IX - Carga Térmica

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Climatização Carga Térmica 107 IX - Carga Térmica Vimos anteriormente que o condicionamento completo do ar compreende aquecimento, refrigeração, umidificação e desumidificação, circulação e filtragem do ar. A carga de condicionamento de ar é afetada por uma série de fatores complexos, tais como: transmissão de calor; irradiação solar; pessoas; iluminação e equipamentos elétricos; ventilação e infiltração do ar; mercadorias; diversos. Carga térmica Dá-se o nome de carga térmica de uma instalação de ar condicionado a quantidade de calor que, por unidade de tempo, deverá ser fornecida (inverno) ou retirada (verão) do ar a ser introduzido nos ambientes beneficiados, a fim de que mantenha-se as condições pré fixadas de projeto, segundo as diferentes necessidades já estudadas de antemão. Para que o projeto e instalação do sistema de ar condicionado seja realmente condizente com as necessidades do mesmo, é primordial que sejam caracterizados inicialmente os seguintes elementos: 1. carga térmica de aquecimento (inverno); 2. carga térmica de refrigeração (verão).

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    Carga Trmica 107

    IX - Carga Trmica

    Vimos anteriormente que o condicionamento completo do ar compreende aquecimento,

    refrigerao, umidificao e desumidificao, circulao e filtragem do ar.

    A carga de condicionamento de ar afetada por uma srie de fatores complexos, tais

    como:

    transmisso de calor;

    irradiao solar;

    pessoas;

    iluminao e equipamentos eltricos;

    ventilao e infiltrao do ar;

    mercadorias;

    diversos.

    Carga trmica

    D-se o nome de carga trmica de uma instalao de ar condicionado a quantidade de

    calor que, por unidade de tempo, dever ser fornecida (inverno) ou retirada (vero) do

    ar a ser introduzido nos ambientes beneficiados, a fim de que mantenha-se as

    condies pr fixadas de projeto, segundo as diferentes necessidades j estudadas de

    antemo. Para que o projeto e instalao do sistema de ar condicionado seja

    realmente condizente com as necessidades do mesmo, primordial que sejam

    caracterizados inicialmente os seguintes elementos:

    1. carga trmica de aquecimento (inverno);

    2. carga trmica de refrigerao (vero).

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    Carga Trmica108

    Dividimos a carga trmica em duas partes: a primeira como sendo do ambiente,

    abrangendo todas as cargas que ocorrem dentro do mesmo e a segundo como sendo

    total, abrangendo a carga trmica do ambiente mais aquela gerado pelo ar externo.

    Calor sensvel

    a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que pode ser

    medido por mudana de temperatura.

    Calor latente

    a quantidade de calor que se acrescenta ou se retira de um corpo e que causa sua

    mudana de estado.

    Fontes de calor externo

    As fontes de calor mais considerveis originam-se no meio exterior e atingem o

    ambiente condicionado devido aos seguintes fatores:

    ganho de calor devido ao ar externo;

    ganho de calor devido a penetrao por conduo atravs de janelas, paredes,

    divises, tetos, telhados;

    insolao (radiao solar) atravs de janelas, clarabias, paredes, portas externas

    e telhados.

    Fontes de calor interno

    As fontes de calor interno a ambientes condicionados so principalmente:

    pessoas;

    iluminao;

    motores eltricos;

    dissipao de calor por equipamentos;

    cargas especiais.

    O calor proveniente de pessoas em atividade ou no constitui-se em fontes de calor

    sensvel e latente.

    Clculo de carga trmica vero

    As partes integrantes que sero analisadas, sob o ponto de vista de carga trmica so:

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    Carga Trmica 109

    1. carga devido a transmisso de paredes, pisos e tetos;

    2. carga devido a insolao;

    3. carga devido a pessoas;

    4. carga devido a luzes, iluminao;

    5. carga devido a motores eltricos;

    6. carga devido a aparelhos e equipamentos diversos;

    7. carga devido a ventilao;

    8. carga devido a infiltrao.

    Carga Trmica Exterior

    Transmisso de Calor - ao conjunto de fenmenos que caracterizam a tendncia do

    desaparecimento diferencial de temperatura existente entre duas regies do espao,

    com temperaturas diferentes, denominamos transmisso de calor.

    Figura 9.1 - Exemplo do fenmeno transferncia de calor

    A transmisso efetua-se de maneira distinta entre 3 formas designadas por conduo,

    conveco e radiao, cada uma delas obedecendo leis prprias, embora admitam

    em comum, as duas caractersticas seguintes:

    1. Necessidade de um diferencial de temperatura entre duas regies;

    2. O fluxo trmico verifica-se sempre no sentido de temperaturas decrescentes.

    Fluxo de Calor

    A quantidade de calor trocada na unidade de tempo Q [Kcal/h], em qualquer um dos

    processos de transmisso de calor citados, recebe o nome de fluxo de calor. O fluxo de

    T1 T2 T1 T2

    T1 > T2 T1 = T2

    E1 E1E2 E2

    Fluxo Trmico

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    Carga Trmica110

    calor atravs de uma parede que separa dois espaos a temperaturas diferentes

    depende de 3 fatores:

    1. a rea da parede;

    2. a diferena de temperatura de dois espaos;

    3. as propriedades de condutividade de calor da parede.

    Quanto maior for a rea da parede, maior ser a quantidade de calor que ela produz.

    Uma parede de 200m2 de rea, conduzir o dobro do calor de uma parede de 100m2.

    No que diz respeito ao segundo fator, suponhamos que a diferena nas temperaturas

    dos dois espaos seja 25C. Uma certa quantidade de calor sensvel passar atravs

    da parede. Se a diferena das temperaturas aumentar para 50C, o fluxo de calor ser

    o dobro.

    Os princpios que se acabam de discutir no so vlidos s para as paredes, mas

    tambm para janelas, telhados, e outras superfcies de edifcios. Estes princpios so

    resumidos do seguinte modo:

    O fluxo de calor atravs de qualquer superfcie diretamente proporcional a sua rea.

    E ainda diretamente proporcional a diferena das temperaturas os espaos separados

    pela superfcie.

    O terceiro fator funo do material da parede e da espessura. Sero usados os

    termos conduo, conveco e coeficiente global de transferncia de calor, ao discutir

    o fluxo de calor atravs de materiais de construo.

    Conduo

    do conhecimento geral que a capacidade dos vrios materiais para conduzir calor ,

    difere consideravelmente. Os melhores condutores de calor so os metais, os piores

    condutores (madeira, asbesto, gases, cortia e feltro) so chamados de isolantes. A

    capacidade de uma substncia para transmitir calor por conduo uma propriedade

    fsica do material especfico. chamada condutividade trmica (normalmente

    abreviado apenas por condutividade), o smbolo comum K, a condutividade a

    quantidade de calor em Kcal/h que flui atravs de uma pea de material homogneo de

    um milmetro de espessura, com a rea de um metro quadrado e quando a diferena

    de temperatura entre as faces de um grau.

    Valores do K (condutibilidade trmica) para diversos materiais de construo podem

    ser vistos na tabela 9.1.

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    Carga Trmica 111

    O calor transferido por conduo atravs de um material homogneo pode-se calcular

    pela seguinte equao.

    Onde:

    Q = Fluxo de calor [Kcal/h];

    A = rea [m2];

    K = Condutividade trmica [ Kcal mm/h m2 C];

    e = espessura [mm];

    (t2 -t1) = Gradiente de temperatura entre duas superfcies distncia [C].

    Conveco

    Neste mecanismo envolvendo movimento de partculas macroscpicas que no ocorria

    no fenmeno da conduo, prevalecem as foras da corrente fluida estando a

    conveco intimamente ligada mecnica dos fluidos.

    De acordo com as foras que originam as correntes fluidas a conveco pode ser de

    dois tipos:

    1. Conveco natural: quando a velocidade do fluido devida s foras de empuxo

    (criada pela diferena de densidade, originada por diferena de temperatura na

    massa fluida). Este empuxo normalmente denominado de empuxo trmico.

    2. Conveco forada: Quando o movimento da corrente fluida devido a dispositivos

    mecnicos como bombas, ventiladores, exautores, agitadores mecnicos, etc.

    estes foram o deslocamento do fluido.

