LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA...
Transcript of LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA...
![Page 1: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/1.jpg)
13
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MAURILENO MARCOS SHIGIO
LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
PONTA GROSSA
2015
![Page 2: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/2.jpg)
14
MAURILENO MARCOS SHIGIO
LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
Monografia de Especialização apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de produção da Universidade Tecnológica Federal do Paraná como requisito parcial para obtenção do título de “Especialista em Engenharia de produção”.
Orientador: Prof. Dr. Luis Maurício Martins de Resende
PONTA GROSSA
2015
![Page 3: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/3.jpg)
15
![Page 4: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/4.jpg)
16
Dedico este trabalho a todos aqueles que confiaram em mim e proporcionaram a oportunidade de estar adquirindo mais
conhecimentos.
![Page 5: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/5.jpg)
17
AGRADECIMENTOS
Venho através destas poucas linhas agradecer as pessoas que
acompanharam e me apoiaram durante o desenvolvimento deste trabalho, e que de
alguma forma ou de outra contribuíram para que eu não perdesse o foco.
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Luís Maurício Martins de Resende, e
demais professores que contribuíram e se empenharam durante o Curso..
Aos meus colegas de sala Carlos Alexandre, Luciano Andrade e Celso
Soares, que sempre me apoiaram e ajudaram durante esta trajetória.
A Secretaria do Curso, pela cooperação.
Gostaria de deixar registrado também, o meu reconhecimento à minha
família, pois acredito que sem o apoio deles seria muito difícil vencer esse desafio.
Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização deste
trabalho..
![Page 6: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/6.jpg)
18
Há um punhado de homens que conseguem enriquecer simplesmente
porque prestam atenção aos pormenores que a maioria despreza.
(FORD , HENRY)
![Page 7: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/7.jpg)
19
RESUMO
SHIGIO, Maurileno Marcos. Lean Manufacture na Indústria Automobilística. 2015. Número total de folhas. Monografia ( Especialização em Engenharia de Produção ) Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2015.
Tecnologia, Inovação, Sustentabilidade, Redução de Custos , Qualidade, Melhoria Contínua são palavras que nos dias de hoje costumamos ouvir em todo lugar; Noticiários, Escolas, Lojas, Indústrias. Mas o que elas tem em comum? O que elas representam? O presente trabalho tem por finalidade investigar a essência da filosofia Lean, seu surgimento, sua história no decorrer das décadas e suas principais ferramentas. As quais passaram a se tornar indispensáveis nos dias de hoje em qualquer tipo de segmento, principalmente quando se trata de produção enxuta. Dentro das grandes indústrias automobilísticas elas começam a ser utilizadas desde a fase estruturação. Acredita-se que sua aplicação já deva ser indispensável na gestão de processos operacionais, e que deve ser desenvolvida mesmo que a empresa ainda esteja em processo de desenvolvimento. Tratando-se de Produção Enxuta entende-se que toda a gestão deverá ser focada nos pequenos detalhes, onde quando não há um acompanhamento diário no intuito de desenvolver a cultura do não desperdício, a empresa passa a ter logo um problema grave de qualidade. E para que isso não ocorra a filosofia Lean segue a risca os tipos de desperdícios que são; superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Portanto, o objetivo é pesquisar e descrever um pouco sobre sua história , onde surgiu, quem começou a utiliza-la e sobre cada ferramenta que faz parte desta filosofia. Uma breve abordagem bibliográfica dentro da literatura acompanhando sua evolução.
Palavras-chave: Manufatura Enxuta. Sistema Toyota de Produção. Lean Manufacturing. Kaizen. Kanban.
![Page 8: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/8.jpg)
20
ABSTRACT
SHIGIO, Maurileno Marcos. Lean Manufacture in the Automobile Industry. 2015 Total number of sheets. Monograph (Specialization in Production Engineering) Federal Technological University of Paraná. Ponta Grossa, 2015.
.
