocidental, foi escrita por Hermes Trismegisto:
(1) É verdade, é o certo é toda a verdade;
(2) O que está em baixo é como o que está em cima e o que está emcima é como o que está em baixo, para realizar os milagres de umaúnica coisa;
(3) E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisassão únicas, por adaptação;
(4) O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, aTerra é sua ama;
(5) O Pai de toda Telesma do mundo está nisto;
(6) Seu poder é pleno, se é convertido em Terra;
(7) Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e comgrande perícia;
(8) Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe aforça das coisas superiores e inferiores;
(9) Desse modo obterás a glória do mundo;
(10) E se afastarão de ti todas as trevas;
(11) Nisso consiste o poder poderoso de todo poder;Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido;
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(12) Assim o mundo foi criado;
(13) Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas;
(14) Por esta razão fui chamado de Trismegistus, pois possuo as trêspartes da filosofia universal;
(15) O que eu disse da Obra Solar é completo.
A Tábua de Esmeralda se trata de uma lápide, pedra sepulcral,
repleta de hieróglifos e símbolos, sob a qual jazia intacto o corpo de
Hermes Trismegisto. As primeiras palavras gravadas na lápide são:
“É Verdade! É certo! É a Verdade toda...
Não é fácil se chegar a níveis de conhecimentos herméticos sem
que se tenha uma idéia sobre os Sete Princípios. Compreendendo-os
fica mais fácil se penetrar em outros ensinamentos mais elevados. Todo
aquele que estuda e medita sobre os Sete Princípios logo percebe a
existência de mais alguns inerentes à natureza da criação, à Natureza
Cósmica e que não são mencionados entre os sete, razão pela qual não
são diretamente descritos na literatura hermética e nem diretamente
ensinados, pois é ao discípulo que cabe descobri-los.
Chegar ao entendimento dos Princípios Herméticos que
transcendem aos sete clássicos deve ser uma descoberta pessoal e,
podemos dizer, bem enriquecedora. Descobri-los é algo como receber
uma Iniciação de elevado nível, um vasto portal é aberto ao “Peregrino”.
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É dentro de nós mesmos que estão os princípios de nosso
desenvolvimento espiritual, pois o verdadeiro conhecimento é impessoal
e só é alcançado através de nossa experiência individual, nos lembra
também que somos livres com relação aos nossos atos e que
assumimos sozinhos, nossas responsabilidades, por eles, em silêncio,
isolamento e prudência.
Sabendo que o grande objetivo da evolução é chegar ao seu
estado supremo de consciência (Assim, nos tornamos
CADOSH=sagrados).
Dá mesma forma como a palavra Cadosh é usada para definir um
dos nomes do inominado, quando nos tornamos Cadosh, recuperamos
a nossa proximidade da natureza divina pela imagem e semelhança.
Cadosh é também um nome código para determinar algo que se eleve
para além da superfície e consiga vencer toda prisão da fisicalidade.
Para tanto é preciso superar alguns aspectos da natureza animal e
instintiva de nossa alma, tais como: a incoerência, a injustiça, a mentira;
a calúnia, e o mal contra o outro.
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É importante lembrar que a palavra Cadosh está relacionada
também ao conceito de "estar separado". Esta alma peregrina que vem
a ser o corpo de nossas emoções deve ser preservada e preenchida de
cuidados, como está escrito: O peregrino representa o homem sobre a
"terra", ou seja, o Mundo Físico. O peregrino é aquele que busca o
"lugar" ideal dentro da existência.
Representa o caráter transitório de qualquer situação, mas
também o desprendimento interior, em relação à fisicalidade. A
peregrinação é também uma representação dos ritos de iniciação.
O Eremita (homem de desejo) precisa percorrer um caminho
pedregoso envolto em seu longo manto, leva ele uma lanterna acesa. O
estudo a que ele se propõe é justamente indicado pela luz velada que
leva em todas suas peregrinações, no périplo que efetua através do
conhecimento, ele se retira para a solidão, levando consigo a luz, a
lanterna simboliza na realidade a centelha da luz aprisionada no caos
da natureza é a busca da qual o filósofo se consagra “sob o manto”
essa centelha emana do sol, da estrela dos sábios que brilha para o
vidente e se mantém, invisível aos olhos do mundo.
Um caminho só tem sentido, pra quem caminha, inicialmente
devemos vencer o medo e ter a coragem de avançar, um caminho só
existe se tiver uma direção, mantendo a concentração na trilha, não
podemos carregar a culpa do abandono, do que ficou pra trás, ai está a
vitória do chamado e o início da caminhada.
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Chegando à encruzilhada, avaliamos nossos motivos e objetivos,
aqui venceremos a vergonha e a decepção, entre as pedras e os
espinhos, a justiça e a misericórdia são as colunas do pórtico de
entrada, o peregrino deve se manter entre os pilares simbólicos, em
atitude intermediária (neutralidade) em relação a verdade e a mentira,
só a verdade verdadeira leva a compreensão da diferença entre: ilusão,
sabedoria, discernimento e desapego. Finalmente aqui encontramos a
realização, a luz maior, a consciência cósmica, a paz profunda
“Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do
mal; Assim para que não estenda a mão, e tome também da árvore da
vida, e coma e viva eternamente. Deus expulsou o homem e no lado
leste do paraíso, pôs querubins e uma espada de fogo, para que
ninguém chegasse perto da árvore da vida”. (Gênesis3: 22-24).
