Jornal Perspectiva 03/2011

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JORNAL ESCOLAR PERSPECTIVA 1 CMYK www.esec-dr-j-araujo-correia-rcts.pt :: [email protected] Editorial Novo Programa de Português do Ensino Básico Pág. 2 Filme do Desassossego Pág. 3 O Centenário da República na Escola João Araújo Correia Pág. 4 Línguas Pág. 12 Matemática Pág. 14 Dia do Patrono perspectiva Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia :: MARÇO de 2011 :: ANO XI - EDIÇÃO 34 J o r n a l Aniversário do CNO Opinião Visitas de Estudo... Pág. 2 Pág. 6 - 7 Pág. 8 Caro leitor Está face a mais uma edição do jornal “Perspectiva”. E entre esta e a última edição, tantas foram as mudanças. Hoje, já somos um Agrupamento de Escolas, temos novos órgãos e novos responsáveis. E até parece que ganhámos a maioridade. Agora somos grandes… Agora temos expressão… E da furiosa contestação e enérgica oposição inicial passámos à serena e mansa rotina. Porventura mais aparente que real, pois a normalidade leva tempo a firmar-se. Contudo, o futuro não deixa de ser promissor. É que, na verdade, estamos cá todos ou quase todos e, por isso, a nossa Escola continua a ter todas as condições para ser uma instituição escolar de referência, onde se trabalha bem, com gosto, com querer e com a ambição de quem acredita que na educação reside a construção de um mundo melhor e de um Homem mais valioso e mais digno. Manuel Ferreira Professor de Filosofia A primeira fase do “Concurso Saber… aLer” já fervilha literariamente nas trinta e seis turmas do 1.º CEB do nosso Agrupamento. O concurso baseia-se nas obras Dom Draguim, Rei dos Dragões, de Carlos Campos, e Sarilhos do Amarelo, de Pedro Sales Luís Rosário. Concurso Saber...aLer No próximo dia 20 de Maio, o Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia vai celebrar o “Dia do Patrono”. Pág. 4 Dia Internacional da Filosofia e da Língua Materna Pág. 4 No dia 30 de Outubro, realizou-se a cerimónia de comemoração do aniversário do Centro Novas Oportunidades (CNO), no Centro Escolar da Alameda. Visita ao Museu do Douro Viagem ao Corpo Humano Visita à Universidade de Aveiro Visita a Lisboa e Mafra Uma mulher desfigurada - Pág 9 Avaliação e autonomia das escolas - Pág. 10 Uma Régua menos "torta" - Pág. 11 Sacrifícios de uma vida de estudante - Pág. 11

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Jornal da Escola Secundária João de Araújo Correia

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J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A 1

CMYK

www.esec-dr-j-araujo-correia-rcts.pt :: [email protected]

Editorial Novo Programa de Português doEnsino Básico Pág. 2

Filme do Desassossego Pág. 3

O Centenário da República na EscolaJoão Araújo Correia Pág. 4

Línguas Pág. 12

Matemática Pág. 14

Dia do Patrono

pe r spe c t i v aAgrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia

:: MARÇO de 2011 :: ANO XI - EDIÇÃO 34

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J o r n a l

Aniversário do CNOw

Opiniãow

Visitas de Estudo...w

Pág. 2

Pág. 6 - 7

Pág. 8

Caro leitor

Está face a mais uma edição do jornal “Perspectiva”. E entre esta e a última edição, tantas foram as mudanças.Hoje, já somos um Agrupamento de Escolas, temos novos órgãos e novos responsáveis. E até parece queganhámos a maioridade. Agora somos grandes… Agora temos expressão…

E da furiosa contestação e enérgica oposição inicial passámos à serena e mansa rotina. Porventura maisaparente que real, pois a normalidade leva tempo a firmar-se. Contudo, o futuro não deixa de ser promissor. Éque, na verdade, estamos cá todos ou quase todos e, por isso, a nossa Escola continua a ter todas as condiçõespara ser uma instituição escolar de referência, onde se trabalha bem, com gosto, com querer e com a ambiçãode quem acredita que na educação reside a construção de um mundo melhor e de um Homem mais valioso e maisdigno.

Manuel Ferreira

Professor de Filosofia

A primeira fase do “Concurso Saber… aLer” já fervilha literariamente nas trinta e seis turmas do 1.º CEB do nossoAgrupamento.

O concurso baseia-se nas obras Dom Draguim, Rei dos Dragões, de Carlos Campos, e Sarilhos do Amarelo, de PedroSales Luís Rosário.

Concurso Saber...aLerw

No próximo dia 20 de Maio, o Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia vai celebrar o “Dia do Patrono”.

Pág. 4

Dia Internacional da Filosofia e daLíngua Materna Pág. 4

No dia 30 de Outubro, realizou-se a cerimónia decomemoração do aniversário do Centro NovasOportunidades (CNO), no Centro Escolar da Alameda.

Visita ao Museu do Douro Viagem ao Corpo Humano

Visita à Universidade deAveiro

Visita a Lisboa e Mafra

Uma mulher desfigurada - Pág 9

Avaliação e autonomia das escolas - Pág. 10

Uma Régua menos "torta" - Pág. 11

Sacrifícios de uma vida de estudante - Pág. 11

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NOTÍCIAS...

No dia 30 de Outubro, realizou-se acerimónia de comemoração doaniversário do Centro NovasOportunidades (CNO), no Centro Escolarda Alameda.

A cerimónia foi muito participada,tendo estado presentes os adultoscertif icados ao longo do ano e asentidades convidadas.

Paralelamente, decorreu umaexposição dos trabalhos realizadospelos adultos que foram certificados,pois muitos deles, nas horas vagas,dedicam-se a trabalhos artesanais degrande interesse cultural e artístico.Magníf icos trabalhos de pintura,escultura, bordados, miniaturas de casas,e outros que encheram de curiosidadeos visitantes, merecendo destes umanota de excelência e, nos autores, asatisfação de lhes ser reconhecido valore competência.

Durante a cerimónia, foramentregues 131 diplomas do Ensino Básicoe 132 diplomas do Ensino Secundário aadultos certificados ao longo deste anolectivo, pelo Coordenador do CNO,professor Salvador Ferreira, peloDirector do CNO, professor PauloRenato, pela Directora Adjunta da DREN,Dra. Ema Gonçalo, e pelo Presidente daCâmara, Eng. Nuno Gonçalves.

Foi, também, aproveitada aoportunidade para serem assinadosprotocolos com as Juntas de Freguesiado concelho, com a Casa do Povo deGodim e com a Câmara Municipal de Pesoda Régua, procurando, deste modo,aprofundar o trabalho colaborativoentre o CNO e a comunidade local, de

forma a dar resposta às necessidades deformação e certificação dos adultos doconcelho.

Foi servido um almoço, tendoterminado a festa com um baileabrilhantado pelos adultos, quedemonstraram notáveis competênciasnos domínios da música, dos cantares eda dança.

Este evento serviu para evidenciar oexcelente trabalho desenvolvido pelaequipa do CNO junto da comunidade,bem como dar realce ao trabalho pessoalde cada adulto, apresentado naexposição.

Salvador Ferreira - Coordenador do CNO

ANIVERSÁRIO DO CENTRO NOVASOPORTUNIDADES

O Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia está a desenvolver umaactividade de formação dos seus professores de Português, no âmbito do Projecto deImplementação do Novo Programa de Português do Ensino Básico (NPPEB).

Uma vez por semana, à quarta-feira, decorre uma sessão de trabalho, orientadapela Dr.ª Conceição Pires, professora do Agrupamento, a qual se realiza durantenoventa minutos alternadamente nas instalações da Escola EB 2,3 e da EscolaSecundária Dr. João de Araújo Correia.

O Novo Programa de Português do Ensino Básico apresenta orientações queprocuram adaptar as exigências da vida moderna, exigente e competitiva aosconteúdos curriculares da disciplina. O mundo actual requer adultos críticos einterventivos e, neste sentido, a proficiência na língua materna, visível no domíniodas competências linguístico-comunicativas, é um requisito indispensável para ainteracção social e o sucesso profissional.

As novas directivas produzirão alterações a vários níveis na actuação do professorde Português. Por exemplo, o princípio da progressão obriga a um conhecimento dasorientações programáticas dos três ciclos do Ensino Básico e, consequentemente, auma gestão e operacionalização ponderada e equilibrada, buscando uma efectivainterligação entre os mesmos. Outro aspecto inovador será a promoção da adequaçãoentre as orientações programáticas, o Projecto Educativo do Agrupamento e o ProjectoCurricular de Turma.

O NPPEB consagra um desígnio educativo fundamental, que se concretiza numa“declarada atitude de exigência no que respeita ao domínio do português enquantolíngua de escolarização” (PPEB, homologado em Março de 2009, p. 9). Tornar estedesígnio uma realidade será o maior desafio do professor de Português, assim comode todos os intervenientes no sistema educativo.

Os professores de Português do Agrupamento contam, naturalmente, beneficiarda actualização científica, pedagógica e didáctica que as sessões propiciam.

Um dos participantes

Novo Programa de Português do EnsinoBásico

No âmbito da disciplina de Espanhol, os alunos das turmas A e D do 11.º anoparticiparam no projecto “Pinta a tua Espanha”, inserido no “VIII Prémio Pilar MorenoDíaz de Peña”, do Departamento de Educação da Embaixada da Espanha.

O projecto consistia na criação de um cartazque ilustrava o tema “Uma Viagem Cultural aEspanha”. Havia prémios monetários para os trêsmelhores trabalhos. O placar vencedor poderáainda servir de imagem do "IX Prémio PilarMoreno Díaz de Peña" de 2012.

O cartaz elaborado pelos alunos baseou-se emelementos culturais espanhóis como a Tomatina,o Carnaval, as Touradas, os palácios e a bandeira.

“Pinta a tua Espanha”

La Tomatina es una fiesta divertida en España que se celebra en Buñol en agostoy que consiste en lanzar tomates entre los participantes durante una hora.

Las fiestas de Carnaval se celebran en una multitud de pueblos y ciudades. Sueledurar unos 3 días en los que la gente se disfraza.

Las Corridas de toros son espectáculos preciosos característicos de España queconsisten en lidiar varios toros bravos, a pie o a caballo, en un recinto cerrado, laplaza de toros.

Los palacios - España es un país muy rico en términos de arquitectura. Existengrandes palacios muy bonitos.

La bandera es el símbolo de España. Fue adaptada con todos sus elementosactuales el 5 de octubre de 1981, se compone de tres franjas horizontales roja,amarilla y roja y un escudo a la izquierda.

Alunos do 11.º A e D

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NOTÍCIAS...

No passado dia 6 de Janeiro, dia deReis, os elementos organizadores do Iconcurso “Carta a los Reyes Magos”procederam à entrega dos prémios aosvencedores do concurso, numacerimónia que decorreu no salão nobreda Câmara Municipal de Vila Real.

Vários docentes da disciplina deEspanhol das escolas dos concelhos deVila Real, Vila Pouca de Aguiar, Peso daRégua e Alijó, em parceria com a CâmaraMunicipal de Vila Real e a Universidadede Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),promoveram o referido concurso com oobjectivo de estimular a criatividade,assim como de aplicar conhecimentoslinguísticos e culturais dos estudantes delíngua espanhola na tarefa de redacçãode uma carta aos Reis Magos emEspanhol.

Dos duzentos alunos participantes,seis foram consagrados vencedores,distribuídos pelas categorias “EnsinoSecundário” e “3.º Ciclo do EnsinoBásico”. Assim, na primeira categoria,ficou em primeiro lugar Daniel Carvalho,da Escola Secundária do Morgado deMateus, Vila Real. O segundo e terceirolugares foram para alunas doAgrupamento Vertical de Escolas de VilaPouca de Aguiar – Joana Barreiro eMariana Sanches, respectivamente.

No 3.º Ciclo do Ensino Básico, oprimeiro lugar foi atribuído a Ana SofiaOlival, da Escola de São Secundária dePedro, V ila Real. Em segundo lugar,classificou-se Ana Sofia Oliveira, da EscolaSecundária C/3 Camilo Castelo Branco,Vila Real. O terceiro lugar ficou reservadopara Inês Duarte Carvalheira, do 9.º A doAgrupamento de Escolas Dr. João deAraújo Correia, Peso da Régua.

Foi ainda destacada, com um prémioextraordinário, a carta mais divertida,pertencente à aluna Patrícia Soares, do9.º A, do nosso Agrupamento de Escolas.

Os alunos vencedores,acompanhados pelos pais, professoresde Espanhol, directores de turma eoutros docentes representantes de cadaescola, deslocaram-se à CâmaraMunicipal de Vila Real, onde receberamos respectivos prémios e, de coroadourada na cabeça, leram as suas cartasdiante de um público que, orgulhoso, osaplaudiu efusivamente. A acompanhar eembelezar o momento esteve o grupode cantares Aléu.