Technology, Innovation, Sustainability, Cost Reduction, Quality, Continuous Improvement are words that today we hear everywhere; News, Schools, Shops, Industries. But what they have in common? What do they represent? This study aims to investigate the essence of Lean philosophy, its appearance, its history over the decades and their main tools. Which now become essential these days in any segment, especially when it comes to lean production. Within the large car companies they begin to be used from structuring phase. It is believed that its application should already be essential in the management of operational processes, and should be developed even if the company is still in the development process. In the case of Lean Production is understood that all management should be focused on small details, where when there is no daily monitoring in order to develop the culture no waste, the company will soon have a serious quality problem. And to avoid this the Lean philosophy follows strictly the types of waste that are: overproduction, waiting time, transportation, over-processing, inventory, motion and defects. Therefore, the aim is to research and describe a little about their history, which emerged, who began to use it and about every tool that is part of this philosophy. A brief bibliographic approach in the literature accompanying its evolution.
Keywords: Lean Manufacturing. Toyota Production System. Lean Manufacturing. Kaizen. Kanban.
![Page 9: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/9.jpg)
21
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno ....................................................................... 26
Figura 2 - Pilares do Sistema Toyota de Produção ................................................... 27
Figura 3 - Just In Time .............................................................................................. 28
Figura 4 - Just In Time .............................................................................................. 30
Figura 5 - Kaizen ....................................................................................................... 31
Figura 6 - Fluxo Contínuo .......................................................................................... 33
Figura 7 - Linha de Montagem na Ford Motors Company – Detroid – 1913 ............. 34
Figura 8 - Produção Puxada ...................................................................................... 36
![Page 10: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/10.jpg)
22
LISTA DE ABREVIATURAS
JIT Just In Time
TPS Toyota Production System
![Page 11: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/11.jpg)
23
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................24
2 PRODUÇÃO ENXUTA ......................................................................................25
3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS PARA A COMPETITIVIDADE ...................27
3.1 JUST IN TIME ......................................................................................27
3.2 JIDOKA ................................................................................................29
3.2.1 KAIZEN ...............................................................................................31
3.2.2 FLUXO CONTÍNUO ............................................................................32
3.2.3 PRODUÇÃO PUXADA ........................................................................35
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................38
5 REFERÊNCIAS .................................................................................................39
![Page 12: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/12.jpg)
24
1 INTRODUÇÃO
A empresas hoje em dia, diante as mudanças repentinas no mercado as
tendências de melhorias e desenvolvimentos contínuos, sabem que isso é
fundamental para a sobrevivência diante a concorrência. Isso faz com que a busca
constante em estimular estudos, e medições sobre a eficiência a qual seus sistemas
de produção têm se desenvolvido são intensamente aplicados. Fazendo com que
sejam identificados e eliminadas quaisquer perdas que não venham a agregar, ou
contribuir valores dentro do sistema produtivo em questão. Considerando que
diversas empresas quando tendem a expandir, tendem a levar para as demais
plantas as mesmas condições e tecnologias para que continuem a prosperar e
garantir a qualidade de seus produtos. E nessas condições que entram algumas
atividades de processos ou operações, onde as adaptações influenciarão se a
produção será automatizada ou mecanizada. Gerando constante preocupação, pois
tais equipamentos tendem a possuir valores altíssimos e que suas utilizações
deverão ser aproveitadas no máximo possíveis das suas potencialidades. Segundo
Tavares(1996), “Máquinas e equipamentos com paradas muito prolongadas ou
ocorridas em momentos não programados podem significar perdas irrecuperáveis
perante a concorrência, em um período em que o mercado procura o produto.”
Já o Brasil vem aplicando a produção enxuta em diversos setores, inclusive
nas indústrias automobilísticas (Ambros, 2000), de computação (The Economist,
2001), entre outros. A pergunta é: O que é necessário para que uma empresa possa
atingir níveis de qualidade ao ponto de se tornar competitiva no mercado? Qual seria
o segredo do sucesso da Toyota?
![Page 13: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/13.jpg)
25
2 PRODUÇÃO ENXUTA
Produção Enxuta ou Lean Production veio a surgir no Japão durante estudos
que foram realizados por dois engenheiros, que após visitarem uma planta da Ford
onde constataram o uso de um Sistema em Massa que foi criado por Henry Ford em
1914. Esses dois engenheiros Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno então, chegaram a
conclusão de que apenas copiar ou até mesmo fazer uma melhoria nesse sistema
usado pela Ford seria inviável.