Segundo um papiro egípcio (Nesi Amsu) descoberto em Tebas
em 1860, a origem do cosmos parecia ser o resultado de certas
emanações ou fluxos eferentes, Havia dez dessas emanações, ou
desses aspectos, e suas denominações procuravam denotar sua
ascendência relativa. Fala o deus Ra: -“Eu estava só, pois, nada havia
sido produzido, Eu me desdobrei... emiti de mim mesmo os deuses Shu
e Tefnut e, de Um, Tornei-me Três: eles emanaram de mim e passaram
a existir na terra... Shu e Tefnut geraram Seb e Nut, e Nut gerou Osíris,
Hórus, Set, Ísis e Nephthys, em um só nascimento”.
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Para o ser nunca ouve começo, pois o nada não poderia dar
origem a alguma coisa, a luz é um atributo do ser, pois o ser é sempre
luminoso, a luz não tinha calor assim o ser era insensível, a luz não
tinha reflexo assim o ser não tinha forma, o ser em seu eterno
movimento e progresso expandiu-se inúmeras se tornaram as suas
formas e múltiplas sua natureza.
(Artifex caminus et cordis peregrinum)
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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MESTRE DASSOMBRAS
PARTE XI
“ESFINGE”
A esfinge é uma estátua composta do corpo de um leão e uma
cabeça humana, situada no norte do Egito no planalto de Gizé. A
grande esfinge é uma das maiores estátuas lavradas numa única pedra
em todo o planeta, foi construída talvez pelos antigos egípcios. Existe
um grupo de pesquisadores que afirma que a esfinge seria muito mais
antiga, datando de, no mínimo, 10.000 a.C. baseando-se na análise do
calcário e sinais de erosão provocados por chuvas e posteriormente
tempestades de areia, seguramente é a construção humana mais antiga
e misteriosa do mundo.
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Totem é qualquer objeto, animal ou planta que seja cultuado como
deus ou equivalente por uma sociedade organizada em torno de um
símbolo ou por uma religião, a qual é denominada totemismo. Por
definição religiosa podemos afirmar que é uma etiqueta coletiva tribal,
que tem um caráter religioso. É em relação a ele que as coisas são
classificadas em sagradas ou profanas. Totem é na verdade um
desenho que corresponde aos emblemas heráldicos das nações
civilizadas Européias e que cada pessoa é autorizada a portar como
prova da identidade da família à qual pertence. É o que demonstra a
etimologia verdadeira da palavra, derivada de 'dodaim', que significa
aldeia ou residência de um grupo familiar.
Totem é uma palavra dos índios Peles Vermelhas e designa
simplesmente o “Brasão” ou as “Armas” da família. O “Brasão” era
pintado ou gravado na maioria dos objetos usados pelo proprietário. As
famílias dos Peles Vermelhas da América mandavam esculpir os seus
Totens, em um ritual sagrado. Geralmente, eram altos pilares ou postes
de cedro admiravelmente trabalhados. O “Brasão” ficava no elmo e em
geral era um animal selvagem (de poder), ave ou peixe. Os índios
tinham-no como talismã e acreditavam que velava por eles e os
protegia (Guardião - Aliado).
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Índio sombra que surge (Maio de 1971)
A palavra esfinge deriva do grego sphingo, querendo dizer
estrangular ou devorar. Foi criada na Antigüidade clássica baseando-se
numa criatura da mitologia grega formada pelo corpo de um leão, a
cabeça de uma mulher e asas de águia, embora as estátuas egípcias
tenham a cabeça de um homem.
A Grande Esfinge foi esculpida em pedra calcária, tendo 20
metros de altura, tornando-a a maior estátua esculpida em apenas um
bloco de pedra. A esfinge olha para o leste (oriente) e tem um pequeno
templo situado entre suas patas.
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Após o abandono da necrópole, a esfinge foi soterrada até seus
ombros por areia e a primeira tentativa de "desenterrá-la" ocorreu já por
volta de (1400 a.C.). A palavra "esfinge" derivada do grego, do verbo
"estrangular" é uma indicação da sua função, pois estrangulava todos
que não conseguissem decifrar seus enigmas (decifra ou devoro-te).
Esfinge é uma imagem icônica de um leão estendido com a
cabeça de um falcão ou de uma pessoa, A esfinge egípcia é uma antiga
criatura mística usualmente tida como um leão estendido — animal com
associações solares sacras — com uma cabeça humana, usualmente a
de um faraó.
Vistas como guardiãs na estatuária egípcia, esfinges são descritas
em uma destas formas:
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*Androsfinge (Sphinco Andro)- corpo de leão com cabeça de pessoa;
*Hierocosfinge (Sphinco Oedipus Rex)- corpo de leão com cabeça de
falcão.
