JTM 16-11-2011

Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3904 | quarta-feira, 16 De Novembro De 2011

www.jtm.com.moao serviço De macau DesDe 1982

Tribuna de Macau Jornal

澳門論壇日報 10 PaTacas

Dois mil milhões e meio de patacasseparam propostas para obra do Metroquase dois mil milhões e meio de patacas separam os valores mínimo e máximo das propostas entregues para o concurso público da empreitada de construção do Segmento do centro da taipa da 1ª fase do Sistema de metro ligeiro. o acto público de abertura das propostas ocorreu ontem na sede do Gabinete para as infra-estruturas de transportes (Git). No total, 16 empresas apresentaram-se ao concurso, sendo que 11 foram admitidas e cinco admitidas condicionalmente. o prazo máximo de execução das obras de 1.158 dias. foi um consórcio, constituído pelas empresas eternity e engenharia e construção t.P., que apresentou a proposta mais elevada, de quase três mil milhões de patacas, para uma execução em 1.100 dias. Já a proposta mais baixa foi feita pela Sociedade de investimentos e fomento imobiliário chon tit, de 489 milhões, para executar a obra no tempo máximo estipulado. mas esta empresa ainda terá de entregar alguns documentos.

Portugal pode cortar feriadosde 5 de Outubro e 1 de Dezembro

a restauração da independência, a 1 de Dezembro, e a implantação da república, a 5 de outubro, são os feriados que o Governo de Portugal propõe cortar no calendário, segundo uma informação avançada ontem pela rádio renascença. Já a igreja abdica da festa da assunção de Nossa Senhora, a 15 de agosto, e do corpo de Deus, um feriado móvel, que costuma ser a uma quinta-feira depois do domingo de Pentecostes. a proposta da igreja é, por enquanto, apenas indicativa, já que a palavra final cabe ao vaticano, uma vez que o assunto é regulado pela concordata entre o estado português e a Santa Sé. Segundo a renascença, as negociações formais com a igreja devem começar em breve. o estado português será representado por João da rocha Páris, ex-embaixador de Portugal junto da Santa Sé, e o vaticano pelo bispo emérito de bragança, D. antónio montes moreira.

Parada na Guia vai alertarpara dificuldades dos deficientes Pág 6

Falta de espaço levaIPOR a arrendar salasà Escola Portuguesa Pág 7

Pilotos locais criticamregras do GPM para atribuição de apoios Pág 8 e 9

Seis estudantespremiados no concurso “Cineastas Digitais” Pág 17

Chui Sai Onpara todos

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• Novos subsídios para a população• Reforma política na agenda do Governo• Perspectivas sobre a saúde• Reacções de deputados e analistas

pág 02 quarta-feira, 16 de Novembro de 2011 jOrnal tribuna de maCau

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jOrnal tribuna de maCau

localAPRESENtAÇÃo DAS LINHAS DE AcÇÃo GoVERNAtIVA PARA 2012

Um cabaz repleto de subsídiosHá dinheiro para os que ainda estão a estudar, para os mais carenciados e para aqueles que já atingiram a idade da reforma. São muitas as actualizações de subsídios bem como a criação de novos apoios. Entre subvenções e comparticipações, o Executivo prevê gastar no próximo ano cerca de 8.570 milhões de patacas. Das medidas anunciadas, destaca-se o aumento do subsídio para idosos. Também existem apoios destinados a estudantes e cheques que chegarão às mãos de todos os residentes

Lançando palavras à “população mais fragilizada”, o discurso de Fernando Chui Sai sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2012 centrou-se em

múltiplos subsídios. É para repartir os frutos do desen-volvimento, argumentou. O Subsídio para Idosos sobe das cinco mil até às seis mil patacas. Mais cheques para os residentes e apoio para os estudantes são outras das promessas vincadas pela voz do Chefe do Executivo.

“Estamos fortemente empenhados na consulta pú-blica sobre a Lei de Bases dos Direitos e Garantias dos Idosos”, salientou. Os números vieram a seguir. Segun-do as contas do Executivo, um “cidadão sénior” poderá receber 45 mil patacas por ano, só através de apoios da Administração. Na soma entram o subsídio para idosos (6.000 patacas) mais a pensão mensal de velhice fixada em 2.000. Isto para além das 7.000 patacas de cheque, caso a pessoa seja residente permanente, e de 6.000 mil patacas que serão injectadas na conta da Poupança Central.

Uma nova actualização ocorrerá no subsídio de risco social, cujo valor base passa das 3.000 mil para as 3.200 patacas. “Em relação ao Plano de Apoio Ali-mentar de Curto Prazo, prevê-se a possibilidade de aumento do limite máximo de rendimentos para 1,7 vezes do risco social, com vista ao alargamento do âmbito de beneficiários, a fim de prestar apoio aos indivíduos de baixo rendimento que não estejam abrangidos pela rede de apoios do Instituto de Acção Social”, acrescentou Chui Sai On.

Os trabalhadores a tempo inteiro e residentes per-manentes com baixo rendimento merecerão também uma atenção especial, podendo requerer a subvenção de rendimentos até às 4.400 patacas. Para todos os re-sidentes permanentes, chegará a verba de activação do Regime de Poupança Central, no montante das 10.000 patacas. Em cada conta serão ainda injectadas mais 6.000 patacas.

Como já era esperado, o plano de comparticipa-ção pecuniária vai continuar. No próximo ano, todos os residentes receberão o respectivo cheque na caixa do correio, sendo que residentes permanentes podem con-tar com 7.000 e os não permanentes com 4.200 patacas. Montantes que equivalem aos que foram atribuídos este

ano em duas fases. Os vales de saúde também se man-têm, a par da subvenção do pagamento da energia eléc-trica às unidades habitacionais, passando de 150 para 180 patacas por mês. Com o rol de aumentos e actuali-zações, o Governo irá despender nada mais nada menos do que 8.570 milhões de patacas.APOIOS PARA HABITAÇÃO. Garantias foram ainda dadas aos “três tipos de famílias em situação vulnerá-vel”. As famílias arrendatárias de habitações sociais estarão isentas do pagamento da renda de um ano e o plano provisório de atribuição de abono de residência a agregados familiares da lista de candidatos à habitação social também continuará. Encontram-se reservadas, sublinhou o Chefe do Executivo, 1.250 patacas mensais para os agregados familiares compostos por uma a duas pessoas e de 1.900 patacas aos agregados com três ou mais pessoas.

Porém, reais novidades sobre habitação ficaram na gaveta. Lembrando que os terrenos da RAEM são escas-sos, o Chefe do Executivo afirmou que as habitações so-ciais vão continuar a ter prevalência sobre as habitações económicas. A construção de 19 mil habitações públi-cas até ao final do próximo ano e mais 6.300 habitações públicas de reserva foram outras ideias repetidas, com Chui Sai On a lançar expectativas para os novos aterros. “O Governo criou também uma reserva de terrenos des-

tinados à construção de habitações públicas no futuro, através da delimitação de parte dos terrenos disponíveis e dos terrenos dos Novos Aterros Urbanos”.

O próximo ano será marcado por outras medidas de redução e isenção fiscais, que incluem a diminuição de 25 por cento do imposto profissional da população activa, com o limite a fixar-se nas 144.000 patacas. Já a isenção da contribuição predial urbana irá até às 3.500 patacas. De resto, os residentes permanentes de Macau que adquiriram a primeira habitação continuarão a be-neficiar da isenção do pagamento do imposto de selo sobre a transmissão do imóvel (aplicada apenas a uni-dades habitacionais) até três milhões de patacas do va-lor da propriedade.

“Com a manutenção destas medidas de redução e de isenção fiscal, o Governo deixará de receber receitas fiscais no valor aproximado de 1.470 milhões de pata-cas”, clarificou Chui Sai On.JOVENS NA UNIVERSIDADE. Alguns apostaram que para os jovens estariam reservadas linhas marcan-tes, mas não foi tanto assim. As medidas concentraram-se mais nos cifrões do que noutro tipo de apoios. Os es-tudantes do ensino superior, quer estejam no território ou em instituições do exterior, passam a usufruir de um Subsídio de Aquisição de Material Escolar, no montante de 2.000 patacas. Por seu lado, e para o mesmo fim, os alunos do ensino primário e secundário terão direito a um subsídio de 1.700 patacas, e os do ensino infantil a um subsídio de 1.500 patacas, por ano lectivo.

O Governo vai também ajustar o plano das bol-sas de estudo para o ensino superior, alargando, em 2012/2013, o limite dos rendimentos do agregado fami-liar dos candidatos às bolsas-empréstimo. “Promover a coordenação de vários estabelecimentos de ensino su-perior na organização de cursos mais diversificados e flexíveis” foi outras das ideias avançadas por Fernando Chui Sai On.

A pensar naqueles que já estão no mercado do tra-balho, a Administração está a construir uma base de dados de recursos humanos. “Na primeira fase, serão recolhidas informações sobre os estudantes locais de ensino superior, com vista a adquirir informações sobre quadros qualificados de Macau”. Alguns dados, reve-lou Chui Sai On, já foram solicitados às instituições aca-démicas do território.

Na perspectiva do Executivo, a nova geração pre-cisa também de um espicaçar da consciência patriótica. Vão ser organizados “cursos sobre o desenvolvimento da Pátria e a aprendizagem linguística para estudantes universitários de Macau”. Formações que servirão para “melhorar o conhecimento da História e cultura chine-sas e aprofundar a sensibilidade patriótica e afectiva em relação à Pátria e a Macau”.

Mais 200 licenças para táxisapanhar um táxi em macau tem sido uma tarefa cada vez mais complicada. mas a situação pode melhorar. o Governo vai conceder por concurso público cerca de 200 licenças de táxis, já no próximo ano. Simultaneamente, enquanto o metro ligeiro avança, haverá um “ajustamento” do novo modelo de autocarros no sentido de uma “maior racionalização”. optimizar a “gestão do transporte marítimo de passageiros e das respectivas instalações” é outro dos objectivos do executivo. ao longo do discurso, chui Sai on colocou os olhos em terra, na água, mas também no ar, afirmando que é preciso “reforçar a segurança da aviação e melhorar a qualidade dos serviços prestados nesta área”. como ambições surgem ainda a resolução do “problema das dívidas do aeroporto internacional de macau” e a definição de “um plano de desenvolvimento no futuro”. “Para um território que funciona como centro de turismo e de lazer e serve de plataforma de comércio e de negócios, é indispensável que disponha de serviços de transportes externos mais cómodos e expeditos”, alertou.

Funcionários públicossem aumentosNão há aumentos, por agora, mas será criada uma comissão. embora as associações tenham fincado o pé e apresentado pedidos de actualizações salariais, chui Sai on deixou o assunto para depois. “No próximo ano, iremos estudar a criação de uma comissão para a apreciação das remunerações dos trabalhadores da administração Pública”. a ambição é aperfeiçoar “o regime de vencimento dos funcionários públicos” e estabelecer um “mecanismo justo, científico e independente, sobre o ajustamento do vencimento”. a decisão de criar um mecanismo foi tomada após um “período de estudo”, justificou chui Sai on, na conferência de imprensa após a apresentação do relatório.

raquel carvalho

(...) “Um ‘cidadão sénior’ poderá receber 45 mil patacas por ano, só através de apoios da Administração. Na soma entram o subsídio para idosos (6.000 patacas) mais a pensão mensal de velhice fixada em 2.000. Isto para além das 7.000 patacas de cheque, caso a pessoa seja residente permanente, e de 6.000 mil patacas que serão injectadas na conta da Poupança Central” (...)

(...) “Os trabalhadores a tempo inteiro e residentes permanentes com baixo rendimento merecerão também uma atenção especial, podendo requerer a subvenção de rendimentos até às 4.400 patacas” (...)

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localEXEcUtIVo APRESENtA PRoPoStAS No PRÓXImo ANo mAS AINDA NÃo tEm PoSIÇÃo DEFINIDA

Reforma política é “prioridade” governativa

(...) Pretendemos “melhorar o mecanismo de triagem na primeira consulta especializada para reduzir o tempo de espera das consultas” (...) - idem

(...) “Confesso aqui que, sinceramente, até hoje, não temos quaisquer orientações sobre esta matéria [reforma política], mas prometo que vamos realizar uma consulta pública” (...) – Chui Sai On

Suscitando a surpresa de muitos e deixando sabor a pouco na boca de outros, Chui Sai On não ignorou a reforma democrática. Numa sala repleta de deputados, assessores e jornalistas, ouviu-se a promessa de no próximo ano o Governo apresentar propostas de revisão sobre a eleição do Chefe Executivo e para a constituição da Assembleia Legislativa

As referências sobre a reforma po-lítica ficaram guardadas para o final do discurso, mas estiveram

lá. E de forma bem mais clara do que aconteceu no ano passado. Chui Sai On admitiu que as metodologias de eleição do Chefe do Executivo e para a Assem-bleia Legislativa precisam de ser revis-tas. Em 2012, surgirão propostas de al-teração, mas por agora a Administração não assume uma posição.

Face à aproximação das eleições para a Assembleia Legislativa já em 2013 e para o Chefe do Executivo no ano se-guinte, o Governo decidiu considerar o tema como “prioridade da acção gover-nativa para o próximo ano”. No discurso de apresentação das Linhas de Acção Go-vernativa (LAG), Chui Sai On foi claro ao afirmar que “há, de facto, necessidade de introduzir alterações às duas metodolo-gias, a fim de melhor se adaptarem com a evolução e progresso da sociedade”.

No entanto, o Executivo da RAEM não possui, por enquanto, uma orienta-ção. “Confesso aqui que, sinceramente, até hoje, não temos quaisquer orienta-

ções sobre esta matéria, mas prometo que vamos realizar uma consulta públi-ca”, respondeu Chui Sai On, em confe-rência de imprensa, na senda do que já havia referido no ano passado. Nas mãos do Governo, segundo especificou o su-cessor de Edmund Ho, estão já 162 opi-niões, oriundas de vários profissionais e diferentes sectores, bem como duas pro-postas que reflectem sobre o progresso do sistema político.

Para além das repetidas promes-sas de “auscultação permanente” e de estudo das ideias, ficam as garantias: o “Governo irá apresentar propostas sobre a necessidade e a eventual forma de alteração das metodologias para a constituição da 5ª Assembleia Legisla-tiva da RAEM em 2013 e para a escolha

do 4º Chefe do Executivo da RAEM em 2014 [...]. Ao mesmo tempo, irá rever e melhorar a Lei Eleitoral para o Chefe do Executivo e a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa”.

Todas as ideias serão também sub-metidas ao Governo Central, adiantou Chui Sai On, em conversa com os jor-nalistas. “Vou comunicar, o mais breve possível, ao Comité Permanente da As-sembleia Popular Nacional em relação às metodologias [...] para se acertar os procedimentos, em caso de haver neces-sidade de proceder a alterações”.

Recorde-se que foram várias as vo-zes, ao longo dos últimos meses, a cla-marem pela evolução da reforma política na RAEM. O aumento dos lugares para deputados eleitos por via directa está

entre as reivindicações mais ouvidas. De acordo com o calendário definido pelo Executivo, o ajustamento das leis eleitorais deve ocorrer no segundo se-mestre do próximo ano. Para 2012, surge no topo das prioridades da tutela para a Administração e Justiça a realização de uma “consulta ampla” sobre os assuntos eleitorais, no sentido de alcançar, “com prudência, o consenso da sociedade. E em simultâneo, preparar-se a alteração legislativa devida”.

Seja qual for a solução adoptada, a intenção é “promover uma cultura de eleições justas e impulsionar de forma ordenada e estável, um desenvolvimen-to do sistema político da RAEM”, garan-tiu o Chefe do Executivo. Mas ainda nin-guém sabe como.

raquel carvalho

VÃo SER coNStRUÍDoS cINco NoVoS cENtRoS DE SAÚDE NoS PRÓXImoS DEZ ANoS

Mais vagas nas escolas de enfermagemÉ uma necessidade conhecida e vincada por profissionais da área, que agora merece resposta. As duas escolas de enfermagem do território vão assistir ao aumento de vagas, anunciou ontem o Chefe do Executivo. O Governo prevê que Macau tenha em 2020: 11 centros e dois postos de saúde

A saúde é, segundo alguns, o “calcanhar de Aqui-les” da RAEM. No dossier dedicado às Linhas de Acção Governativa para 2012, o assunto merece

um capítulo especial. As previsões do Governo apon-tam para a construção de cinco novos centros de saúde e a reconstrução de três nos próximos dez anos. Quanto à formação de profissionais são avançados poucos de-talhes, mas já certo é que as escolas de enfermagem do Kiang Wu e do Instituto Politécnico de Macau vão abrir mais vagas nos próximos anos lectivos.