    Q = K A (t2 -t1) / e

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    Carga Trmica112

    Tabela 9.1 - Condutibilidade Trmica de Materiais de Construo:

    Material W / m2C Kcal / h m C Kcal mm / h m2 C

    Painis para Construo

    Asbesto Cimento 0,574 0,495 495

    Gesso de Paris 0,165 0,143 143

    Forro 0,054 0,0471 47,1

    Terra Seca 0,52 0,45 450

    Materiais isolantes: Placas de Manta

    Fibras de l Mineral 0,038 0,03344 33,44

    Borracha Macia 0,012 0,010 10,00

    Borracha Dura 0,013 0,011 11,00

    Asfalto 0,062 0,053 53,00

    Amianto 0,139 0,12 120,00

    Feltro 0,070 0,0602 60,20

    Fibra de Madeira 0,035 0,031 30,96

    Cortia 0,042 0,037 33,45

    Fibra de Vidro 0,038 0,033 30,96

    L de Rocha 0,048 0,042 42,00

    Telhado 0,051 0,044 44,00

    L Mineral 0,039 0,034 34,00

    L de Vidro 0,039 0,034 34,00

    Vermiculite 0,064 0,056 56,97

    Materiais Isolantes: Materiais em Placa

    Gesso agregado de Areia 0,22 0,1892 189,20

    Gesso agregado de Vermiculite 0,25 0,215 215,00

    Placa de Cimento agregado de

    Areia

    0,718 0,619 619,00

    Agregado leve em ripas de

    madeira

    0,28 0,240 240,00

    Agregado leve em ripas metlicas 0,47 0,410 410,00

    Concreto Geral 1,42 1,220 1220,00

    Argamassa Cal 1,16 0,990 990,00

    Argamassa de Cimento 0,72 0,620 619,00

    Agregados leves: Cascalho

    expandido: Barro, Ardsia,

    Escria cinza, Pedra Pomes,

    Perlite, Vemiculite

    0,24 0,210 210,53

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    Carga Trmica 113

    Material W / m2C Kcal / h m C Kcal mm / h m2 C

    Agregado de areia e cascalho ou

    Pedra1,723 1,486 1486

    Estuque 0,72 0,62 620

    Cimento Portland 0,29 0,25 250

    Concreto com Escria 0,76 0,65 650

    Concreto com Brita 1,37 1,18 1180

    Agregado de Areia e Cascalho 0,905 0,780 780

    Agregado de Cinza 0,582 0,502 502

    Pedra Cal ou Areia 1,795 1,548 1548

    Tijolos: Tijolo de Barro

    Tijolo de Argila 1 furo (10 cm de

    espessura)0,52 0,4472 447,2

    Tijolo de Argila 3 furos (30cm de

    espessura)0,69 0,5934 593,4

    Tijolo Comum 0,72 0,62 619

    Tijolo de Fase (liso) 1,29 1,11 1115

    Tijolos: Tijolo de Bloco de Concreto

    Com 3 furos Ovais (20 cm de

    espessura)1,0 0,86 860

    Com 2 furos retangulares (20cm

    de espessura) 1,1 0,946 946

    Com 2 furos preenchidos (20 cm

    de espessura)0,6 0,516 516

    Agregado com cinzas 3 furos (20

    cm de espessura)0,57 0,576 576

    Tijolos: Tijolo Cermico (Baiano)

    Com 6 furos (10cm de espessura) 1,392 1,2 1200

    Com 6 furos (15cm de espessura) 1,1368 0,98 980

    Com 8 furos (15cm de espessura) 1,0788 0,93 930

    Telhas

    Telhado Fibrocimento 0,406 0,35 350

    Telha de Barro 0,72 0,62 620

    Telha Oca de Barro, elemento de

    fundo0,509 0,439 439

    Telha Oca 2 elementos de fundo 0,612 0,528 528

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    Carga Trmica114

    Material W / m2C Kcal / h m C Kcal mm / h m2 C

    Material para Laterais

    Asbesto cimento dobrado 0,16182 0,1395 139,5

    Isolamento de Asfalto 0,0508 0,04381 43,81

    Madeiras

    Madeira dura em geral 0,16 0,14 140

    Madeira mole em geral 0,12 0,10 100

    Madeira picotada / colada

    (Aglomerado)0,087 0,075 75

    Madeira Compensada 0,115 0,0999 99,97

    Fibra de madeira (tipo mole) 0,172 0,149 149

    Fibra de madeira (tipo dura) 0,2006 0,173 173,36

    Serragem 0,06 0,05 50

    Eucatex 0,03944 0,034 34

    Janela / vidro

    Vidro comum 0,78 0,68 680

    Pires 1,4 1,2 1200

    Vidro celular 0,0560 0,0483 48,3

    Material de Acabamento Civil

    Mrmore 2,80 2,41 2410

    Granito 2,79 2,40 2400

    Ladrilho Cermico (valor mdio) 1,5 1,29 1290

    Porcelana 1,03 0,89 890

    Arenito 1,83 1,57 1570

    Metais

    Alumnio 206 179 179000

    Ferro Fundido 33 28 28000

    Ao 53 46 46000

    Cobre 398 342 342000

    Chumbo 16 14 1400

    Zinco 114 97 9700

    Nquel 92 79 79000

    Estanho 64 55 55000

    Coeficientes de Pelcula

    Ar interior 7 Kcal/h m2 C

    Ar Exterior (v = 6,7 m/s) 45 Kcal/h m2C

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    Carga Trmica 115

    Lei de Newton

    Durante investigaes de calor em trnsito entre um fluido e uma superfcie slida,

    Peclet notou o aparecimento de uma resistncia trmica superficial na pelcula de

    fluido. Existindo a resistncia aparecer uma diferena de temperatura entre a massa

    de fluido em movimento e a superfcie slida. Este mecanismo de grande importncia

    tendo em vista a sua aplicao prtica em trocadores de calor em geral.

    Figura 9.2 -Transferncia atravs de fludo e superfcie slida

    Pelcula

    a tendncia que as superfcies tem de reter por adsoro uma camada parada de

    molculas de fluido em contato com ela. A adsoro a fixao de molculas de uma

    substncia (o adsorvato) na superfcie de outra substncia (o adsorvente).

    Haver, portanto transmisso de calor do fluido1 (maior temperatura) para o fluido 2

    (menor temperatura) atravs da superfcie de separao.

    O equacionamento do fenmeno foi feito por Newton atravs de estudos experimentais

    e o seu princpio hoje aceito como lei tendo em vista sua verificao prtica.

    Segundo Newton o calor trocado entre um fluido e uma superfcie slida proporcional

    a rea de troca de calor ao tempo, a diferena de temperatura na pelcula de fluido e

    um coeficiente, que a funo das caractersticas fsicas, de movimento do fluido.

    (Coeficiente de Pelcula).

    Lei de Newton para transmisso de calor por conveco

    Q = h. A. t

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    Carga Trmica116

    Kcal

    h. m2. C

    BTU

    h. ft2. F

    W

    m

    Onde:

    Q = Razo de transferncia de Calor;

    h = Coeficiente de Conveco ou de Pelcula;

    A = rea de troca de Calor;

    t = Queda de temperatura na pelcula do fluido;

    t = t1 - t2 (para o fluido 1);

    t = t3 - t4 (para o fluido 2).

    Coeficiente Global de Transmisso de Calor (U)

    Como foi demonstrado a transmisso de calor entre fluidos separados por uma

    superfcie plana simples, pode ser calculada duas seguintes equaes:

    Onde:

    Representa a soma de Resistncias Trmicas por unidade de rea.

    O inverso da Resistncia Trmica por unidade de rea o Coeficiente Global de

    Transmisso de calor (U), para uma parede plana simples entre fluidos.

    Ou seja:

    Coeficiente Global de transmisso de Calor (U), para fluidos separados por uma

    superfcie plana simples. (Parede).

    Desta forma a equao da transmisso de calor fica representada da seguinte forma:

    Q = t

    1 + e + 1

    h1 . A k . A h2 . A

    Q = A . t

    1 + e + 1

    h1 k h2

    Ou

    1 + e + 1

    h1 k h2

    U = 1

    1 + e + 1

    h1 k h2

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    Carga Trmica 117

    Onde:

    Q = Quantidade de Calor;

    t = Diferencial de temperatura entre os fluidos (t1 -t2);

    A = rea total de transmisso de calor;

    U = Coeficiente Global de transmisso de Calor;

    Exemplo

    Uma parede de alvenaria feita de blocos ocos de concretos de 200mm e de tijolos de

    100mm. Os blocos so feitos de agregado de areia e cascalho. Entre os blocos e os

    tijolos existe argamassa de cimento com 13 mm de espessura. O acabamento interior

    da parede de gesso (16mm de espessura) com agregado de vermiculite. Presuma-se

    que o vento de 6,7 m/s. Qual o valor de "U" para a parede?

    Soluo

    Ver na figura a seguir para o esboo desta parede. Prepare um quadro para resolver

    este problema e escreva nele cada item que oferea resistncia ao fluxo de calor. Os

    nmeros dos itens no quadro eqivalem aos indicados na parte inferior da figura 11.

    Quadro 9.1 Clculo da resistncia total

    Item Descrio Resistncia

    01 Pelcula do ar interior, 1/f, 1/7 0,142857

    02 Gesso, x/K 16/210 0,076190

    03 Bloco, 1/C, 1/4.39 0,227790

    04 Argamassa x/K 13/619 0,021002

    05 Tijolo, x/K 100/1115 0,089686

    06 Pelcula do ar exterior, 1/f 1/45.24 0,022104

    Resistncia Total 0,579629

    Q = U. A. t

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    Carga Trmica118

    Figura 9.3 - Parede de alvenaria do exemplo

    Quadro 9.2 Itens da Figura

    Item Descrio

    A Argamassa de cimento de 13 mm

    B Bloco de concreto de 200 mm

    C Gesso 16 mm

    D Tijolos de 100 mm

    E Fluxo de calor

    O coeficiente total de transferncia de calor o inverso da resistncia total. Assim,

    U = 1/R

    U = 1/ 0,579629

    U = 1,725241 Kcal/h. m^2 C que pode ser arredondado para 1,73 Kcal/h m^2 C

    Ganho de calor por transmisso

    No presente apenas se discutiro os ganhos de calor devido a conduo atravs das

    diferentes superfcies de um edifcio. O efeito dos raios do sol nestas superfcies ser

    discutido posteriormente. Assim, por hora, os ganhos de calor atravs das paredes

    sero considerados como se elas se encontrassem sempre na sombra.

    S a rea lquida de uma parede usada no clculo do ganho de calor. As reas de

    todas as janelas devero ser subtradas da rea bruta, isto dar a rea lquida. O

    ganho de calor atravs de janelas so indicado separadamente. As portas, quando

    poucas, so normalmente consideradas como parte da parede, erro normalmente

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    Carga Trmica 119

    desprezvel. Suponhamos, no entanto, que temos um grande nmero de portas nestas

    paredes, neste caso o ganho de calor atravs das portas dever ser calculado

    separadamente, neste caso ainda, s se deve usar a rea lquida das paredes, janelas

    e portas.

