Jornal nº 24
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Transcript of Jornal nº 24
Nesta
edi-
ção:Nesta edi-
ção:
JE Fernando Namora
A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S D E C O N D E I X A - A - N O V A
3º TRIMESTRE
#24242424- 2010/2011
DIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONO 1/31/31/31/3
LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-NHIANHIANHIANHIA
4/74/74/74/7
NNNN----ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES ACTIVIDADES 2010/20112010/20112010/20112010/2011
8/98/98/98/9
DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA DIA DA EUROPA
10/1110/1110/1110/11
ATLATLATLATL ACTIVIDADESACTIVIDADESACTIVIDADESACTIVIDADES
12/1312/1312/1312/13
EDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIAL Uma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no Algarve
14/1914/1914/1914/19
iMunesiMunesiMunesiMunes Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos Soluções dos jogos
do do do do JE nº23JE nº23JE nº23JE nº23
20202020
SUPLEMENTO:
FOLHA DO CNO
Nesta edição:
BO
AS FÉRIA
S!
DIA DO PATRONO II — 2º SUCESSO!
SESSÃO
SOLENE
DE
ABERTURA
DEST
AQ
UE
Página 2 Jornal de Escola
MEGA AULA BODYBALANCE
EXPO
FERNANDO
NAMORA:
ESCOLA
ABERTA À
COMUNIDADE
Jornal de Escola Página 3
Tertúlia:
“Um livro,
mil leituras”
Laboratórios
abertos
Palestras
Jogos
Página 4 Jornal de Escola
O meu nome é Jahongir, vim do Uzbequis-
tão e estou cá há quatro anos. Moro com os
meus pais e dois irmãos. Tenho dois tios e
dois primos que também vivem em Condei-
xa. Quando vim para Portugal, as principais
dificuldades foram aprender a Língua e
encontrar amigos, mas correu bem!
A minha língua materna é Tadjique, mas a
língua materna do Uzbequistão é Uzbek. O
meu país tem três línguas diferentes: Russo,
Uzbek e Tadjique. Eu falo Tadjique porque a
cidade onde nasci, Samarkand, antes per-
tencia ao Tadjiquistão que agora faz frontei-
ra com o Uzbequistão, e era a capital do
Tadjiquistão.
Algumas pessoas falam Russo porque o
meu país pertencia à URSS; ficou indepen-
dente em 1991 e, como a língua oficial da
União Soviética era Russo, muitos estão
habituados a falar russo, agora.
Actualmente, a religião do Uzbequistão é o
Islamismo, mas sei da História que antes era
Cristã; depois houve guerra com os Árabes
e estes ganharam. O Uzbequistão fica no
centro da Ásia.
Línguas & Companhia
A última vez que estive no meu país foi nas
férias de Verão de 2010. Como já há quatro
anos que o tinha deixado, achei tudo muda-
do, mas para melhor! Todos os prédios
estavam reconstruídos! Fui ver a minha
família, sobretudo os meus avós que há
tanto tempo não via. Gostei muito de voltar
lá!
Em casa, com a minha família, normalmen-
te, falamos tadjique. A minha mãe já faz
muitos pratos de comida portuguesa, mas
também da comida nacional do meu país,
como por exemplo shashlik ( espetadas de
cordeiro).
Também cozinha plov, que é um dos pratos
mais típicos. É um arroz cozinhado com
óleo de algodão e pedaços de carne. A
refeição acompanha-se com pão (non), fru-
tas secas diversas e chá, preto ou verde.
Trabalho realizado na aula de PLNM pelo aluno Jahongir Miralimov, 9ºD (Professora: Maria Pia Pinto Serra)
Vista geral
de
Samarkand
Samarkand
Jornal de Escola Página 5
SOLTEM AS PALAVRAS! (Prof. Célia Mafalda Oliveira, 7º F, 8º D e 8º E)
Foi, é e será sempre tempo de usar a palavra e as palavras. Por isso, construímos um
blogue (http://obaudaspalavras.blogspot.com) e andámos, andamos e andaremos a enfeitá-
lo com os nossos textos.
