JP da Ilha - 1ª Edição

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2013 um ano que não aca- bou e 2014 já começou! Normalmente o ano só co- meça após o carnaval, mas esse ano está sendo diferen- te, já começou com muita luta e resistência. Muitos desafios ficaram claros para esse ano. Temos eleição Pre- sidencial e Estadual onde se podem mudar os rumos do país e do estado, ano de Copa e fica a pergunta: “Copa Para Quem?”, entre outros. E um grande desafio a ser enfrentado por todos é a Democratização da Mídia! E com esse objetivo o Jornal Popular da Ilha vem para que possamos ter um espaço de fato popular e que represen- te as demandas, desejos, an- seios e sonhos da população da Ilha do Governador. O JP da Ilha será uma ferramenta para que cada um que não tem voz e quer ser ouvido! . NADA DEVE PARECER IMPOSSÍVEL DE MUDAR Manifestações Pág: 2 A ilha saiu da inércia? Pág: 3 A ilha que temos, A ilha que queremos. Pág: 4 - 5 Educação no Brasil EducaçãoInclusiva Pág: 6 Criminalização da pobreza. Pág: 7 O COLIG – Coletivo Ilha do Governador – surgiu em 2013 após a participação espontânea e voluntária de cidadãos da Ilha que se envolveram na campanha do Marcelo Freixo à Prefeitura do Rio, participando do movimento que ficou conhecido como Primavera Carioca. Passadas as eleições, essas pessoas que se encontraram na militância eleito- ral perceberam a força e a impor- tância da participação política como forma de intervir positivamente na realidade e decidiram manter o grupo que assim havia surgido redirecionando sua abordagem para a militância em fa- vor das causas sociais do bairro, da cida- de, do estado e por fim do próprio país. Venha resistir, lutar e conquistar uma ilha que seja do povo, e não apenas de poucos ou até mesmo apenas do “governador”. VENHA PARTICIPAR! Para saber mais acesse o site e curta a fanpage do COLIG. Site: www.colig.org.br Fanpage: www.facebook.com/coletivoilha Estão abertas as inscrições para o Pré vestibular Popular! Mais informações e inscrições acesse o site ou a fanpage do COLIG.

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Ano I - Edição 1 Fevereiro/2014

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2013 um ano que não aca-bou e 2014 já começou!

Normalmente o ano só co-meça após o carnaval, mas esse ano está sendo diferen-te, já começou com muita luta e resistência. Muitos desafios ficaram claros para esse ano. Temos eleição Pre-sidencial e Estadual onde se podem mudar os rumos do país e do estado, ano de Copa e fica a pergunta: “Copa Para Quem?”, entre outros. E um grande desafio a ser enfrentado por todos é a Democratização da Mídia! E com esse objetivo o Jornal Popular da Ilha vem para que possamos ter um espaço de fato popular e que represen-te as demandas, desejos, an-seios e sonhos da população da Ilha do Governador. O JP da Ilha será uma ferramenta para que cada um que não tem voz e quer ser ouvido! .

NADA DEVE PARECER IMPOSSÍVEL DE MUDARManifestações

Pág: 2

A ilha saiu da inércia?

Pág: 3

A ilha que temos, A ilha

que queremos.

Pág: 4 - 5

Educação no Brasil

EducaçãoInclusiva

Pág: 6

Criminalização da

pobreza. Pág: 7

O COLIG – Coletivo Ilha do Governador – surgiu em 2013 após a participação espontânea e voluntária de cidadãos da Ilha que se envolveram na campanha do Marcelo Freixo à Prefeitura do Rio, participando do movimento que ficou conhecido como Primavera Carioca.Passadas as eleições, essas pessoas que se encontraram na militância eleito-ral perceberam a força e a impor-tância da participação política como

forma de intervir positivamente na realidade e decidiram manter o grupo que assim havia surgido redirecionando sua abordagem para a militância em fa-vor das causas sociais do bairro, da cida-de, do estado e por fim do próprio país.Venha resistir, lutar e conquistar uma ilha que seja do povo, e não apenas de poucos ou até mesmo apenas do “governador”.

VENHA PARTICIPAR!

Para saber mais acesse o site e curta a fanpage do COLIG.Site: www.colig.org.brFanpage: www.facebook.com/coletivoilha

Estão abertas as inscrições para o Pré vestibular Popular!

