Laboratório de Ciência Dos Materiais
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Atividade Experimental – Ensaio metalografia, tração, dureza e Impacto EMB 5022 - Ciência dos Materiais – 2014/02
RELATÁRIO LABORATORIAL – CMA
Daniel Nixe; Júlia da Rosa Baumgartner; Leandro de Oliveira; Rurik Rodrigues
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
1. Metalografia dos metais
1.1 – Introdução
O ensaio metalográfico é um meio bastante poderoso para prever ou explicar as propriedades e o
comportamento de uma peça metálica, já que permite conhecer a estrutura do material, os seus constituintes
macroestruturais ou micro estruturais (fases), bem como a morfologia e a distribuição destes.
Conhecer o material com que se está trabalhando, suas aplicações, limites entre outros fatores, são de
extrema importância dentro da engenharia. Um material muito utilizado é o aço carbono, que é a composição
da liga que confere ao aço o seu nível de resistência mecânica. Pode ser classificado como baixo, médio e
alto carbono, tendo diferentes comportamentos em relação a sua resistência, dureza, tenacidade e ductilidade.
Quanto maior a porcentagem de carbono no aço, mas resistente e duro ele será, porém, apresentará menor
ductilidade entre os outros.
Presente em grande quantidade na área de engenharia da mobilidade, este tipo de material é bastante
empregado na indústria automobilística, naval, aeroespacial entre outras. Podem ser aplicados em chapas
automobilísticas, perfis estruturais, placas para produção de tubos, construção civil, pontes, rodas e
equipamentos ferroviários, engrenagens, talhadeiras, folhas de serrote, entre outros.
Para cada aplicação se utiliza um tipo de aço diferente, por isso a importância deste ensaio, conhecer o
material e suas propriedades, a quantidade de carbono, os contornos de grão, saber se é um material
resistente, é um fator crucial na aplicação do mesmo.
1.2 - Parte Experimental
Para este experimento foram utilizados os seguintes materiais:
Aço 1045
Tubo soldável de 20mm
Lixa d’água de granulometria 100
Lixa d’água de granulometria 200
Lixa d’água de granulometria 400
Lixa d’água de granulometria 600
Lixa d’água de granulometria 1200
Lixadeira Manual
Politriz
Alumina (Al2O3)
Resina acrílica
Soprador Térmico
Acido Nítrico 2%
Microscópio
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Inicialmente uma amostra já cortada foi selecionada pelo grupo. Em seguida adquiriu-se um pedaço de
tubo soldável, com um tamanho proporcional o da amostra para realizar o embutimento. O propósito do
embutimento é de proteger os materiais frágeis ou revestidos durante a preparação, além de facilitar o
manuseio da amostra nos processos de lixamento e polimento. Existem dois tipos de embutimentos, o
embutimento a frio e o embutimento a quente. Neste experimento foi realizado o embutimento a frio (Figura
nº1) utilizando uma resina acrílica de rápida polimerização. A mistura foi preparada instantaneamente e
adicionada dentro do tubo soldável com a amostra do aço, esperado alguns minutos, tinha-se o corpo de
prova pronto (Figura nº2) para as operações seguintes.
Fig. 1: Embutimento a frio Fig. 2: Corpo de prova
Para preparar a superfície da amostra, a mesma foi submetida ao processo de lixamento. Com uma
lixadeira manual (Figura nº4) e lixas d’água de diferentes granulometria, o método seguido foi: a amostra foi
marcada em um ponto (para auxiliar no momento da troca da lixa). Iniciando com a lixa mais grossa (100), e
com uma pressão uniforme para um único plano de desbaste da amostra, foi realizado um movimento na
vertical até que todos os “riscos” na face do corpo de prova estivessem na mesma direção, esse resultado
significava que a lixa deveria ser trocada e a amostra era convertida em 90º (onde havia a marcação). O
processo foi repetido para todas as lixas de diferentes granulometrias, seguindo a ordem de maior grão para o
menor (Figura nº3).
Fig. 3: Rotação do corpo de prova a cada troca de lixa.
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Após o lixamento, houve a limpeza da amostra e em seguida, a mesma foi fotografada
microscopicamente (Figura nº7).
