l? •?*-Y^?T P^; ^J^rx---^-^ ,* y^rii-crT'r fjwy^rvv ... › isric › fulltext ›...

108
"*-£" ^'"•'l? •?*-Y^?T P ^ ; ^J^rx---"^-^ 1 ,* y^rii-crT'r fjwy^rvv!. Tf '"'. : *-r~- "*'•' " '•'•• •.•ij r - 4 |^f *£ Ui . ' . & MORFOLOGIA DE PERFIS DE SOLOS ormas para a sua m i •,--* Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe depository for endangered documents and to make the accrued information available for consultation, following Fair Use Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the materials within the archives where the identification of the Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the originators. For questions please contact [email protected] indicating the item reference number concerned. - -.^'•K A. Sa e Melo Marques

Transcript of l? •?*-Y^?T P^; ^J^rx---^-^ ,* y^rii-crT'r fjwy^rvv ... › isric › fulltext ›...

  • "*-£" ^'"•'l? •?*-Y^?T P ^ ; ^J^rx---"^-^1,* y^rii-crT'r fjwy^rvv!.Tf '"'.:*-r~- "*'•'

    " • '•'•• • . • i j

    r

    - 4

    |^f *£

    Ui

    . • • ' . &

    MORFOLOGIA DE PERFIS DE SOLOS

    ormas para a sua

    m i • , - - *

    Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe depository for endangered documents and to make the accrued information available for consultation, following Fair Use Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the materials within the archives where the identification of the Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the originators. For questions please contact [email protected] indicating the item reference number concerned.

    - -.^'•K

    A. Sa e Melo Marques

    mailto:[email protected]

  • 1

  • Uso r e s t r i t o 0 0 1 . 8 : 6 3 l . 4 7 / . 4 8

    INSTITUTO DE INVESTTGAgAO AGRONÓMICA DE MOgAMBIQUE

    Comunicagao nQ 46

    MORPOLOGIA DE PERFIS DE SOLOS

    Norraas p a r a a sua desc r igao*

    por

    A. SS e Meio Marques

    Lourengo Marques, Margo de 1970

    *Entregue pa ra pub l i cagao era 24 de Novembro de 19^9

    iznï

  • IliBI Cömün.""hg"'46 I

    Nota prévia

    E do conhecimento geral a necessidade que ex i s t e de uniformi'zar 'as r e -

    gras de apreciacao de c a r a c t e r f s t i c a s de um dado objecto ou se r , com a f i n a ï i d a -

    de de um estudo sistem&tico., Esta necessidade senté-se em quase todos '•os"l"ram'oB

    do conhecimento humano, com maior ou menor acuidade; no caso concreto da Ciência

    do Solo, e em p a r t i c u l a r na descrigao mörfológica de p e r f i s de so los , ê especia l

    mente de considerar em razao da subject ividade de que se reveste a sua execugao.

    Nesta achega para a sua normalizacao, t en t a - s e apresentar .nao normas

    d i ferentes das que atS agora têm sido usadas, mas sim a sua orflenacao, de modo a

    f a c i l i t a r a t a r e fa a um pedologista inexper ien te , compilando numa só obra eleraen

    tos dispersos e integrando-os no seu devido lugar» Completa—se a mesma com um ca

    pf tu lo 'des t inado a gencra l izar a simbologia usada na Missao de Pedologia de Ango

    l a o Mogambique no preenchimento dos verbetes , bem como com a indicagao de o u -

    t r a s normas p rd t i ca s a observar, com as vantagens que advêm de uma e s c r i t a sim-

    p l e s , uniforme e de fSc i l l e i t u r a e compreensao.

    Seguiu-se em l inhas ge ra i s a Informaoao prel iminar acerca de normas pa-

    ra, caracter izacao morfológica dos solos , do Centro de Estudos de Pedologia Tröp^

    ca l , que felizmente estA difundida .em todo o Ultramar e tem const i tufdo • padrao

    para a grande maioria d.os t rabalhos do gê*nero atê' agora r ea l i zados . Const i tu i ijs

    so,só por s i , um fac tor altamente pos i t ivo e razao mais que suf ic ien te para ha -

    ver todas as vantagens em nao a l t e r a r (nao havendo motivo que o j u s t i f i q u e ) o s

    c r i t é r i o s e regras que ai se indicam, os quais es tao , e ainda bem, j£ enraizados .

    Consis te ,pois , a f ina l idade p r inc ipa l desta resenha- na organizagao dos i

    critc*rios a observar, completando-se tanto quanto possfvel cada um dos pontos em

    rcferência , e visando essencialmente o objectivo de fornecer com fac i l idade aos

    pedologistas do I I M em p a r t i c u l a r , e em geral aos de toda a Provfncia, omaior nfi

    mero de elementos ou informacoes de que necessitam para a matêr ia versada. i

    Nalguns pontos desenvolveranwse, embora com pouca.profundidade, certas

    qucstoes teóricas, dostinadas a esclarecer observadores com formacao mais defi -

    cicnte nesse aspecto, de modo a que os mesmos nSo se tornem simples operadores,o

    que acontoceria se se limitassem a seguir a risca as instrugoes, sem a percepcao

  • II- IIAI-I Comun. nQ 46

    do qua esta por tras daquilo que executam*oNa introducao e em 2 teceram-se tam-

    bém algumas consideracoes sobre aspectos relacionados com a descricao'" möffoló-

    gica de perfis, embora de forma indirecta, isto é, sobre outros aspectos acer-

    ca do trabalho no qual a descricao se integra. Julgou—Be de bastante utilidade

    fazê-lo pelos motivos citados.

    _u * De qualquer modo hao dispensam, senao imediatamente, o meihor conhecimento das questoes referidas. Na bibliografia indicam-se algumas obras que podem ser consultadas com essa finalidade-

  • HAM Comun. n^ 46

    MORPOLOGIA DE PERFIS DE SOLOS

    Normas para a sua descricao

    I n d'i c e

    1 - Introducao

    2 - Preparacao

    3 - Normas de apreciacao e caracter izagao de todos

    3.1 - Ca rac t e r i s t i ca s raorfológicas in törnas

    3.1.1 - Permanentes

    3.1.1.1 - Limites ou profundidades dos horizontes

    3.1.1.2 - Cor

    3 .1 .1 .3 - Textura

    3.1.1.4 - Elementos grosseiros

    3.1.1.5 - Matéria organica

    3.1.1.6 - Estrutura

    3.1.1.7 - Pendilhainento

    3 .1 .1 .8 - Compacidade

    3 .1 .1 .9 - Consistência

    3.1.1.10 - Porosidade

    3.1.1.11 - Raïzes

    3.1.1.12 - Humidade

    3.1.2 - Acidentais 1

    3.1.2.1 - Depósitos qufmicos

    3.1.2.1.1 - Concrecoes calcarias

    3.1.2.1.2 - Concrecoes de ferro e manganês

    3.1.2.1.3 - Carbonatos livres

    3.1.2.1.4 - Eflorescências

    3.1.2.1.5 - Gesso

  • - 2 - HAM Conun. 2 46

    Pdg.

    -3 .1 .2 .2 - Impermes 52

    3 .1 .2 .3 - La t e r i t e 54

    3 . I . 2 .4 . - Pelfculas de a r g i l a 57

    3 .1 .2 .5 - Superffcios de escorregainento 58

    3 .1 .2 .6 - Micro-rolevo 58

    3 . 1 . 2 . 7 , - Linha de pedras 59

    ' 3 . 1 . 2 . 8 - Fauna 60

    3 .1 .3 - Roaccao do so lo , pH 62

    3 . 2 . - Carac to r l s t i cas morfológicas externas 62

    3.2.1 - iGeologia. L i to log ia 63

    3.2.2 - Topografia 64

    3.2:3 - Vegetacao 66

    3.2;4 .-. Dronagem 73

    3.2.5 - Erosao 75

    3.2.6 - Cliraa 77

    4 - Regras para o preenchinonto dos vcrbe tos . Abrcviaturas o simbologia 78

    4«1 •,- Indicagoes gera i s 78

    • 4 . 2 : - Cabecalho 79

    4..2.1 - Localizacao 79

    \4o2._2 — Kumeracao 80

    .' 4»3 - Ordenacao no r e g i s t o das c a r a c t c r l s t i c a s 81

    4 .4«- , Abrcviaturas -82

    4.5 , - .Simbologia 85

    ' "4 .6 , -Reproscntagao gr&fica. 88

    4 .7 - Diversos 90

    . '• Resumo • 91

    Synopsis 91

    B ib l iog ra f i a 92

    Anexo I (Tabclas) 95

    :• >Anexo.I I (Vorbete) 97

    > Tiragem de 350 exemplarcs

    file:///4o2._2

  • I I M Coraun, n^ 46 . -3—

    1 - Introducao • '}.i^(y:/\^i

  • -4- IIAM Comun. na 46

    conjunto de todos os horizontes d i ferenciados .

    0 mate r ia l o r ig ina r io ou subst rac to goológico fornece todos os elcmen

    tos minerais e a vegetacao os elementos organicos; os agentes cl imaticos e bio

    lógicos-sao os fomentadoros, por intorvengao d i r e c t a ou ind i r ec t a , das t ransfor

    macoes'que se operam nos c i tados elementos; os novos elementos formados a par -

    t i r ' :dos* ' in ic ia is podem se r translocados sob a forma de compostos soltivcis ou co

    l o i d a i S ' è , : deste modo, passam a e x i s t i r horizontes cnriquecidos ou empobrecidos

    num?óu'v&rios elementos ou compostos. Assirn se faz a diferenciacao dos horizon-

    tes , ' ' ou ' se j a , a evolucao do p e r f i l do solo ( 2 ) .

    ^ ' * . 0 conhecimento do estado actual da evolucao do solo 6 f e i to pelo exa-

    me do seu p e r f i l , quer pelo exame ex te r io r ou raorfoiogico que rcvela era g r a n d e

    p a r t e ' a ex te r io r izacao de condicoes f f s i c a s , qufmicas e biológicas i n t e r n a s ,

    quer' por uma carac ter izacao ana l f t i ca que mais profundamente nos da a conhecer

    as condicoes da evolugao podológica sof r ida .

    E do primeiro ponto c i tado que se vai t r a t a r .

    Entende-se por descrigao morfológica de urn p e r f i l do solo o exame e o

    o conveniente r e g i s t o de um cer to numero de c a r a c t e r f s t i c a s d i t a s "morfológicas",

    i s t o é, v i s fve i s ou s a l i e n t e s na forma como o re fer ido p e r f i l se apresonta ao

    observadór. '

    Este conjunto de c a r a c t e r f s t i c a s pode se r agrupado ou c lass i f icado de

    d i fe ren tes maneiras, segundo var ios c r i t é r i o s , cujo p r inc ipa l in te resse 6 o or -

    denamento e s is tematizagao das mesmas. Pode-se entao, sucintaraonte, es tabelecer

    uma prdenacao como se segue.

    ''•'-: P

    1 - Carac te r f s t i cas raorfológicas in te rnas i' .

    a) Perraanentes;

    b) Acidentais

    2 - Carac te r f s t i cas morfológicas e x t e m a s .

    •••'. ' • ' '0 que s ign i f i ca ou em que consis te cada uma deins , a própria designa-

    gao o ' sugere , pelo quo sao desnecessarias explicacöes pormenorizadas. Como exem

  • HAM Comun. n g 46 _ 5 _ .

    p lo das p r i r a e i r a s podera r e f e r i r - s e a c o r , t e x t u r a , p o r o s i d a d e , e t c , o. das s e - . . , '

    gundas a e x i s t Ê n c i a de p e l f c u l a s de a r g i l a , conc regoes , e t c j quanto a s r o a r a o t e - ,'.

    r f s t i c a s e x t e r n a s s e rao a t o p o g r a f i a , v e g e t a g a o , e t c , do l u g a r onde . a cova ifoi'

    a b e r t a p a r a a a p r e c i a c a o das c a r a c t e r f s t i c a s i n t e r n a s » • •; '•"•'".';

    ~ ~ ; I '- ~ . , • ' —

    A observacao da parede da cova permite—nos d i s t i n g u i r a s varia"go©s ; dos

    a spec to s a d e s c r e v e r , e ê po r e s t e meio que se t ragam os l i m i t e s de cada;.comada^.(•:.;•'--;v

    n f v e l • o u h o r i z o n t e . * No te - se que o obse rvador nao deve t e r a preocupaoao , imedia— • .',

    t a de d e s c o b r i r e d e l i m i t a r os h o r i z o n t e s g e n é t i c o s que j u l g a "en t r eve r y ! mas ;; sim [[. •;..\

    de te rmina r 'os l i m i t e s de cada n fve l ou camada, do f in indo e s t e s po r um cdrigunto de ;';'; > • • • ' ' ^ •'?-'' -*? '**"• ^"x ^ - - v

    c a r a c t e r f s t i c a s horaogéneas. A determinagao dos h o r i z o n t e s g e n é t i c o s 6", pókfcërior ••>. ..'̂ e i n t e r p r e t a t i v a , enquanto que no momento a fungao do obse rvador ê e s s e n c i a l n e n - /, >Ï

    t e d e s c r i t i v a . ' . ._v ..1-... . 4>. ,".,'. '••' f

    Os l i m i t e s e n t r e os n f v e i s nem sempre se apresentam e v i d e n t e s , i s t o é , • •,;

    nao e x i s t c sempre uma v a r i a g a o s e n s f v e l ( l o c a l i z a d a ) do uma ou mais c a r a c t e r f s t i ; -j

    c a s , po lo que a d e l i m i t a g a o é* s u b j e c t i v a em grande p a r t e , e n a maiór ia ' -dös ca sos ,..