    Exemplo

    Calcular a carga trmica (vero) que penetra por conduo em um ambiente com as

    seguintes caractersticas:

    Figura 9.4 - Exemplo de ambiente

    P direito de forro a piso = 2,60m

    P direito de laje a piso = 2,80m

    Vidro comum com persianas

    Paredes comum mdia

    Temperatura interna = t1 = 24C

    Temperatura externa = t2 = 32C

    Forro Isolado com 1"de l de vidro

    Piso no condicionado

    Localizao: 20 andar de um edifcio de 2 andares.

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    Carga Trmica120

    Tabela 9.2 Coeficientes globais de transmisso de calor

    Coeficiente Valor

    U piso 1,71 Kcal / h m2 C

    U forro isolado 1,02 Kcal / h m2 C

    U parede externa 1,61 Kcal / h m2 C

    U parede divisria 1,95 Kcal / h m2 C

    U vidro comum 5,37 Kcal / h m2 C

    Ganhos de calor por conduo atravs das paredes externas.

    1. Diferena de temperaturas, para o caso de estruturas que separam o meio

    condicionado do meio externo.

    t = t2 - t1t = 32 - 24

    t = 8C

    2. Clculo da rea lquida das paredes externas

    Atotal (paredes e vidros) = (10 + 7). 2,80

    Atotal = 47,60 m2

    Avidros (rea s das janelas) = (2 . 1) + (3 . 2)Avidros = 8 m2

    Aliquida (At - Av) = (47,60 - 8)

    Aliquida = 39,60 m2

    3. U da parede externa = 1,61 Kcal / h m2 C

    4. Usando a equao

    Q = U . A . t

    Qpe = 39,60 . 1,61 . 8

    Qpe = 510,04 Kcal/h

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    Carga Trmica 121

    Ganho de calor por conduo atravs dos vidros externos

    1. Diferena de temperaturas

    t = t2 - t1t = 32 - 24

    t = 8C

    2. Avidros = 8 m2

    3. U vidro comum = 5,37 Kcal / h m2 C

    4. Usando a equao

    Q = U . A . t

    Qve = 8 . 5,37 . 8

    Qve = 343,68 Kcal/h

    Parede em divisria com ambiente vizinho no condicionado:

    1. Diferena de temperaturas para estruturas em divisrias com ambientes no

    condicionados.

    t' = t'2 - t1t'2 = t2 - 3C

    t'2 = 32 - 3

    t'2 = 29C

    t = 29 - 24

    t = 5C

    2. clculo de rea lquida da parede, quando no existem janelas:

    Aliquida = 10 . 2,6

    Aliquida = 26m2

    3. Uparede divisria = Uporta = 1,95 Kcal / h m2 C

    4. d) Usando a equao

    Q = U . A . t

    Qpd' = 26 . 1.95 . 5

    Qpd' = 253,5 Kcal / h

  • Climatizao

    Carga Trmica122

    Parede em divisria com ambiente vizinho condicionado

    1. Diferena de temperaturas para estruturas em divisrias com ambientes

    condicionados.

    t" = t"2 - t1t"2 = Temperatura interna do ambiente vizinho

    t = 21 - 24

    t = -3C

    2. Clculo de rea lquida da parede, quando no existem janelas:

    Aliquida = 7 . 2,6

    Aliquida = 18,2 m2

    3. Uparede divisria = 1,95 Kcal / h m2 C

    d) Usando a equao 5

    Q = U . A . t

    Qpd" = 18,2 . 1.95 . (-3)

    Qpd" = (-106,47) Kcal / h

    Observao

    1. Note que o fluxo de calor Qpd" se d no sentido do ambiente condicionado em

    questo, ao ambiente vizinho que tambm condicionado, porm a uma

    temperatura menor, Justificando portanto o sinal negativo do resultado.

    2. Note tambm que se o ambiente vizinho fosse condicionado a mesma temperatura

    que o ambiente em questo, no haveria troca de calor, pois t = 0, logo Q = 0.

    Ganho de calor total atravs das paredes em divisrias

    Qpd = Qpd' + Qpd"

    Qpd = 253,5 + (-106,47)

    Qpd = 147,03 Kcal/h

  • Climatizao

    Carga Trmica 123

    Ganho de calor por conduo atravs do piso

    1. Diferena de temperaturas para estruturas em divisrias com ambientes no

    condicionados.

    t' = t'2 - t1t'2 = t2 - 3C

    t'2 = 32 - 3

    t'2 = 29C

    t = 29 - 24

    t = 5C

    2. Clculo de rea do piso

    Apiso = 7 . 10

    Apiso = 70m2

    3. Upiso = 1,71 Kcal / h m2 C

    4. Usando a equao

    Q = U . A . t

    Qpiso = 70 . 1,71 . 5

    Qpiso = 598,5 Kcal / h

    Observao

    Neste caso se o pavimento fosse o pavimento trreo o t = 0 (piso sobre a terra), e

    portanto o fluxo de calor Q = 0.

    Ganho de calor por conduo atravs do teto

    1. Diferena de temperaturas para estruturas que separam o ambiente condicionado

    do meio externo.

    t = t2 - t1t'2 = 32 - 24

    t'2 = 8C

    2. clculo de rea lquida da parede, quando no existem janelas:

  • Climatizao

    Carga Trmica124

    Ateto = 7 . 10

    Ateto = 70m2

    3. Uteto = 1,02 Kcal / h m2 C

    4. d) Usando a equao 5

    Q = U . A . t

    Qteto = 70 . 1,02 . 8

    Qteto = 571,2 Kcal / h

    Quadro 9.3 - Ganho total de calor por transmisso

    Fonte Valor

    Qpe 210,04 Kcal / h

    Qve 343,68 Kcal / h

    Qpd 147,03 Kcal / h

    Qpiso 598,50 Kcal / h

    Qteto 571,20 Kcal / h

    Qtotal 2170,45 Kcal / h

    Tabela 9.4 - Condies externas para vero (C)

    Cidades TBS TBU Temperatura mxima

    | - Regio Norte

    Macap (AP) 34 28,5 34,7

    Manaus (AM) 35 29,0 36,9

    Santarm (PA) 35 28,5 37,3

    Belm (PA) 33 27,0 34,9

  • Climatizao

    Carga Trmica 125

    Cidades TBS TBU Temperatura mxima

    || - Regio Nordeste

    Joo Pessoa (PB) 32 26 -

    So Luis (MA) 33 28 33,9

    Parnaba (PI) 34 28 35,2

    Teresina (PI) 38 28 40,3

    Fortaleza (CE) 32 26 32,4

    Natal (RN) 32 27 32,7

    Recife (PE) 32 26 32,6

    Petrolina (PE) 36 25,5 38,4

    Macei (AL) 33 27 35,0

    Salvador (BA) 32 26 33,6

    Aracaju (SE) 32 26 -

    |V Regio Centro Oeste

    Braslia (DF) 32 23,5 34,8

    Goinia (GO) 33 26 37,3

    Cuiab (MT) 36 27 39,0

    Campo Grande (MT) 34 25 37,0

    Ponta Por (MT) 32 26 35,8

    V Regio Sul

    Curitiba (PR) 30 23,5 33,3

    Londrina (PR) 31 23,5 34,0

    Foz do Iguau (PR) 34 27 38,0

    Florianpolis (SC) 32 26 36,0

    Joinville (SC) 32 26 36,0

    Blumenau (SC) 32 26 36,0

    Porto Alegre (RS) 34 26 39,0

    Santa Maria (RS) 35 25,5 40,0

    Rio grande (RS) 30 24,5 -

    Pelotas (RS) 32 25,5 -

    Caxias do Sul (RS) 29 22,0 -

    Uruguaiana (RS) 34 25,5 -

  • Climatizao

    Carga Trmica126

    Tabela 9.5 - Condies externas para inverno(6)

    Cidades TBS (C) Umidade relativa (%)

    Aracaju (SE) 20 78

    Belm (PA) 20 80

    Belo Horizonte (MG) 10 75

    Blumenau (SC) 10 80

    Boa Vista (RR) 21 80

    Braslia (DF) 13 65

    Caxias do Sul (RS) 0 90

    Cuiab (MT) 15 75

    Curitiba (PR) 5 80

    Florianpolis (SC) 10 80

    Fortaleza (CE) 21 80

    Goinia (GO) 10 65

    Joo Pessoa (PB) 20 77

    Joinville (SC) 10 80

    Macap (AP) 21 80

    Macei (AL) 20 78

    Manaus (AM) 22 80

    Natal (RN) 19 80

    Pelotas (RS) 5 80

    Porto Alegre (RS) 8 80

    Porto Velho (RO) 15 80

    Recife (PE) 20 78

    Rio Branco (AC) 15 80

    Rio Grande (RS) 7 90

    Rio de Janeiro (RJ) 16 78

    Salvador (BA) 20 80

    Santa Maria (RS) 3 80

    So Luiz (MA) 20 80

    So Paulo (SP) 10 70

    Teresina (PI) 20 75

    Uruguaiana (RS) 7 80

    Vitria (ES) 18 78-

  • Climatizao

    Carga Trmica 127

    Tabela 9.6 - Condies Internas para veroRecomendvel Mxima

    Finalidade Local TBS (C) UR (%) TBS (C) UR (%)

    Conforto

    ResidnciasHotisEscritriosEscolas

    23 a 25 40 a 60 26,5 65

    Lojas deCurto tempode ocupao

    BancosBarbeariasCabeleireirosLojasMagazinesSupermercados

    24 a 26 40 a 60 27 65

    Ambientescom grandescargas decalor latentee/ou sensvel

    TeatrosAuditriosTemplosCinemasBaresLanchonetesRestaurantesBibliotecasEstdios de TV

    24 a 26 40 a 65 27 65

    Locais dereunies commovimento

    BoatesSales de Baile 24 a26 40 a 65 27 65

    Depsitos delivros,manuscritos,obras raras

    21 a 23(c) 40 a 50(c) Ambientes deArte Museus e

    galerias deartes

    21 a 23(c) 50 a 55(c)

    Acesso Halls deelevadores 28 70

    Tabela 9.6 - Condies Internas para vero

    TBS (C) UR (%)

    20 22 35 65

    Ganho de Calor por Insolao

    At aqui, ns discutimos transferncia de calor sendo conduzida atravs de uma

    estrutura, onde tnhamos a estrutura separando um ambiente condicionado do meio

    exterior, de ambientes no condicionados; ou de ambientes vizinhos condicionados

    no condicionados. Neste estudo vimos que o calor flui para o ambiente em estudo

  • Climatizao

    Carga Trmica128

    atravs do fenmeno da conduo, onde precisamos de um elemento intermedirio

    ligando os dois elementos a diferentes temperaturas, ou seja, se propagando atravs

    das molculas das substncias envolvidas. Agora estudaremos qual a influncia que o

    calor radiante solar produz em um ambiente condicionado.

