Lista de Histologia Animal
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Histologia Animal
PARTE I – TECIDO EPITELIAL E TECIDO CONJUNTIVO
1. INTRODUÇÃO
Uma observação superficial dos seres vivos, mostra-nos que sua grande maioria é representada por espécies pluricelulares.
Neles, a existência de muitas células, com diferentes graus de especialização, fez prever a existência de um complexo arranjo
estrutural, cujos níveis de organização estão a seguir.
A Histologia, portanto, é o ramo da Biologia que estuda os tecidos animais e vegetais.
Tecidos são grupos de células especializadas, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares, provenientes de
células embrionárias que sofreram diferenciação, distinguindo-se cada grupo por sua estrutura e pelas funções específicas que
desempenha.
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS ANIMAIS
1. Tecidos Epiteliais
2. Tecidos Conjuntivos
• Tecido Conectivo
• Tecido Adiposo
• Tecido Cartilaginoso
• Tecido Ósseo
• Sangue e Hematopoético
3. Tecidos Musculares
• Tecido Muscular Liso
• Tecido Muscular Estriado Esquelético
• Tecido Muscular Estriado Cardíaco
4. Tecido Nervoso
Substância Intercelular ou Intersticial
É uma substância que pode ocupar o espaço entre as células de um tecido. Pode ser líquida, como o plasma, no sangue;
sólida ou semissólida como no osso e nas cartilagens.
Alguns tecidos são classificados pela quantidade de substância intersticial, como, por exemplo, o tecido epitelial (pouca
substância) e o conjuntivo (abundante substância intersticial).
A composição química desta substância é variável de tecido para tecido.
2. ESTUDO DOS EPITÉLlOS
ANATOMIA E FISIOLOGIA
FisiologiaCITOLOGIA
CÉLULA
A
TECIDO
ÓRGÃO
SISTEMA
ORGANISMO
CITOLOGIA
HISTOLOGIA
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Os Epitélios são constituídos, geralmente, por células poliédricas justapostas, entre as quais encontramos pouca substância
intercelular. Uma das propriedades dos tecidos epiteliais é a capacidade de coesão entre suas células, que formam camadas
contínuas revestindo a superfície e cavidades do corpo, como acontece com a pele e mucosas.
As células epiteliais provêm dos três folhetos embriológicos. A maior parte das células que cobrem a pele e algumas
cavidades naturais (boca, ânus, fossas nassais) tem origem do ectoderma. Os epitélios que revestem quase todo o tubo
digestivo e árvore respiratória provêm do endoderma; as glândulas do sistema digestório, com pâncreas e fígado, também
originam-se do endoderma. A maioria dos epitélios restantes tem origem no mesoderma, como o rim, por exemplo.
Como os tecidos epiteliais são formados por células muito próximas e sem substância intercelular, neles não se encontram
vasos sanguíneos. As trocas gasosas e nutritivas são feitas por difusão, célula a célula, com o tecido conjuntivo subjacente.
Na superfície de contato com o tecido conjuntivo subjacente, os epitélios apresentam uma lâmina ou membrana basal. Esta
membrana é composta por glicoproteínas associadas a colágeno, visível ao microscópio óptico, é permeável à água, O2,CO2 e
nutrientes.
Os tecidos epiteliais têm como funções principais:
a) Revestimento das superfícies (epiderme).
b) Revestimento e absorção (epitélio intestinal).
c) Secreção (observável nas glândulas).
d) Função sensorial (neuroepitélios).
TIPOS DE TECIDO EPITELIAL:
a) Revestimento (proteção ou absorção).
b) Glandular ou de secreção.
Epitélio de Revestimento
São classificados com base em diferentes aspectos, como a forma de suas células, o número de ca madas celulares e as
funções que desempenham.
Quanto à forma das células
Quanto ao Número de Camadas Celulares
a) Simples: apenas uma camada de células.
b) Estratificados: várias camadas celulares.
c) Pseudo-estratificado: só uma camada, porém as células apresentam alturas diferentes, dando um aspecto de várias
camadas.
d) Misto ou de Transição: as células têm formas diferentes de uma camada para a outra.
De forma geral, os epitélios estratificados estão ligados à função de proteção, e os epitélios simples, à função de
absorção.
Os epitélios podem apresentar cílios em sua superfície livre. O batimento destes cílios garante o deslocamento de
substâncias sobre as células.
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Epitélio de Secreção (As glândulas)
Os epitélios glandulares são constituídos por células que apresentam como atividade caracterís tica a produção de secreção
fluida, de composição diferente da do plasma sanguíneo ou do fluido tecidual. Quase sempre estes produtos de secreção são
elaborados e acumulados dentro do citoplasma sob a forma de pequenas partículas envolvidas por membranas (grânulos de
secreção).
As glândulas originam-se de grupos de células que proliferam a partir do epitélio e se aprofundam, formando, inicialmente,
canais ou então cordões.
A maioria das células do epitélio granular apresenta retículo endoplasmático rugoso e Complexo de Golgi bem
desenvolvidos.
De forma geral, as glândulas podem apresentar uma estrutura chamada adenômero (porção secretora) e um Ducto excretor.
As glândulas, geralmente, são pluricelulares; as mais simples, no entanto, são unicelulares, como as células mucosas ou
caliciformes.