  • F *

    - 6 - HAM Comun. n9 46

    Importa, por conseguinte, o conhecimento completo da si tuacao para ser

    planeada com êxi to a u t i l i z a c a o do so lo . Sabe-se que a in tervencao do homern cr ian i j • ' . ' ~

    , do condigoes d i fe ren tes das naturais^ t a i s corao, dorruba de vegetagao, fornoc i -

    mentos de. agua, a l te racao da drenagem, e t c . , contribui 'grandemente para o d e s i -

    q u i l f b r i o , o qüa l , se nao fo r devidamente controlado, poderfi t e r oonscqüfincias

    • . que chegam a s e r desas t rosas . ' . ; ' ; • - . ; . . ( > - ; , a : f ; ' c ^ - ; • • • •

    ".-,,•'- •Vóvïïao cabe, porém, no ambito (do que se estS, a tratar,o desonvólviiBanto

    destas consideracoes, pelo que se vai limitar a aprcsentagao das 'flnolidades

    ••"< reais pu concretas .que se deparam aos morfologistas de solos. •""' ' • . . ' ; * . i Y . y . / • • .

    . •-• •; - - i _ Conhecimento c r i t e r i o s o de todos os aspectos a considerar visando K, a carac ter izacao pura do so lo .

    -i•'. '• ; " '• " "• 2 - Estudo para uma pos t e r io r c lass i f i cacao servindo de indicadores p_a

    . r a a 'definigao de unidades-solo,

    3 — Avaliagao das poss ib i l idades de integragao dentro das unidadcs—so

    lo jd de f in idas . '

    ~ •'"-. .t .\ 4 - Estabelecimento dos l imi t e s de ocorre*ncia do unidades-solo.

    •/•-.; '.' --5. — Conhecimento das poss ib i l idades do comportamento do solo quando

    )[ '•;. .u t i l i zado nas vari.as cu l tu ras agrfcolas (ou f l o r e s t a ) , ou para se ava l ia r d a s

    ' y suscep t ib i l idades de modificacao das tócnicas c u l t u r a i s u t i l i z a d a s ou a u t i l i -'. • , . • f t • • ' *

    zar e ainda da eventualidade de correccoes a e fec tuar .

    ". •;: < ••.';' ^ ¥ot e-se que o ponto 1 ê de ca rac te r g e r a l e engloba na sua amplitude

    .'.'• todos:os"outros e ainda que o ponto 5 consubstancia os r e s t a n t e s , sendo a f i n a -

    . l idade uTfcima do conhecimento dé so los .

    . .Os pontos 2, 3 e 4 sao os que dizem directcunente respe i to a car togra-

    f i a dos so los ; c a r t a s de solos sao mapas que indicam a ocorrSncia ou d i s t r i b u i

    cao de unidades-solo , indicando cada unidade separadaniente ou associacao des -

    •;• t a s , ' qualquer que se ja o seu nfvel taxonómico. Designa-se por unidade-soloocon

    :••' junto do solos que apresentam c a r a c t e r f s t i c a s e arranjo de horizontes semelhan-

    / t e s em re lacao ao nfvel em que 6 def inida; assira,uma unidade-solo ao nfvel de

    '•'•' ordem ou grande grupo obedecera' obrigatbriamente a homogeneidade de urn m e n o r

  • HAM Comun. n° 46 -7-

    ntimero de aspectos do que outra unidade-solo de nfvel taxonóroico mals elevado • ' . • •••''. . - 1 v ^ - v f:

    corao, por exemplo, uma serie.

    A base do trabalho para o estabelecimento da classificacao.è. cartogra-

    fia de solos., como j& foi referido, é o estudo morfológico do seu perfil,, com -,.

    plementarizado com os resultados analfticos que confirmam aspectos, esclarecera :;v

    duvidas e, em resumo, completam o conhecimento. . r ' , ' . • ' . • • • • •

    Quanto as cartas de solos, produto final dos pontos 2, 3 e 4» o . s e u

    interesse e utilidade sao enormes, pois constituera a base indispensavel ' para a

    generalizacao ou extensao dos conhecimentos adquiridos pelos pontos 1 e'5 e dos

    resultados de toda a experimentacao agrfcola» .' ";J"''"*"-'•

    As funcoes das cartas de solos podem ser resumidas no seguinte:

    a) Pim essencialmente cientffico ê o destinado as cartas de 'pequena

    escala, em geral menor que 1:250 000, que constituem como que uma invéntariacao

    dos solos e permitem correlacion&-los com os factores fundamentais do meiojquan—

    do muito podem servir de base ao planeamento a escala nacional ou de grandes.iter

    ritórios. • > • • ' :

    b) As cartas de escala média, 1:50 000 ou 1:100 000, servem para de-

    terminar, com limites bastantes precisos, as zonas susceptfveis de serem utiliza' -

    das na agricultura, pecu&ria ou floresta, dando indicacoes de ordem geral' para. a

    aptidao dos solos e planeamento regional.

    c) As cartas de grande escala, igual ou superior a 1:20 000,sao as que

    fornecem elementos precisos para a sua utilizacao, com as informacoes ineréntes

    de possfveis técnicas e culturas adequadas para cada tipo de solo cartografado.

    2 - Preparacao

    Todo o trabalho de reconhecimento de solos implica prèviamente uma or-

    ganizacao ou planeamento da tarefa a executar, planeamento este colocado em dois

    polos: um, os fins em vista, e o outro, os meios de que se dispoe para os satis-

    fazer. E de considerar que os dois polos estabelecem entre si ligacoes, isto é,

    o reconhecimento de solos requerido por razoes exteriores é condicionado muitas

    vezes pelos meios quer materiais quer humanos, e h&, portanto, qua estabelecer pla -

    http://grandes.it

  • -8 - I I AM Comun. n9 46

    tafonnas.de l igacao entre os f ins e os meios. Concretamente, por exemplo, a f a l -

    t a de elementos car tograf icos de "base pode ser motivo impeditivo de um reconheci

    mento de solos a esca la considerada adequada, levando, por conseguinte, a neces-

    sidade de equacionar de novo o problema, de modo a s a t i s f a z e r , com os elementos

    disponfveis , os f ins em v i s t a , embora de forma nao tao p e r f e i t a .

    ' Os meios sao: humanos e ma te r i a i s . Quanto aos pr imeiros , um rcconhcci-

    mento de solos envolve, alom de pedologistas especial izados em morfologia,outros

    e s p e c i a l i s t a s de geologia, geomorfologia, botanica e clima, alëm de possoal tcScrd

    c o : a u x i l i a r , e pessoal de se rv igos .*

    ':' : ;•Quanto aos segundos, o ' assunto sera desenvolvido quando se t r a t a r do

    plano do t r aba lhos . Este deve compreendcr obrigatoriamentc os seguintos pontos;

    -•;. r-V̂ '̂.fl••— Reconhecimento préyio a zona. . •

    ••''••'•. ' ~'2 - Treino do .pessoal de campo, se possfvol familiarizando—o com as con

    digoes com que i r a deparar .

    .;•'•-• 3 — Recolha de todos os dados f fs icos sobrc a zona a ser t rabalhada.

    4 - Elementos car tograf icos de apoio.

    . ; ; , 5. - Matorial necessar io a descrigao de pe r f i s e co lhe i t a de amostras.

    ^ .. . ^Emrelagao do primeiro ponto, deve o responsavol pela real izagao do t r a -

    balho deslocar-se e percor re r a reg iao , acompanhado por outros elementos,so pos-

    sfvel , com^o firn de observar aspectos,comos acessos ox is ten tes e eventualidado da

    construgao de novos se necessar io ; poss ib i l idades de abastecimentos e apoio l o -

    c a l , estabelecimento de contactos com entidades que tenham a sua act ividade r. a

    regiao o que por qualquer motivo estejam l igadas ao ompreendimento, comunicagoes

    com a/base , e t c , alêm de, como ê óbvio, colher as primeiras in f ormagoes s o b r e . • •• ~ •'.' - \ . V 1 '

    OS SOloSo'

    * Note—so que se e s t a a r e f e r i r aponas ao pessoal directamonte l igado ao t r aba -lho de campo, nao incluindo, por tan to , o necessario aos t rabalhos de gabincte C' labora tór io . .

    http://tafonnas.de

  • IIAM Comun. ng 46 - - 9 -

    Sobre o segundo. ponto, devera os eleraentos indicados para tornar' pa r t e ; . • • * - • - ' '

    no t rabalho efectuar apreciagoes, t a i s como, de t ex tu ra e de cor, em amostras do

    t e r r d r i o com os re fer idas c a r a c t e r f s t i c a s j d determinadas, alëm de observagao'• de ,*•

    p e r f i s - t i p o com a f inal idade de adquirirem t re i r io . Os menos exper ientes / d e v e m

    ser colocados em frente de pe r f i s variados (se for possfvel dos que se éspera vjL .|

    rem a ser encontrados na zona), sendo-lhes minis trados esclarecimentos s'óbré pos-.'.'[:^.V

    sfveis correlagoes com si tuagoes topogrdf icas , vegetagao, e t c . ...;;-. ^p. ; V;v-3 .: -

    Para o t e rco i ro ponto, haverd convèniência em acumular todos .os dadós < ;t,,

    poss lveis sobre geologia, geomorfologia, l i tologi ja , clima e vegetagao. ;Nóimalmén i'-::^:i\

    te e s t e s dados sao publicados sob a forma do c a r t a s , pelo que se deve providen'— ''''•"<

    c i a r no sentido de obtcr as colecgoes necessdr ias que cubrara toda a zona.'; E mui-

    t a s vezes possfvel, e sempro de grande vantagem, sobrepor a s ' v d r i a s ca r t a s :/c om '•;)••

    os d i fe ren tes dados numa unica, denominada ca r t a composta. Cada observadór"'deve

    dispor pormancntemente de um exemplar des ta ou entad de uma colecgao das';compo —

    nentes . A ca r ta ou as ca r t a s devem, tanto quanto possfvel , ser de uma esca la ade-

    quada a de t rabalho; c o n v é n i n s i s t i r que os pe r f i s devem se r localizados:.de

    vidamento para uma indicacao cor rec ta dos dados e que i s so ê d i f f c i l otLiopdèsi*» ••••,•;•_!

    vel se a escala for muito inconveniente ou se nao houver referöncias topogrdficas

    em'numero su f i c i en te . ' ;

    Os elementos car togrdf icos de apoio sao: fo tograf ia aérea , mosaicos f o- ,..'<

    togrdficos ou fotomapas, ca r t a s topogrdficas (planimó'tricas ou oom a l t ime t r i a ) , ';

    e t c . Em rclacao a fo tograf ia aörca deve-se diapor da cobertura estereoscöpica ' de ; 'i

    toda a zona. As fo tograf ias (como r e g r a , v e r t i c a i s ) estao d ispos tas em f iadas coji ;

  • i

    ' - 10- HAM Comun. n^ 46

    c i l manejo do mater ia l fotogr&fico,dcve-se dispor de foto-fndices ou esquemas de

    cobertura, sendo es t e s normalmonte fornecidos cora as fo togra f ias . Nr.o Gnquocer

    que cada observador deve dispor de um estereoscópio de bolso, pranchas de colocj.

    cao das fo togra f i a s , l a p i s próprios e outro mater ia l ou,o que ê* prefer fvel , de

    um es tqjo estereoscópico, completo para campo.

    • ' Quahto aos r e s t an t e s elementos car tograf icos , como a l i a s com as foto -

    g r a f i a s , e lës- devem se r tao recentes quanto possivol e os motivos sao c l a r o s .