“Com o alargamento da rede de cuidados de saúde pública, o Governo irá aperfeiçoar o serviço especiali-zado para a formação de médicos”, assegurou Chui Sai On, sem mais especificar. Como solução imediata o Chefe do Executivo referiu o aumento do “número de vagas nas duas escolas de enfermagem”, admitindo também que é preciso “elevar a qualidade de formação de profissionais de saúde”. Neste aspecto, o Centro de

Formação da Medicina Tradicional, que entra em fun-cionamento no próximo ano, poderá ajudar, acredita a Administração.

“Aperfeiçoar os serviços da rede de cuidados de saúde primários, bem como melhorar o mecanismo de triagem na primeira consulta especializada para redu-zir o tempo de espera das consultas” foram outras me-tas traçadas em sílabas. Nos planos gizados encontra-se a construção de mais cinco centros de saúde e a recons-trução de três dentro dos próximos dez anos.

Em 2013, deve já surgir o edifício de Serviço de Urgência do Hospital Conde São Januário (CHSJ), bem como o Centro de Recuperação de Doenças Infecciosas no Alto da Montanha de Coloane. Para o ano seguinte, está prevista a conclusão do edifício de especialidades do CHSJ e do Hospital de Urgência das Ilhas. Segundo o calendário do Executivo, o Hospital Geral das ilhas só surgirá em 2017, enquanto que o Hospital de Reabilita-ção também das Ilhas brotará até 2020. Nessa altura, a RAEM deverá ter um total de 11 centros de saúde e dois postos de saúde.

Salientando obrigações mais imediatas, Chui Sai On falou ainda em “dar continuidade e reforçar os ser-viços prestados aos idosos na área da saúde, intensificar a cooperação com as instituições médicas não governa-mentais e aperfeiçoar a rede comunitária de prestação de serviços médicos”.

r.c.

Deputados do Novo Macau pediram eleição do Chefe do Executivo pela população

Plano de Gestão do centro Histórico até Junho do próximo anoestudar as raízes de macau é uma das grandes ambições culturais para 2012. São vários os projectos que servirão para fixar memórias, acredita o executivo. De acordo com o plano temporal revelado ontem, a lei de Salvaguarda do Património cultural deve ser aprovada até abril do próximo ano, seguindo-se depois um período de promoção do diploma. em Junho será tempo de conhecer o Plano de Gestão do centro Histórico, que vai incluir a regulamentação das obras a realizar, o controlo da construção e a gestão turística. até à mesma altura, e para o mesmo fim, o executivo pretende elaborar também o conjunto de normas relativas “às obras a realizar nos edifícios classificados e na proximidade do património cultural”. o levantamento geral do património cultural de macau ocorrerá, por sua vez, até Julho. entre vários novos museus e bibliotecas, a adjudicação e a execução das obras para a nova biblioteca central avançam em Janeiro do ano que se aproxima.


local

coutinho “decepcionado”com falta de actualizaçãosalarial na função pública

O deputado Pereira Coutinho reagiu com desagrado às medidas que o Che-fe do Executivo anunciou para a Fun-ção Pública, uma vez que Chui Sai On não contemplou para as LAG de 2012 uma actualização salarial imediata. “Estou completamente decepcionado com as políticas promulgadas”, enfa-tizou. O também presidente da Asso-ciação dos Trabalhadores da Função Pública entende que a revisão em alta dos salários deveria acontecer o mais breve possível, uma vez que os profis-sionais se vêem a braços com a infla-ção, ao invés de ser necessário esperar pela criação do mecanismo anunciado para determinar de forma mais justa e científica o ajuste dos vencimen-tos. “Uma coisa é [a criação] de um mecanismo [de ajuste] para o futuro, outra é recuperar o poder de comprar ao actualizar os salários”, sublinhou. “Não percebo porque é que tem de se esperar pelo mecanismo para se pode-rem actualizar os salários em 2012”, contestou. Na sua opinião as linhas ontem anunciadas vão contribuir para abalar os trabalhares da função pú-blica. “Esta notícia vai deixar tristes todos os funcionários públicos, espe-cialmente aqueles que todos os dias se esforçam e dão o seu melhor. Isto porque a actualização devia ser feita de imediato para recuperar o poder de compra face à taxa de inflação que ascende aos cinco por cento”, insis-tiu. Coutinho criticou ainda a falta de oportunidades daqueles trabalhado-res para aceder a uma casa.

F.a.

cRIAR UmA comISSÃo PARA AcomPANHAR tRABALHoS NA ILHA DA moNtANHA

Novo empurrão para as PME’sO Governo promete fomentar a competitividade e aumentar o número de lojas do Mercado Abastecedor. A caminho está também um novo incentivo financeiro às Pequenas e Médias Empresas e a criação de uma comissão que acompanhe os trabalhos na Ilha da Montanha

Continuar a piscar o olho ao turismo, con-trolar o crescimento da

indústria do Jogo e apoiar as Pequenas e Médias Empre-sas (PME’s) são promessas de Chui Sai On. Mas no tri-ângulo do sucesso, entra ain-da a nova galinha dos ovos de ouro: a Ilha da Montanha. Para debelar a inflação não são muitas as soluções apre-sentadas, mas entre elas está o

o maior orçamento de sempreO Governo da RAEM prevê para 2012 o maior orçamento de sempre com a receita a superar pela primeira vez os 10 milhões de euros, dez vezes mais do que no último ano da Administração portuguesa

Na apresentação das Linhas de Acção Governativa, o Governo divulgou a projecção do orça-

mento de 2012 que prevê só em recei-tas correntes de 102.958,8 milhões de patacas, dos quais 91.009,5 milhões em impostos directos, quase na totalidade oriundos do sector dos casinos.

Além das receitas correntes - onde estão também previstos impostos in-directos de 2.499,5 milhões de patacas - o Executivo pensa ainda arrecadar 6.100,8 milhões de patacas em recei-tas de capital e 6.260,5 milhões com os organismos autónomos da Adminis-tração, totalizando a receita 115.218,6 milhões.

No campo da despesa estão pre-vistos 73.041,1 milhões de patacas de gastos ordinários, acrescidos de 4.416,8 milhões nos organismos autónomos, totalizando 77.356,2 milhões.

Elaborado sempre de forma muito conservadora - só em 2011 o Governo deverá recolher em impostos directos sobre o jogo mais de 92.750 milhões de patacas e prevê para o total dos impos-tos directos em 2012 apenas 91.009,5 milhões -, o orçamento de 2012 tem, no entanto, já contabilizado um saldo po-sitivo de 37.862,4 milhões.

Os saldos positivos já acumulados em anos anteriores, que perfazem qua-

se 1,5 vezes o orçamento proposto para 2012 - superam os 150.000 milhões de patacas - proporcionam uma segurança financeira que sustente os apoios sociais, os investimentos propostos e a distri-buição de dinheiro pela população.

No campo da despesa, a maior fa-tia está consagrada para os Investimen-tos do Plano com um total de 19.842,76 milhões de patacas, seguindo-se o Fun-do de Segurança Social com 8.779,2 milhões que vai reforçar grande parte dos apoios sociais aos mais carencia-dos. Obras como o Metro ligeiro, ater-ros e habitação económica, e os apoios sociais irão consumir grande parte do dinheiro previsto.

Entre os serviços da administração com mais verbas atribuídas estão os Serviços de Saúde com 4.088,7 milhões de patacas, seguindo-se os Serviços de Educação e Juventude com 3.200,7 mi-lhões e das Forças de Segurança com 2.765,27 milhões.

No que concerne ao próprio Execu-tivo está reservada uma verba de 634,3 milhões de patacas, com o gabinete do líder do Governo, Fernando Chui Sai On, a arrecadar a maior fatia dentro do elenco governativo com 252,7 milhões, seguido pelo Secretário dos Assuntos Sociais e Cultura com 181,6 milhões.

JTM/Lusa

aumento de lojas do Mercado Abastecedor.

Segundo Chui Sai On, o Mercado Abastecedor vai ocupar as instalações do Par-que Industrial Transfronteiriço Zhuhai – Macau. No novo local, o Executivo acredita que será possível “aumentar a fiscaliza-ção” e “optimizar” as condições de funcionamento. “Introduzir maior competitividade, au-mentar o número de lojas para 250, destinadas ao comércio por grosso de vegetais, frutas, ovos e aves” são outras das intenções enunciadas.

As PME’s de Macau podem esperar, entretanto, por verbas de apoio mais avultadas. Ao ac-tual Plano de Apoio de 500 mil patacas o Governo acrescenta mais 100 mil, com o objectivo de “ajudá-las a elevar a sua competitividade”, reduzindo os custos e aumentando o fundo de maneio. Como embalo para o sector empresarial, Chui Sai On falou ainda no lançamen-to de “grandes projectos” que ajudarão à exploração da Ilha

da Montanha por mãos locais, nomeadamente através do Par-que Industrial de Cooperação Guangdong-Macau. Na calha, está a criação de uma comissão para a apreciação dos projectos de desenvolvimento da Ilha de Hengqin.

Nestas LAG para 2012, foi pouco o tempo dispensado ao Jogo. “Controlar a dimensão e a rapidez do crescimento do sector do Jogo, e reforçar a sua fiscalização, procuran-do promover o crescimento e a valorização das indústrias associadas ao sector do turis-mo integrado” foram aspectos mencionados por Chui Sai On. Também longe dos holofotes ficaram as indústrias criati-vas. “Continuar a dar apoio à reconversão e valorização das indústrias tradicionais, no sen-tido de formar uma estrutura económica correspondente à diversificação adequada da economia de Macau” é o que o Chefe do Executivo diz estar a delinear para a realidade do território.

raquel carvalho

(...) “Introduzir maior competitividade, aumentar o número de lojas para 250, destinadas ao comércio por grosso de vegetais, frutas, ovos e aves” (...) – Chui Sai On

(...) “Não percebo porque é que tem de se esperar pelo mecanismo para se poderem actualizar os salários em 2012” (...) – Pereira Coutinho

tribuna de maCau quarta-feira, 16 de Novembro de 2011 pág 05

local

Vários modelos para a democraciaOs deputados encaram as palavras de Chui Sai On sobre a reforma política como um “avanço”, mas temem que o Executivo não cumpra as promessas no prazo estipulado e há quem não acredite em “grandes mudanças”. Porém, são esperados mais eleitos por sufrágio universal

Mesmo antes de Chui Sai On ter entrado no Hemiciclo para apre-

sentar as Linhas de Acção Go-vernativa para 2012, já a Asso-ciação Novo Macau lembrava o Governo das suas promessas. Em frente ao deputado Ng Kuok Cheong podia ler-se, numa das fachas, que o Chefe do Execu-tivo devia ser eleito por todos. A Assembleia Legislativa (AL) teve de esperar até às últimas linhas do discurso de Chui Sai On para ouvir falar sobre a re-forma política, mas o Executivo enfrentou a questão. Ao anun-ciar a possibilidade de alterar a metodologia para a composição da AL e para a escolha do Che-fe do Executivo, Chui Sai On levou os deputados a falar em “avanço”, mas não conseguiu surpreender, sobretudo aqueles que há muito consideram que

a população devia ter um peso mais forte na hora de escolher.

“A Lei Básica prevê que alguns princípios na eleição do Chefe do Executivo possam ser modificados desde 2009, mas o Governo evitava esta questão, desculpando-se com a falta de consenso social, mas para nós já há esse consenso”, frisou ao JTM Au Kam San. Para o tribuno, as palavras do Governo são sinó-nimo de “avanço”, mas Ho Ion Sang teme que o Executivo não consiga concluir os trabalhos antes das próximas eleições, tal como se comprometeu. “Embo-ra Chui Sai On tenha reagido em matéria de reforma política, não tem uma data definida para conseguir realizar a reformula-ção da composição da AL antes de 2013 e eleição do Chefe do Executivo em 2014”, salienta o representante dos “Kai Fong”.

Também Ng Kuok Cheong par-tilha as mesmas preocupações, salientando ainda que Chui Sai On está apenas a cumprir o que já antes tinha prometido.

Neste sentido, Kwan Tsiu Hang, que recebeu com agrado a possibilidade de haver uma reforma política, apela à acele-ração dos trabalhos para que se possam cumprir as metas ontem anunciadas. Alinhando com as expectativas da depu-tada eleita pelos Operários, Au Kam San parece crente que 2012 será um ano de “virtudes” para a política. “Vai começar com as consultas públicas. A primeira para saber se as pessoas querem modificar os princípios eleito-rais e a segunda para estudar as propostas e saber como é que poderá realizar essa altera-ção. Se os trabalhos avançarem com força, acho que vamos ter uma resposta nos primeiros seis meses do próximo ano”, prevê. “Será como aconteceu com o processo de atribuição de nome aos pandas, nem demorou mui-to”, ironizou. UMA NOVA AL? O analista po-

lítico Larry So também lança al-guns sorrisos quando fala sobre esta matéria e embora considere que desta vez o Chefe do Execu-tivo “foi um pouco mais especí-fico” ao pronunciar-se sobre a reforma política, na sua opinião não “deverá haver tempo para mudanças de fundo”, atenden-do aos prazos apertados.

Porém, os deputados en-caram a revisão dos diplomas relativos às questões eleito-rais como a possibilidade de aumentar os eleitos por via directa, mas as opiniões divi-dem-se quando aos assentos. Se Pereira Coutinho gostava de ver mais quatro deputados escolhidos pela população, Au Kam San para já fala em três. Contudo, ambos estão certos que não deveria haver qual-quer deputado nomeado ou eleito por via indirecta.

Já Leonel Alves acredita que devem ser criados mais lu-gares no âmbito da via indirec-ta para representar profissões como os arquitectos, engenhei-ros e da área da saúde. “Como deputado eleito por esse colé-

gio eleitoral [o sector profissio-nal] tentarei transmitir a quem de direito que os profissionais daqueles sectores deverão ter presença na AL”, sublinhou. Além de considerar ainda que ao nível das eleições indirectas, áreas como a cultura e educação deveriam “também ser privile-giadas”, o deputado defende que o número dos deputados nomeados não deve ser alte-rado, porque por exemplo nas três comissões especializadas da AL há apenas dois em cada uma e “têm vindo a contribuir de maneira positiva”.

No que diz respeito à es-colha do Chefe do Executivo, Pereira Coutinho sustenta que o colégio eleitoral devia ser com-posto por mil membros, e não por 300, para evitar “manipula-ções”. Au Kam San é ainda mais crítico e reitera que a escolha não deve ser feita “por um gru-pinho de pessoas”, que poderá sair beneficiado. Para o depu-tado, se a eleição não for aberta a toda a população estaremos a falar de “falsa democracia”.

F.a./ v.c.

cHUI SAI oN cRItIcADo PoR EScASSEZ DE mEDIDAS coNcREtAS

Mais dinheiro do que soluçõesEmbora Chui Sai On estenda a mão sobretudo às camadas mais desfavorecidas quando as dificuldades rebentam, durante as LAG não foi capaz de apresentar “soluções” efectivas para os problemas da população, consideraram vários deputados e um analista político

A repetição da palavra “continuida-de” começava a apagar a possi-bilidade de este ano Chui Sai On

trazer grandes surpresas à Assembleia Legislativa, e no final do seu discurso confirmou-se: “nada de novo”. A análise é feita por Larry So, convicto de que, “no geral, não há medidas que realmente nos possam surpreender”.

Não precisamos de esmiuçar o rela-tório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para encontrar um leque de subsí-dios, mas talvez seja necessária uma lupa para descobrir políticas concretas, obser-va ao JTM o analista político e professor de Administração Pública do Instituto Politécnico. Resumindo, Chui Sai On trouxe mais dinheiro do que “soluções” efectivas. “Focou-se nas pessoas mais desfavorecidas, mas as medidas não são muito diferentes das que traçou no ano passado. Recorreu ao dinheiro”, criti-cou Larry So, frisando que “são políticas orientadas pela economia”.

Na perspectiva do académico falta um plano a longo prazo, sobre as me-didas sociais, dando especial atenção aos jovens, em que possa ficar explícita

a acção do Governo. É de falta de estra-tégia que muitos deputados também se queixam.