Seguindo com o tratamento do corpo de prova, para dar o acabamento à superfície da amostra, inicia-
se o processo de polimento. Com o auxilio de um abrasivo, neste caso a Alumina, o operador mantem a peça
sobre o pano da politriz (Figura nº5), exercendo uma pressão sobre a amostra. A indicação é somente passar
para o próximo estágio, quando a face tratada do corpo de prova estiver equivalente a um “espelho”.
Obtendo este resultado, acontece novamente a limpeza da amostra e a fotografia microscópica, desta vez
com a face polida (Figura nº8).
O ataque químico é o próximo passo do ensaio metalográfico. Seu objetivo é permitir a identificação
(visualização) dos contornos de grão e as diferentes fases na microestrutura. Um reagente ácido, neste caso
foi utilizado o Ácido Nítrico 2%, é colocado em contato com a superfície da peça, o que causará sua
corrosão. Em seguida, com o soprador térmico, realiza-se a secagem da amostra, com bastante cuidado,
segurando o corpo de prova a certa distância do soprador e nunca direcionado diretamente para a superfície
tratada (Figura nº6). Após o ataque químico, a peça é levada novamente ao microscópio para sua ultima
fotografia (Figura nº9).
Fig. 4: Lixadeira Manual Fig. 5: Politriz
Fig. 6: Demonstração de como utilizar o soprador térmico
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1.3. Resultados e Discussões
Após todo o tratamento e analise do corpo de prova, houve certa dificuldade em identifica-lo, pois a
imagem microscópica da amostra atacada (Figura nº9) não está muito nítida. A imagem está acinzentada,
além dos pontos mais escuros onde há realmente a presença de carbono, confundindo e prejudicando a
precisão no diagnostico da composição da peça. Isto ocorreu devido ao corpo de prova estar um pouco
queimado, o que aconteceu durante o processo de ataque químico, por deixar a amostra por tempo demasiado
no acido nítrico.
Apesar destes contratempos, pode-se afirmar que o aço ensaiado trata-se de um Aço 1045. Através
das imagens microscópicas, e comparando-as com outros estudos, observamos grande semelhança no
tamanho dos grãos e sua porcentagem de carbono.
Fig. 7: Imagem da amostra lixada Fig. 8: Imagem da amostra polida
Fig. 9: Imagem da amostra atacada
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1.4 - Conclusões
O Ensaio Metalográfico é considerado uma análise de grande importância para garantir a qualidade
dos materiais no processo de fabricação e também para a realização de estudos na formação de novas ligas
de materiais. Esta prática se torna muito complexa e ao mesmo tempo necessária, pois os materiais
apresentam diferentes morfologias, devendo ser analisado antes de sua aplicação. Através da análise
metalográfica do aço é possível determinar não só a classificação do aço, como também, sua composição
física, química e mecânica.
2. Ensaio de Tração em Polímeros
2.1 – Introdução
Para um melhor entendimento de como um polímero se comporta em meio a forças externas, um
ensaio mecânico muito comum é realizado, denominado por Ensaio de Tração. Consiste em submeter um
corpo de prova de forma pré-estabelecida a um esforço crescente na forma axial do polímero. O ensaio é
amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos como teste para controle das especificações da
entrada de matéria prima. Os esforços ou cargas são mensurados na própria máquina. O corpo de prova é
deformado por alongamento até sua ruptura.
Esse ensaio afirma que as deformações promovidas no material são praticamente distribuídas de
modo uniforme em todos os pontos do corpo de prova. A uniformidade só é descartada quando o material
sofre a carga máxima, quando se percebe a diminuição da secção do polímero, também chamado de
estricção. Para uma boa precisão do ensaio é de suma importância que o corpo de prova esteja colocado de
forma correta e alinhada nas garras de fixação.
Durante o teste é gerado um dos gráficos mais importantes do estudo dos materiais, o gráfico
“Tensão-Deformação”, o qual mostra a deformação do corpo de provas em função da tensão aplicada.
Informações importantes podem ser retiradas, como tensão de escoamento, tensão máxima e tensão de
ruptura, além de observar a deformação plástica e elástica do material.
O material utilizado no ensaio em laboratório foi o polimetil-metacrilato (PMMA). Segundo o site
www.resinex.pt, o acrílico (PMMA) é um polímero termoplástico extremamente transparente podendo ser
considerado alternativo ao vidro. O PMMA tem resistência a intempéries sob qualquer clima e resistência à
abrasão comparável à do alumínio.