A inscrição em uma estela na esfinge de Gizé, datada de mil anos
após a esfinge ser esculpida, revela os três nomes do sol: Kheperi - Ra
- Aton. O nome arábico da esfinge de Gizé, Abu al-Hôl, é traduzido
como “Pai do Terror”. Pois ela estrangulava ou devorava qualquer inábil
que não tinha a resposta, para o seu enigma. Este é o enigma mais
famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge:
Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e
à tarde tem três?
Resposta: o homem - engatinha como bebê, anda sobre dois pés na
idade adulta e usa um cajado quando é ancião. Furiosa com a resposta
certa, a esfinge teria cometido suicídio, autodevorando-se ou
estrangulando-se a si própria.
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Durante incontáveis séculos esta estátua de pedra que simboliza
a evolução do homem e o triunfo do espírito humano sobre o animal,
observou o homem primitivo cair e começar de novo a civilização (trigo
no Egito, arroz na Ásia e milho nas Américas) incontáveis vezes a
esfinge foi encoberta pelas areias do deserto e desenterrada
novamente.
Existe uma tradição ou teoria que a Esfinge é um grande e
complexo hieróglifo, ou um livro em pedra que contém a totalidade do
conhecimento antigo e se revela à pessoa que puder decifrar esta
estranha cifra que está engastada nas formas, correlações e medidas
das diferentes partes da Esfinge.
A esfinge diz: Quem vai ousar, desvendar o mistério: querer,
ousar, saber e calar? Tudo é trevas antes de surgir a luz, o mistério da
luz é o maior mistério da natureza, a luz se revelará a alma humana, é a
matriz da nossa inteligência superior.
O pensamento que criou e que mantém este universo é a causa
maior da sustentação da existência em perpétua mudança. Além disso,
a consciência cósmica é uma só que brilha por todo o universo, mas ao
brilhar ela projeta a ilusão de uma multiplicidade de consciências, sem
esta devida compreensão de nada adianta a sabedoria.
Então as coisas serão resgatadas à luz da compreensão que nos
trás o portador do archote, quando isso acontece o homem conhece a si
mesmo, e o anjo da noite terá passado com seu licor sombrio. Quando
Deus disse: Faça se a luz, a inteligência foi feita e a luz apareceu. A
inteligência tomou a forma de um anjo esplêndido e o céu o saudou
com o nome de Lúcifer.
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O Deus Rá, diz: Eu estava só, pois, nada havia sido produzido, Eu
me desdobrei e emiti de mim mesmo os deuses Shu e Tefnut e, de Um,
Tornei-me Três. Deus disse: Faça-se a luz! E a luz foi feita. Deus viu
que a luz era boa, e separou a luz das trevas. O anjo da luz ilumina as
trevas do abismo da subconsciência (abismo hermético). O portador da
luz está sempre a iluminar o caminho, é este o anjo que nos resgata
das sombras.
A luz é um atributo do ser, pois o ser é sempre luminoso, sendo a
luz verdadeira, não podemos ver, devido ao seu intenso esplendor, esta
esfera que serve de envoltório é uma luz incomparável, estes diversos
aspectos da realidade continuaram deste modo a evoluir, um do outro, e
a envolver-se um no outro.
Érebo ou Erebus era a personificação da escuridão; precisamente
o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus
mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço
conhecidas como “Vácuo” logo acima dos mantos noturnos de sua irmã
Nix, a personificação da noite.
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Na medida em que o pensamento mítico dos gregos se
desenvolveu, Erebus deu seu nome a uma região do Hades por onde
os mortos tinham de passar imediatamente depois da morte, para entrar
no Hades. Após Caronte tê-los feito atravessar o rio Aqueronte,
entravam no Tártaro, o submundo propriamente dito. Érebo era
também, freqüentemente, usado como sinônimo de Hades, atualmente
é chamado “vale das sombras”.
Os gregos chamavam dâimon às duas entidades, o bom
(Agathodemon) e o maléfico (Kakodemon) que acompanham todo ser
humano na eterna disputa pelo previlégio da nossa vontade (livre-
arbítrio). Lúcifer não é um anjo maldito e fulminado, é o anjo que ilumina
e que regenera, o portador da luz (sabedoria).
Muitas vezes lúcifer é confundido com Baphomet, figura
panteística e mágica do absoluto. A palavra "Baphomet" em hebraico:
Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-
se Sophia, palavra grega para "sabedoria".
O facho representa a inteligência equilibrante do ternário e a
cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro (esfinge)
representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal
dos pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e
fazem o sinal da iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo
Hermético "o que está em cima é igual ao que está embaixo".
O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados
nas artes ocultas dos mistérios. Os crescentes lunares presentes na
figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da
justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo
(azul) e nas penas (diversas cores).
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Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à
Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são
signos redentores.