Embora Leonel Alves considere que da primeira parte da intervenção do Chefe do Executivo resultaram “muitas políticas concretas de apoio às camadas mais carenciadas”, Au Kam San, Ho Ion Sang, Kwan Tsui Hang e Pereira Couti-nho apontam falhas no desenvolvimen-to das medidas sociais. “O Governo é capaz de prestar apoio quando é preci-so, mas nunca apontou soluções para os problemas, sobretudo no que diz respei-to à habitação e inflação. A única medida do Chefe do Executivo é dar dinheiro”, condena o deputado do Novo Macau. “Sobre a habitação pública não foi dito por exemplo que iriam ser reiniciadas as candidaturas às habitações públicas”, es-pecificou Au Kam San.

As dificuldades em conseguir uma casa preocupam também a deputada dos Operários. Kwan aplaude as isen-ções para os que esperam por fracções públicas, mas relembra que é “preciso

prestar atenção” às pessoas que não con-seguem integrar a lista de acesso às casas do Governo e ao mesmo tempo não têm condições para comprar uma habitação no mercado privado.

“As políticas sociais chegaram, mas não são suficientes, porque de facto o problema da habitação não está resolvi-do, deixa-se entrar fundos estrangeiros e do Interior da China para fazer a espe-culação selvática das casas e não se abre a inscrição para as casas sociais e eco-nómicas”, reprovou por sua vez Pereira Coutinho.

À semelhança do que acontece com as habitações, o combate à inflação peca por não ser estruturado. “As medidas es-tão concentradas em resolver os proble-mas a curto prazo”, considerou Ho Ion Sang. CLASSE MÉDIA “IGNORADA”. Para os Kai Fong e a Aliança de Povo da Insti-tuição de Macau a classe média também não saiu beneficiada. “Preocupa-me que o Governo se esqueça desta camada na formulação de medidas sociais. A classe

(...) “Focou-se nas pessoas mais desfavorecidas, mas as medidas não são muito diferentes das que traçou no ano passado. Recorreu ao dinheiro” (...) - Larry So

(...) “As medidas estão concentradas em resolver os problemas a curto prazo” (...) - Ho Ion Sang

FÁTIMa alMeIDavIvIaNa chaN

média não pode ser ignorada”, salien-ta Ho Ion Sang. Também o director da Aliança de Povo de Instituição de Macau diz não ter ouvido quase nada que dis-sesse respeito àquele estrato, mas vinca os dilemas que encara. “Actualmente o maior problema que a classe média en-frenta diz respeito à prestação dos servi-ços de saúde em Macau”, reiterou Chan Tak Seng, ao salientar que muitos têm de se deslocar a Hong Kong para consultas. Apesar de considerar que a compartici-pação pecuniária poderá ajudar no com-bate à inflação, continuam a faltar medi-das para ter uma cidade melhor, uma vez que muito pouco foi dito, por exemplo, sobre o planeamento urbanístico.

Por outro lado, prosseguem as preocupações com a sobrevivência das PME’s, ainda que o Executivo tenha avançado com montantes mais eleva-dos para apoiar aquelas empresas. “Vai continuar a ser difícil contratar locais”, enfatiza. Já para Chan Chak Mo, repre-sentante do sector empresarial na AL, o pacto de medidas do Governo foi “muito bom”.

Nas questões laborais, Kwan Tsui Hang está mais preocupada com a di-versificação dos postos de trabalho. “É preciso trabalhar para que as pessoas possam ter uma escolha mais ampla ao nível do emprego”, disse ao sublinhar que é importante “utilizar o erário pu-blico para promover a diversidade”. A deputada enfatizou ainda que a parti-lha dos “louros” não é suficiente face ao crescimento económico.

Gabriel Tong baixa o tom das críti-cas ao salientar que, embora não tenha havido surpresas, “há bons indícios”, e a prova é que o Executivo avançou com a reforma política.


ASSocIAÇÃo DoS DEFIcIENtES VAI PRomoVER PARADA NA ZoNA DA GUIA

Mostrar os direitos de quem é diferenteA pensar no Dia Internacional de Pessoas com Deficiência, que se comemora a 3 de Dezembro, a Associação de Apoio aos Deficientes de Macau vai promover uma parada na zona da Guia. O “Dia da Não Exclusão” vai servir para chamar a atenção dos cidadãos de Macau para os desafios diários de quem lida com as suas incapacidades físicas. Ao JTM, Ho Kuok Meng, representante daquela associação, confessou que o espaço actual é pequeno para todos os membros

Corria o ano de 1992 quando a Organização das Nações Uni-das (ONU) declarou que a data

de 3 de Dezembro seria lembrada como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A Convenção para os Direitos das Pessoas com Deficiência passou a ser seguida pelo Continente chinês e Macau em Outubro de 2008, e desde então muitas actividades têm sido realizadas no território.

No próximo dia 3 de Dezembro, a Associação de Apoio aos Deficien-tes de Macau irá realizar uma para-da para sensibilizar os cidadãos da RAEM sobre esta problemática. “As pessoas com deficiência têm direito à educação e de pertencerem à socie-dade e aderir às facilidades de deslo-cação. Vamos vestir os organizadores e participantes com as nossas t-shirts para promover esta actividade. E va-mos ter ainda outras lembranças que terão impressas os artigos da Conven-ção”, disse ao JTM Ho Kuok Meng, representante da associação.

Para Ho Kuok Meng, além da necessidade de chamar a atenção so-bre estas questões, fazem falta mais acessibilidades para quem lida dia-

riamente com uma incapacidade. “Ao nível do ambiente da sociedade, as facilidades para as pessoas com es-tes tipos de deficiências não são su-ficientes. Esperamos que o Governo possa fazer mais, talvez através da promoção de anúncios publicitários”, defendeu Ho Kuok Meng.

Com 500 membros, esta associa-ção ajuda, sobretudo, pessoas que fi-caram incapacitadas por acidente ou doença. “Estamos a falar de pessoas que subitamente se viram confron-tadas com uma deficiência motora. Alguns têm problemas psicológicos e de stress, e na verdade depois de te-rem entrado para a associação provi-denciámos alguma ajuda psicológica, algum aconselhamento, por forma a ajudá-los a sair dessa situação. Tam-bém encorajamos a que façam parte de actividades sociais, como viagens, por exemplo”, explicou Ho Kuok Meng.NECESSIDADE DE MAIS ESPAÇO. A trabalhar em conjunto com 18 orga-nizações não-governamentais de Ma-cau, a associação reconhece que lhe falta “flexibilidade” para desenvol-ver todas as actividades que gostaria. Com um subsídio governamental de seis mil patacas, sendo que três mil patacas pertencem ao arrendamen-to do centro, ficando o restante para os projectos. Uma das reivindicações da instituição é a disponibilização de um centro maior, tendo o respectivo sido feito ao Executivo há um ano. “Quando organizamos algumas ac-tividades no centro, só conseguimos ter na sala 60 ou 70 pessoas. Por isso, nem todos os membros podem rece-ber este tipo de benefícios. Se fosse possível gostaríamos de ter um cen-tro maior para eles, de forma a que os benefícios das nossas actividades pudessem ser transmitidos a todos os membros. Mas é difícil que possamos vir a ter um espaço maior”, lamentou Ho Kuok Meng.

a.S.S.

local

Edital

Edital n.º: 179/E/2011Processo n.º: 22/dC/2011/Fassunto: início do procedimento de audiência pela ocupação ilegal do terrenolocal: terreno situado junto ao prédio da

Rua dois dos Jardins de Cheoc Van n.ºs 507 - 509 na ilha de Coloane (demarcado a tracejado na planta em anexo)

Jaime Roberto Carion, director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber por este meio aos ocupantes ilegais desconhecidos do terreno indicado em epígrafe, o seguinte:1. A DSSOPT, no exercício dos poderes de fiscalização conferidos pela alínea b) do n.º 3 do

artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 29/97/M, de 7 de Julho, verificou que no terreno acima indicado foi executada uma construção ilegal composta por cobertura em betão armado e paredes em alvenaria de tijolo, sem que tenha sido emitida pela DSSOPT a respectiva licença de obra, e sem que tenha sido atribuída aos ocupantes licença de ocupação temporária nos termos dos artigos 69.º a 75.º da Lei n.º 6/80/M, de 5 de Julho (Lei de Terras). Por isso, foi instaurado o procedimento administrativo n.º 22/DC/2011/F, de desocupação e restituição do terreno à posse da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

2. De acordo com a certidão da Conservatória do Registo Predial (CRP), de 08/06/2011, sobre o terreno acima indicado não se encontra registado a favor de particular (pessoa singular ou pessoa colectiva), direito de propriedade ou qualquer outro direito real, nomeadamente concessão, por aforamento ou por arrendamento, pelo que o mesmo considera-se propriedade do Estado, nos termos do artigo 7.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

3. Com efeito, a ocupação de propriedade do Estado por ocupantes que não disponham de contrato de concessão ou licença de ocupação temporária prevista na Lei de Terras que autorize a sua posse determina que o mesmo (terreno) seja entregue, livre e desocupado, ao Governo da RAEM, órgão responsável pela gestão, uso e desenvolvimento dos solos e recursos naturais, nos termos do artigo 7.º da Lei Básica da RAEM, cabendo ao Chefe do Executivo, por maioria de razão, praticar o respectivo acto, ordem de desocupação e restituição do terreno, ao abrigo do disposto na alínea o) do artigo 41.º e do artigo 174.º da Lei de Terras.

4. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 191.º da Lei n.º 6/80/M ( Lei de Terras ), de 5 de Julho, quem a ocupar por dolo ou má fé, terreno vago do Território, é sancionável com multa de $5 00,00 a $ 5 000,00 patacas.

5. Considerando a matéria referida nos pontos 3 e 4 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto dos artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro.

6. O processo pode ser consultado durante as horas normais de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.ºs 32-36, Edifício CEM, 2.º andar, Macau (telefones n.ºs 85977154 e 85977227).

RAEM, aos 11 de Novembro de 2011.

O Director dos Serviços Jaime Roberto Carion

direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e transportes

Processo nº: 22/DC/2011/FLocal: Terreno situado junto ao prédio da

Rua Dois dos Jardins de Cheoc Van n.ºs 507 - 509 na ilha de Coloane (demarcado a tracejado na planta em anexo).

Planta em anexo :


local CARNE DE PORCO CHINESA MAIS BARATA. o preço da carne de porco importada do interior da china vai baixar a partir da próxima segunda-feira. este é o primeiro corte nos preços, depois de cinco subidas consecutivas do valor de importação daquele produto.

GASÓLEO MAIS CARO. o preço do gasóleo em macau registou uma subida de 0,16 patacas na segunda-feira. com esta revisão em alta, cada litro de gasóleo passou a custar 12,93 patacas.

SItUAÇÃo DEVERÁ mANtER-SE APENAS No PRImEIRo SEmEStRE LEctIVo

IPoR aluga salas de aula à EPMEnquanto não se chega a uma decisão final sobre uma possível utilização do espaço no Consulado de Portugal, o IPOR está a alugar duas salas à EPM para duas turmas, nove horas por semana. Esta solução deverá manter-se de forma provisória durante o primeiro semestre lectivo e foi a forma encontrada para lidar com o pouco espaço que o IPOR tem para responder ao aumento de alunos, segundo explicou ao JTM o director da instituição, Rui Rocha

No ano lectivo de 2000/2001, os cursos de Português ministra-

dos pelo Instituto Português do Oriente (IPOR) eram frequenta-dos por cerca de 600 estudantes. Hoje, o panorama é bem dife-rente. Neste ano lectivo, a insti-tuição recebeu 3.700 inscrições. “Tivemos 1.150 alunos no curso geral, mais 777 do que no ano passado, e de 42 turmas passá-mos para 51”, salientou ao JTM o director do IPOR, Rui Rocha. Nesse contexto, as instalações da instituição na Rua Pedro Nolasco da Silva tornaram-se insuficientes, como noticiou re-centemente o JTM.

Como solução de emergên-cia, foi pedido apoio à Escola Portuguesa de Macau (EPM), o qual foi dado através do pa-gamento das salas utilizadas. A cedência de espaço foi solicita-da através do aluguer de salas ou de forma gratuita. “Acabou por ser feita através de aluguer. Neste momento, estamos a alu-gar salas por 245 patacas por hora, para duas turmas, nove horas por semana. A partir das 17 horas, a maior parte das sa-

las da EPM estão disponíveis”, explicou Rui Rocha.

Numa altura em que o IPOR se encontra numa “fase preparatória” de análise do or-çamento para o próximo ano, esta situação não se apresenta como sendo a mais ideal para as contas da instituição. “Vamos tentar arranjar uma solução que nos seja mais favorável do pon-to de vista financeiro”, adiantou o mesmo responsável.

Para já, a cedência das salas de aula da EPM deverá aconte-cer apenas durante este primei-ro semestre lectivo. “Queremos uma situação mais favorável e até pode ser que a encontremos não muito longe do IPOR”, afir-mou Rui Rocha. POSSÍVEIS OBRAS NO CON-SULADO. A utilização das salas do Consulado de Portugal é uma possibilidade, mas por enquanto a longo prazo. “Estamos no fim do ano, é uma questão que o se-nhor cônsul terá de ver. Terá de ser tratada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portu-gal, na perspectiva de se fazerem obras no Consulado para acolher uma ou duas turmas”, salientou

Rui Rocha. O ideal era o IPOR “não ter a necessidade de recor-rer a salas externas”.

Além disso, o Consulado apresenta-se como um impor-tante ponto de encontro de po-tenciais formandos. “Todos os dias vão cerca de 300 pessoas ao Consulado, tanto portugueses como chineses, e esses cidadãos têm de estar permanentemente sob a nossa atenção”, frisou o director do IPOR.

Para já, a tendência para o próximo ano deverá ser a con-tinuação de 51 turmas. “Estou convencido que o número de alunos vai, pelo menos, man-ter-se. Se vai subir ou não é uma questão que depende de muitos factores”, disse o mes-mo responsável, acrescentando que as campanhas de promo-ção que foram efectuadas atraí-ram muitas pessoas.

O director do IPOR acredi-ta na necessidade de um “em-penhamento mútuo” na hora de realizar actividades que pro-movam a Língua de Camões. A próxima começa hoje e dura até ao dia 25 de Novembro. Trata-se do “Ciclo de Cinema Sara-

mago”, que vai contar com a colaboração do IPOR, Livraria Portuguesa, Casa de Portugal em Macau e a Fundação Orien-

te. A Fundação Macau também apoia a iniciativa que terá como palco a Casa Garden.

a.S.S.

tEStES VÃo INcIAR-SE Em ABRIL E mAIo DE 2012

alunos e professores testados para o PISaOs responsáveis governamentais pela educação em Macau não querem que o território fique mal posicionado a nível internacional. Por isso, os professores terão acções de formação e os alunos vão começar a ser preparados

Os estudantes do ensino secundá-rio de Macau, e que tenham 15 anos, vão começar a ser prepara-

dos nas escolas para obterem o melhor resultado possível no Programa Inter-nacional de Avaliação de Alunos (PISA) – lançado pela Organização para o De-senvolvimento e Cooperação Económi-ca (OCDE) - que vai ser realizado entre Abril e Maio de 2012 e que incluirá uma parte escrita e outra digital.

E com vista a testar a viabilidade da introdução global de testes digitais no PISA 2015, no próximo ano alunos de algumas das escolas do território vão começar a ser treinados neste campo tendo de fazer um teste com recurso aos computadores.

Tendo em conta os resultados do PISA 2009, o Governo quer desenvolver competências de reflexão e de avaliação e por isso vai dar primazia à área da leitura. Mas não vão ser apenas os estudantes que vão ter de se esforçar mais. Em comunica-do, a Direcção dos Serviços de Educação

e Juventude assegura que, para aumentar a “competência dos docentes no ensino da leitura, na avaliação e na elaboração de perguntas das provas”, será realizada “uma série de acções de formação”.

No próximo ano, o estudo do PISA 2012 vai dar maior relevo à literacia em Matemática, tendo como domínios se-cundários a literacia científica e a leitura. Anteontem, arrancaram oficialmente os preparativos para as provas de 2012. A directora dos Serviços de Educação e Ju-ventude, Leong Lai, apresentou o “Plano do teste da literacia em Matemática”, sa-lientando que os resultados do PISA são

importantes uma vez que “servem como referência para a definição das políticas educativas”.INFORMATIZAÇÃO DOS TESTES. Os testes do PISA desenvolvem-se rumo à informatização total, utilizando uma fórmula informática para criar uma pla-taforma interactiva na rede, de modo a medir a competência dos alunos na apli-cação das tecnologias da informação.