De acordo com Jennifer Rocha V. Fogaça – Graduada em química, o PMMA é um dos polímeros
plásticos mais modernos e com maior qualidade do mercado, pois apresenta alta resistência a agentes
atmosféricos, à radiação UV, ao ataque de produtos químicos, à tensão, ao impacto e ao risco.
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2.2 – Parte Experimental
A máquina usada para fazer o ensaio de tração é composta basicamente por uma célula de carga e um
extensômetro que medem respectivamente as tensões e o alongamento, tendo ainda um travessão móvel.
O material polimérico utilizado no ensaio e tração foi o acrílico (PMMA), a parte útil do corpo de
prova teve as seguintes medidas: largura de 13,25mm e espessura de 3,3mm.
Para a realização do ensaio de tração o corpo de prova foi encaixado na máquina fazendo os ajustes
necessários, depois é feita a fixação do extensômetro, o tamanho da parte útil é inserido no programa
computacional e, após isso o ensaio é iniciado. Conforme uma carga é aplicada de forma crescente o corpo
de prova vai se deformando até acontecer a ruptura, simultaneamente o programa cria um gráfico tensão-
deformação, no qual é analisado o comportamento do material ao longo do ensaio.
Durante o ensaio o corpo de prova passa pelas seguintes etapas:
Deformação Elástica: deformações que desaparecem quando a tensão é retirada, deformação
reversível.
Deformação Plástica: deformações permanecem após retirar a tensão aplicada, deformação
irreversível.
Módulo de Elasticidade: inclinação da parte linear da curva tensão-deformação na região elástica,
rigidez do material.
__
Fig. 10: Maquina de Tração Fig. 11: Amostra sendo mensurado
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2.3 – Resultados e Discussões
Fig. 12: Gráfico Tensão x Deformação plotado pela maquina de Tração
A partir do gráfico plotado pela máquina é possível calcular as seguintes informações:
a) Módulo de Elasticidade ( ), a partir da Lei de Hooke, dada por:
b) Tensão de Escoamento:
Desprezível, pois o material não apresentou tal comportamento no gráfico.
c) Valor da tensão máxima:
.
d) Tensão de ruptura:
.
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e) Módulo de resiliência (Quantidade de Energia absorvida na deformação elástica):
Como a área do gráfico apresenta a forma de um trapézio, o módulo pode ser calculado do
seguinte modo:
f) Módulo de Tenacidade (Quantidade de Energia absorvida durante todo o processo de
deformação, incluindo as regiões elástica e plástica):
Como não houve deformação plástica, o módulo da tenacidade é o mesmo valor do módulo de
resiliência que foi calculado no item anterior ( )
Fig. 13: Gráfico Tensão x Deformação plotado em programa adequado
2.4 – Conclusões
Para estudar o comportamento de um material, o ensaio de tração torna-se um importante e excelente
modo de visualização de como o composto se altera em função da tensão aplicada. Cálculos podem ser
retirados através do gráfico formado pelo software da máquina, que são utilizados para obterem-se
informações quantitativas de absorção de energia do material, por exemplo.
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No caso testado do PMMA, pode-se calcular através do gráfico que o mesmo possui um módulo de
elasticidade muito inferior ao do aço e da madeira, 210000 MPa e 10000 MPa, respectivamente.
O material não apresentou deformação plástica, ou seja, a partir do momento em que deixa de ser
elástico não sofre deformações, rompe-se a partir da estricção quando atinge aproximadamente 10 mm. A
tensão de escoamento foi deduzida a zero, pois graficamente não houve uma notável deformação final antes
que viesse a se partir. Entretanto, o PMMA é muito utilizado atualmente por possuir além da transparência,
fator que substitui o vidro, resistência a impactos maior que a do mesmo e quebra-se em maiores partes.
3. Ensaio de Impacto em Polímeros
3.1 – Introdução
O ensaio de impacto faz parte dos ensaios mecânicos de matérias, e tem por meio determinar as
características de fratura dos materiais. Na prática, há um equipamento onde tem um martelo pendular que
irá se chocar com o corpo-de-prova, ao realizar os cálculos, se obtém a resistência ao impacto, e quanto
menor for à energia absorvida, mais frágil será o comportamento do material àquela temperatura. _
Possui-se dois tipos de técnicas padronizados, um é Charpy e outro o Izod, onde a diferença está em
como o corpo-de-prova é apoiado, pois os dois tem um entalhe em formato de “V”, ou seja com inclinação
de 45º no meio do material. O resultado do teste tem influencia do tamanho, espessura e formato do corpo-
de-prova, assim como a configuração e a profundidade do entalhe. _
Esse determinado ensaio, tem por fim viabilizar o tipo de material a ser usado em cada projeto feito
em diversas áreas, como lataria de um automóvel, casco de embarcações e até mesmo partes de aeronaves.