Nos braços está a inscrição: "Solve et Coagula" ou seja,
concentra e dispersa tuas energias de acordo com a situação. Na fronte
e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar
simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o
símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet
deve estar assentado em um cubo e tendo como estrado uma bola
apenas ou uma bola e um escabelo triangular.
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A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas
especulações podem ser feitas, desde a impossível derivação
(corruptela, deformação) de Mahomet (Maomé), até Baph+Metis do
grego "Batismo de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição
do nome de três deuses: Baph, que seria ligado ao deus Baal; Pho, que
derivaria do deus Moloc; e Met, advindo de um deus dos egípcios, Set.
A história em torno de Baphomet foi intimamente relacionada com
a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão,
também conhecida como Ordem do Templo, fundada no ano de 1118. A
Igreja acusou os templários de satanismo, de adorar a figura de
Baphomet, este se tornou o bode expiatório do julgamento (inquisição),
condenação e do posterior extermínio na fogueira.
Praticamente tudo neste universo caminha rumo a luz, de onde o
Todo proveio. Nesta perspectiva, inclusive as hierarquias das sombras,
em algum remoto tempo futuro que só a sabedoria e a misericórdia
Divina conhece, deverão também ser elevados e por sua vez retornar a
luz.
“A mudança dos corpos em luz e da luz em corpo está perfeitamente de
acordo com as leis da natureza, pois a natureza parece encantada com
a transmutação” (NEWTON, Opticks. London, 1704).
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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MESTREDAS SOMBRAS
PARTE XII
“TEURGIA”
Teurgia é a magia divina, também chamada alta magia. Em outras
palavras é o uso do conhecimento mágico na busca pelo divino. A
teurgia gira em torno das núpcias místicas da alma com o Santo Anjo
da mesma forma que a mística devocional (adoração). A principal
diferença entre elas é que o teurgo dispõem da técnica mágica, que
permite que ele estabeleça uma relação não só emocional e espiritual,
mas também intelectual com o seu anjo.
A técnica principal é a oração, é basicamente a concentração em
um determinado grupo de símbolos e palavras que despertem e
inflamem a aspiração pelo divino, essa técnica simples é capaz de levar
o praticante ao fim da jornada onde o fogo da devoção arde no silêncio.
Vidência, desdobramento e divinização são elementos importantes na
teurgia. Por meio deles a mente é educada a entender o universo por
meio de símbolos dinâmicos, capazes de expressar realidades não
racionais, tal como a matemática da complexidade, que trabalha com
símbolos dinâmicos, capazes de expressar realidades intuitivas.
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Xamã (pronuncia-se shaman) é um termo de origem tunguska
(povo nativo da Sibéria) define os portadores de função religiosa, que
podem “voar” para outros mundos, entrar em um estado especial e ter
acesso e contato com seus aliados (animais, vegetais, minerais), seres
de outras dimensões e espíritos ancestrais.
Xamã é o sacerdote ou sacerdotisa do xamanismo, que entra em
transe durante os rituais xamânicos, manifestando poderes
sobrenaturais e invocando espíritos da natureza, chamando-as a si e
incorporando-os em si. Este contato permite a recepção de orientações
e ajudas dos espíritos para resolver ou superar situações que desafiem
as pessoas e seus grupos sociais.
Variações culturais são muitas, em geral o xamã pode ser homem
ou mulher, e muitas vezes há na história pessoal desse indivíduo um
desafio, “atrapalho” tal como uma doença física ou mental, que se
configura como um chamado, uma vocação. Depois disto há uma longa
preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos
de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência
e formas de se proteger contra o descontrole.
O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza
humana, tanto física como psíquica, pela tradição, os dons xamânicos,
costumam passar de avô para neto, pois o filho ocupa-se em prover as
necessidades do pai. Os xamãs independentes seguem a sua própria
vocação, o reconhecimento só pode ser feito pela comunidade inteira
depois de uma prova iniciática de grande demonstração de poder.
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O grande espírito (Ghost Song/Sioux - Espírito da dança entoada)
recebeu uma mensagem, durante um ritual Indígena em 1889, sobre a
morte do ultimo índio, nas palavras do grande Xamã:
Eu tive uma visão: “Quando o sol entrou na sombra, eu estava ali
morrendo e na minha morte eu vi o céu do homem branco, e é assim
como eles descrevem, estavam lá meus filhos e todos os índios que já
viveram nesta terra. Todos os nossos ancestrais que foram levados
pelas doenças do homem branco. Não sofram por eles, eles querem
que vocês saibam que eles estão felizes. O homem branco também,
logo não existirá mais. Não devem odiar o homem branco, isso apenas
adiará o fim deles. Mas devem fazer a dança que vou ensiná-los e
assim todos os ancestrais retornarão e os búfalos reaparecerão e todos
eles viverão para sempre na liberdade que nós índios conhecíamos”.
‘Muito em breve, a terra inteira se cobrirá com uma neblina muito
espessa, e uma nova terra vai nascer todas as nações índias já a muito
extintas, voltarão à vida, o homem branco desaparecerá e o búfalo
voltará a correr pelas pradarias’.
