INVESTINDO EM AÇÕES...Criando oportunidades de investimento para pequenos in-vestidores —...
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INVESTINDO EM
AÇÕES
zm educaçãoA Z&M educação atua no mercado de educação financeira com desempenho, qualidade e técnica. Somos apaixonados pelo mercado
de capitais e acreditamos que compartilhar esse conhecimento gera valor para a sociedade. O estudo e a promoção do crescimento
deste mercado é objetivo principal da Z&M. Realizamos treinamentos, confecção de cursos, palestras e apostilas sobre o sistema finan-
ceiro para outras empresas do mercado.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
EliteinvestimentosA Elite Investimentos foi fundada em 1983, na sequência do histórico de sucessos da Elite Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários no open-market. Com o objetivo de ampliar as atividades no mercado de capitais, a companhia
se especializou em operações nos mercados primário e secundário de ações e ocupou uma posição de liderança por
vários anos consecutivos, na condição de corretora independente. Atualmente a Elite Investimentos distingue-se no
mercado pelo serviço de atendimento altamente customizado e pela atuação das equipes na Mesa de Operações e
Assessoria, que identifica necessidades dos investidores e traça estratégias, junto à equipe de análise, em todos os
segmentos do mercado de capitais, para que o investidor possa reunir ativos em sua carteira que resultem em um
portfólio diversificado e rentável no longo prazo.
A Elite Investimentos faz parte do Grupo Elite, que possui investimentos em outros segmentos da economia brasile-
ira com reconhecida solidez e sucesso nos ramos em que atua. Além da Elite Investimentos, fazem parte do Grupo
Elite: Metisa – Companhia Metalúrgica de capital aberto, localizada em Timbó, SC., com ações negociadas na Bolsa
de Valores, e a Partbank – Empresa de Consultoria especializada em estudos de viabilidade de negócios e avaliação
de empresas, a qual participou ativamente dos processos de privatização da RFFSA, ENERGIPE e Vale do Rio Doce.
A Elite Investimentos possui matriz no Rio de Janeiro e filiais no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
Este material tem conteúdo meramente informativo e não se caracteriza como oferta ou solicitação
de compra, venda ou gestão de qualquer tipo de ativo ou instrumento financeiro.
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura e todo investimento possui riscos.
importante
VOCÊ É INICIANTE? 06
sumárioCAPÍTULO 1 - O QUE É O MERCADO FINANCEIRO? QUAL SUA ORIGEM?
CAPÍTULO 2 ESTRUTURA DO MERCADO CMN BANCO CENTRAL CVM SUSEP
CAPÍTULO 3 - O QUE É UM INVESTIMENTO? RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL
CAPÍTULO COMPLEMENTAR INFLAÇÃO JUROS NOMINAIS JUROS COMO CONTROLE DA INFLAÇÃO JUROS REAIS
CAPÍTULO 4 - BOLSA DE VALORES FUNÇÕES DAS BOLSAS DE VALORES
CAPÍTULO 5 - AÇÕES 0 QUE É UMA AÇÃO PRINCIPIOS BÁSICOS SOBRE AÇÕES
CAPÍTULO 6 - TIPOS DE AÇÕES BLUE CHIPS, SMALL CAPS E MID CAPS
CAPÍTULO 7 - IPO’S MERCADO PRIMÁRIO MERCADO SECUNDÁRIO
CAPÍTULO 8 - DIVIDENDOS
CAPÍTULO 9 - AS CORRETORAS
CAPÍTULO 10 - PERFIS DE INVESTIDORES E PRAZOS DE INVESTIMENTO PerfilConservador PerfilModerado PerfilArrojado DURAÇÃO DO INVESTIMENTO
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você éiniciante?
Não se preocupe, o objetivo desta apostila é ajudá-lo a entender o mercado financeiro. Os conceitos serão explicados
e abordados da melhor forma possível para o seu entendimento. Pedimos desculpas e compreensão aos profissionais
e a todos que possuem conhecimentos mais avançados sobre o mercado, pois alguns assuntos estão resumidos e
simplificados para facilitar a compreensão de interessados mais leigos.
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O QUE É O MERCADO FINANCEIRO?QUAL SUA ORIGEM?