Aprendemos, tal como diz Sebastião da Gama, no seu Diário, que “Há palavras ale-
gres e há palavras tristes. E essa tristeza ou essa alegria umas vezes está nelas, outras no
modo de as dizer.” Sendo assim, resolvemos aplicar isto no nosso dia-a-dia e aventurar-nos
no “Mundo da Escrita”, do qual todos podemos fazer parte.
Visita o nosso blogue!
Esperamos por ti! Eis alguns dos textos que lá poderás encontrar:
Ser poeta é…
Ser poeta é voar mais alto que as montanhas
Ser poeta é ter uma mente de imensa fantasia e união com as palavras
Ser poeta é ser escritor de sonhos e pesadelos
Ser poeta é viver no céu com os pés na terra.
Ser poeta é saber partilhar as palavras
Ser poeta é libertar sentimentos
Ser poeta é ser criativo
Ser poeta é ter imaginação
8º D
Página 6 Jornal de Escola
Ser Poeta é…
Sentir o que se escreve;
Exprimir sentimentos;
Ser sonhador;
Sentir e viver cada palavra como se fosse a ultima; Ter imaginação para poder voar; Ser poeta é ser diferente e igual; Viver a vida sem pontos finais; Ser livre;
Transmitir os sentimentos através das palavras; Perceber as palavras de maneira diferente; Ter pensamentos; Ser mais forte;
Criar palavras lindas; Ter liberdade de alcançar o imaginário; Ter imaginação; Criar palavras lindas e espantosas; Sentir o mundo; Ser amigo das palavras; Ter sentimentos; Escrever as suas próprias palavras.
8ºE
"Reescrita de poema"
A Zundapp A Zundapp traça no branco da estrada
A negrura do escape
Há um som grave
A Zundapp brilha docemente o seu rater
De certa forma Fico a pé.
Carlos Mendes, 8º
Jornal de Escola Página 7
São Bués!...
Ouçam agora, meus meninos, uma história de arrepiar: houve uma invasão de bichos, estando eu a leccionar. Mas não creiam que tal aconteceu em vão: ensinei recursos de estilo num instante, pois então! A esses bichinhos voadores, que teimavam em aparecer, deu-lhes nome a Vanessa mesmo sem ser por querer. Foi numa troca de palavras, em diálogo entrecruzado, enquanto um perguntava o que eram, ela dizia “São bués!” Foi engraçado! E os bués eram tantos, segundo a Mariana “aos milhares”; “Isso é uma hipérbole”- disse eu para os ares… Foi tempo logo então do pleonasmo aprender “Vamos sair para fora” não se fosse ali morrer… E o Bruno foi chamar a D. Anália a correr, pediu um aspirador, veio uma vassoura para varrer. Como isso não resultaria (fugiriam, com certeza!), foi buscar o aspirador e o Bruno quis fazer a “limpeza”. Mas havia mais quem não tivesse medo ou rastilho de pavor, foi o Luís Albano nomeado o nosso homem exterminador! Professora Célia Mafalda Oliveira, num dos muitos momentos Fantásticos do 7º F, algures numa sala de aula…
Página 8 Jornal de Escola
N-actividades 2010/11
O ano lectivo 2010/11 chega ao fim e, mais uma vez, é tempo de balanço. Ao longo
deste ano foi possível a concretização de diversas actividades que proporcionaram
novas vivências e aprendizagens aos alunos nelas envolvidos.
Exposições
- “Expo Rosa-dos-ventos”, no final do 1º período, com
base nos trabalhos dos alunos do 7º ano, no âmbito da
disciplina de Geografia, fazendo parte do conteúdo “A
localização relativa”;
- “Conhecer o meu Concelho”,
no final do 2º período, com base
num intenso trabalho de
pesquisa de informação e
imagem levadas a cabo pelos
alunos do 12º TAL, no âmbito da
disciplina de Área de Integração
(AI), fazendo parte do tema “Identidade Regional” ;
- “Dia da Europa”, e “ Capitais Europeias da
Cultura”, no 3º período, com base nos
trabalhos realizados pelos alunos do 7º ano,
na disciplina de Geografia, integrada na
unidade “ Espaços geográficos de Portugal,
Europa e Mundiais”. Estas exposições foram
integradas nas actividades do Clube Europeu
e de Geografia.