Essa necessidade fez com que um novo sistema fosse criado, totalmente
inovador para a época, foi chamado de Sistema de Produção Enxuta, e que passou
também a ser conhecido como Sistema Toyota de Produção – TPS ( Toyota
Production System ).
Para descrever as técnicas do sistema de produção, em meados de 1980. John
Krafcik, do Massachussetts Institute of Tecnnology definiu o termo “enxuta” do inglês
“Lean”. Que passaria a ser usado para não só descrever técnicas do sistema de
produção, mas também as técnicas usadas já no Sistema de Trabalho e as Políticas
de Recursos Humanos. Ele dizia que sistema enxuto era tudo em relação a
produção em massa que pudesse haver uma redução, ou seja: menos desgaste de
funcionários, menor espaço físico para fabricação, sem necessidade de grandes
investimentos em ferramentas, menos tempo gasto em planejamento, menor
estoque em áreas de fabricação, redução de fornecedores, bem como a redução de
defeitos, mesmo com variedades de produtos. (Womack st al., 1992).
O Sistema Toyota de Produção ( Toyota Production System – TPS ) com os
tempos, começou a ser referenciado como Sistema de Produção Enxuta. Um termo
usado para definir um sistema de produção mais flexível, ágil, eficiente e inovador se
comparado com produção em massa, ou seja, capacitado a encarar um mercado
onde sofre constantes mudanças.
Taiichi Ohno durante a criação do novo sistema, notou que a mão de
obra era subutilizada,ou seja, as tarefas eram repetitivas, e que no final não
agregavam valores durante o processo pois existia apenas a forte divisão entre
projeto e execução do trabalho, onde a qualidade do produto era totalmente
negligenciada durante o processo de fabricação, que automaticamente acabavam
gerando enormes estoques intermediários.
![Page 14: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/14.jpg)
26
O sistema começou a obter conhecimento no mundo inteiro a partir da crise
do petróleo em 1973, onde o aumento do preço do barril de petróleo disparou e
afetou toda a economia mundial. Na época diversas empresas vieram a sucumbir
enfrentando com isso um dos maiores prejuízos já vistos. Porém a Toyota Motor Co.
começou a emergir diante a utilização de seu novo sistema de produção, o que
acabou despertando uma grande curiosidade mundial: Qual o segredo da Toyota?!
Figura 1 - Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno Fonte: Adaptada Internet
![Page 15: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/15.jpg)
27
3 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS PARA A COMPETITIVIDADE
Liker (2005) dizia que o sucesso só foi proporcionado à Toyota pelos
próprios clientes onde perceberam a qualidade do produto o qual estavam
adquirindo. os consumidores confiavam quando dirigiam um automóvel Toyota, pois
eles iriam funcionar continuamente sem apresentar nenhum problema de qualidade.
Essa reputação só foi possível transformando toda operação em um grande
diferencial..
Baseado na aplicação das ferramentas e métodos da melhoria contínua na
manufatura, tais como: JUST IN TIME, JIT, JIDOKA, AUTONOMAÇÃO, KAIZEN,
FLUXO CONTÍNUO, e outras. todas elas tiveram um papel importantíssimo na
implementação da revolução da produção enxuta.
Figura 2 - Pilares do Sistema Toyota de Produção Fonte: Adaptada Internet
3.1 JUST IN TIME
Um Sistema de Administração da Produção o Just in Time onde se determina
que nada seja produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Ele pode
![Page 16: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/16.jpg)
28
ser aplicado em qualquer segmento, reduzindo estoques e custos decorrentes.
Considerado por muitos uns dos principais pilares do Sistema Toyota de produção.
Figura 3 - Just In Time Fonte: Adaptada Internet
O conceito deste sistema se baseia na produção por demanda, onde após a
confirmação da venda dá se inicio a compra de matéria prima e posteriormente a
montagem e fabricação.