Mais informações e inscrições acesse o site ou a fanpage do COLIG.

MANIFESTAÇÕES: JUNHO, O MÊS QUE NÃO ACABOU... Por Rogério PaschoalAté maio de 2013, a vida em nosso país seguia tranquila. A dramática crise econômica que desde 2008 assolava o mundo, e em especial a Europa, aparentemente pouco nos afetava. Nossa economia ia bem, nossos empregos estavam assegurados. Os banqueiros felizes com seus bilhões e os mais pobres satisfeitos com a melhora da qualidade de suas vidas, resultado das políticas sociais do governo. A única coisa que ainda quebrava a monoto-nia era o embate dos pré-candidatos das eleições de 2014 que assistíamos pela televisão. Mas até isso parecia definido, com Dilma e Pezão na cabeça. O Brasil estava em paz. Mas em junho, para surpresa de todos, uma erupção social irrompeu nas ruas de todo o país. A indignação tomou conta das cidades. Milhões de brasileiros se reuniram em imensas manifestações contra o aumento das passagens dos ôni-bus. E logo ficava claro que não era apenas por 20 centavos. Era por direitos!

Em alusão à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, os manifestantes exigiam um país com qualidade de vida padrão FIFA. Se era possível a construção de estádios monumentais - e caros - também deveria ser possível educação, saúde, segurança e transporte de qualidade. E mais, expressava-se o desejo de cada cidadão em partici-par das escolhas das prioridades. “Da Copa eu abro mão, quero saúde e educação”.O país das enormes desigualdades ficava nu. E os donos do poder (político, econômico e midiático) estavam confusos e assustados, perguntando-se o que dera errado para a coisa fugir assim do controle. Tão de repente. Tão intensamente. Tão raivosamente.Mas na verdade uma convulsão como essa não ocorre de repente. Nem por aca-so. Os vinte centavos e a repressão aos manifestantes na base da pancadaria, fei-ta pela PM do governador fascista - e dissimulado - de São Paulo, foram só a gota d’água. Já estavam aí os trens superlotados da Supervia, as barcas caras e precárias da Barcas S.A. e os metrôs abarrotados, verdadeiros navios negreiros, do Rio e de São Paulo. A educação pública já vinha sendo destruída em todo o país e os salá-rios dos professores continuavam o desrespeito de sempre. Os “Amarildos” já eram esculachados, “sumidos”, torturados e assassinados diariamente nos bairros pobres da capital paulista ou nas favelas cariocas, em todas elas, as pacificadas, as “mi-liciadas” e as “traficadas”. Cabral e Paes já abusavam de seus cargos para privatizar

nossas vidas, para precarizar nossas vidas, para dar boa vida aos Eikes e Baratas. Simplesmente nós brasileiros cansamos do escárnio e da exploração que nos fo-ram sendo impostos e que fomos aceitando. Acordamos da anestesia das no-velas de mundos ideais que existiam em algum lugar distante de nós. E prin-cipalmente, reclamamos o direito de decidirmos nossos destinos, por nós mesmos, sem nos submetermos à farsa novelesca da política reduzida às eleições. As ruas nos permitiram o encontro. Reunidos na avenida percebemos que não está-vamos sós. Descobrimos ao nosso lado outros que também se sentem indignados e que gritam seu cansaço, que expressam seu desejo de mudança. Uma mudança real.Temos que manter a ocupação das ruas e das praças. Elas são a primei-ra “coisa” pública, a primeira “coisa” comum que retomamos. “A rua é nos-sa” nos lembra que nossas vidas também são nossas. Que a cidade é nossa.

Que o país é nosso. A rua é a nossa primeira trincheira.Mas também temos que avançar. Ocupar as demais instâncias públicas. Só as-sim produziremos as mudanças que queremos. Ocupar as CCSs (os Conse-lhos Comunitários de Segurança), ocupar o Ministério Público com nossas de-mandas, ocupar o poder judiciário com as nossas causas. Ocupar a Câmara dos Vereadores com nossas vozes, falando alto quando necessário, para sermos ouvidos. É claro que os detentores do poder vão fazer de tudo para manter o po-der. Reprimir, bater, jogar bombas de gás. Prender sem motivo e sem o am-paro das leis. Mas “o momento exige que os homens de bem tenham au-dácia dos canalhas”, para que a esperança vença o medo e a indiferença.Devemos ter a audácia de imaginar um futuro que não seja a repetição das men-tiras que nos contaram, ou a perpetuação de um presente que não nos satisfaz. Ter-mos a audácia de produzir um futuro em que viver seja mais do que consumir. E acima de tudo, termos a audácia de sermos os au-tênticos construtores das nossas próprias histórias.