Assim, para além dos testes escri-tos regulares, o PISA introduziu, desde 2009, o teste digital sobre a leitura, com o objectivo de avaliar o desempenho dos alunos na leitura na rede. Nos testes for-

mais do PISA 2012, a realizar no próximo ano os alunos vão utilizar o computador para um teste com duração de 40 minu-tos para a resolução de problemas, Mate-mática e leitura digital.

Face a este novo panorama, a di-rectora dos Serviços de Educação ape-lou às escolas para “prepararem bem os alunos”, reforçando não só “as com-petências de compreensão e leitura, de reflexão e de avaliação”, mas também, o fortalecimento das “competências da utilização da tecnologia de informação”.

O reforço da educação deve con-tinuar a passar, segundo foi afirmado, pela criação de condições favoráveis ao aumento da qualidade pedagógica das escolas e dos docentes, como a promoção do ensino em turmas reduzidas, a optimi-zação do rácio professor/turma e a inclu-são de docentes do Interior da China.

E com a próxima implementação do Quadro Geral do Pessoal Docente das Escolas Particulares do Ensino Não Su-perior, o número dos tempos lectivos dos docentes vai diminuir, pelo que é preten-dido que os professores tenham mais tempo para atender os alunos com capa-cidades de aprendizagem diferentes.

O professor Cheung Kwok Cheung lembrou ainda os resultados no PISA 2009 apresentados no ano passado. “Não foi muito bom o desempenho dos alunos de 15 anos de Macau na leitura digital no PISA 2009”, criticou.

Estudo do PISA 2012 vai dar maior relevo à literacia em Matemática,tendo como domínios secundários a literacia científica e a leitura

Rui Rocha reconhece que o recurso a salas da EPM não é a solução ideal

localRESERvAS CAMBIAIS SOBEM 45%. as reservas cambiais de macau aumentaram 44,7% para 253,4 mil milhões de patacas no final de outubro, face ao período homólogo de 2010, revelam estimativas preliminares da autoridade monetária. face aos dados rectificados de Setembro de 2011, registou-se uma subida de 2,7%.

INFECÇÃO ATINGE LAR DE IDOSOS. Pelo menos sete idosos e cinco trabalhadores foram afectados por um caso de infecção colectiva do tracto respiratório registado no lar de cuidados especiais da obra das mães. Segundo os Serviços de Saúde, não se verificou qualquer caso grave.


BrevesA EXPEctAtIVA DoS PILotoS LocAIS

Todos querem brilhar no circuito da GuiaCada um dos pilotos locais tem as suas metas e possibilidades, mas todos sonham em fazer uma grande corrida no Circuito da Guia. Em vésperas das primeiras acelerações, Rodolfo Ávila e João Fernandes criticam a alteração das regras de atribuição de apoios para a próxima época

Rodolfo Ávila terminou a Taça Porsche Carrera Ásia apenas a um ponto do vencedor, Keita Sawa, e

prepara-se para estrear o mais recente modelo da marca germânica. A dois dias do início dos treinos, a expectativa do pi-loto local é grande. “Trata-se de um GT3 R com versão 2012, que ainda não correu em nenhum lado do mundo. Mas tem mostrado [em testes] que é um bom car-ro, por isso viemos a Macau preparados de melhor forma do que nos anos ante-riores. Este carro tem mudanças atrás do volante, que são mais fáceis para correr em Macau”, disse ontem, durante o jan-tar que habitualmente reúne os pilotos locais participantes no Grande Prémio.

O piloto aponta como objectivo classificar-se nos primeiros cinco lu-gares, mas promete fazer uma corrida cautelosa. Ávila queixa-se da alteração das regras de atribuição de apoios a pi-lotos locais, que levam a que quem não termine a sua prova no GPM possa ficar excluído de apoios. “Tenho que ter em mente que mudaram os critérios para os subsídios para o ano. A prioridade é che-gar ao fim da corrida, porque preciso dos apoios para o ano e de receber a bandeira de xadrez no GPM para os obter (...) Em Macau, agora, temos que acabar a corri-

da para receber o apoio do Governo. Por isso, talvez tenha que andar um bocadi-nho mais devagar para poder continuar a correr para o ano”.

Ávila considera que a Taça GT, onde vai participar, tem vindo a melhorar de ano para ano e sublinha a previsível es-pectacularidade da corrida que se dis-putará na manhã de domingo. “Temos Porsches, Ferraris, Lamborghinis, temos também o novo McLaren e Ginetas, o que demonstra que, nesta região, há um interesse cada vez maior pelo desporto em termos de GT’s e Macau é sempre aquela corrida espectacular, a que toda a gente quer vir”, afirma.

No ano passado, Jerónimo Badara-co terminou em segundo lugar no Troféu Hotel Fortuna/Interport Hong Kong Macau. Para esta edição, o macaense de-cidiu dar um passo em frente, alinhando na CTM Macau Touring Car Cup, onde

o panorama é mais competitivo. A mu-dança aconteceu para poder experimen-tar um carro “mais potente e com mais modificações” e também para “competir com melhores pilotos”. Avaliando o ní-vel geral dos pilotos de Macau, Badara-co pensa que estes têm mais experiência do que outrora e apresentam melhores prestações, “também devido ao subsídio do Governo, que permite que os pilotos façam mais corridas no exterior”.

O vencedor do Interport Hong Kong-Macau de 2010, Álvaro Mourato, escolheu manter-se na mesma categoria, onde corre para ganhar e também “para bater o recorde da pista”, que já lhe per-tence, baixando a fasquia em, pelo me-nos, um segundo. O optimismo advém de ter escolhido “uma das melhores equipas do Japão” para a preparação do carro. Esta época, Mourato alinhou no Macau Touring Car Series (onde venceu

paulo barboSa

três das quatro provas) e também no Asia Touring Car Championship e no Hong Kong Touring Car Championship.

Participante no GPM desde 2000, João Fernandes reiterou as críticas à organização. O piloto português diz-se “triste” por não poder alinhar com uma moto mais competitiva, dada a inexis-tência de apoio para trazer motos do ex-terior. “Quanto aos outros pilotos, a or-ganização paga tudo, paga a deslocação da moto, dos mecânicos e as estadias. Aos pilotos de Macau, pelo menos aos das motos, não é assim. É-me comple-tamente impossível pagar 38 mil pata-cas, que foi o que me pediram só para fazer o transporte da moto, excluindo o aluguer e mecânicos e etc. Infelizmente, tenho que trazer a moto com que corri no campeonato asiático, que é de 2007 e está completamente desactualizada, se compararmos com as que estão no GPM”, aponta. Neste contexto, Fernan-des refere que o seu objectivo passa pela qualificação.

O motociclista considera ainda que os critérios de atribuição dos apoios aos pilotos para a próxima época são im-próprios. “Numa corrida de desporto motorizado há muitos factores que não dependem de nós. Acho que não faz sentido sermos penalizados para o ano seguinte e não podermos receber qual-quer apoio financeiro por não terminar uma corrida (...) Isso vai ser um proble-ma para os pilotos locais, há muitos que querem arrancar das boxes porque têm medo da primeira volta. Imaginem que há um piloto que tem a ‘pole position’ e que esteve a fazer um trabalho muito bom durante os treinos e qualificação e que leva um toque na primeira volta no Hotel Lisboa. Acabou, e no ano seguinte não recebe apoio financeiro. Qual é a ló-gica disto? Nenhuma”, defendeu.

Rodolfo ÁvilaJerónimo Badaraco

1ª Vez

Autos de Interdição nº CV3-11-0158-CPE 3° Juízo Cível

Requerente: O MInIstéRIO PúblICO, JuntO dO t.J.b. da R.A.E.M.Requerido: lAO WAI tOu.

FAZ-sE sAbER que, foi distribuída neste Tribunal, em 15 de Setembro de 2011, uma Acção de Interdição, com o número acima indicado, em que é Requerido lAO WAI tOu, solteiro, titular do BIR nº 5188670(3), nascido a 13/02/1990, residente na Estrada D. Maria II, 15, Edfício Kam Ieong Fa Un, 12º A, em Macau, para efeitos de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

RAEM, 03 de Novembro de 2011.

O Juiz de Direito,a) Rui Carlos Pereira RibeiroO Escrivão Judicial Principal,

a) Acácio Coelho

“JTM” - 16 de Novembro de 2011

tRIbunAl JudICIAl dE bAsE JuíZO CíVEl

AnúnCIO Aviso

Avisam-se todos os titulares de licenças de uso e porte de arma de defesa e de competição, de que nos termos do Artº. 30º. do R.A.M., aprovado pelo Decreto-Lei nº. 77/99/M de 8 de Novembro, devem, a partir do dia 21 de Novembro até 31 de Dezembro de 2011, tratar da renovação das mesmas, junto da Secção de Armas e Munições da CPSP, fazendo-se acompanhar da respectiva arma de defesa, licença, livrete de manifesto, bem como 2 (duas) fotos recentes nitidas a cores de 1,5” e fotocópia do BIRM. Mais se avisam de que, nos termos do Artº. 34º. do referido diploma legal, é obrigatório o depósito das armas de competição à guarda da CPSP, e o pagamento da taxa de armazenamento.

RAEM, 12 de Outubro de 2011

O Comandante,Lei Siu Peng

Superintendente Geral

Gabinete para o desenvolvimento do sector Energético

Anúncio“Projecto de teste da tecnologia de Conservação Energética de sistemas de Elevação”

Concurso Público

1. Entidade que põe a obra a Concurso: Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético.2. Modalidade de Concurso: Concurso Público.3. local de instalação: Rua do Campo, nº 162, Edifício Administração Pública.4. Objecto da Empreitada: concepção, fornecimento, instalação e teste de um sistema de elevação no edifício da Administração Pública.5. Prazo Máximo de Entrega: o prazo máximo de entrega é de 300 (trezentos) dias, incluindo concepção, fornecimento, instalação e teste.6. Prazo de Validade das Propostas: o Prazo de Validade das Propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. data e hora de visita: 25 de 11 de 2011 (sexta-feira), pelas 10:00 horas.8. local de encontro para a visita ao local a que se destina a prestação de serviços: Rua do Campo, nº 162, Edifício Administração Pública.9. tipo de Empreitada: a empreitada é por Preço Global.10. Caução Provisória: $80.000,00 (oitenta mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro ou garantia bancária nos termos legais.11. Caução Definitiva: 10% do preço total da adjudicação.12. Preço base: não há.13. Condições de Admissão: serão admitidos como Concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do Concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.14. local, dia e hora limite para entrega das Propostas:

Local: Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, sita na Alameda Dr. Carlos D’ Assumpção Nº. 398, Edifício CNAC, 7.º Andar, Macau.Dia e hora limite: 17:45 horas do dia 5 de Janeiro de 2012 (quinta-feira).

15. local, dia e hora do Acto Público: Local: Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, sita na Alameda Dr. Carlos D’ Assumpção Nº. 398, Edifício CNAC, 7.º Andar, Macau.Dia e hora: 6 de Janeiro de 2012 (sexta-feira), pelas 10:00 horas.Os Concorrentes ou seus representantes deverão estar pre-sentes no Acto Público de Abertura das Propostas para os efeitos previstos no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, para esclarecer eventuais dúvidas relativas aos documen-tos apresentados ao concurso.Os representantes legais dos Concorrentes poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, o procurador apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso.

16. local, data, hora e preço para obtenção da cópia e exame do Processo:

Local: Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, sita na Alameda Dr. Carlos D’ Assumpção Nº. 398, Edifício CNAC, 7.º Andar, Macau.Data: Desde o dia da publicação do anúncio até ao dia 6 de Janeiro de 2012.Hora: Horário de expediente Poderão ser solicitadas no GDSE cópias do Processo de Concurso mediante o pagamento de $ 500,00 (quinhentas patacas) por exemplar, e, o valor recebido é revertido a favor da RAEM.

17. Critérios de Avaliação das Propostas e respectivas proporções:

Critérios de Avaliação Proporção-Preço razoável 50%-Desempenho energético 12%-Experiência em trabalhos semelhantes 10%-Qualidade do material, capacidades técnicas e segurança 10%-Projecto de concepção 4%-Projecto de instalação 4%-Prazo de entrega, razoável 4%-O próprio Concorrente ou os sócios actuais/antigos e os membros actuais/antigos da administração quando o Concorrente é uma companhia, não tenham sido sentenciados pelo tribunal por implicação em acto de corrupção activa ou passiva no exercício de funções, nos últimos cinco anos. 3%-O Concorrente não tenha sido sentenciado pelo tribunal ou órgão administrativo de ter empregado trabalhadores ilegais, contratado trabalhadores para o exercício de funções fora da Empreitada, ou não autorizados, nos últimos cinco anos. 3%

A Entidade que preside ao Concurso fará a selecção de entre os Concorrentes, com base na informação incluída nas Propostas, segundo os critérios e factores de ponderação acima enunciados para adjudicação.18. Junção de Esclarecimentos:Os Concorrentes poderão comparecer na sede do GDSE, sita na Alameda Dr. Carlos D’ Assumpção, n. º 398, Edifício CNAC, 7.º andar, a partir de 5 de Dezembro de 2011 e até à data limite para a entrega das Propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, aos 16 de Novembro de 2011.

O Coordenador do GDSE,Arnaldo Santos


localEXPEctAtIVAS DE cHEoNG U PARA GRANDE PRÉmIo

“Elevar nome de Macau em todo o mundo”Numa cerimónia religiosa que pretende atrair a boa sorte para a 58.ª edição do GPM, Cheong U fez votos para que a prova promova a imagem de Macau em todo o mundo. Costa Antunes disse que “mais de 90 por cento dos bilhetes serão certamente vendidos” para o último e decisivo dia de provas

Cheong U esteve ontem no “pa-ddock” do Circuito da Guia, numa cerimónia que marcou o

arranque da 58.ª edição do Grande Pré-mio de Macau (GPM). O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura resumiu, falando em português, as suas expectati-vas relativamente a esta edição da prova: “Espero que corra tudo com sucesso e que a prova sirva para elevar o nome de Macau em todo o mundo”.

O governante juntou-se aos mem-bros da comissão organizadora para re-alizar o “Pai San”, um ritual de queima de incenso e oferenda de comida às di-vindades, que é considerado auspicioso na cultura chinesa. No fim da cerimónia religiosa, Cheung U afirmou que “não é fácil organizar um evento da envergadu-ra do GPM todos os anos, que cada vez mais está a aumentar o renome interna-cional de Macau”. “Para além do Jogo, o GPM constitui um evento de grande im-portância para Macau e é uma marca do

território. Com esta cerimónia religiosa tradicional, esperamos pedir para que o evento corra com sucesso e com toda a estabilidade e segurança”, afirmou.

Cheong U apelou à “participa-ção e compreensão dos residentes”, lembrando que “para além de servir a população local, as corridas são trans-mitidas em várias cadeias televisivas internacionais, portanto, constituem um evento que não é só destinado à população da região, mas tem uma au-diência mundial”. O governante desta-cou ainda “o empenho do pessoal res-ponsável pela organização do evento, que é uma equipa unida e empenhada para que todos os pormenores e prepa-rativos decorram da melhor forma”.

Em termos de tráfego, Cheong U referiu que “é sempre feita uma ten-tativa de melhorar as condições de trânsito, para que as corridas afectem a população o mínimo possível”. Tal é feito através de medidas como a “colo-cação de portões e da abertura das ruas o mais rápido possível, no final de cada dia de corridas”.INSPECÇÕES DA FIA HOJE DE MA-NHÃ. No “paddock” do Grande Prémio de Macau várias equipas empenhavam-se ontem no trabalho de montagem dos carros e organização das peças a colocar nas “boxes”. Ao início da tarde, João Costa Antunes fez um ponto de situa-ção dos preparativos para a prova. “Es-tamos numa fase de conclusão. O GPM

é instalado num circuito urbano, sendo necessário fazer a verificação da sua li-cença desportiva. Amanhã [hoje], pela manhã, estando já presentes em Macau os delegados de segurança da Federação Internacional Automóvel (FIA), eles vão connosco fazer a última inspecção de todas as instalações. Pensamos que ama-nhã, por esta hora, tenhamos já confir-mada a licença desportiva para todos os treinos necessários poderem começar na quinta-feira”, declarou o Coordenador da Comissão Organizadora do GPM. As inspecções dos delegados de segurança da FIA terão que ser repetidas todas as manhãs, dado que o circuito urbano é re-aberto ao trânsito.