O evento, que decorreu numambiente de convivência cultural ede partilha, foi seguramenteimportante para os premiados,bem como para os seusprofessores, familiares e amigos.

De acordo com o regulamentode concurso, que prevê adivulgação das cartas vencedoras,

aqui se publica, na íntegra e assinadaspor um pseudónimo, as da nossa Escola:

3.º Prémio do 3.º Ciclo do Ensino Básico(Inês Carvalheira, 9.º A)

Lunes, 13 de diciembre de 2010Queridos Reyes Magos, todas

aquellas Navidades que pasé, siemprepedía un montón de cosas quenecesitaba, pero me di cuenta de que enla Navidad lo más importante no es lacantidad, sino la cualidad. Así que ospido, Melchor, Baltasar y Gaspar, queesta época de vacaciones lo único quequiero es que mi hermano pueda vivirsano y muchos momentos felicesconmigo. Nuestra felicidad no se logracon grandes y caros regalos, que rara vezlos usamos, sino con pequeñas cosasque ocurren todos los días.

Besos:Néh

Prémio extraordinário – A carta maisdivertida (Patrícia Soares, 9.º A)

Lunes, 13 de diciembre de 2010Hola Reyes Magos,Mi nombre es María, tengo 14 años y

vivo en Portugal.Os escribo porque estaba pensando

cómo seriáis en la actualidad: camellossustituidos por Ferraris, ropa anchasustituida por las ropas de los JonasBrothers y la estrella que utilizáis paraseguir el camino correcto, sustituida porun GPS. Habrán cambiado también losregalos, oro, incienso y mirra: Baltasarofrecería una semilla de un árbol que dade comer; Gaspar daría una gota de aguapara calmar la sed y Melchor ofreceríamil euros para los regalos de Navidad.

Pensad en esta propuesta y tratad devenir este año.

Besos, María.

Os restantes alunos participantes nãopremiados receberam um certificado departicipação, uma vez que todosmostraram uma grande receptividade àactividade, num dinamismo que prova oseu interesse pelo estudo da língua ecultura espanholas.

Fátima Fraga - Professora de Espanhol

I Concur Concur Concur Concur Concursososososo“Car“Car“Car“Car“Carta a los Rta a los Rta a los Rta a los Rta a los Reeeeeyyyyyes Maes Maes Maes Maes Magggggos”os”os”os”os”

Pelo génio de João Botelho, um grupode alunos de turmas do 12.º ano foipresenteado com a oportunidade deassistir ao “Filme do Desassossego”,filme baseado na obra Livro doDesassossego, de Fernando Pessoa.

O filme em si retrata a vida deBernardo Soares – heterónimo criado porFernando Pessoa, sendo o que mais seassemelha a ele – em três dias e trêsnoites. O filme propriamente dito inicia-se com a criação do heterónimo e domeio que o envolve, decorrendo, maistarde, um diálogo entre o heterónimo –Bernardo Soares – e o ortónimo –Fernando Pessoa – onde, numa conversasem apresentações, o heterónimoqueixa-se de não conseguir escreverpoemas, mas sim fragmentos, aocontrário de Pessoa, que é um mestre dapoesia. Ao chegar ao apartamento doprimeiro, este entrega a FernandoPessoa um livro de sua autoria, escrito àmão, intitulado Livro do Desassossego, e é

a partir desta entrega e da promessa deuma interessada análise de Pessoa que ahistória de vida de Bernardo Soares, emtrês dias e três noites, tem começo.

Neste pequeno grande período detempo, é mostrado ao público o meio emque Bernardo Soares vive, desde o seutrabalho como arrumador de livros numabiblioteca de Lisboa –tal como o próprioFernando Pessoa –,onde reflecte sobre asua própria exis-tência, critica oscompanheiros detrabalho e acaba porescrever uma ópera;os monólogos no seuapartamento, nosquais a sociedade, oporquê de ele sercomo é, e osfragmentos queescreve são o temaprincipal; os seusalmoços numrestaurante onde, através dos restantesclientes que lá almoçam, temas como atraição e opiniões de vida se fazem

sentir, juntando-se a eles opiniões entreBernardo Soares e alguns empregados– que também as mantêm entre si –envoltas pelo porquê daqueles e deoutros acontecimentos; os passeios quefaz pela cidade de Lisboa, nos quais elelida com a sociedade que critica por estar

repléta de vícios, dos quaisfazem parte os sete pecadosmortais, e que, apesar de osaber, peca sem hesitar.

O filme acaba comFernando Pessoa a abandonaro mesmo bar onde conheceuBernardo Soares, que nãoapareceu desta vez, e deixandona mesa onde se sentou omanuscrito que lhe tinha sidoentregue e que, devido àinsistência do dono do bar, lhevoltou às mãos, por esteconsiderar que talvez Pessoalhe pudesse achar maior

interesse. Embora Pessoa dissesse queo livro não era dele, aceita-o e reflectesobre o cansaço da sua fragmentação,deixando Bernardo Soares, que lhedeixou a sua obra, e partindo para outroheterónimo.

Em poucas palavras, pode-se dizerque o filme não é baseado numa obra de

Fernando Pessoa, o filme é FernandoPessoa.

Daniel Teixeira de Carvalho – 12.º A

Filme do DesassosseFilme do DesassosseFilme do DesassosseFilme do DesassosseFilme do Desassossegggggooooo

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NOTÍCIAS...

Durante o mês de Outubro foi possível visionar no pavilhão B da nossa Escola umaexposição sobre o centenário da República, organizada pela Área Disciplinar de História.Com boa apresentação e rigor histórico, a exposição tinha tudo o que era necessáriopara fazer reviver um evento importante como a queda da monarquia em Portugal e ocomeço de um novo regime político que durou até hoje.

De facto, no dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos, juntamente com o seu filhoprimogénito, o príncipe Filipe, foi vítima de um regicídio. Como consequência desteatentado, a República foi implantada em Portugal, quando se contava o ano de 1910,no dia que todos conhecemos como feriado nacional, o 5 de Outubro.

O centenário da República foi tema de programas televisivos, de debates e motivode festividades, celebrações e, claro, exposições. Foi um dos acontecimentos maisimportantes do ano, a que a nossa Escola não se alheou.

A exposição da nossa Escola, além de apresentar os factos cronológicos maisrelevantes, tinha várias curiosidades relativas à vida quotidiana, o que despertava ointeresse e fornecia um quadro mais realista da época retratada.

Isilda Castro – 10.º F

O CENTENÁRIO DA REPÚBLICANA ESCOLA JOÃO ARAÚJO CORREIA

VERDES VERDES VERDES VERDES VERDES AAAAATÉ TÉ TÉ TÉ TÉ AAAAAO O O O O TUTTUTTUTTUTTUTANOANOANOANOANO

Um grupo de alunos do 12º- ano, turmaC, está a levar a cabo um projecto deprotecção do ambiente, no âmbito dadisciplina de Área de Projecto. “Desdesempre sonhámos em trabalhar este tema”diz a porta-voz do grupo, Inês Pereira. “Estaideia nasceu há uns anos, quando vi ummenino a separar o lixo quando cá aindanem se

falava em tal coisa. Fez-se luz!”.O projecto envolve várias actividades a decorrer

durante o ano lectivo de 2010-2011. As preocupaçõesecológicas dos vários elementos começam a tomarforma nas suas primeiras aparições.

O “Rolhão” é o recipiente destinado a recolhertampas plásticas para reverter a favor dos mais

necessitados.A Árvore de Natal

nasceu da intenção dealertar para a inútil emissãodos talões de movimentosdo cartão da Escola, comoos recibos no bar e napapelaria. Os alunos mobilizaram a comunidade escolar aenfeitar a sua árvore com os referidos talões. Vejam só quecarregada! Dá que pensar!!!

Contudo, a árvore não seria a mesma sem os sinos,estrelas e figuras integralmente construídas pelos alunosdo grupo, com materiais reutilizados de embalagens deiogurte, leite, desodorizantes, rolhas plásticas, etc., que delairão fazer parte. Até as luzes são ecológicas. Com ajuda doprofessor Rui Guimarães, todos podem “dar à luz!”: é que

as luzes acendem quando se dá à manivela. Nada de energias poluidoras…O grupo apela: “Vem dar luz à nossa árvore!”

Simbologia dos efeitos da Árvore de Natal EcológicaAnjos - Simbolizam os 5 subtemas individuais em que trabalhamos: Hidrosfera,

Biosfera, Geosfera, Atmosfera e relação do Homem com a Natureza;Estrelas - Significam o fabrico de uma tonelada de papel reciclado, relativamente

à produção de papel novo: necessita entre 50 a 200 vezes menos água (oequivalente ao consumo diário de mil pessoas);

Sinos - Simbolizam a Pegada Ecológica Portuguesa, que é 4,5 hectares porpessoa, o que equivale a 4,5 campos de futebol;

Bolas - Simbolizam 8 milhões de árvores plantadas todos os anos;Laços - Representam doze embalagens de plástico recicladas, correspondendo

a 1 quilo de CO2 a menos na atmosfera;Talões - Simbolizam o desperdício de mais de 400 milhões de toneladas de

papel por ano, no mundo;Luzes - Representam as 14,8 de toneladas de CO2 que foram emitidas em 2009

pela produção eléctrica, o que corresponde a cerca de 26% do total no país.

Todos os enfeites são assim dotados de profundo significado, nada tendo sidodeixado ao acaso.

O espírito natalício nasce contrariando o consumismoque naquela época se apodera dosnossos pensamentos.

Mas muitas outras actividades nosvão surpreender ao longo do ano.

O grupo pretende alargar a suaintervenção às escolas do 1º- ciclo etalvez até ao pré-escolar. Preparoutambém com entusiasmo uma

actuação de fantoches alusiva ao tema, que pretende fazer asdelícias dos mais pequenos, e ainda um peddy-papper. Claro quetodo o material será construído reutilizando.

Bem hajam estes Jovens por acreditarem que vale a pena.

Inês Sequeira - Professora de Área de Projecto

“Temos de compreender que somos apenas uma porção minúscula de um Universoincrivelmente vasto. Aconselho os cientistas a abordarem a Natureza com maishumildade. Pode chegar o dia em que as aves não cantem para celebrar a Primavera.”

R. Carson

DIA DO PDIA DO PDIA DO PDIA DO PDIA DO PAAAAATRTRTRTRTRONOONOONOONOONO

No próximo dia 20 deMaio, o Agrupamento deEscolas Dr. João de AraújoCorreia vai celebrar o “Dia doPatrono”.

Nesse dia, pretende-se:. homenagear o Dr. João

de Araújo Correia, patronodo Agrupamento de Escolas;

. homenagear a Dr.ªRaquel Ruas pelos relevantesserviços prestados à EscolaSecundária com o mesmonome;

. levar para a cidade todasas escolas do Agrupamento,com a participação de todosos seus agentes, nocumprimento da

verticalidade e da transversalidade;. mobilizar pais e encarregados de educação para a participação no evento;. sensibilizar e mobilizar as forças vivas do concelho e da cidade, como sejam a

Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, as Associações Culturais, os órgãos decomunicação social e outras forças vivas.

Serão organizadas, nesse dia, várias actividades, que vão do teatro de rua àsdanças de rua e animação de rua, exposições de pintura e fotografia, conferênciase café-concerto.

A organização será da responsabilidade da Área Disciplinar de EducaçãoTecnológica, que espera, naturalmente, a colaboração de várias pessoas e entidades,bem como dos alunos. Será sobretudo para estes que as actividades se dirigirão.

Espera-se, portanto, a sua participação activa!Paulo Pereira Guedes - Professor de Português

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NOTÍCIAS...

A celebração do “Dia Internacionalda Filosofia” constitui-se como umaoportunidade ímpar para sensibilizar econsciencializar toda a comunidadeeducativa e em particular os alunos paraa importância da Filosofia na formaçãointegral de cada indivíduo.

A F ilosof ia é uma experiênciaindispensável à vida humana,estendendo o seu olhar interrogantea tudo o que nos rodeia.

Num contexto marcado por umpragmatismo crescente, umindividualismo cego, umadesumanização feroz e umaalienação cada vez mais frequente, éessencial mostrar que existem outraspossibilidades, outras maneiras depensar, de ser e de fazer. A Filosofiaaparece, então, como um saber euma vivência que, com a suapreocupação analítica, crítica ereflexiva, pode despertar o serhumano para uma existência maisautêntica, mais digna e mais justa.

Assim, movido por esta convicção,a Área Disciplinar 410 – Filosofia –resolveu associar-se de forma activaà comemoração daquela efeméride,que se realizou no dia 18 deNovembro.