Esquema ilustrando como se originam as
glândulas a partir das superfícies epiteliais. O
epitélio prolifera e se afunda no conjuntivo,
mantendo ou não contato com a superfície, conforme venha a ser a glândula exócrina ou
endócrina. Nas glândulas endócrinas, as células
podem agrupar-se em cordões ou folículos. Nos
folículos, o produto de secreção é acumulado em grande quantidade. Na glândula cordonal, o
produto de secreção é acumulado em pequena
quantidade no interior das células. (Redesenhado
e reproduzido com permissão de Ham AW: Histology 6th ed. Lippincott, 1969).
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Classificação das Glândulas
a) Quanto à natureza química da secreção
• Mucosas: produzem secreção viscosa, de natureza glicoproteica (muco).
Ex.: Glândulas caliciformes da traqueia.
• Serosas: produzem uma secreção aquosa, clara, rica em proteínas.
Ex.: Lacrimais.
• Seromucosas: secretam uma secreção mista.
Ex.: Salivares sublinguais.
b) Quanto ao destino da secreção
• Endócrinas: secreção interna, não possuem ducto excretor.
Ex.: Hipófise, tireoide, adrenais.
• Exócrinas: secreção externa, possuem ducto excretor, a secreção vai para o meio externo ou cavidade de um órgão.
Ex.: Mamárias, sebáceas.
• Anficrinas ou Mistas: secreção mista, possuem uma parte externa e outra interna. Ex.: Testículos, pâncreas .
Tecidos Conjuntivos
Os tecidos conjuntivos caracterizam-se, morfologicamente, por apresentarem diversos tipos de células, separadas por
abundante material intercelular sintetizado por elas. A riqueza material intercelular é uma de suas características mais
importantes. Este material é representado por uma parte com estrutura microscópica definida, as fibras do conjuntivo, e por
uma parte não estruturada, a substância fundamental amorfa.
O tecido conjuntivo preenche espaços, dá sustentação mecânica, transporta substâncias, acumula reservas, protege contra
agentes infecciosos, garante processos de regeneração e cicatrização, proporciona pigmentação, e produz substâncias especiais
que entram na sua própria composição.
A maior parte dos tecidos conjuntivos origina-se do mesênquima, que é um tecido embrionário derivado do mesoderma.
Dentre as diversas modalidades de conjuntivos, uma se destaca como a principal na finalidade de conjunção, fazendo
melhor que as demais o papel de preenchimento de espaços vazios. Essa variedade recebeu o nome de tecido conjuntivo
propriamente dito (TCPD).
Os componentes do TCPD
É formado basicamente por três componentes: substância fundamental, fibras e células.
1. A substância fundamental
É homogênea, amorfa, constituída de água, sais , proteínas é mucopolissacarídeos.
Possibilita a difusão de nutrientes e catabólitos de uma célula para a outra e as trocas entre as células e o sangue. Dessa
maneira, é alcançado um equilíbrio tecidual (tissular). Qualquer variação nestes mecanismos pode promover a excessiva
retenção de água na substância fundamental. É dessa forma que surgem os edemas ou inchaços.
2. As fibras
Existem três tipos de fibras, todas de natureza proteica, produzidas por células chamadas de fibroplastos.
a) Fibras colágenas
São formadas por uma proteína chamada colágeno, são fortes, resistentes à tração, agrupam-se em feixes de cor branca.
b) Fibras elásticas
Formadas por uma proteína chamada elastina. São finas, ramificadas, têm boa elasticidade.
c) Fibras reticulares
Formadas por uma proteína chamada reticulina. São as mais finas, formam redes em alguns tecidos.
Tecido conjuntivo propriamente dito 1. Fibroblastos; 2. Macrófagos; 3. P lasmócito s; 4. Mastócitos; 5. Fibras colágenas; 6. Fibras elásticas; 7.Fibras reticulares
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3. As células
Originam-se da mesoderme embrionária. Com o desenvolvimento do organismo, e, portanto, com a diferenciação dos
tecidos, apenas alguns grupos destas células permanecem totipotentes, garantindo a produção de novas células conjuntivas.
As células conjuntivas mais comuns são:
a) Fibroblastos
São as células mais numerosas e típicas desse tecido. São alongadas com algumas ramificações, núcleo oval e grande.
Possuem RER e aparelho de Golgi bem desenvolvidos. São caracterizados pela intensa produção de fibras colágenas, elásticas
e reticulares. Os fibroblastos também produzem os mucopolissacarídeos da substância amorfa. Em fase de repouso temporário
ou permanente, são chamados fibrócitos.
b) Macrófagos
São células acentuadamente grandes (até 25 m) e de contorno irregular, possuem elevada capacidade de fagocitose.
Movem-se através de pseudópodos, sendo responsáveis pelo englobamento e destruição de partículas estranhas, que penetram
no organismo. Quando inativos, permanecem fixos, retraindo seus pseudópodos. Recebem, então, o nome de histiócitos.