    . .Normalmente, todas, as ca r t a s da zona t8m i n t e r e s s e , oesmo as mais ant i gas, pois e*

    sempre*admissfvel que delas se possam e x t r a i r dados u t e i s . Os mosaicos, foton?, -

    pas, ev. c a r t a s d iversas sao agrupados conforme se destinam a "contrSle" das areas

    nas d iversas fases do t r aba lho , lancamento de pe r f i s ou outras quaisquer obscrva

    coes,. .osbocos de ca r togra f i a , e t c . As ca r tas sao de diversas esca las , conforms* o

    seryicp que. prestam;, a esca la das mais pormenorizadas deve ser maior ou pelo me-

    jtios^igual, >aquela a que se des t ina o t r aba lho .

    *Z£'-!fi;"Xr*'n:-t--0 ultimo pont o citado no plano de t rabalhos diz respe i to aos ncios -ma-

    .. t e r i a i s . ' I n d i c a - s e a seguir uma l i s t a do mater ia l necessar io a cada observador ou

    •&i cada^equipa» no caso de trabalharem juntos mais que um:*

    ' — martelo de pena com peso aproximado do 0,5 kgj

    \ .; V .'•.,.— crivo de malha com 2 mm de diametro e de dimensoes 4>5 cm d-c a l t u r a

    por, .5..cm. de diametro de base;,

    0; • . • ^ i ^ w w lupa cóm ampliacao de 10 diametros;

    •- f ^y .

    — ca r t a de cores Munsell;

    .,-'*..'•''— . HC1 a 10 % (em frasco de conta-gotas e reserva s u f i c i e n t e ) :

    £'• '\X-fh: ••.''".:— H„02, a 10 volumes (em. frasco de conta-gotas e reserva su f ic ien to ) ;

    •\\ - f i t a métr ica (de 2 m)j

    r-Hv,fj-,',.^.-.~ c l i s fmetro ;

    ', '•.- — penetrómotro ( f acu l t a t ivo e normalmcnte nao u t i l i zado) ;

    * A equipa idea l 6 const i tufda por dois observadoroa; onquanto um delos f e z a d o s c r i cao , o segundo elemento faz o r eg i s to nos ve rbe tcs .

    file://'/X-fh

  • II/iM Comun. n^ 46 . - 1 1 -

    .vi.'-

    com dimensoes de cerca de

    convenientemcntè 'numerados';

    - fraseos de p l a s t i co para agua;

    - sacho para co lhe i t a de araostras;.

    - pa para o mesmo firn;

    - sacos de pano para co lhe i t a das amostrasj

    25 cm de base por 32 era de a l t u r a , os quais devem se r

    - verbetes impressos era numero suf ic iente}

    - c t iquotas de ca r to l ina ;

    - faca ou navalha do ago r de grandes dimensoes; • *

    - sondas de t rado ou caixa; \ ' . . , ' •

    - aparelhos para determinagoes expeditas (pH e grau de sa l in idade) ; só

    se just if icam era condiccos cspec ia i s ; [

    - todo o mater ia l que cóinpreende l a p i s (HB, H, 2 H e de cores ) , apara

    - l a p i s e larainas sobresse len tes , borrachas, canetas es ferograf icas , t in t 'a da Chi'

    na de var ias cores e canetas respec t ivas , papel vege ta l , papel milimétricoj-;. ca -

    dernos de papel (branco, pautado o quadricülado) , e t c . • / : '\ ; • •'•. t -. v . .5 • . i',',

    Note-se que a relacao apresentada e" suscoptfvel de todas a s , a l t e ragoes

    de acordo com as: c i rcuns tanc ias , servindo apenas de modelo para elaboragao'.: - do

    material julgado necossar io ,e ainda que diz rospe i to unicamente ao u t i l i z a d ó na

    descrigao, r eg i s to e implantagao de p e r f i s .

    ~ - ~ . . • , • • * . - . '. ,-. 1 1

    3 -• Norm as de apreciacao e caracter izacao de todos os aspoctos a descr'ever -:; Vj •

    • ; , • , , ff" . , . e. • • • . - ,

    Neste numero t r a t a - s e das normas pr&ticas para apreciagao de, todos... os

    aspectos, agrupados conforme se indicam na introdugao. . . . .

    3o 1 -• Carac tc r j s t i cas morfol6gicas in te rnas ' 'J •'; : j

    3"1o1 - Permanentes •

    3 . 1 . 1 . 1 . - Limites ou profundidades dos horizontes ou ra'veis

    Os l imi t e s ou l inhas de separagao ent re nfveis , entèndidos 'como se d i s

    se na introdugao, sao definidos por dois aspectos? n i t i d e z e profundidades.;

    Em relagao ao primeiro, c pondo como premissa a fixagao das caracterf j ;

  • -12- I I M Coraun. ng 46

    t i c a s - t i p o dos nfveis super ior e i n f e r i o r , a n i t i d e z do l i rai te ê def inida pela

    espessura de t r ans i cao , i s t o ê, quanto maior for a zona onde as c a r a c t e r f s t i c a s

    jS nao sao as t fp icas de urn nfvel raas ainda nao atingiram as do out ro , t an to me

    nos nf t ido sera o l i m i t e , e inversamente. As t rans icoes definidoras da n i t i dez

    dos l im i t e s sao as seguintess

    Abrupta . . o. * o ï . . o. o espessura i n f e r i o r a 2 , cm

    . Uftida . . . . . * . i . . . . ; . . . . . " entre 2 e 6 cm

    Gradual " " 6 e 12 c:n

    M Difusa . . . " superior a 12 cm

    '. Cpmo regra ao es tabe lecer -se o l i m i t e , indica-se a zona média da t r an

    s i cao , fazendo referência a espessura pela designacao correspondente. Para t r an

    s i c p e s g r a d u a i s ou difusas ê muitas vezes preferfvel es tabelecer os seus l imi -

    t e s (da t rans icao quando for possfve l ) , ficando es t a , por tanto, dofinida oomo um

    nfvel : e , em lugar de se proceder a sua descr icao exaust iva, d i f f c i l d e f a z e r d a -

    da':a variagao contfnua das suas c a r a c t e r f s t i c a s , apoe-se a indicacao " t rans icao

    gradual^cdm a profundidade". • • • • ' . * ' • •

    0 segundo aspecto, profundidades, 6 rofer ido pelos valores das d i s t an

    c i a s medidas a p a r t i r da superf fc ie , en t re as quais pode y a r i a r a separacao en-

    t r e dois n fve i s . A d i s t anc ia no caso da l inha do separacao ser sensivelmente p_a

    r a l e l a a superffcie do t e r r e n o , ou d i s t a n c i a s no caso de o nao se r , dove s e r

    expressa'T em céhtfmetroso

    • ïïao se deve esquecer que um nfvèl ou hor izonte , assim como o próprio

    so lo , sao corpos t r id imensionais e, por tan to , o observador nao se devc l i m i t s r

    as duas dimensoes da parede da cova.* Assim,deve v e r i f i c a r em todo o perfrr.e-

    t r o de la se ha ou nao diferencas acentuadas nas profundidades do mesmo"limite o

    r e g i s t S - l a s em caso afi.rmativo... Na descricao apontam-se. s.empre. a maior e a me-

    nor d i s t a n c i a s a superffcie como profundidades l imi tes para a mesma l inha de s_e

    paracao.

    * A cova deve t e r dimensoes aproxiinadas do 0,8. ra fte lar.sjura por 2 ia de-.compri-mento e 2 m de profundidade, se nao hoüver substracto consolidaèo at6 la . '

  • I I AM Comun. n° 46 • - 1 >

    Casos espec ia i s como l imi t e s ondulados, dois nfveis adjacerrfces que - se

    interpenetram formando separagoes s inuosas , ou ^Lfnguas de um de lespene t rando . ö .,

    outro, devem ser regis tados nas ohservagoes. .>%.ryyv.> Ï-. '..-ril ; '

    3 .1 .1 .2 - Cor . 'vV.:'.'. t:'-"•'•••-•

    A cor do solo , que ê uma das c a r a c t e r f s t i c a s mais f ace i s , r e l a t ivamen- 7

    t e , de detcrminar, tem uma importancia que essa fac i l idade nao sugerèViE'.um a&- •,,'.

    pecto importantfssimo para a apreciacao da genese e classificagao,db{»Wio,qv.bèm'.;;

    como um indicador de ca rac te res que nao sao c o m o e l a t a o fSceis 'doViol7Êcury&r7 . f

    t a i s como, teores de matêr ia organica e óxidos de ferro,condigoos de drenagem .

    in te rna , e t c . e até" por vezes cons t i t u i uma indicagao importante para averigua—

    gao do mater ia l o r ig ina r io do so lo . ..; .

    A determinagao das cores e s t£ normalizada internacionalmente pèlas car

    t a s do cores edi tadas pe la "Munsell Color Company I n c . " . A re fe ren te aös'•' s o l o s ,

    designada por "Munsell Soil Color Chart" cons t i t u i uma colecgao de corep-oadrao

    com a qual compararaos a cor do selo a o"bservar a t r ibu indo- lhe uma"-- designagao

    correspondente a cor ou cores padrao com a qual ou quais a cor do solo" cóïhcidè ['

    ou so assemelha. Só numa fnfima percentagem se o"btcm uma ident idade ~ pe'rf e i t a ,

    o que, al iado a subject ividade da v i s t a do observador, conduz a que • séjam' per -

    feitamcnte admissfvcis pequenas di ferengas , bem como o recurso a coréè 'antermé-

    diaS' entre as ex i s t en te s na c a r t a Munsell. ' '* .'" \

    As ca r t a s apresentam-se sob a forma do folhas de car tao ou , , 'cartol ina,

    correspondendo cada uma delas a determinado matiz ("hue") , cuja indicagao se en- •

    contra no canto super ior d i r e i t o . fin todas as folhas encontra-se uma colecgao de

    rcctangulos, coladoa a e l a s , cada um dos quais corresponde a uma combinagao d i -

    fcrentc de duas varif iveis , o valor ("value") e o croma ("chroma"). Os rectangu-

    los , que sao de d i f e rcn tes cores conforme as va r i ave i s que as"determinam, pos-

    suem por baixo de cada um deles um o r i f f c io* para mais f a c i l comparagao com a

    amostra de solo .

    * 0 or i f fc io nao exLste nas edigoes japonesas das c a r t a s .

  • • f»7 iC . ' - - '

    --"'ïT-'

    - 1 4 - IIAM Comun. ns 46

    • '.V •• (•: Das t r e s va r i ave i s que determinam todas as cores , o matiz diz r e spe i -

    to a cor espoct ra l dominante, e assim cada folha, correspondendo a urn dado ma-

    t i z , ê" designada .por uma ou duas l e t r a s antecedidas por um numero. As l e t r a s

    sao a s . i n i c i a i s das palavras das cores do a rco - f r i s em inglSs "red", H3rellow-

    wred" e."yellow*' (vermelho, l a ran ja e amarelo), respectivamento R, ÏH o ï ; osnti

    meros sao subdivisoes de cada uma delas e podem i r de 0 a 10,embora as car tas

    so" apresentem as subdivisoes correspondentes a 2,5» 5 e 7>5 alom do 10. Dentro

    de cadaluraa, quanto maior for o numero mais amarelo e menos vermelho se ra o ma-

    t i z o.; o,;numero zero de uma corresponde ao 10 da soguinte; desto modo o 10 R cor

    responde.'aoOIR e o 10 YR ao '0 Y.

    A segunda var iaVel , o va lor exprime a maior ou menor quantidade de luz

    • / . r e f l e c t i d a ' e pode i r do 0 (negro absoluto) ao 10 (branco abso lu to ) .

    A t e r c e i r a v a r i a v e l , o croma,exprime a pureza ou a in tensidade com que

    a cor e spec t ra l se manifesta e pode i r do 0 (cinzento neutro) ao 20, ombora nos

    ' * solos nao'vd geralmente alom de 8.