A actividade decorreu noAnfiteatro do Pavilhão 3 e envolveu

Dia InterDia InterDia InterDia InterDia Internacional da Filosofnacional da Filosofnacional da Filosofnacional da Filosofnacional da Filosofiaiaiaiaia

várias turmas do ensino secundário,nomeadamente dos 10.º e 11.º anos.Com o envolvimento dos alunos do10.º ano, da turma D, encenou-se comconteúdos e linguagem actuais otexto “Alegoria da Caverna”, escritopelo filósofo Platão, e que se encontrana obra intitulada A República, LivroVII, 514a-517c.

Foi apresentada ainda, por umaaluna do 11.º ano, da turma C, SofiaGuerra, uma intervenção que realizavauma comparação entre o discursodemonstrativo e o argumentativo.

Por fim, visionou-se o filme“Reencontro com o passado”, tendo-se-lhe seguido um pequeno debatesobre o conteúdo e a mensagem domesmo.

Em termos gerais, podemosaf irmar que a actividade foi aoencontro dos objectivos e dasexpectativas traçadas. A participaçãodos alunos foi viva e entusiasmante.

Pensamos que este tipo deactividades é positivo e indispensávelpara que o aluno possa estabeleceruma relação entre os conteúdosescolares e as situações concretas daexperiência convivencial.

Manuel Ferreira – Professor de Filosofia

Com o objectivo primordial deelevar os níveis de literacia, os alunosdo 7.º A participaram na actividadeextracurricular Hora do Conto,dinamizada pela professora EmíliaCraveiro em colaboração com aBiblioteca Escolar da ESJAC.

Os referidos alunos assistiram,no dia 13 de Dezembro, pelas14h20m, à leitura expressiva depoemas de Natal (a cargo do 9.º - B),e a dramatização do Conto «Happy

Meal», de José Braga - Amaral, feita pela professora e alunos do 7.º - E.As actividades realizadas (dramatização, acróstico, mímica e bingo) foram uma

mais-valia para os discentes, na medida em que puderam usar a leitura como uminstrumento de comunicação e veículo de novas aquisições culturais.

A avaliar pelos comentários dos alunos, todas as actividades relacionadas com aanálise do conto foram realizadas com agrado pelos mesmos, tendo sido uma sessãodinâmica e divertida.

Emília Craveiro - Professora de Português

HORA DO CONTHORA DO CONTHORA DO CONTHORA DO CONTHORA DO CONTOOOOO

Celebra-se a 21 de Fevereiro o DiaInternacional da Língua Materna,proclamado pela Conferência Geral daUNESCO em Novembro de 1999 e desdeFevereiro de 2000 que se comemora esteDia Internacional, com o objectivo depromover a diversidade linguística-cultural e o plurilinguismo. A LínguaMaterna tem, sem dúvida, um papelpreponderante no desenvolvimento dacriatividade, da capacidade decomunicação e na elaboração de

conceitos, além de que a mesma constitui também o primeiro vector da identidadecultural.

Desta forma e a fim de desenvolver nos alunos o gosto pela criação poética, osmesmos divulgaram os seus textos a outrosalunos da comunidade escolar.

Com o objectivo primordial de comemoraro Dia Internacional da Língua Materna, aprofessora Emília Craveiro dinamizou com osalunos da turma G do décimo ano, de Línguase Humanidades, uma actividadeextracurricular, subordinada ao tema LER ÉCRIAR E MOTIVAR, integrada no Projecto DiasTemáticos – a comemorar também se aprende,em colaboração com a Biblioteca Escolar daESJAC.

Os alunos de Línguas e Literaturasrecitaram, assim como apresentaram numtrabalho em powerpoint, diversascomposições poéticas da sua autoria, sob as mais diversas formas, desde a cantiga deamigo, ao soneto camoniano e à quadra popular. Os textos poéticos abordaram aimportância da aprendizagem da Língua Materna e as alterações do Novo AcordoOrtográfico. Seguidamente, a turma G proporcionou a todos os presentes um pequenolanche, num ambiente de total confraternização entre docentes e discentes.

A actividade realizada foi bastante enriquecedora, na medida em que os alunospuderam aprender, divulgando o seu próprio trabalho.

A avaliar pelos comentários dos presentes, a actividade foi bastante profícua e,parafraseando o Senhor Presidente da CAP, Professor Paulo Renato, são momentoscomo estes que ficam na memória dos alunos e nos fazem recordar com saudade osnossos momentos escolares.

Emília Craveiro – Professora de Português

DIA INTERNACIONALDIA INTERNACIONALDIA INTERNACIONALDIA INTERNACIONALDIA INTERNACIONALDDDDDAAAAA

LÍNGULÍNGULÍNGULÍNGULÍNGUA MAA MAA MAA MAA MATERNTERNTERNTERNTERNAAAAA

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VISITAS DE ESTUDO...

No passado dia 22 de Outubro,algumas turmas do 12.º ano (turmas A, B,C, E, F e G) da nossa Escola deslocaram-se à Alfândega do Porto, a f im departiciparem numa visita à exposiçãointitulada O Corpo Humano.

Esta visita de estudo efectuou-se noâmbito das disciplinas de Psicologia B,Geografia C e Biologia.

A saída da Escola deu-se por volta dasnove horas da manhã e, após umaviagem algo ensonada no início, masbem desperta e bem-disposta no final,chegou-se ao Porto cerca das onzehoras.

Já no edifício da Alfândega doPorto, as turmas E e F (as únicas que têmGeograf ia) começaram a visita peloMuseu dos Transportes e dasTelecomunicações, tendo-se detido,atentamente, na exposição sobre aevolução da rádio. No f im, e paravivenciarem uma situação prática,gravaram uma espécie de programaradiofónico, tendo como temática acampanha para a eleição da associação

VVVVViaiaiaiaiagggggem ao Corem ao Corem ao Corem ao Corem ao Corpo Humanopo Humanopo Humanopo Humanopo Humano

de estudantes da Escola.Entretanto, as

restantes turmasparticiparam na visita àexposição sobre o corpohumano. Já da parte datarde, foi a vez dosradialistas das turmas E e Fverem a exposição que asoutras turmas já tinhamvisitado.

Nesta exposição, pôdevisualizar-se a constituição e ofuncionamento do corpo humano,sendo que a exposição estava repleta decorpos reais. V iram-se, por exemplo,órgãos, fetos, corpos desmembrados eaté mesmo fatiados, corpos sem pele.Para os alunos de Psicologia e de Biologia,esta exposição revelou-se extremamenteenriquecedora.

Após algum cansaço e muitasemoções, o almoço iria ser bem saborosoe retemperador. Teve lugar no EdifícioTransparente, perto do Castelo doQueijo, ao som das ondas do mar adesmaiar nos rochedos.

Para além do enriquecimento cultural,esta visita proporcionou um convíviosalutar entre alunos e professores.Muitas facetas de uns e de outros sónestas circunstâncias se revelam. Àsvezes, de modo bem surpreendente.

A viagem de regresso foi maissossegada, acabando à entrada daEscola por volta das 18 horas.

Venham mais.Filipa Costa – 12.º F

No âmbito da disciplina dePortuguês, a turma D do 10.ºano de escolaridade, dos cursosde Ciências e Tecnologias eArtes Visuais, deslocou-se aoMuseu do Douro, no dia 21 deOutubro, pelas 11 horas.

O percurso foi pedestre, jáque fomos pela margem do rio.O ambiente foi muito divertido,

porque há muitos talentos vocais na turma, se bem que a seleção musical nemsempre tenha sido consensual, intercalando-se música «pimba» e pop.

Após a chegada, fomos recebidos por uma guia do Museu, que nos mostrou osvários espaços deste edifício cultural. Começámos por visitar a exposição temporária“Colecção de Ernest Lieblish”, que reúne um conjunto de obras de 22 artistasplásticos portugueses de renome. De seguida, deslocámo-nos para outro espaço,onde visualizámos exposições de vários artistas, entre elas “Ode à Vinha”, deNecas Nicolau de Almeida, que retrata aspectos relacionados com a vinha/vinho doDouro. Também retenho na memória uma exposição de fotografia bastanteinteressante.

Fizemos, ainda, uma breve incursão a uma das salas que se situa no andarsuperior do edifício, onde se estava a organizar uma nova exposição, sobressaindoo xisto, rocha predominante no Douro.

Por fim, pudemos desfrutar do espaço exterior do Museu, descansando porbreves minutos na esplanada, com o Douro e a paisagem esplendorosa a rodearemnum abraço familiar.

Marta Arcanjo10.º D – Curso de Artes Visuais

VISITVISITVISITVISITVISITA A A A A AAAAAO MUSEU DO DOURO MUSEU DO DOURO MUSEU DO DOURO MUSEU DO DOURO MUSEU DO DOUROOOOO

No passado dia 25 deNovembro, os dezoitoalunos que constituem aturma do 10.º A do CursoProfissional de Técnico deMultimédia realizaram umavisita de estudo àUniversidade de Aveiro,mais propriamente ao pólode Águeda (ESTGA).

Entre outros objetivos,pretendeu-se com esta visitaproporcionar um contacto

com a Universidade, permitindo perspectivar e compreender as oportunidades a queno futuro os alunos podem ter acesso, assim como facultar a possibilidade de tomarcontacto com tecnologias, metodologias e processos de trabalho próprios da suaárea de estudos. Pretendia-se, ainda, que os alunos aprofundassem o conhecimentosobre as áreas de atuação e as tecnologias envolvidas no processo de criação deprodutos multimédia, perspetivandoas possibilidades de evolução, emtermos de conhecimento e do saberfazer nesta área de actuação.

A visita revelou-se muitoproveitosa, tendo-se iniciado pelas11h30m com a participação numWorkshop sobre “O Espaço a 3D”,no âmbito das atividades da SemanaAberta da Universidade. Os recursose a tecnologia ao dispor daUniversidade entusiasmaram todosos que quiseram pôr em prática as potencialidades dos programas que operacionalizamas imagens em 3D.

Após o almoço, procedeu-se a um curto passeio pelo centro histórico da cidade deAveiro. O regresso à Régua ocorreu pelas 17h30m.

10.º A ProfissionalNOTA: Texto redigido segundo o Acordo Ortográfico.

VVVVVisita à Uniisita à Uniisita à Uniisita à Uniisita à Univvvvvererererersidade de sidade de sidade de sidade de sidade de AAAAAvvvvveireireireireiroooooPPPPPolo de Águedaolo de Águedaolo de Águedaolo de Águedaolo de Águeda

No dia 22 de Outubro de 2010, noâmbito das comemorações doCentenário da Implantação da República,o grupo disciplinar de História promoveuuma ida ao teatro, para visionamentoda peça “Vem aí a República”. A peça,produzida pela companhia Pé-de-Vento,contribuiu para o conhecimento do queforam as lutas pelos ideais republicanosque no Porto começaram ainda antes,com o 31 de Janeiro de 1891.

COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIOCOMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIOCOMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIOCOMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIOCOMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIODDDDDA REPÚBLICAA REPÚBLICAA REPÚBLICAA REPÚBLICAA REPÚBLICA

Durante a tarde, os alunos visitaramo Museu Nacional Soares dos Reis, tendopodido deliciar-se com a exposição“Transparência. Abel Salazar e o seuTempo, um olhar”, organizada em tornoda sua obra plástica, pretendendocontribuir para uma melhorcompreensão e posicionamentohistórico do seu trabalho à luz dopensamento actual. Ainda no Museu, osalunos envolveram-se na actividade “Vere Resolver”, em busca do conhecimentoautónomo do museu e da sensibilidadeartística de cada aluno.

Eduarda Araújo - Professora de História

Visita dos Alunos do 9.º Ano ao Porto

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J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A 7

Nos passados dias 24 e 25 deFevereiro, quarenta e oito alunos dodécimo segundo ano, acompanhadosdos respectivos professores dePortuguês e Psicologia, realizaram umavisita de estudo a Lisboa e a Mafra.

A visita de estudo, além de tercontribuído para a interacção dosdiversos participantes e para incentivara comunidade escolar à participação emactividades extra-curriculares, pôdeproporcionar a consecução de algunsobjectivos relacionados com a matériaem estudo: contactar com amundividência de Fernando Pessoa eJosé Saramago; identificar épocashistóricas; inferir das dimensõessimbólica e crítica das obras daquelesautores; e constatar o modus faciendi darepresentação dramática.

No primeiro dia, e depois de umaviagem que teve uma paragem paraalmoço em Leiria, junto ao Estádio Dr.Magalhães Pessoa, pudemos observarin loco os ambientes em que FernandoPessoa viveu, nomeadamente a zona daRua do Alecrim, que sobe para o Largodo Chiado e para o café “A Brasileira”,onde tomámos café com o poeta e comele tirámos fotografias. Seguimos para

o Largo de S. Carlos, onde pudemosapreciar a fachada do Teatro com omesmo nome, única sala de ópera emPortugal, tendo ainda podido apreciarexteriormente a casa onde FernandoPessoa nasceu, em 13 de Junho de 1888,no 4.º andar do n.º 4 daquele Largo.