O polímero empregado no ensaio foi o mesmo utilizado no ensaio de tração, o polimetil-
metacrilato (PMMA). Destacando suas principais características, o acrílico é um dos polímeros plásticos
mais modernos e com maior qualidade do mercado, pois apresenta alta resistência a agentes atmosféricos, à
radiação UV (proteção natural de 98%), ao ataque de produtos químicos, à tensão, ao impacto e ao risco. Ele
é amplamente utilizado em lentes de contato, painéis transparentes, como os usados para pendurar cestas de
basquete, bem como outros painéis decorativos e estruturais, para recobrir os faróis dos carros, em sistemas
de vidros de automóveis, pisos iluminados translúcidos, globos para lâmpadas, óculos e anúncios luminosos
(letreiros).
3.2 - Parte Experimental
Para este experimento foram utilizados os seguintes materiais:
Pendulo de Impacto
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Corpo de Prova (Acrílico – PMMA)
Inicialmente mede-se a espessura do corpo de prova em metros (0,00415m), então se faz um entalhe
no meio da amostra em formato de “V” (Figura nº 14) para que o material esteja pronto para o ensaio. Na
utilização do Pendulo de Impacto (Figura nº15) aplicou-se a técnica Izod, realizado de acordo com o
procedimento da ASTM D 256-04 Standard Test Method for Determining the Izod Pendulum Impact
Resistence of Plastics, que se refere aos corpos de prova providos de entalhe, sendo assim coloca-se o
material pressionado pelo suporte, de forma com que o entalhe fique visível e apontado na direção em que o
martelo desce. É preciso ter o valor indicado no pendulo de impacto com e sem a amostra, tendo os valores, é
só sobrescrever na formula para determinar a resistência do material ao impacto.
Fig. 14: Corpo de Prova Fig. 15: Pendulo de Impacto
3.3. Resultados e Discussões
A medida da espessura do corpo de prova é de 4,15mm ou 0,00415m. A energia do pendulo de
impacto solto em queda livre sem a amostra posicionada foi de 0,12J, multiplicando esse valor por quatro,
pois o martelo possuía 10,8J, passamos a ter um total de 0,48J. Já com o corpo de prova preso ao pendulo, o
resultado foi de 0,20J, multiplicando também por quatro, obtém-se 0,80J. A formula da resistência ao
impacto é definida por: (E com amostra – E sem amostra)/Espessura(m). Sendo assim, temos: (0,80 –
0,48)/0,00415 = 77,11J/m.
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3.4– Conclusões
Diante do que foi apresentado, o experimento confirma a importância do ensaio de impacto para
várias áreas da engenharia. Conhecer a quantidade de energia absorvida é algo fundamental na hora da
escolha de um determinado material para algum uso especifico, sempre visando a segurança daqueles que
irão se beneficiar do mesmo. Como há dois tipos de técnicas para o ensaio é sempre bom fazer mais que um
teste para se ter certeza sobre a resistência ao impacto de determinado material. O procedimento do ensaio
exige certa precisão, para que os cálculos não divirjam do que é proposto pela literatura.
O ensaio de impacto juntamente com os outros ensaios mecânicos são de suma importância para
determinar o tipo de material que está sendo trabalhado, então é sempre viável fazer cada um deles, de forma
correta para uma analise mais detalhada.
4. Ensaio de Dureza em aço carbono como fornecido e tratado termicamente.
4.1 – Introdução
A dureza de um material metálico está diretamente relacionada à resistência mecânica do mesmo.
Essa mesma resistência também é devidamente influenciada pelas ligações atômicas contidas em diferentes
tipos de materiais, cada um com suas propriedades definidas.
As propriedades mecânicas de um material podem ser modificadas por tratamentos térmicos
devidamente estudados e aplicados, variando seu tipo e função baseada na utilização daquele material,
melhorando ou piorando sua situação.
