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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO
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Liderança e Inteligência Emocional: Ferramentas de apoio ao Modelo de
Excelência em Gestão Pública
Andreza Paiva Maciel – [email protected] – UFF/ICHS
Benjamim Sá de Souza – [email protected] – UFF/ICHS
Resumo
O presente estudo tem por objetivo apresentar uma interpretação teórica de como os
componentes de inteligência emocional e as capacidades de liderança podem influenciar o
trabalho de gestores públicos na aplicação dos fundamentos do Modelo de Excelência em
Gestão Pública editado pelo Programa GESPÚBLICA. Trata-se de uma pesquisa aplicada, de
natureza descritiva, utilizando como procedimento técnico para coleta de dados a pesquisa
bibliográfica. A interpretação dos dados se deu por meio de do cruzamento dos dados, onde foi
possível estabelecer uma relação entre os estudos de Goleman e os Fundamentos da Gestão
Pública contemporânea estabelecidos no Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP).
Os resultados demonstram que as capacidades exigidas do líder associadas aos componentes de
inteligência emocional podem contribuir para o exercício dos fundamentos do MEGP, pois
possibilitam que o gestor seja capaz de reconhecer as características emocionais inatas e as que
necessitam de aprimoramento de forma que com seu desenvolvimento o exercício da gestão
atinja os resultados esperados de forma efetiva e eficaz.
Palavras-chave: Gestão Pública, Liderança e Inteligência Emocional
1 – Introdução
O objetivo deste estudo é apresentar uma interpretação teórica de como a interligação
entre liderança e inteligência emocional pode influenciar o trabalho de gestores públicos dentro
das novas propostas de administração gerencial em conformidade com as propostas do Modelo
de Excelência em Gestão Pública editado pelo Governo Federal. Secchi (2009) e Paes de Paula (2005) afirmam que uma gestão pública mais assertiva
que atenda o real interesse do cidadão deve ter participação social. Denhardt (2003) define
algumas características do agente público como a de promover a dignidade e o valor do serviço
público, além de reafirmar os valores da democracia, cidadania e interesse público. Além disso,
segundo Goleman (2012), maior parte das situações de trabalho envolve relacionamentos entre
pessoas e a habilidade de lidar com a diversidade de temperamentos e atitudes, logo, pessoas
com qualidade de relacionamento humano têm maiores chances de obter sucesso e no caso de
gestores da administração pública esse sucesso se reflete positivamente nos serviços prestados
à sociedade como um todo, portanto conhecer a forma como esses gestores atuam na liderança
de suas equipes é de grande relevância para o controle social. Para alcançar resultados positivos várias áreas do conhecimento passam a realizar
estudos sobre as mudanças propostas pelo atual modelo gestão pública, assim, os campos de
estudo das organizações alcançam vários ramos como a Psicologia, Sociologia, Ciência
Política, Antropologia e Psicologia Social para explicar e melhorar as habilidades humanas e
as relações interpessoais dos componentes das organizações como indivíduos, grupos e também
da estrutura.
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Os líderes eficazes necessitam não somente de capacitação técnica e teórica, elementos
imprescindíveis para utilização das mais modernas ferramentas gerenciais, mas também
carecem de aprimoramento emocional para melhoria das relações dentro das equipes de
trabalho. (GOLEMAN, 2015) No que tange o preparo emocional, atualmente destacam-se os estudos comportamentais
e sua relação com a obtenção dos resultados esperados, ganhando ênfase os temas relativos à
Liderança e à Inteligência Emocional, com destaque para as obras do psicólogo Daniel
Goleman. A Inteligência Emocional busca identificar a capacidade de lidar com os próprios
sentimentos e os alheios, de motivar-se e seguir em frente diante de adversidades, canalizar os
sentimentos para contextos mais adequados em que são melhores geridos dentro de si e nos
relacionamentos (GOLEMAN, 2012). Ainda segundo Goleman (2012), no campo
organizacional busca demonstrar que apenas as capacidades cognitivas não são suficientes para
a garantia de sucesso na vida, pois se estima que o Quociente de Inteligência (QI), que é a
capacidade de compreender e manipular símbolos matemáticos e linguísticos é responsável por
20% dos fatores que determinam o sucesso, restando 80% para variáveis não especificadas que
vão desde a classe social à sorte. Nesse percentual pode-se acrescentar o Quociente Emocional
(QE), cujos aspectos fundamentais propostos por Goleman (2012) são: autoconsciência,
autocontrole, consciência social e a habilidade de gerenciar relacionamentos conduzem ao
sucesso profissional.