Os macrófagos têm ampla distribuição pelo corpo.
c) Mastócitos
São células grandes, globosas. O citoplasma é rico em granulações basófilas. Estes grânulos são acúmulos de heparina
(anticoagulante) e histamina (liberada em reações alérgicas e inflamatórias). Ocorrem em grande número, principalmente junto
aos vasos sanguíneos.
d) Plasmócitos
São menores, o citoplasma não possui granulações. Desempenham uma importante função imunológica, que é a produção
de anticorpos.
e) Leucócitos (Glóbulos brancos)
Eles são esféricos, com cromatina compacta e densa. O núcleo é grande e o citoplasma forma uma fina camada sem
granulações ao redor do núcleo. Relacionam-se à proteção de anticorpos e acumulam-se, junto com os plasmócitos, em regiões
com processos infecciosos. Eles são numerosos no sangue, linfa e órgão linfoides.
f) Células Adiposas
São muito grandes, esféricas, com núcleo pequeno e deslocado para a periferia. No centro, há uma grande gota de gordura.
Esta célula será estudada com mais detalhes, quando falarmos de tecido adiposo.
4. Tipos de TCPD
TCPD
Denso
Frouxo
O tecido conjuntivo frouxo não tem predominância de nenhum tipo de célula e fibra. É um tecido moldável, macio, que
normalmente preenche espaço entre feixes musculares, funcionando como amortecedor entre vários órgãos viscerais e ainda na
pele.
O tecido conjuntivo denso apresenta uma predominância das fibras colágenas sobre os demais elementos. Se estas fibras se
organizam paralelamente, o tecido assume uma consistência rígida e com pouca elasticidade. É este tecido que caracteriza os
tendões, que fazem ligações dos músculos estriados aos ossos. Ex.: "Tendão de Aquiles" ou tendão calcâneo comum.
No tecido conjuntivo denso não-modelado, as fibras colágenas formam feixes que se distribuem sem qualquer arrumação,
num emaranhado que confere ao tecido uma consistência fibrosa, resistente à tração. Normalmente, ele é encontrado nas
cápsulas articulares ou envoltórias de certos órgãos, como os testículos, baço, fígado. etc.
)Fibroso(eladomodNão
)Tendinoso(Modelado
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Tecido conjutivo frouxo Tecido tendinoso
Esquema simplificado das transformações que ocorrem entre as células dos tecidos de natureza conjuntiva. As setas
interrompidas indicam a existência de tipos celulares intermediários entre os apontados. As células do retângulo da esquerda,
embora de origem conjuntiva (mesenquimatosa), morfologicamente são células epiteliais. Neste esquema, o tamanho das
células não representa suas dimensões reais (os adipócitos, megacariócitos e osteoclastos são muito maiores).
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O TECIDO ADIPOSO
Este tipo de tecido conjuntivo é rico em uma célula especializada chamada adipócito, que tem a função básica de
armazenar gordura.
No tecido adiposo, os fibroblastos, macrófagos e mastócitos, bem como as fibras colágenas, estão em número bem
reduzido.
Este tecido se desenvolve abaixo da pele (tecido subcutâneo ou hipoderme) em todas as par tes do corpo, porém
predominantemente no abdome e nas nádegas.
É um tecido de armazenamento energético, uma vez que as lípidas, quando oxidadas, oferecem várias calorias. Funciona
também como isolante térmico que impede ou dificulta perdas de calorias do organismo com o meio ambiente. Esta camada de
gordura (panícula adiposo) é muito abundante em animais homeotérmicos que habitam regiões frias.
A medula óssea amarela é rica neste tecido.
TECIDO CARTILAGINOSO
Juntamente com os ossos, compõe o sistema de
sustentação do organismo. As cartilagens normalmente estão
associadas aos ossos, constituindo os meniscos, cápsulas das
articulações, ligamentos, septos, discos intervertebrais.
Representam, assim, um papel de estruturas amortecedoras
de choques, dando, ao mesmo tempo, uma certa flexibilidade
ao conjunto esquelético.
Nos embriões, o esqueleto é basicamente cartilaginoso e,
aos poucos, vai se ossificando.
A célula cartilaginosa é chamada condrócito. Ela se
origina de células embrionárias chamadas condroblastos.
A substância fundamental ou matriz é rica em mucopolissacarídeos e
em colágeno.
Tecido cartilaginoso (cartilagem hialina). 1.Cápsula envoltora de um ninho de
células: 2. Condrócito; 3 Substância intercelular.
No interior da matriz não há vasos sanguíneos. A nutrição das células é feita, então, a partir da camada envolvente da
cartilagem, o pericôndrio, este vascularizado. As substâncias se difundem lentamente do pericôndrio para a matriz, o que
explica o baixo metabolismo e a dificuldade de regeneração. Na matriz também não há nervos e, portanto, as cartilagens não
têm sensibilidade.
HÁ TRÊS TIPOS DE CARTILAGENS:
a) Cartilagem Hialina
É a mais comum no embrião. No indivíduo adulto, pode ser encontrada nas cartilagens costais (costelas), cartilagens
articulares, traqueia e brônquios. Têm predomínio de substância intercelular e, dentre as fibras, só possui as fibras colágenas.
b) Cartilagem Elástica
Rica em fibras elásticas. É encontrada na epiglote, orelha e septo nasal.
c) Cartilagem Fibrosa
É a mais resistente das três. Possui abundantes fibras colágenas e elásticas. As fibras colágenas formam grossos feixes.
É vista nos meniscos, discos intervertebrais e ligamentos.