No segundo dia – após noiteretemperadora em Oeiras, compassagem pelo centro comercial OeirasParque para jantar –, seguimos paraMafra, onde nos esperava uma visitaguiada ao Convento e Palácio Nacional,a qual, fruto do profissionalismo dosguias, nos permitiu uma abordagemproveitosa ao ambiente do monumentoe à sua relação com a obra Memorial doConvento. De tarde, assistimos àrepresentação da peça baseada naquelaobra literária, protagonizada pelo ÉterTeatro, que nos permitiu uma perspectivabastante satisfatória da intrigasaramaguiana e nos incita agora muitomais a proceder à leitura da obra.

A chegada à Escola aconteceu já pelasvinte e uma horas do dia 25/02.

Pela avaliação preliminar já efectuada,os docentes consideram que a visitacumpriu os objectivos enunciados.

Paulo Pereira Guedes - Professor de Português

Visita a Lisboa e MafraVisita a Lisboa e MafraVisita a Lisboa e MafraVisita a Lisboa e MafraVisita a Lisboa e MafraAcompanhando FAcompanhando FAcompanhando FAcompanhando FAcompanhando Fererererernando Pnando Pnando Pnando Pnando Pessoaessoaessoaessoaessoa

e Je Je Je Je José Sarosé Sarosé Sarosé Sarosé Saramaamaamaamaamagggggooooo

VISITAS DE ESTUDO...

No dia 5 de Janeiro do corrente anolectivo de 2010/2011, as turmas 10.º B e10.º C deslocaram-se a Armamar com afinalidade de visitar a ETAR e aSubvidouro (fabrica de aproveitamentode subprodutos), no âmbito da disciplinade Física e Química.

A visita realizou-se apenas da parteda manhã.

Deslocámo-nos ao local, deautocarro. Assim que chegámos ao localda visita, foi-nos fornecido um guia, umdos muitos trabalhadores desta fábrica,que nos proporcionou uma visita guiadaàs instalações, explicando-nos como seprocessava o trabalho, nomeadamentetodos aqueles processos por que passamos resíduos enviados pelas adegas e quetêm o mesmo fim, criando assimaguardente vínica que, mais tarde,entrará na composição do vinho doPorto, tornando-se este um produtonatural.

Como exemplo, temos o testemunhode uma das quintas que entrega os seusresíduos. A Quinta Seara D’Ordens, a parde muitas outras quintas, entrega ossubprodutos à Subvidouro por duasrazões principais: por prestação vínica,ou seja, relativamente à produção, asquintas têm de entregar umapercentagem de vinho, borras ou películade uva (bagaço) para destilar; e, depoisde feita a prestação vínica, pode havernecessidade de se recorrer à destilação,quando há subprodutos a mais ouquando o vinho não apresenta qualidadepara consumo (vinho com defeito).

Esta destilação serve para produziraguardente vínica que, por sua vez, servepara entrar na composição do vinho doPorto, tornando-o num produto natural.

Com esta visita, o nosso grupoaprendeu não só todo o funcionamentodaquela fábrica, como tambémconseguimos ver a importância dada apequenos restos de borras ou películade uva que iriam para o lixo.

É fascinante toda aquelatransformação, todos aqueles processos

que nunca são em vão, mas que têmsempre um final útil para o consumo dasociedade.

Infelizmente, ainda há muitaspessoas a virar costas a um pequenogesto que pode mudar o mundo, areciclagem. Mas foi com esta fábrica eestes trabalhadores que aprendemosuma grande lição: todos os objectosdevem ter uma segunda oportunidade,a da reciclagem, sendo útil para asociedade uma, duas ou três vezes.

Não virem costas à reciclagem, poissem ela não teremos uma segundaoportunidade!

Carolina MoreiraFernando Mendes e Maria Inês – 10.º B/C

VVVVViaiaiaiaiagggggem à Subem à Subem à Subem à Subem à Subvidourvidourvidourvidourvidourooooo

Realizaram-se, nos dias 10, 11 e 12 de Março, duas visitas de estudo a Espanha. As visitas foram organizadaspelas professoras Regina Lima e Olinda Fontes, respectivamente docentes de História e Espanhol do décimoprimeiro ano, e Cláudia Lapa, docente da Área Disciplinar de Informática.

Podemos afirmar, até porque participámos numa das viagens, que os objectivos pretendidos foramalcançados, dado o interesse e a participação dos alunos nas várias actividades que lhes foram proporcionadas.

Por um lado, as turmas CEF 1 A, 11.º F, 11.º E, 11.º B Prof. e 12.º B Prof. visitaram, em Madrid, o Museu RainhaSofia, um repositório de arte contemporânea, onde foi possível apreciar obras de Picasso, como “Guernica”,ou obras do mestre surrealista Salvador Dali, entre outros. Visitaram, ainda, o Museu do Prado, instituiçãoonde pôde ser apreciada arte clássica, romântica e realista, assim como o Estádio Santiago Bernabéu, cujocircuito turístico foi percorrido pelos alunos e professores que para tal tinham manifestado a sua pretensão.

Por outro lado, as turmas CEF 3 A e 11.º C Prof. visitaram, na mesma cidade, a empresa Telefónica, assimcomo o Museu do Prado.

Tratou-se de uma actividade extra-curricular que proporcionou o contacto com outros ambientes e, ainda,a consecução de alguns objectivos relacionados com matérias em estudo.

Um dos participantes

Visitas a EspanhaVisitas a EspanhaVisitas a EspanhaVisitas a EspanhaVisitas a Espanha

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D (Curso de Artes Visuais) da ESJAC, foia vencedora do concurso Logótipo doSABE de Peso da Régua.Promovido pela BMPR e peloAgrupamento de Escolas, este concursorevelou artistas com elevada criatividadeplástica, que produziram trabalhos degrande qualidade.A cerimónia da entrega de prémiosrealizou-se no dia 7 de Dezembro, nosalão Agustina Bessa Luís da BMPR.Todos os trabalhos apresentados aconcurso estiveram expostos ao públicona BM.

04. A comemorar também se aprende

Pelo S. Martinho, Ricardo Fonseca, alunodo 8.º ano da ESJAC, através daBiblioteca da sua Escola e em intercâmbiocom a Biblioteca do Centro Escolar dasAlagoas, foi à turma do 2.º anoapresentar um trabalho de sua autoriasobre a lenda de S. Martinho.O Ricardo e os alunos da turma gostaramtanto desta experiência que a repetiramem Dezembro. Desta vez, o Ricardo e amonitora da Biblioteca, leram poemas deNatal e prepararam uma ficha para osmeninos completarem e no f imcolorirem.Todos esperam que esta interessantepartilha se mantenha ao longo do ano.

05. Encontro com…

Em Novembro, Daniela Mergulhão eCláudia Joana, alunas do ensinosecundário, deslocaram-se à turma do 9.ºA e surpreenderam todos ao recriarem avida e obra de escritores portugueses(Florbela Espanca e Fernando Pessoa,respectivamente).Tratou-se de um momento dedescontracção que suscitou muitointeresse e motivou os alunos para aleitura da obra daqueles conceituadospoetas.

06. Vencedora do Passatempo“Conhecer João de Araújo Correia”Sandra Catarina Vicente Coelho, n.º 17do 8.ºE

07. Li e recomendo!

Queres ler um livro interessante, mas nãosabes qual escolher?Os teus colegas já leram e recomendamos seus preferidos. Consulta assugestões deles no blog da página daBE, “Viajar nas palavras”.Todos os meses encontrarás uma novasugestão de leitura.“V iajar pela leitura sem rumo, semintenção. Só para viver a aventura que éter um livro nas mãos. É uma pena que sósaiba disso quem gosta de ler.Experimente! Assim sem compromisso,você vai me entender. Mergulhe decabeça na imaginação!”

(Clarice Pacheco)

Isilda Megre - Coordenadora da BE

A primeira fase do “Concurso Saber… aLer” já fervilha literariamente nastrinta e seis turmas do 1.º CEB do nosso Agrupamento.

O concurso baseia-se nas obras Dom Draguim, Rei dos Dragões, de Carlos Campos,e Sarilhos do Amarelo, de Pedro Sales Luís Rosário.

Estes livros foramoferecidos pela CâmaraMunicipal a todos os alunos do1.º CEB, como prenda de Natal,fruto da excelente parceria, aonível da educação, entre asduas instituições.

“Dom Draguim, Rei dosDragões” , nos 1.º/2.º anos, e“Sarilhos do Amarelo”, nos3.º/4.º anos, estão a ser lidos,vividos e interpretados, porcerca de oito centenas demeninos e meninas de palmoe meio, quer nas salas de aulaou nas Bibliotecas dos CentrosEscolares, quer em contextofamiliar, envolvendo-se, destemodo, os pais na promoçãodo livro e da leitura.

A primeira prova doconcurso decorreu no dia 28de Janeiro. Não se esqueçamque Ler também é Saber, mas,acima de tudo… divirtam-secom a Leitura!

Concurso Saber… aLer

01. Projecto aLer+O Projecto aLer+, uma iniciativa doPlano Nacional de Leitura, da Rede deBibliotecas Escolares e da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, foilançado em 2008 com o apoio daDirecção-Geral de Inovação eDesenvolvimento Curricular (DGIDC) eda Fundação Calouste Gulbenkian.A iniciativa aLer+ foi concebida combase no projecto Reading Connnects,Reading Trust, do Reino Unido, epretende “criar uma cultura de escolaem que o prazer de ler e a leitura sãoelementos centrais e transversais atodas as actividades curriculares eextracurriculares, envolvendo todos oselementos da comunidade educativa:alunos, docentes, não docentes,bibliotecários, famílias, voluntários,autarcas e todos os cidadãos eorganizações da sociedade civil”.No ano lectivo de 2008/2009, oAgrupamento Vertical de Peso daRégua foi convidado a integrar o aLer+e em 2009/ 2010 seguiu-se-lhe a ESJAC.O Agrupamento de Escolas João deAraújo Correia continua a desenvolvereste projecto.

02. Concurso Nacional de Leitura

No passado dia 5 de Janeiro, pelas14h30m, realizou-se em simultâneo naEB2/3 e na ESJAC a primeira fase da 5.ªedição do Concurso Nacional deLeitura.A comprovar que os nossos alunoslêem, e como já vem sendo hábito, aadesão a esta iniciativa do PNL foigrande.As obras para leitura, quer no EnsinoBásico quer no Secundário, foram daautoria do patrono do Agrupamento,João de Araújo Correia.

Vencedoras:3.º Ciclo:Isabel Pinto Gonçalves, n.º 8, 7.º EMª Leonor Pereira Ribeiro, n.º 18, 7.º CRosário Dias, n.º 11, 8.º D

Ensino Secundário:Ana Teixeira, n.º 3, 10.º FHelena Isabel Ferraz, n.º 10, 11.º BMaria Isilda Castro, n.º 15, 10.º F

Estas alunas representarão a Escola nasegunda fase do concurso, que serealizará a nível distrital, em data eBiblioteca Municipal a designar.

03. Entrega de prémios do concurso doLogótipo do SABE

Sara Alexandra Diaquino, aluna do 12.º

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Abre! Não tenhas medo! Devagarinho, começa a ler as primeiras palavras!Sente a doçura e a gentileza que cada letra tem ao fazer uma palavra.

Agora fecha os olhos. Sente essas palavras dentro de ti.Abre os olhos! Recorda a história e continua a ler devagarinho. Vive essa

história! Faz do livro a tua nova casa.Agora sente a personagem dentro de ti! Deita para fora as palavras que

anseiam sair do livro e espalhar a alegria da história. Deixa as palavras levarem atua alma para junto delas, e fazerem com que conheças as suas emoções! Nãoimporta se riem, choram, se querem morrer ou viver, as personagens habitamsempre aqui. Não saem do livro. Aqui elas sentem-se seguras. Se são comédia,tragédia ou drama, não importa, o que importa é o seu conteúdo, o que cadahistória quer transmitir para todo o mundo! Tu, que lês essa história, estás aviver tudo o que te transmitem. És uma personagem que elas queremtransformar e vives a história como se fosse tua!

Esquece as tristezas, arranca do teu coração o que é mau para ti! Nuncaabandones um livro, porque este poderá um dia vir a ser o teu melhor amigo!

Ana Lúcia Ribeiro - 11.º D

“T“T“T“T“Trrrrrajectórias Interajectórias Interajectórias Interajectórias Interajectórias Interdisciplinardisciplinardisciplinardisciplinardisciplinares”es”es”es”es”

No âmbito do Projecto “Trajectórias Interdisciplinares” promovido por algunsprofessores da nossa escola, realizou-se no dia 11 de Janeiro de 2011, pelas 14h30,um encontro acerca da multiculturalidade. Este teve lugar no IPTM e contoucom a participação de diversas turmas do 12.º ano – 12.º B, 12.º D, 12.º F e 12.º G –bem como do 10.º D. Além da participação escolar, contámos, ainda, com acontribuição de dois convidados especiais, o Rickson e a Diana. Ele brasileiro eela ucraniana.