Liderar, nas palavras de Goleman (2012, p. 168), “não é dominar, mas, sim a arte de
convencer as pessoas a trabalharem com vistas a um objetivo comum”. O exercício da liderança
ocorre de formas diferentes que podem ser classificadas como estilos de liderança. Goleman
(2015, p. 30) descreve seis estilos de liderança:
Líderes autoritários mobilizam pessoas rumo a uma visão. Líderes aflitivos criam
vínculos emocionais e harmonia. Líderes democráticos obtêm consenso pela
participação. Líderes marcadores de ritmo esperam excelência e autodireção. Líderes
coach desenvolvem pessoas para o futuro. E líderes coercitivos exigem o
cumprimento imediato.
No campo das relações interpessoais os estudos sobre inteligência emocional
demonstram como os líderes que a possuem são capazes de obter melhores resultados, assim
como as pesquisas sobre comportamento organizacional revelam, por meio do estudo dos
indivíduos, grupos e estrutura, que a relação entre pessoas e organizações conduz a melhores
resultados (GOLEMAN, 2012). O presente artigo está estruturado, além desta introdução, da seguinte maneira: o
referencial teórico subdivido em tópicos, inicialmente trata do Modelo de Excelência da Gestão
Pública, seus princípios e fundamentos, em seguida da Liderança na Gestão Pública,
apresentando conceitos e estilos, após apresenta a Inteligência Emocional como uma ferramenta
de apoio à Gestão Pública, apontando seus conceitos e características e por fim a Liderança e
Inteligência Emocional, apresentado as habilidades e componentes necessários para seu
exercício; a metodologia demonstra como foi possível executar o presente estudo, os resultados
e discussões promovem a interligação entre os conceitos apresentados no referencial teórico e
as considerações finais abrem espaço para o aprofundamento do estudo.
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2 – Referencial Teórico
As propostas para um novo modelo de gestão pública voltado para resultados e para o
atendimento das necessidades dos cidadãos têm exigido mais das capacidades individuais dos
gestores públicos. Paes de Paula (2005) e Secchi (2009) reforçam no modelo gerencial a gestão
pública voltada ao interesse do cidadão com a participação social o que torna este modelo mais
complexo. Denhardt (2003) elenca alguns princípios chave para o novo serviço público: servir
cidadãos, não consumidores; perseguir o interesse público; dar mais valor à cidadania e ao
serviço público do que ao empreendedorismo; pensar estrategicamente, agir democraticamente;
reconhecer que a accountability não é simples; servir em vez de controlar e dar valor às pessoas,
não apenas à produtividade.
Nesse sentido, destacam-se os profissionais com habilidades de liderança e controle
emocional para gerir equipes na direção dos melhores resultados. Este bloco o Modelo de
Excelência da Gestão Pública, versão 1/2014, além dos conceitos de liderança e inteligência
emocional e sua interligação.
2.1 – Modelo de Excelência em Gestão Pública
No decorrer do processo de evolução da gestão pública no Brasil foi concebido pelo
Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), dentro do Programa Nacional de
Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, o Modelo de Excelência em Gestão
Pública (MEGP) que cria um novo direcionamento para atuação do gestor público na busca da
eficiência de suas ações com a participação social, através de conselhos e outros mecanismos e
para o aperfeiçoamento contínuo da gestão das organizações públicas contribuindo para a
elaboração de um planejamento estratégico para que o gestor conheça e atue na real necessidade
do cliente-cidadão, é a Gestão Pública Contemporânea (BRASIL, 2014).