Jornal de Escola Página 9
Outras actividades
Visita de Estudo ao Buçaco – Curia-
Aveiro e Mira, no inicio do 2º
período, no âmbito de AI, integrada
no tema “Identidade Regional”. Foi
uma visita planeada pelo grupo de
Geografia da Escola Secundária
Fernando Namora e por outros
professores do Curso Técnico do
Turismo para as turmas 10ºTT, 10ºC e
12ºTAL.
“Empreendedor por um Dia”, a 18
de Março, com a participação dos
alunos do 2º EI que apresentaram
os seus projectos no âmbito da
gestão de resíduos e venderam
alguns dos seus trabalhos.
“Concurso de Ideias”, no dia 19 de
Maio, integrada na Acção de
Empreendedorismo com a participação
dos alunos Bruno, Nelson e Rúben do
2º EI, que ficaram em 2º lugar da série
do 3º ciclo, com o projecto Robolândia.
O desenvolvimento do mesmo foi
também acompanhado pelos
professores Laurentina Soares e Victor
Paranhos.
Monteiro, N (2010/11)
Página 10 Jornal de Escola
Dia da Europa
No dia 9 de Maio, O Clube Europeu e o Grupo de Geografia
comemoraram, mais uma vez, “ O Dia da Europa”, dia em que Robert
Schuman, ministro francês dos negócios estrangeiros, em 1950, apresentou
uma proposta de aprofundamento das relações entre países europeus, criando-
se uma comunidade organizada de nações numa Europa recentemente
marcada pela II Guerra Mundial. Esta proposta, conhecida como "Declaração
de Schuman", foi um instrumento fundamental na consolidação da paz na
Europa e é considerada o começo da criação da actual União Europeia (CECA
em 1951).
Por se considerar que este dia foi o marco inicial da UE, os Chefes de
Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, decidiram consagrar o dia
9 de Maio como "Dia da Europa", tendo sido celebrado pela primeira vez em
1986. Deste então, são várias as iniciativas neste sentido, tendo o
Agrupamento de Escolas de Condeixa
assinalado este dia com:
- duas exposições, uma na
Escola Básica 2,3 e outra na Escola
Secundária Fernando Namora, alusivas
ao tema “Europa” através dos
trabalhos realizados pelos alunos e
outros materiais disponíveis em cada
uma das escolas.
- um concurso interturmas dos 9º anos.
Esta actividade contou com a presença
da Presidente da CAP, Drª Anabela
Jornal de Escola Página 11
Lemos e com a abertura solene
pelos alunos do 9ºA e professor
Mário Alves, com o “Hino da
Alegria”.
Nesta actividade, foi nítido o
entusiasmo e a participação dos
concorrentes e público. A equipa
vencedora foi o 9ºD, com os
alunos Emanuel Bacalhau, Carolina
Moreira e Mariana Centeio. Estes
foram presenteados com um pequeno prémio e aos restantes foi-lhes atribuído
um diploma de participação.
- dois pequenos concursos, um, em suporte
digital, na Biblioteca Escolar com a
participação da equipa PTE e outro, em
suporte de papel, através de um passatempo,
palavras cruzadas. Neste último, a aluna
vencedora foi Ana Luís Sena do 9ºC, da
Escola Básica 2,3, tendo sido agraciada com
um presente oferecido pelo Clube Europeu.
No primeiro não se registaram vencedores.
O Clube Europeu
Página 12 Jornal de Escola
ATL - ACTIVIDADES
Jornal de Escola Página 13
Sou motorista de um autocarro de dois andares, vermelho e com o símbolo do Benfica em ambas as portas.