Fábricas que trabalham com este sistema o estoque de matéria prima são
mínimos, e suficientes para garantir a produção de poucas horas apenas. Isso só é
possível quando todos os fornecedores são treinados, capacitados e conectados
para efetuarem apenas entregas fracionadas em frequências estipuladas.
Esta técnica, considerada por muitos como a filosofia de gestão Just In Time
nos dias de hoje, são de extrema importância, visto a necessidade de redução de
custos a meta buscada pela maioria das empresas dentro de sua produção diária.
Vindo a surgir no Japão em meados da década de 70, quando a Toyota
buscava um sistema de administração o qual pudesse absorver uma demanda
variada de modelos de veículos com vários tipos de cores sem que o tempo de
entrega fosse prejudicado. Ou seja, a produção passaria a ser de forma puxada,
somente com as quantidades necessárias, dentro do momento exato, e somente
com os itens necessários. Foi adaptado um sistema para controle que foi chamado
![Page 17: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/17.jpg)
29
de KANBAN, que ajudariam a identificar itens a serem movimentados dentro do
processo de produção.
O JIT é uma filosofia composta de várias práticas gerenciais, que embora
tenha surgido no Japão, ela pode ser adaptada para qualquer segmento. Onde as
maiorias das condições se resumem em:
Redução de estoques;
Redução de Desperdícios;
Manufatura com Fluxo Contínuo;
Melhoria contínua dentro dos processos;
Foco contínuo na solução dos problemas;
Seu objetivo principal faz com que a melhoria contínua seja levada a sério
dentro do processo de produção, com objetivos voltados diretamente para a
qualidade e flexibilidade do processo. O JIT considera estoque um problema
sério, já que além de ocuparem espaços dentro da empresa que poderiam estar
sendo utilizados como áreas produtivas. E que por vezes, dentro deste grande
excesso de estocagem, possam estar escondendo, ou contribuindo para a
ineficiência da qualidade dentro do processo produtivo. Um exemplo clássico são
os tempos gastos em preparação de máquinas quando se há a necessidade de
troca de produtos, o que fortifica a questão de falta de confiança nos
equipamentos existentes dentro do processo.
Quando o JIT passa a se tornar parte do sistema da manufatura, ele
acaba tornando todos os processos e procedimentos quase que totalmente
otimizados. E isso acontece naturalmente através da redução dos desperdícios. Que
são os resultados obtidos dentro do processo com a redução de tempo com
transporte de peças, com a redução de estoque, balanceamento das linhas,
manutenção preventivas e controle da qualidade.
3.2 JIDOKA
Ferramenta usada pelo STP que segundo a Wikipédia, pode ser chamado
também de AUTONOMAÇÃO, e que na integra pode ser descrito como “ Automação
Inteligente” ou “ Automação com Toque Humano”. Veio a surgir no início do século
![Page 18: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/18.jpg)
30
XX onde o fundador do grupo Toyota acabou por desenvolver um tear que passou a
ser capaz de parar todo o seu processo automaticamente caso algum dos fios
usados se quebrasse. E anos mais tarde quando o nome Toyota começou a ser
conhecido no mundo como uma grande montadora de automóveis, o JIDOKA
passou a ser um dos pilares o qual se mantém o Sistema de Produção Toyota em
pé. Ou seja, quando um operador visse um defeito, ele automaticamente apertaria
um botão dentro da linha de produção, e toda a linha parava. Autonomação impede
a produção de produtos defeituosos, eliminando também o excesso de produção,
focando sua atenção na causa raiz do problema vindo a garantir que ele nunca mais
venha a se repetir durante o processo.
Figura 4 - Just In Time Fonte: Adaptada Internet
Esse processo de controle á baseado em 4 princípios: Fazer a detecção de
anomalias, Parar o processo quando preciso, dar a condição de corrigir de forma
imediata o defeito e o mais importante, a investigação da causa raiz instalando de
imediato uma contramedida.
Digamos que o objetivo principal da autonomação é tornar possível a
abordagem rápida e imediata, identificando e corrigindo os erros dentro de um
processo, aliviando o operador de estar sempre se certificando de a máquina está
operando corretamente. Isso com o tempo veio a possibilitar que um único operador
viesse a supervisionar diversas máquinas ao mesmo tempo.