O site do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão define esse novo modelo
com as seguintes palavras:
A compreensão de que um dos maiores desafios do setor público brasileiro é de
natureza gerencial fez com que se buscasse um modelo de excelência em gestão
focado em resultados e orientado para o cidadão para guiar as organizações públicas
em busca de transformação gerencial rumo à excelência e, ao mesmo tempo, permitir
avaliações comparativas de desempenho entre organizações públicas brasileiras e
estrangeiras e mesmo com empresas e demais organizações do setor privado. Esse
modelo de excelência em gestão, de padrão internacional, que expressa o
entendimento vigente sobre o “estado da arte” da gestão contemporânea, é a
representação de um sistema de gestão que visa aumentar a eficiência, a eficácia e a
efetividade das ações executadas. É constituído por elementos integrados, que
orientam a adoção de práticas de excelência em gestão com a finalidade de levar as
organizações públicas brasileiras a padrões elevados de desempenho e de qualidade
em gestão. O Modelo é atualizado e disseminado pelo Programa Nacional de Gestão
Pública e Desburocratização Gespública. (BRASIL, 2015)
Para exercer suas atividades com excelência, as estruturas executivas governamentais
necessitam ampliar sua capacidade de governança e governabilidade, assim, para promover o
avanço da administração pública brasileira torna-se indispensável orientar a ação do Estado
tendo como foco o cidadão e a qualidade do gasto público. (BRASIL, 2014)
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O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) tem como base os seguintes
Fundamentos Constitucionais:
Legalidade;
Princípio da Separação entre os Poderes
Orientação fundamental à consecução dos objetivos da República Federativa do
Brasil
Princípio da centralidade dos direitos individuais e sociais
Princípio da descentralização federativa
Princípio da participação social na governança das instituições
Funcionamento em rede. Parceria com a sociedade civil
Os princípios da administração pública brasileira
Além dos Fundamentos Constitucionais o MEGP define os Fundamentos da Gestão
Pública Contemporânea que devem ser seguidos por seus administradores, conforme
apresentado no Quadro 1:
Quadro 1: Fundamentos da Gestão Pública Contemporânea segundo o MEGP
Pensamento Sistêmico É o entendimento de que todos os componentes da organização estão interligados,
inclusive com o meio externo para atuar em benefício da sociedade.
Aprendizado Organizacional É a busca continua e o compartilhamento de informações e experiências de todos
os componentes da organização.
Cultura da Inovação É ter um ambiente favorável à criação, experimentação e implementação de novas
ideias que gerem um diferencial.
Liderança e Constância de
Propósitos
O líder é o responsável pela orientação, estímulo e comprometimento para o alcance
e melhoria dos resultados organizacionais e deve atuar de forma aberta,
democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da
cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e a proteção do interesse
público.
Orientação por Processos e
Informações
É o entendimento e a divisão das atividades e processos que agregam valor para os
demais interessados, disponibilizando informações para a tomada de decisões e a
execução de ações.
Visão de Futuro Indica o rumo da organização e as estratégias que a manterão neste rumo.
Geração de Valor É o alcance de valor consistente, tangível e intangível, beneficiando todos os
interessados.
Comprometimento com
Pessoas
É a criação de relacionamentos com as pessoas para maximizar seu desempenho,
criar comprometimento com o trabalho, desenvolver competências e a visão
empreendedora, com incentivos e reconhecimentos.
Foco no Cidadão e na
Sociedade
É direcionar as ações públicas para satisfazer as necessidades do cidadão e da
sociedade.
Desenvolvimento de
Parcerias
É o desenvolvimento de sinergia com outras organizações com objetivos
específicos e comuns.
Gestão Participativa É o estilo de gestão que busca o máximo de cooperação das pessoas conquistando
a sinergia das equipes de trabalho.
Elaborado pelos autores a partir do Modelo de Excelência em Gestão Pública (BRASIL, 2014).
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2.2 – Liderança
Chiavenato (2012, pág. 13) afirma que a liderança é um fenômeno exclusivo de grupos
sociais e a define “como uma influência interpessoal exercida em dada situação e dirigida pelo
processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos”.