“Dentro de mim existem dois lobos. Um deles é cruel e mau. O outro é
muito bom. Os dois estão sempre brigando. Mas, quem ganhará a
briga? Simples, ganha aquele que eu alimento mais freqüentemente”.
(Provérbio dos índios)
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Maleficium, designa o ritual de feitiçaria, que tem como objetivo,
fazer mal ao próximo (Male facere) quando a operação é feita a
distância e o seu efeito é: controlar (imperius), enfraquecer, envelhecer
(senescere), causar dor (cruciatus), fazer definhar ou morrer o
maleficiado. O envolvimento é a ação de “pegar” ou “segurar” alguém,
envolvendo num voto, em uma vontade formulada.
Em todos os casos o objeto de encanto não é senão a matéria
sacramental do malefício, e o encantador é a forma. No envolvimento
(envoltman), a matéria toma o nome de volt (vultus) ou efígie e a forma
chama-se execração mágica.
A efígie do enfentiçamento clássico é a imagem da pessoa a ser
condenada, pode ser modelada em cera, quanto mais perfeita for à
semelhança, mais o malefício tem a possibilidade de ser bem sucedido.
Se na composição do volt, o feiticeiro puder adicionar materiais íntimos,
tais como: unhas, dentes, cabelos ou sangue da vítima, mais forte será
o malefício.
Se puder obter alguma roupa que a vítima tenha usado muito,
poderá vestir a figura de cera, o mais possível à semelhança do modelo
(voodoo doll) a tradição prescreve administrar a esse boneco ridículo,
todos os sacramentos que tenha podido receber o destinatário do
sortilégio: batismo, eucaristia, confirmação, sacerdócio e até extrema-
unção, se for o caso.
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A execração é praticada enfiando nessa obra de arte alfinetes
envenenados, gritando-lhes injúrias para excitar o ódio ou ainda
maltratando-a em certas horas fatídicas por meio de cacos de vidro, ou
espinhos venenosos, pingando sangue deteriorado.
Um sapo ou lagarto, ao qual se dá o nome da pessoa a ser
enfeitiçada, substitui ás vezes o volt de cera ou boneco vodu; mas as
cerimônias imprecatórias permanecem as mesmas; outra receita manda
amarrar com cabelo o sapo vivo, depois de cuspir sobre o desagradável
embrulho ele é enterrado na porta do inimigo ou em qualquer lugar que
ele freqüente diariamente.
Aparentemente o espírito elementar do sapo adere à vítima, daí
em diante acompanha até a morte. A menos que a vítima tenha o bom
senso de mandá-lo de volta ao enfeitiçador, o maleficiado desmancha a
manobra se trouxer consigo um sapo vivo, dentro de uma caixa (o sapo
é uma esponja de venenos).
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Os rituais de envolvimento multiplicam-se de muitas maneiras
mais ou menos pitorescas. Como pregar no chão em forma de cruz,
aquele que se deseja atormentar, usa-se pregos de cabeça grande,
consagrados ás obras do ódio por fumigações mal cheirosas e
invocações aos maus gênios.
O agente oculto e devastador do vodu, o incompreensível (nescio
quid) chamado (mandingoes). A seita vodu é culto trazido da África, o
que confirma a semelhança extraordinária dos vocábulos: obim, obivah,
obeah. O “Ob” dos hebreus e seus espíritos (oboth), palavra de origem
egípcia e talvez etiópica.
O deus vodu, cujo poder parece sem limites, é uma serpente
sagrada seu culto liga-se aos arcanos da Incuba, seus adeptos,
reúnem-se com grande poder em torno do grande sacerdote, ministro
onipotente das vinganças ocultas, constituindo terrível sociedade
secreta.
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A serpente do vodu é em resumo, o mesmo poder tortuoso de
destruição, que Goetia do antigo Egito, evocava: “Ó tu que odeias
porque foste expulsa, eu te invoco, todo poderoso soberano dos
deuses, destruidor e despovoador, tu que abalas tudo que não é
derrotado. Eu te evoco, ó Typhon-Seth! Olha: realizo os ritos prescritos
pela magia, é por teu verdadeiro nome que te intimo. Vem a mim
francamente, por que não me podes recusar... E eu também detesto tal
casa que é próspera, tal família que é feliz: Vai por cima dela e derruba,
por que ela me injuriou” (papyrus Anastasi –1290 a.C.).
Qualquer que seja a substância própria desse agente formidável,
do qual a serpente sempre foi um dos emblemas hieráticos, é certo que
ela se adapta a realização de todas as obras misteriosas, os que
pensam em dirigir as energias, têm uma idéia inexata e distante em
todos os sentidos, dos poderes que poderá desenvolver em si o homem
que souber penetrar a natureza essencial desse agente.
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A primeira vista, o mago negro parece revestir-se das mesmas
prerrogativas que o mago da luz, chegam até a confundi-los. É um erro
de ótica, por efeito de miragem infernal, que o homem devotado à
serpente chega a se dar ares de príncipe.