Costa Antunes afirmou que “mais de 90 por cento dos bilhetes serão cer-tamente vendidos para o próximo do-mingo”, embora o objectivo anunciado pela Comissão Organizadora do GPM seja “vender todos os bilhetes”. O res-ponsável explicou que as clareiras veri-ficadas nas bancadas em edições ante-riores da prova se deve ao facto de “o programa do GPM se estender por vá-rios dias, tendo ao longo dos dias, vá-rias corridas e apoiantes de certas cor-ridas”. Por isso, “há pessoas que vêm assistir a um determinado número de corridas e depois não se mantêm ao longo do dia para outras corridas, por-tanto, há, por vezes, a aparência de que as bancadas não estão cheias, quando estão vendidas”, justificou.

Os carros e motas começam a rodar amanhã no Circuito da Guia.

paulo barboSa

(...) “Para além do Jogo, o GPM constitui um evento de grande importância para Macau e é uma marca do território” (...) - Cheong U

(...) “Estamos numa fase de conclusão. O GPM é instalado num circuito urbano, sendo necessário fazer a verificação da sua licença desportiva” (...) - João Costa Antunes

Foi ontem apresentada a “Double R Racing Team”, que vai correr com as cores da Galaxy no Grande Prémio de Macau (GPM). Numa demonstração que aconteceu na entrada do “resort” da operadora de Jogo no COTAI, o piloto Marko Asmer executou alguns piões com o monolugar da equipa onde correrá também Valtteri Bottas, recém-coroado com o título do campeonato de GP3 e um dos principais candidatos à vitória no Circuito da Guia. Já não é a primeira vez que a Galaxy patrocina a “Double R Racing Team”. O mesmo havia acontecido em 2007, quando o carro de Bruno Senna (actual pilo-to de Fórmula 1) alinhou pintado com as cores da operadora. “Esta parceria permitiu-nos trazer dois dos jovens pilotos mais entusiasmantes do mundo para a cidade, e estamos ansiosos para ver o seu talento neste circuito altamente técnico”, disse Raymond Yap, vice-presidente da Galaxy para o desenvolvimento no mercado internacional. Também ontem, foram apresentados os capacetes dos pilotos Jeremy Toye e Gary Johnson, onde surge o logotipo da “City of Dreams”. O americano e o britânico vão alinhar na corrida de motos. A Sociedade de Jogos de Macau, patrocinador oficial da 58.ª edição do GPM, convidou 22 dos pilotos da corrida de Fórmula 3 a confraternizarem com o público, nos casinos Grand Lisboa e Oceanus. Durante as visitas, que aconteceram durante a tarde, os corredores participaram em jogos com o público e distribuíram alguns prémios. Até dia 20, a empresa está a promover um concurso para eleger a “SJM Grand Prix Racing Girl”. O prémio para o vencedor deste concurso é um BMW Z4.

Piloto Marko Asmer “testou” bólide apoiado pela Galaxy

22 pilotos da Fórmula 3 visitaram casinos da SJMCity of Dreams preferiu as duas rodas, apostando nos pilotos Jeremy Toye e Gary Johnson

operadoras de Jogo apostam no GpM


local AUTOMÓvEL DANIFICADO. o automóvel de um residente foi danificado na segunda-feira, sofrendo prejuízos que deverão rondar entre as 30 e as 40 mil patacas. o incidente ocorreu numa área de estacionamento situada na rua de Paris.

SESTA CUSTOU CARO. uma mulher ficou sem 14 mil dólares de Hong Kong e 12 mil renminbis após ter adormecido num sofá na sala viP do casino Galaxy. as autoridades ainda não conseguiram encontrar qualquer suspeito do furto.

Burlas com fichas falsificadas “rendem” mais de meio milhãoUm homem de 43 anos ficou em prisão preventiva por ser suspeito de, com a ajuda de cúmplices, trocar dinheiro por fichas falsas em casinos locais. No total, terá estado envolvido em burlas no valor de 510 mil dólares de Hong Kong, atra-vés da utilização de 51 fichas falsificadas. De acordo com o Ministério Público, o indivíduo, de apelido Cheong, residente no Interior da China, é suspeito da prá-tica de pelo menos duas burlas, a 1 de Outubro, quando trocou dez fichas fal-sas por 100 mil dólares de Hong Kong, num casino local, e a 5 de Novembro, altura em que foi detido pelas autorida-des policiais. No primeiro caso, recebeu como compensação mil dólares de Hong Kong. Segundo um comunicado divul-gado pelo Ministério Público, há vídeos que provam os crimes. O delegado do Procurador titular do processo, depois de analisar o caso e as provas obtidas, con-siderou haver fortes indícios do crime de burla. Promoveu, deste modo, a aplica-ção da prisão preventiva como medida de coacção. Aguarda agora julgamento no Estabelecimento Prisional de Macau. O caso foi devolvido à polícia para mais investigação.

cASo ENVoLVE PELo mENoS 16 mULHERES E DoIS INtERmEDIÁRIoS

Panfletos “revelaram” rede de prostituiçãoA polícia desmantelou parte de uma rede de prostituição ao deter um homem e uma mulher que têm alegadamente vindo a actuar como intermediários entre clientes e 16 mulheres

A operação surgiu como forma de reestruturar o combate à prostitui-

ção no território através de um reforço de patrulhas que se dedicam em especial a esta actividade.

Desta forma, na segun-da-feira, pelas 15 horas, uma equipa de agentes detectou um indivíduo que distribuía panfletos na Rua de Pequim. Após ter sido revistado, as autoridades encontraram dois telemóveis cujos nú-meros eram os mesmos que apareciam nos folhetos, le-vantando a suspeita de que o homem seria mais do que um mero distribuidor de fo-lhetos.

Foi levado para a es-quadra para ser interrogado

SUSPEIto tEm APENAS 16 ANoS

Roubou moto de políciapara “dar umas voltas”Um jovem de apenas 16 anos de idade furtou uma moto mas acabou por ser detido pouco tempo depois, já que o dono, um polícia que se encontrava na altura fora de serviço, acabou por descobrir o suspeito nas redondezas enquanto dava umas voltas

Alegadamente com a ajuda de um homem, um jovem decidiu rou-bar uma moto para “dar umas

voltas”, mas não podia ter escolhido um alvo pior já que o proprietário do veículo é um agente policial.

O caso ocorreu no sábado, por vol-ta das 7 horas da manhã, numa altura em que o polícia deu por falta do veícu-lo quando ia a sair de casa, localizada na Estrada Governador Albano de Oliveira, na Taipa. Decidiu dar uma volta pelas re-dondezas à procura e acabou por dar com um jovem a conduzi-la. De pronto, gritou para ele parar, afirmando que era polícia, e o suspeito acabou por ser detido.

Segundo terá contado às autorida-des, o jovem, de apenas 16 anos de ida-de, terá sido persuadido por um amigo, mais velho, a levar o veículo, que tinha sido furtado com o auxílio de uma “cha-ve-mestra”. FURTOS CAUSAM DANOS ELEVA-DOS. Vários casos de furto foram denun-ciados pelas autoridades nos últimos dias,

alguns deles causando prejuízos avulta-dos para as vítimas. Na segunda-feira, a meio da tarde, um residente de Macau foi alvo de furto na zona das Portas do Cerco, tendo sido levada a carteira da sua mala onde estavam 100 mil dólares de Hong Kong e ainda 12 mil renminbis.

Noutro caso, também na segunda-feira, foram furtadas de um terreno de construção na estrada de Nossa Senhora de Ka Ho, em Coloane, nove pilhas uti-lizadas habitualmente em máquinas de construção civil. As pilhas estão avalia-das em cerca de 25 mil dólares de Hong Kong. No mesmo dia, pelas 17 horas, foi roubada a mala de uma mulher na zona do Largo do Senado. No seu interior es-tava uma corrente de ouro e ainda alguns

anéis. O furto terá causado um prejuízo total superior a 30 mil patacas.

Noutro caso revelado pelas autori-dades, uma sexagenária foi assaltada por um homem nas escadas do edifício onde vive, na Calçada de S.Januário, tendo sido roubada uma corrente de ouro ava-liada em 10.500 patacas.

Por outro lado, ontem de manhã, o centro de controlo operacional da Polícia Judiciária recebeu uma chamada de uma mulher que tinha sido também assalta-da, no Pátio Tomás Pires, tendo a vítima sido lesada num colar avaliado em cerca de 20 mil patacas. O suspeito terá à volta de 30 anos de idade e 1,80 metros de altu-ra, acrescentaram as autoridades.

p.a.S.

e terá confessado que fazia a distribuição de panfletos desde o dia 8 de Novembro, e quando recebia uma cha-mada contactava uma das 16 mulheres, todas do Continen-te chinês com idades compre-endidas entre os 20 e os 30 anos, que posteriormente se dirigiam ao local combina-do com o cliente. Por cada “serviço” recebiam entre 600 e 1.000 patacas, enquanto que o detido, igualmente da China Continental que agia como intermediário, recebia entre 100 e 200 patacas por cada encontro.

As autoridades conse-

guiram apanhar, umas horas mais tarde, outra suspeita que estaria envolvida no mesmo caso, na Rua Cidade de Sin-tra. Trata-se de uma mulher também do Continente chinês que alegadamente tinha sido contratada pelo suspeito pre-viamente detido para o ajudar na distribuição dos panfletos, recebendo mil patacas por dois dias de trabalho.

A polícia acredita que a rede tem vindo a operar des-te Setembro. A investigação continua a decorrer, estando as autoridades à procura de mais suspeitos envolvidos no caso.

“Ketamina” estava no recibouma operação “stop”, efectuada na avenida Dr. rodrigo rodrigues, levou as autoridades a mandarem parar um veículo ligeiro onde estavam dois indivíduos, tendo os mesmos sido inquiridos devido à sua conduta suspeita. os agentes acabaram por encontrar no bolso do condutor, dentro de um recibo, 0.95 gramas de um pó branco que análises posteriores indicaram tratar-se de “ketamina”. o suspeito terá confessado a aquisição da droga no início do mês num bar de “karaoke”, em Zhuhai, a troco de 200 renminbis. as análises efectuadas revelaram que os dois indivíduos, “croupiers” de profissão, tinham consumido a droga.

Polícia apreendeu inúmeros panfletos,bem como telemóveis, dinheiros e blocos de notas


localMELCO CROWN SOLIDÁRIA. um grupo de 23 funcionários da melco crown promoveu um passeio solidário de bicicleta na província chinesa de Hainão. No total, foram angariadas 300 mil patacas, que vão servir para ajudar os alunos mais desfavorecidos de uma escola, através de uma bolsa de estudos.

MUDANÇAS DE TRÂNSITO JUNTO AO HOSPITAL. Durante o Grande Prémio de macau, o trânsito junto ao centro Hospitalar conde S. Januário vai sofrer alterações. Será vedado o percurso entre a urgência e o edifício das consultas externas, e as ambulâncias terão de mudar o percurso. Será ainda proibido o acesso à torre de refrigeração na direcção das consultas externas.

voX populI

ANTÓNIO BERNARDO (Turista português)

-Há quanto tempo é que está de visita a Macau?

-Há cerca de uma semana. Estou em via-gem pelo resto da China também. Viemos por Pequim, Xangai, Hong Kong e Macau. É uma região simpática, com muito movi-mento, mas fala-se pouco português...Tive uma certa dificuldade em contactar com as pessoas, pois estava à espera que houvesse maior adesão à língua portuguesa. O mesmo em inglês.

-O que é que lhe despertou mais aten-ção até ao momento?

-Estive no Museu de Macau, e embora não seja um museu fora de série achei muito interessante e bem organizado. Nota-se uma certa apetência na manutenção da parte his-tórica de Macau. Acho que a cidade também é mais ou menos limpa.

-Há também uma parte mais moderna, composta por casinos. O que acha desta in-dústria?

-É um problema. Por um lado, é uma parte turística e económica que dá muita en-trada de capitais. Mas, por outro lado, con-tribui também para uma certa degradação dos costumes. As pessoas acabam por ficar ligadas ao vício do jogo e querem resolver os seus problemas, pensando que o casino os resolve, quando não deve ser assim.

-Acha que poderia ser feito algo mais para preservar a cultura portuguesa em Macau?

-Falta um empenhamento mais sério do Governo português. Estou convencido que os interesses culturais não foram minimamente salvaguardados. Deveria assegurar que a lín-gua portuguesa tivesse uma maior divulga-ção, através da manutenção de institutos, de livrarias, pois só há esta (Livraria Portugue-sa). E mesmo esta não tem as partes mais con-temporâneas dos nossos escritores. A divul-gação deveria ser mais qualitativa, e deveria haver também um maior intercâmbio.

a.S.S.

“Estava à espera que houvesse mais adesão à língua portuguesa”

INDIcAm DADoS DE SEtEmBRo

Excursões de Singapura quase duplicaramA maior parte dos turistas que chega a Macau através de viagens organizadas pelas agências é proveniente da China Continental. As visitas destes turistas subiram cerca de 60% em Setembro. Já as excursões provenientes do Japão caíram mais de 30%. Por outro lado, o número de residentes em Macau que viajou através de agências desceu 25%

As viagens turísticas organizadas por agên-cias de viagens vindas de Singapura foram as que mais cresceram em Setembro deste

ano, em relação ao mês homólogo: mais de 90%, para um total de cerca de 8.500 visitantes.

Na globalidade, segundo os dados avançados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) chegaram a Macau 597.903 excur-sionistas, um aumento de 60,6% em relação ao mes-mo mês de 2010.

Os excursionistas vindos da China Continen-tal continuam a constituir a maioria dos visitantes. Em Setembro foram mais de 422 mil, uma subida de quase 90% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os visitantes da Coreia do Sul também aumentaram 78,7%, para 26.206, assim como os de Taiwan (subida de 54,7% para 45.138) e os de Hong Kong (aumento de 38,7% para 32.106).

Em sentido inverso, registou-se uma descida de 31,7% dos excursionistas vindos do Japão (para um total de 19.085), da Malásia (menos 27,6% para 7.545) e Tailândia (menos 12,1% para 6.093 visitan-tes). SAÍDAS DE MACAU DIMINUEM. No mês de re-ferência, 15.031 residentes de Macau viajaram para o exterior em excursão, um número que representa uma descida de 25,2%, em termos anuais. As prin-cipais preferências destes turistas foram a China

Continental (76,3% do total), a Tailândia (5,4%) e a República da Coreia (5,1%).

Já os dados referentes aos três primeiros tri-mestres de 2011 mostram que 176.666 residentes viajaram para o exterior em excursão, o que repre-senta uma descida de 5,4%, relativamente ao idên-tico período de 2010.

Por outro lado, 60.979 residentes de Macau viajaram individualmente para o exterior e recorre-ram a serviços prestados pelas agências de viagem, tendo aumentado substancialmente 35,9%, face ao mesmo período de 2010. Os destinos preferidos por estes turistas foram a China Continental (54,3% do total), Hong Kong (16,3%) e Taiwan (13,7%).

No cômputo geral dos três primeiros trimes-tres deste ano 463.205 residentes deslocaram-se ao exterior desta forma, o que significa um aumento 27,8%, em relação ao período homólogo de 2010.

HÓSPEDES SUBIRAm 19% Em SEtEmBRo

Hotéis com procura crescente

Os hotéis e pensões de Ma-cau não se podem queixar: entre Setembro de 2010 e o

mesmo mês deste ano o número de hóspedes cresceu 19,1%, para um total de 701.708. A oferta também foi superior à do ano passado, com uma subida de 12,9% dos quartos disponíveis, para um total de 22.407 e que resulta de um crescimento de 2561 quartos.

Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Cen-sos ontem divulgados, 63,8% dos quartos diziam respeito a hotéis de cinco estrelas (um total de 14.295). Apenas 570 quartos são oferecidos por pensões.

Os principais mercados da in-dústria hoteleira de Macau foram a China Continental, com 54,1% do total, e Hong Kong, com 19%. Os hóspedes permaneceram em mé-dia 1,5 noites, o que equivale a uma descida de 0,04 noites, face aos da-dos de Setembro de 2010.

No mês em análise, a taxa de ocupação média dos hotéis e das pensões foi de 79,7%, o que repre-senta uma dilatação de 5,6%, em termos anuais. A taxa de ocupação

média dos hotéis atingiu 80,2%, em Setembro, designadamente a das unidades de quatro estrelas (que se situou nos 85,3%).