O ensaio de dureza consiste na aplicação de uma carga conhecida através de um penetrador de
geometria conhecida. A dureza, ao contrário do limite de escoamento e da tenacidade à fratura, não é um
parâmetro característico do material (depende da maquina, carga, do tipo de penetrador...)
Existem varias escalas de dureza, com resultados bastante quantificados e precisos, utilizadas dentro do
campo da ciência dos materiais, tais como: Dureza Brinell, Dureza Rockwell, Dureza Webster, Dureza
Vickers. Para este ensaio foi utilizada a escala de dureza Rockwell. O método de dureza Rockwell, leva em
consideração a profundidade que o penetrador atingiu, descontando-se a recuperação elástica, devido à
retirada da carga maior, e a profundidade atingida que é devida à carga menor. Nesse método, o resultado é
lido diretamente na máquina de ensaio; além da rapidez maior, este método elimina o possível erro de
medição que depende do operador.
4.2 - Parte Experimental
Para este experimento foram utilizados os seguintes materiais:
Aço temperado ou cementado (amostra ensaiada)
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Lixa d’agua de granulometria 200
Durometro
Ponteira cônica de diamante
Forno de alta temperatura
Mistura de água e sal
Para a realização do ensaio de dureza foi utilizado um pequeno pedaço de aço já cortado de uma
barra circular, em seguida a amostra foi submetida ao processo de lixamento com uma lixa d’água de
granulometria 200, para nivelar as partes inferior e superior com a horizontal. Após o corpo de prova pronto,
o durometro (Figura nº 16) foi ajustado. O método é realizado em três etapas: na primeira, o corpo de prova é
submetido a uma pré-carga, garantindo um contato firme do penetrador com a superfície a ser ensaiada. Na
segunda, aplica-se a carga maior que, somada à pré-carga, resulta a carga total ou carga nominal do ensaio.
Na terceira, retira-se a carga; neste momento, a profundidade da impressão é dada diretamente no
mostrador sob forma de um número de dureza, lido em uma escala apropriada ao penetrador e à carga
utilizada.
A amostra de aço foi submetida a três compressões com uma carga de 60 kgf, utilizando a escala C,
em três pontos diferentes do material (Figura nº17) e então, os resultados obtidos foram anotados. Em
seguida a amostra foi submetida a um tratamento térmico (Figura nº 18) que têm por objetivo modificar as
propriedades do aço através de um conjunto de operações que incluem o aquecimento e o resfriamento em
diferentes condições controladas. No experimento em questão foi utilizada a técnica de têmpera, que é um
tratamento com o objetivo de obter uma microestrutura que proporcione propriedades de dureza e resistência
mecânica elevada, além de tornar mais elevado seu limite de escoamento e resistência à tração, à compressão
e ao desgaste. O corpo de prova foi submetido a uma temperatura de 930°C por volta de 60 minutos, em
seguida lançado dentro de uma mistura de água e sal, a fim de resfria-la, ocorrendo assim, aumento de
dureza. Após quarto minutos dentro da água salgada, a peça foi lixada novamente, para remover a crosta
formada pelo tratamento térmico. Após a amostra limpa, foi realizado o ensaio de dureza novamente por três
vezes e anotados os resultados.
Fig. 16: Durometro Fig. 17: Corpo de prova após o ensaio
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Fig. 18: Tratamento térmico
4.3 - Resultados e Discussões
Os resultados do ensaio de dureza antes do tratamento térmico foram:
Resultado 1: C56,0 kgF.
Resultado 2: C53,5 kgF.
Resultado 3: C53,0 kgF.
Os resultados do ensaio de dureza depois do tratamento térmico foram:
Resultado 1: C57,0 kgF.
Resultado 2: C59,2 kgF.
Resultado 3: C53,2,0 kgF.
Após a realização dos experimentos, os resultados foram comparados. Foi observado que a dureza do corpo
de prova aumentou aproximadamente 4,25%.
Foi visto que o procedimento de tempera aumentou a dureza do material, uma vez que, com o
resfriamento rápido, utilizando uma mistura de água e sal, não ofereceu tempo suficiente para a
microestrutura se reorganizar.
Atividade Experimental – Ensaio metalografia, tração, dureza e Impacto EMB 5022 - Ciência dos Materiais – 2014/02
De acordo com o gráfico, o uso da
água como agente de resfriamento é um
mais indicado para se obter uma estrutura
mais dura, pois consegue resfriar o corpo
ate a obtenção da martensita sem que a
linha de resfriamento toque na linha de
transformação de austenita em perlita ou
de austenita em bainita.