O feiticeiro nada tem no mundo: é, pelo contrário, o espírito
impessoal do mal que dispõem de sua pobre pessoa, e dela zomba. O
feiticeiro não realiza seus prestígios por meio do inferno; é o inferno que
os realiza por meio do feiticeiro, que o arrasta em seu turbilhão de
demência fantástica de perversão fatal e de desordem universal.
Nenhum criado é menos livre que o mago negro títere infortunado
do invisível, marionete inconsciente do mal, abdicou de toda
personalidade verdadeira; afoga seu livre arbítrio no triste oceano, do
qual vai se tornar uma vaga. Mas, em compensação, ele será esta
vaga, e o grande poder oculto agirá dentro dele, daí em diante; depois
por seu intermédio, agirá fora dele.
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Este poder se manifesta em todos os aspectos do mal e da
desordem é por ele que vimos o último dos escravos, revestidos de
aparente superioridade, influenciando a distância os seres vivos,
abatendo-os pela morte, pela consumação ou pela loucura. Portanto
são de sua influência: Amarrações, entorpecimentos, imobilidade,
pestes, contágios, miséria, má sorte, pragas diversas, mortes e também
cataclismos, como tempestades, ciclones, erupções vulcânicas e
tremores de terra.
Na alta magia operativa, é muito fácil se perder na esfera da
ilusão, pois é bem difícil equilibrar a interação entre o intelecto (lógica) e
a intuição, em operações profundas de alta magia, o teurgo deve unir
esses dois até que se tornem um só, desenvolvendo o estudo profundo
dos símbolos, obtendo a compreensão e o conhecimento dos diversos
planos. Assim se permite, desenvolver, aperfeiçoar e purificar certos
aspectos da mente tornando-a mais translúcida ao chamado do anjo,
em outras palavras, se dispondo a oração.
Esta oração simples é na verdade uma invocação teurgica de alta
magia e indica um caminho através da árvore da vida:
*Pai nosso que estás no céu: corresponde ao mais alto, ao que estaalém, aponta o lugar (no céu), a prece é dirigida ao sol, (Ra–kether) aprimeira sephira, santificada seja a tua (coroa–kether).
*Santificado seja teu nome: o inominado tem em seu nome, amanifestação (emanação), o segredo da origem de tudo, nopensamento e na ação (glória–hod).
*Venha a nós o teu reino: segundo pedido equilíbrio, o que sustenta, o(fundamento–yesod) e a harmonia (beleza–tifereth) das formas douniverso, no coração de quem ora (reino–malkhuth).
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*Seja feita a tua vontade no céu e na terra: terceiro e quarto pedidos,à vontade. O homem de desejo e a queda, a criação mental emmanifestações éticas (kether–malkhuth).
*Pão nosso de cada dia daí-nos hoje: quinto pedido, da possibilidadede conhecer a vida através do caminho, das experiências de cada dia,nas escolhas do caminho (livre-arbítrio) (sabedoria–hockmah).
*Perdoa as nossas faltas: sexto pedido, aplicar a nós mesmos oprincípio da sabedoria expansiva, significa perdoar-se a si próprio(justiça–geburah).
*Assim como nós perdoamos aos nossos devedores: sétimopedido, misericórdia para nossos semelhantes (misericórdia–hesed).
*e não nos deixeis cair em tentação: oitavo pedido, livrai-nos dosencontros freqüentes com as incertezas do caminho, e das escolhaserradas (vitória–netzach).
*mas livrai-nos do mal: nono pedido, se possível auxilia nas nossasescolhas que poderiam atrair-nos à senda negativa, o mal ésimplesmente uma personificação da tendência de deturpar ao infinitoos reflexos do absoluto (compreensão–binah).
Adquirir tal conhecimento, não é dado senão a poucas pessoas,
existe uma característica que infalivelmente os identifica, sempre em
todo o lugar, usam um cajado (cetro) mágico, para o bem geral ou pelo
menos coletivo; em nenhum momento, para interesses pessoais ou
mesquinha ambição.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Conta uma antiga lenda, que no princípio viviam dois povos na
terra. O povo do ocidente era bom e o povo que vivia no oriente era
mau. O povo mau enviou aos homens doenças e morte. Para aliviar o
sofrimento das pessoas, os Deuses enviaram uma Águia para transmitir
poderes medicinais. A Águia foi até os homens, mas estes não
entendiam a sua linguagem, e assim, ela não conseguiu transmitir-lhes
a ciência e o dom da medicina. A Águia, voando e com a firme decisão
de cumprir a sua missão, viu das alturas uma bela mulher, dormindo
nua, nas sombras de uma árvore. A águia pousou, fez amor com a
mulher e como fruto deste ato, nasceu o primeiro xamã na terra.
MESTRE DAS SOMBRAS
PARTE XIII
“Aliados”
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A metáfora acima ilustra bem a ligação do xamã com o reino animal
(animais de poder). Todas as plantas de poder são professoras e não
devem ser usadas de maneira imprópria. Sua utilização deve ser
rigorosamente restrita ao uso sacramental, dentro da ritualística
estabelecida por quem conhece e domina a sua essência.