Endereço: Avenida Passos, 34 - CentroTelefone:(21) 3034-7300www.sindipetro.org.br

REFORMA POLÍTICA: POR QUE SIM?

Saiba mais sobre: Assebleia Constituinte, Plebicito Popular e Lei de Iniciativa Popular.

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A ilha saiu da Inércia?Por Marcus MenezesA Ilha que sempre foi aco-modada pela sua tranqui-lidade, contamina-se com as jornadas de junho. Pa-lavras como: Resistência, lutar e conquistar entra-ram de vez no vocabulá-rio insulano, tornando-se realidade. Um grande ato

na Estrada do Galeão, no dia 28 de junho (2013), ficou conhecido como a “Ilha saindo da inércia”, ele reuniu mais de 1000 pessoas, tendo como ban-deiras: melhores serviços de transporte, saúde, mo-radia e segurança na Ilha do Governador. Vários

setores da Ilha participa-ram do protesto: COLIG (um dos organizadores), Tubiacanga, moradores de todas as idades, profes-sores, etc. Do início ao fim, foi um ato que con-tou com apoio dos comer-ciantes, motoristas e pes-soas que na rua estavam.

Vale ressaltar a postura do Comandante Corpas, garantindo que fosse tran-quilo, dando todo suporte e apoio. Infelizmente, não se tem a mesma atitude em todos outros atos pela cidade. Ao contrário, o que se vê é violência e truculência por parte da polícia, que mais serve como um braço do esta-do oprimindo, qualquer cidadão pensante e con-testador, dos “vânda-los” aos professores, ne-nhum provando que não se tem a mesma Ilha de antes, que uma nova fase surge e pode soli-dificar como uma era de resistência e conquistas.

O COLIG vai ganhando corpo, mostrando que é pos-sível ser crítico e construir coletivamente, na teoria e na prática. Grandes desafios estão postos para esse ano: Jornal Popular, Colig na Praça e Pré Vestibular Popu-lar. Venha resistir, lutar e conquistar uma “ilha” que seja do povo, e não apenas de poucos ou até mesmo ape-nas do “governador”. Façamos a ilha sair da inércia em 2014!

Aldeia Maracanã Resiste: Vitor, Marcus Vinicius (colig), Dep. Est. Freixo, Mariana Brucce (CZOII), Amanda.

I Politizando: Movimentos Sociais e Partidos Políticos. (Realizado no Colégio Carpe Diem)

Colig no ato Golfe Para Quem? (Realizado na Barra da Tijuca)

Aulão Enem 2013 (Realizado na UFRJ - Fundão)

I Colig na Praça com o Instituto Coração Mais Saudável.(Realizado em Tubiacanga)

Audiência Pública sobre as remoções na Câmara de Vereadores do Rio: Jéssica, Marcus e Rosemar.

Ato em apoio aos professores do Colégio Mendes em repúdio à atitude arbitrária do diretor Marcos.

Ato da Educação realizado no Centro do Rio.

Saúde: A prefeitura e o estado preferem pagar a uma empresa para gerir o hospital onde essa empresa contra-ta os médicos por 6 mil reais em média. Enquanto o médico concursado ganha menos de 2 mil reais. Com qual recurso é pago nos 2 casos? DINHEIRO PÚBLICO!!! A diferença que a prefeitura desembolsa mais do que os 6 mil reais para que a tal empresa possa gerir o hospital. E mais as OSs não preci-sam seguir a lei da licitação, ou seja, compra de quem quiser pelo preço que achar melhor. A solução é uma GESTÃO PÚ-BLICA de qualidade e séria, com valorização dos profissionais da saúde, tanto salarial quanto estrutural. Façamos virar realidade a ideia da saúde preventiva que a clínica da família prometia, façamos ter médico nas UPAs para desafogar os hospitais como era prometido. Faça-mos o novo hospital ter profissionais para que se possa atender a demanda que existe. POR UMA SAÚDE PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE

TRANSPORTE: É necessário que se invista em transporte de massa, e ônibus ou BRT não

é transporte de massa. E para isso temos o metrô, trem ou VLT que são transportes sobre trilhos. E é possível, se repararmos toda estrutura do BRT é de um metrô ou trem. Só que foi feito para aten-der aos empresários de ônibus. Temos na Ilha e no Rio a possibilidade de termos uma grande alternativa: AS BARCAS. Na ilha o primeiro horário não pode ser às 7h, é necessário termos barcas a partir das 5h, termos intervalos menores e de domingo a domingo. Também é necessário colocar na prática projetos de linha como: Ilhax Fundão, Fundão x Niterói, Fundão x Praça XV e Fundão x Praia Vermelha. Outra necessidade é o estudo e implementação de um sistema de VLT na ilha, o mesmo sistema que será implementado pelo centro do Rio. Termos o transporte comple-mentar regularizado e organizado, pois sabemos que são necessários para muitos itinerários. E investir na implementação de fato de ciclovias para que não seja apenas visto como lazer mas como meio de transporte, pois o que se tem hoje são ciclo faixas, embora no projeto original e na licitação fosse o tão esperado arco cicloviário com CICLOVIAS.

Meio Ambiente: É necessária a recuperação, revitalização e manutenção dos mangues e da APARU. Investir na pesca artesanal por toda Ilha, como em Tubiacanga e colônia Z-10. Colocar em prática de fato a des-poluição da baía de Guanabara e limpeza das praias da Ilha. Arborização de todos os bairros da Ilha do Governador e criação de um parque municipal, que pode ser na antiga Área de Lazer da Varig ao lado da Casa Show.

Cultura: Implementação de um teatro público, investimento na biblio-

teca como centro público de estudos das escolas e colé-gios da ilha. Tornar a Lona Cultural em uma lona de fato pública, com gestão popular, abrindo para que artistas locais

possam utilizá-la para apresentações e cursos gratuitos de artes, música,

teatro entre outros.

A ILHA QUE TEMOSSaúde : A população insulana sofre quando precisa ir a um médico. O que se tem na ilha são apenas estruturas físicas magníficas, porém ocas por dentro. Na teoria as UPAs, clínica da família e o novo hospital seria a solução. Na prática, o que se tem quando se procura a UPA é uma espera de no mínimo 3 horas. No novo hospital vieram todos para inauguração, secretários, prefeito, governador, vice- governador (candidato a governador esse ano) e até a presidente, só os médicos não vieram. O que precisa ser ressal- tado que tanto a UPA, quanto a clínica da família e o novo hospital são geridos por OSs. O grande discurso que o problema era dos médicos concursados que faltavam e que ao contrata-rem tudo estaria resolvido ficou provado que é MENTIRA.

Transporte: Enquanto o prefeito diz que implementar o BRT e proibir as vans e kombis serão a solução, no dia a dia não se reflete em realidade. Na prática temos acidentes e superlotação com os BRTs já implementados, ônibus suca-teados, barcas sem horário, ciclovia que mais parece uma bricandeira de mal gosto e pes-soas passando horas e horas no ponto de ônibus.

Poluição: A despoluição da Baía de Guanabara ficou apenas na promessa

e projetos que garantem praias limpas. Porém na prática temos praias e mangues mais poluídos e sujos. A APARU que já estava abandonada foi destruída para construção de uma Vila Olímpica. Ruas alagadas após chuvas e árvores cortadas são cada vez mais constantes na realidade insulana.

Cultura: Na ilha não se tem teatro e nem previsão de vir a ter. A lona cultural mais pare-ce uma casa de assombração, abandonada e largada pela prefeitura e sua atual gestão. A biblioteca ninguém sabe ninguém viu.

4.