    . A cor f i ca , por tan to , completamente definida pela indicagao das t r e s

    yar idveis ou componentes, nao abrangendo a "Munsoll Soil Color Chart" toda a ga-

    ma_possfyel de va lores inteimé'dios entre cada uma de las . Assim, por exemplo,uma

    cor que 'possua matiz 5 YR, va lö r 4 e croma 6 6 definida por (5 YR 4 / 6 ) ; no en -• . ' " • " " ' t , ••• '• ' i

    t an to , uma outra cor pode d i f e r i r desta unicamcnto no matiz que 6 intermc*dio en

    ..','. t r e o 5. YR e o 2,5 YR e nesse caso a indicacao ser£ (3,75 YR 4 / 6 ) . Podera ainda

    . , dar—se o caso semelhante em relacao ao va lor que é* intermédio entre o 4 e o 5 e

    . ' 'Ïentao serS (5 YR 4,5/6) ou igualraente com o croma, sendo nesse caso (5 YR 4 /6 ,5 )

    i 'se for intermêdio ent re o 6 e o 7»

    • ':••-:' . ' •*-. /.„Poderao ainda s u r g i r (nao ê normal e d i f lc i lmente sera vcr i f iöave l nu

    ••-ma observagao de campo) simultaneamente os. t r o s casos considerados, e entao a

    designacao. cor rec ta s e r i a (3,75 YR 4,5/6,5)»

    • ••/•• A especif icacao da cor é* finalmente completada antepondo a indicacao

    ' : das ya r i ave i s da c a r t a o respect ivo nome. Indicam—se a seguir os nomes mais vul

    ' garizndos na terminologia portuguesa,com a correspondente designa.cao era ing lês

    das ca r t a s Munsell.

    r.

    s*n

  • IXAM Coiaun. n* 46 -15-

    o o • • a o o e a • • • • • Ncgro

    raru.0 . . . . . . . i . . . . . .

    ümarelo-pardacento .

    Pardo-escuro ....,.,

    Cinzento-escuro ....

    Pardo-acinzentado-escuro .

    Cinzento-oliv&ceo-escuro .

    Vermelho-escuro

    Pardo-avermelhado-escuro .

    Cinzento-averaelhado-escuro

    Pardo-amarelado-escuro .

    Vcrmelho-sorabrio . . . . . . .

    Cinzento

    Pardo-acinzentado . ; . , .

    Parclo-claro . . . . . . . . . . . .

    Cinzento—pardacentq—claro

    Cinzento-claro . . . . . . . . .

    Pardo-oli v£cc o-c1aro . . .

    Verraelho-cla.ro . . . . . . . . .

    Pardo-averraelhado-claro

    Pardo-amarelado-claro . .

    .OlivSceo . . . . . . .

    Pardo-olivdceo . .

    Anare1o-oliv5ce o

    Pardo-pdlido . . . .

    01iv£ceo-pdlido

    Verraclho-pdlido

    ilmarelo-palido

    Rosa . . . . . . . . . . . .

    Cinzento-rosado.

    Branco-rosado . .

    Vermelho . . . . . . . .

    Negro-avermelhado

    Pardo-avcrmelhado

    Black :

    Brown

    Brownish yellow

    Darlc "brown

    Dark gray

    Dark grayish "brom

    Dark ol ive gray

    Dark red '

    Dark reddish "brown

    Dark reddish gray

    Dark yellowish ;brown

    Dusky red.

    Gray

    Grayish brown

    Light "brown

    Light "brownish gray

    Light gray

    Light o l ive "brown

    Light red

    Light reddish "brown

    Light yellowish "brown

    Oliv e

    Olive "brown

    Olive yellow

    Pale "brown

    Palo olive

    Pale red

    Pale yellow

    Pink '

    Pinkish gray

    Pinkish white

    Red

    Reddish "black

    Reddish brown

    nr->

    -...'•'•*

    .V.l ••:

    • < ' . , " ' ;

    http://Verraelho-cla.ro

  • -16- I I M Comun. na 46

    Cinzento-avermelhado Reddish gray

    Amarelo-ave rmelhado Reddish yellow

    Pardo-for te St.roi?.g brown

    Pardo-rauito-e'scuro . . . . . . . . . . . . . . o Vory cj,-.'.!:: "brown

    • Cinzento-n;uxio-e3curo Very daxk gray

    Pardo-aciï":e:ao.üdo~aiuito-escuro . . . Very dark grayish brown

    Vermelho mui co sombri o Vcry dusky red

    Pardo muito pal ido . . . ö . Very pale brown.

    Vermelho-fraco . . . . . . . . . . „ o . Nèak red

    , • Amarelo , . . « • . . . . . . o . . . . . . . . Yellow

    Pardo-amarelado . Ycllowish brown

    Laranja < > . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ycllowish red

    •N.B. As designacoes em inglê's estao por ordem a l fabd t i ca , a firn de f a c i l i t a r a ' p rooura .

    ; Por tudo quanto se d isse anter ionnento ,a a t r ibu igao do uma designacao

    completa da cor 6 bas tan te subject iva e possui maior i n t e r e s s e a atribuica.o das

    chamadas designacoes ..geraia,- as quais inc"!.u;.r:.' U.V:A >v.-.-:a de co ros coi?, valor o cro

    marelativameirbe próximos. A importancia ds." ünrsïi-;r..\$o

  • I I AM Comun. n° 46 • - 1 7 -

    Pardo-avormelhado-escuros 10 R 2-3/2-4; 2,5 YH 2-3/2-4; 5 YR 2-3/2-4. ' ' . /•;

    Cinzento; 10 R 6 / l ; 2,5 YR 6/0; 5 YR 6/1-2; 7,5 YR 6/0-2; ,;10 YR 6 / l - 2 ; /•

    2,5 Y 6/0-2; 5 Y 6 /1-2 . VL • , : . ' ?.'

    Pardos 7,5 YR 5-6/4; 10 YR 5-6/3-4; 2,5 .T 5-6/4, 5 /6; 5 T 6 /3-4 ; .,._.' ' . v

    Olivaceo; 5 ï 4 .5 /3 -6 . : ' • " . • ' . . '

    Pardo-*avormelhado; 10 R 4 - 6 / 2 ^ ; 2,5 YR 4-6 /2-4 ; 5 YR 4-6/3-4. ' . , / . -'

    Palidos 5 YR 7-8 /1-3 ; 7,5 YR 7-8/0-4; 10 YR 7-8/1-4; 2,5 Y 7-8/0-4; 'V-v : .

    5 Y 7-8/1-4 . ' • • ; " • • •

    Amarelos 10 YR 5-8/6-8; 2,5 Y 6-8/6-8; 5 Y 6-8/6-8 .

    Alaran.jado; 5 YR 7-8/4-8; 7,5 YR 5-8 /6-8 . '.'..';•"

    Laran.ja? 2,5 YR 5-6/6-8; 5 YR 4 - 6 / 6 - 8 .

    Vcrmelho; 10 R 3-6/6-8; 2,5 YR 3-4/6-8 .

    W.B. Os t racos hor izonta i s no valor e no croma indiqam que es t e s podem v a r i a r entre os l imi tes apontados,,

    A cor do solo ê determinada em duas s i tuacoes quanto ao t e o r ém dguas

    no estado seco e no estado humido, sensivelmente correspondente a capacidade de

    otlmpö. ITo priraeiro caso, a araostra r e t i r a d a para o e fe i to deve ser sooa ao a r e

    só apó"s i s so se procédé a determinacao da cor. Para o estado humido,a amostra d e '

    vo scr humedecida cora algumas gotas e espera—se atö as pe l fculas d.e agua 'deixa •

    rem de ser v i s l v e i s para se proceder.

    Sucede amiudadamente a cor de determinados nfveis nao se r uniforme, is ;'•

    to d ,aprcsentar manchas de có re s ' d i f e r en te s da cor dominante ou de fundo*,e nes

    te caso d iz-se que o nfvel se apresenta manchado.

    * Ou matr iz .

  • . - 1 8 - I I AM Comun. n s 46

    As manchas sao desc r i t a s atendendo aos seguintes aspectoss

    Quantidade

    ï

    a) Poucas - quando as manchas ocupam monos de 2 % do nfvel ou horizon-

    , .. •" b) Algumas - quando as manchas ocupam uma proporcao compreendida entre

    2 e 20 f».

    c) Mui-bas - quando ocupam proporcao superior a 20 fo, mas a cor de fun-

    do ainda é "bem def in ida .

    . te .

    r*- * i

    Tam anno

    a) Pequenas - quando a sua maior dimonsao 6 inferior a 5 nim.

    • b) Médias - quando estd: compreendida entre 5 e 15 n™»

    c) Grandes - quando é superior a 15 nun»

    Contraste

    ^ a) Pcuco evidentes - quando as manchas s6 sao reconheciveis numa obse^r

    vacao'muito cuidadosa; as- cores de fundo e das manchas apresentam vaiores de ma-

    t i z e de croma muiio próximos.

    ,-;'~ . . . ; b) D i s t i n t a s - quando sao.faci lmente distinguTvoi.s da cor de fundo; as

    'manchas têm cores que se destacam des ta por uma oü daas unidudea de matiz ou va-* * . . • ' • .

    r i a s unidades em va lor e croma.

    .',- c) Proecdnentes (ou muitó d i s t i n t a s ) - o mosqueado ou variegado «5 o a s -},.t ' * / » " 5 " : . . « • • •

    ' p ec toma i s s a l i en t e na cor gera l dó n lve l ; as manchas tSm cores que diferem em

    varias unidades da de fundo, quanto ao matiz, va lor e croma.

    Sn casos muito e spec ia i s , i n t e r e s s a d i s t i n g u i r a t rans icao das manchas

    para'.a cor de fundo e assim definom-se t r e s t ipos de transicaos

    a) Abrupta - se a espessura da t ransigao ê de dimensoes mfnimas,quase

    que imperceptlvel a, v i s t a desarmada.

    b) Nftida - quando a espessura r e fe r ida é" i n f e r i o r a 2 mm.

    \'-

  • IIM Oomun. n̂ 46 -19-

    • • • • • ; / V -

    c) Gradual - quandp /èv^üpèrior-.-a-j^mm. i.

    Quando o manchado" aiinge 'cerqa .dë 50 ^'do horizonte, nao havehdo,: por— ' .';

    tanto, uma cor de fundo bem-dëfinida, devg-usar-se a descricaotmanchado d© ...(.ré ' ;

    ferindo todas as cores das raanchas e fazendo-se também a anotacao dos tamanhos) • r;

    ïïcstes casos,as cores devem ser indicadas pelas designagoes da "Munsell Soil Co—

    lor Chart", de,; pref erSncia a utilizarjèrmos genfiricos tais como "alaranjado", . ., "'

    •bor de ferrugem", "azulado", etc. •'; , ' •

    Re fi ra-se ainda que nos horizont es manchados* 6 pref erf vel j na determi • •

  • - 2 0 - IIALI Coraun. ng 46

    Lotes Diametros das par t fcu las

    (mm)

    Areia grossa . . . . . • » . . . . . . . . . < , 2 - 0,2

    Areia f ina . . 0 , 2 - 0 , 0 2

    L i m o . 0 , 0 2 - 0 , 0 0 2

    _. Argila i n f e r i o r a 0,002 - •}

    1

    As proporcoes r e l a t i v a s em que entram os t r e s l o t e s , a r e i a (as a re ias

    grossa e f ina consideram-se para e s t e s e f e i to s como pertencendo ao mesmo lo t e ) ,

    limo e a r g i l a , dentro de determinados va lo res , constituem uma classe de t ex tu ra ,

    a qual é" definida pelos va lores l imi t e s das percentagens das diversas fraccoes.

    -. 0 exame dos diagramas apresentados nas f iguras 1 e 2 permite-nos obsej:

    var a amplitude de variacao de cada urn dos l o t e s dcntrp da mosma c l a s s c .

    • ' •':'.••'".;, A'determinagao dos va lores quan t i t a t ivos das d i fe ren tes fraccoes para

    ' uma; dada amostra de solo ê f e i t a recorrendo a uma sór ie de operacoes executadas

    no l abo ra tó r i o ' e designadas por ana l i se mecanica ou granulomótrica. E com esses

    valores que se en t ra nos diagramas para a a t r ibuicao cor rec ta da c lassc do tex tu

    . .ra. • ..':-..' - . ; . ' ' . '

    •••--.'' '^li'.^'^O diagrama da figura'11 6 ó que é u t i l i z ado pelo Departamento do Agricul-

    t u r a d o s Estados Unidos e no qual a separacao'•'•ontre os l o t e s ê d i fe rcn te da a s a -

    da entre nós que, como at-ras se d i s s e , é a da escala i n t e rnac iona l .

    •.' ', . . . . • • * A diferenga maior e s t a na separacao entre as fraccoes limo o a r e i a f i -

    na, a qua l , para o ci tado Departamento,é" f e i t a nas par t fcu las com diametro i n f e -

    rior . ou super ior a 0,05 mm, respectivamente, Dai r e s u l t a que o lo te limo 6 para

    o diagrama da figura'1 mais elevado que aquele determinado entre nós, dando—se o

    ' inverso com o lo te a r e i a .