CAPÍTULO 1
Mercados, no sentido amplo e comum, são centros físicos onde
realizamos compras. Podem ser feiras, supermercados, praças
etc. Os mercados são importantes pois é lá onde a produção
pode ser escoada. É lá que vendedores trocam valores com
compradores.
As feiras e os mercados existem desde a idade antiga. Perdura-
ram em maior e menor grau durante os períodos históricos e os
modos de produção que se sucederam. No período colonial e
das grandes navegações, o mundo viu os mercados se desen-
volverem numa escala muito maior e mais rápida.
As navegações colocaram novos produtos na mesa e riquezas
começaram a fluir pelo planeta terra inteiro. Surgiram então
câmaras de comércio e trocas especializadas, pelo globo todo.
Essas câmaras trocavam inúmeros produtos de valor comer-
cial. Café, milho, açúcar, metais, até fatias de dívidas de alguns
países.
Essas câmaras de comércio foram evoluindo e cada vez mais
produtos foram sendo agregados.
Com as revoluções industriais e técnicas e o afloramento do
sistema, o capitalismo proporcionou um nível nunca visto, de
produção de bens, riqueza, conhecimento, tecnologia. Esse
boom de riquezas, conhecimento, produtos, demandas, von-
tades, que aflorava com o capitalismo, criava mais e mais em-
presas, que tinham mais e mais demandas. Logo, empresas
começaram a oferecer pedaços de suas sociedades para out-
ras pessoas, para investidores. Com o tempo, essas transações
passaram a ser negociadas em locais específicos, surgiram as
bolsas de valores.
O mercado financeiro é o resumo disso tudo, hoje o mundo
inteiro está conectado e trocando ações, títulos, mercadorias,
moedas, 24h por dia, em todo o mundo. É a apologia máxima
às trocas, à liberdade de ir e vir, de comprar o que quiser e à
interação de todos os povos
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
ESTRUTURA DO MERCADOCAPÍTULO 2
Ao longo dos anos os países e governos foram organizando o sistema financeiro de modo a dar mais transparência e cred-
ibilidade para os investidores. Para isso, eles criaram instituições que controlam e regulam o funcionamento do mercado.
Juntamente com as evoluções na academia e no conhecimento sobre finanças, modelos cada vez mais complexos foram
sendo implantados pelos reguladores, para coibir práticas fraudulentas, proteger investidores, proteger o sistema, criar es-
tabilidade.
No Brasil o Mercado está organizado da seguinte maneira:
CMNExiste o Conselho Monetário Nacional, órgão que cria as regras
e decide temas centrais do sistema financeiro do país. Ele tem
abaixo dele, 3 principais autarquias com funções diferentes:
• Banco Central
• CVM
• SUSEP
BANCO CENTRAL
O Banco central ficou responsável por regular os bancos, con-
ferir se os bancos estão jogando de acordo com as regras do
próprio conselho e mais 3 funções importantes que são:
• Controle do câmbio (Dólar – Real)
• Controle do Juros
• Controle da inflação.
De acordo com o CMN o Brasil deve seguir metas de inflação
para que se tenha um ambiente estável para negócios.
CVMA CVM é o órgão que regula as corretoras, é como o Banco
Central das corretoras. As corretoras são instituições autor-
izadas para acessar o mercado de investimentos e a CVM é
responsável pela fiscalização das corretoras e dos seus fun-
cionários (as corretoras por exemplo).
SUSEP
A Susep também é uma autarquia federal reguladora, só que
para o mercado de seguros e previdências.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
O QUE É UM INVESTIMENTO?CAPÍTULO 3
Ao realizar um investimento, você comprará um título/contrato como se fosse uma nota promissória, que pode te dar direitos.
Em alguns casos, você irá realizar apenas empréstimos, seja para o governo, bancos ou empresas. Em outros cenários, você
se tornará “sócio” da empresa. Apesar de existirem diferentes tipos de investimentos, eles devem ser categorizados de duas
formas: os investimentos em Renda Fixa e os de Renda Variável.
RENDA FIXA
A renda fixa é bastante simples, não requer conhecimento
avançado de nenhum assunto. Provavelmente você já ouviu
falar deste tipo de investimento.