Saúde: A prefeitura e o estado preferem pagar a uma empresa para gerir o hospital onde essa empresa contra-ta os médicos por 6 mil reais em média. Enquanto o médico concursado ganha menos de 2 mil reais. Com qual recurso é pago nos 2 casos? DINHEIRO PÚBLICO!!! A diferença que a prefeitura desembolsa mais do que os 6 mil reais para que a tal empresa possa gerir o hospital. E mais as OSs não preci-sam seguir a lei da licitação, ou seja, compra de quem quiser pelo preço que achar melhor. A solução é uma GESTÃO PÚ-

da saúde, tanto salarial quanto estrutural. Façamos virar realidade a ideia da saúde preventiva que a clínica da família prometia, façamos ter médico nas UPAs para desafogar os hospitais como era prometido. Faça-

que existe. POR UMA SAÚDE PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE

TRANSPORTE: É necessário que se invista em transporte de massa, e ônibus ou BRT não

é transporte de massa. E para isso temos o metrô, trem ou VLT que são transportes sobre trilhos. E é possível, se repararmos toda estrutura do BRT é de um metrô ou trem. Só que foi feito para aten-der aos empresários de ônibus. Temos na Ilha e no Rio a possibilidade de termos uma grande alternativa: AS BARCAS. Na ilha o primeiro horário não pode ser às 7h, é necessário termos barcas a partir das 5h, termos intervalos menores e de domingo a domingo. Também é necessário colocar na prática projetos de linha como: Ilhax Fundão, Fundão x Niterói, Fundão x Praça XV e Fundão x Praia Vermelha. Outra necessidade é o estudo e implementação de um sistema de VLT na ilha, o mesmo sistema que será implementado pelo centro do Rio. Termos o transporte comple-mentar regularizado e organizado, pois sabemos que são necessários para muitos itinerários. E investir na implementação de fato de ciclovias para que não seja apenas visto como lazer mas como meio de transporte, pois o que se tem hoje são ciclo faixas, embora no projeto original e na licitação fosse o tão esperado arco cicloviário com CICLOVIAS.

Meio Ambiente: É necessária a recuperação, revitalização e manutenção dos mangues e da APARU. Investir na pesca artesanal por toda Ilha, como em Tubiacanga e colônia Z-10. Colocar em prática de fato a des-poluição da baía de Guanabara e limpeza das praias da Ilha. Arborização de todos os bairros da Ilha do Governador e criação de um parque municipal, que pode ser na antiga Área de Lazer da Varig ao lado da Casa Show.

Cultura: Implementação de um teatro público, investimento na biblio-

teca como centro público de estudos das escolas e colé-gios da ilha. Tornar a Lona Cultural em uma lona de fato pública, com gestão popular, abrindo para que artistas locais

possam utilizá-la para apresentações e cursos gratuitos de artes, música,

teatro entre outros.

A ILHA QUE QUEREMOS

Educação Brasileira: Educação para Quem?!Por Edson Oliveira Não aparece nos famosos programas televisivos, nem é notícia das rádios mais ouvidas, muito menos notícia de rodapé nos grandes jornais impres-sos. Das grandes mídias, não é visível qualquer preocupação em divulgar a atual situação da educação brasileira. Menos ainda, não há qualquer intuito de estabelecer uma consciência política e social na população, identifican-do as origens desse “câncer educacional brasileiro” que não é exclusividade alguma do Brasil, pelo contrário, é uma característica intrínseca de socieda-des subdesenvolvidas, onde a desigualdade social alcança índices astronômi-cos, devido principalmente à volumosa concentração de renda nesses países.Informação é o primeiro passo para uma perfeita mobilização. Cla-ro, não é o objetivo de uma mídia conservadora que acaba por uti-

lizar os instrumentos de comunicação para controle de massas.Há um grave desleixo com o ambiente escolar: A “Lenta, Gradual e Se-gura” iniciativa de privatização do ensino público. Não é uma visão ro-mântica da vida real, mas uma análise realista e racional da vida bru-tal do nosso sistema educacional, que fere muito mais que aqueles que estão no interior das escolas brasileiras; agrava uma ferida na socieda-de por inteiro, tornado deficiente, os vários profissionais que a constitui.Estamos vendo a desvalorização de professores; a subnutrição acadêmica de alu-nos; as péssimas condições estruturais; a falta de alimentação dentro das escolas; a falta de funcionários em muitas unidades... Ainda, a terceirização de serviços essenciais para o desenvolvimento da rotina de sala de aula, como a confecção de apostilas de conteúdo por empresas particulares, desrespeitando as parti-cularidades de cada unidade escolar inserida nas mais diversas comunidades.Evidente, assim, que o professor perde totalmente sua autonomia de trabalho, tendo que se subordinar a uma influência externa à relação professor-aluno. Há também uma tentativa, ainda tímida, de inserir as chamadas “teleaulas” nas escolas brasileiras. São os conhecidos “telecursos” de uma conhecida emis-sora de televisão. Bem, não faltam exemplos de que esse instrumento pode ser falho e muito prejudicial. No México, essa medida começou como uma alternativa provisória em 1968, mas se tornou definitiva, vigente ainda hoje.Em reportagem de Anne Vigna, na revista Le Monde Diplomatiquè Brasil dis-corre o seguinte trecho: ¹“A tele-escola reproduz de maneira gritante a desigual-