No desdobramento desse conceito, Chiavenato (2012) ensina que liderança é um tipo de
influenciação entre pessoas em que, de maneira intencional, a ação de uma tenta modificar ou
provocar o comportamento da outra; que a liderança acontece em uma determinada situação, a
qual depende da relação funcional entre um indivíduo e um grupo em que o líder é aceito por
possuir os meios pelos quais o grupo pode aumentar a satisfação de suas próprias necessidades;
que a liderança é realizada pelo processo de comunicação humana que consiste na capacidade
de influenciar as pessoas a realizarem suas atividades de forma zelosa e assertiva na direção
dos objetivos propostos; que a liderança visa à consecução de um ou mais objetivos específicos
em que o líder é visto como meio para o atingimento dos objetivos do grupo.
Drucker (2001) afirma que a liderança pode ser nata ou aprendida. Dessa forma, o líder
deve buscar qualificação para ser capaz de identificar os meios de motivar sua equipe de forma
consistente almejando ultrapassar as expectativas dos resultados.
Para George Terry (1960) a comunicação humana determina os objetivos específicos e
a liderança abrange as atividades de persuadir indivíduos com intenção de motivá-los a colocar
em prática aquilo que foi determinado pela estratégia e estruturado pelos superiores executivos.
Para o autor, o principal papel do líder é influenciar as pessoas a executar de forma voluntária
os objetivos estabelecidos. No entanto, o autor enfatiza a impossibilidade de impor a motivação
com que cada pessoa executa a mesma atividade, assim cabe ao líder trabalhar para que as
atividades sejam realizadas da melhor forma possível.
A liderança é um processo de escolha que direciona o grupo a trilhar pelos caminhos
que levam à concretização dos objetivos e nesse sentido o gestor como líder deve reduzir as
incertezas do grupo e agir de forma assertiva ao lidar com fatores como motivação,
comunicação, relações interpessoais, trabalho em equipe e dinâmica de grupo (CHIAVENATO,
2012).
Existem diversos estilos de liderança, dentre os quais, para Chiavenato (2012) três são
básicos: o autocrático, o liberal e o democrático. Na liderança autocrática ocorre a imposição
da autoridade em que o líder toma todas as decisões sozinho, determinando as providências a
serem tomadas, e quem realizará cada atividade. Na liderança liberal é dada total liberdade ao
grupo para a tomada de decisão e o líder limita-se a intervir somente quando demandado. Na
liderança democrática, o líder estimula e guia o grupo para que este trace, por meio de debates,
as diretrizes do trabalho e decida a divisão das tarefas, dessa forma o líder se torna parte do
grupo.
Chiavenato (2012), ainda afirma que a liderança pode ser centrada nas tarefas ou nas
pessoas. Na primeira o líder concentra esforços na execução das tarefas e nos resultados, é típica
de empresas que possuem modelagem clássica em que as tarefas devem ser executadas segundo
métodos preestabelecidos. Já na segunda, o líder preocupa-se com os aspectos humanos dos
subordinados dando maior ênfase às metas que aos métodos, contudo não se descuida do nível
de desempenho almejado.
Na prática, a depender da situação enfrentada, o líder poderá transitar pelos diversos estilos. A
maior dificuldade do líder é saber quando aplicar cada estilo (CHIAVENATO, 2012).
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2.3 – Inteligência Emocional
A primeira formulação do que vem a ser inteligência emocional foi proposta pelos
psicólogos John Mayer e Peter Salovey das Universidades de New Hampshire e Yale,
respectivamente, mas foi por meio dos trabalhos de Daniel Goleman, ph.D, que o conceito foi
disseminado (GOLEMAN, 2012).
Segundo Goleman (2012), a pesquisa de Mayer e Salovey buscava refutar a ideia de que
a inteligência poderia ser medida apenas pelos testes de QI para determinar fatores de previsão
de sucesso para a vida, visto que tais testes contemplavam aptidões linguísticas e matemáticas
apenas. Para eles, a inteligência possuía uma visão mais ampla. Assim propuseram uma visão
de inteligência emocional expandindo as aptidões em cinco domínios: (i) conhecer as próprias
emoções; (ii) lidar com as emoções; (iii) motivar-se; (iv) reconhecer emoções nos outros; e (v)
lidar com relacionamentos.