O objectivo desta actividade, incluída no Plano Anual de Actividades daEscola, era debater a problemática da multiculturalidade e perceber de queforma esta se traduz e se vivencia nos nossos dias. Para tal, a acção iniciou-secom a apresentação de um vídeo realizado na nossa escola e que continha umacompilação das entrevistas feitas a diversos membros da comunidade escolar(alunos, professores e auxiliares de educação) acerca da temática. O vídeopretendia ilustrar a ideia que a população tem da multiculturalidade, bem comoa posição que defende acerca das minorias.

De seguida, os dois convidados puderam falar acerca da sua adaptação aonosso país. Debateram-se temas como a diferença entre o modelo de educaçãodo país de origem e o nosso, a gastronomia dos dois países e, ainda, a divergênciaentre o temperamento do seu povo e o nosso. Esta troca de opiniões prolongou-se, pois muitos daqueles que assistiam quiseram partilhar a sua opinião e osprofessores também tinham algumas perguntas a fazer.

Houve também tempo para assistirmos a um filme que os alunos do 12.º Ghaviam preparado. Este dizia respeito à existência de amores multiculturais nocinema e baseou-se na sua presença em “Pocahontas”. De igual forma,verificou-se que em “Avatar” e “A cidade dos anjos” há igualmente a partilha econhecimento de culturas que não as nossas, o que conduz à sua aceitação.Posteriormente, a turma 12.º D expôs, ainda, um pequeno resumo sobre apresença da multiculturalidade na arte.

Por último, o 10.º D mostrou-nos uma pequena encenação que pretendiaevidenciar e distinguir os conceitos de relativismo cultural e multiculturalidade.

O encerramento da actividade deu-se com todos em uníssono a cantar“Imagine”, de John Lennon, um conhecido hino à igualdade entre os povos.

Actividades como esta devem ser aplaudidas e estimuladas, pois são umaforma de estarmos alerta acerca dos diferentes problemas e temas que afectama sociedade em que vivemos.

Ana João – 12.º B

No âmbito da disciplina de Português, foi-me proposto apresentar oralmente um livro queefectivamente li, que se denomina porDesfigurada, escrito por Rania al-Baz epublicado por Edições ASA.

O motivo pelo qual eu escolhi este livro foiessencialmente o meu gosto por factos verídicose realistas e, sendo eu mulher, interesso-mepelos nossos direitos, não só no meu país mastambém no mundo.

Este livro conta-nos uma história lamentável,que se desenrola na Arábia Saudita einfelizmente em muitos outros países,nomeadamente no Irão, Afeganistão, entreoutros. Para além de ser real, a história destelivro, relatada pela própria personagem, Raniaal-Baz, é chocante na medida em que a mulher étratada de uma forma intolerável.

Rania al-Baz é uma jovem asiática, filha deYahya al-Baz, um empresário que detém grande parte de uma cadeia de hotéis naArábia Saudita. Começou o seu percurso profissional aos vinte anos, tornando-senuma das personalidades televisivas mais populares do seu país. Anteriormente,Rania estudava radiologia, mas entretanto conseguiu entrar no programa maismediático do momento, “O Reino Esta Manhã”, que lhe deu uma enorme projecção,não só por ser apresentadora de televisão, mas por ter conseguido chegar ao topoda sua carreira.

Rania é casada com Rachid, um famoso cantor que, entretanto, deixou de ter afama de que gozava, e foi nesta época que Rania começou a sustentar a sua família.Rachid não gostou desse facto, visto que vivem num país em que as mulheres nãopodem exercer qualquer tipo de função. A partir daí agrediu-a constantemente,até que chegou um dia, 4 de Abril de 2004, em que a espancou mais violentamente,chegando ao ponto de a pôr em coma, completamente desfigurada.

Rania, a seguir a este grave ataque, teve de fazer treze cirurgias para ficar comuma aparência facial “normal”, mas no total fez trinta e três operações.

Este crime passou de um assunto passional, pois as autoridades pensavam queseria “só” mais uma história de violência doméstica, a um assunto de Estado.

Rapidamente esta história de extrema violência percorreu o mundo.No final, este livro revela-nos as condições de martírio e de sofrimento a que as

mulheres são sujeitas e a luta pela defesa dos direitos das mesmas. Esta é umasituação bem actual, não só na Arábia Saudita como em muitos outros países.

Actualmente, Rania al-Baz vive em Paris, fazendo várias conferências emdiferentes países, para abrir novos horizontes e para que as crianças e mulheresnão passem o mesmo sofrimento que ela própria passou.

Na minha óptica, este livro dá-me a entender que as tradições e a cultura quesubsistem determinados povos são maneiras de o homem poder exercer domíniosobre a mulher.

Quando terminei a leitura deste livro, fiz uma auto-reflexão pensando que aArábia Saudita, sendo um país que possui um dos maiores bens, o petróleo, e umEstado rico e poderoso, tem uma sociedade pobre e podre, no que se refere aosabusos que incidem na mulher.

Maria João Teixeira – 12.º G

Uma mulher desfiguradaUma mulher desfiguradaUma mulher desfiguradaUma mulher desfiguradaUma mulher desfigurada

OPINIÃO...

A história dentro de um livroA história dentro de um livroA história dentro de um livroA história dentro de um livroA história dentro de um livro

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10 J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A

OPINIÃO...

A grande novidade doDecreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 deMaio, reforçada pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril,foi a afirmação da autonomianas escolas e a suadescentralização, constituindoaspectos essenciais numa novaordem educacional. Para seatingir a autonomia, as escolasterão de desenvolver condiçõespara que se processe aavaliação externa e interna.

É um facto que a avaliação das escolastem estado ligada frequentemente a esses doistipos de avaliação, com importância naspolíticas educativas. A primeira visaa da escola.É um dispositivo de aprendizagemedesenvolvimento organizacional, tendo comofinalidade a igualdade da prestação do serviçopúblico educativo. Procura criar condições deigualdade em todas as escolas, fornecendo osrecursos necessários, de acordo com asnecessidades de equipamento detectadas.

A segunda propõe-se melhorar ofuncionamento da escola,valorizando a ácia,ae osresultados escolares, sendo maisdireccionada aos pais e alunos. A escola, numprocesso de auto-análise através dos seusagentes educativos, tem a necessidade dedetectar os pontos fortes e fracos de cadaestabelecimento de ensino, no sentido deencontrar uma resposta para os problemasdetectados. Não é possível iniciar um processode avaliação interna se a maior parte dosresponsáveis da gestão e dos professores nãose comprometerem com a melhoria da escola.A avaliação interna pretende assegurar osucesso educativo, promovendo uma culturade qualidade, exigência e responsabilidade nasescolas. É neste contexto que se insere anecessidade de uma aposta na avaliação,qualitativa e quantitativa, como forma deorientar as actuações pedagógicas, de promovera excelência, de distinguir as boas práticas.Pretende-se, assim, aprofundar o sentido deresponsabilidade e compromisso dos agenteseducativos perante a escola, a sociedade e opaís.

A autonomia dos estabele-cimentos deensino tem de ser acompanhada de uma maiorresponsabilização na prossecução dosobjectivos, valorizando o papel dos váriosmembros da comunidade educativa: dosprofessores, dos alunos, dos pais eencarregados de educação, das autarquiaslocais e dos funcionários não docentes dasescolas. Deve também satisfazer os anseios easpirações dos cidadãos em geral.

A administração educativa local, regional enacional, e a sociedade em geral, deve terconhecimento de um conjunto de informaçõessobre o funcionamento do sistema educativo,integrando e contextualizando a interpretaçãodos resultados da avaliação. Estamos peranteum sistema de avaliação que se perspectiva deforma dinâmica, que privilegia acomparabilidade, a continuidade e asustentabilidade dos desempenhos.

Nesta conformidade, a avaliação dasescolas tem estado pressionada entreumaorientação para a melhoria e, ao mesmo tempo,

assume-se como um instrumentode controloque procura aperfeiçoar o mérito daescolaatravés de rankings.

A contratualização da autonomia, daqualificação e do desenvolvimento abre as viasdos projectos educativos. Foram efectuadoscontratos com agrupamentos eestabelecimentos de ensino, dotando-os, pelomenos em teoria, de condições para seraplicada uma política nacional em interessesque são locais. Pretende-se que, com aintrodução de uma cultura de avaliação, sejapossível criar ambientes favoráveis à inovaçãode práticas pedagógicas, administrativas efinanceiras.

Penso que o trajecto do ensino emPortugal continuará na construção deuma escola democrática,descentralizada e com maiorautonomia, ao mesmo tempo que seincentivará maior qualidade. Amassificação trouxe novos desafios enovos conceitos aos quais as escolasse foram adaptando. A educaçãoexigirá uma multiplicação de novoscanais e um enorme aumento dadiversidade dos programas. Osdocentes deverão possuir algumdomínio das novas tecnologias dainformação e uma nova cultura deensino, provavelmente cada vezmenos confinado à sala de aula. Oconceito do ensino em massa, ocorridono taylorismo, criado para conseguiro tipo de adultos de que a sociedade ea economia precisavam, foiultrapassado. Hoje, a escola é ummundo rico e multifacetado, é umespaço cada vez mais de carácter socialque tenta corrigir desigualdadesdando condições de oportunidade atodos os jovens. Mas que precisa deevoluir face aos desafios que se põemde natureza pedagógica, social,f inanceira e científ ica. Emboracontinue a ter um forte centralismo,factor que contribui para a equidadeentre os estabelecimentos de ensino,estes progredirão para uma maiorautonomia, envolvendo os parceiroslocais nos seus destinos.

Mas, acima de tudo, não haverámedidas que tenham futuro se nãogalvanizarem na sua aplicação osprincipais agentes das mudançaseducativas: os educadores e osprofessores.

Manuel Mesquita – Área Disciplinar de Artes Visuais

A sociedade em que vivemos leva-nos a olhar apenas para onosso umbigo e a não nos preocuparmos com quem está aonosso lado. Muitas vezes deparamo-nos com casos

verdadeiramente deprimentes.Só quando surgem as notícias na televisão é que damos conta do quão somos

egoístas. Estou a falar dos casos que ouvimos de pessoas idosas que vivem sozinhase acabam por morrer sós, sem que ninguém se aperceba e, por vezes, só passado ummês é que são encontradas mortas, na sua própria casa, como aconteceu há uns anos.Ou não têm família ou, se a têm, esta não tem tempo ou não quer ter para lançar umolhar a quem dele necessita. A idade passou, as doenças chegaram, as pernas já nãoajudam e já não servem para nada e, assim, são “arrumados” nos lares, quando têmdinheiro ou, então, ficam esquecidos.

No que diz respeito aos mais desfavorecidos, estes são diariamente vítimas dediscriminação, assim como vivem solitariamente, sem apoios. As suas vidas resumem-se a um dia-a-dia difícil, no qual é igualmente difícil encontrarem abrigo e alimentospara a sua sobrevivência. Uns, porque a vida lhes pregou uma partida, outros devidoà falta de emprego e problemas familiares e vícios como álcool e droga, que os levarama esse abandono.

Estes, que na lei de Deus deveriam ser iguais em direitos na sociedade, são narealidade a imagem de como ainda existem desigualdades entre as pessoas.

Pior mesmo é a covardia que cada um de nós, de uma forma ou de outra, demonstraperante outros membros da sociedade mais desfavorecidos. Mesmo manifestandosentimento e vontade de ajudá-los, é inevitável, ou pelo seu mau aspecto, ou porsimplesmente pensarmos que ficaríamos mal vistos caso nos aproximássemos dealgum deles. Chegamos mesmo a ter medo, porque, para sobreviverem, às vezes têmde roubar.

Esta é uma realidade visível por todos. Apenas teimamos em “fechar os olhos” aeste tipo de situações. É urgente acordar das nossas belas vidas onde nada falta eolhar um pouco em redor ajudando e valorizando quem mais necessita.

Deles nos lembramos em dias mais festivos que apelam à solidariedade que hádentro de nós, como seja o dia de Natal, em que todos, talvez por alívio de consciência,nos abeiramos para oferecer uma “esmola” e lá vamos para casa mais tranquilos pelodever cumprido. Mas Natal é só um dia e eles precisam de nós trezentos e sessenta ecinco.

Inês Ferreira - 11.º D

Avaliação e autonomia das escolas

O que é o sentimento?

É o amor que tudo vence.O que é a liberdade?É o voar sem ninguém explicar.O que é a liberdade?É a beleza escondida.O que é a felicidade?É um filme de rir…O que é a simpatia, hoje em dia?É um sentimento puro e verdadeiro.O que é a ignorância?É a mentira de toda a verdade.O que é a dor?É uma pétala caída.O que é o amor?É a melhor coisa da vida. 11.º F - 10/12/2010

Poema Colectivo

Indiferença social peranteos mais velhos e os mais

desfavorecidos

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J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A 1 1

OPINIÃO...