    ... ' • Ha outras di ferencas na separacao entre os l o t e s de a r e i a (para o De -

    partamento de Agricul tura dos Estados Unidos sao usados cinco fracgoos aronosas);

    como, porém, para a deteiroinacao da c lasse de t ex tu ra sö aquela i n t e r e s s a , n a o

    vale a pena r e f e r i r as r e s t a n t e s .

  • II AM Comun. n?46 •21-

    1 0 0

    ë

    FI6.1 — Diaarama com as clossiss texturals utilizados pelo U.S.D-A.

    !

    Extr. do: Soil survty manual. Washington, Soit Sumey Staff-U.S.D.A. 1951, p-209 t Handbook n'IB).

    •:•••>

    Des. n- 545/HAM/70 •""•.

  • - 2 2 - IIAM Comun. riö_46

    0 resul tado des tas discrepancias 6 o uso pouco rigoroso do diagrama;

    para o podermos u t i l i z a r , t e m o s de fazer uma correc9ao que consis tc em somar ao

    va lor do limo olrtido 40 % da fraccao a r e i a f ina , e, corao ê evidente, descontar -

    mos. esse va lo r no l o t e a r e i a . F e i t a e s t a emenda,podemos entao en t ra r com os no-

    vos va lores obtidos e a t r i b u i r a amostra do solo em questao a c lasso tesrfciiral

    correspondente.

    Apresenta-se tamloém o diagrama da f i gu ra 2 t e s t e permite en t ra r d i r c c t a -

    mente com os valores das fraccoes segundo a escala. in te rnac iona l odeterminar ime

    diatamente a c lasse de t ex tu ra . Repare-se que as designacoes sao as mesmas usa -

    das no diagramada figurai1,mas es te apresenta-se construldo de modo d i f e rcn tc , a

    p a r t i r do conceito calculado teoricamente de que o l o t e limo na esca la in te rna -

    c ional 6 na grande maioria dos casos 57>4 $ do lo t e limo na esca la nmoricana.- 0

    arranjo e o ajustamento gr&fico, baseados naquelo conceito,permitem,portanto, fa

    c i l i t a r a a t r ibu igao das c lasses textura is , , de modo que se recomenda o uso deste'

    diagrama,at

  • II AM Comun.n?46 -23-

    100

    ARENOSO

    • / . Areio 0,02-2mm

    FIG.2—Diagroma com as classes texturais do U.S.DA. adaptadas oos lotes da escala inttrnócional.

    Ettr. de:Um noro diagrama triangular para a ctassificacao basica da lertura do solo. Lisboa.'Estud. Aaron." 3(11 Jan.-Mar. 19 82.

    D«». rt 546/HAM/70

  • - 2 4 - ' HAM Comun. n^ 46

    Texturas f inass

    Franco-argi loso

    Franco-argi lo- l imoso .

    Argi1o-arenoso

    Argilo-limoso

    Argiloso

    Recorde-se quo os termos vulgarmente ace i t e s o general izados de solos

    leves ou l i g e i r o s e solos pesados se referem a sua t cx tu ra , sendo, no primciro

    caso, .condizentes com solos de tox tu ra g ros sc i r a ou mc"dia e no segundo, com so -

    l o s dë • t ëx tu ra f ina .

    Um outro c r i t ó r i o mais s imp l i s t a agrupa as t ex tu ra s igualmcnto em g ros -

    s e i r a s , médias e f i n a s , conforme tenham, respcctivamente, t eorcs cm a r g i l a info -

    r i o r e s . a 18 %, compreendidos en t re 18 $> o 35 %* e super iores a 35 %•> Este c r i t ó -

    r i o tem; o inconveniente de nao so ajus.tar nos valores l imi t c s dos l o t e s as c l a s -

    ses t e x t u r a i s dof in idas .

    '.•^..•iPGla p rópr ia defini9ao de t ex tu ra , o seu conceito só abrange a par te

    minerale(qualquer que e l a se ja) da t e r r a f i na . No entanto , usam-so tambóm as cha

    madasvdesigna9oes mis tas que.atondem aos teoros do matér ia organica ou de calca.-. • . i - v s t t r ^ - - - - • '•••.* .• ' ' .: • ' . • ' • •-'•. • • • • • •

    n o . , - . - • - • . : ' , • ' • • • • ' • " - • •

    .i-v•;,•*;•",:;•;;\Para o primeiro- caso, ' témos: '

    'T a) Horizontes ou n lve i s humlferos ou humicos - considora-se que um n l -

    v e l ê humffcro ou humico (com a c lasse t e x t u r a l correspondente a. sua frac9ao mi-

    . n e r a l ) , quando o t e o r de raatérïa organica 6 de 10 a 20 % para uma fracgao a r g i l a

    i gua l a zero o u d e 15 a 30 % para um t e o r em a r g i l a de 50 %• Para tcoros de argi.

    l a compreendidos en t re 0 e 5.0 ^ devem observar-se quantidades proporcionais dö

    " matör ia organica.** . . • • • 1 ' . < • > • • ' . . . .

    • Esta dcsigna9ao mis ta 6 d e s c r i t a do seguinte modos humffero ou humico».

    ' (seguOf-se a c l a s se t e x t u r a l correspondente) .

    . .. •.. b) Considéra-so ainda que um determinado nfvol 6 humf fero ou humico

    , quando o t e o r de matér ia organica 6 de 5 a '10 % (se a frac9ao minoral nao contcra

    argi la) , - , ou de 7,5 a 15 % para uma frac9ao a rg i l o sa igua l a 50 %« Para va lores do

    * Strji p»spQ do Vooras da llmo ólovados n paaxiau'üagero da 10 fl nao d oxigida .

    t t ?ggt& tso^Qi do êrfi la iüprl8r6§ a §0 $ "baŝ om os voloros do ma-tjöpia orgSnioa mais a l tos 4 que se indicam respect ivamente. .

  • H M Comun. ns 46 - 2 5 -

    a r g i l a intermédios considerara-se igualmente t eo res de matêr ia orgSnica pfopor - ;|

    cionais. t t - . ' ; . • '•-' • 'l

    * Para -teores de a r g i l a super iores a 50 % "bastara os valores de mató'ria orgctnica mais a l t o s que se indicam respect ivamente. - N .

    **0 horizonte ou nfvel orgSnico nao corresponde a uma designacao mis ta e a sua dcfinicao é f e i t a era 3.1.1.5» Faz-se aqui e s t a r e fe rênc ia por s e r mais conve-n ien tc , dada a l igacao com os hor izontes humfferos ou humicos. . , [

    Neste caso a designacao mis ta ê d e s c r i t a fazendo anteceder o 'iermo hu—. >"s

    mffero ou humico pela c lasse de t e x t u r a da sua fraccao mineral . . \\:''•". \ ;-: ;ï • ' !''; \'f•,/''-'••' • "' '-i'%

    0 diagrama da f igura :3 i lu . s t r a com suf ic ien te . c la reza e s t e s ' cónce i tos . '.''.-•$

    Para o segundo caso uti l izam-ise as expressbes formkdas como';se sógüës ;.-•*>

    a) Classe de t e x t u r a s e g u i d a d a expressao pouco catc&rip,' 'chiando ó hf-i ' .;;; j • ' ! • • • ' ' " ? * '•'". " • '"' • • ' " • 1

    vel contém 5 a 15 % de carbonato de c a l c i ö . . ', T" '•' ''V.!--

    "b) Classe de t e x t u r a seguida da fexprcèsao medianameftte calc£ricv, quan- ; ~}-\

    do contdm 15 a 25 f0 de carbonato de c d l c i o ; ' V;£'Ki" "-'"•- *.••'• '̂n

    c) Classe de t e x t u r a seguida do termo calc&rio, quando a proporcao dè ' 1

    carbonato de c&lcio é* de 25 a 45 $• ' •..:••'"/ ,>' '1

    d) Classe de tex tu ra . antecedida do termo calo&rió, ' quando-a'-/;propc>rcao :;,:.;

    de carbonato de cdlcio é" super ior a 45 %. • • ! •^•"•f0 ;' . '"•*'' • '. : ' . f t " • : , . • ;

    • i X - •' • -•

    • "• f ' : , " ï

    Pelo que acafcou de se r e f e r i r , é" Óbvio que a an&lise granulomé"trica de?' '-v

    uma amostra com proporcao apreci&vel de carbonato de ca lc io deve se r f e i t a após ' - '^

    próVia tlestruigao d e s t e . ' .-. 1 • . .- ' \ . •. "

    De um modo g c r a l , todas e s t a s designacoes mis tas 'nao sao usadas no cam •',.;

    po, dada a dif iculdade de que se reves te a sua atri"buicao, pelo que s6 depois de:. ','••'::

    conhecidos os dados l a b o r a t o r i a i s e l a s sao ap l i cadas . Exceptuam-so alguns casos,- vv

    em que 6 possfvel e s tabe lece r com r e l a t i v o r i g o r as designacoes mistas-rorspeitan

    tos ao t e o r em matëria organica. No en tan to , mesmo assim ê p re fer fve l usa r a d e -

    signagao de organico ** com uma in ter rogagao,ou u t i l i z a r para o mesmo caso a ex-

    pressao "muito r ico em matéria orgSnica". Para. nfvóis minerais humfferos ou hund

    cos 6 tam"b6m preferfvel u t i l i z a r a expressao " r i c o em matér ia orgSnica"o E n q u a l - .

    quer dos casos as expressoes r i co ou muito r i co em matér ia organica sao ds&zeLt&s

  • I - 2 6 - i HAM Comun. n.° 46

    100 r

    I I I I I I I I I

    5- ' • • ' .

    'f i- y J J..

    ï~ ?.?.-* • - • • • • ^ ; i ^ -

  • I I M Comun. n^ 46

    depois da c lasse de t e x t u r a a t r ibufda .

    Para as designacoes mistas que atendem ao t e o r em ca l ca r i ó , ó liésté dom'"..

    acido c lor fdr ico dilufdo refer ido em.. 3 .1 .2 .1 .3 pode s e r uma indicacao . a t e r ' em ''•'

    conta, mas mesmo assim ê preferfvel nao a r e f é r i r na c lasse de tex tura iv ;•. . '• ' . ' '\ , • - -

    , s •*•,'•* ' i • '„ ' - ' * ' * * * • i* " ' f

    Todos os considerandos tec idos atê* es te momento acerca da t e x t u r a .•nao- ,

    servein do muito ao o"bservador que, no campo e ém face de um nfvel a•'"- doscrever,

    lhe tem.de a t r i b u i r uma c lasse de texturao ,;-J'.v. „ :̂ ,-. ';

    Só o"bservadores com bas tante experiöncia consoguem, com r e l a t i v a faci— ^./.

    l idade, a t r i b u i r designacoes correc tas e o conjunto de regras que se' . indicam^a', ' ' -f

    seguir mais nao sao que uma ajuda, consis t indo num crite*rio "bastante i a t o a ' s e r ;.•'

    seguido pelos menos exper ientes , nao dispensando, e s tS c l a ro , uma consul ta perijS

    dica aos resul tados da andl ise mecanica, para confronto com as c lasses t e x t u r a i s -,

    a tr ibufdas no campo, de modo a p o s s i b i l i t a r uma melhoria gradual oom a p rS t i ca . ,.;-,

    A töcnica usual consis te em observar a t e r r a fina»primeiro nö estado s£

    co e depois no estado molhado. Assim, a t e r r a 6 espalhada na palma da :maö, exana -

    nada com a lupa e esfregada seguidamente entro as maos para se t e r a nocaodasua . <

    macieza ou aspereza; apös i s t o 6 huraedecida e tenta— se primeiro formar um.fila—,,* *'

    mento e, em caso af i rmativo, a rgola . Sao de no ta r também as c a r a c t e r f s t i c a s do''.)• '.

    adesividade e de p l a s t i c i dade , ainda de asperosi jdadeeofactd.de a mao' f icar mais 't

    ou monos suja, ind ica t ivo da presenga de a r g i l a cm maior ou menor quantidade. •',

    Enumeram-se a segui r umas quantas indicagoes t i teiss "• •'••-:'-'•

    a) As a re ias nao sao p l a s t i c a s nem pegajosas e sao asperas aó t a c t o .

    b) O limo 6 muito p l a s t i c o , pouco pegajoso e macio ao t a c t o .

    c) A a r g i l a 6 muito p l a s t i c a e mais ou menos pegajosa conforme a s u a

    natureza; endurece quando seca. ' ' . ' . '

    d) A a r g i l a de nature za s i a l f t i c a 6 muito mais pegajosa do que a f e r r a

    l f t i c a ; os solos s i a l f t i c o s dao a nogao de possuirem uma t e x t u r a mais f i n a d o q u e

    os f e r r a l f t i c o s com a mesma composigao t e x t u r a l .

    e) O ca lca r ió f ino torna o solo bas tan te fr i&vel , pelo que-a impressao

    6 de uma t ex tu ra menos f ina daquela que na real idado se v e r i f i c a . • • ' . •

    -27-,

    http://asperosijdadeeofactd.de

  • ' • ) • - 2 8 - I I M Comun. tf 46

    f) A matéria organica tende a dar a imprcssao de uma t ex tu ra mais f ina i

    do que a r e a l , nos casos de t e x t u r a g rossc i ra o inversamente para solos do textu

    • r a finao

    •' • • Para as c lasses de t e x t u r a mais frcqucntcs,indicam-sc a scguir os a s -

    . pë.ctosMgorais obsèrvdveis, coin v i s t a a um raaior r igor e uniforraidadc na determi-

    nacao-'das c lasses no campo, .com a subjectividado quo se infere de tudo quanto

    ,a t rds e s t a e s e r i t o .