Hoje vou iniciar uma viagem ao Algarve e levo muitos amigos comigo: o Marcelo, a Susana, o Alexandre, o Toni, o
Diogo, a Mariana, o Jorge, o Tiago e o David. Quero mostrar-lhes as praias e os centros comerciais daquela região. Para
isso, levamos dinheiro connosco (muito!).
O autocarro tem duas casas de banho: uma em cima e outra em baixo. Também existe uma pequena cozinha, onde
levamos o almoço já preparado. Para descansarmos temos sofás-cama. Assim não precisamos de parar durante a viagem. E
para os passageiros estarem entretidos temos um computador e duas playstations. A minha é a número dois.
Levo ainda o meu irmão, que também é um dos motoristas. E ainda tenho outro condutor, a quem eu paguei para
conduzir durante a maior parte da viagem.
Estamos a 12 de Agosto, o dia do meu aniversário. Por isso, hoje não vou conduzir.
Partimos de Condeixa-a-Nova à meia-noite. Quando o autocarro cá chegou já trazia o meu irmão e os amigos dele,
que vivem em Coimbra.
O meu irmão também faz anos hoje: somos gémeos. Eu sou o Vítor e ele é
o Luís. Somos tão parecidos que no Domingo passado, quando fui visitá-lo, entrei no
café e o senhor que lá trabalha pensou que eu era o Luís. Nesse dia ganhei dois
chocolates: o meu e o dele!
Fizemos a nossa viagem na auto-estrada e correu tudo bem, à excepção da
chuvada que caiu, que não é comum nesta época do ano. O asfalto ficou perigoso e
na zona da estação de serviço de Alcácer do Sal apanhámos uma fila enorme. Tinha
ocorrido um desastre!
Página 14 Jornal de Escola
Folha da
Educação Especial
Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve Uma Aventura no Algarve
PrólogoPrólogoPrólogoPrólogo
Primeiro DiaPrimeiro DiaPrimeiro DiaPrimeiro Dia
Foi uma espera de duas horas porque se tratou de um acidente em cadeia: um automóvel bateu numa mota e, em seguida, foi
a vez de um camião que transportava combustível bater nos dois veículos acidentados porque o motorista não se apercebera
do que havia acontecido e não travou a tempo.
O motorista do camião chamou o 112 e poucos minutos depois chegaram
uma ambulância e um helicóptero, este último para transportar o motard, que
ficou bastante magoado. O condutor do automóvel, graças ao air-bag, não se
magoou muito. Era um piloto de rally que ia a caminho de uma competição, acompa-
nhado do co-piloto, que também ficou bem. Atrás deles ia a roulote com o resto
da equipa, que escapou ao acidente por ter travado a tempo, tendo derrapado
para a berma.
Estávamos quase a chegar ao nosso destino, quando nos apercebemos que não tínhamos gasóleo. Acabámos, mais
uma vez, por ficar parados na auto-estrada até que o reboque da companhia de seguros transportasse o autocarro até à
bomba de combustível mais próxima. Com isto tudo, só chegámos ao nosso destino às 24 horas.
Uma vez em Tavira, a primeira coisa que fizemos foi dar um pulo à praia da Manta Rota para darmos uns bons mergulhos.
Soube-nos tão bem, depois de uma viagem tão longa e cansativa!
Quando saímos da água ouvimos uma sirene e ficámos assustados porque não sabíamos o que é que se passava.
Depois vimos o nadador-salvador passar no jipe. Alguém estava em apuros! Um rapaz que estava perto disse-nos que o
INEM ia socorrer uma senhora que estava com grandes problemas nas costas.
Ele há cada coincidência! Não é que essa senhora era a mãe da Daniela? Também estavam a passar férias naquela
zona.
Quando encontrámos a Daniela ela estava muito aflita. É que estavam sozinhas no Algarve e ela não sabia o que
fazer. Então eu disse-lhe: -“Não te preocupes, Daniela. Nós ajudamos-te!” Entrámos todos no autocarro, ligámos a sirene e
lá fomos atrás da ambulância, em direcção ao hospital de Faro.