dade social: os alunos mais pobres obtêm os piores resultados”. Se isso não é um exemplo de que essa alter-nativa amplia a desigualdade social e agrava a deficiência do sistema edu-cacional, então é exemplo de quê?!É preciso vergonha na cara dos nos-sos representantes políticos para bus-car uma solução imediata, não mais paliativa. Para tanto, é também necessário que a população se mobilize e cobre melhorias do serviço público, a exemplo das manifestações de julho de 2013 que muito ainda têm a gritar.

Educação Especial Por Rita MagozzoVocê sabe como funciona a Educação Es-pecial no Município do Rio de Janeiro?No município do Rio de Janeiro a Edu-cação Especial consiste em três for-mas de matrículas na sua rede escolar.Têm as escolas especiais, as salas especiais localizadas dentro de es-colas normais e a inclusão nas es-colas normais, creches e PEJAS.Nas escolas especiais, geralmente, seus alunos têm deficiências múltiplas, não possuem autonomia motora ou intelectu-al. As escolas contam com um professor especializado e uma sala com 10 alunos no máximo. As escolas especiais con-tam também com transporte adaptado.Nas salas especiais, seus alunos no ge-ral possuem maior autonomia e contam também com um professor especiali-zado que atende 10 alunos no máximo. Esses alunos possuem um processo pe-dagógico diferenciado, até entre eles, mas em todas as atividades sociais da escola as crianças são incluídas. Existem também salas especiais de TGD (transtorno global de desenvolvimen-to). Habitualmente, os alunos são au-tistas, tendo o atendimento individual. Quando o aluno tiver condições de ser atendido com outros alunos, esse pro-cesso irá acontecer gradativamente.As classes e escolas especiais são equipa-das com materiais pedagógicos adaptados para o auxílio do aprendizado do aluno.

Já na inclusão é neccessário ter muita cautela, pois o aluno precisa apresentar um laudo da sua deficiência para ser con-siderado incluído. Seus direitos como aluno incluído: um “estagiário” de qual-quer curso do ensino superior (ofereci-do pela SME), sala de recurso no contra turno duas vezes na semana, currículo adaptado e redução de alunos na turma.Hoje, na rede municipal há muita falta de estagiários. Quando acon-tece do aluno ficar sem esse auxí-lio, seu horário acaba sendo reduzi-do para duas, três horas no máximo. Na maioria das vezes, os professores de turmas regulares com aluno incluso não são especializados em Educação Espe-cial, também não conseguem atender uma turma com 30 a 40 alunos, ainda mais com um ou dois alunos deficientes. Saiba que o responsável legal pelo aluno deficiente é quem escolhe qual a for-ma que ele será atendido: classe espe-cial, escola especial ou classe normal.O responsável pode a qualquer momento do ano letivo mudar a sua opção de aten-dimento ao aluno deficiente, escolhen-do o que for melhor para o desenvolvi-mento do mesmo. Deve-se para tanto ir até a CRE (Coordenadoria Regional de Educação) responsável pela sua região.Na Ilha do Governador a respon-sável é a 11º CRE que fica na Es-trada dos Maracajás, 1.294 no Ga-leão. Fone: 3383.8144 - 3975.5673 .

Se você quer pedir ajuda, denunciar, tirar dúvidas, ou publicar um trabalho seu, faça contato ou compareça à sede da REGIONAL 7.