    .•••: Arenqsot. .estado seco - t e r r a geralmente s o l t a ; observada a lupa e mesrao a v i s t a

    , ' . desarmada, nota>-se a ex i s tönc ia de muita a re ia grossa (hd tara"b

  • HAM Comun. n^ 46 -29-

    Franco-argi lo-arenoso; estado seco - relativamonte raacia ao t a c t o ; obse rvadaa lu

    pa, .notam-se poucos mate r ia i s g rosse i ros ; >

    estado molhado - forma filaraento com fac i l idade ; forma argola , embora

    com dif iculdade ( e s t a fendi lha faci lmente); pouco pegajosa 'öu ;pegajó - -

    sa; suja nitidamente os dedos. '. ' v ' '

    Franco-argilqsoï estado seco - macia ao t ac to e sedosa l ige i ra raen te ;b r i lha quan '

    do esfregada ent re os dedos; '-U . ..'.!

    estado molhado - forma argola facilmente; pouco pegajosa ou pegajosa

    e p l a s t i o a ou muito p l d s t i c a . .'J. ":' ' * '

    \ • ' . . • „ . '

    Argi 1 o-arenoso; estado seco - l igeiramonte menos macia que a a n t e r i o r ; b r i l h a '•'•'•"

    quando esfregada en t re os dedos;

    estado molhado - forma argola facilmente (podem observar-se nes t a a l - .'•'-..•';•'

    gumas fendas que nao chegam a romp8-la); pegajosa; p l a s t i c a ! ou. muito

    p l d s t i c a . '

    Argilosos Semelhante a an t e r io r , notando-se o aspccto macio com maior intensida— "-.

    de (nao se observara uma ou outra aspereza que a inda 'naque la ' se . podém \ N ut

    v o r i f i c a r ) ; o b r i l ho ê bas tante mais evidente e os dedos ficam 'quase

    completamentc sujos com uma camada de elementos f inos agarrada a e l e s ; •,'••

    forma argola com fac i l idade a qual nao abre fendas; 'muito pegajos'a' e ' /

    muito p l&st ica . "i

    3.1.1.4 - Elementos grosse i ros

    Quando se def in iu a textura, ' fez-se uma alusao a e s t e s elementos, que

    sao as par t fcu las minorais de dimensoes superiores a 2 mm. ,.

    A indicacao dos elementos grosse i ros faz-se juntamente, ou melt ior , l iga

    da mas logo a seguir a da t e x t u r a . As razoes que o determinam sao ev iden t e s , , da -

    da a fntima l igacao que ex is to ent re es tas duas c a r a c t e r f s t i c a s .

    A sua carac ter izacao completa faz-se atendendo a quatro aspectos d i f e -

    rentes; "•'• -

  • • •• <

    *30- IIm Comrji. ng 46

    Quantidade ou proporcao

    .As indicagoes referem-se essencialmonto ao sait iro, podendo,no entanto,

    serv i r ,per fe i tamente de padrao para generalizagao aos outros elementos g ros se i -

    r o s . Devo-se usar no campo o orivo c i l i nd r i co cora as dimensoes indicadas en 1. . ; • . • • i • '

    tl'"[;•"• -\-• a) •Raro - quando o sait>ro no crivo preenche no maximo um cfreulo com

    1 ,5 cm dé diametro- (mais ou menos a uhha do polegar ) .

    ,,,.',; .,*>)., Pouco ,— quando no maximo o fundo do crivo f i c a complet am ent e preen-

    chido em camada unica .

    c) Algum - i n f e r i o r ou igual a 10 % em volume.

    '•••'• d) Bastante - 10 % a 25 % em volume.

    e) Muito - 25, f0 a 45 % em volume.

    ' , '. . . .• f) Par tes sensïvelmente igua is - 45 % a 55 % cm volume.

    g) Predomfnio - 55 % a 80 % em volume.

    V,v.-.;,.;v̂ .t.:- h) ^Predomfnio at>soluto - superior a 80 % em volume.

    :..... v Dimensoes *

    Saibro - diametro compreendido entre 2 e 5 mm»

    Cascalho - diametro compreendido entre 5 o 20 mm.

    ": '•'"•' Pedra mittda - " " " 20 e 50.mm

    ; •.. P e d r a - " " " 50 e 100 mm

    ,

  • HAM Comun. n° 46 -31 -

    Forma \ . •,••" , •

    a) Angulosos - de forma irregular, apresentando arestas anguloëa's..".- v

    b) Subangulosös - cle forma irregular,apresentando arestas arrodoridadas * }

    c) Rolados ou "boleados - de forma arredondada ou ovalizada. f fr, ,. ,. -,

    d) Platiformes - de forma achatada. •' • • " * " > ' ?=V_ ar.,-:. .:••*'••. ; - i

    N a t u r e z a . • " . " ' • • •

    ; _ J '-»• "--•• •• •'':''"-: •

    Esta pode determinar-se recorrendo a testes simples, com o auxxlio dé

    uma lupa, solugao de acido clorfdrico, canivote ou outros„ Deve, por conseguinte,

    registar—se tanto quanto possfvel com exactidao >a natureza dos elementos'grosse^

    ros (ex, quartzosos, feldspa"ticos, de rocha, etc»)* ,. . '

    Quando se fez referenda a quant i dade ou proporcao de elementos , gros,-

    seiros, apresentaram-se tros graus (partes sensïvelmente iguais, predomfnioe pre . ;

    domfnio absoluto), cuja percentagem ê superior a 45 fo e, portanto, ' :san&ivèimante • r -

    igual ou superior aquela da terra fina. Nestes casos, a descricao do-nfvel..sofre ' •'

    uma altoracao, passando a referir-se em primeiro lugar a designacao dos elémen.-'

    tos grossciros e depois as restantes caracterfsticas — cor, texturaj "etc-.''j;ï-omi'- • \

    tindo-sc, ê claro, aquelas quo nao 6 possfvel otter, dada a elevada proporgao da

    queles elementoso Introduz-se em seu lugar uma nova caracterfstica, a coesao,que .

    exprimo a ligacao entre os elementos grosseiros e a terra fina.

    Atribuem-se-lhe trSs grausz

    Praca - se os elementos grosseiros se destacara facilmente do .'öoniutito

    quando sc.escava o nfvel,, •, :-.;'•; ' .

    Média - transicao para o grau seguinte, agrupando todo o conjunto de sjL

    tuagocs intermédias»

    * Nao confundir elementos grosseiros com depósitos qufmicos concrecionarcs-, cuja descricao e" feita segundo o que se escreve em 3 .1 .2 .1 . '..:-••

  • - 3 2 - I I M Comun. ha 46

    For te - quando os elementos grosse i ros se destacam com dificuldade,virt

    do semprë l igada a e les porcoes raais ou menos espcssas de t e r r a f ina; o conjunto

    é" d i f f c i l . d e escavar.

    Bn resumo: quando um.nfvel est£. dentro das condicoes expostas, a s u a

    descrigao faz-se da seguinte maneiras proporcao, diraensoes, forma e naturcza dos

    elementos g rosse i ros e t e r r a (definida quanto a cor, t ex tu ra e res tnn tcs aspec -

    tos que se possam i d e n t i f i c a r e a v a l i a r ) , seguindo-se finalmente o grau de coesao.

    3»1«1»5 — Matéria organica

    ,.: ' ,'•:••,••• No desenvolvimento das consideracoes sobrc a t ex tu ra j a se fez r e f e -

    rênc ia .a.maneira como se poderiam dar in&icacoes acerca da matéria organica.

    Além do que se d i s se , r e s t a acrescentar os aspectos r e l a t i v o s as . s e -

    guintes questoess

    e:;-.-. ~->.\--\a)- Horizontes. ou nfveis organicos — considera-se que um determinado nf

    -vel o.uihorizonte ê organico, quando o t e o r de mate\ria organica é superior a 20 fo

    para.-.uma fraccao mineral a r g i l a igual a zero, ou super ior a 30 % para uraa frac -

    cao a r g i l a igua l a 50 $ . Quanto a t eores de a r g i l a compreendidos entre 0 e 50 fo,

    requerem-se quantidades prpporcionais de matér ia organica compreendidas entre 20

    ..e..3.Q $ . * •• •': ., -

    0 diagrama da figura.3 i l u s t r a suficientemente bem es te concei to .

    b) As indicacoes genéricas de pouca, alguma, e t c . matér ia organica nao

    sao;de j r e f e r i r ; os seus valores inferem-se a p a r t i r da cor em funcao da tex tura i ^

    e, nos-casos de teores elevados, a descricao 6 feita como ja foi dito em 3.1.1.3. quando se.fizeram consideracoes acerca das designacoes mistas. NOE.-casos em que

    • t -' ~ • v V. •

    süperficialmente se observa uma camada delgada de matéria organica, a sua carac-

    ter izagao faz-se pela indicacao da espessura e polo grau de. decomposicao. Quanto

    a este;,distinguera—se apenas dois graus:

    *. Para t eo res mals elevados de a r g i l a , a matér ia organica "basta sa t i s fazor o va-l o r mai's a l to r e fe r ido . '

    http://diffcil.de

  • • •'••• V

    • ' t'

    _ • * • •

    $ HAM Comun. n^ 46 ' ' ' . '. ' - 3 3 - f;

    . . . , |

    . ' • 1 ' •f;

    • • . . • : |

    • •„.' < • '• - ï Nao decomposta - quando os d e t r i t o s organicos foram depositados receri ••- .f

    -' * .'• .". , ' ï

    temcntc, constituihdo um amontoado dos mesmos, mais ou menos .desligados &n"t.ré.'^.:| S I . • • - . . • ' •:.--, -'4'

    Sn v ias de decomposicao - quando os d e t r i t o s se encontram aglutinados '•• ;£

    formando uma massa sendono en tan to ,a sua origem ainda reconhecfvel. ' v - ' |

    Um t e r c e i r o grau que se poderia acrescenta r , o de matér ia . orgSnica i&'y.^t

    decomposta associada a raatéria mineral , estfi abrangido pelo disposto em 3 .1 .1 .3 i • '|* . V'

    ou pcla primeira parte desta alinea. ' '• ..: ' :>' ''| '••' -••'' •''

  • • • , - . , r '?**•• ï - - . — ^ » . - . ^ l ' • , '

    - 34 - I I M Comun. n^ 46

    -se s

    Dimensoes

    Comparam-se cora as c l a s s e s de e s t r u t u r a esferoforme c nssim dizem

    ï: " Pequenos - dimensoes inferiores a 2 mm

    P--;h ., •';•,:•'•. Médios - dimensoes compreendidas entre 2 e 5

    f •';"

  • I I M Comun. n^ 46 - 35 -

    öuadro 1 - Principais t ipos e c lasses de nacro-es t ru tura

    Forma e disposigao Tipo v ••>'•

    Classe i L...' i' «**>« •••<

    LAMINOFORME: duas dimensoes (horizontais)

    a terceira (vertical); aspecto achatadó

    sobrepostas

    doninam sobre

    ou de placas 55 I-I

    3--

    Muito delgada

    Delgada

    Média

    Espessa

    Muito espessa

    , h V 10 " '

    Agregados poro-

    sos

    o ia o s

    g o

    Muito fina

    Fina •

    Média

    Grosseira

    1, -••' '2 "

    2 "- 5 "

    d:=- 5 »

    N B - h, l e d designan, respectivamente, a a l t u r a , la rgura e o dianetró dos agregados.

    njJÜdti

  • ^ - p ^ T T - -»

    $ % 9 * * »

    4 •

  • HAM Comun. ng 46 **37-

    Quanto ao grau distinguem-se quatro catogorias de macro—estrutóra: '/"

    Sem e s t ru tu r a - nao se observam agregados nem l inhas de f rac tura" : ten- : '

  • -35r' '"- HAM Comun.. n» 46

    intimamente relacionado com a e s t r u t u r a (e até" cora a porosidade*), considera-se,

    no caso de solos "bem es t ru turados , suficientemente caracter izado por e l a ; no en-

    t an to , no caso de solos cora e s t ru tu r a pouco evidente ou cujo grau de humidade ira-

    pede a sua.poa observacao, é conveniente fazer r e f e r e n d a as fendas, que muitas

    vezes,s ignif icam ura esbogo de e s t r u t u r a .