Goleman (2012) afirma que a inteligência acadêmica não oferece o preparo necessário
para os desafios da vida, visto que possuir um QI alto não traz garantias de prosperidade ou
felicidade, pois as escolas privilegiam as aptidões acadêmicas e ignoram o conjunto de traços
de caráter, que para ele formam a chamada inteligência emocional, para a qual existe a
possibilidade de lidar da mesma forma que se lida com a matemática e a leitura. O autor afirma
que as aptidões emocionais são fatores decisivos para determinar porque pessoas de mesmo
nível intelectual são capazes de prosperar enquanto outras percorrem caminhos tortuosos.
Segundo suas palavras: “a aptidão emocional é uma metacapacidade que determina até onde
podemos usar bem quaisquer outras aptidões que tenhamos, inclusive o intelecto bruto”
(GOLEMAN, 2012, p. 60). A inteligência emocional para Goleman (2012, p. 58) tem como características:
...a capacidade de criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo apesar
dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos;
de se manter um bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na
capacidade de raciocinar; de ser empático e confiante.
Weisinger (2001, p. 14 e 15) define o conceito de inteligência emocional:
...simplesmente o uso inteligente das emoções, isto é, fazer intencionalmente com
que as emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar o
comportamento e seu raciocínio, de maneira a aperfeiçoar seus resultados. A inteligência emocional é utilizada tanto intrapessoalmente – para ajudar a si próprio
– como interpessoalmente – para ajudar outras pessoas.
O autor ressalta ainda que a inteligência emocional provém de quatro componentes, que
quando alimentados pela experiência, permitem desenvolver habilidades e aptidões específicas,
que vão formar a base desse tipo de inteligência. São eles:
1. A capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção; 2. A capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar
sua compreensão de si mesmo ou de outrem;
3. A capacidade de compreender as emoções e o conhecimento derivados delas;
4. A capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento
emocional e intelectual. (WEISINGER, 2001, p. 15)
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Essas capacidades têm caracterizado um diferencial no papel de liderança das grandes
empresas nas últimas décadas, pois as habilidades de inteligência emocional distinguem líderes
que apresentam um desempenho eficaz (GOLEMAN, 2015).
2.4 – A Liderança e a Inteligência Emocional
Goleman (2015) afirma que a liderança pode ser exercida de diversas maneiras. Existem
os líderes reprimidos e analíticos e também os carismáticos e decididos. Existem situações que
demandarão o uso de diferentes estilos de liderança para que o líder seja eficaz. Para Goleman
(2015) um aspecto a ser considerado para a eficácia do líder é o conjunto de fatores que
compõem a inteligência emocional principalmente para os que ocupam cargos de alto nível.
As capacidades de líderes analisadas nos modelos de competência de grandes empresas
podem ser divididas em três categorias, segundo Goleman (2015, p. 12):
habilidades puramente técnicas, como contabilidade e planejamento dos negócios;
habilidades cognitivas, como raciocínio analítico; e competências que demonstram
inteligência emocional, como capacidade de trabalhar com o outro e eficácia ao liderar
mudanças.
As duas primeiras têm grande importância para um bom desempenho, contudo a terceira
é considerada a mais importante conforme se elevam os níveis dentro das empresas, pois os
empregadores buscam cada vez mais líderes capazes de trabalhar bem em equipe transmitindo
informações claras e eficientes, com boa adaptação à mudança, boa interação com uma grande
variedade de pessoas e com capacidade de pensar claramente e resolver problemas sob pressão.
(GOLEMAN, 2015) A inteligência emocional na condução das ações de liderança pode influenciar o
desempenho organizacional e sua eficácia e fundamenta-se em quatro componentes elencados
por Goleman (2015):
1. Autoconsciência: que consiste em autoconsciência emocional, auto avaliação,
autoconfiança. 2. Autogestão: que consiste em autocontrole, confiança, estado consciente,
adaptabilidade, orientação de proezas, iniciativa.
3. Empatia: que consiste em consciência social, consciência organizacional, orientação
de serviço.