    Em primeiro lugar o que seria a carga trmica total devido a insolao de um dado

    ambiente? A carga trmica total devido a insolao seria o fluxo de calor radiante solar

    ganho pelo ambiente atravs de sua estrutura (paredes, vidros e teto).

    Calor Solar

    Os raios do sol passam atravs do espao exterior e da atmosfera no seu caminho

    para a terra. Qualquer superfcie em que toquem (solo, telhados, paredes) aquece. O

    calor radiante solar que atinge a superfcie da Terra varia consideravelmente de hora

    para hora que dependendo do instante em que o sol nasce at ao instante que se pe,

    naturalmente dependendo portanto, do sentido de rotao da terra em relao ao sol.

    As nuvens, nebulosidade da atmosfera, o grau de pureza da atmosfera, sua

    transparncia, e outros mil fatores originam grandes variaes na quantidade de calor

    que atingem a face da Terra.

    Quanto as influncias da atmosfera, define-se radiao direta e radiao difusa:

    A radiao direta a parte da radiao inicial que incide diretamente na superfcie da

    terra. o feixe real de luz solar.

    Radiao difusa a radiao devido a reflexo que se produz nas partculas de vapor

    de gua, ozona, ou de poluio atmosfrica. a energia solar refletida pelas nuvens e

    poeira do ar.

    Reflexo Solar

    Quando a luz bate num espelho, superfcie branca, ou qualquer outra superfcie

    brilhante, uma grande porcentagem dela refletida. De modo idntico, se o calor

    radiante solar, atingir uma superfcie de cor clara, uma grande porcentagem dela ser

    refletida; s o restante ser absolvido pela superfcie. Quanto mais escura for a

    superfcie maior ser o calor radiante solar absorvido pela superfcie. Assim as

    superfcies escuras tero sempre temperaturas superiores s superfcies brancas

    expostas a mesma luz solar. A cor da superfcie exterior de uma parede e assim de

    grande importncia na quantidade de calor radiante solar que ser absorvido. As

    superfcies com cores claras refletem mais radiao solar do que as superfcies de

  • Climatizao

    Carga Trmica 129

    cores escuras. Ao calcular os ganhos de calor solar atravs de estrutura, deve-se ter

    em conta a cor da superfcie exterior.

    Outra considerao a fazer quanto a reflexo do calor radiante de que as superfcies

    lisas refletem mais calor radiante solar do que as speras.

    Temperaturas superficiais

    A energia radiante que atinge qualquer superfcie eleva sua temperatura. Um telhado

    escuro pode atingir, por exemplo, a temperatura de 70C durante o dia de vero.

    Contudo, a temperatura imediatamente acima do telhado pode ser apenas 32C. A

    temperatura superficial de uma estrutura depende da limpeza da atmosfera, como j

    vimos, assim como, do ngulo com que os raios solares, recebe a intensidade total do

    sol. Por outro lado, quando estes raios incidem na superfcie segundo um ngulo, a

    intensidade muito menor.

    A Terra d uma rotao a cada 24h, isto causa o dia e a noite. A Terra d uma volta ao

    redor do Sol, isto causa as estaes. Por causa destes movimentos, o ngulo segundo

    o qual os raios solares incidem numa superfcie est sempre mudando. Isto significa

    que a temperatura superficial de uma estrutura ao Sol, varia ao longo do dia.

    A direo para qual est voltada uma estrutura vertical importante na determinao

    do ngulo com que os raios solares incidem. A direo tambm determina as horas

    durante as quais a estrutura ficar exposta ao Sol. Uma parede com a direo Este

    latitude de 30 sul, estar ao Sol a partir de 8 horas. A partir da, a temperatura

    superficial da face exterior da estrutura aumentar regularmente at o meio dia. A

    partir do meio dia , a temperatura superficial diminuir at um ponto prximo das 14

    horas. tarde estar na sombra. mesma latitude , a luz solar s incidir em uma

    superfcie vertical orientada para o Oeste aps o meio dia. A temperatura da superfcie

    exterior de uma estrutura vertical Oeste, atingir o mximo valor cerca das 16 horas. A

    partir desta hora resfriar de um modo regular.

    A temperatura de superfcie exposta ao Sol normalmente superior temperatura do

    ar exterior. Assim, o calor circula da superfcie para o ar atravs da pelcula superficial

    exterior. S uma parte do calor radiante que atinge a superfcie passa para o interior da

    estrutura. Da poro de calor que comea a circular no interior da estrutura, s uma

    parte atingir o ambiente condicionado. necessrio tempo para o calor penetrar

    numa estrutura vindo do Exterior e atingir a face interior.

    A maioria do calor radiante solar que primeiro incide numa estrutura apenas leva a

    temperatura da poro exterior da parede. Antes que o calor possa penetrar

    profundamente na parede a temperatura da superfcie exterior desce novamente,

    devido ao Sol mudar de posio. A estrutura quente comea a fornecer calor ao ar

  • Climatizao

    Carga Trmica130

    exterior. Apesar de tudo, h sempre certa porcentagem de calor que atinge a superfcie

    interior e eleva sua temperatura. Esta parcela de calor obedece ao fenmeno de

    conduo.

    Orientao Geogrfica

    A orientao geogrfica consiste em estabelecer-se o posicionamento correto das

    estruturas consideradas em funo dos pontos cardeais. Portanto, para que possamos

    adotar um horrio de clculo necessrio orientar as paredes do recinto a condicionar.

    muito importante que a posio Norte seja fornecida, pois em funo dela

    orientaremos as paredes. A figura abaixo, representa a Rosa dos ventos e um

    auxiliar importante ao processo da orientao das estruturas. A estrutura

    perpendicular, a determinada orientao, recebe o nome respectivo da mesma.

    Figura 9.5 - Rosa dos ventos

    Horizonte Visual

    Quando olhamos em redor, para nos orientarmos, vemos uma extenso enorme de

    terreno, se a nossa viso no for interceptada por quaisquer obstculos. O crculo

    abrangido pelo nosso olhar e que limitado pela linha em que a Terra parece acabar e

    tocar o cu designa-se por Horizonte Visual.

    O movimento aparente do Sol, permitiu aos homens a determinao de referncias:

    pontos cuja posio invarivel em qualquer lugar da Terra.

    Com efeito, o Sol descreve todos os dias, aparentemente, um arco, cujas extremidades

    cortam a linha do Horizonte Visual em dois pontos. Esses pontos correspondem ao seu

    nascimento e ao seu ocaso. Se os imaginarmos unidos, obtemos uma linha que passa

  • Climatizao

    Carga Trmica 131

    pelo lugar onde nos encontramos. Se imaginarmos, novamente, uma linha

    perpendicular a estas, com as mesmas caractersticas (cortando a Linha do Horizonte

    e passando pelo lugar onde estamos), obtemos quatro direes. A estes quatro pontos

    d-se o nome de pontos cardeais.

    Pontos Cardeais

    O Norte o ponto fundamental, na Rosa dos ventos das cartas martimas antigas, o

    Norte era representado por uma flor-de-liz. Os quatro pontos cardeais so:

    Norte, Setentrional, Boreal ou rtico (N)

    Sul, Meridional, Austral, Antrtico (S)

    Este, Leste, Oriente, Nascente ou Levante (E)

    Oeste, Ocidente, Poente, Ocaso (O ou W)

    Os pontos da Rosa dos ventos costumam ser referidos em termos do ngulo que

    fazem com o Norte. O Este so 90 graus, o Sul 180 e o Oeste 270.

    O conhecimento dos pontos cardeais a base elementar da orientao, mas como as

    direes que permitem definir ficam, por vezes, bastante afastadas das que desejamos

    determinar, criam-se outros pontos que representam direes intermdias daquelas.

    Estes pontos designam-se por Pontos Colaterais.

    Pontos Colaterais

    Os pontos colaterais situam-se na bissetriz dos ngulos formados pelos pontos

    cardeais. So eles:

    NE Nordeste (45)

    SE Sudeste (135)

    SO Sudoeste (225)

    NO Noroeste (315)

  • Climatizao

    Carga Trmica132

    Hora de Clculo

    A escolha da Hora de Clculo dever ser feita de tal modo, possibilitando o clculo

    para a pior condio, ou seja, para hora de insolao mxima ao local que est sendo

    calculado. Tero grandes influncias as reas de vidros existentes nas diversas

    paredes.