Já os dados referentes aos três primeiros trimestres deste ano in-dicam que ficaram alojados em Macau 6.297.229 hóspedes, tanto em hotéis como pensões, o que re-presenta uma subida homóloga de 9,7%. A taxa de ocupação média destes estabelecimentos alcançou os 83,2%, ampliando-se 4,5%.

O número de hóspedes dos ho-téis e das pensões nos três primei-ros trimestres de 2011 representou 61,5% do total de turistas, uma per-centagem superior à registada no mesmo período de 2010 (60,5%).

Quanto à ocupação por tipo de unidade, a maior parte, quase 377 mil, preferiu hospedar-se nos hotéis de cinco estrelas, seguidos dos de quatro estrelas (mais de 188 mil). As pensões, por sua vez, foram escolhi-das por cerca de 11 mil pessoas.

A oferta hoteleira é superior à do ano passado, com a existência de mais 2561 quartos. Os dados oficiais divulgados ontem também mostram que, em média, os hóspedes ficam 1,5 noites e que a China continental equivale a mais de metade do mercado


localPATRIMÓNIO DE MACAU MOSTRADO EM CONSTÂNCIA. a casa-memória de camões, em constância, vai acolher entre 19 de Novembro e 18 de Dezembro uma exposição fotográfica sobre o centro Histórico de macau. a iniciativa resulta de uma parceria entre o centro de Promoção e informação turística de macau em Portugal, a câmara de constância e a comunidade intermunicipal do médio tejo.

ARTISTAS DA RAEM EM SINGAPURA. o grupo “art for all Society” vai levar trabalhos de seis artistas de macau à segunda “feira de arte acessível”, que vai decorrer em Singapura no próximo fim-de-semana. este evento resulta de um projecto mundial levado a cabo pela revista “time out” de londres, que mostra o trabalho desenvolvido por jovens artistas de várias cidades.

Nos vídeos não há voz, apenas uma música e imagens ora fortes ora doces e misteriosas para descrever uma história de amor e relatar como o mundo da droga pode quebrar uma vida. Os alunos da Escola Portuguesa de Macau enviaram as películas para o concurso “Cineastas Digitais”, organizado em Portugal, e foram distinguidos. Em conversa com o JTM, os dois grupos premiados revelam como construíram “L.O.V.E” e “Ser Livre”

Duas telas distintas, mas ambas parte de um mundo que tam-bém gira em Macau. Se Sid-

ney Monteiro, Tiago Terra e Tomás Mota transformaram na tela o Amor, sentimento que muitas vezes parece apagar-se no desenvolvimento repen-tino de uma cidade pequena, Marta Herédia, Francisca Sassetti e Roberto Kan “narraram” os contrastes da nova geração para mostrar como o negro da droga pode acabar com as cores de tan-tos sorrisos já conquistados. Com dois vídeos que mexem no quotidiano das pessoas, os alunos da Escola Portugue-sa de Macau (EPM) impressionaram o júri do Concurso “Cineastas Digitais”, organizado em Portugal pelo Centro de Competência TIC “Entre Mar e Ser-ra”. A EPM foi a primeira escola portu-guesa no estrangeiro a participar nesta iniciativa e na sua estreia arrecadou duas distinções na categoria de vídeo-narrativa.

O primeiro prémio naquela ver-tente foi conquistado por uma estabe-lecimento de ensino de Portugal, con-cretamente de Vila Real, mas as duas menções honrosas, que poderão ser equivalentes ao segundo e terceiro lu-gares, foram atribuídas a dois grupos de alunos da EPM, que no ano lectivo anterior desenvolveram este projecto no âmbito da cadeira de Informática, depois de o professor Pedro Lobo ter tomado conhecimento do concurso e realizado a inscrição da EPM. Parecia difícil porque nunca antes uma insti-tuição de matriz portuguesa no estran-geiro tinha tentado participar no even-to, mas os obstáculos foram superados e Macau chegou mais longe.OS CONTRASTES DA LIBERDADE. Em conversa com o JTM, os alunos da EPM distinguidos no âmbito desta ini-ciativa, que contou com 26 trabalhos da escola, descreveram a experiência de construir histórias capazes de ven-cer lá fora.

“Achámos que droga era um bom tema para representar a sociedade de hoje. Muitas vezes, os jovens são das camadas mais influenciadas por tudo o que os rodeia, por isso pretendemos mostrar o efeito que as drogas têm na sua vida. Queríamos que todas as pes-soas soubessem o quanto é bom apro-veitar a vida”, descreveu Marta Heré-dia, que com Roberto Kan e Francisca Sassetti conquistou uma das distinções.

“Ser livre” não é apenas uma li-ção, ou um apelo para que os jovens não consumam drogas, é o contraste duro entre as duas faces daquele mun-do, um espelho de rostos felizes que os dias enegrecem, à medida que o peso do consumo lhes vai destruindo a vida. Sem voz, a narrativa constrói-se de imagens fortes e efeitos que eviden-ciam o confronto de duas realidades.

Como explica Roberto Kan, no ví-deo o grupo utilizou duas personagens para mostrar como a vida de ambas no passado era muito boa e de repente

tudo se destruiu em segundos, quando se enrolam no mundo da droga, cain-do pouco a pouco. As técnicas usadas ajudaram a gerar esse impacto. “O que fizemos foi criar um contraste entre o passado e o presente com flashbacks para mostrar o que a droga pode levar a fazer, levar a outro tipo de vida...”, acrescenta por sua vez Marta Herédia.

O poder da imagem, das expres-sões, dos pormenores, como um telefo-ne a baloiçar no vazio, são o motor da narrativa até que uma folha arrastada pelo vento na areia mostra definitiva-

mente: “Não deixes que a vida passe por ti. Vive-a”. O AMOR EM MACAU. Em “L.O.V.E.”, Sidney Monteiro, Tiago Terra e Tomás Rosa dividiram o ecrã enquanto dois corações, separados por três andares, se aproximam sem saber. “Num dos quadrados do ecrã vemos um rapaz a colocar várias notas à volta da cidade e no outro vemos, um pouco depois no tempo, a rapariga a recolhê-las. Entre-tanto ela vai descobrir que as notas têm um significado, e percebe que se as jun-tar dizem “Docas 18h30”, que é o local e a hora do encontro”, começa por con-tar Tiago Terra.

Até chegar a esta parte do enredo que conduzirá a um abraço, a narrati-va é conduzida por efeitos que geram o mistério e deixam o espectador a tentar desenhar por si um fio que o conduza. “Achámos que esta técnica era interessante porque o espectador, para compreender a história, tinha de estar sempre com atenção. No início vendo só uma rapariga a recolher um ‘D’ da rua não lhe faria muito senti-do, por isso iria querer saber o que é acontece em seguida”, complemen-tam Tiago Terra e Sidney Monteiro que com Tomás Mota conquistaram o outro prémio.

A película tem outros momentos de suspense, sobretudo quando ve-mos uma rapariga a correr para trás. O espectador só percebe o seu destino quando o conto se aproxima do abraço final. Ainda que digam ser uma “his-tória simples”, o trabalho em torno da temática do amor desvenda um lado de Macau que muitas vezes se perde no emaranhado da cidade.

“Quando o professor nos falou do tema foram-nos dadas várias opções, mas optámos por escolher fazer sobre este tema, porque vivemos em Macau que é uma cidade em desenvolvimen-to e vemos coisas extraordinárias, mas raramente paramos para pensar nas coisas que realmente importam. Então decidimos falar no amor em si, porque, por vezes, parece que passa despercebi-do”, explicou Tiago Terra, acrescentan-do que também não é um tema muito debatido na escola”, e então “tornou-se interessante” desenvolvê-lo.

A EPM participou em duas cate-gorias, sendo que os alunos do 8º ano elaboraram vídeos que até três minu-tos traçavam o quotidiano da escola e os alunos do 11º ano tinham o desafio de escolher um tema para integrar a vertente de vídeos-narrativas. Como descreveu a página electrónica da ini-ciativa, apoiada pelo Ministério da Educação, a EPM “teve uma ampla participação” no “Cineastas Digitais”.

O mentor desta ideia foi o profes-sor Pedro Lobo, que como já antes ti-nha avançado ao JTM, espera que este seja o primeiro passo para que outras escolas de matriz portuguesa no es-trangeiro possam vir a participar e que a partir daí nasça a oportunidade de dotar eventos como este com um ca-rácter lusófono. Macau já deixou a sua marca.

VÍDEoS “RELAtAm” HIStÓRIA DE AmoR E o mUNDo DA DRoGA

“cineastas” da EPM premiados em Portugal

FÁTIMa alMeIDa

ver vídeos na edição online do jtm www.jtm.com.mo

Marta Herédia e Roberto Kan

Sidney Monteiro e Tiago Terra


acTUal

ASEAN

cimeira comsegurança reforçadaMais de 15 mil militares e polícias foram destacados para Bali, o mais famoso destino turístico da Indonésia, para garantir a segurança da 19ª Cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático e 6ª Cimeira da Ásia Oriental

Entre quinta-feira e sábado, 16 che-fes de Estado e de Governo dos Estados-membros da ASEAN e

de países parceiros daquela organiza-ção estarão presentes em Bali, como o Presidente do Estados Unidos, Barack Obama. “Trata-se da imagem da Indo-nésia. E vamos fazê-lo com seriedade e profissionalismo em conformidade com os procedimentos vigentes”, afirmou o comandante do Comando Militar Udayana, major-general Leonard Louk.

Além dos 15 mil militares e polícias mobilizados, F16 vão acompanhar até ao aeroporto os aviões que transportam os chefes de Estado e de Governo.

Cinco navios de guerra e três equi-pas do comando indonésio de força anfíbia da Marinha foram destacados para vigiar as águas da ilha e proteger os quatro portos marítimos com o ob-jectivo de evitar que terroristas entrem na ilha.

A zona de Nusa Dua onde se vão realizar as cimeiras está a ser patrulha-da por polícias, militares e cães e entre o aeroporto e aquela península foram instalados vários postos policiais para controlar o trânsito. Todos os carros que entrem nos hotéis instalados na-quela zona têm de ser verificados.

A Bali já chegaram também dois aviões da força aérea norte-americana com logística e a segurança pessoal de Barack Obama, que deverá chegar hoje a Bali.

Além de Barack Obama, vão estar presentes em Bali a Primeira-Ministra australiana, Julia Gillard, o Primeiro-Ministro da China, Wen Jiabao, o Pri-meiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh, o Primeiro-Ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e o Presidente da Co-reia do Sul, Lee Myung-Bak.

Os Estados-membros da ASEAN são a Indonésia, que assume a presi-dência da organização, Tailândia, Sin-gapura, Brunei, Camboja, Vietname, Laos, Malásia, Filipinas e Birmânia. Timor-Leste e Papua Nova Guiné são membros observadores.

A ASEAN tem como principais objectivos promover o crescimento económico, o progresso social, o desen-volvimento dos seus Estados-membros e a promoção da paz naquela região.

O presidente venezuelano Hugo Chávez alertou para o risco de uma “guerra nuclear” no Médio-Oriente com consequências planetárias, em consequência das tensões entre o Irão e os países ocidentais sobre o

dossier nuclear. “Neste momento, existe uma ameaça de guerra nuclear” que “poderá ser o fim do mundo”, afirmou Chavez, aliado do Irão. Para o chefe de Estado da Venezuela, “os primeiros culpados (deste risco) são o governo dos Estados Unidos e os seus aliados, incluindo Israel, que possuem bombas atómicas”. Os americanos e europeus exerceram pressões sobre o Irão desde a publicação, na semana passada, do relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que apresentou indícios fortes de que o Irão estaria a trabalhar no desenvolvimento da bomba atómica. O Irão rejeitou entretanto as acusações da AIEA. Na segunda-feira, a União Europeia declarou estar pronta a reforçar as sanções contra o Irão, mas os países europeus divergem sobre a forma de retaliação. No domingo, no final da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), o presidente americano Barack Obama disse que a comunidade internacional está unida face ao programa nuclear do Irão.

mÉDIo oRIENtE

chávez alertapara “guerra nuclear”

Comissão do Grande Prémio de Macau

Horário de encerramento das barreiras do Grande Prémio

O 58º Grande Prémio de Macau realiza-se entre os dias 17 e 20 do corrente mês. Este evento dedicado ao desporto motorizado atrai anualmente milhares de visitantes, sendo particularmente importante para promover e desenvolver a indústria do turismo local, bem como para elevar a imagem de Macau como cidade internacional. Em grande parte, o sucesso do Grande Prémio deve-se ao apoio e colaboração da população de Macau.

Para minimizar os inconvenientes ao trânsito devido ao encerramento de algumas vias, a organização aumentou este ano o número de portões ao longo do circuito, para um total de 99. Contudo, devido a certos constrangimentos, algumas vias vão manter-se encerradas durante todo o evento. A Comissão do Grande Prémio solicita a melhor compreensão dos condutores e apela à atenção ao horário de encerramento das barreiras, bem como ao respeito pela sinalização provisória e às instruções da Brigada de Trânsito.

17 de novembro de 2011 (Quarta-feira)

Arruamentos

Est. de CacilhasAv. de Lopo

Sarmento de Carvalho

Av. Ramal dos Mouros

local

Entrada da garagem do Baguio Court e Cheng Pak Kok

Porta principal de Restaurante 456

Junto à Edf. Industrial Cheong Long (escapatória)

Acesso

Acesso fechado

Hora

00:00

03:00

Horário e locais de fecho dos portões de barreiras metálicas entre os dias 17 e 20 de novembro: 1. Os portões de barreiras metálicas colocados nos acessos a todos os

edifícios residenciais, hotéis ou outras entidades serão encerrados a partir das 00h00, permanecendo fechados até ao final das corridas de cada dia.

2. Os portões de barreiras metálicas colocados nos acessos a vias públicas

serão encerrados a partir das 03h00, permanecendo fechados até ao final das corridas de cada dia.

A Comissão do Grande Prémio solicita a todos os condutores a melhor compreensão por eventuais transtornos causados, bem como o respeito pela sinalização provisória instalada e pelas instruções da Brigada de Trânsito. Para informações, é favor de ligar para o número de telefone: 28-728482


acTUalDEz MORTOS EM DESMORONAMENTO DE CASA EM HUNAN. Dez pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas na sequência do desmoronamento de uma casa na província de Hunan, informou a xinhua que dianta que se desconhecem as causas.

cHINA

Riscos nos créditos dos bancosO Fundo Monetário Internacional considera que os bancos da China enfrentam riscos crescentes por causa do “boom” do crédito e exortou Pequim a reduzir o seu papel governamental nas decisões ao nível da concessão de empréstimos

Num relatório divulgado ontem sobre a segunda maior economia do mun-

do, o Fundo Monetário Interna-cional (FMI) aponta advertências por parte de analistas do sector que consideram que os bancos da China enfrentam um possível aumento do crédito mal parado e outros problemas, após uma onda de empréstimos ter ajuda-do à rápida recuperação da crise económica mundial, que estalou no final de 2008.

O FMI cita os possíveis ris-cos de uma queda na subida dos preços do imobiliário, bem como

um crescimento do crédito mal parado devido à concessão de empréstimos relacionados com a crise e crescentes desequilíbrios numa economia que depende, em forte medida, das exportações e do investimento.

Neste sentido, o FMI exortou Pequim a avançar em direcção a taxas de juro em vez de fornecer ordens directas para regular os empréstimos.

Na perspectiva dos espe-cialistas do organismo, o risco sistémico está a crescer e será necessária uma supervisão mais atenta nos próximos anos. Além da questão da regulação, o FMI apelou a reformas em mais três áreas: clarificação do papel do Estado na banca - neste momen-to, o Governo continua a dirigir uma parte do sistema financeiro -maior liberalização da conta de capital e da taxa de câmbio e a criação de um mecanismo de re-solução de crises bancárias “bem desenvolvido”.

“O sistema financeiro chinês é saudável, mas há elementos de

vulnerabilidade que têm de ser abordados pelo Governo. A ex-periência do FMI com outros pa-íses demonstra que, quanto mais rápido isto for feito, melhor”, disse Jonathan Fiechter, director do departamento monetário e de mercados de capitais.

O FMI realizou testes de “stress” que mostram, ao contrá-rio do que o Governo de Pequim tinha concluído, que um choque transversal a toda a banca pode-rá ter um impacto substancial na solidez do sistema financeiro.

O Presidente da República disse esperar que Portugal esteja a crescer em 2013, no final do período de execução do acordo de assistência financeira, sublinhando que tem de estar “optimista”

Espero que no fim da execução do acordo de assistência financeira, e se se concretizarem as previsões feitas, que Portugal esteja a cres-

cer em 2013 e esteja com um grau de competitivida-de muito mais forte do que aquilo que tem agora”, afirmou o chefe de Estado, quando questionado se vê algum fim para a crise que Portugal atravessa.

