Itamar
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Venha até São Paulo ver o que é bom pra tosseItamar Assumpção
Venha até São Paulo ver o que é bom pra tosseItamar Assumpção
Persigo São Paulo
NãoSão Paulo é outra coisaNão é amor exatamenteÉ identificação absolutaSou euEu não me amoMas me persigoBonito a palavra perseguirPerseguirEu persigo São Paulo
Eu persigo São Paulo
NãoSão Paulo é outra coisaNão é amor exatamenteÉ identificação absolutaSou euEu não me amoMas me persigoBonito a palavra perseguirPerseguir
Em tudo que sua etnologiaSugere e confessaEu persigo São PauloSão Paulo sou eu
Venha até São Paulo
Venha até São PauloSão Paulo tem Socorro, tem Liberdade, tem Bom Retiro, tem SaúdeTem Luz sem ter claridadeTem Concórdia, Vila Esperança, tem gente e mais gente, cabe invade
São Paulo tem muitos santos espalhados pelo EstadoTem São Judas, São Caetano, Santo André, tem São Bernardo
Tem São Miguel, São Vicente, do outro lado tem São CarlosTem santoQue nem me lembro São João Clímaco, Santo Amaro e a capital São PauloTem o largo de São Bento no centroE no litoral tem Santos,
Há santas tambémÉ claro, Santa Efigênia, Santana, Santa Cecília,Tem Santa Clara
Venha até São Paulo ver o que é bom pra tosseVenha até São Paulo dance e pule o rock’n rushEntre no meu carro vamos ao largo do AroucheLiberdade é bairro mas como Japão fosse
Venha nesse embalo concrete fax telexIgreja Praça da Sé faça logo sua preceQuem vem pra São Paulo meu bem jamais esqueceNão tem intervalo tudo depressa acontece
Não tem intervaloTudo depressa aconteceNão tem intervalo
Vai e vem e tchan e tchum êta sobe desceGente do nordeste, do norte aqui no sudesteBatalhando nesse mundaréu de mundo que só cresceSó carece
Venha até são Paulo relaxar ficar relaxTire um xérox, admire um triplexVenha até são Paulo viver à beira do
stressFuligem catarro assaltos no dia dez
São Paulo está tal qual a Torre de Babel é inflaçãoÉ vendaval é só papel esperanças vão morrendoÉ só quimera e mais quimera mas que merda é não e nãoé fel e fel mas que escarcéu que a gente tá vivendo
Mas Tom ZéTanto que chovia Que noite aprecia aquele diaDilúvio que Deus mandavaA terra toda lavavaAlma penada se refrescavaO diabo reclamava porque o inferno apagavaRuas estradas e casas a chuva alagava
Quem tinha barco alugavaQuem tinha avião ou asas voavaQuem não tinha só rezavaSede ninguém sentiaNem sentido tinhaPia rio nem baciaTal o toró que caíaE o resultado disso é que os oceanos e mares ficaram muito maioressenhoras e senhores
É tanta água despencando lá do céuMeu Deus do céu meu Deus do céuMeu Deus do céu o que que tá acontecendoÉ São Pedro que ficou pinelCom raiva de São Paulo é primavera é primaveraSó que só fica chovendo
É Tanta Água
Não tem mais galo cantando não tem mais nem de manhãNão vejo o sol que mundaréu que frio que tá fazendoGaroa neblina sereno formando um véuQuem me dera ver o céu mas eu só fico querendo
São Paulo está tal qual a Torre de Babel é inflaçãoÉ vendaval é só papel esperanças vão morrendoÉ só quimera e mais quimera mas que merda é não e nãoé fel e fel mas que escarcéu que a gente tá vivendo
É chuva fina encharcando meu chapéu e o solidéu
E o solidéu e o solidéu daquele padre correndoÉ primavera só que escreveu não leu escureceu água desceuMeu Deus do céu o que que tá acontecendo
É tanta água despencando lá do céuMeu Deus do céu meu Deus do céuMeu Deus do céu o que que tá acontecendoÉ São Pedro que ficou pinelCom raiva de São Paulo é primavera é primaveraSó que só fica chovendo
Venha até São Paulo ver o que é bom pra tosseVenha até São Paulo dance e pule o
rock’n rushEntre no meu carro vamos ao Largo do AroucheLiberdade é bairro mas é como Japão fosse
É tanta água despencando lá do céuMeu Deus do céu meu Deus do céuMeu Deus do céu o que que tá acontecendo?É São Pedro que ficou pinelCom raiva de São Paulo é primavera é primaveraSó que só fica chovendo