    Roteiro para clculo de ganho de calor por insolao

    Para a determinao do percentual do ganho de calor por insolao dever o mesmo

    ser procedido da seguinte forma:

    1. Determinar as orientaes das estruturas;

    2. Verificar o tipo de estrutura e o coeficiente de transmisso total relativos s

    mesmas;

    3. Verificar se existem estruturas vizinhas que impeam a insolao parcial ou total

    alguma estrutura dos ambientes considerados;

    4. Calcular as reas de paredes externas e vidros externos das estruturas

    consideradas;

    5. Verificar reas de teto sujeita a insolao;

    6. Verificar se existe insolao devido a reflexo dos raios solares em vidros de

    prdios prximos, etc.

    7. Verificar os valores de t em funo das variveis relativas aos mesmos.

    (Tabelas);

    8. Montagem da tabela bsica;

    9. clculo de ganho de calor por insolao.

  • Climatizao

    Carga Trmica 133

    Tabela 9.7 - Valores de t para Superfcies Opacas Cores: Preto, Cinza-escuroDireo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO Telhado

    8 3.3 3.9

    9 14.5 19.5 8.3 5

    10 19.5 8.3 14.5 16.1

    11 14.7 22.1 15.6 25.5

    12 6.7 15 13.4 0.5 32.7

    13 6.1 7.8 2.8 36.8

    14 1.1 3.3 1.1 38.2

    15 2.8 7.8 6.1 36.8

    16 0.5 13.8 15 32.7

    17 15.6 22.1 13.4 25.5

    18 14.5 24.5 19.5 16.1

    19 8.3 19.5 14.5 5

    20 3.9 3.3

    Tabela 9.8 - Valores de t para Superfcies Opacas Cores: Cinza-Claro, Vermelho eMarrom

    Direo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO Telhado

    8 0.5 1.1

    9 7.8 9.4 3.9 1.7

    10 10 14.5 8.3 9.4

    11 7.6 12.8 8.9 15

    12 2.8 8.9 7.4 20

    13 2.9 3.9 22.1

    14 0.5 23.5

    15 3.9 2.8 22.1

    16 7.4 8.9 2.8 20

    17 8.9 12.8 7.4 15

    18 8.3 14.5 10 9.4

    19 3.9 9.4 7.8 1.7

    20 1.1 0.5

  • Climatizao

    Carga Trmica134

    Tabela 9.9 - Valores de t para Superfcies Opacas Cores: Alumnio e BrancoDireo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO Telhado

    8

    9 3.3 4.4

    10 4.4 7.4 3.3 3.9

    11 2.8 6.1 3.9 7.8

    12 3.9 2.8 10.5

    13 0.5 12.2

    14 12.8

    15 0.5 12.2

    16 2.8 3.9 10.5

    17 3.9 6.1 2.8 7.8

    18 3.3 7.2 4.4 3.9

    19 1.1 4.4 3.3

    20

    Tabela 9.10 - Valores de t para Superfcies Transparentes - Condio: Sem Proteocontra o sol / Sem Cortinas escuras

    Direo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO Telhado

    6 24.2 26 11 2.2

    7 62 74 39 25

    8 70 96 58 65

    9 50 86 60 98

    10 22 58 48 3.9 124

    11 1.1 20 16.8 8.9 136

    12 5 10.6 5 143

    13 8.9 26.8 20 1.1 136

    14 3.9 48 58 22 124

    15 60 86 50 98

    16 58 96 70 65

    17 39 74 62 25

    18 11 26 24.2 2.2

  • Climatizao

    Carga Trmica 135

    Tabela 9.11 - Valores de t para Superfcies Transparentes - Com cortinas claras / compersianas internas

    Direo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO Telhado

    6 12.2 13.3 0.55 1.1

    7 31 37 19.5 12.8

    8 35 48.5 29.4 33

    9 25.6 43 30 49

    10 10.5 29.4 24 1.6 62

    11 0.55 10 13.5 4.5 68

    12 5 71

    13 4.5 13.5 10 0.55 68

    14 1.6 24 29.4 10.5 62

    15 30 43 25.6 49

    16 29.4 48.5 35 33

    17 19.5 37 31 12.8

    18 0.55 13.3 12.2 2

    Tabela 9.12 - Valores de t para Superfcies Transparentes - Condio: com PersianasExternas

    Direo da Face

    Hora SE E NE N NO O SO

    6 7.3 7.8 3.3

    7 18.3 22 11.7

    8 21 29 17.8

    9 15 25.6 17.8

    10 6.7 17.8 14.4 1.1

    11 6.1 7.8 2.8

    12 1.6 3.3 1.6

    13 2.8 7.8 6.1

    14 1.1 14.4 17.8 6.7

    15 17.8 25.6 17

    16 17.8 29 21

    17 11.7 22 18.3

    18 3.3 7.8 7.3

  • Climatizao

    Carga Trmica136

    Exemplo

    Calcular para o exemplo anterior o ganho de calor por insolao.

    Conforme item anterior temos o seguinte roteiro:

    1. Determinar as direes das faces com o auxlio de uma Rosa dos ventos. Temos:

    Figura 9.6 - Exemplo de clculo

    2. Verificar o tipo de estrutura e os respectivos coeficientes de transmisso total

    estruturas: paredes com mdia

    vidros comuns com proteo de persianas

    telhado com isolamento de 1"de l de vidro

    Uparede externa = 1,61 Kcal / h m2 C

    Uvidro comum = 5,37 Kcal / h m2 C

    Utelhado = 1,02 Kcal / h m2 C

    3. Verificar se existem estruturas vizinhas que impeam a insolao parcial ou total de

    alguma estrutura dos ambientes considerados:

    no existem -

    4. Calcular as reas das paredes externas, vidros externos:

    Estrutura SO - Parede + Vidro = 7 x (2,80) = 19,6 m2

  • Climatizao

    Carga Trmica 137

    Estrutura SO - Vidro =2 x 1 = 2 m2

    Estrutura SO Paredes =19,6 - 2 = 17,6 m2

    Estrutura SE - Parede + Vidro =10 x (2,80) = 28 m2

    Estrutura SE - Vidro =3 x 2 = 6 m2

    Estrutura SE - Paredes = 19,6 - 2 = 22 m2

    5. Verificar reas de teto sujeitas a insolao:

    Ateto = 10 . 7 = 70 m2

    6. Verificar se existe insolao devido a reflexo dos raios solares em vidros de

    prdios prximos, etc. :

    no existem -

    7. Verificar os valores de t em funo de suas respectivas variveis:

    Na tabela 9.8 encontramos os valores de t para superfcies opacas de cor mdia

    Na tabela 9.11 encontramos os valores de t para superfcies transparentes com

    proteo de persianas.

    8. Montagem da tabela bsica:

  • Climatizao

    Carga Trmica138

    Tabela 9.13 - Tabela Bsica

    Superfcie Parede Vidros Parede Vidros Telhado

    Direo das faces SE SE SO SO (-)

    A [m2] 22 6 17.6 2 70

    U [Kcal / h m2 C] 1.61 5.37 1.61 5.37 1.02

    A .U [Kcal / h C] 35.42 32.22 28.33 10.74 71.4

    t t t t tHoras Solares

    Q Q Q Q Q

    T

    O

    T

    A

    I

    S

    7.8 25.6 1.79

    276.28 824.83 121.381222.49

    10.00 10.5 9.410

    354.20 338.31 671.161363.67

    7.60 0.55 1511

    269.19 17.72 1071.001357.91

    2.80 2012

    99.18 1428.001527.18

    0.55 22.113

    5.91 1577.941583.85

    10.5 23.514

    112.77 1677.901790.67

    25.6 22.115

    274.94 1577.941852.88

    2.8 35 2016

    79.32 375.90 1428.001883.22

    7.4 31 15.517

    209.64 332.94 1106.701649.22

    10 12.2 9.418

    283.30 31.03 671.161085.49

    Determinao dos ganhos de calor por insolao

    Ganho total de calor por insolao Q = 1883,22 Kcal/h , sendo que s 16:00 se dar o

    ganho de calor mximo para o ambiente em estudo.

  • Climatizao

    Carga Trmica 139

    Ganhos de calor devido a pessoas

    As perdas de calor do corpo humano variam de indivduo para indivduo, variam

    tambm com o grau de atividade. O corpo libera calor sensvel e calor latente; devem

    ambos ser considerados no projeto do sistema de ar condicionado. Na tabela 9.15

    selecionam-se valores de calor sensvel e calor latente, para vrios tipos de atividade

    fsica, note que ao descer a primeira coluna da tabela 9.15, o grau de atividade

    aumenta. Observe agora as colunas de calor sensvel e calor latente. O calor sensvel

    aumenta uma pequena quantidade, mas o calor latente sobe sensivelmente.