TECIDO ÓSSEO
É o tecido de sustentação mais característico dos vertebrados. É o principal formador dos ossos. É fundamental o
entendimento de que o osso é um órgão e não pode ser confundido com o tecido ósseo. Primeiramente, vamos falar sobre os
ossos e, depois, sobre o tecido ósseo.
Os ossos têm várias funções, como: armazenar sais de cálcio; armazenar lipídios na medula óssea amarela (tutano) dos
ossos longos; função hematopoiética na medula óssea vermelha; função de proteção; locomoção passiva (sistemas de
alavancas), etc.
Dessa maneira, observa-se que o osso não é simplesmente um tecido, mas uma estrutura complexa com vários tecidos.
No tecido ósseo, devemos distinguir as células (osteócitos) e a substância intercelular (matriz óssea). Os osteócitos
originam-se de células jovens chamadas de osteoblastos, que são responsáveis pela produção de fibras, glicoproteínas e outras
substâncias.
À medida que se completa a calcificação da matriz, osteoblastos ficam presos em lacunas e passam a ser chamados
osteócitos. É através de um sistema de canais que é feita a troca de substâncias entre os osteócitos. Estas lacunas comunicam-
se umas com as outras por meio de uma vasta rede de canalículos que desembocam em canais largos, formados por lâminas
ósseas concêntricas, denominado canal de Havers. Os canais de Havers de sistema vizinho são conectados transversalmente
pelos canais de Volkmann.
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Há também no tecido ósseo células grandes e multinucleadas, os osteoclastos; eles participam, principalmente, dos
processos de regeneração do tecido, após as fraturas.
Os ossos são revestidos por uma membrana fibrosa chamada periósteo.
À direita, ostcócitos cm grande aumento, retraídos, já isolados. À esquerda, osteoblastos interligados.
Num osso longo, distinguimos duas regiões: a diáfise, ou corpo do osso, e as epífises, ou extremidades ósseas. Na maior
extensão da diáfise, seu interior é oco, constituído pelo canal medular, que é preenchido quase totalmente pela medula óssea
amarela. Já nas epífises, o osso adquire um aspecto esponjoso, e seus territórios são ocupados pela medula óssea vermelha.
SANGUE E TECIDO HEMATOPOIÉTICO
O sangue é um tecido líquido e fundamentalmente um tecido de transporte. O sangue garante um equilíbrio hídrico e
osmótica; funciona como sistema tampão, mantendo o equilíbrio ácido-base; participa do mecanismo termorregulador; pela
ação dos leucócitos, o sangue exerce importante ação protetora.
O volume total do sangue de um adulto é aproximadamente 8% do seu peso corporal (5 a 6 litros).
O sangue apresenta uma substância fundamental líquida, o plasma, e os elementos figurados, ou celulares, que são as
hemácias, os leucócitos e as plaquetas.
É no plasma que se dissolvem as substâncias transportadas pelo sangue. Ele tem 90% de água e 10% de substâncias
orgânicas e inorgânicas. A fração de sais é pequena, da ordem de apenas 0,9%.
Hemácias (4 500 000/mm3 de sangue)
Elementos
figurados do
sangue
Leucócitos
(6 a 10 000/mm3
de sangue)
Granulócitos
Acidófilos (3%)
Neutrófilos (65%)
Basófilos (1%)
Agranulócitos
Linfócitos (25%)
Monócitos (6%)
Plaquetas (250 000/ mm3 de sangue)
a) Hemácias ou Eritrócitos
No homem, as hemácias são células discoidais, bicôncavas, altamente especializadas para o transporte de gases. Em todos
os mamíferos, elas são anucleadas.
As hemácias são células pequenas, ricas em hemoglobina (proteína conjugada, em cuja composição entra o elemento ferro).
A hemoglobina é responsável pela cor vermelha do sangue e tem alto poder de combinação com o oxigênio.
Na produção de hemácias são indispensáveis fatores nutricionais, como a vitamina Bl2, o ácido fólico e o ferro.
Quando ocorre diminuição na taxa de hemácias, diz-se que há anemia. O excesso é a policitemia.
b) Leucócitos ou Glóbulos Brancos
São responsáveis pela defesa do organismo, apresentam uma grande variedade em número, forma, tamanho e funções.
Podem atravessar as paredes dos capilares (diapedese) indo para outros tecidos.
Um pequeno aumento do número de leucócitos é chamado leucocitose e a redução, leucopenia.
Os núcleos dos leucócitos apresentam várias formas, sendo simples ou lobulados, e o citoplasma pode ou não apresentar
granulações; eles são assim classificados:
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Linfócitos
Agranulócitos
Monócitos
Leucócitos
Neutrófilos
Granulócitos Acidófilos (eosinófilos)
Basófilos
Leucócitos agranulócitos e suas variedades. Leucócitos granulócitos e suas variedades.
Os linfócitos predominam neste grupo. Os neutrófilos são os mais numerosos
-Leucócitos Agranulócitos
Apresentam pouca granulação no citoplasma. Os linfócitos são particularmente ativos nas reações para produção de
anticorpos, participam também do mecanismo de rejeição em transplantes.
Os monócitos possuem intensa atividade fagocitária, junto com os macrófagos.
-Leucócitos Granulócitos
Os neutrófilos são muito ativos e mais numerosos. Geralmente, morrem ao fagocitar bactérias. São, então, chamados de
piócitos (pus).