Endereço: Est. do Galeão, 2715 - Sl 205 Portuguesa (em frente ao extra)Telefax.: 2462 - 0334 email: [email protected]: http://regional7.wordpress.com

Acesse a fanpage e leia os textos: Educação Pública 2013 Por Ilza Helena Educação Física, CREF e AcademiasPor Mike Ponteswww.facebook.com/coletivoilha

CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

Por Igor SoaresO processo de criminalização da pobre-za na sociedade brasileira segue uma ló-gica perversa, cruel e opressora. Essa mentalidade dominante foi construída historica-

mente e encontra-se institucionalizada pelo Estado. Desde remotos tempos coloniais foram cria-dos mecanismos de vigilância, perseguição e punição aos pobres. Esse era o desejo dos se-nhores de terras - donos do poder - que com arrogância estabeleciam as regras e determi-navam as leis excludentes e preconceituosas. Sabemos que os escravos foram as maiores ví-timas de castigos e humilhações. O que poucos sabem é que esses escravizados ofereciam resis-tência ao sofrimento a que eram submetidos. E o que acontecia aos que tentassem fugir do cati-veiro e lutar pela liberdade? Eram tratados como criminosos! Quando capturados eram açoitados e quase sempre levados à morte, como exemplo a não ser seguido pelos demais. Não podemos nos silenciar. Chegou o momento de gritar pela nos-sa liberdade. Em pleno século XX, vimos nascer um movimento que lutava contra o APARTHEID (regime de segregação racial) na África do Sul. Dentre os vários lutadores sociais que enfrenta-ram a forte repressão das “elites” naquele país, destacou-se a liderança de Nelson Mandela.

Ele ficou preso por quase três décadas por ter co-metido um único crime: LUTAR PELO FIM DO APARTHEID E EM DEFESA DA LIBERDADE.Aliás, isso é crime? Então vamos juntos fa-zer uma reflexão. Pensem e respondam a si mesmos as seguintes perguntas: É crime...LUTAR pela Dignidade Huma-na e pela Real Aplicação de Direitos? LUTAR para Viver em Moradias que tenham Segurança e Conforto?LUTAR pela Inclusão Efeti-va de Pessoas com Deficiência?LUTAR pelo Transporte Coleti-vo Eficiente, Seguro e Gratuito?LUTAR pelo Acesso à Edu-cação e Saúde de Qualidade? LUTAR pelo Respeito às Diferenças?Enfim, é crime... LUTAR?Entretanto existe uma luta que unifica, aproxima e ampara todas as lutas sociais possíveis. É a luta que fortalece as várias manifestações. Que oferece su-porte e proteção ao direito de continuar lutando. Tra-ta-se da LUTA CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS.

Nossas lutas são inúmeras e justas. Nós trabalha-dores experimentamos lutas diárias para chegar ao trabalho, para pagar nossas contas com salários de fome que nos pagam os patrões e para voltarmos as nossas casas em busca de forças para recomeçar.É legítimo e necessário seguir lutando pelo sonho de viver em um mundo melhor.

Conheça seus direios e deveresEnvie e tire suas dúvidas com os advogados do COLIG. email: [email protected]: www.facebook.com/coletivoilha

Sua Voz Nossa Voz!Envie suas opiniões, sugestões, reclamações, criticas e denúncias! fanpage: www.facebook.com/coletivoilha

Colig na Praça

O Colig na Praça tem o objetivo de dialogar com a população problemas diários através de oficinas temáticas. Essas oficinas no primeiro momen-to atenderiam a demanda, minimizando uma necessidade concreta. E a partir desse atendimento traria para o debate o problema central, que é a falta daquele serviço de responsabilidade do poder público.O I Colig na Praça foi em Tubiacanga em Dezembro de 2013, onde a ten-da da saúde fez um check up em todos que passaram por lá. E porque há necessidade dessa tenda? Porque não há um posto de saúde no bairro. E para ir ao posto mais próximo não há transporte, já que o único transpor-te seria a linha 922(Tubiacanga x Aeroporto). Outra questão é a clínica da família ser instalada na Estrada das Canárias num local onde não há transporte público. E o Hospital que não tem médico nem leitos suficien-tes. Isso tudo porque a nova gestão da saúde através OSs que se diz eficien-te, visa apenas lucro. E o que seria OSs? Essa é maior questão!!!Nesse sentido o Colig na Praça levará ofici-nas de saúde, jurídica, cultural, meio ambiente entre outros com esse objetivo de minimizar a demanda concreta e debater o problema cen-tral: Ausência do Poder Público!!! Venha cons-truir os próximos Colig na Praça!!!