![Page 19: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/19.jpg)
31
3.2.1 KAIZEN
Figura 5 - Kaizen Fonte: Internet
A palavra KAIZEN é usada para determinar um dos pontos básicos dentro do
Sistema de Produção Enxuta que vem a tratar a organização do posto de trabalho.
Atividade o qual foi criada por Ohno dentro da Toyota o que assegurava a
padronização de uma forma organizada dentro do processo de produção, o qual era
conseguido de forma natural seguindo uma técnica chamada de 5 “S”, que eram na
verdade as iniciais de cinco palavras japonesas que significam, segundo Imai
(1996):
SEIRI: Separar somente o que é necessário dentro da empresa e
descartando tudo o que for desnecessário, seguindo uma básica de separar
tudo que não vai ser utilizado num período de trinta dias, incluindo máquinas,
moldes, matrizes, ferramentas, refugos, matéria-prima e outros itens.
SEITON: Organizar tudo que sobrou após a realização do SEIRI, fazendo a
classificação de todos os itens por sua utilidade e arrumando-os
adequadamente, a fim de minimizar o tempo e esforço de busca, precisando
para isso designar um local e a quantidade para cada item. O SEITON pode
![Page 20: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/20.jpg)
32
ser considerado o primeiro estágio para se trabalhar com uma produção
puxada, pois como todos os itens passam a ter seu local definido, ‘obriga’ os
materiais em processo a ficarem no processo de origem até que haja espaço
disponível no processo seguinte;
SEISO: É a limpeza do local de trabalho, abrangendo máquinas, ferramentas,
chão, paredes e outras áreas. É primordial na implantação da MPT, pois
através da limpeza das máquinas os operadores podem encontrar diversos
defeitos como vazamentos ou parafusos soltos, que uma vez identificados
são facilmente resolvidos;
SEIKETSU: Significa a pratica de higiene pessoal, usando uniformes de
trabalho, óculos de segurança, luvas e sapatos sempre em bons estados de
conservação, além de manter o trabalho de seiri, seiton e seiso
continuamente;
SHITSUKE: É o desenvolvimento da autodisciplina, criando o hábito diário de
praticar as atividades de 5 “S” na rotina de trabalho.
Organizando o Posto de Trabalho, configurando-o de uma forma segura,
limpa, ergonômica e clara, proporcionando um menor tempo para se treinar novos
funcionários, mantendo de uma forma transparente todo o processo produtivo, com
segurança em todos setores produtivos e melhorias constantes dos níveis de
qualidade, produtividade e satisfação do trabalhador. O 5 “S” é usado até nos dias
de hoje em outros conceitos como SMED, TPM, e JUST IN TIME.
3.2.2 FLUXO CONTÍNUO
O conceito de Fluxo Contínuo é dado a todo processo que venha a gerar um bem ou
serviço, e que durante esse processo todo ele venha a fluir de forma contínua sem
interrupções. Nos dias de hoje, devido a competitividade de mercado, sai na frente a
empresa que consegue absorver a demanda de forma que o cliente possa ter o
produto quando ele quiser, na quantidade que ele quiser e o mais importante, na
qualidade que ele quiser. Diferentemente do que muitos acreditam, não foi a Toyota
quem inventou o sistema de produção em fluxo contínuo, mas sim o destemido e
visionário Henry Ford, no processo de melhoria de sua produção de automóveis. Ele
levou alguns dias em seu experimento produtivo, distribuindo no galpão de sua
![Page 21: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/21.jpg)
33
fábrica, ao longo de uma linha reta, todos os componentes necessários para a
construção do automóvel, na seqüência em que seriam utilizados na montagem.
Puxado por um cabo de aço, o chassi do carro recebia as peças e componentes,
sendo montados por seus empregados, enquanto tudo era analisado, cronometrado
e ajustado por ele mesmo.
Figura 6 - Fluxo Contínuo Fonte: http://www.gestaoleanmanufacturing.com.br/
Em resumo, esse foi o seu insight: a economia de tempo na logística dos materiais.