Basicamente, você empresta dinheiro para alguém, e de con-
trapartida, essa “pessoa” pagará a você juros. No Brasil, estão
enquadrados na categoria Renda Fixa todos os investimentos
que no momento da contratação você já conhece qual será a
taxa que você poderá receber de juros do valor do seu inves-
timento, ou seja, você sabe a taxa que o emissor vai lhe pagar
pelo seu investimento (empréstimo feito por você a ele).
Em resumo: Renda Fixa é um investimento com risco de per-
da próximo a ZERO (próximo ao risco da poupança) e os mais
conhecidos são: Tesouro Direto, CDB, Letras de Crédito Imo-
biliário LCI, LCA.
Você encontrará estas opções de investimentos no seu banco
ou em corretoras de todo o Brasil.
A taxa de retorno deste seu investimento, ou seja, o lucro que
você pode obter, está diretamente ligado a taxa de juros (Selic)
praticada atualmente no país.
A Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada
no mercado interbancário para financiamento de operações
com duração diária, lastreadas em títulos públicos federais. A
sigla SELIC é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação
e Custódia.
RENDA VARIÁVEL
Os títulos, fundos de investimento, ações, moedas e ativos de renda variável são aqueles que não seguem e não possuem taxas
prefixadas de retorno do seu investimento, o que torna difícil determinar qual será seu rendimento. Você não sabe quanto pode
ganhar nestes produtos.
Nesta categoria estão as ações das empresas, mercadorias — como o café, soja e milho —, moedas e outros tipos de contratos ne-
gociados na Bolsa de Valores em todo mundo.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
inflação
CAPÍTULO COMPLEMENTAR
O juro e a inflação são de extrema importância para o entendimento dos conceitos de investimento. Neste capítulo abordamos
esse tema – essencialmente mais técnico – com uma visão simplificada, mas que ajudará na construção mental dos princípios
de investimento.
Em linhas gerais a inflação é usada para explicar o aumento
no preço de produtos, aluguéis, salários. É o fator que di-
minui o seu poder de compra ao longo do tempo.
Esse fenômeno de desvalorização do dinheiro, ou encare-
cimento dos produtos, possui inúmeras explicações sócio
econômicas, centenas de abordagens e milhares de desdo-
bramentos. Para simplificar iremos deduzir apenas raciocí-
nios lógicas inerentes à inflação.
O que causa a inflação?
A inflação pode ser:
• De curto prazo – aumentar em um mês.
• De longo prazo – aumentar continuamente ao longo de um
ano, por exemplo.
As causas são diferentes em cada um desses casos. No en-
tanto, vale lembrar que esses são movimentos cíclicos da
economia, nos quais uma ação afeta a outra. Nem sempre
é possível isolar as causas de uma variação inflacionária.
Abaixo, listamos causas geralmente associadas à inflação.
Causas da inflação no curto prazo:
1 – Aumento na demanda:
Se o número de pessoas querendo um determinado item au-
menta muito rápido, fica difícil garantir o fornecimento para
todos. Nesse caso, dizemos que a demanda ficou maior do
que a oferta. Nestas situações, o preço tende a subir, geran-
do inflação. Isso pode acontecer também quando há maior
disponibilidade de crédito: com maior poder de compra, as
pessoas conseguem gastar mais (aumentando a demanda
geral).
2 – Aumento nos custos de produção
A inflação também pode aparecer quando fica mais caro pro-
duzir ou oferecer um serviço. Com custo maior, a produção
de algum item pode ser menor do que o suficiente – com isso,
a oferta cai, elevando os preços.
Causas da inflação no longo prazo:
1 – Emissão de papel-moeda
Algumas ações do governo também podem fazer com que a
inflação aumente. Quando os gastos são maiores do que os
arrecadamentos, por exemplo, pode ser necessário “imprim-
ir” mais dinheiro – ou seja, emitir mais moeda – para pagar
as contas.
Essa emissão faz com que o volume de dinheiro seja maior
que a oferta de produtos e serviços. Acarretando aumento
generalizado de preços.
A inflação não é sempre ruim!
A inflação, quando controlada, é um sinal de que a economia
está aquecida e crescendo de forma saudável: por isso é pre-
ciso ter inflação – e isso vale para todos os países.