Ontem sonhei que morava numa Régua menos “torta”.Apercebi-me do rigor da linha, logo ao sair de casa, afinal a

caleira que perdia água fora substituída pelos serviçoscamarários. Já de saída, divisei a ausência do ar condicionadoque costumava estar na parede paralela à minha e mepresenteava com ar quente no Verão e ar frio no Inverno. A leique regula o ar condicionado fora enfim posta em prática.Mas não era demais para ser verdade, as mudanças mal tinhamcomeçado.

Uma vez na rua, dei por mim a caminhar nos passeios para peões. Ainda ontemeram os carros que lá paravam. Hoje parei eu para ver. A G.N.R. fez por aqui um giro…

O padeiro passou, parou, vendeu pão e, sem buzinar, continuou a sua viagemcomercial. Será que as “beatas” da minha rua deixaram de comer pão, em prol da linhae hábitos alimentares vegetarianos? Brevemente saberei.

Alguma distância caminhada e os cães que me costumam cheirar as botas tinhamdesaparecido. Por cá só estava o Leão, que é velho no território, o Deco, proprietárioda área do quiosque, e mais uns cães “betinhos” que vão com as donas fazer o xiximatinal. Nem é preciso adivinhar, a carrinha do canil passou por aqui.

Desci pelas rua das Lages e não encontrei as personagens ansiosas que por aquifazem rota ou para vender, ou para comprar, e para que fim? Isso todos sabemos. Ouforam dentro, ou morreram de overdose, perdoem-me a franqueza…

Isto já estava a ser muito bom, mas mesmo assim o surreal continuava. Cheguei àescola e os contentores já não se encontravam nesse perímetro. Foram substituídospor salas com paredes de vidro. Enfim, uma escola transparente. Sabem o que issosignifica? Todos vêem! Ninguém se esconde…

Passei pela sala de convívio e palavras são poucas! O desejo dos alunos fora umaordem: jogos, música, computadores… À imagem de um colégio privado.

Saí das imediações em busca de mais mudanças. E elas eram flagrantes! De repenteoiço a água que sai da caleira; a buzina do padeiro; as “beatas” a “gralhar” e os cães aladrar.

Acordei.Daniel Costa Guedes - 11.º D

UMA RÉGUA MENOS “TORTA”

Vivemos num mundo em queprofissões não faltam, e cada uma delascom as suas únicas características que asdiferenciam das restantes, desde a suaduração, ao número de indivíduos que aprocuram, e passando pelo empenhoque exige. Pois bem, na minha opinião,a vida de um estudante bate todas asoutras, e porquê? Porque são osestudantes que vivem as maioresdesilusões e passam pelos mais variadossacrifícios, pelo menos, aqueles quequerem ser alguém no futuro.

Mas o que leva, de uma formaconcreta, a que os estudantes secomportem desta forma? Para começar,as médias. Estamos perante um aumentodo desemprego, quer a nível nacional,quer a nível mundial, e como a oferta detrabalho é pouca, a competição aumentae as médias acompanham este ritmo.Hoje em dia, apenas aqueles quepossuem uma média generosa é queacabam por se safar, seguindo os seuspróprios sonhos e deixando os outros aremoerem o seu próprio estadopsicológico. Tal como disse Darwin,estamos perante um caso desobrevivência dos mais fortes. Contudo,nesta temática, há uma questão que nãopode ficar por realçar: quem nos garanteque a pessoa possuidora de tal média aganhou por mérito próprio? Quem nosgarante que não a ganhou com otrabalho de outrem? Talvez sejamquestões às quais nunca saberemos aresposta, mas não deixam de ser reais eenquanto, estes sobem na vida, outros,que provavelmente seriam maismerecedores, não podem fazer maisnada a não ser ficar para trás, a seremconsumidos por sentimentos como odesgosto e a injustiça, e não é de admirarque estes mesmos alunos, que tantoesperavam por alcançar o objectivo defazerem o que mais desejam, ao veremeste seu sonho ser-lhes retirado, nãoaguentem e caiam em profundoscolapsos nervosos, dos quaisdificilmente sairão, e em casos maisextremos, vingar-se-ão dos seus ladrões,e para os pobres de espírito, não lhesrestará nada a não ser o suicídio. Masnão nos podemos esquecer daquelesque dão a outra face e continuam àprocura, contudo, dificilmente seguirãoo que querem, não lhes restando nada anão ser contentar-se com umaalternativa, que provavelmenterealizarão com desagrado. Soluções paraeste grande problema? Diminuir asmédias dos cursos e a sua rigidez, deixarde pensar nos alunos como números(afinal de contas, continuam a ser sereshumanos) e avaliá-los melhor pelo quesão e pelo que são capazes e não peloque demonstram, pois, e aqui o povoestá comigo, nem tudo o que parece é.

Após a entrada merecedora, ou não,na Universidade, segue-se outra grandequestão, que leva a outro grandeproblema: as praxes. De tudo aquilo queum recém-universitário, ou caloiro, queé como o povo insiste em chamá-lo, temde passar, o deixar-se, ou não, praxar, éa primeira de todas as questões.Vantagens e desvantagens: se se optarpela praxe, o caloiro tem direito aoconvívio com os restantes, se é que se

pode chamar a isso convívio, e não tardanada explicarei o que quero dizer comisto. Ao convívio juntam-se as festas e,para além de outras, se é que as há,vantagens, aqui iniciam-se asdesvantagens. Nas festas, há semprequem leve os recém-chegados pelosmaus caminhos e, infelizmente, há quemos siga. Neste aspecto, as formigaschegam a ser mais inteligentes: quandoum elemento vê que pode pôr em riscotodos os outros, afasta-se para morrersozinho. Eu não quero insultar ninguémcom isto, apenas alertar para a realidadeque nos rodeia; sinto que é essa a minhaobrigação. Continuando com asdesvantagens da praxe, e talvez estejaaqui a maior de todas, o dito caloiro étratado como escravo e, se bem melembro, segundo a Declaração doDireitos do Homem, nenhum Homemdeve ser escravo de outro, contudo, nãoé o que se vê.

Vantagens e desvantagens de seranti-praxe: comecemos pelasvantagens. Não se é praxado e não se étratado como um escravo pessoal.Como desvantagem, é-se ignorado etratado como se não se existisse.

Este tipo de decisões acaba por seruma excelente forma de começar umapromissora, ou não, carreira naUniversidade, não acha? E aqui entraalgo para o qual eu quero alertar: aspraxes não são tão bonitas comoparecem, se é que alguma vez o foram,o que duvido inteiramente. Já houvecasos de caloiros que, numa ditapraxezita, ficaram com graves lesões,desde alguns arranhões ou ossospartidos à paralisia parcial, ou completa,e até já houve casos de mortes. Peranteisto, eu pergunto: porque raio é que elascontinuam a ser feitas?! Serão assim tãocegos?! Não se vê que há quem sofrafísica e psicologicamente com estas ditasbrincadeiras que já se viu serem bemsérias, e isto para que outros se possamdivertir?! E não são só os próprioscaloiros que sofrem, aqueles que osrodeiam também apanham por tabela,e as marcas chegam a ser irreversíveis e,em vez de serem os culpados a pagar,são os que não têm culpa nenhuma quepagam o preço.

Assim podemos concluir que a vidade estudante é cheia de sacrifícios.

Tudo isto que eu digo, por mais duroque pareça, é a verdade, e tais coisasnão devem passar impunes, já que é devidas humana que estamos a falar. Omeu objectivo é alertar tudo e todospara o que se passa à nossa volta. Esta éuma das minhas mensagens. Outrasvirão e, mesmo que não me sejam dadosouvidos, e que eu caia na ignorância,não pararei de as lançar, pois sei que épossível fazer a diferença, e quantosmais estiverem cientes disto, melhorpara nós. Serve para que no mundo deamanhã, um mundo onde todosseremos tratados como iguais, taiscoisas, que não têm outro nome, nãoaconteçam e, assim, poderemos viverem paz.

Isto é só o começo.

Death Master - 12.º A

Sacrifícios de uma vida de estudante

Nós… na Pré-HistóriaNós… na Pré-HistóriaNós… na Pré-HistóriaNós… na Pré-HistóriaNós… na Pré-História

Acordei, esfomeada. Levantei-me da minha “cama” eprocurei qualquer coisa para comer. Ainda devia haver algumpeixe guardado nos vasos da tenda… Vasculhei todos oscantinhos daqueles instrumentos usados no quotidiano.Nada. Nem uma pelezinha. Paciência, tenho que ir… sim,caçar. Um pouco de carne, para variar do dia anterior. Pegueina minha lança e no meu arco e flechas e saí buraco fora,caminhando em direcção ao bosque.

«O que vou caçar?» – pensei para comigo, enquantopisava a terra húmida. «Uns coelhos, nada muito pesadopara o estômago. Estas ementas da Pré-História dão cabode mim… De qualquer maneira, precisava de mais pessoaspara caçar um grande animal e de ter trazido o meu arpão.»

Caçar não é fácil… Embora eu não seja uma má caçadora, necessito de “faro deraposa e olhos de lince” para aconchegar o estômago com alguma coisa. Por sorte, eapenas por sorte, pois nunca tinha visto o bosque tão calmo, avistei um coelho que iaa atravessar um espaço entre duas árvores. «Bem grande», pensei. «Aquele devechegar.» Saquei das minhas flechas, fiz pontaria e… Zás! Coelho para o pequeno-almoço, acabadinho de caçar.

Voltei ao prado e acendi uma fogueira ao pé da tenda. Isto do fogo é bem útil…Depois de assado e de comida nem quarta parte daquela refeição, fiz um inventário

(à maneira da Pré-História, cá na minha cabeça), de tudo o que tinha na tenda. Umamó, um cesto (tinha aprendido com a minha mãe a arte da cestaria), vasos (a olariatambém), uma faca, uma enxada para cultivar alguns cereais, o meu arco e flechas eum arpão. Os meus pais deviam estar aí a chegar, e… Bem, pode-se dizer que osavanços tecnológicos iam ajudar muito a sociedade, pois acho que é melhor nãocomer coelho ao pequeno-almoço todos os dias, até porque eu já estava a começar aficar com dores de barriga outra vez…

Isabel Gonçalves – 7.º E

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12 J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A

LÍNGUAS...

Keep exercising…

I totally agree with the fact that practising sportsand doing any sort of physical activity is importantand good for our health.

One of the benefits is, obviously, keeping fit. Youburn up the extra calories and so you can avoidcardiovascular diseases, diabetes and obesity and atthe same time have a body nicely shaped which willkeep you away from food problems, eating disorderssuch as anorexia, for instance.

Exercising is also very good for your mind. It helpsyou feeling relaxed and more peaceful, and that willimprove your day-to-day performance at school orwork.

Practising sports provides the chance to meet newpeople and creates solid relationships which is goodonce you will hang out more and more and so youwon’t have a sedentary lifestyle, for sure.

Of course that exercising isn’t enough to be healthyand fit, but eating well isn’t enough either. You needto do both to be healthy and be in shape. “As fit as afiddle” you know?

Personally, I don’t play any type of sport now, butI’m used to jogging and I almost always walk home.

Though I’m not playing any sport at the moment, Ienjoy playing tennis whenever I can.

To sum up, exercising is important to have a healthylifestyle and I enjoy doing it a lot because it keeps mestrong and energetic.

Sofia Rodrigues – 9.º A

The world as it willbe in 2050

In the future, Bunnies/Robots/Unicorns/TeddyBears/Noddy will take over the world. Human stupidityled to the collapse of economy, and artificialintelligence blessed super mutant bunnies withsuperior brainzz…

Someone with nothing better to do will inventmutant popcorn, which will lead to mutant corn thatwill infect 85% of the population, making them zombies.(It seems John Green was right all along…). WorldWar III will start, with Bunnies and Unicorns fightingfor control over Candyland. Eventually, they will all dieof diabetes and cardiac arrests, clearing the way forNoddy to take over. The use of hats with bells willbecome mandatory and Teddy Bears will work atMcDonald’s.

Meanwhile, the world population is suffering froma cotton shortage, which seriously threatens TeddyBear reproduction, but more importantly, socks whichwill lead people into using shoes without socks, anddie because of really smelly feet. Noddy isn’t reallyconcerned at all, because humans were already extinct,so their death doesn’t affect his plan to build an Empireacross the stars.

Robots will be nothing but janitors for the firstmillennium, but due to precarious working conditions,start rioting against Noddy’s government and burndown his house while he’s inside it (because he’s madeof wood, and in the future everything will be fireproof,except wood). Teddy Bears, having recovered frompopulation shortage, discover the end of the triplerainbow and find a giant pot of gold, becominginstantly the richest species to have ever lived on planetEarth. Racism and slavery come back to haunt us, andmost of the non-Teddy Bear population is killed in workcamps, and their guts are used to make pillows.