Quanto menos se movimentassem os materiais, menos perdas de tempo, maior a
produtividade. Colocando em prática as idéias econômicas de tempos e movimentos
de Taylor, nascia efetivamente o fluxo-contínuo de produção, tão desejado pelas
empresas de hoje, mas raramente compreendido sistematicamente por seus
dirigentes, uma vez que demanda alguns pré-requisitos, como organização,
disciplina, treinamento, motivação e proatividade. Mas, nem tudo era perfeito em
![Page 22: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/22.jpg)
34
sua fábrica, como desejava Ford. A disciplina, que era cobrada com severidade,
desmotivava os operários. Além dos baixos salários, as condições de trabalho eram
inadequadas, gerando um alto índice de rotatividade. Consequentemente, não
existia o “espírito” do trabalho em equipe.
Ford acreditava ser mais econômico contratar mais pessoas por custos baixos,
mesmo que com pouca capacidade ou conhecimento, ao invés de uma seleção mais
rigorosa de seus operários. Neste sistema, portanto, as linhas ficavam enormes e
lotadas de operários, cada um fazendo uma pequena seqüência de operações do
processo. Considerava-se, com isso, que haveria menos tempo e
gasto com treinamentos, uma vez que o trabalho era simples, e também ocorreriam
menos erros de montagem. É importantíssimo ainda ressaltar que Ford, visionário,
milionário, apaixonado por automóveis e cavalos (cujas raças utilizava para
nomear seus produtos, como o Corcel e o Mustang), não poupava investimentos
quando via uma necessidade. Ele fazia de tudo, com apoio dos seus fiéis gerentes e
supervisores, para que a linha de produção parasse o mínimo possível.
A conseqüência era o surgimento dos estoques intermediários de processos, que
eram vistos como a garantia de não parar a produção se houvesse algum
problema.
Figura 7 - Linha de Montagem na Ford Motors Company – Detroid – 1913
Fonte: Internet
![Page 23: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/23.jpg)
35
As prensas e demais máquinas eram as mais modernas e velozes que existiam,
mas, assim como seus operários, faziam apenas um modelo de produto, numa
pequena quantia de operações.
Ainda nesse cenário, somado ao receio da perda de emprego, ninguém podia errar
na linha de montagem. Parar a linha, nem pensar: era rua na certa. Por isso,
conjuntos de montagens inteiros eram simplesmente deixados junto ao carro quando
não se conseguia completar a montagem, para ser corrigido e finalizado na área de
retrabalho, espaço que vivia abarrotado de problemas e desperdícios.
A invenção da produção em fluxo contínuo foi essencial para alavancar a alta
produtividade industrial que o mercado demanda nos dias de hoje. Ford e Taylor são
os maiores merecedores dos créditos. Seu objetivo inicial, de fazer do carro um
produto acessível à população foi conseguido, com a venda do modelo T (Ford
Bigode) em 1909 por aprox. US$ 850,00 (equivalente à US$20.500 atuais). Seu
preço caiu em 1915 para US$ 440,00 (US$ 9.400 atuais). Em 1920, com a completa
aquisição da cadeia de suprimentos (verticalização), diversos problemas
como atrasos e custos logísticos foram eliminados, com a implantação do rigor
organizacional de Ford, fazendo cair o preço de seu produto para US$ 290,00 (US$
3.300,00 de hoje).
3.2.3 PRODUÇÃO PUXADA
Segundo Liker (2005), a filosofia do TPS não é administrar estoques, e sim
eliminá-los. Desde o começo, a Toyota pensou em puxar o necessário baseado na
necessidade do cliente, contrariando o velho sistema que empurra. Puxar significa o
estado ideal da manufatura just in time, dando ao cliente o que ele realmente quer,
quando quer e na quantidade que ele necessita. O autor ressalta que para minimizar
as trocas de equipamento, os set-ups, que são necessários para fazer diferentes
tipos de produtos com o mesmo equipamento, deve-se manter um buffer (pequenos
estoques). Sinais visíveis foram desenvolvidos para controlar e manter o nível
Revista Gestão Industrial 11 desses pequenos lotes tais como: cartões, caixas
vazias, carrinhos vazios, etc. Esses sinais visuais são chamados de Kanban
(cartão). Entende-se melhor o real significado do Just in Time comparando-o com
![Page 24: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/24.jpg)
36
seu antecessor, o Just in Case – JIC.