O Brasil, inclusive, tem uma meta anual de inflação para dar
segurança para a economia. Essa é uma forma de garantir que
a economia brasileira continue em crescimento e os preços,
controlados.
No Brasil existe um índice chamado IPCA, calculado pelo
IBGE, que representa a inflação geral da economia brasileira.
O IPCA é composto por vários produtos comuns e de grande
consumo das famílias, são monitorados todo mês nas cap-
itais do país. Quando o IPCA aumenta significa que a média
destes produtos está aumentando nas prateleiras das lojas e
supermercados, isso se traduz em inflação.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
JUROS NOMINAIS
O juro é uma contrapartida à desvalorização do dinheiro. Ele
representa um prêmio temporal pelo empréstimo de recur-
sos. Um fator que retribui aquele que deixou de consumir
hoje e cedeu esse poder de compra momentaneamente
para outra pessoa, em troca de mais poder de compra futu-
ro. Quem empresta dinheiro ganha com juros, mas deixa de
usufruir o momento, postergando o consumo. Quem pega
dinheiro emprestado perde com os juros, mas aproveita o
momento atual em detrimento do futuro.
No Brasil a taxa de juros se chama SELIC, é decidida para
balizar qual o grau de investimentos públicos, privados e
estrangeiros existirá no país. É controlada e decidida pelo
Comitê de Política Monetária – COPOM.
JUROS COMO CONTROLE DA INFLAÇÃO
O governo federal não tem total controle sobre a inflação,
mas algumas medidas que ele toma podem influenciá-la.
Por exemplo: a taxa Selic, é uma ferramenta usada para
controlar a inflação; aumentar os impostos também puxa
os preços para cima, o que tende a reduzir a quantidade de
moeda na economia (ou se preferir os gastos), afetando a de-
manda e, portanto, a inflação.
Na prática, aumentar a Selic é uma maneira de conter o au-
mento dos preços (IPCA).
Por outro lado, quando o Banco Central deseja estimular a
economia, fazer o dinheiro circular mais e, por consequência,
aumentar a inflação, a Selic diminui.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
JUROS reais
Uma vez que a inflação diminui o poder de compra e os juros remuneram o dinheiro ao longo do tempo, os juros reais mostram
a diferença da inflação em relação aos juros, é um cálculo simples dado pela fórmula:
Os juros reais mostram o quanto DE FATO seu dinheiro valorizou, caso investido, num determinado período.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
BOLSA DE VALORESCAPÍTULO 4
As bolsas de valores são instituições administradoras de
mercados. No caso brasileiro, a B3 é a principal bolsa de va-
lores, administrando os mercados de Bolsa e de Balcão Or-
ganizado. A diferença entre esses mercados está nas regras
de negociação estabelecidas para os ativos registrados em
cada um deles.
As bolsas de valores são também os centros de negociação
de valores mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos de
negociação para efetuar compras e vendas desses valores.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar
um ambiente transparente e líquido, adequado à realização
de negócios com valores mobiliários. Somente através das
corretoras, os investidores têm acesso aos sistemas de nego-
ciação para efetuarem suas transações de compra e venda
desses valores.
As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são
chamadas companhias “listadas”. Para ter ações em bolsas,
uma companhia deve ser aberta. A companhia deve, ainda,
atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei
6.404, de 15 de dezembro de 1976) e pelas instruções da CVM,
além de obedecer a uma série de normas e regras estabeleci-
das pelas próprias bolsas.
No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores. As
duas principais bolsas uniram-se formando a B3, que hoje é a
maior bolsa de valores da América Latina e uma das maiores
do mundo, concentrando praticamente todo mercado bra-
sileiro. Nela são negociadas ações das companhias abertas e
títulos privados de renda fixa, entre outros valores mobiliários.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
FUNÇÕES DAS BOLSAS DE VALORES
Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde
existem bolsas de valores bem estruturadas, transparentes e
líquidas. Para que elas desempenhem suas funções, o ambi-
ente de negócios do país tem que ser livre e as regras claras.
Nestes contextos, as bolsas podem beneficiar todos os in-
divíduos da sociedade e não somente aqueles que detêm
ações de companhias abertas.