A atividade xamânica é essencialmente ligada a processos de cura:
física, mental, emocional e espiritual. O Xamanismo, venera a Vida que
permeia a rede universal, desde as células até os astros - atua através
de forte consciência ecológica, procurando preservar as condições
ambientais do planeta Terra.
Toda planta de poder é uma aliada sagrada e só é consumida
ritualmente, sendo a chave que abre as portas do Divino. Dentre as
várias etnias americanas, do Canadá até a Terra do Fogo, podemos
destacar as seguintes aliadas:
•Peyotl- o cacto das visões luminosas (Lophophora williamsii)•Ololiuhqui- a erva da serpente•Tlitliltzen- as sementes da virgem•Mescal beans- as sementes das danças visionárias•Teonanácatl- a carne de Deus (Pcilocybe mexicana)•Pipiltzintzintli- a sálvia dos adivinhos•Datura- a aliada dos pajés (Estramônio – Datura inoxia)•Tabaco- a erva exorcista (Nicotiana tabacum)•San Pedro- huachuma ou Don Pedrito, cacto abre as portas do céu•Virola e Paricá- Rapé da inspiração - o pó sagrado dos feiticeiros•Coca- a folha do jejum e da vigília (Eritroxillum coca)•Ayahuasca- a bebida das viagens prodigiosas•Sophia- princesa da beleza e da poesia (Cannabis sativa)•Jurema- a bebida sagrada da caatinga (Mimosa hostilis)
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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A Paleoantropologia revela indícios que nos mostram que o
homem (Homo sapiens sapiens) há aproximadamente 13.000 anos
atrás, começou a consumir cereais selvagens em grandes quantidades
e a desenvolver utensílios destinados á colheita de cereais, como foices
de pedra. Com o tempo, estes coletores sistemáticos começaram a
plantar as sementes, e a selecionar as variedades de trigo e cevada
que mais se prestavam para o cultivo, resultando em uma seleção
artificial que originou as primeiras espécies vegetais domesticadas.
Assim ao redor de 10.000 anos atrás aparecem os primeiros
agricultores propriamente ditos na região do Oriente Médio, conhecidos
como povos Neolíticos. Nesta região desenvolveu-se o cultivo do trigo,
cevada, ervilhas e lentilhas, entre outros. Outros dois focos importantes
e independentes de desenvolvimento da agricultura são conhecidos.
Aproximadamente 7.000 anos atrás na china, ao longo do rio Yangtze.
Domesticou-se o arroz, soja e chá, entre outros, e 5.000 anos atrás na
Mesoamérica o milho, feijão, abóbora, tomate, pimentões e cacau entre
outros.
É importante notar que o aparecimento da agricultura foi um
processo complexo, a domesticação das plantas ocorreu em etapas,
sem se abandonar imediatamente os hábitos de caça e coleta, e a
sedentarização ocorreu, ás vezes antes da agricultura em locais entre
rios ricos em diversidade e alimento.
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Por causa das indiscutíveis conseqüências históricas do
aparecimento da agricultura, este evento é tradicionalmente visto como
um avanço nas condições de vida das populações pré-históricas. No
entanto, a morfologia dos povos Neolíticos mostra que, devido a uma
dieta menos rica e variada que a de caçador-coletores, estes primeiros
agricultores vivenciaram o aparecimento de uma série de deficiências
nutricionais, anemias e uma diminuição do tamanho corporal médio da
população (todos índices de níveis baixos de nutrição). Mas foi
principalmente, a sedentarização que levou a um aumento significativo
da densidade demográfica dos grupos, criando as condições
necessárias para o estabelecimento de doenças infecciosas
transmissíveis, como lepra, sífilis e tuberculose que aparecem no
registro Paleopatológico neste período.
O fator que levou o homem pré-histórico a domesticar algumas
das plantas que colhia tem que ser visto sob o ponto de vista evolutivo
das pressões de seleção do período pós-glacial. Sob tais condições,
uma adaptação favorecendo estabilidade e previsibilidade com base em
recursos em alta quantidade, mas baixa qualidade (alimentação
baseada em carboidratos) foi relativamente melhor sucedida em termos
demográficos do que uma adaptação favorecendo adaptabilidade e
flexibilidade comportamental com base em recursos de alta qualidade,
mas baixa previsibilidade (alimentação baseada na caça e coleta).
A opção por estas duas estratégias alternativas repete-se ao
longo da evolução dos hominídeos, cada uma delas representou
sucesso evolutivo em diferentes circunstâncias e por períodos
diferentes de tempo, mostrando o caráter circunstancial e localizado do
processo evolutivo.
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A evolução por seleção natural não possui direção ou trajetória.
Durante os cinco milhões de anos da evolução do homem, cada
espécie de hominídeo que existiu (hoje contamos aproximadamente 15
espécies extintas de hominídeos) ocupou um espaço evolutivo único
sem mostrar uma tendência ou projeção em direção ao homem atual.