    Desconhecendo-se o nmero exato de pessoas que eventualmente possam ocupar o

    recinto condicionado deve-se utilizar da tabela abaixo:

    Tabela 10.14 - Valores para ocupao de recintos

    Local M2 / Pessoa

    Dormitrios 10

    Salas residnciais 8

    Sales de Hotel 6

    Escritrios Privados 8

    Escritrios em geral 8

    Bancos - Recintos privados 7

    Bancos-recintos pblicos 4

    Lojas de pouco pblico 5

    Lojas de muito pblico 3

    Restaurantes 2

    Boites 1

    Auditrios - Conferncias 1.5

    Teatros Cinemas 0.75

  • Climatizao

    Carga Trmica140

    Tabela 9.15 - Calor liberado por pessoas

    TBS

    28 27 26 24 21Local (1) (2)

    S L S L S L S L S L

    Teatro, escola

    primria98 88 44 44 49 39 53 35 58 30 65 23

    Escola

    secundria113 100 45 55 48 52 54 46 60 40 68 32

    Escrit. Hotis,

    aptos,

    universidades

    120

    Supermercados,

    varejistas, lojas139

    113 45 68 50 63 54 59 61 52 71 42

    Farmcias

    drogarias139

    Bancos 139

    126 45 81 50 76 55 71 64 62 73 53

    Restaurante (b) 126 139 48 91 55 84 61 78 71 68 81 58

    Fbrica,

    trabalho leve202 189 48 141 55 134 62 127 74 115 92 97

    Salo de baile 227 214 55 159 62 152 69 145 82 132 101 113

    Fbrica,

    trabalho

    moderadamente

    pesado

    252 252 68 184 75 176 83 169 96 156 116 136

    Boliches,

    Fbricas,

    Ginsios (c)

    378 365 113 252 117 248 122 243 132 233 152 213

    (1) Metabolismo Homem Adulto (2) Metabolismo mdio (a)

    S = Calor Sensvel L = Calor Latente

    1. O Metabolismo Mdio corresponde a um grupo composto de adultos e crianas de

    ambos o sexos, nas propores normais. Estes valores foram obtidos com base

    nas seguintes hipteses:

    Metabolismo da Mulher Adulta = Metabolismo do Homem Adulto . 0,85

    Metabolismo da Criana = Metabolismo do Homem Adulto . 0,75

  • Climatizao

    Carga Trmica 141

    2. estes valores compreendem 4 Kcal/h (50% de calor sensvel e 50% de calor

    latente) por ocupante, para levar em conta o calor desprendido pelos pratos.

    3. Boliche: admitindo uma pessoa jogando por pista e os outros sentados (100 Kcal)

    ou de p (139 kcal/h).

    O ganho de calor Sensvel devido a pessoas pode ser obtido pela equao:

    Onde :

    Qs = ganho de calor Sensvel [Kcal/h]

    n = nmero de pessoas

    CS = calor sensvel liberado por pessoa [Kcal/h]

    O ganho de calor latente devido a pessoas pode ser obtido pela equao:

    Onde :

    QL = ganho de calor Latente [Kcal/h]

    n = nmero de pessoas

    CL = calor Latente liberado por pessoa [Kcal/h]

    Exemplo

    Um salo de baile, tem uma assistncia total de 1200 pessoas. Destas, 900 esto na

    pista de dana e 300 esto sentadas. Calcular os calores sensvel e latente total

    adicionados a sala.

    1. Das condies internas recomendadas para o vero obtm-se que a temperatura

    ideal para o salo de festas est na faixa 24C a 26C. Tome 24C.

    2. da tabela 9.15 de calor sensvel e latente, obtm-se a temperatura:

    QS = n . CS

    QL = n . CL

  • Climatizao

    Carga Trmica142

    Sentada com atividade moderada CS = 71 Kcal / h

    (restaurante) CL = 68 Kcal / h

    Danando com moderao CS = 82 Kcal / h

    (salo de baile) CL = 132 Kcal/h

    300 pessoas esto sentadas, portanto:

    Qs = 300 . 71 Qs = 21300 Kcal / h

    Ql = 300 . 44 Ql = 13200 Kcal / h

    900 pessoas esto danando, portanto:

    Qs = 900 . 82 Qs = 73800 Kcal / h

    Ql = 900 . 132 Ql = 118800 Kcal / h

    Totais

    Qs total = 21300 + 7380 Qs total = 95100 Kcal / h

    Ql total = 13200 + 118800 Ql total = 132000 Kcal / h

    Ganho de calor devido a Iluminao

    A dissipao de calor liberado pelos aparelhos de iluminao eltrica uma carga

    sensvel considervel e que deve ser computada. Nos casos em que no se tenham os

    valores corretos de iluminao eltrica, deve-se assumir valores, segundo o

    estabelecido na tabela a seguir:

  • Climatizao

    Carga Trmica 143

    Tabela 9.16 - Iluminao

    Local W/m2

    Dormitrio 10

    Salas Residenciais 20

    Sales de Hotel 30

    Escritrios 40

    Bancos 40

    Lojas 60

    Salas de desenhos 60

    Restaurantes 20

    Boates 10

    Auditrios - Conferncias 20

    Teatros Auditrios 10

    Para iluminaes indiretas, com lmpadas incandescentes, os nmeros da tabela

    devem ser multiplicados por 2. Para iluminao com lmpadas fluorescentes os

    nmeros relativos lmpadas fluorescentes devem ser divididos por 3, segundo os

    valores da tabela.

    O ganho de calor devido a iluminao do ambiente dada pela equao:

    Onde: (para lmpadas incandescentes)

    Qil = carga de iluminao [Kcal/h]

    0,860 = fator de converso

    Wt = Potncia Total [W]

    Para lmpadas fluorescentes dever ser acrescido 25% a mais, devido a carga de

    reatores, saber:

    Qil = 0,860 . Wt

    Qil = 0,860 . Wt

  • Climatizao

    Carga Trmica144

    Exemplo

    Determinar a carga trmica total iluminao de uma recepo de hotel com as

    seguintes luminrias:

    5 candelabros com 108 lmpadas incandescentes de 10W cada;

    iluminao incandescente para uma rea de 20 m2, iluminao indireta para

    pinturas a leo;

    iluminao fluorescente para uma rea de 30m2, para escritrio da gerncia.

    Soluo

    1. 5 candelabros com 108 lmpadas incandescentes de 10W cada;

    Qil = 5. 108. 10. 0.86

    Qil = 4644 Kcal /h

    2. iluminao incandescente indireta para uma rea de 20 m2;

    a) da tabela de iluminao ideal, obtm-se

    Sales de hotel - 30W/m2

    b) Correo para iluminao indireta - dobro

    30. 2 = 60W/m2

    c) Total de potncia de iluminao a ser gerada:

    60. 2 = 120W

    d) Qil = 1200. 0,86

    Qil = 1032 Kcal/h

    3. iluminao fluorescente para escritrio com 30 m2:

    da tabela de iluminao ideal, obtm-se:

    - Escritrio - 40W/m2

    Correo para iluminao indireta - 1/3

    - 1/3 = 13,33 W/m2

    Total de potncia de iluminao a ser gerada:

    - 13,33 = 400 W

  • Climatizao

    Carga Trmica 145

    - Qil = 400. 0,86. 1,25

    - Qil = 430 Kcal/h

    Calor total transmitido.

    Qil total = 4644 + 1032 + 430

    Qil total = 6106 Kcal/h

    Ganho de calor devido motores eltricos

    Os motores eltricos fornecem calor sensvel quando esto em funcionamento e esse

    calor deve ser removido pelo equipamento de resfriamento, quer o motor esteja na sala

    condicionada, quer na corrente de ar. Tomaremos como exemplo, um motor acoplado

    ao ventilador de insuflamento. Assuma-se que o motor de 5 Kw e se encontra fora da

    cmara do ventilador. A potncia fornecida ao ventilador constitui energia adicionada

    corrente de ar. O calor equivalente 5Kw. Ao equipamento de resfriamento no

    interessa de onde venha os 5 Kw, ele ter que efetuar o mesmo trabalho de

    resfriamento que o ganho de calor seja da sala ou do ventilador de insuflamento.

    Certamente que os motores no tem uma eficincia de 100%. Assim, para que o motor

    fornea 5Kw a sua alimentao ter que ser superior a 5 Kw. Assume-se que a

    eficincia de um motor de 5Kw de 80%. Assim a alimentao do motor 6.25 Kw

    (5,0 / 6,25). Evidentemente que esta energia chega ao motor na forma de eletricidade.

    Ser contudo, eventualmente toda convertida em calor. Geralmente o equivalente em

    calor da energia eltrica de alimentao considerado como parte da carga da sala.

    Quando o motor faz parte do ambiente condicionado sabe-se previamente sua

    potncia, porm, quando faz parte do equipamento torna-se difcil computar sua

    potncia , uma vez que os ganhos de calor do ambiente e que vo determinar as

    potncias do equipamento frigorfico e dos motores dos mesmos. Dessa forma, a

    alternativa que resta estimar sua potncia e posteriormente, quando a potncia

    frigorfica estiver definida, verificar os valores estipulados e corrigi-los se necessrio.

    Como estimativa assume-se que cada 100m2 condicionados exigem 1 HP para

    potncia frigorfica. O ganho de calor devido a motores eltricos pode ser obtido pela

    equao:

  • Climatizao

    Carga Trmica146

    Onde:

    Qm = ganho do Motor [kcal / h];

    P = potncia do motor eltrico[W],[HP],[CV];

    E = eficincia do motor eltrico;

    Fc = fator de Converso de unidades.

    1Watt = 0,86 Kcal/h

    1HP = 1,044 CV

    1HP = 641,2 Kcal /h

    Ganho de calor devido a equipamentos e aparelhos diversos

    Esse ganho de calor depende da funo e aplicao tpica do recinto a ser

    condicionado, pois, estas determinaro o tipo, quantidade e potncia dos

    equipamentos existentes. Sua composio pode ser obtida atravs da somatria de

    calor de equipamento relacionados na tabela 15. O ganho de calor de equipamentos

    no indicados na tabela, pode ser estimado a partir das caractersticas indicadas em

    sua chapa de identificao e atravs da equao. Deve-se ressaltar no entanto, que

    em alguns casos o calor liberado compe-se de percentual latente. Suponhamos, por

    exemplo, que um aquecedor eltrico aquea um lquido no recipiente aberto ou num

    recipiente ventilado para sala. Neste caso, uma parte do ganho de calor convertida

    em calor latente. Isto pode ser estimado como cerca de 50% de calor sensvel e 50%

    de calor latente.