As bolsas são responsáveis por:
Levantar capital para negócios — as bolsas de valores forne-
cem um excelente ambiente para as companhias levantarem
capital para expansão de suas atividades através da venda
de ações, e outros valores mobiliários, ao público investidor.
Mobilizando reservas em investimentos — quando as pes-
soas investem suas reservas em ações de companhias ab-
ertas, isto leva a uma alocação mais racional dos recursos
da economia, porque os recursos — que, de outra forma,
poderiam ter sido utilizados no consumo de bens e serviços
ou mantidos em contas bancárias — são mobilizados e re-
direcionados para promover atividades que geram novos
negócios, beneficiando vários setores da economia em um
efeito cascata.
Facilitando o crescimento de companhias — para uma com-
panhia, as aquisições e/ou fusões de outras empresas são
vistas como oportunidades de expansão da linha de pro-
dutos, aumento dos canais de distribuição, aumento de
sua participação no mercado etc. As bolsas servem como
um canal que as companhias utilizam para aumentar seus
ativos e seu valor de mercado através da oferta de compra
de ações de uma companhia por outra companhia. Essa é
a forma mais simples e comum de uma companhia crescer
através das aquisições ou fusões. Quando feitas em bolsas,
as aquisições e fusões são mais transparentes e permitem
uma maior valorização da companhia, pois as informações
são mais divulgadas e há uma maior interação dos agentes
envolvidos, tanto compradores quanto vendedores.
Redistribuindo a renda —ao dar a oportunidade para uma
grande variedade de pessoas adquirir ações de compan-
hias abertas e, consequentemente, de torná-las sócias de
negócios lucrativos, o mercado de capitais ajuda a reduzir a
desigualdade da distribuição da renda de um país. Ambos os
investidores — casuais e profissionais —, através do aumen-
to de preço das ações e da distribuição de dividendos, têm
a oportunidade de compartilhar os lucros nos negócios bem
sucedidos feitos pelos administradores das companhias.
Criando oportunidades de investimento para pequenos in-
vestidores — diferentemente de outros empreendimentos
que necessitam de grandes somas de capital, o investimen-
to em ações é aberto para quaisquer indivíduos, sejam eles
grandes ou pequenos investidores. Um pequeno investidor
pode adquirir a quantidade de ações que está de acordo
com sua capacidade financeira, tornando-se sócio, sem que
tenha que ficar excluído do mercado de capitais apenas por
ser pequeno. Dessa forma, a bolsa de valores abre a possibili-
dade de uma fonte de renda adicional para pequenos poupa-
dores.
Ajudando no financiamento de projetos sociais — os gov-
ernos federal, estadual ou municipal podem contar com
as bolsas de valores ao emprestar dinheiro para a iniciativa
privada para grandes projetos de infraestrutura, tais como
estradas, portos, saneamento básico ou empreendimentos
imobiliários para camadas mais pobres da população. Geral-
mente, esses tipos de projetos necessitam de grande volume
de recursos financeiros, que as empresas ou investidores
não teriam condições de levantar sozinhas sem contar com
a participação governamental. Os governos, para levantarem
recursos, utilizam-se da emissão de títulos públicos. Esses
títulos podem ser negociados nas bolsas de valores. O levan-
tamento de recursos privados, por meio da emissão de títu-
los, elimina a necessidade (pelo menos no curto prazo) dos
governos sobretaxarem seus cidadãos e, dessa maneira, as
bolsas de valores estão ajudando indiretamente no financia-
mento do desenvolvimento.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
AÇÕESCAPÍTULO 5
Ações são títulos nominativos, negociáveis, que representam uma fração do capital social de uma empresa. Ao comprar uma
ação o investidor se torna sócio da empresa, ou seja, de um negócio. Passa a correr o risco dos lucros e prejuízos como qualquer
empresário.
Quem compra uma ação na bolsa de valores está levando uma pequena parte de uma empresa de terceiros e passa a ser
chamado de acionista minoritário. Ser sócio de uma empresa listada na bolsa de valores traz algumas vantagens, por exemplo,
enquanto a entrada ou saída na sociedade de uma empresa limitada ou de capital fechado requer um processo burocrático de
alterações de contratos sociais, comprar ou vender uma ação de uma empresa listada em bolsa é um ato feito eletronicamente
com poucos clicks. A liquidez do mercado acionário permite ao investidor ter a opção de se retirar da sociedade e migrar para
outro negócio mais atraente.