Os acidófilos, comuns na mucosa intestinal, participam de processos alérgicos. Coram-se por corantes ácidos (eosina),
Os basófilos são menos numerosos, produzem heparina (anticoagulante) e histamina. Têm afinidade por corantes básicos.
c) Plaquetas
Também chamadas trombócitos, não constituem células, mas fragmentos de células. Decorrem da fragmentação dos
megacariócitos na medula óssea vermelha. São delimitadas por fina membrana e repletas de microvesículas contendo
tromboplastina, enzima de relevante papel no mecanismo da coagulação sanguínea. Existem na proporção de 250 000 a
300 000 por milímetro cúbico de sangue, na pessoa normal. O seu aumento numérico constitui a trombocitose e sua
diminuição, a trombocitopenia.
d) Plasma
O plasma é uma solução aquosa rica em sais , proteínas, lipídios, hidratos de carbono (nutrientes para as células), íons,
vitaminas, anticorpos, hormônios e produtos de excreção, como a ureia, além dos gases respiratórios, como o oxigênio e o
dióxido de carbono ou gás carbônico. Tem alto índice de viscosidade. O plasma possui uma proteína – o fibrinogênio –-, de
elevada importância no mecanismo da coagulação do sangue. Quando se retira o fibrinogênio do plasma, deixa de haver
condição para a coagulação. O plasma (isolado dos elementos figurados), destituído do fibrinogênio, constitui o soro.
A COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Para que o sangue se coagule, é preciso que o fibrinogênio (proteína globular encontrada no plasma) se transforme em
fibrina (proteína fibrosa que só aparece no sangue na hora da coagulação). Mas, para que haja essa transformação, tem de atuar
sobre o fibrinogênio uma enzima chamada trombina (fibrinofermento).
Você pode deduzir que não se pode ter a trombina livre na circulação, pois isso acarretaria a coagulação contínua do sangue
dentro dos vasos, isto é, uma trombose generalizada.
Logo, a trombina só deve aparecer na hora certa. Ela se forma à custa de um precursor – a protrombina, que normalmente
já existe no sangue circulante.
Por que a protrombina não passa naturalmente a trombina a qualquer hora? É porque ela é bloqueada por uma substância
anticoagulante – a antitrombina ou heparina, que também existe no sangue circulante. A heparina é produzida pelos
mastócitos do tecido conjuntivo propriamente dito.
No sangue circulante são encontrados normalmente o fibrinogênio, a protrombina e a heparina. Os outros inte grantes da
cadeia mencionados só aparecem na hora da coagulação.
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Bem, agora vejamos como ocorre o desencadeamento da coagulação. Quando há lesão na parede de um vaso sanguíneo, as
células endoteliais desse vaso e notavelmente as plaquetas (naquela região) liberam uma substância chamada tromboplastina
ou tromboquinase que inativa a heparina. Então, destrava-se todo aquele mecanismo que estava travado. Sem a heparina (e em
presença de íons Ca++), a protrombina passa a trombina. A trombina age sobre o fibrinogênio e o leva à fibrina. Como a fibrina
é uma proteína fibrosa longa, ela forma uma rede – a rede de fibrina –, em cujas malhas encalham as hemácias, os leucócitos e
as plaquetas. Forma-se uma massa compacta, que é o coágulo. Esse veda o orifício do vaso e estanca a hemorragia.
Tromboplastina ou
Tromboquinase
Antitrombina ou
Heparina
Protrombina
1 inibe 2 e
desencadeia o processo
Trombina
Fibrinogênio
Fibrina
5
6
4
3
2
1
sem 2, 3 fica livre
3 passa a 4
4 atua sobre 5
5 passa a 6
O mecanismo da coagulação sanguínea. O processo só se destrava quando há liberação de tromboplastina no sangue. Por
fim, a fibrina forma uma rede onde encalham os elementos figurados. Surge o coágulo.
PARTE II – TECIDOS MUSCULAR
1. INTRODUÇÃO
O tecido muscular é de origem mesodermal, as células que compõem este tecido passam por profundas transformações,
tornando-se altamente especializadas no mecanismo da contração. Durante a diferenciação, elas se tornam longas, acumulam
no citoplasma grande número de fibrilas: assim, elas se transformam em fibras musculares.
Um conjunto de fibras agrupadas em feixes formam os músculos, que são os principais efetuadores do organismo.
Por se tratar de um tecido com células altamente especializadas para uma única função, suas estruturas apresentam
nomenclatura própria. Temos, assim:
Célula Fibra
Citoplasma Sarcoplasma
Plasmalema Sarcolema
Fibrilas Contráteis Miofibrilas
Numa fibra muscular, como em qualquer célula, a análise química do protoplasma mostra uma predominância de proteínas.
As duas proteínas mais importantes para a contração são a actina e a miosina. A mioglobina é uma proteína conjugada,
semelhante à hemoglobina, que parece estar ligada a concentração do oxigênio. É a mioglobina que dá cor vermelha ao
músculo.