    O ganho de calor devido a equipamentos e aparelhos diversos, pode ser obtido pela

    equao:

    Qm = P . Fc

    E

    Qe = Pe . 0,86

  • Climatizao

    Carga Trmica 147

    Onde:

    Qe = ganho de calor [ Kcal / h]

    Pe = potncia dos equipamentos em watts

    0,86 = fator de converso de watts para Kcal /h

    Tabela 9.17 - Calor liberado por fontes diversas

    Kcal/hEquipamentos Diversos

    Sensvel Latente Total

    Equipamentos eltricos

    Aparelhos eltricos - por Kw 860 0 860

    Forno eltrico - servio de cozinha por Kw 690 170 860

    Torradeiras e aparelhos de grelhar por Kw 770 90 860

    Mesa Quente - por Kw 690 170 860

    Cafeteiras por litro 100 50 150

    Equipamentos a Gs

    GLP 50% butano + 50% propano por m3/h 5540 700 6240

    GLP (50%/50%) por Kg 9800 1200 11000

    Bico de Bunsen - tamanho grande 835 215 1050

    Fogo a gs-servio de rest. por m2 de superfcie de

    mesa

    10500 10500 21000

    Banho Maria

    Por m2 de superfcie Superior 2130 1120 3250

    Cafeteira por litro 150 50 200

    Equipamentos a Vapor

    Banho Maria por m2 de boca 1125 2625 3750

    Alimentos

    Por pessoa (restaurante) 7 7 14

    Motores Eltricos

    Potncia Placa Eficincia aproximada

    At 1/4 CV Por CV 60 1050 0 1050

    1/2 a 1 CV Por CV 70 900 0 900

    1 1/2 CV a 5 CV Por CV 80 800 0 800

    7 1/2 CV a 20 CV Por CV 85 150 0 750

    Acima de 20 CV Por CV 88 725 0 725

  • Climatizao

    Carga Trmica148

    Carga trmica do ambiente a ser condicionado (Vero)

    Deve-se somar as cargas trmicas sensveis geradas no ambiente e depois as latentes

    para a fim de determinar o fator de calor sensvel, a temperatura de insuflamento e a

    vazo de insuflamento. Abaixo o resumo:

    Tabela 9.18 Resumo do Clculo de Carga Trmica do Ambiente

    Descrio Sensvel Latente

    Transmisso X

    Insolao X

    Pessoas X X

    Iluminao X

    Motores X

    Equipamentos Diversos X X*

    Soma Parcial CS CL

    * Alguns equipamentos geram carga latente atravs da vaporizao de gua, tais

    como: banho-maria, cafeteiras, etc.

    Fator de Calor Sensvel (FCS)

    O fator de calor sensvel representa a relao entre as cargas sensveis e latentes.

    Ser utilizado no diagrama psicromtrico para determinar a temperatura de

    insuflamento.

    Ambientes com carga latente baixa trabalham com o FCS de 1,0 at 0,7 .

    Em alguns casos os diagramas psicromtricos trabalham com o multiplicador de calor

    sensvel:

    FCS = CS___

    CS + CL

    MCS = CS + CL

    CL

  • Climatizao

    Carga Trmica 149

    Condies do Ar da sada do equipamento

    Teoricamente o projetista de um sistema de ar condicionado, pode selecionar a

    condio do fornecimento de ar, para qualquer combinao de temperaturas de bulbo

    seco e mido, que se interceptam na linha de porcentagem de calor sensvel. Na

    prtica, contudo, a combinao das temperaturas de bulbo seco e mido selecionada

    para o fornecimento de ar deve ser possvel de obter com o equipamento usado para

    resfriar o ar. O ar normalmente fornecido sala condicionada, nas mesmas

    condies que deixa o equipamento de resfriamento. O equipamento de

    condicionamento selecionado deve ser assim, capaz de reduzir as temperaturas de

    bulbo seco e mido do ar fornecido at um ponto que se situe na linha de

    porcentagem do calor sensvel para a sala em questo.

    O ar pode ser resfriado atravs de muitas combinaes diferentes de temperatura de

    bulbo seco e mido, dependendo da combinao exata do projeto do equipamento de

    resfriamento. Contudo os pontos que representam as temperaturas de bulbo seco e

    mido finais do ar ao deixar o equipamento de resfriamento dever ser na linha de

    calor sensvel ou debaixo dela. Os equipamentos dos tipos normalmente usados tem

    tendncia a fornecer ar com altas umidades. Assim, por convenincia de clculo, o ar

    ao deixar o equipamento de resfriamento normalmente considerado como tendo uma

    porcentagem de saturao 90% apesar de se obterem umidades relativas superiores e

    inferiores.

    Determinao da temperatura de sada do equipamento

    Ao projetar qualquer sistema de ar condicionado as temperaturas de bulbo seco e

    mido requeridas ao ar insuflado devem ser sempre selecionadas primeiro e a partir

    delas calculado o volume de ar necessrio para absorver a carga sensvel e latente

    existente no ambiente e deix-lo nas condies ideais de estudo. A temperatura de

    sada do equipamento de ar condicionado conseguida atravs do seguinte processo,

    ilustrado na figura a seguir:

  • Climatizao

    Carga Trmica150

    Figura 9.7 - Temperatura de sada do equipamento

    Determinao da vazo de ar a ser insuflado

    1. Localiza-se no diagrama psicromtrico o ponto que determina as condies

    internas do ambiente em estudo (ponto A);

    2. Calcula-se o fator de calor sensvel e localiza-se este ponto na escala

    correspondente (ponto B);

    3. Une-se ponto B ao ponto de referncia (PR) para utilizao da escala do fator de

    calor sensvel (reta PRB);

    4. Traa-se uma paralela unindo o ponto a (condies Internas) ao ponto C

    determinado pela interseco desta reta com a curva de saturao (90% UR) -

    normalmente considerada como a porcentagem de umidade oferecida pelo

    equipamento de resfriamento (reta AC);

    5. Atravs do ponto C obtm-se o valor de TBS2 na escala de temperatura de bulbo

    seco;

    6. TBS2 a temperatura na sada do equipamento frigorfico.

  • Climatizao

    Carga Trmica 151

    Determinao da vazo de ar a ser insuflado

    Onde:

    Vai = vazo de ar insuflado [m3/h];

    CS = calor sensvel a ser absorvido [Kcal/h];

    0,24 = constante prtica;

    TBS1 = temperatura de bulbo seco interna do ambiente [C];

    TBS2 = temperatura de bulbo seco na sada do equipamento frigorfico [C].

    Determinao da vazo de ar externo

    Origina-se esta parcela de carga trmica pelo fato do ar exterior em determinadas

    condies de temperatura e umidade passar para as condies do recinto

    condicionado. Este ar exterior e que vai substituir o ar que por infiltrao escapa do

    recinto condicionado por frestas existentes nas janelas, portas, portas giratrias ou vai

    e vem e exaustores. O valor do volume de ar que escapa do recinto atravs de portas

    normalmente fechadas eqivale a uma troca, por hora do volume total do recinto

    condicionado. O valor do volume para portas de vai e vem depende da medida e tipo

    dessas portas como tambm da freqncia de abertura das mesmas como pode-se ver

    na tabela a seguir extrada da NB-10 da ABNT.

    Vai = CS 1

    0,24 . (TBS1 - TBS2)

    ve

  • Climatizao

    Carga Trmica152

    Tabela 9.19 - Fluxo de Ar externo pelas portas

    Pelas Portas (Normalmente Fechadas)

    m3 / h . pessoaLocal

    Porta Giratria (1.80m) Porta de vai-e-vem (0.90m)

    Bancos 11 14

    Barbearias (-) 9

    Drogarias e farmcias 10 12

    Escritrios de Corretagem 9 9

    Escritrios Privados (-) 4

    Escritrios em Geral (-) 7

    Lojas em Geral 12 14

    Restaurantes 3 4

    Lanchonetes 7 9

    Pelas Portas (Normalmente Abertas)

    Porta de 90cm 1350 m3/h

    Porta de 180cm 2000 m3/h

    Tabela 9.20 - valores para perdas de ar por frestas de janelas e portas

    Pelas Frestas

    Tipo de Abertura Observao m3/h (por metro de frestas) (*)

    Janelas

    - Comum 3

    - Basculante 3

    - Guilhotina com caixilho de madeira Mal ajustada 6.5

    Bem ajustada 2

    - Guilhotina com caixilho metlico Sem vedao 4.5

    Com vedao 1.8

    Portas Mal ajustada 13

    Bem ajustada 6.5

    (*) largura da fresta considerada de 4.5 mm

  • Climatizao

    Carga Trmica 153

    Tabela 9.21 - Ar exterior para renovao

    m3 / h por pessoaLocal

    Recomendvel Mnimo

    Concentrao de

    Fumantes

    Bancos 17 13 Ocasional

    Barbearias 25 17 Considervel

    Sales de beleza 17 13 Ocasional

    Bares 68 42 (-)

    Cassinos-Grill-Room 45 35 (-)

    Escritrios

    Pblicos 25 17 Alguns

    Privados 42 25 Nenhum

    Privados 51 42 Considervel

    Outros Ambientes

    Estdios 35 25 Nenhum

    Lojas 17 13 Ocasional

    Salas de hotis 51 42 Grande

    Residncias 35 17 Alguns

    Restaurantes 25 20 Considervel

    Salas de diretores 85 50 Muito Grande

    Teatros-Cinemas-Auditrios 13 8 Nenhum

    Teatros-Cinemas-Auditrios 25 17 Alguns

    Salas de aula 50 40 Nenhum

    Salas de reunies 85 50 Muito grande

    Aplicaes Gerais

    Por pessoa (No fumando) 13 8 (-)

    Por pessoa (fumando) 68 42 (-)

    Para o clculo de vazo correspondente do ar exterior deve-se proceder a avaliao

    dos seguintes valores:

    1. determinar a quantidade de ar que, por motivo de ventilao deve ser introduzida

    no recinto condicionado;

    2. determinar a quantidade de ar que escapa por portas normalmente fechadas;

    3. determinar ao ar que escapa por eventuais portas de vai e vem;

    4. determinar o ar que escapa por eventuais exaustores.