    •v ••••'. 'X^'i'V'As 'fendas descrevem-se em relacao a. quantidade, dimensoes e d i s t r i b u i -

    cao, como se segue: •

    ~";" •" .'•'"•,:i Quantidade

    • ••/•.. Raras - 1 a 3

    Poucas - 4 a 10

    '•••"' T •• •:- •.'-'' Algumas - 10 a 20

    c'- ' ..pü.' - 'Bastantes - 20. a 50

    • . Muitas - 50 a 100 , ,„

    . • . Abundantes - mais de 100 --*.-'-i-r. • _ , • • . • Dimensoes

    .~'a

    ' • " • • ? • « ,

    -*: ' • • >•

    •- Muito finas - teia de aranha

    Finas - largura inferior a 1 mm

    _.-.Médias . . '. — " entre 1- a 3 mm

    ,:..Largas - . " " 3 e 5 nim

    ..„Muito largas - " -H 5 e 10 mm

    Grosseiras - " superior a 10 mm

    :..„, Distribuipao

    '•••' "• Horizontal

    r. v; ;• ••''• "•'' 'i: Vertical

    I; :;-l;':.' '•". ''-Oblf qua

    5. •"."• ':' Anostomosada — quando as fendas se distribuem em todas as direccoes

    l formando rede. . '

    t • '; .. ' ' Os casos de fendilhamento a superffcie do terreno sao registados em

    \ observacoes de um modo sucinto, mas indicando sempre as dimensoes das fendas de

    f maior.largura.

    ' * Nao esquecer que com.a humidade as fendas tendem a fechar.

  • HAM Comun. n^ 46 - 3 9 *

    3 .1 .1 .8 — Compacidade •.".;.'•.-, • ';•

    A determinacao da compacidade no campo faz—se,como regra,pela:avalia—

    cao da r e s i s t ê n c i a que o mater ia l de um dado nfvel ou horizonte oforeoe,a esca—

    vacao. 0 instrumefrto usado 6 ura martelo.de peha, conforme foi recoraendado eia 1.

    Para a sua caracter izacao atribuem—se—lhe cinco graus,a .saberx '

  • - 4 0 - HAM Comun. n^ 46

    oferecida pela t e r r a a penetragao de uma haste metal ica do aparclho. Mao se acon

    se lha , por enquanto, o seu uso, até" porquè nao e x i s t e , ou pelo menos nao e s t ê,

    divulgada, nehhuma tabe la comparativa dos va lores medidos pelo aparclho com os

    graas de compacidade es tabe lec idos .

    3 .1 .1 .9 .T Consistência

    • A cons is tênc ia pode ser def in ida como uma c a r a c t e r f s t i c a f f s i e a q u e

    exprime o conjunto das forcas de coesao e de adesao das par t fcu las do solo , e é"

    aval iada pe la r e s i s t ê n c i a que os conjuntos de par t fculas*(num sentido raais l a -

    t o que agregados) pferecem a sua decomposicao ou ro tu ra .

    E oportuno r e f e r i r que, nos solos bem cs t ru turados , a consis tência po

    de dcduzi r - se , embora paroialmentèj da própr ia c s t r u t u r a . E i n t u i t i v o que, nos

    casos em que se v e r i f i c a uma boa e s t r u t u r a , o grau de coesad e de adcsao en t re

    ' p a r t f culas do mesmo agregado 6 incomparavelmonto maior que entre agregados dife

    r e n t e s , t an to que es tes se individual izaram; ora o grau de e s t r u t u r a , dando i n -

    formacao'sobre a es tab i l idade das unidades e s t r u t u r a i s , fornece uma indicacao

    s o b r o a " c o n s i s t ê n c i a dos tos .

    i

    :\~\-y ••••& cons is tênc ia , t a l qual se es td a t r a t a r , r e f e r e - s e , no caso do solos

    pu .n lye i s ;bem es t ru turados , a das suas unidades e s t r u t u r a i s (agregados)j o refe

    r e - se Jl cons is tênc ia g e r a l , nos casos de solos ou nfvcis som c s t r u t u r a , raacigos

    bu s o l t o s .

    ^ _•.. . .,A r e s i s t S n c i a oferecida pelos conjuntos de par t fcu las a .dosagrcgagao

    ó". grandemente af ectada. polo t e o r em Sgua do so lo , pelo que, para ca rac to r i za rde

    .yidamente a cons is tênc ia , se..usam processos e expressoes d i fe ren tes nos t r o s es

    ' tados de. htunidade que se consideram.

    ,;.,:_ '_.... •••]&& 3 .1 .1 .12 sao pormenorizados devidaraento todos os aspcctos r c fe ren-

    ' t e s a humidade.

    •'. Tndicam-se seguidamehte os t r e s estados. considerados para avaliacao da

    ï * Os conjuntos de par t fcu las entendidos incluem, alom dos agregados e s t r u t u r a i s , os to r roes como foram definidos em 2 . 1 . 1 . 6 .

  • HAM Comun. n^ 46 - 4 1 - .

    consistSncia, com a indicagao dos graus de humidade correspondentes a oada um .;

    d e l e s . '• -"-;'.•-•"•. • ~ v • |

    • ' • - . ' , . - • " ' • / • • • • . < ;

    a) No estado seco (graus seco e pouco fresco) * , . . . • ', -.<

    Estabeleceram-se seis graus de consistöncia, definidos como se sógue: .

    Solta - quando o material retirado da parede da cova a descrbver ÓV ; . ,

    inteiramonte solto, nao aprosentando agregados ou torroes. ' . •

    Branda - os torroes ou agregados desfazem-se sob pressao muito li—.•

    gcira, quando apertados entre o polegar e o indicador ou por simples manusoameji : •'

    to. ' . . . . . . . • • '

    Ligeiraraente dura - os torroes ou agregados quebram-se entre o pole'

    gar e o indicador com facilidade, mas exercendo esforgo sensfvel.

    Dura - quebram-se diflcilmente entre o polegar e o indicador, i a s :

    facilmente entre as duas maos.

    Muito dura - s6 se conseguem quebrar utilizando as duas' maos.

    Extreraamente dura — nao se conseguem quebrar mesmo com esforgo con-

    sidefavcl entre as duas maos. ' ' '' : .'.

    b) No estado htümido (graus fresco e httmido)*

    Estabeleceram-se igualmonte seis graus;

    Solta - todo o material se encontra soltó, nao constituindo tor-

    roes ou agregados. . .

    Muito friaVel — desfaz-se sob pressao muito ligeira, aportando os'

    torroes ou agregados entre o polegar e o indicador; quando apertado forma bola

    coosiva, a nao scr nos casos de textura muito grosseirao

    * 0 teor de humidade ideal 6 a meia distSncia entre o solo seco ao ar e a capa— cidade de campo. . . . .

  • -42— IIAC1 Comun- n^ 46

    FriaVel - os to r roes ou agregados desfazem-se facilmoirbc apertan -

    do—os en t re ö polegar e o indicador e exercendo pressao sensïvcl,,

    Pirrae - os t o r roes ou agregados desfazem-se ainda com fac i l idade ,

    mas o csforco exercido en t re o polegar e o indicador ê n f t i do .

    Muitd firrae - quando os to r roes ou agregados e6 so conseguom desfa

    zcr ent re o polegar e o indicador empregando considcr&vel eeforgo.

    " Extremamente firme — os to r roes ou agregados nao se consegucia des -

    'v ' fazer apertando-os ent re o polegar e o indicador ,

    ' • ' • • • ' • • ' , '

    c) Ho estado'molhado (graus rauito httmido, molhado e encharcado)* \ •

    ;_ ' Nestes casos a determinacao da consistSncia 6 def inida ou mcdida por

    i duas c a r a c t e r f s t i c a s f f s i c a s , ou meihor,por duas das suas forraas que igualmente

    v '. exprimem a ' in tens idade das forcas de coesao e de adesao.

    i *"'•'"'•' . 'A_— Adesividade

    ; ,. *•: " >''-i:'E.a capacidade que o mater ia l do solo tem do a d e r i r a outros corpos.

    (•' 'E ava l i ada 'pe la aderência que o mate r ia l manifesta quando apertado en t re o pole

    ,•'.'• ga r e. o indicador . . '

    K ' •' • ' Estabeleceram-se quatro graus assim dcfinidoss

    1 r • ' " . , - / Nao pegajoso — afcrandando a pressao depois^ de se t o r apertado o ma (>" t e r i a l ' t o r roso , nenhum deste adere a qualquer dos dedos.

    .?•'.' f.. ' • • ; ' , Pouco pegajoso - atirandando a pressao, ' o mater ia l adere aos dedos,

    !•; 'mas, com o éfastamento d e s t e s , d is tende-se um pouco e d e s l i g a - s e , doixando um

    \. dos dedos limpo.

    \ • ' ; / - • ' • » - , r • < • ' » ' • % * . •

    i'. - Pegajoso — o material adere depois de se ter apertado, o com o afas

    ;'-"•' tamento dos dedos distende—se "bastinte, de tal modo a que tende, com a rotura ,

    *.}.Toores óptimos sao os correspondentes ou ligeiraraente superiores a capacidade de campo.

  • •HAM Comun. n^ 4ó - 4 3 ^

    a f i c a r dividido pelos d o i s . -rr>. . 1 X ' * . ! » • • - •

    E a capacidade que o solo tem de se deformar qUando submetidö a p r e s ' -

    sao e de manter a deformacao depois daquela cessar.. .Avalia-se pe l a r e è i s t ü n c i a af.

    deformagaOjrolando o mater ia l e n t r e o polegar o o xndicador com v i s t a ' a i f o m a r f i

    l anento .

    Atribuem-se-lhe igualmente quatro graus:

    Nao p lds t i co - nao ê possfvel formar f i lamento. • *

    Pouco p lds t i co - forma-se fi lamento, mas a massa do solo deforma-se

    so"b pressao muito l i g e i r a .

    P lds t ico - semelhante ao a n t e r i o r , mas tendo de se exorcer pressao

    modcrada para se consegiiir a deformacao. -

    Muito p lds t i co — ainda semelhante aos a n t e r i o r e s , tendo nes t e caso.

    do se oxorcer uma pressao f o r t e para •. consoguir a deformacao.

    3.1.1.10 - Porosidado . . ' . , - .'•••.

    Porosidade 6, por 'de f in icao , o volume dos o r i f f c ios do solo expresso

    em percentagem do volume t o t a l . ÏTuma dcscricao morfológica, 6 evidente que a po

    rosidade re fe r ida nao 6 a t o t a l , mas sim a sua fracgao iden t i f i cdve l a v i s t a

    desarmada ou com auxflio do lupa .

    Esta caractcrfs t ica,dcnominada macroporosidade, deve, em princJCpio, '

    corrcspondcra porosidade nao cap i l a r , i s t o é, ao conjunto do o r i f f c io s ou cavida' .-

    des-, que, apös drcnagem da dgua das chuvas ou regas , sao ocupados pelo ar j aquelcs

    sao-.os;'de maiores dimensoes, com diaraetros superioros a0,008mm; os de nranares d i -

    mensoes constituem a chamadaporosidade c a p i l a r , aque nao i n t e r e s s a f azer r e f eren

  • y . •

    - -44T IIBlJComun.. ng 46

    c ia para o que se es'ta a : t r a t a r .

    A t e x t u r a , e s t r u t u r a e t e o r de raatéria organica sao c a r a c t è r i s t i c a s

    das quais a porosidade ê fundamentalmente dependente. E interessctfite not'ar que

    os solos de t e x t u r a mals g rosse i ra , considerados, como regra, "solos leves" , s a o

    os que na rea l idade possuem menor porosidade em confronto com solos.de t ex tu ra

    f ina , d i t o s vulgarmente "solos pesados" (como regra, a rg i l o sos ) , tendo, por tanto,

    uraa densidado apax-ente maior que os segundos»

    .' ; :.,v;v: 'A caraci;£?rxzacao da porosidade faa~se atendendo a dois aspèctoss quan

    t idade ,de poros e dimensoes (diametros) dos mesmos.