Distinguem-se três variedades de tecido muscular, de acordo com a apresentação e a fisiologia de suas fibras:
Tecido Muscular Liso
Tecido Muscular Estriado Esquelético
Tecido Muscular Estriado Cardíaco
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Características Lisa Estriada Cardíaca
Forma
Fusiforme
Filamentar
Filamentar
ramificada (anastomosada)
Tamanho (valores médios) Diâmetro: 7
Comprimento: 100
30
Centímetros
15
100
Estrias transversais Não há Há Há
Núcleo 1 central Muitos
Periféricos
(sincício)
1 central
Discos Intercalares Não há Não há Há
Contração Lenta, involuntária Rápida
voluntária
Rápida involuntária
Apresentação Formam camadas
envolvendo órgãos
Formam pacotes bem definidos, os
músculos esqueléticos
Formam as do coração
(miocárdio)
2. TECIDO MUSCULAR LlSO
É formado por células fusiformes pequenas, uninucleadas (núcleo central) e dotadas de capacidade de contração
involuntária.
Também nessas fibras encontram-se miofibrilas de actina e miosina. Mas suas fibras são muito finas e se dispõem em
feixes sem organização precisa no sarcoplasma.
As fibras musculares lisas se reúnem, dispostas paralelamente, formando feixes. Esses feixes caracterizam o que chamamos
de músculos lisos ou musculatura lisa. A musculatura lisa tem contrações lentas e involuntárias. Ela se localiza nas paredes dos
vasos sanguíneos e na estrutura dos órgãos ocos, conferindo-lhes a capacidade de contrações e movimentos. Os movimentos
peristálticos do esôfago, do estômago e dos intestinos, bem como a contração da bexiga e do útero, decorrem da atividade da
musculatura lisa que existe nesses órgãos.
Feixe de fibras musculares lisas.
3. O TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
O tecido muscular estriado esquelético é o tecido que se apresenta em maior volume no corpo.
As fibras musculares estriadas esqueléticas formam, em grupo, os músculos esqueléticos, isto é, os músculos que se
inserem nos ossos do esqueleto e de cujas contrações resultam os movimentos do indivíduo.
Os músculos estriados esqueléticos, na maioria dos mamíferos e grande parte das aves, são ricos numa proteína especial
muito parecida com a hemoglobina do sangue, chama da miglobina, responsável pela cor vermelha desse tecido. Nas aves ,
alguns músculos não possuem essa proteína (ou a têm em pequena quantid ade) e, por isso, se mostram claros, sendo
conhecidos como carne branca. A mioglobina parece ter papel no transporte de oxig ênio dentro da célula. Sua presença é,
portanto, mais notável nos músculos que têm muita atividade e intensas contrações. Nas aves não voadoras (galinha, peru), a
coxa tem carne vermelha ou escura, porém o peito tem carne branca. É porque os músculos das pernas têm muito mais
atividade do que os músculos do peito. Nas aves voadoras, ocorre o contrário.
A fibra muscular estriada esquelética é uma célula cilíndrica na sua maior extensão e afilada nas extremidades. Ela é
muito longa (pode chegar a 30 centímetros de comprimento, ainda que seu diâmetro seja microscópico, com cerca de 30
micrômetros), multinucleada e com os núcleos periféricos. Durante a formação embrionária, a fibra estriada esquelética surge
da reunião de várias células embrionárias uninucleadas. Por isso, ela é considerada um sincício (do grego syn. ' união' e kytos
‘célula’). Entretanto, durante o desenvolvimento ontogenético do indivíduo, a fibra muscular esquelética alonga-se
acompanhando o crescimento dele. Ela não se reproduz mais, após a conclusão do desenvolvimento embrionário. Para suprir
funcionalmente o longo sarcoplasma que se distende, os núcleos se dividem, enquanto os novos núcleos acompanham o
alongamento da fibra. Assim, a fibra estriada passa a se comportar como um plas módio. Ela é, de início, um sincício, depois,
um plasmódio.
Examinada ao microscópio, a fibra estriada revela uma intercalação de faixas claras e escuras, que justifica sua
denominação.
O músculo estriado esquelético tem contrações rápidas e voluntárias, ou seja, atendendo à vontade do indivíduo. O
controle da contração é feito por um nervo motor cujas terminações vão se ramificar dentro da fibra muscular, numa região
chamada placa motora ou junção neuromuscular.
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4. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO
O tecido muscular estriado cardíaco constitui uma variedade especial de músculo estriado na qual as fibras possuem
bifurcações que se anastomosam e são habitualmente uninucleadas. Ocasionalmente, podem ser encontradas fibras
binucleadas. O núcleo é central. Essas fibras têm contração rápida, porém involuntária. Este tecido, por suas características,
situa-se entre o tecido muscular liso e tecido muscular estriado esquelético. É encontrado unicamente na constituição da parede
do coração, formando o miocárdio.
5. A CONTRAÇÃO MUSCULAR
Cada fibra muscular, quando observada ao microscópio eletrônico, revela detalhes da estrutura das miofibrilas. As
moléculas proteicas de activa e miosina organizam-se de maneira que surge a unidade fundamental da contração, que é o
sarcômetro.
A miofibrila apresenta estrias claras (faixa ou disco I) que são formadas por filamentos finos de activa. As estrias escuras
(faixas ou disco A) são formadas pelos filamentos grossos de miosina.
No meio da faixa I, fica uma linha fina e escura chamada linha 2; no meio da faixa A, fica uma linha clara chamada linha
ou zona H O segmento entre duas linhas 2 consecutivas chama-se sarcômeo.