A meio do caminho, em plena Via do Infante, o Marcelo e a Susana escorregaram quando iam a caminho da casa de
banho (do autocarro). A nossa empregada tinha andado nas limpezas e esqueceu-se de colocar o sinal de aviso de pavimento
escorregadio. Conclusão: os meus dois amigos, ao caírem, bateram com a cabeça um no outro! Ainda bem que íamos a cami-
nho do hospital. Ligámos logo para a Daniela, que ia na ambulância a acompanhar a mãe, para avisar o médico do INEM que
no autocarro também seguiam dois feridos.
Em Faro já estavam à nossa espera. Entrámos pelo portão das ambulâncias e dirigimo-nos imediatamente para as
urgências. Eu e o meu irmão, que temos formação em primeiros socorros, já tínhamos colocado o Marcelo e a Susana imobi-
lizados, deitados em macas. Aliás, fomos nós que demos entrada com eles no hospital e explicámos aos médicos o que tinha
acontecido.
Jornal de Escola Página 15
Segundo DiaSegundo DiaSegundo DiaSegundo Dia
Felizmente, não parecia nada de grave. Mas como a pancada tinha sido tão aparatosa, os médicos optaram por man-
tê-los em observação durante 24 horas, não fossem ter algum traumatismo craniano. A D. Cidália também ficou internada e,
de regresso a Tavira, demos boleia à Daniela que, por ter medo de ficar sozinha, foi dormir na casa que arrendámos para
passar aqueles dias. A nossa casa de férias!
A casa que arrendámos era uma moradia com dois quartos, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho enorme, mui-
to parecida com o balneário que temos na escola. Apesar de serem só dois, os quartos eram muito grandes. Pareciam cama-
ratas, com tantas camas em fila. Afinal, éramos dezassete! Em frente à moradia tínhamos um espaço relvado e uma magní-
fica piscina.
Nessa noite, decidimos ir jantar. Estávamos muito cansados para preparar uma refeição para tanta gente!
Optámos pela Ilha de Tavira. Para lá chegarmos fomos apanhar o barco ao molhe de Tavira. Que linda que foi a
viagem de travessia da ria ao pôr-do-sol!
Uma vez na ilha, optámos pelo primeiro restaurante, aquele que fica mesmo ao pé da entrada do parque de campis-
mo. A caldeirada de marisco estava com óptimo aspecto, mas eu e o Luís não fomos capazes de resistir ao hambúrguer com
batatas fritas e um ovinho estrelado. Uhm!!!
Enquanto saboreava o meu petisco lembrei-me da D. Cidália, do Marcelo e da Susana, que ficaram no hospital. A
essa hora estariam provavelmente a jantar peixe cozido com batatas e cenouras, praticamente sem sal! A Daniela, com a
preocupação, nem tinha vontade de jantar, mas eu insisti, supliquei, pus-me de joelhos e ela, finalmente, lá aceitou comer.
Então, sem ela dar por nada, dirigi-me à copa e pedi para falar com o cozinheiro. Queria surpreendê-la e o chefe sugeriu
camarão tigre grelhado. Apesar de triste, ao ver o prato esboçou um sorriso e agradeceu-me com um beijinho na cara.
Depois de jantarmos, fomos até ao areal beber uma limonada no Pezinhos n’Areia.
A limonada estava óptima e nós não parávamos de pedir rodadas atrás de rodadas. Nem demos pelo passar do tem-
po e quando nos apercebemos de quão tarde era, já não fomos a tempo de apanhar a última carreira para Tavira. Que dia!
Só nos faltava esta!!!
Sem outro remédio, tivemos que procurar um sítio mais ou menos abrigado para passarmos a noite. O chão da
esplanada do bar ao lado do Pezinhos n’Areia é de madeira, e encontra-se um bom bocado acima da areia, onde se encontra
assente com estacas. Foi debaixo dele que nos refugiámos para passar a noite, deitados ao lado uns dos outros para evitar
sentir o frio que fazia, mas nem assim… Estava uma noite particularmente húmida, com vento de nortada.