Figura 8 - Produção Puxada Fonte: http://tecnico-emlogistica.blogspot.com.br/2013/03/producao-puxada-x-producao-
empurrada.html
A gestão de um negócio pela ótica do JIC conduz a que se produza segundo a
máxima capacidade de produção dos recursos, antecipando a demanda futura sob a
forma de estoques. Não se desenvolvem esforços nem para balancear as
capacidades nem para eliminar as variabilidades, pois o interesse é operar o tempo
todo na máxima capacidade (LIKER, 2005). Para Liker (2005), o ritmo de produção é
ditado pela capacidade excessiva do primeiro processo, que "empurra" a produção
em direção aos processos sucessivos, resultando inventário consideravelmente mais
alto do que o necessário. Já o JIT gerencia para obter o nivelamento da produção e
age para diminuir as variabilidades no processo. Atribui-se pequenos estoques de
material em processo na frente de cada centro produtivo, para proteger o sistema
das incertezas e flutuações estatísticas dos processos de manufatura. Atingindo-se
este estoque, o processo precedente é interrompido. Ao se considerar toda a cadeia
produtiva, o JIT mantém uma quantidade de estoques intermediários bastante
inferiores ao JIC. Através de ferramentas e técnicas de solução de problemas,
busca-se a melhoria contínua de seus processos e procedimentos através da
eliminação de todo o desperdício. O JIT não é apenas um método de
aperfeiçoamento do processo de manufatura, mas um diferente método de gerenciar
a produção. O JIT expõe problemas e elimina tudo o que não agrega valor ao
produto (LIKER, 2005). Segundo Liker (2005), infelizmente alguns clientes são
imprevisíveis e os pedidos variam significativamente de semana para semana, de
mês para mês. Se a produção ocorrer conforme os pedidos, pode-se produzir
grandes quantidades na semana, pagando hora extra, e estressando as pessoas e
equipamentos, porém, se os pedidos são reduzidos drasticamente na outra semana,
as pessoas e equipamentos ficarão ociosas e também não se saberá quanto
comprar dos fornecedores. Portanto, será necessário estocar uma quantidade que
![Page 25: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/25.jpg)
37
possivelmente cada cliente poderá solicitar. Desta forma é impossível desenvolver
uma operação enxuta. A Toyota descobriu que para criar uma operação enxuta e
dar aos clientes um melhor serviço e melhor qualidade é necessário nivelar o plano
de produção, isto é, pegar o volume total de pedidos em um determinado período e
nivelá-los para uma mesma quantidade e mix a serem feitas em cada dia (LIKER,
2005). Para Liker (2005), há 4 benefícios em nivelar o plano de produção:
flexibilidade em fazer o que o cliente quer e quando quer; redução do risco de
produtos não vendidos; balanceamento do uso de mão-de-obra e nivelamento da
demanda para o processo e para os fornecedores. Entretanto, para satisfazer os
clientes que possuem uma demanda com significante flutuação, recomenda-se
manter um mínimo possível de estoque. Isso parece até contrariar o pensamento do
processo enxuto, Revista Gestão Industrial 12 porém, é uma forma de proteger o
cliente de um possível pico de demanda. Da mesma forma, podese aplicar também
para o fornecedor. O autor ressalta que em alguns casos é necessário manter uma
combinação de ambas as situações. A questão é como podemos acomodar o desejo
do cliente, atender as suas diferentes escolhas e ter o produto pronto rapidamente
sem comprometer a integridade do sistema de produção. A cultura TPS não permite
aos gerentes dizer que “nós não podemos fazer”. A situação deve ser estudada,
experimentada no chão de fábrica e implementada. Para manter a diversificação do
mercado e o nivelamento da produção em harmonia, é importante evitar o uso de
instalações e equipamentos dedicados que poderiam ter maior utilidade geral. É
preciso maior esforço para encontrar as instalações e equipamentos mínimos
necessários para uso geral. É normal quando as coisas nem sempre acontecem de
acordo com o planejado, mas existem pessoas no mundo que precipitadamente
tentam forçar uma programação mesmo sabendo que ela possa ser impossível. Elas
dirão “é bom seguir a programação” ou “é uma pena mudar o plano” e farão
qualquer coisa para fazê-lo funcionar. Mas, como não se pode prever o futuro com
exatidão, as ações devem mudar e se adaptar a situações mutantes. É importante
capacitar as pessoas para lidar com as mudanças e a pensar flexivelmente (LIKER,
2005).