Sublinhando que tem de estar optimista, Ca-vaco Silva nunca apontou uma data para o fim da crise, mas notou que é importante esperar para ver o que vai acontecer na Europa na sequência das mudanças políticas que estão a ocorrer em Itália e na Grécia.

Por outro lado, continuou o chefe de Estado, Portugal não depende apenas do trabalho que está a fazer, mas também daquilo que os outros fazem, nomeadamente das instituições europeias e dos países que são os grandes clientes portugueses.

“É obvio que seria muito positivo que existisse na Europa uma verdadeira agenda de crescimento económico e que aqueles países como a Alemanha e outros que têm superavite das suas contas exter-nas decidissem avançar com políticas claramente expansionistas”, acrescentou Cavaco Silva, que falava aos jornalistas num hotel, em San José, na Califórnia.

Interrogado se considera “arriscado” os políti-cos estarem a falar do fim da crise ou do início do final da crise, Cavaco Silva não respondeu, prefe-rindo falar acerca da mudança de atitude dos Esta-dos Unidos em relação à Europa.

Reportando-se a conversas que foi tendo ao

longo da última semana, durante a visita de reali-zou a três cidades norte-americanas - Nova Iorque, Washington e San José - o Presidente da República disse que agora a crise europeia está no “top das preocupações da comunicação social, mas também de governantes, de agentes políticos com relevân-cia neste país”.

“Considero que isso é positivo, porque é o re-conhecimento da interdependência das economias e que os sistemas financeiros estão integrados (...) e há o reconhecimento de que aquilo que se passa hoje na Europa pode ter um efeito significativo no crescimento económico norte-americano no próxi-mo ano”, salientou, considerando que “é algo sig-nificativo que a Europa seja vista como algo que conta”.

Na segunda-feira de manhã, durante a discus-são na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2012, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira afirmou que o próximo ano “irá mar-car o fim da crise” e permitirá a Portugal retomar o crescimento da economia. Mais tarde, o ministro disse que 2012 assinalará o início do fim da crise.

VoLtA AomUND

Cheias ainda preocupam Banguecoque a primeira-ministra tailandesa avisou ontem que determinados bairros de banguecoque podiam ainda estar inundados no ano novo, enquanto a situação melhora de dia para dia noutras zonas da capital. a água entrou há várias semanas nos bairros do norte, do leste e do oeste da cidade de 12 milhões de habi-tantes. apesar do nível das águas ter começa-do a baixar em determinados bairros, outros continuam submersos por água enegrecida por dejectos químicos e orgânicos de todo o tipo. “Pessoalmente, gostaria de ver as pes-soas felizes com o ano novo, mas não estou confiante no que respeita às zonas do oeste onde é muito difícil retirar a água”, declarou Yingluck Shinawatra, à imprensa.

BMW retira 3.200 carros da Chinaa multinacional alemã bmW vai retirar do mer-cado chinês 3.198 veículos a partir do dia 21 de Novembro para reparar falhas detectadas nos sistemas electrónicos de vários modelos fabricados entre 2007 e 2011, anunciou o diário “Shanghai Daily”. trata-se de 2.862 unidades das séries 5, x5, x6 e 7, fabricadas entre No-vembro de 2007 e fevereiro de 2011, e de 336 do modelo rolls-royce Ghost rr04 produzi-das entre maio de 2009 e março de 2011, uma vez que a bmW detém também a antiga marca britânica.

Ai Weiwei avisado pelo fisco chinêso artista chinês ai Weiwei, acusado de evasão fiscal, disse que foi avisado pelas autoridades fiscais chinesas de que teria de cumprir o pra-zo de quarta-feira para pagar a caução, caso contrário o caso seria entregue à polícia. as autoridades chinesas impuseram a entrega de uma caução de 8 milhões de yuan para a revisão administrativa do processo. ai Weiwei tinha anunciado ter recebido 8,69 milhões de yuan dos seus apoiantes mas o seu advogado, Pu Zhigiang, disse que “o fisco chinês recusa aceitar a entrega da caução”.

Seul oferece vacinas a crianças do Nortea coreia do Sul vai fornecer vacinas contra a hepatite b para mais de um milhão de crian-ças norte-coreanas, medida que é vista como um contributo para aliviar a tensão entre Seul e Pyongyang, informou a agência sul-coreana Yonhap. o anúncio chega uma semana depois da coreia do Sul ter autorizado a utilização de um fundo no valor de 6,94 milhões de dólares de assistência médica à coreia do Norte retido na omS.

Portugal precisa de desvalorização de 22%a economia portuguesa precisa, para se tor-nar mais competitiva e travar o aumento do seu endividamento face ao exterior, de re-alizar uma desvalorização real de 22%, cal-cula um estudo publicado ontem pelo think tank norte-americano Peterson institute for international economics. uma desvalorização real desta ordem de grandeza e feita de forma rápida só pode, para uma economia como a portuguesa, que não tem o controlo autóno-mo da sua política cambial, acontecer por via de uma redução dos custos laborais, ou seja, com cortes salariais reais e outra medidas que conduzam ao mesmo tipo de resultado para as empresas. No estudo é afirmado que Por-tugal decidiu aplicar uma medida deste tipo, uma informação errada, certamente baseada no primeiro acordo firmado por Portugal com a troika. esta medida foi substituída em Por-tugal por um aumento do horário de trabalho em meia hora.

PoRtUGAL

cavaco esperacrescimento em 2013

“

(...) “só faltam para aí uns 20 mil edifícios de todas as idades e tamanhos com obras ilegais, para além de perigosíssimas, há várias gerações. já não falando nos monstruosos e edifícios, eternamente inacabados, num dos espaços mais nobres de macau, junto aos ainda chamados lagos nam van” (...)

Hélder Fernando in “Hoje Macau”

dit

o oPINIão


In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

16/11/1991

Há 20 anos

rocHa vieira marcaPontos em PeQUimDe Pequim, onde foi acompanhar a visita do Governador de Macau, Pedro Correia diz-nos ter razões para crer que Rocha Vieira conseguiu fazer passar os principais “recados” que queria deixar aos responsáveis chineses, nomeadamente a conveniência do texto da Lei Básica se distanciar mais da que vigorará em Hong Kong, acolhendo mais aspectos resultantes da especificidade do território. Apesar de assentar no signo da tranquilidade, dada a inexistência de contenciosos visíveis entre Macau e Pequim, a visita acabou por ter mais “molho” político do que seria de esperar, apesar de naturalmente não haver referências públicas ao que foi debatido entre Rocha Vieira e os seus diversos interlocutores. Significativo, também, o facto do Governador não só ter retribuído o jantar que lhe foi oferecido, como o de o ter convidado para visitar Macau no próximo ano, marcando assim uma certa distância, especialmente necessária depois de na visita de Carlos Melancia se ter afirmado que o Governador de Macau passaria a ir à capital chinesa todos os anos, um pouco como se ali fosse receber orientações.

zooM SoBRE MacaU luís machado*

“À beira –mar plantado”[email protected]

Chegámos a Portugal, como sempre, com as emo-ções e sensações fortes do reencontro, dos nossos

queridos Pais e familiares, dos amigos e de todos com que os nossos destinos se iriam cruzar ao longo de quase um mês, passado sem humidade, nem notícias de lucros recordes de receitas, mas sempre à espera do sol radiante (que por vezes faltou!) e da óptima gas-tronomia, atlântica e mediterrânica, que sempre nos surpreende, cada vez que nos sentamos à mesa, para degustar os petiscos deste país, dito em crise! Crise que poderá ser do foro económico e financeiro, ou de-vido a erros acumulados do passado, de má gestão, de políticos sem escrúpulos e corruptos e por razões de diversa ordem, inclusive importadas, mas a verda-de é que as ultrapassamos (ou não serão assim, ainda visíveis a olho nú, para já) ou nem damos por nada, estamos de férias é bom realçar esta nossa situação.

Outrora chamavam-se a estes períodos longos de férias de “Licença Graciosa” – cerca de 6 meses de 4 em 4 anos para os funcionários da Administração Pú-blica de Macau, desde que houvesse verba para tal. Aos seis meses tinham que se descontar, quatro para a viagem de ida e volta, nos lentos vapores marítimos que faziam a ligação da Cidade do Santo Nome de Deus com a então capital do Império Lusitano – Lis-boa.

Isto passou-se até meados dos anos 60 do século XX.

A situação mudou muito de figura com o termi-nus da dita Licença Graciosa, passando esta a chamar-se de Especial e como a viagem se fizesse de avião num só dia, o governo da Secretária-Adjunta, A. que não deixou lá muito boas recordações, encurtou este período para um mês de férias e para ser gozado de três em três anos, tendo este direito sido retirado aos vindouros funcionários públicos admitidos posterior-mente aos anos 90!

O que vos posso dizer, é que de facto mais de três semanas fora do nosso ”lar doce lar”, começamos a

sentir e a ter saudades de tudo, inclusivamente da hu-midade relativa do ar a rondar os 90%. Esta sem mar-gem para dúvidas uma das características mais fortes do macaense!

A outra é, como já referi numa das minhas cró-nicas sobre este tema, ir á Cova da Iria – em Fátima, rezar na capelinha das aparições e pedir à nossa Pa-droeira dos Macaenses, pelo menos uma vez por ano, que nos proteja sempre!

Esta é a semana do maior cartaz turístico da RAEM e como não podia deixar de ser vem-nos sem-pre á memória recordações dos tempos em que estas provas tinham ainda um cariz muito amador e de “ca-rolas” à frente da organização, mas com um espírito muito profissional e sempre ávidos por aprender e colmatar erros anteriores. Tempos em que as barreiras metálicas não existiam, e as pontes eram precárias e construídas com bambus assim como os separadores da estrada e dos passeios! As velocidades máximas, nesses gloriosos dias, não seriam muito superiores aos 100Kms, nos primeiros Grande Prémios de Ma-cau, entenda-se!

Tudo isto e muito mais recordações se poderão ter com uma visita ao magnífico Museu do Grande Pré-mio, que aconselhamos a todos uma visita pausada. São mais de 57 anos de história muito bem retratada e com os bólides em exposição que nos causam sem-pre arrepios, ao pensar nas curvas do Lisboa, da Me-lco, dos “esses” da solidão e do Mandarim, por onde já passaram os melhores da classe, ou seja da actual Fórmula I, na altura aspirantes apenas a corredores famosos do automobilismo mundial!

Eis mais um motivo a juntar aos anteriores, que me fazem regressar rápidamente à minha terra natal, quase que directamente para o interior do circuito da Guia, para não perder mais um GP ao vivo!

Até já e um adeus a Portugal!

* Escreve neste espaço às quartas-feiras.

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Concurso Público nº 39/P/2011

Faz-se público que, por despacho do Exmo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 28 de Outubro de 2011, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento e Instalação de Um Espectrofotómetro de Absorção Atómica aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 16 de Novembro de 2011, todos os dias úteis, das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato, sita na Cave 1 do Centro Hospitalar Conde de S. Januário, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento do custo das respectivas fotocópias ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

Os concorrentes deverão comparecer na Cave 1 da Divisão de Aprovisionamento e Economato situada no Centro Hospitalar Conde de São Januário no dia 21 de Novembro de 2011 às 10:00 horas para visita às instalações a remodelar a que se destina o objecto deste concurso.

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17:45 horas do dia 12 de Dezembro de 2011.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 13 de Dezembro de 2011, pelas 10:00 horas, na sala do «Museu» situada no r/c do Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto ao C.H.C.S.J.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $17 200,00 (dezassete mil e duzentas patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 9 de Novembro de 2011.

O Director dos Serviços, Lei Chin Ion


oPINIão(...) “Agora é um festival de carros, carrinhos e carros de luxo. Há todos os “topíssimos” e só “tops” a começar pelos Rolls - já vi um cor-de-rosa e outro laranja! Só faltam os Aston Martin, um dos meus preferidos” (...) - Luiz Oliveira Dias

(...) “Claro que um grande político, um fabuloso governante, pode, em tese, sem consequências graves, tratar a gramática ao pontapé. O pior não é eles falarem mal, é eles parecerem não saber o que estão a dizer” (...) - Pedro Tadeu

Rolls Royces e outros carritos

Quando cheguei a Macau - e não foi há 200 anos - “topíssimos”

de gama havia dois: o Rolls Royce do Dr. Stanley Ho, muito bonito, de mo-delo antigo, e o sumptuoso Daimler Sovereign em que o Dr. Ma Man Kei ia às cerimónias oficiais. Depois, já só “tops”, havia dois Jaguares (um da Engª Susana Chou e outro do Dr. Al-fredo Ritchie), os Mercedes dos mem-bros do Governo e mais uma dúzia deles “tipo pato bravo”, alguns BMW e um ou outro Volvo. O resto, tudo ja-poneses, como ainda hoje.

Agora é um festival de carros, carrinhos e carros de luxo. Há todos os “topíssimos” e só “tops” a começar pe-los Rolls - já vi um cor-de-rosa e outro laranja! Só faltam os Aston Martin, um dos meus preferidos. Se calhar estão à minha espera que, por algum tempo não vou poder guiar.

Há uns dois meses, numa entre-vista em que, com a modéstia habitu-al, Carlos Monjardino falava de si, co-mentando a sua antiga amizade com Stanley Ho dizia que, entre as várias coisas que tinham em comum, estava o “gostarem ambos de Rolls Royce”. E quem não gosta?

Curiosamente, os três primeiros a chegar a Portugal foram comprados por um tio-bisavô meu que, além de conde e Par do Reino, era muito rico;

mais do que ele só minha tia, sua mulher - cortiça no Alentejo… Comprou-os por-que o seu médico lhe tinha aconselhado uma temporada de termas em Vichy. Tempos depois, saiu da sua Quinta de Lagar d’El Rei (hoje, a Prisão Escola de Leiria) um pequeno cortejo de Rolls Roy-ce, a caminho de França: no da frente os senhores, no do meio o médico e, no ter-ceiro, o mordomo de meu tio e a criada-grave da senhora minha tia. E tudo isto também não foi há 200 anos…

Num destes lindos carros é que meus Pais me levaram à Sé a baptizar. Por certo é desde aí que, os Rolls, trato-os por tu. Outro foi aquele em que seu filho mais velho, meu primo Luiz Filipe, trou-xe Gomes da Costa de Braga a Lisboa no 28 de Maio de 1926; e o terceiro…bom, o terceiro teve um final triste pois acabou transformado no carro funerário da cida-de. Tinha de ser… As boémias dos mara-jas dos seus filhos e a sua vocação para financiar revoluções - Monsato, a Monar-quia do Norte e o 28 de Maio - acabaram por levar tudo, incluindo a cortiça do Alentejo…

Foi talvez por esta tradição de belos carros que um dia o Governador Civil vi-sitou oficialmente a nossa casa para pedir a minha bisavó Ana Bárbara (Ana Bárba-ra de Jesus Maria, “um nome de prince-sa” como seus doze irmãos lhe diziam a brincar) a pedir lhe desse a honra de

aceitar a carta de condução nº 2 do dis-trito (a nº 1 era dele por dever de cargo), apesar de a senhora nunca ter posto ou viesse a pôr as mãos num volante, mes-mo que Rolls Royce…

Mais tarde, foi de um de seus fi-lhos, meu tio José, o primeiro carro que nos apareceu em casa. Era um tio adorado por todos nós, não só pela sua bondade sem limites mas, tam-bém, pelas suas distracções e originali-dades: só comia arroz seco a pipilar no prato, pusera aos seus sete filhos, no-mes começados por A para, dizia ele, serem os primeiros a entrar para os exames (o que, certamente, eles muito apreciavam…), foi bombeiro-voluntá-rio desde a Faculdade, em Coimbra, a Juiz Conselheiro do Supremo, nada fa-zia ou resolvia sem consultar um pên-dulo de prata que sempre trazia num bolso do colete e – a maior de todas – era um republicano ferrenho! Tanto que, no dia em que, pela primeira vez, no meio de um enorme estardalhaço de buzinas, parou o seu carro novo de-baixo das nossas varandas quase con-seguiu que minha bisavó e sua mãe tivesse uma apoplexia – o tejadilho es-tava pintado de verde e encarnado!