Seriam para aí umas três horas da manhã quando o meu irmão me acordou por causa de uns barulhos estranhos que
ouvira. Muito devagarinho, eu e o Luís fomos ver do que se tratava. E não era que estavam dois fulanos a tentar arrombar o
Pezinhos n’Areia?!?! Entretanto, escondemo-nos atrás do buggy do nadador-salvador e vimos que estava um terceiro fulano
numa lancha, na ria. Só podia ser cúmplice dos outros dois! Passou-nos logo pela mente uma ideia brilhante: na ausência de
rede nos telemóveis, tínhamos que impedir os assaltantes de sair da ilha, caso contrário a guarda não teria hipóteses de os
apanhar. Que fixe! Eu e o Luís adoramos aventuras com muita adrenalina!
O plano era o seguinte: com muita calma, íamos acordar os nossos amigos, um por um, e pedir-lhes que abandonas-
sem aquele local. Após isso, arranjaríamos maneira de afastar o tipo da lancha e de saltarmos os dois lá para dentro para
nos dirigirmos a Tavira avisar a polícia. Mesmo que demorássemos um bocadinho, sem transporte os bandidos não tinham
hipótese alguma de sair da ilha. Estavam feitos!
Página 16 Jornal de Escola
Ao sinal, através de uma ligação directa, o Jorge pôs o buggy a funcionar, enquanto a Daniela se aproximou do sítio
onde estava a lancha, fingindo que sentia muitas dores numa das pernas. Ao mesmo tempo, nós os dois escondemo-nos atrás
de um barco de pesca que se encontrava lá perto, atracado na ria. Mal o fulaninho se afastou cinco metros na direcção da
nossa amiga, eu e o Luís corremos para a lancha. Em poucos segundos, nós os dois enfiámo-nos na lancha e fomos a Tavira
avisar a polícia. Que vitória!
Depois de mais uma noite mal dormida, estávamos completamente “podres” de cansaço. Felizmente, foram os agen-
tes da GNR que nos levaram para casa porque já nem tínhamos forças para conduzir o autocarro, que continuava estaciona-
do no parque, junto ao cais de embarque.
- “Uaaaah! Como é bom espreguiçarmo-nos depois de uma noite bem dormida!”-pensei assim que abri os olhos. Sim,
porque as primeiras 48 horas destas férias foram de arrasar.
Era meio-dia quando a malta começou a acordar. Bem, quem realmente acordou primeiro fui eu, e depois o Luís,
como não poderia deixar de ser. Os nossos amigos ainda dormiam profundamente e nós não conseguimos resistir! Era impos-
sível resistir à tentação de lhes pregarmos partidas! Como tínhamos o regador mesmo à mão, enchemo-lo de água (fria!) e
pronto! Regámo-los um a um, como se as suas cabeças fossem melancias ainda por apanhar. As caras que eles faziam eram
dignas de fotografar! Claro que ficaram furiosos connosco, mas quando viram o pequeno-almoço que os aguardava, prepara-
do por nós, esqueceram-se e não largaram a mesa durante quase uma hora! Estávamos todos “esganados” de fome e aquelas
torradinhas, acompanhadas com sumo de laranja acabado de fazer, café com leite e ovos mexidos souberam-nos mesmo
bem. Tão bem que nem demos pela falta do Jorge.
A vingança não tardou e eu dei-me conta disso quando senti uma substância viscosa na cabeça. O Luís, que estava
sentado ao meu lado, teve a mesma experiência: um frasco inteirinho de geleia escorregava-lhe pelos cabelos. Ainda por
cima, era de laranja, uma fruta que detestamos! E como eu tenho o cabelo curtíssimo, já tinha geleia a pingar-me nos
ombros!