4. Habilidade Social: que consiste em liderança visionária, influência, desenvolvimento
de pessoas, comunicação, mudança catalisadora, gestão de conflitos construção de
laços, trabalho de equipe e colaboração. Assim, a união de uma liderança exercida com inteligência emocional em que líderes
buscam o aprimoramento do controle das emoções pode ser fator determinante para o sucesso
tanto de organizações privadas quanto de organizações da administração pública.
3 – Metodologia
Pesquisa segundo as palavras de Gil (2008, p. 26) pode ser entendida “como o processo
formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da
pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos
científicos”.
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Segundo a classificação de Gil (2008), o presente estudo trata-se de uma pesquisa
aplicada, pois possui interesse na aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na realidade
da Administração Pública. Quanto à natureza da pesquisa é uma pesquisa descritiva, visto que seu objetivo é
apresentar uma visão geral acerca da contribuição que a Liderança exercida com Inteligência
Emocional pode proporcionar para o desenvolvimento eficaz dos fundamentos expressos no
Manual de Excelência da Gestão Pública proposto no Programa GESPÚBLICA (GIL, 2008). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, cuja coleta de dados foi realizada em fontes de
papel, a partir de estudos anteriores com base em livros e artigos científicos que tratam de cada
tema isoladamente, nos quais buscou-se identificar nas variáveis de cada tema os fatores
determinantes ou contributivos passíveis de serem aplicados para auxiliar o gestor público a
executar os fundamentos expressos no MEGP (GIL 2008).
4 – Resultados e discussões
O Manual de Excelência em Gestão Pública elenca onze fundamentos que devem
nortear os atos dos administradores públicos no exercício de suas funções com o objetivo de
promover a eficiência e eficácia de seus atos e, assim, promover uma melhor prestação do
serviço público.
A Liderança possui diversas definições que podem ser resumidas como a capacidade de
influenciar pessoas a fazer o que se espera delas e direcionando-as a buscar um objetivo comum.
Segundo Goleman (2012, p. 168) “Liderar não é dominar, mas, sim, a arte de convencer pessoas
a trabalharem com vistas a um objetivo comum”. A Inteligência Emocional, para Goleman (2012), pode ser descrita como um conjunto
de capacidades que propiciam aptidão emocional para lidar com os próprios sentimentos e com
os dos outros. O mesmo autor (2012, p. 60), afirma que:
Há muitos indícios que atestam que pessoas emocionalmente competentes – que
conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, entendem e levam em
consideração os sentimentos do outro – levam vantagem em qualquer setor da vida,
seja nas relações amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam
o sucesso na política organizacional.
A necessidade de desenvolver as capacidades de liderança dos gestores para promover
a motivação das equipes, bem como, atingir as metas, passa pela necessidade de conhecer a si
mesmo e desenvolver as capacidades emocionais (GOLEMAN, 2015). Ao identificar as
capacidades emocionais individuais dos gestores públicos que afetam as relações com seus
subordinados e superiores diretos, será possível trazer uma melhor compreensão de como
realizar investimentos em treinamentos que possam melhorar os resultados da organização e,
consequentemente, gerar reflexos no serviço de melhor qualidade prestado à população.
O atual Modelo de Excelência em Gestão Pública trata a liderança como elemento
promotor da gestão, assim o gestor é o responsável pela organização e a orientação do trabalho
em equipe, devendo motivar e incentivar pessoas a desenvolver a cultura da excelência, em um
ambiente com relações interpessoais de qualidade direcionando o grupo a promover a proteção
do interesse público.
Sendo esse o escopo esperado do administrador público os estudos relativos ao
exercício da liderança associada ao desenvolvimento da inteligência emocional vêm ao
encontro dos objetivos almejados pela administração pública.
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O desenvolvimento das habilidades de autoconsciência, autogestão, empatia e
habilidade social, segundo Goleman (2015) são essenciais para a formação de um líder de
sucesso.