    Bn re lacao ao primeiro aspecto atr i tmem-se-lhc cinco graus:

    Pechado — nao se observam or i f f c ios ou poros

    Pouco poroso ' • • ' = '

    . Medianamente poroso

    Bastanto poroso

    Muito poroso.

    A a t r ibu igao de cada um- des tes graus ê muito subject iva , porque n a o

    hê. regras concretas para os d e f i n i r .

    Quanto ao diêmetro dos poros,temoss

    '; Muito f inos - diametro i n f e r i o r a 1 mmj

    Pinos — diametro compreendido ent re 1 e 2 mm;

    ; ; ; . , .^ . Médios - n " " 2 e 5 "

    Üi?.'r' if*t- Grosseiros — " super ior a 5 mm.

    >'Estas corisideracoes sobre a maneira de c a r a c t e r i z a r a porosidade r e -

    ferem—se essencialmente a . so los nao es t ru turados , ou, no caso 'de solos com es—

    t r u t u r a . n f t i d a , S. porosidade do i n t e r i o r dos seus agregados.

    •-.:••'^i^.* A'porosidade que se manifesta pelas cavidades ou fcndas entro unxdrxtos"

    e s t r u t u r a i s ê ine ren te a pröpr ia e s t r u t u r a do so lo , pelo quo nao ê necossario fa

    z e r - l h e r e f e r S n c i a , considerando-se jd. carac ter izada pe la descricao da própria

  • I I AM Comun,, ns 46 - 4 5 -

    e s t ru tu r a ou do fondilharaento. -•'••'.

    E de no ta r também o comportamento des tas fendas em re lacao a porosida—

    de, pois que, embora podendo ser de dimensoes aprèciaveis no estado seoo,'com o-

    humedecimcnto tendem a fechar, ficando, por conseguinte, a porosidade muito redu .

    z i d a . ' • • . ) • - i

    Quando muito, no caso de se observarem cavidades anormais podë interes— .

    sa r fazer - lhe referöncia , indicando, de uma maneira gener ica , a quantidade-4>ou

    cas, algumas ou mui tas , e a forme _ cavemosa, tubu la r , e t c . Devem se r rcgist t idas

    nas observacoes.

    3o1«1.11 — Rafzes • "

    A d i s t r ibu icao das rafzes por um p e r f i l de solo tem maior' InpOT'ttasia

    do que a pr imeira v i s t a podera parecer , e i s t o porque cons t i tu i ' um val ioso indi—

    cativo acerca do arejamento, grau de compacidade, nu t r i cao , e t c . que os diversos

    nfveis podem oferocer as p l a n t a s . Este aspecto assume p a r t i o u l a r in te resse ,quan

    do se t r a t a de p lantas cu l t ivadas ,po i s , do conhecimento profundo de cada n f v e l

    correlacionado com a d i s t r ibu igao das rafzes, ' podem—se t i r a r conclusoes por ve—

    zes tem importantes . ~

    'A descricao das raf zee dentro de um nfvel faz—se em relacao as s u a s

    dimensoes (diSmotros) e a quantidade.

    Quantidade

    Sem rafzes -

    Raras - 1 a 3

    Poucas - 4 a 10 .' ' '

    Algumas - 10 a 80

    Bastantes - 20 a 5 0 '

    Muitas - 50 a 100 .' '

    Abundantes - mais de 100

  • - 4 6 - HAM Comun. n^ 46

    Dimonsoes

    ' P i n a s ' - diametro i n f e r i o r a 1 mm

    '.•_•' Médias - " compreendido entre 1 e 3 mm

    Grossas - " " " 3 e 15 mm

    ,, . ..Muito grossas - diametro super ior a 15 mm

    . 3 .1.1.12 '1' Humidade

    Entende-se por humidade do solo o quan t i t a t ivo t o t a l de agua, quer h i -

    groscópica, quer cap i l a r ou g rav i t ac iona l . *

    A determinacao no campo faz-se a t r ibuindo ao nfvel do solo a ca rac t e r i

    '« zar urn grau do humidade, a i nd ica r mediante um cer to numero do rogras aqxio o ob-

    servador atende.

    A observag^X) dos pe r f i s devo ser f c i t a , sempre que possfvel, uns dias

    após a aber tura da cova, part icularmente no caso de o solo e s t a r relativamente hii

    mido. Mas, como normalmente os t rabalhos do campo sao efectuados na ostagao seca, ;. riao 6, em 'gera l , necessar io toraar t a l precau9ao.

    A p r inc ipa l importEncia, quo a a t r ibu icao do grau de humidade possui nu

    .ma descricao de campo, ê devida ao facto de grande par te das caracter i !s t icas a

    descrever es taremdeledependentes , ouraelhor, variarem comele. Assim, paraostanda_r

    diza9ao da cor, e s t a é determinada em dois graus de humidade bem def in idas : seco

    ao a r e com ' t eor de humidade correspondente a. capacidade de campo, procedendo-se

    a r t i f i c i a lmen te para a obtengao des tes d o i s graus . Eb q u e se r e f e r e a

    • compacidade e a consis tência , e s tas avaliam-se no estado de humidade em que o so ' ' • ' • • „ .' " " "

    lo se encontra (a nao ser em casos de especial interesse). Interessa, portanto,

    referir o grau de humidade com a mais possfvel exactidao, para que estas duas ca

    * t'. •

    * No caso de solos bem drenados, 6 nos dois primeiros estados que a ógua so en-. contra, a nao ser que a observagao seja feita pouco tompo ap6s uma chuvada ou rega; esse perfodo de tempo 6 mais prolongado para solos de textura fina que

    -.;.-' para os de textura grosseira. Se dentro da profundidade do observagao se atin-'gir o lengol freStico, deve este ser oonvenientemente assinalado.

  • o

    I I A M C p m u n . rfi 46 ' -47-

    r a c t e r f s t i c a s possam ser comparaveis. Quanto a cóns is tüncia , assume' um aspecto

    p a r t i c u l a r , pois os var ios graus de humidade determinam designacoes ."elproces'sos

    especff icos. •.'•-.• .• •'•' .. o£i:p.l.'i

    Tarnbém em relacao a e s t r u t u r a e fendilhamento i n t e r o s s a r e f e r i r " a humi•

    dade com acer to , pois a manifestagao de cada um des tes aspectos e s t a ha"razap i n -

    versa do grau de humidade, i s t o 6", com a dessecagao a e s t r u t u r a e fèndas mostraar

    - se com maior cvidöncia. • ••• • • f . : ^ % t i , j P:~

    Os graus de humidade a a t r i h u i r sao os que se seguem,agrupadois aö'acojp

    do cora os estados gera is ou graus p r inc ipa i s de humidade, j a indicadó's q'u'si'ix d o

    t r a t ou da consis tSncia . . •,

    Seco — seco - . . . . '

    - pouco fresco

    '" ''"" . . i

    H&mido — f r e s c o • • . . ; • ; . -

    — humido

    Molhado - muito humido

    - molhado

    Encharcado.

    Indicar.i-se a seguir os aspectos .essenciais aprescntados por, cadauaidos

    graus p r i n c i p a i s . Note-se, no entanto , que na descricao morfológica de. cadaS n£—

    vel se déve dar sempre a indicacao nao do grau p r i n c i p a l , mas sim a daqueles em

    que os mesmos se subdividem. A aval iacao ê f e i t a pe l a ' sons ib i l i dade do observ&' *».*

    dor.

    seco e pouco fresco) - a t e r r a apresenta-se senslvelmente seca e

    a cor nao se a l t e r a quando exposta ao a r seco, tornando-se mals escura quando hu-

    medecida.Os tor roes ou agregados quando apertados .desfazem-se em graos i i idivi —

    duais , nao voltando a ag lu t ina r - se quando apertados, ou' só muito ligeiramerite'j em

    solos de t ex tu ra f ina . l

  • - 4 8 - HM Comun. n^ 46

    ':"" :.v .Humide ( f resco e htimidö) - quando se aper ta a t e r r a com a mac em con-

    r.'cha,-.tem-se a sensagao n f t i d a de frescuraj é susceptfvel de se formar filamento

    rolando a t e r r a en t re o polegar e o indicador.. Comprimindp-se na raao, molda- se

    . perfei tamente, deixande os dedos bem marcados, e, apertando-se en t re o polegar

    _. e o t indicador, forraa-se p a s t i l h a com fac i l i dade .

    '\ ::•:-. '"•_.:: ;ï.ïJ..Molhadp * (muito humido ** e molhado) - observa-se 5gua ent re os elemen

    tos e s t r u t u r a i s e, apertando-se a t e r r a na raao, c s t a f i c a huraedecida (vS-so a

    " égua rcorrer en t re os dedos no grau mais elevado); a cor nao se a l t e r a por maior

    humedecimente.

    Encharcado - ê o grau mais elevado e neste caso todos os o r i f f c ios e

    cavidades es tao completamente preenchidos pe la agua; corresponde a. capacidade ma-

    xima para a agua.

    3«1o2 - Acidentais

    3.1o2.1 -. Depósitos qufmicos

    .' Durante os processos de formacac do so lo , a agua (splucao do solo)tem

    movimentos,, quer em profundidade, quer ascensionais , dependentes grosso modo da

    ; . „.evapotranspiracao e da pluvios idade. Entre todos os movimentos avultara,pela sua

    . importancia, os da toa lha f f e a t i c a que determinam, ou meihor, imprimem carac te -

    . r l s t i c a s espec ia i s nos solos dentro das profundidades em que actuam.

    ; • , Ora a solucao do solo t r anspor t a , nöla d i sso lv ida , diversos s a i s que,

    ;- jipor.vezes,-,. com o aumento sucessivo da concentracao da solugao chegam a deposi-

    l -^,tar-se,;-assumindo d iversas formas. E des tas que vamos t r a t a r . * * * f , - ; ' - . . • • • „ • ' • • - •

    'i 3.1.2.*1.1 - Concreqoes ca l ca r i a s

    \ ' " • • ' • • ' • ' ~

    j.- -; . Sap formagoes geralmente endurecidas, const i tufdas por carbonatos de 'f célcio,-umuitas fvezes associadp a putrps cpns t i t u in t e s ( s f l i c a , per exemplp). .

    Ï * Também désignadc por muitp hümido. I "**"• Corresponde -sensïvelmente a capacidade de campo. 'i ;;***. Outrasjformas sao d e s c r i t a s a p a r t e , dados os aspcctos p a r t i c u l a r c s de que • ' s e revestem, t a i s comp, fprmacac de impermes, l a t e r i t e , e t c

  • I I AM Comum- n^ 46 • - 4 9 -

    A forma raais comum que apresentam ê a arredondada, podendo,.no entan-

    to , assumir formas e l l p t i c a s , tubularps , p l a t i f o r a o s , i r rogularos com. protuberan

    c i a s , o t c . Por vozes apresentam inter iormente cavernas, embora sejara normalmen-

    t e const i tufdas por larainas concöntricas do mator ia l c i t ado . .As s u a s , dimensoes-

    podera i r de menos de 1 mm ató" as dezenas de centfmetros de diametro';' dao efer -

    vcscGncia viva com acido c lo r fd r i co .

    Chama-se a atongao para o facto de se poderem confundir as concregoes

    c i tadas com fragmentos de rocha, c a l c a r i a . Estes nao apresentam a cons t i tu igao ess

    t r u t u r a l das concregoes e, cmbora possam sor arródoridados', ha maiorpar te dos ca

    apresentam-se sob a forma subangulosa ou angulosa. E da maior iraportancia d i s -

    t i n g u i - l o s , pois o seu s ignif icado genético com v i s t a Ji jplassif icacao 6" muito'

    d i f e r en t e .

    3". 1.2.1.2 - Concrccoes de fer ro e manganSs *

    • : A sua cons t i tu igao c s t r u t u r a l (comum a todas as concregoes)é i d ê n t i c a

    as de ca l ca r io , ou se j a , lamirtas concêntr icas , nesteVcaso de óxidos de 'ferro e /

    /ou manganös., . ' • . . ' ' • • • • , ^

    Podem tornar formas semeihantös as de ca l ca r io , com cores avermelhadas,

    amareladas, alarajgadas e bas tantes escuras; neste ultimo caso sab'éspecialmente

    r i cas em manganös. As suas dimensoes podem i r de menos de 1 mm a mais de' 10 mm

    de diametro. Sao normalmente dür'as', mas 'em "fase