Os dados genéticos mostram que o homem moderno sofreu um
gargalo demográfico no inicio da sua diferenciação que provavelmente
reduziu o número dos nossos ancestrais a menos de 10.000 pessoas.
No entanto, os nossos ancestrais não eram os únicos hominídeos vivos
no mundo aquela época. Poderia ser perfeitamente possível que
tivessem sido os nossos ancestrais que se extinguissem durante o
processo, e que os sobreviventes escrevendo a história hoje fossem os
neanderthais.
Um dos fatores que participaram e foram decisivos para o
sucesso evolutivo e diversificação das angiospermas (plantas com
flores e frutos) diz respeito a evolução bioquímica. Certos grupos de
angiospermas desenvolveram substâncias vegetais secundárias, tais
como alcalóides, que as protegem da maior parte dos herbívoros, este
exemplo constitui uma indicação segura de que ocorreu um amplo
padrão de interação evolutiva entre tais plantas e animais (coevolução);
parecendo provável que as angiospermas primitivas também receberam
proteção, devido á propriedade que possuem de produzir certas
substâncias químicas que atuam como venenos para os herbívoros.
Algumas destas substâncias, no entanto não são simplesmente
venenos, mas sim imitam neurotransmissores, (substâncias químicas
que intermediam as sinapses entre um neurônio e outro), estes
neurotransmissores artificiais elaborados pelas plantas alteram o
padrão das sinapses provocando estados alterados de comportamento
em mamíferos que se aventurem a alimentar-se de certas plantas.
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Provavelmente esta confusão temporária no sistema nervoso
central dos herbívoros é suficiente para causar uma desorientação
deixando o animal a mercê dos seus predadores.
Segundo o registro dos fósseis os Homo sapiens
neanderthalensis foram os primeiros do gênero Homo, a desenvolver
rituais funerários, xamanismo e o uso e cultivo de plantas de poder isto
a aproximadamente 60.000 anos atrás.
A nossa espécie Homo sapiens sapiens (Cro - Magnom), só viria
a surgir 10500 anos depois, posteriormente convivemos durante 15000
anos com os Neanderthais, estes se extinguiram a 30.000 anos atrás, é
provável que durante esta convivência eles tenham nos ensinado os
ritos funerários, xamanismo e o cultivo de plantas de poder.
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As espécies de plantas de poder têm sido usadas há muito tempo
pelos indígenas e pelos povos antigos, durante milênios o homem
cultivou e usou para cura tanto do corpo como da alma, através dos
anos com a seleção artificial feita pelo homem às plantas de poder
aumentaram em muito a sua concentração de substâncias secundárias
psicoativas.
O uso ritual destas plantas de poder reside um mistério que se
perde no tempo, rituais que passaram de pai para filho, para se
conseguir uma dádiva (cura), ou um “aliado”, deste modo os pagés
classificam as plantas de uma forma diferente da botânica sistemática,
indo bem além da classificação morfológica floral.
A classificação xamânica engloba determinandos estágios no
crescimento da planta onde existe ou não alta concentração de
substâncias psicoativas em determinadas partes da planta tais como:
flor, fruto, folhas, raízes ou sementes.
Há evidências de que em algumas culturas as plantas de poder
constituem os únicos vegetais domesticados, é possível que em tal
etnobotânica se tenha desenvolvido uma relação simbiótica entre
plantas e seres humanos, aquelas que por acidente contém os
psicodélicos desejados são cultivadas preferencialmente.
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Tal seleção artificial pode exercer profunda influência
subseqüente na evolução (tanto das plantas quanto dos homens) em
períodos de tempo relativamente curtos (dezenas de milhares de anos).
Trabalhos científicos recentes comprovam que substâncias psicodélicas
funcionam como congêneres químicos próximo as substâncias naturais
(neurotransmissores) produzidas pelo cérebro, que inibem ou reforçam
a transmissão neural, e que podem ter entre outras funções
psicológicas a de induzir alterações endógenas em matéria de
percepção ou disposição.
É difícil compreender por que a evolução teria selecionado
cérebros humanos predispostos a tais experiências sensoriais, através
de substâncias secundárias de plantas, provavelmente tais alterações
na percepção do mundo produzidas e artificialmente provocadas,
influem na adaptação evolutiva da espécie humana.
É provável que o desenvolvimento da arquitetura neural dos
cérebros humanos (inteligência) foi influenciada por experiências
psicotrópicas, tendo em vista conceitos humanos, tais como símbolos
do inconsciente coletivo, comuns e universais em religiões ocidentais e
orientais de Deuses, vida após a morte, céu e inferno.
Existem muitas outras substâncias elaboradas por fungos,
plantas, insetos e anfíbios com o objetivo de defesa na terrível batalha
pela vida, já testadas através de milhões de anos de evolução, a
biodiversidade das florestas tropicais consiste no maior patrimônio que
a humanidade tem, pois nas florestas estão os fármacos, para a cura
das doenças do futuro.
Índio sombra que surge (Maio de 1971)
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Estes escritos foram Psicografados, qualquer dúvida entre em contato
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