Global warming was solved by unicorn scientists(who are now dead), who discovered that cottoncandy eats carbon dioxide particles out of the air,making it safe to burn the entire world population inwork camp ovens.

The End:DJoão Francisco e Madalena Moreira – 10º - A

I think practising sports is really important to havea healthy life. I mean, if you eat vegetables, fruits andother healthy nutrients, have indeed a balanced diet

but just sit on the sofawatching television all daylong, you won’t have ahealthy lifestyle, for sure.

I don’t practise any sportregularly but at school I havePhysical Education lessonsand sometimes, in my freetime, I like jogging for a while.

In summer, when I’m onthe beach I practice a lot of sports such as swimmingin the open sea, conquering the waves or playingvolleyball with my dad which is really hard because heis a great player. I always get exhausted when I playwith him.

Last Summer I tried bodyboard and now it has

Do sports to be healthy…

become one of my favourite water sports. I hope tobe keen on it.

Another of my favourites is handball but I just playit when I’m attending Physical Education classes. It’s ateam sport and I like grouping together to have funwith my classmates.

My opinion is that doing exercise is a great way notonly to keep fit, to stay in shape and healthy but alsoa great way to achieve wellness and have fun withsome friends.

Raquel Costa Babo – 9.º A

Fast food meals, low consumption

of fruit and veggies and the lack of

physical exercise are considered to

be the main causes of child /

teenager’s obesity.

What advice would you give young

people to get back on the track for a

healthy life?

I agree with thissentence because whenwe eat lots of fast foodlike hamburgers, pizza orfizzy drinks and don’tpractise any sort ofphysical exercise we willbe fat and we’ll beconsidered an obese child or teenager. We will havecardiovascular diseases for sure, sooner or later.

If we want to lose weight or be healthy we needto exercise, be active and have healthy eating habitsbecause, as the motto says, “We are what we eat”.

To have healthy eating habits we have to eat lotsof fruit and vegetables. Eating fish and poultryinstead of red meat is advisable and drinking lots ofwater instead of fizzy or soft drinks is the best option.

There are many types of vegetables like lettuce,cauliflowers, sprouts, tomatoes, cabbage, carrots,onions…; we should also eat different types andamounts of fruits such as apples, apricots, plums,pears, peaches, strawberries, yellow melon andwater melon among others once they providedifferent nutrients to our body.

I think I’m a healthy person because I eat fruitand vegetables every day, I drink a lot of water, Idon’t skip meals and I always have homely madefood which is completely free from addictives andpreservatives.

Ana Beatriz Xavier – 9.º A

The Importance ofLearning English

I think that learning English is important if wewant to communicate and know what is going on

around us. Most of thethings we do and usetoday have alwayssomething to do withthe English languageand culture.

Nowadays, weneed English foralmost everything: toread off icial

documents from important organizations, to dobusiness with foreign people, to find a job outsidethe country, to watch films on cable TV, to goshopping on the internet, to play games online, tounderstand the message of most of the songs welike...

My strategies for learning it well are simple:reading magazines, books, texts in English toimprove my skills, listening to a lot of music andfinding the translation of the lyrics among manyothers. The English classes are also very importantto improve our skills. There, I can learn grammarand how to speak properly about many differentthings.

Mariana - 10º - B

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J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A 13

LÍNGUAS...

As docentes Fernanda Sousa e Helena Guedes dão continuidade às actividades deintercâmbio/correspondência iniciadas em anos anteriores, através da plataforma“Etwinning”, que pretende incentivar o uso da Língua Inglesa como língua decomunicação, promover o uso das TIC, desenvolver a capacidade de socialização eincentivar a uma melhor compreensão da comunidade global.

A professora Helena Guedes, juntamente com a turma D do 11.º ano, está a darcontinuidade aos trabalhos iniciados no ano anterior com a colega turca Duygu Yildiz.Recentemente, tem sido aprofundada a ligação de amizade já construída.

Uma foto da docente com alguns alunos:

A professora Fernanda Sousa está a desenvolver este Projecto com a sua turma do10.º A, do Curso Profissional de Multimédia, e trabalha com a docente polaca AgnieszkaPiekarska e os seus alunos. Os alunos têm trocado informações sobre si mesmos e osrespectivos países e tradições.

Aqui fica uma carta dos alunos polacos:

AmigAmigAmigAmigAmigos Sem Fos Sem Fos Sem Fos Sem Fos Sem Frrrrronteironteironteironteironteirasasasasas

As we know in the world there are alot of different languages as well as a lotof barriers in terms of communicationbetween people who live there.

The basis of communication is thelanguage; it’s what we use to establishconnection with people in differentparts of the globe. So, if we don’t havethat skill, how can we overcome thelimits of our world?

That’s the reason why it is soimportant to learn languages; this is the“bridge” for communication. If we speakjust our own language, the one which isspoken in our country, we will be limited,we will only be able to communicate withpeople from our country or people whocan speak our language.

If there are people abroad whoknow our language, they cancommunicate with us more easily.

So why can’t we do the same? If we

The Importance of Learning Languages

learn another language, we will be ableto talk with many more people and theworld will be bigger.

There’s much more than me, mycountry and my language and learningnew languages gives me the chance ofcoming out of my world.

And as we learn, we can see theworld getting smaller at our feet…

Ângela Pinto - 10º B

Tuesday, 23rd November 2010Dear Portuguese friends

We are a group of teenagers from Poland. Our names are: Marlena Wieleba,Dominika Repe´, Karolina Kowalczyk, Marta BiaduD´, Jola Olszewska, Maciek WiczukI MichaB´ Motyl. We are fourteen years old. We are in a Mathematics class whichhas a Ig number. Welive in Z´widnik whichis a small town in theeast of Poland and wego to gymnasium nr 1which is named afterJohn Paul II. We likeour region. We liveclose to Lublin whichis quite big and thereare also beautifultowns like Kazimierzon Vistula – the townof artists.A few wordsabout us. In the future Marlena wants to be a choreographer, Dominika and Maciekwant to be dentists, Jola wants to be an accountant and Karolina an IT specialist.We are ordinary teenagers and we like listening to music, going out with friends,playing football, basketball and volleyball. We like many types of music. We listen toBlack Eyed Peas, Eminem, Linkin Park, Aerosmith, Green Day and Lady Gaga. Wealso like animals and watching films. We go to school from Monday to Friday. In ourfree time we surf the Net, play computer games and we go to different after-schoolactivities. To finish we would like to travel in the future. We are going to have anairport soon, so one day …Love and kisses,Boys and girls from Ig.

As docentes responsáveis

Alunos e professora turcos

..

Estas são as palavras que te vou dizer.As justas palavras que no meu coraçãomoram,Junto de um sofrimento que não pára de doer.Durante a minha vida, vivi e cresci ao teu lado.Brincava, falava e sempre sorria para ti,Até um dia, onde tudo ficou magoado.Deixaste-me, foste para o céu.Nesse dia tudo mudou para mim.Não me quero separar de nada que era teu,Ver a tua imagem à minha frente.Recordar-te todos os dias da minha vidaÉ chorar para sempre.

Agora que te perdi,Quero dizer-te que sempre te adorei, admirei,mesmo as mágoas que nos fizeste passar,nunca vou esquecer daquilo que me fizeste,daquilo que me disseste, para me tornar numamenina feliz.Adoro-te para sempre e recordar-te-ei todosos dias da minha vida,tudo aquilo que passámos, tudo aquilo quefizemos!Adoro-te e isso vai ser para sempre.

Ana Lúcia Pereira Ribeiro – 11.º D

Última Recordação

POESIA. . .

FFFFFoi contigoi contigoi contigoi contigoi contigooooo

Foi contigo que aprendi a amarFoi contigo que aprendi a sonharFoi contigo que aprendi a persistirFoi contigo que aprendi a sorrir

Contigo quero ficarContigo quero andarContigo quero chorarContigo quero recuperar

Juntos vamos sorrirJuntos vamos agirJuntos nunca vamos desistirJuntos vamos sempre persistir

Ama do verbo amarAge do verbo agirSorri do verbo sorrirSonha do verbo sonhar

Maria João Mesquita – 8.º E

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14 J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A

MATEMATICANDO...

No dia 21 de Setembro de 1997, enquanto navegava ao largo da costa daVirgínia, um cruzador de mil milhões de dólares… estremeceu e parou. Talacontecimento deveu-se à existência de zero que era suposto os engenheirosterem retirado quando instalavam o software.

Continuas com a mesma opinião?Sílvia Madureira – Professora de Matemática

ACHAS QUE UM "ZERO" NÃOACHAS QUE UM "ZERO" NÃOACHAS QUE UM "ZERO" NÃOACHAS QUE UM "ZERO" NÃOACHAS QUE UM "ZERO" NÃO"V"V"V"V"VALE NALE NALE NALE NALE NADADADADADA"?A"?A"?A"?A"?

Novamente, este ano, a escola vai participar no concurso CanguruMatemático sem Fronteiras, que tem como objectivos principais os seguintes:

- Estimular o gosto e o estudo pela Matemática;- Atrair os alunos que têm receio da disciplina de Matemática, permitindo

que estes descubram o lado lúdico da disciplina;- Tentar que os alunos se divirtam a resolver questões matemáticas e

percebam que conseguir resolver os problemas propostos é uma conquistapessoal muito recompensadora;

- Aumentar todos os anos o número de participantes no concurso a nívelnacional e tentar atingir as quotas de participação de outros países europeus.

Este concurso consiste na realização de uma única prova, cuja realização,este ano, está prevista para o dia 17 de Março. Não existe nenhuma selecçãoprévia nem existe uma prova final. Existem seis níveis, de acordo com as idadesdos alunos, e a nossa escola abrange quatro desses níveis: Benjamim, Cadete,Júnior e Estudante. A prova consiste num questionário de escolha múltipla decerca de trinta questões de dificuldade crescente.

Os alunos interessados em participar inscrevem-se junto do professor deMatemática da turma e podem preparar-se resolvendo provas de anos anterioresdisponíveis, na reprografia, para fotocopiarem. Também no site http://www.mat.uc.pt/canguru/ os alunos podem aceder a todas as provas e outrasinformações sobre o concurso, assim como, resolver testes online.

Entretanto, deixamos alguns exemplos de questões:O número 4 sofre duas reflexões, como mostra a figura.

Quando o mesmo acontece com o número 5, que imagemaparece no lugar assinalado com o ponto de interrogação?

As letras P, Q e R representam 3 algarismos diferentes. Multiplicando o número PPQpor Q obtém-se o número RQ5Q. Qual é o valor da soma P + Q + R?(A) 13 (B) 15 (C) 16 (D) 17 (E) 20

A Leonor desenha os seis vértices de um hexágono regular e uniu alguns dos seispontos com linhas para obter uma figura geométrica. Essa figura não é, seguramente,um(A) trapézio (B) triângulo rectângulo (C) quadrado(D) triângulo equilátero (E) triângulo obtusângulo

A Cátia necessita de 18 minutos para construir uma longa corrente através da união detrês correntes mais curtas. Utilizando o mesmo processo, quantos minutos precisapara construir uma corrente, unindo seis das correntes mais curtas?

(A) 27 (B) 30 (C) 36 (D) 45 (E) 60

Em cada aniversário a Rosa recebe tantas flores quantos os seus anos. Ela seca eguarda as flores, tendo agora 120 flores. Que idade tem a Rosa?

(A) 10 (B) 12 (C) 14 (D) 15 (E) 20

As áreas das bases de dois recipientes de forma cúbica são 1 dm2 e 4 dm2. Queremosencher o recipiente maior com água de uma nascente, utilizando o recipiente menor.Quantas vezes teremos de ir à nascente?

(A) 2 vezes (B) 4 vezes (C) 6 vezes (D) 8 vezes (E) 16 vezes

Canguru Matemático sem Fronteiras 2011As Olimpíadas Portuguesas de Matemática

(OPM), organizadas anualmente pela SociedadePortuguesa de Matemática (SPM), são umconcurso de problemas de Matemática, dirigidoaos estudantes dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensinobásico e também aos que frequentam o ensinosecundário, que visa incentivar e desenvolver ogosto pela Matemática.

A primeira eliminatória, realizada no passadodia 10 de Novembro, teve a participação do Agrupamento de Escolas Dr. Joãode Araújo Correia, com organização do Departamento de Matemática e CiênciasExperimentais, tendo envolvido 159 alunos distribuídos por quatro categorias:Pré-Olimpíadas – 25 alunos que frequentam o 5.º ano de escolaridade; CategoriaJúnior – 62 alunos que frequentam o 6.º ou 7.º anos de escolaridade; CategoriaA – 26 alunos que frequentam o 8.º ou 9.º anos de escolaridade e Categoria B –com 46 alunos que frequentam o 10.º, 11.º ou 12.º anos de escolaridade.