![Page 26: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/26.jpg)
38
4 CONCLUSÃO
Este estudo faz com que entendamos que por mais que existam ferramentas
que possam se adequar ao processo, que possam estar auxiliando, proporcionando
com que a melhoria seja eficiente e contínua. E que a possibilidades são ilimitadas
na obtenção da qualidade total, mas que, há um detalhe importantíssimo que pode
por tudo isso por água a baixo. Que faz a diferença, e que vai ser a parte mais difícil
em todo o processo. O ser humano ou a pessoa, onde em qualquer das
circunstâncias são os únicos recursos mais importantes das organizações. Sem elas
nada é possível, nada se produz. E juntamente com elas, vem a cultura, os velhos
hábitos, o que se não for adequadamente desenvolvido, faz com que as mudanças
sejam quase que impossíveis.
![Page 27: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/27.jpg)
39
5 REFERÊNCIAS
RAPOSO, C. de F. C. Overall Equipment effectiveness - aplicação de uma empresa do setor de bebidas do Pólo industrial de Manaus. In: XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2011, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: ENEGEP, 2011, p. 1-14.
AMBROS, J. O. A relação usuário-produtor em empresas da cadeia automobilística Gaúcha. Porto Alegre, 2000. Dissertação de Mestrado – EA/PPGA, UFRGS. The Economist. Para um e para cada um - ao mesmo tempo. Jul. 2001.
MIRANDA Fº, A. N. Desenvolvimento de um sistema de controle operacional para o Processo de alvenaria: proposta baseada em estudo de caso. Florianópolis, 2001. Dissertação de Mestrado – PPGEP, UFSC
ELIAS,S.J.B. Contribuição da produção Enxuta para Obtenção da Produção mais Limpa. XXIII Encontro Nac. de Eng. De Produção – Ouro Preto, MG, Brasil.
WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. 14. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992
CORRÊA, Henrique & GIANESI, Irineu. Just in Time, MRP e OPT. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1993. HUTCHINS, David. Just in Time. São Paulo: Atlas, 1993
HUTCHINS, David. Just in Time. São Paulo: Atlas, 1993.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.
HINES, P.; TAYLOR, D. Guia para implementação da Manufatura Enxuta – “Lean Manufacturing”. São Paulo: IMAM, 2000.
![Page 28: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/28.jpg)
40
LIKER, J. K. O Modelo Toyota: 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.
MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. O processo da estratégia. 4°. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
WOMACK, J. P.; JONES, D. T. A Mentalidade Enxuta nas Empresas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção do ponto de vista da Engenharia de Produção. Porto Alegre: Bookman, 1996.
PORTER, M. E. Competição: Estratégias Competitivas Essenciais. Harvard School Business Press, 1999.
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção – além da produção em larga escala. Porto alegre: Bookman, 1997.
NORONHA, D. P.; FERREIRA, S. M. S. P. Revisões da Literatura. In: Campello, B.S., Cendón, B.v. e Kremer, J.M. Fontes de Informação para Pesquisadores e Profissionais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, p. 191-198, 2000.
Toyota Production System, Taiichi Ohno, Productivity Press, 1988, p 6 (Wikipedia)
![Page 29: LEAN MANUFACTURE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICArepositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5911/1/PG_CEEP_2014… · Production System ). Para descrever as técnicas do sistema](https://reader036.fdocument.pub/reader036/viewer/2022062507/5fc94f387347d062b072d78d/html5/thumbnails/29.jpg)
41