Corremos imediatamente para fora de casa, pegámos na mangueira e tentámos lavar-nos, mas o resto da malta, já
de barriga cheia, sentiu sede de vingança e juntaram-se ao Jorge. Facilmente tiraram-nos a mangueira e deram-nos o maior
banho das nossas vidas!
Apesar de tudo, divertimo-nos à brava e ainda fomos dar um mergulho colectivo na piscina!
Às 16 horas, chamámos um táxi para irmos buscar o meu autocarro, que tinha ficado em Tavira, para depois seguir-
mos para Faro onde os nossos amigos e a D. Cidália nos aguardavam, depois de lhes ter sido dada alta. Felizmente, nenhum
dos três sofrera traumatismos graves.
Já que fomos a Faro, aproveitámos para dar um saltinho ao Fórum Algarve, comprar uma prenda para o Jorge, que
fazia anos no dia seguinte. Escolhemos uma réplica de espada de Samurai e um livro com a história do Japão. Tínhamos pla-
neado preparar-lhe uma festa surpresa e íamos decorar a nossa casa de férias com motivos japoneses. A comida também
seria nipónica: haveria sushi preparado de todas as maneiras e feitios! Eu e o Luís, apesar de detestarmos peixe cru lá iría-
mos fazer o sacrifício.
Jornal de Escola Página 17
Terceiro DiaTerceiro DiaTerceiro DiaTerceiro Dia
Chegou o dia de aniversário do Jorge! Era necessário afastá-lo de casa para preparar a festa de maneira a que
ele não se apercebesse de nada.
No dia anterior, eu e o meu irmão tínhamos dito à malta que gostávamos muito de ir à feira medieval que estava a
decorrer em Silves. Uma vez que faltava apenas um dia para terminar, tínhamos de lá ir no dia seguinte, ou seja, no dia de
aniversário do Jorge.
Silves é uma cidade muito antiga e, em tempos, chegou a ser capital do Algarve. Isso foi na época da reconquista
cristã, e ainda lá existe o magnífico castelo mandado construir pelo rei, no topo mais elevado da cidade. Assim, no alto das
suas muralhas, os cavaleiros portugueses podiam vigiar os terrenos que circundavam Silves, não fossem os mouros contra-
atacar!
O Jorge adora História e castelos, e por isso aceitou de imediato o nosso convite. Assim, mal acabámos de tomar o
pequeno-almoço, nós os três e o Diogo rumámos na direcção do barlavento algarvio. Como éramos só quatro e adoramos
aventura, alugámos um jipe e fizemos o percurso pelo interior. Tínhamos todo o dia para aproveitar, enquanto os nossos
amigos ficavam em casa, nos preparativos.
Viajar pelo interior do Algarve é um espectáculo. Sem praias, turistas e confusões, mas com uma paisagem muito
bonita. E o nosso Hummer andava que se fartava, mesmo nos sítios mais inóspitos.
A meio do percurso, mais ou menos na zona de Paderne, furou-se um pneu. Nada que não pudéssemos resolver: tro-
cámo-lo pelo pneu sobresselente em três tempos! E já que tivemos que parar, resolvemos consultar o mapa para ver se exis-
tia algum ponto de interesse por aquelas bandas. A vila de Alte não ficava longe, por isso decidimos dar lá um saltinho.
Tínhamos a ideia de que se tratava de uma típica povoação algarvia, com os traços arquitectónicos e urbanísticos do passa-
do ainda bem preservados. A nossa professora também já nos tinha falado de Alte. Lembro-me que foi após ter recebido
um telefonema de um amigo, que é precisamente o pároco daquela vila. O padre telefonara-lhe para desabafar os problemas
com que se confrontava com as beatas de lá. Segundo ele, as senhoras punham e dispunham de tudo o que estivesse relacio-
nado com a igreja, querendo impor ao padre “as suas vontades”, que há décadas eram tomadas em conta pelos padres que
por lá iam passando. Mas ele era diferente e isso fê-lo passar as “passas do Algarve”.