Assim, para o desenvolvimento dos objetivos propostos pela Administração Pública
para o atendimento das necessidades da população, os gestores precisam envolver suas equipes,
reconhecer em si mesmos as capacidades cognitivas que são inatas e as que precisam ser
desenvolvidas para reconhecer as emoções do outro e saber agir e negociar melhores soluções,
pois o líder é parte do grupo e a liderança deve ser exercida dentro do grupo.
Deve-se considerar que os estudos sobre liderança e inteligência emocional foram
realizados com foco em empresas privadas, contudo na atualidade muitos dos preceitos
privados vêm sendo adaptados para a utilização no setor público. Com a inteligência emocional
não foi diferente, hoje estão disponíveis vários cursos e seminários sobre o tema direcionados
ao setor público.
Considerando que o propósito do presente estudo é relacionar os aspectos de
Inteligência Emocional e Liderança aos preceitos estabelecidos pelo novo Modelo de
Excelência da Gestão Pública, relacionamos no quadro a seguir os fundamentos da gestão
pública nele estabelecidos às capacidades exigidas do líder e aos componentes de Inteligência
Emocional necessários para o seu desenvolvimento segundo os preceitos de Goleman.
Quadro 2: Relação entre os fundamentos da gestão pública, as capacidades exigidas do líder e
os componentes de inteligência emocional.
Fundamento da
gestão pública
(MEGP) Conceito (MEGP)
Capacidade
exigida do
líder
(Goleman)
Componente de
IE relacionado
(Goleman)
Pensamento Sistêmico É o entendimento de que todos os componentes da
organização estão interligados, inclusive com o meio
externo para atuar em benefício da sociedade.
Habilidade
cognitiva Empatia
Aprendizado
Organizacional É a busca continua e o compartilhamento de
informações e experiências de todos os componentes
da organização.
Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Cultura da Inovação É ter um ambiente favorável a criação,
experimentação e implementação de novas ideias que
gerem um diferencial.
Habilidade
cognitiva Autogestão e
empatia
Liderança e
Constância de
Propósitos
O líder é o responsável pela orientação, estímulo e
comprometimento para o alcance e melhoria dos
resultados organizacionais e deve atuar de forma
aberta, democrática, inspiradora e motivadora das
pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da
excelência, a promoção de relações de qualidade e a
proteção do interesse público.
Habilidade
cognitiva e
competências
que
demonstram
inteligência
emocional
Autoconsciência
Orientação por
Processos e
Informações
É o entendimento e a divisão das atividades e
processos que agregam valor para os demais
interessados, disponibilizando informações para a
tomada de decisões e a execução de ações.
Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Visão de Futuro Indica o rumo da organização e as estratégias que a
manterão neste rumo. Habilidade
cognitiva Empatia
Continua
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Fundamento da
gestão pública
(MEGP) Conceito (MEGP)
Capacidade
exigida do
líder
(Goleman)
Componente de
IE relacionado
(Goleman)
Geração de Valor É o alcance de valor consistente, tangível e intangível,
beneficiando todos os interessados. Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Comprometimento
com Pessoas É a criação de relacionamentos com as pessoas para
maximizar seu desempenho, criar comprometimento
com o trabalho, desenvolver competências e a visão
empreendedora, com incentivos e reconhecimentos.
Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Foco no Cidadão e na
Sociedade É direcionar as ações públicas para satisfazer as
necessidades do cidadão e da sociedade. Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Desenvolvimento de
Parcerias É o desenvolvimento de sinergia com outras
organizações com objetivos específicos e comuns. Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Gestão Participativa É o estilo de gestão que busca o máximo de
cooperação das pessoas conquistando a sinergia das
equipes de trabalho.
Habilidade
cognitiva Habilidade Social
Fonte: Elaborado pelos autores
Dessa forma, ao identificar o fundamento de gestão pública que precisa ser trabalhado
pode-se reconhecer a capacidade exigida do líder e o componente de inteligência emocional
requerido para a atuação, assim, o gestor poderá verificar se possui tal habilidade ou se esta
precisa ser desenvolvida para que haja maior possibilidade de sucesso, ou seja, o líder será
capaz de reconhecer suas limitações e suas forças para melhor gerir sua equipe.