  • Climatizao

    Carga Trmica154

    Uma vez obtidos estes valores, adotaremos para quantidade de ar exterior o maior

    valor obtido entre a necessidade de ar para renovao do ambiente com a

    necessidade de ar para a reposio devido as perdas.

    O ar exterior admitido pelo climatizador de ar o qual dever remover seu calor total

    (sensvel + latente) antes de envi-lo para o ambiente. Na tabela 11 mostramos os

    valores para perdas de ar por frestas de janelas e portas. Na tabela 12 mostramos os

    valores de quantidades de ar exterior para renovao extrados da NB-10 da ABNT.

    Condies de entrada do ar na serpentina

    Devemos determinar a temperatura de entrada do ar na serpentina do condicionador

    considerando as propores entre as massas de ar de retorno e de ar externo.

    Figura 9.8 - Esquema da caixa de mistura de ar

    Chama-se caixa de mistura de ar o local onde encontram-se as massas de ar de

    retorno e de ar externo. Esta caixa de mistura pode ser uma juno entre ramais de

    dutos ou mesmo a prpria casa de mquinas do equipamento condicionador de ar.

    Atravs do esquema podemos perceber que:

    Onde:

    VAI = Vazo de insuflamento

    VAE = Vazo de ar externo

    VR = Vazo de retorno

    VAI = VAE + VR

  • Climatizao

    Carga Trmica 155

    Devemos calcular a entalpia da mistura das massas de ar que ser igual a entalpia de

    entrada do ar na serpentina do equipamento atravs da frmula:

    Onde:

    hec = Entalpia de Entrada no Condicionador

    hae = Entalpia de Ar Externo

    VAE = Vazo de Ar Externo

    hr = Entalpia de Retorno

    VR = Vazo de Retorno

    VAI = Vazo de Insuflamento

    Carga Trmica Total de Vero

    Devemos calcular a carga trmica total de vero atravs da frmula:

    Onde:

    CT = Carga Trmica Total de Vero

    VAI = Vazo de Insuflamento

    hec = Entalpia de Entrada no Condicionador

    hi = Entalpia de Insuflamento

    ve = Volume Especfico do Ambiente Condicionado

    Carga trmica de aquecimento

    Denomina-se carga trmica de aquecimento a quantidade de calor necessria a um

    ambiente durante o inverno, para compensar perdas de calor devido a diferena de

    hec = hae * VAE + hr * VR

    VAI

    CT = VAI . (hec hi)

    ve

  • Climatizao

    Carga Trmica156

    temperaturas entre o ar externo e o ar interno. Estas perdas manifestam-se em

    escape de calor do espao condicionado.

    Clculo da resistncia de aquecimento

    O clculo da potncia necessria para a reposio de calor ao ambiente no perodo do

    inverno, dada em watts e conseguida atravs da frmula:

    Onde:

    Raq = Potncia para aquecimento [w];

    Qdesf = Somatria das cargas trmicas consideradas desfavorveis para a

    manuteno do ambiente em temperatura ideal de inverno. [Kcal/h];

    Qfav = Somatria das cargas trmicas consideradas favorveis para a manuteno

    do ambiente em temperatura ideal de inverno. [Kcal/h];

    0,86 = fator de converso de Kcal - watts.

    Cargas favorveis

    As cargas consideradas como favorveis para a manuteno do ambiente em

    temperatura ideal de inverno so:

    1. Carga trmica devido a iluminao (sensvel);

    2. Carga trmica devido a motores (sensvel);

    3. Carga trmica devido a equipamentos (sensvel);

    4. Carga trmica devido a pessoas (sensvel).

    Cargas desfavorveis

    As cargas consideradas como desfavorveis para a manuteno do ambiente em

    temperatura ideal de inverno so:

    1. Conduo - O processo de perda de calor durante o perodo de inverno idntico

    ao processo de ganhos de calor no vero, ou seja, por conduo atravs das

    Raq = Qdesf - Qfav

    0,86

  • Climatizao

    Carga Trmica 157

    paredes, pisos, vidros e tetos. A perda de calor por conduo afetada pelos

    materiais de construo e pela diferena entre as temperaturas do ar externo e

    interno. O fator "U" novamente usado para determinar a quantidade de calor que

    se perde atravs dos materiais.

    2. Ar Externo (renovao de ar do ambiente) - Uma outra fonte de calor a considerar

    o calor necessrio para aumentar a temperatura do ar externo usado para

    renovao do ar do ambiente.

    Potncia de Umidificao e Potncia de Reaquecimento

    Umidificao

    Como j vimos em itens anteriores, a quantidade de umidade existente no ar um dos

    fatores importantes para obteno do conforto humano, alm da temperatura, pureza e

    velocidade do ar.

    Resistncia de Umidificao

    Um dos meios mais utilizados em instalaes de ar condicionado para umidificao do

    ar do ambiente, so as resistncias eltricas de imerso. Estas resistncias,

    normalmente esto localizadas na sada de ar dos condicionadores do ar aos

    ambientes.

    Clculo da Resistncia de Umidificao

    O clculo da potncia da resistncia eltrica de imerso necessria para

    umidificao do ar na situao de inverno. Pode ser obtida pela equao:

    Onde:

    Ru = potncia da resistncia de umidificao [W]

    VAE = Vazo de ar externo [m3/h]

    Wi = Umidade especfica ou absoluta do ar interior [g/Kg]

    We = Umidade especfica ou absoluta do ar exterior (inverno) [g/Kg]

    0,86 = fator de converso Kcal /h para watt

    Os valores de umidade especfica ou absoluta so obtidos no diagrama psicromtrico.

    Ru = VAE . 0,65 . (Wi - We)

    0,86

  • Climatizao

    Carga Trmica158

    Potncia das Resistncias de Reaquecimento ou Desumidificao

    O clculo das resistncias de desumidificao ou reaquecimento se torna necessrio,

    no vero, devido aos seguintes fatores:

    1. incidncias de chuvas ocasionais de vero tornando o ar excessivamente mido;

    2. ocasional desaparecimento do sol, acarretando a baixa da carga trmica a ser

    retirada, prevista para o ambiente;

    3. Ocasional no utilizao dos eventuais equipamentos existentes no ambiente,

    acarretando a diminuio da carga trmica a ser retirada, prevista para o ambiente.

    Com base nestes fatores o clculo da resistncia de desumidificao ou

    reaquecimento ser:

    Onde:

    Rd = potncia da resistncia de desumidificao;

    Qisol = carga trmica devido a insolao [W];

    %Qeq = 50% da carga trmica devido a equipamentos;

    %Qpes = 50% da carga trmica sensvel devido a pessoas.

    Rd = Qisol + %Qeq + %Qpes

    0,86

  • Climatizao

    Carga Trmica 159

    Tabela 9.22 - Recomendaes para aplicaes de filtros de ar

    Classe

    de filtro

    Eficincia

    (%)

    Caractersticas Aplicaes Principais

    G0 30 - 59

    Boa eficincia contra insetos e

    relativa contra poeira grossa.

    Eficincia reduzida contra plen

    de plantas e quase nula contra

    poeira atmosfrica.

    Condicionadores tipo janela

    G1 60 - 74

    Boa eficincia contra poeira

    grossa e relativa contra plen de

    plantas. Eficincia reduzida

    contra poeira atmosfrica.

    Condicionadores tipo compacto

    (self contained)

    G2 75 - 84

    Alta eficincia contra poeira

    grossa. Boa eficincia contra

    plen de plantas e relativa contra

    a frao grossa (75) da poeira

    atmosfrica

    Condicionadores de sistemas

    centrais

    G3 85 - acima

    Boa eficincia contra frao

    grossa (>75) da poeira

    atmosfrica

    Condicionadores de sistemas

    centrais pr filtragem para filtros

    finos.

    F1 40 - 69

    Eficincia satisfatria contra a

    frao final (de 1 a 5) de poeira

    atmosfrica . Pouca eficincia

    contra fumaas de leos e

    tabaco

    Condicionadores de sistemas

    centrais c para exigncias altas.

    Pr filtragem para filtros finos F3

    F2 70 - 89

    Boa eficincia contra a frao

    fina (de 1 a 5) da poeira

    atmosfrica. Alguma eficincia

    contra fumaa de leos e tabaco.

    Condicionadores de sistemas

    centrais c para exigncias altas.

    Pr filtragem para filtros absolutos

    F3 90 - acima

    Alta eficincia contra a frao

    fina (de 1 a 5) da poeira

    atmosfrica. Eficincia

    satisfatria contra fumaas de

    leo e tabaco. Razoavelmente

    eficiente contra bactrias e

    fungos microscpicos.

    Pr filtro para filtros absolutos.

    Precisa de pr filtragem por sua

    vez.

  • Climatizao

    Carga Trmica160

    Classe

    de filtro

    Eficincia

    (%)

    Caractersticas Aplicaes Principais

    A1 85 - 97.9

    Boa eficincia contra a frao

    ultra fina (