A têmpera realizada no
experimento visou à obtenção da
martensita, pois com ela há o aumento do
limite de resistência à tração e da dureza
do aço.
Fig. 19: Gráfico da Curva TTT
4.4 – Conclusões
Foi observado pela equipe que o método utilizado na obtenção da dureza do material, no experimento, é
de alta praticidade e facilidade, não exigindo muito conhecimento prévio do operador.
Quanto ao tratamento térmico, o experimento comprovou um aumento significativo da dureza do
material. Ficou subentendido que a escolha adequada da temperatura com que será feito o tratamento
térmico, o tempo em que o material será exposto ao calor, e a velocidade do resfriamento com o auxílio do
material escolhido, são pontos importantíssimos para a obtenção dos resultados esperados.
5. Considerações finais
Conhecer as propriedades de um determinado material é de extrema importância para as áreas de
engenharia, e todos esses estudos vieram confirmar isso.
Desde o Ensaio Metalográfico, onde é possível conhecer a fundo o material trabalho, desde sua
porcentagem de carbono até contornos de grãos. Neste ensaio é possível determinar não só a classificação do
aço, como também, sua composição física, química e mecânica. Sobre propriedades mecânicas, podem ser
mais precisas nos ensaios seguintes, que são os ensaios de Tração, Impacto e Dureza.
No ensaio de Tração, analisamos o comportamento do material quando sobre uma deformação,
obtendo limetes para este material, como por exemplo a tensão de ruptura, que nos diz até quanto de energia
o material consegue absorver antes de se romper.
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Já no ensaio de Impacto, o corpo de prova é submetido a um golpe, um impacto, como o nome do
ensaio já sugere. Neste ensaio é possível conhecer a resistência ao impacto de certo material, o que é
essencial para determinadas aplicações.
E por ultimo, o corpo de prova foi submetido ao ensaio de Dureza, após receber uma carga de
determinada força, obtém-se a dureza do material. Ao passar por um tratamento térmico, observou-se um
aumento nesta propriedade. A forma com que este material é resfriado também influencia no seu resultado
final, portanto se o objetivo é um material mais rígido, deve ser resfriado rapidamente, com isso, não há
chances dele se reorganizar.
Cada material possui propriedades diferentes, estruturas diferentes e aplicações diferentes. Conhecer
onde cada um se comportará da melhor maneira, é algo indispensável. Por isso o estudo dos materiais é algo
tão presente nos dias de hoje.
6. Referências
EPSTEIN, Lawrence M.; ROSENBERG, Jerome l.; Química Geral, (Coleção Schaum), Porto Alegre:
Bookman, 2003.
CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 5ed. LTC, São Paulo, 2002.
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Dureza_Rockwell, acessado dia 17/11/2014 às 15:34h
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Mohs, acessado dia 17/11/2014 às 15:46h
Disponível em www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6556-teste-de-dureza-rockwell#.VG3jSSPF-8Q,
acessado dia 17/11/2014 às 14:51h
Disponível em http://www.tratamentotermico.com/, acessado dia 17/11/2014 às 14:42h
Disponível em http://www.termbras.com.br/tratamento_termico.php, acessado dia 17/11/2014 às 14:46h
Disponível em http://www.eticalaboratorio.com.br/laboratorio-metalurgico/tratamento-termico/tratamento-
termico-de-pecas-de-teste-laboratorio/tempera-e-revenido/, acessado dia 17/11/2014 às 14:37h
Disponível em http://www.metalica.com.br/o-que-e-aco-carbono, acessado dia 13/11/2014 às 18:35h
Disponível em http://www.infoescola.com/quimica/composicao-e-propriedades-do-aco/, acessado dia
13/11/2014 às 19:17h
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Disponível em http://www.webartigos.com/artigos/analise-metalografia-de-metais/57232/, acessado dia
13/11/2014 às 19:41h
Disponível em http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-
mecanicos/210-ensaio-mecanico-impacto.htmlhttp://panantec.com.br/jinan/pen/pen.htm, acessado dia
15/11/2014 às 16:57h
Disponível em www.joinville.udesc.br/portal/professores/franciscogm/materiais/polimeros_engenharia.pdf,
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