No seguimento daquela primeira eliminatória e de acordo com os resultadosobtidos, foram seleccionados para a segunda eliminatória – realizada na EscolaSecundária Dr. João de Araújo Correia, no passado dia 19 de Janeiro, por decisãoda SPM – os alunos:

- da Escola EB2,3 de Peso da Régua: Rafael Barroso (6.º ano/5) e MarianaGuedes (7º ano/2);

- da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia: Isabel Pinto Gonçalves (7.ºano/E); Maria Inês de Almeida Alves (8.º ano/C) e Ana Isabel Santos Vasques(12.º ano/A).

Os problemas propostos neste concurso fazem sobretudo apelo à qualidadedo raciocínio, à criatividade e à imaginação dos estudantes. São factoresimportantes na determinação das classificações o rigor lógico, a clareza daexposição e a elegância da resolução.

Tal como é expresso no regulamento das OPM, um dos objectivos doconcurso é a detecção precoce de vocações científicas e, em particular, para amatemática.

É com agrado que se observa que continua a ser uma prova muito participadano nosso Agrupamento.

Carlos Pinto RibeiroCoordenador da Área Disciplinar de Matemática

XXIX Olimpíadas Portuguesasde Matemática (2010/011)

Numa certa conta haviaum zero dado à poesiaque tinha um sonho secreto:fugir para o alfabeto.

Sonhava tornar-se um Onem que fosse um dia só,ou ainda menos: sóo tempo de dizer: «Oh!»

(Nos livros e nas selectaso que mais o comoviaeram os «Ohs!» que os poetasmetiam nas poesias!)

Um «Oh!» lírico & profundo,um só «Oh!» lhe bastariapara ele dizer ao mundoo que na alma lhe ia!

E o que na alma lhe ia!Sonhos de glórias, esperanças,ânsias, melancolia,recordações de criança;

além de um grande vaziode tipo existenciale de uma caixa que o tiolhe pedira para guardar;

e ainda as chaves do carroe uma máscara de entrudo...Não tinha bolsos, coitado,guardava na alma tudo!

A alma! Como queriagritá-la num «Oh!» sincero!Mas não passava de um zero

que, oh!, não se pronuncia...Daí que andasse doentede grave doença poéticae em estado permanentede ansiedade alfabética.

E se indignasse & etc.contra o destino severoque fizera dele um zerocom uma alma de letra!

Tanta ambição desmedida,tanto sonho feito pó!E aquele zero dava a vidapara poder dizer «Oh!»...

(in Pequeno Livro da Desmatemática)

Acção de Formação “Dos números naturais aos números reais”– Guimarães – Lisboa Editora

Sílvia Madureira e Manuela Rodrigues (19/02/2011)

“““““A triste história do zA triste história do zA triste história do zA triste história do zA triste história do zererererero”,o”,o”,o”,o”,de Manuel António Pinade Manuel António Pinade Manuel António Pinade Manuel António Pinade Manuel António Pina

Page 15: Jornal Perspectiva 03/2011

J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A 15

TECNOLOGIAS...

Se já utiliza lâmpadas economizadoras e/ou fluorescentes,prepare-se para nova mudança.

Iluminação LEÐ – O Futuro da Iluminação

O LEÐ pode ser descrito como o terceiro estágio na evolução da lâmpada eléctrica.LEÐ (Light Emitting Diode) é um componente electrónico semicondutor que emite luzquando sujeito a corrente eléctrica. A luz gerada resulta de um efeito electrónico nosemicondutor e não do aquecimento de filamentos (princípio da lâmpadaincandescente e halogéneo) ou por uma descarga em gás (princípio da lâmpadafluorescente).Para a comum lâmpada, restarão os museus, leilões de preciosidades e a nostalgia dosmais velhos.Melhor luz com menos energia é o resultado.Vantagens da Iluminação LED:1 – Redução de consumo até cerca de 80%;2 – Redução dos custos de lâmpadas de substituição e serviços associados;3 – Tempo de vida muito alargado superior a 50.000 horas;4 – Não emitem luz ultra-violeta, sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiaçãoé indesejado, por exemplo, obras de arte, quadros;

NoNoNoNoNovvvvva Ra Ra Ra Ra Reeeeevvvvvolução na Iluminaçãoolução na Iluminaçãoolução na Iluminaçãoolução na Iluminaçãoolução na IluminaçãoA Iluminação está a mudarA Iluminação está a mudarA Iluminação está a mudarA Iluminação está a mudarA Iluminação está a mudar

Novo CLS. Equipado com o inovadorsistema de iluminação em LED que segue omovimento do volante e diminui deintensidade com a aproximação de outrosveículos.

Luzes Diurnas aplicadas na Audi.

António Lopes – Professor de Electrotecnia / Electricidade

Lâmpada de LEDS.

Tecnologia LEDem iluminação urbana.

VVVVViiiiivvvvver em pleno ver em pleno ver em pleno ver em pleno ver em pleno ventoentoentoentoento

Viver em pleno vento, seria maravilhoso!Estenderia a minha mão a alguém que me fizesse companhia e poderia

deixar-me transportar sem medo até bem longe, em busca da verdade, embusca do amor e da amizade, percorrer o mundo.

Ser livre como as estrelas e como as gotas de água, viver sempre, sempre asorrir e a sonhar em melodia de amor e de esperança. Tentar tocar as estrelase observar, encantada, o brilho delas!

Observar bem de cima os primeiros raios de sol a espreitar a Terra e desejarbom dia aos pássaros, ao Sol e a tudo quanto eu visse no horizonte – os carroscirculando tontos com buzinas e apitos, ouvir vozes ingénuas de crianças nosjardins e assistir, ali, a uma explosão de flores e mais flores.

Porque eu gostaria de ser livre como o vento para correr atrás de ideais.

Maria João – 8.º E

OPINIÃO...

Um dia destes, o tema a ser debatidonum programa de televisão despertou aminha atenção para um assunto quepode ser muito controverso.

Falava-se então sobre o testamentovital, que, segundo proposta do PartidoSocialista, foi apresentado paradiscussão. Ao que percebi, consiste numadeclaração que qualquer um de nós podefazer a fim de não permitir que a sua vidapossa ser prolongada artificialmente.Lembrei-me então da eutanásia e, apósalguma pesquisa, dei conta de quepoderiam existir algumas diferençasentre os dois casos.

Aqueles que a defendem alegammisericórdia para com os doentes que

padecem de doenças incuráveis para asquais não há esperança. Administrarinjecção letal ou simplesmente desligar amáquina de suporte à vida é ajudar amorrer misericordiosamente, ou seja,praticar eutanásia. Do ponto de vistaético e científico, pergunta-se: poderáalguém viver uma vida que não quer?Será moralmente aceitável prolongar avida de alguém, quando se sabe queapenas se lhe está a prolongar osofrimento? Sabemos que a morfinaadministrada irá, mais tarde ou maiscedo, destruir o organismo e,consequentemente, provocar-lhe amorte. Penso então nas crianças, queainda mal iniciaram o seu percurso de

vida e travando uma luta feroz edesigual; nas pessoas portadorasde Alzheimer ou outras doençasdegenerativas, que desumanizam.Porque maior que a dor de vermospartir os que amamos é vê-los sofrere a degradação humana a quemuitas vezes chegam. Se a leipermite eliminar vidas antes deverem a luz do dia – pelo aborto –que, numa perspectiva deprobabilidades, seriam seresperfeitos, porque não deixarescolher aqueles que se tornaram

imperfeitos? E que por sua vontadequerem pôr um ponto final na suaexistência?

Por outro lado, considerando ser odireito à vida o primeiro dos direitos dohomem, desde a sua concepção até àmorte, consagrado na ConstituiçãoPortuguesa, quem atenta contra elacomete um crime. Assim sendo,poderiam ser homicidas os médicos quea praticassem? Segundo o que pesquisei,a maioria dos profissionais de saúdeaprova a legalização da eutanásia, talvezporque já não saibam mais lidar com ador de ver sofrer! Ao serem dotadosdestes poderes – matar ou deixar morrer

–, não colidiriam com os princípios da suamissão e do seu juramento? Não estãoeles encarregados de velar pela vida dosseus doentes? Ao aplicá-la nãocorreríamos o risco de limpar os “fardos”da sociedade para poupar recursos aoEstado?

Pelo que reflecti, concluo que a vida éum ciclo que começa com o nascimentoe culmina no dia da morte naturaldestinada por Deus – segundo o que euacredito – e que não deve ter intervençãodo homem. Investir cada vez mais emunidades de cuidados paliativos econtinuados é o que se pede para que sepossa ter dignidade no sofrimento.Tratar a dor física e moral é o que se pede.

Por conseguinte, eu sou a favor davida, devendo esgotar-se todos osrecursos ao dispôr dos cidadãos para quea sua pena se torne mais leve. Vale semprea pena viver, com mais ou menossofrimento, alimentar sempre aesperança e acreditar que amanhãpoderá ser um dia muito melhor que o dehoje. “A Vida é Bela”, já dizia o filme.

Inês Ferreira - 11.º [email protected]

5 – Resistência ao impacto e vibração;6 – A Tecnologia LED já está a ser usada em países de primeiro mundo, que possuem apreocupação com o meio ambiente;7 – Diminuição da emissão de CO;8 – O retorno financeiro fica garantido pela economia causada pela nova tecnologia.

Page 16: Jornal Perspectiva 03/2011

16 J O R N A L E S C O L A R P E R S P E C T I V A

CMYK

FICHA TÉCNICA

Editores:

Rosa Ferrão, Manuel Ferreira, Paulo Pereira Guedes

Redacção:

Alunos, Pais/EE, Assistentes Técnicos e

Operacionais e Professores

Paginação e Impressão:

Imprensa do Douro

Endereço:

Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia

Avenida Sacadura Cabral

5050-071 Peso da Régua

Telefone: 254 320 720

Fax: 254 322 262

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Web: www.esec-dr-j-araujo-correia-rcts.pt

PASSATEMPOS...

Procura na sopa de letras os 4 animais, 17 objectos, 6 alimentos e 7 partes docorpo representados nas pinturas A e B.

Pintura B: Matilde Pinto, Nádia Dolores, Nathalie Correia, Patrícia Gonçalves e Sara Diaquino– 12.º D

Soluções :Animais: macaco,pássaro, moscas, homem.Objectos: chávena, cinto, corda, cigarro, baloiço, coluna,viola, CD, lâmpada,comando, auscultadores, pauta, piano, óculos, disco, escada, garfo.Partes do corpo: orelha, olho, dentes, língua, cara, mãos, nariz.Alimentos: amendoim, queque, amburguer, limão, marmelo, banana.

Isabel Babo – Área Disciplinar de Artes Visuais

Cadavre Exquis, pinturas a acrílico

SOPSOPSOPSOPSOPA DE LETRASA DE LETRASA DE LETRASA DE LETRASA DE LETRAS

Pintura A: Rita Silva, Cristiana Gouveia, Diogo Azevedo, Emília Ramos, Liliana Cristina, LilianaRodrigues e Luís Teixeira – 12.º D

É certo e sabido que o país em que vivemos vai demal a pior enquanto o tempo passa. É certo e sabidoque, apesar das promessas dos nossos carosgovernantes, os preços sobem, o povo é despedidoe os bolsos ficam vazios. Perante estas promessas emedidas políticas que em nada dão a não ser nadesilusão e revolta do povo (e com razão), e como senão bastasse arruinarem o país dos dias de hoje,pretendem agora arruinar o que levou séculos aformar-se.

Querem que todos escrevam segundo as leis dodito Acordo Ortográfico. Abolir consoantes mudas,acertar a pontuação e sabe-se lá mais o quê. Estasmudanças não fazem qualquer sentido. Sejamossinceros, o português de Portugal está muito bemcomo está e não precisa de ser mudado.

O que muitos não sabem é que o português de hoje demorou séculos a formar-se, começando pordivergir do latim, e modificando-se consoante a localidade. Muitos foram os artistas, aliás, os grandes artistasque ajudaram nesta mudança e que tornaram Portugal conhecido fora das paredes deste pequeno rectânguloà beira-mar plantado. Refiro-me a Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Cesário Verde, JoséSaramago, entre muitos outros. Estes artistas dedicaram grande parte da sua vida à sua língua-mãe, e esteAcordo acabaria por fazer com que esse esforço fosse em vão. Aceitar este acordo seria o mesmo que cuspirna cara destes grandes artistas.

Querem que sejam os professores e alunos a dar o primeiro passo, mas pelo que se pode ver, essamudança vai surgir com muita dificuldade.

Death Master – 12.º A

Acordo Ortográfico

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Projecto Projecto Projecto Projecto Projecto aaaaaLerLerLerLerLer+++++