Pré Vestibular Popular da Ilha

Outro desafio que o COLIG acha necessário é enfrentar o modelo de aces-so à Universidade. Mesmo com as cotas, ainda são desiguais as oportuni-dades de acesso. Nesse sentido, no primeiro momento é necessário criar possibilidades para que mais jovens e adultos possam ter acesso à univer-sidade. Porém não reproduzir o sistema é fundamental para que essa ne-cessidade não seja algo permanente. Por isso o Pré Vestibular Popular da Ilha tem como objetivo mais do que possibilitar que mais jovens e adultos possam concorrer uma vaga de forma menos injusta, mas principalmente entender e questionar esse modelo de acesso à universidade. Debater as cotas,LDB, a universalização do acesso, ENEM/SISU, entre outros temas se faz fundamental para que tenhamos de fato uma educação pública lai-ca gratuita e de qualidade.O Pré Vestibular Popular da Ilha será totalmente gratuito e será auto-gestionário. As aulas serão semanais e aos sábados das 8h às 17h. A inaugural dia 15 de Março às 8h. As ins-crições já estão aber-tas pelo email: [email protected] ou nos lo-cais divulgados pelo site [email protected] ou fanpage www.fa-cebook.com/coletivoi-lha. Não perca tempo e faça sua inscrição!!!

Arquitetos da Cultura Brasileira: Racismo e HerânçasPor Edson OliveiraFeijoada, farofa, mocotó... Essas e outras iguarias da culinária brasileira, que hoje fa-zem parte tão naturalmente do nosso cardápio diário, foram inventadas por alguém, al-gum grupo, de alguma forma. A capoeira, tão discutida por muitos em se constituir como dança, luta ou esporte, também floresceu por “essas terras onde canta o sabiá”; veio de algum lugar também... E o samba?! Do alto dos morros cariocas, descendo as ladei-ras do início do século XX, sendo cantarolado por eles. Mas... Quem, afinal, são eles?! Como podem ter tantas criações, tantos méritos inseridos a composição de nossa cultu-ra e não serem reconhecidos por isso? Bem, será que eles são reconhecidos por isso?!Então, a História não esconde a participação do negro na construção cultural desse país, ao contrário, analisa e até defende. O problema está no enraizamento do racismo na socie-dade brasileira, que faz por disseminar uma ideia tão arcaica quanto seus próprios disse-minadores. Calma, quer dizer que isso não existe mais? Que o preconceito racial não está presente no nosso mundo, nossa sociedade?! Mas e o negro que é constantemente chama-do de “negrinho”, como será que ele se sente com esse apelido?! No Brasil escravocra-ta, muitas vezes essa expressão era utilizada, mas não em forma de brincadeiras ou pia-das. Naquele momento, por todos os lados se ouvia coisas como: “negrinho maldito!”.Pois Bem, quem nunca ouviu uma piada de português, de loiras, de gays... Ah, e quem nunca escutou uma piadinha de negros também?! Essas brincadeiras do cotidiano mais fazem disseminar a ideia do racismo, do que gerar boas risadas e algum divertimen-to. Dizem por aí que o humor não pode ter limites, tudo bem. Mas e o preconceito, pode?!Desse modo, como pode servir de entretenimento algo que antes fora usado como expres-são do sofrimento advindo da exploração do homem pelo homem? Claro, não poderia. Afinal, o negro é tão responsável pela construção do nosso patrimônio cultural e histórico quanto o branco ou até mesmo o indígena que não apenas sofrera a exploração, mas teve sua cultura, sua raça e sua própria população serem dizimadas. Quase que totalmente. To-das as heranças, tanto do negro como do índio, devem ser respeitadas. Isso porque estes de-vem ser respeitados. A miscigenação do Brasil é característica fundamental da nossa socie-dade e está ligada ao nosso processo histórico. Tem que ser vista como um patrimônio. E o preconceito racial como algo desprezado, que não mais defina as relações sociais desse país.

Espaço Cultura PopularEnvie seu texto, poema, poesia, música, arte... para fanpage do COLIG.

Todos serão publicados na edição eletrônica, no site e na fanpage. Sempre será escolhido um ou dois para serem publicados na próxima edição.

Coletivo Ilha do Governador

“Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes consegue mudanças extraordinárias” Provérbio Africano

Tel: (21) 99154-0383Site: www.colig.org.brE-mail: [email protected]

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