Agora, observe a figura e complete nela onde estão os discos A e I, as linhas Z e H.
Você, também, pode observar que o sarcômero é uma estrutura que pode estar contraído ou relaxado. Logo, conclui-se que
o sarcômero é a unidade contrátil, pois é a menor porção da miofibrila com capacidade de encurtamento.
Observe que os filamentos de activa, deslizam sobre os filamentos de miosina; dessa maneira, as linhas Z se aproximam,
determinando, assim, o encurtamento do sarcômero. Se todos os sarcômeros da miofibrila se contraírem, toda a miofibrila se
encurtará. Ora, se todas as miofibrilas fizerem isso ao mesmo tempo, toda a fibra muscular diminuirá de comprimento e se
todas as fibras assim o fizerem, haverá contração do músculo por inteiro.
13
a a hemofilia de sua mãe, porque esse gene é ligado ao
cromossomo X. A probabilidade da mulher número 10 ser
portadora do gene para a hemofilia é 100%, uma vez que
herdou de seu pai hemofílico o cromossomo X portador do
alelo mutante.
04. [B] A inserção de um único nucleotídeo no genoma
bacteriano pode provocar danos no funcionamento celular
por causar erros na expressão gênica.
05. [D] O albinismo é uma herança autossômica recessiva. Para
um casal normal ter um filho albino (aa), ambos devem ser
heterozigotos (Aa). A probabilidade de o casal ter um
próximo filho albino é de 25%. Os filhos normais poderão
ser homozigotos dominantes (AA) ou heterozitotos (Aa).
06. [D] A questão trata de um exemplo de herança autossômica
recessiva, no caso, a Doença de Wilson, causada por um
par de genes autossômicos recessivos. No esquema em
questão, apenas os indivíduos representados em preto
apresentam a doença porque são homozigotos recessivos,
ou seja, apresentam dois genes mutados que são recessivos.
Os indivíduos representados em cinza são heterozigotos, ou
seja, apesar de possuírem um gene mutado, não manifestam
a doença porque possuem também um gene normal
dominante. Os indivíduos representados em pretos são
homozigotos dominantes e possuem dois genes normais.
07. [C] A neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON) é um
caso típico de disfunção causada por mutação no DNA
mitocondrial e consiste, portanto, num caso de herança
mitocondrial. Nesse tipo de herança, a mãe transmite seu
DNA a toda prole, uma vez que o zigoto recebe as
mitocôndrias apenas do óvulo.
08. A. A hipertermia maligna é uma doença autossômica
dominante e os portadores dessa doença possuem pelo
menos um alelo dominante para a hipertermia. Desse modo,
o paciente acima é heterozigoto para essa característica,
possuindo a hipertermia maligna. Sua avó e sua mãe
também são heterozigotos, possuindo também a doença.
Seus tios maternos podem não ser homozigotos para a
hipertermia, pois poderão herdar, com iguais
probabilidades, tanto o alelo dominante, como o recessivo
de sua mãe. Se o paciente for casado com uma mulher
normal (homozigoto recessivo), seus filhos poderão não
herdar nenhum alelo para a hipertermia maligna. Como a
hemofilia é uma condição recessiva ligada ao X, o avô
paterno do paciente não poderá passar o cromossomo X
para seu pai, que, portanto, não poderá ser hemofílico; já as
suas tias paternas herdarão o alelo recessivo para a
hemofilia e poderão ter filhos hemofílicos.
09. A. A deleção ou deficiência está indicada pela figura (A). A
inversão, pela figura (B). A figura (D) mostra uma
translocação e a figura (C) mostra a duplicação.
10. [E] A doença de Huntington é autossômica e
dominante, ocorrendo em homens e mulheres durante
as gerações consecutivas. A fenilcetonúria é uma
condição autossômica e recessiva, porque pais normais
podem apresentar filhos e filhas afetados. O daltonismo
segue o padrão da herança recessiva e ligada ao
cromossomo x, pois homens afetados transmitem o
gene por meio de suas filhas normais para cerca de
50% de seus netos do sexo masculino.
11. [B] A síndrome de Klinefelter é uma trissomia
(47,xxy). A síndrome de Turner é uma monossomia
(45, xo).
12. [B]
13. [C]
14. [B]
15. [E]
16. [B]
17. [A]
18. [C]
19. [E]
20. [B]
Gabarito questões abertas
01.
a) A frequência do alelo HbS aumenta nas áreas com alta
incidência de malária. Nessas regiões os indivíduos
heterozigotos (HbA HbS) são resistentes à doença e
transmitem o alelo mutante HbS aos seus descendentes.
b) Alelos: HbA (normal) e HbS (anemia falciforme). Pais:
HbA HbS x Hba HbS. P (criança HbS HbS): ¼ ou
25%.
02. As interpretações de Marcos e Paulo estão erradas. A
cura dos sintomas da anemia falciforme não impede a
transmissão do gene defeituoso para as gerações futuras,
seja por meio de medicamentos, ou por terapias mais
sofisticadas como o transplante de medula óssea. Os
procedimentos terapêuticos citados não alteram o genótipo
das células germinativas envolvidas da reprodução dos
portadores da doença.