São Paulo é tal qual a Torre de Babel é inflaçãoÉ vendaval é só papel esperanças vão morrendo
É só quimera e mais quimera mas que merda é não e nãoé fel e fel mas que escarcéu que a gente tá vivendo
É tanta água despencando lá do céuMeu Deus do céu meu Deus do céuMeu Deus do céu o que que tá acontecendoÉ São Pedro que ficou pinelCom raiva de São Paulo é primavera é primaveraSó que só fica chovendo
Sujeito a Chuvas e Trovoadas
Falam isso, falam aquilo, falam assado, falam cozidoMas na verdade... na verdade
Eu sou sujeito a chuvas e trovoadasSendo assim desse jeitoNunca terei namoradaEu fico sempre entre a cruz e a espadaSerá que compro feito ou será que faço em casaSe isso posso ócio já não possoIsso é o osso isso é só isso
Ninguém é fácil nem é manso bichoMeu negócio é mulher pra qualquer negócioResta-me saber o que tem a verFilmes que não vi com o disco do Djavan que ouviJá que tudo leva a crer não ser por aíO caminho que vai dar aquiViver às vezes é morrer de tédio e de vícioTambém de ataque de míssilViver é virar de ponta cabeça o avessoE não se fala mais nisso
Sampa midnightEu assessorado de mais dois chegadosBartolomeu e PtolomeuPartimos pra comemorarNão lembro o que numa boateEscabrosa noiteDeu blackout na PaulistaBreu no TrianonCadê o vão do museu, sumiuMeu Deus do céu que escuridão
Três seres transparentes baixaram não sei de ondeImobilizando a gente e gritandoNão somos genteBrilhavam, não tinham dentesTraziam cortantes tridentes incandescentesNas frontes três chifresFalavam rapidamente com gestos intermitentesSimultaneamente sons estridentes incríveisSampa midnightEu chumbado com mais dois embriagadosPtolomeu BartolomeuQuisemos levá-los prum barMas qual o que, tomamos cheque-mateTenebrosa noite faltou light na Paulista
Sampa Midnight
Breu no Trianon cadê a ConsolaçãoEscureceu o museu onde está o chãoUm trio intrigante desceu do céu num instanteChegou intimando a gente e berrandoNão somos genteCantaram de trás pra frenteLetras fortes, indecentesMúsicas bem excitantesProvocantes rumbas funksCantaram de trás pra dianteUns reggaes de breque chiquesBastante pique sambas de roda chocantesSampa midnightEu assessorado de mais dois chegadosBartolomeu PtolomeuPartimos para comemorar não lembro o que...
Não há ó gente ó nãoluar como esse do Sertão
Pobre culturaA ditadura pulou fora da políticaE como a dita cuja é craca é cricaFoi grudar bem na culturaNova forma de censuraPobre cultura como pode se seguraMesmo assim mais um pouquinho
E seu nome será amargura ruptura sepultura
Também puderacoitada representadaComo se fosse piadaDeus meu por cada figura sem compostura
Onde era Ataulfo tropicáliaMonsueto Dona Ivone Lara campo em florFicou tiririca pura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
Que droga merdaCultura não é uma tchurma
Cultura Lira Paulistana
Cultura não é tcha tchuraCultura não é frescuraA brasileira é uma mistura pura uma loucuraA textura A brasileira é impura mas tem jogo de cinturaSe apura mistura não mata, curaCultura sabe que existe miséria existe fartura e partituraCultura quase sempre tudo aturaSabe que a vida tem doce e é dura feito rapadura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
A cultura sabe que existe bravura agricultura
Ternura existe êxtase e agrura noites escurasCultura sabe que existe paúra botões e abotoadurasQue existe muita torturaCultura sabe que existe culturaCultura sabe que existem milhões de outras culturas
Pra ter culturatem que ter jogo de cintura
A ditadura pulou fora da políticaE como a dita cuja é craca é cricaFoi grudar bem na culturaNova forma de censuraPobre culturaComo pode se seguraMesmo assim mais um tiquinho
Coitada representadaComo se fosse um nadaDeus meu por cada feiúraSem composturaOnde era Pixinguinha Elizeth Macalé e o Zé KétiFicou tiririca puraSó dança de tanajura
Porcaria na cultura tanto bate até que fura
Socorro Elis Regina
Baixaria na cultura tanto bate até que fura
Que pop mais pobre pobre pop