Alte foi uma boa surpresa: as casinhas caiadas de branco, as ruazinhas empedradas e a fonte deixaram-nos muito
surpreendidos. Parecia que tínhamos recuado para meados do século XX. As platibandas dos terraços (os algarvios chamam-
lhes varandas) eram lindas e o contraste do seu colorido com o branco da cal é espectacular.
Uma das atracções turísticas da vila são os passeios de burro e nós não resistimos: demos uma voltinha e divertimo
-nos muito! O burro do Luís era teimoso que nem “um burro” e recusava mexer-se. O animal estava com vontade de descan-
sar e como o contrariaram, irritou-se, deu um coice e lá foi o Luís. Enquanto isso, o Jorge tentava equilibrar-se no seu bur-
ro que, com o susto provocado pelo outro animal, lançou-se a galope. A salvação do meu colega foi a experiência ganha nas
sessões de Hipoterapia! Quanto a mim, também não me safei de um galope repentino, que me atirou em cheio para a fonte!
Foi digno de se ver: eu, completamente encharcado, e os gansos que vivem na fonte cheios de vontade de me bicarem. Pare-
cia um boneco animado a correr, perseguido por um bando de gansos furiosos!
Página 18 Jornal de Escola
Quarto DiaQuarto DiaQuarto DiaQuarto Dia
De Alte seguimos em direcção a Silves, onde almoçámos num restaurante que servia verdadeiros petiscos medie-
vais. A feira medieval era espectacular e divertirmo-nos muito até ao fim da tarde. Nessa altura regressámos para casa,
onde o Jorge iria ser, sem o saber, rei de uma festa muito divertida!
-“Vitória, vitória, acabou esta história!”
P.S.: Bem, na realidade não acabou. Ficámos no Algarve mais 4 dias, mas os primeiros 4 foram tão cansativos que decidimos
nada mais fazer do que dormir, comer, nadar na piscina e esticarmo-nos ao sol. Acabaram, isso sim, as aventuras!
Autor (ideia original): Vítor Santos, aluno da turma C do 6º ano, da E.B. n.º 2 de Condeixa-a-Nova.
Composição e revisão dos textos: Mónica Sousa e Cunha, professora de Educação Especial.
Jornal de Escola Página 19
O JE DESEJA –VOS BOAS FÉRIAS E… DESCONTRAIAM, RINDO!
“Desordem no Tribunal”
São algumas gafes cometidas em Tribunais, coisas que as pessoas disseram e que foram transcri-
tas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram de permanecer impávidos e serenos enquanto
estes diálogos, realmente, aconteciam à sua frente.
P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor confirmou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor viu-lhe a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor viu-lhe a respiração?
R: Também não.
P: Bom, então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
R: Não, é impossível.
P: Como é que o senhor pode ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jar-ro sobre a mesa.
P: Mesmo assim, não podia acontecer que ele ainda estivesse vivo?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e exer-cendo Direito em algum lugar!!!
~~~~~~~~~~~~
P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas… ~~~~~~~~~~~~
P: Doutor, o senhor lembra-se da hora em que começou a examinar o corpo da vítima?
R: Sim, a autópsia começou às 20:30.
P: E o Sr. Décio já estava morto a essa hora?
R: Não?!? Ele estava sentado na maca, e pergun-tava porque é que eu estava a autopsiá-lo.
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P: Qual foi a primeira coisa que o seu marido dis-se, quando acordou, naquela manhã?
R: Ele disse: “Onde é que eu estou, Beta?”
P: E porque é que você se aborreceu com isso?
R: Porque o meu nome é Célia.
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P: Ela tinha 3 filhos, certo?
R: Certo.
P: Quantos eram rapazes?
R: Nenhum.
P: E quantos eram meninas?
Página 20 Jornal de Escola
FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA
Colaboração Colaboração Colaboração Colaboração Alunos e Professores
Revisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismo Maria Pia Pinto Serra
Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Maria Pia Pinto Serra
Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Escola Secundária Fernando Namora
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Nº2
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