Creio que o último Rolls em que andei antes de vir para Macau foi em Paris, num em que o lendário ban-queiro Manuel Boullosa nos mandou

buscar ao Ritz, a mim e a dois colegas do mesmo banco, em que eu trabalha-va, para jantarmos no seu lindo pala-cete do Bosque de Bolonha. E o último (até agora…) foi precisamente num do Dr. Stanley que nos esperava em Hong Kong, a mim e a Carlos Monjardino, para visitarmos o nosso saudoso ami-go Carlos d’Assumpção, pouco antes de morrer.

Dos muitos carros que até hoje tive recordo dois: um Mercedes conversível, verde-ervilha de capota, volante e tira nos pneus brancos, uma beleza! Vendi-o porque, por um qualquer mistério nas suas mudanças, arrancava em marcha atrás, em vez de para a frente. E, o se-gundo, um lindo coupé vermelho vivo Lancia-Farina, o mesmo com que meu primo Jorge Monte-Real ganhou um Rally de Monte Carlo e eu um Circuito de Vila Real. Ficou no Museu do Cara-mulo.

Perguntar-me-ão a que propósito, hoje, esta conversa toda sobre carros. Responderei perguntando eu: com os treinos a começar amanhã e as corridas do Grande Prémio já no sábado, com os roncos dos “monstros” a já nos entra-rem dia e noite pelos olhos e ouvidos, seria possível falarmos doutra coisa?

*Docente. Anterior presidente do Instituto Politécnico de Macau.

PoSTaIS daS IlHaS luiz oliveira dias*

TRIBUNa

o Governo atrapalha-senas palavras difíceis

Pedro tadeu

Pedro Passos Coelho pegou-se no Parlamento com um deputado do PS e, em tom peremp-

tório, afirmou: “Nós não fazemos malabarices com as cativações!” O primeiro-ministro, nesse primeiro dia de debate sobre o Orçamento do Estado, repetiu a ideia, de forma a que o eco na abóbada do hemiciclo devolvesse em acusação, para a bancada socialista, partido que formou o anterior Governo, aquilo que terá entendi-do como insinuação contra o actual Executivo PSD/CDS: “Sim, senhor deputado. Nós não fa-zemos malabarices!”

“Malabarice” é giro, soa bem, mas não existe no dicionário. Há “malabarismo”, “mala-barista”, “malabarístico”, e, relativo ao territó-rio de Malabar, na Índia, as palavras “malabar”, “malabarense”, “malabaresco” e “malabárico”. Também existe “malabruto”, para designar um homem estúpido mas, julgo, Passos Coelho não queria ir por aí.

Não me atrevo a procurar definições rigo-rosas para “cativações”, pois “cativar”, que lhe está na origem, tanto significa subjugar, pren-der ou encantar e hoje não estou para debates ideológicos.

O ministro Álvaro Santos Pereira, ontem, em mais um episódio da mesma novela orça-mental, esteve largos minutos a perorar sobre a “descompetividade” da economia. Entusias-mado, foi deleitando a audiência com “descom-

petividade” para lá e “descompetividade” para cá. Quando anunciou que em 2012 estaríamos no início do fim da crise, já toda a plateia sorria, condescendente, quase ignorando a nova piada do ministro.

É verdade que entre os actores políticos e os comentadores de televisão, estatutariamente sábios nas matérias que analisam mas compro-vadamente ignorantes em língua portuguesa, está há muito vulgarizada a oralização da su-posta palavra “competividade” em vez da cor-recta “competitividade”. Também há quem use “precaridade” em vez de “precariedade”. E já ofereceram ao povo, além de impostos, a “de-sorçamentação”.

Mas o digníssimo doutorado em Economia pela Universidade Simon Fraser, Vancôver, Ca-nadá (canudo para o qual, suponho, o domínio do português foi irrelevante), adicionou um con-tributo valioso: com o prefixo “des” propõe aos eruditos um neologismo para substituir a expres-são “falta de competitividade”. Com tantos cortes para impor não admira que ele pense também em diminuir as sílabas que temos para dizer.

Claro que um grande político, um fabuloso governante, pode, em tese, sem consequências graves, tratar a gramática ao pontapé. O pior não é eles falarem mal, é eles parecerem não sa-ber o que estão a dizer.

JTM/DN

o além comvalor acrescentado

O jornal El País diz que as autoridades espanho-

las estão preocupadas com programas televisivos de vi-dentes.

Ao contrário de nós, os es-panhóis cuidaram em não cair sob a sobrenatural influência: os seus programas de videntes, cartomantes e afins são proibi-dos entre as sete da manhã e as 10 da noite.

Quer dizer, durante os ho-rários nobres infantis (por vezes com os pais ausentes de casa), as crianças espanholas estão imunes à pressão alta de per-sonagens parecidas com alguns dos livros de Harry Potter.

Espanha considerou que uma coisa é ler sobre feiticei-ras ficcionadas, outras é tele-fonar-lhes com taxas de valor acrescentado.

Já por cá as crianças po-dem ver uma famosa deitado-ra de cartas a anunciar a uma mãe a morte da filha, num ca-

nal generalista e a horas acor-dadíssimas (é, já aconteceu).

É mau? É bom? Depende, tem a desvan-

tagem do provável susto mas os nossos miúdos ganham uma lição de política de ver-dade: se uma taróloga é repu-tada por adivinhar o futuro, ela, mesmo que seja horrível, revela esse futuro.

Afinal, também um mé-dico anuncia um carcinoma se for caso disso (dirão os progra-madores televisivos, que têm resposta para tudo).

Voltando ao artigo do El País, fico a saber que os espanhóis surpreenderam-se por haver videntes em canais ilegais, sem licença para transmitir.

Se me dão licença, essas são as videntes sérias.

Quem comunica com o Além, prescinde dos canais normais.

JTM/DN

Ferreira Fernandes

UM PoNTo é TUdo


lazERJAMES EARL JONES RECEBE ÓSCAR HONORÁRIO. o actor James earl Jones, conhecido por dar voz ao vilão Darth vader da saga “Star Wars”, foi galardoado com um Óscar honorário. o artista de 80 anos preferiu ser condecorado em londres para não interromper a participação em “Driving miss Daisy”.

vANESSA REDGRAvE HOMENAGEADA. a actriz britânica vanessa redgrave foi homenageada em londres pela academia de artes e ciências cinematográficas de Hollywood, na primeira iniciativa do género que a instituição celebra na europa. a academia de Hollywood quis reconhecer desta forma os 50 anos da carreira da actriz que foi seis vezes nomeada para os Óscares.

Irina Shayk na “Sports Illustrated”irina Shayk volta a dar que falar pela excelente forma física que exibe em mais um trabalho realizado para a “Sports illustrated Swimsuit”. a manequim russa ilustra o mês de maio do calendário 2012 da conhecida publicação norte-americana especializada em fatos-de-banho. apenas de biquíni, junto ao mar, a namorada de cristiano ronaldo soma-se a nomes como brooklyn Decker, Kate upton, chrissy teigen, Jessica White e anne v.

Timberlake acompanha militar a baile de fuzileiros Justin timberlake cumpriu o prometido e acompanhou a militar Kelsey DeSantis ao baile do corpo de fuzileiros norte-americano que aconteceu no sábado na carolina do Norte. após o baile, o actor divulgou uma fotografia e um texto no seu site onde descreveu a emoção de ter estado presente no evento. “À minha família, meus amigos e fãs. escrevo-vos depois de assistir a um evento que se poderá tornar num dos melhores a que assisti... Sabia que iria passar um serão memorável que nunca mais esquecerei. o que eu não sabia, era até que ponto eu seria arrebatado por esta experiência”, escreveu.

lady Gaga “perdea cabeça” em palcolady Gaga voltou a gerar polémica, desta vez com a sua actuação no programa de televisão “x-factor”. a cantora chocou a audiência durante a interpretação do novo single, “marry the Night”, envergando um fato em que parecia ter sido decapitada e carregava a cabeça no braço. lady Gaga manteve os detalhes da sua actuação em grande secretismo.

Kelly Brook publica foto nua para provar conta do TwitterKelly brook publicou uma fotografia em que aparece sem roupa para provar que a sua conta no twitter não é uma farsa. a iniciativa da modelo e actriz surgiu em resposta ao comediante leigh francis que a desafiou no twitter, escrevendo: “isto é mesmo a Kelly brook ou apenas um velho peludo depravado a fingir que é a Kelly brook?”. a artista respondeu “Sou eu! como posso prová-lo?”. Kelly “despiu-se de preconceitos” e também da roupa que tinha no corpo para tirar uma foto com o telemóvel, publicando-a no site logo de seguida. “vês, sou eu!”, escreveu, em resposta a leigh francis.

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pág 24 quarta-feira, 16 de Novembro de 2011 jOrnal tribuna de maCau fecho desta edição Jtm - 00:40horas

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CurSO enSina CHineSaS a lidarCOm “terCeiraS peSSOaS”Um instituto privado de Pequim iniciou o primeiro curso para ensinar mulheres casadas a abordar os problemas de casal e lutar contra a amante, informou o jornal Pan Dao. Segundo o director do chamado “Instituto das Esposas”, Fei Yang, o mais importante para combater a “terceira pessoa” é desco-brir “se são verdadeiras ou falsas”, ou seja, se podem ou não destruir o casamento e a família. “As ‘falsas’ não têm tanto

poder sobre o marido. Eles as buscam em paralelo à vida familiar e somente pelo sexo. Não são verdadeiramente perigosas”, disse Fei ao jornal. O instituto, dirigido a mulheres ricas - afinal o curso custa 16 mil dólares - diz ter como objectivo a defesa dos direitos da mulher casada e ajudar a resolver os problemas originados pela existência das amantes. De acordo com Fei, perante essa realidade, muitas mulheres tomam medidas extremas e inclusive terminam o ca-samento, o que também não é ideal nem para o marido nem para a amante, pois dificilmente ele se casará com ela. “Se as mulheres tiverem força e conhecimentos suficientes podem refor-çar sua relação de casal sem recorrer a medidas extremas”, destacou. Segundo Fei, no casal as mulheres são mais fortes e controlam o manejo dos sentimentos, daí que seu objectivo ao criar o curso é reforçá-las para que lutem contra “a terceira pessoa”. O curso divide-se em duas partes: a primeira é conjunta e a segunda em classes individuais durante duas semanas re-produzindo circunstâncias familiares e permitindo aos professores compreender as situações. Na China, diversos sites, alguns bloqueados posteriormente, foram criados por mulheres que reconheceram ser amantes de homens casados, como plataforma de desafogo de sentimentos e contacto entre elas.

uma COrrida “diFerente” na pediatriaOs pilotos André Couto e Henry Ho, inscritos no Grande Prémio de Macau, realizaram ontem uma cor-rida “diferente”, com uma visita à pediatria do hos-pital Kiang Wu acompa-nhados de cinco guerreiros StarWars. “Viemos para tentar proporcionar um dia diferente a estas crianças, que, pelos mais diversos motivos, estão aqui interna-das e não vão poder assistir

ao vivo ao Grande Prémio de Macau e, ao mesmo tempo, dar-lhes um pouco de alegria pelo contacto com os guerreiros StarWars”, disse André Couto, à agência Lusa. Para André Couto, que em 2010 perdeu o filho Afonso depois de um ano de luta contra uma leucemia, mais importante do que as corridas e do que qualquer vitória “é conseguir ver um sorriso na face das crianças e dar-lhes todo o apoio possível quando mais pre-cisam, porque não podem andar na rua a correr e a brincar com os ami-gos, fazendo o seu papel de crianças”. “É nestas alturas que nos devemos lembrar de quem precisa, que devemos fazer tudo por quem não pode viver a vida plenamente”, reforçou Henry Ho, que acompanhou o amigo André, proporcionando alguns sorrisos nas crianças internadas. Acom-panhados pelos guerreiros StarWars João Carreira, Alexandre Valter, Luís Alves, Joaquim Teodoro, vindos expressamente de Portugal, e Tsang Yu Hong, natural de Hong Kong, os dois pilotos distribuíram alguns brin-quedos às crianças internadas, numa iniciativa que contou com o apoio de uma empresa de “slot machines”. À tarde, André Couto proporcio-nou outro momento de alegria aos mais pequenos, abrindo as portas da sua “box” para que cerca de 30 crianças do orfanato “Fountain of Hope” pudessem ver o ambiente das corridas a sério.

EN PaSSaNT

As Linhas de Acção Governativa para 2012, ontem apresentadas pelo Chefe do Executivo na Assembleia Legislativa representam um bodo para a maior parte dos sectores, em especial para os mais carenciados da população local.Das isenções fiscais, aos apoios sociais na educação e saúde, maiores facilidades para acesso às habitações e contribuições pe-cuniárias, o Governo da RAEM continua a redistribuir um pouco da “fartura” que diariamente lhe vai enchendo os cofres. Ao contrário do que se pensava, até os que requeriam um sistema mais democrático, tiveram resposta positiva. Chui Sai On propôs-se levar a Pequim, ao Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, o sentir da população sobre o aumento dos membros da Comissão eleitoral para o Chefe do Executivo e dos deputados eleitos directamente. De acordo com a Lei Básica, frisou!Só os funcionários públicos têm que esperar um pouco mais. Vai surgir uma comissão para analisar o aumento das remunerações. Talvez venham a ter resposta ainda a tempo de integrar o Orça-mento 2012.

josé rocha dinis

amCm diSCute em peQuim alargamentO de OperaÇÕeS em renmimbiSCom o objectivo de estimular Macau a transformar-se numa plataforma de regularização das operações em renminbis entre a China e os países de língua portugue-sa, representantes da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) deslocaram-se a Pequim, no sentido de reunir com o Banco Popular da China para discutir o alarga-mento das operações. A adopção de medidas apropria-das destinadas à obtenção de rendimentos estáveis, através da aplicação dos fundos da Reserva Financeira da RAEM, a ser criada, nos activos em renminbis, tam-bém é uma questão a ser abordada, foi ontem referido em comunicado. Os responsáveis do Banco da China já se mostraram disponíveis anteriormente, durante reu-niões no mês passado, para apoiar o alargamento das operações, desejado por Macau, “de acordo com as ne-cessidades do mercado”. Reconheceram o interesse da transformação do território numa plataforma de operações com o mundo lusófono e também garantiram não existir qualquer obstáculo a nível de política quanto à pretensão da aplica-ção de fundos nos títulos emitidos na China. A AMCM referiu ainda que, após negociações com o Banco Popular da China, será realizada hoje uma reunião bilateral. O administrador da AMCM Wan Sin Long viajou acompanhado pelos representantes do Departamento para Assuntos Económicos do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, da sucursal de Cantão do Banco Popular da China e da sucursal de Macau do Banco da China.

bodo

HOmem dava eSterÓideS À mulHerpara Que ela FiCaSSe gOrda e FeiaUm homem britânico drogou a mulher com esteróides durante três meses para que ela fi-casse gorda, peluda e feia. O marido queria que a esposa não saísse de casa para trabalhar e ficasse em casa a cuidar dos filhos. Jaspreet Singh Gill, de 37 anos, começou a desenvolver pêlos no rosto e nas costas, para além de ter tido comichões e erupções cutâneas. O marido, Dalwara Singh, impediu a mulher de ir ao médico e ainda lhe disse que se estava a preocupar sem motivo, tentando dissimular o seu acto. A mulher começou a desconfiar quando se aper-cebeu que a comida que o marido lhe fazia tinha um sabor amargo por causa dos esteróides. O homem obrigava-a a ingerir a comida dizendo-lhe que a tinha feito especialmente para ela. A filha adolescente do casal acabou por confirmar as suspeitas da mãe. A jovem disse ter visto o pai, no quarto, a moer comprimidos num almofariz. Jaspreet Singh arrombou então um armário trancado e encontrou esteróides e chamou a polícia. O marido, gerente de uma fábrica de produção alimentar em Empire Road, Leicester, foi presente a um juiz e admitiu ter administrado os medicamentos na esposa, entre Novembro de 2010 e Janeiro deste ano.

aCabOu nOite perFeita nO HOSpitalSaudosa dos seus tempos de virgem, uma jovem brasileira de 22 anos, a residir no Rio de Janeiro, resolveu recriar o passado e... colou a vagina para a primeira noite de sexo com o actual namorado. Não só a relação não se consumou, como o rapaz ficou desconfiado e ela, assustada por não conseguir urinar, confessou tudo. A noite perfeita acabou assim no hospital, onde foi removido o excesso de cola! Quanto ao modo como ficou a relação com o namorado, as agências noticiosas nada dizem...

JTM 16-11-2011

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Transcript of JTM 16-11-2011