03.
a) A braquidactilia é uma anomalia ocasionada por um
gene autossômico dominante.
b) Tendo filhos normais, a mulher que forma o casal I é
heterozigótica para a braquidactilia, enquanto que o
homem é homozigoto recessivo. Nesse caso, a
probabilidade do casal ter um filho normal é de 2
1 ou
50%.
04. O alelo é recessivo, pois Alice tem o distúrbio e seus
pais não.
O gene é autossômico já que Carlos não tem o
distúrbio, o que obrigatoriamente ocorreria se o gene
estivesse no cromossomo X. 05.
a) Não, pois a probabilidade de homens desenvolverem a
hemofilia é maior, já que apresentam apenas um
cromossomo X.
b) Sim, pois o fenótipo depende da interação entre
genótipo e ambiente.
c) Não, pois estão ligados ao mesmo cromossomo, ou
seja, estão em linkage.
06.
a) Pleoitropia
b) Dieta deficiente em fenilalanina
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07.
a) Amniocentese é a retirada de líquido amniótico do
abdome materno para fins de análise genética.
Normalmente o procedimento implica alguns riscos,
devendo ser realizada somente por técnicos
especializados, no período entre 15 a 20 semanas de
gravidez. As amostras demoram duas semanas para
produzir resultados. A amniocentese é utilizada para
avaliação citogenética, permitindo detectar a existência
de síndromes como a de Down e estabelecer o sexo do
feto, importante quando se preveem doenças ligadas ao
sexo, como a hemofilia. Também é usada para revelar
anomalias bioquímicas hereditárias como galactosemia.
b) O risco de se ter um bebê com a síndrome de Down
aumenta dramaticamente com a idade materna; por
exemplo, entre os 20-24 anos, o risco é de apenas
1/1490, enquanto que, aos 40 anos, passa a ser de 1/106
e, aos 49, se torna 1/11.
(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre, acesso dia 12/12/2006.)
c) O risco é de 2/3 (Parental de ser heterozigoto) × 2/3
(idem) × 1/4 (se heterozigoto, de ter um filho ou filha
homozigoto) × 1/2 (probabilidade de ter um filho do
sexo /masculino) = 1/18.
08.
a) A doença é causada por genes localizados no
cromossomo X, que o filho (homem) herda da mãe.
b) Se fosse dominante, a mãe seria portadora da doença.
Portanto, é recessivo.
09.
a) 1. A herança é autossômica, pois homens e mulheres
são afetados igualmente.
2. É determinada por gene recessivo.
b) Onde é alta a incidência de malária, o gene da anemia é
selecionado.
10.
a) Trata-se de herança autossômica. Na herança ligada ao X, o
homem II-5 (afetado), deveria ter recebido o gene de sua
mãe que, nesse caso, deveria ser doente.
b) Os indivíduos III-7 e III-8 são ambos Aa (heterozigotos).
c) Os possíveis genótipos para os descendentes do casal III-7 e
III-8 (Aa × Aa) são: AA, Aa, Aa, aa. Assim, a
probabilidade de esta menina não ter a doença (aa) é de 1/4.
11. A não-disjunção foi pós-zigótica, decorrente de uma divisão
mitótica anômala. Se a não-disjunção tivesse ocorrido antes
da fecundação, o cariótipo anormal seria detectado em
todas as células pesquisadas.
12.
a) Os resultados obtidos indicam que o gene B (fenótipo
Manx) é letal embrionário em dose dupla.
b) Alelos:
B - Manx (cauda curta)
b - cauda normal
Pais: macho Bb e fêmea Bb
F1: BB - morte, 66% Manx, 33% normais.
13.
a) Família I - herança dominante ligada ao X. Ocorre em todas
as gerações. Os homens afetados transmitem a doença para
todas as filhas.
Família II - herança dominante autossômica. Ocorre em
todas as gerações. Atinge indivíduos de ambos os sexos ou
filhos afetados têm um genitor afetado.
b) Como a doença só se manifesta a partir dos 40 anos, o
indivíduo pode reproduzir-se antes de a doença aparecer,
transmitindo a característica aos descendentes.
14.
a) Porque o soro antiofídico já apresenta os anticorpos
apropriados prontos, produzidos em outro animal. Quando
administrado logo após a picada, atingem rapidamente
níveis elevados no sangue, neutralizando prontamente a
toxina da serpente.
No entanto, esses níveis também caem rapidamente, como
mostrado no gráfico 1. Por essa razão, nos casos mais
graves, a aplicação deve ser repetida até que toda a toxina
inoculada seja neutralizada.
b) O feto deve ser capaz de produzir fator Rh, ou seja, ser Rh+.
Como a produção inicial de anticorpos pela mãe Rh contra
o fator Rh fetal é pequena, esses anticorpos não chegarão a
transpor com eficiência, na primeira gestação, a barreira
placentária que separa a circulação materna da fetal.
15.
a) Trissomia do cromossomo 21.
b) A síndrome de Down geralmente é causada pela não
disjunção cromossômica durante a gametogênese paterna
ou materna. Pode ocorrer também por meio da
translocação dos cromossomos 14/21 ou 21/22.
c) O aumento da incidência da síndrome de Down é
proporcional ao aumento da idade materna no
momento da gestação.
16.
a) O casal é constituído por indivíduos heterozigotos
(Dd).
b) 2/3
c) 2/3
d) 1/6
e) Nenhuma. O gene dominante D é letal em homozigose.
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