Observa-se que das capacidades exigidas do líder a habilidade cognitiva é
predominante, assim pode-se inferir que não basta ao gestor público possuir capacidade técnica
para gerir um setor público é necessário que ele tenha um raciocínio analítico, um pensamento
macro e uma visão de longo prazo para desenvolver os fundamentos propostos para a Gestão
Pública Contemporânea. No que tange os componentes de inteligência emocional, a empatia e a habilidade social
são os mais requeridos. Quando se fala em empatia não significa que o líder deva absorver as
emoções dos outros como suas e agradar a todos, ao contrário, empatia significa levar em conta
os sentimentos dos componentes da equipe para tomar decisões inteligentes e dessa forma reter
talentos no setor público. A habilidade social não trata simplesmente da cordialidade, ela se
refere à cordialidade com o propósito, ou seja, conduzir as pessoas na direção que se deseja. Para ilustrar a aplicação desses conceitos vejamos como exemplo um determinado
estado com a criação de uma Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência. Como o
orçamento da secretaria era limitado o gestor responsável não dispunha de verba para realizar
projetos dentro da secretaria, assim, precisou vislumbrar meios de desenvolver o trabalho
através das demais secretarias. Conseguiu que a Secretaria de Transportes fiscalizasse e exigisse
a circulação de ônibus adaptados e que a Secretaria de Habitação desenvolvesse ações para
garantir a acessibilidade nas habitações de interesse público. Um exemplo do uso do
fundamento pensamento sistêmico, com uso da habilidade cognitiva e de empatia, pois foi
capaz de fazer com que outros setores trabalhassem para atingir os objetivos da sua unidade
através do raciocínio analítico foi capaz interligar as competências dos demais componentes da
organização e utilizando-se da empatia foi capaz de promover a orientação de serviço necessária
para atuar em benefício da sociedade. Caso o gestor não dispusesse das habilidades de liderança
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e de inteligência emocional é provável que a secretaria não conseguisse atingir os objetivos
almejados. É possível verificar que os estudos de Goleman acerca da necessidade de
desenvolvimento da Inteligência Emocional podem ser utilizados na Gestão Pública para a
formação de líderes capazes de exercer os fundamentos do Modelo de Excelência da Gestão
Pública de forma eficiente e eficaz.
5 – Considerações Finais
O presente estudo foi concebido com o objetivo de apresentar uma interpretação teórica
da interligação entre liderança e inteligência emocional como ferramenta de apoio para a
atuação de gestores públicos na aplicação dos fundamentos expressos no Modelo de Excelência
em Gestão Pública proposto pela GESPÚBLICA. Em inúmeros conceitos e fontes de informações encontradas nas obras dos autores
citados neste artigo sobre liderança, podemos constatar a presença de dois elementos
fundamentais: o fator humano e o conjunto de influências interpessoais realizadas em situações
variadas. Liderar não é uma tarefa simples, porque exige paciência, disciplina, humildade,
respeito e compromisso, pode ser resumida como a gestão eficaz e eficiente das pessoas de uma
equipe para que se atinjam os objetivos propostos pela organização. É o processo de conduzir
um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de
motivar e influenciar as pessoas, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente
e com entusiasmo alcançando os objetivos da equipe e da organização.
O termo inteligência emocional é um conhecimento de fundamental importância ao
administrador público. Com a competitividade do mundo globalizado, as empresas estão
investindo na formação de líderes cada vez mais capacitados, pois o gestor eficiente consegue
suavizar os conflitos, alinhar ideias e mostrar resultados consistentes nos objetivos da
organização.
Portanto, a Gestão Pública utilizando-se da Liderança em conjunto com a Inteligência
Emocional pode alcançar melhores resultados, desenvolvendo líderes e equipes de sucesso para
melhor servir aos anseios da sociedade.
Este trabalho não visa esgotar o tema referente a excelência da Gestão Pública no atual
modelo, pois existem diversas ferramentas de qualidade que podem auxiliar o gestor no alcance
de seus objetivos e de suas metas, mas apresentar mais uma ferramenta de apoio para auxiliar
o gestor público na condução da equipe no exercício do papel de líder e no alcance dos objetivos
propostos.
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