0 QUE É UMA AÇÃO
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
PRINCIPIOS BÁSICOS SOBRE AÇÕES
A maneira mais usada para ler um gráfico de preço de uma ação é feita em GRÁFICO DE VELAS (gráfico de candles), que são estes
quadrados verdes e vermelhos na imagem abaixo.
As cores podem mudar, você mesmo pode escolher qual cor usar a depender da plataforma que usar.
O importante é que cada VELA representa a variação do preço em um determinado período fechado. Você pode escolher se a
VELA representa 5 minutos, 10, 15, 30, 1 horas, 4 horas, 1 dia, 1 semana ou 1 mês.
Velas verdes representam uma variação positiva NAQUELE TEMPO ESPECÍFICO que você escolheu; as vermelhas, uma variação
negativa.
Veja o gráfico abaixo.
Gráfico 1 – variação dia a dia de um ativo qualquer durante um período.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
Os preços encontram-se no lado direito do gráfico (eixo Y) e o tempo no eixo X. Cada vela representa um dia fechado de nego-
ciação, então sabemos que as velas verdes foram dias onde o preço da ação começou na parte de baixo da vela e terminou na
parte de cima da vela, as vermelhas o contrário.
Veja melhor uma vela de perto.
Cada vela tem uma dinâmica. Só de olhar para ela você pode saber qual foi todo movimento de uma ação durante aquele
período.
Na vela verde, a parte de baixo do seu corpo representa o valor do ativo no início do período da própria vela, a parte de cima
do corpo, seu valor ao final deste mesmo período. As sombras, ou pavios, representam oscilações máximas e mínimas que os
preços deste ativo tiveram durante essa fase.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
TIPOS DE AÇÕESCAPÍTULO 6
Ações Ordinárias (ON)É o tipo de ação que concede o direto de voto nas assembleias da companhia ao seu detentor.
Ações Preferenciais (PN)As ações preferenciais são aquelas que menos protegem o acionista minoritário, porque não lhe dão o direito de votar em as-
sembleia, entretanto estas ações pagam mais dividendos aos detentores. Não há ações com essas características em mercados
mais desenvolvi- dos, como o americano, por exemplo.
BLUE CHIPS, SMALL CAPS E MID CAPS
• Blue-Chips são ações “de primeira linha” de empresas com alta capitalização. São as líderes e seus papéis são considerados
como “investimento padrão” pelos investidores, fundos e corretores pelo mundo afora. Apresentam também um alto volume de
negociações diárias, ou seja, alta liquidez.
• As mid-caps são aquelas ações de empresas de médio porte, não são nem muito grandes, nem muito pequenas. Apresentam
boa liquidez.
• E as ações small-cap possuem uma capitalização muito menor, além de uma procura baixa e pouca liquidez.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
IPOsCAPÍTULO 7
Abertura de capital Initial Public Offering — IPO
No cenário econômico atual, no qual predomina o uso intensivo de tecnologia, a grande competição entre as empresas e a glo-
balização, as empresas não podem depender única e exclusivamente dos recursos próprios para financiar sua expansão. Nesse
sentido, uma alternativa disponível para as empresas se capitalizarem é a abertura de capital. Mediante a subscrição de ações
novas, as empresas se suprem de capital.
Abrir capital significa tornar-se uma companhia de capital aberto, ou seja, estar autorizada pela CVM a realizar emissões públi-
cas. A empresa em fase de crescimento necessita de recursos para financiar seus projetos de expansão.
Mercado primário
No mercado primário, se dá o lançamento de novas ações. Quem vende as ações é a companhia, captando recursos para se
financiar. É onde ocorrem os IPOs.
Mercado secundário
É o ambiente de renegociação de ativos financeiros já existentes. No mercado secundário são estabelecidas as renegociações
entre os agentes econômicos dos títulos adquiridos no mercado primário. Os recursos provenientes das negociações realizadas
nesse mercado não são transferidos para o financiamento das empresas, sendo identificados como simples transferência entre
os investidores. A função essencial do mercado secundário é dar liquidez ao mercado primário, viabilizando o lançamento de
ativos financeiros.
A existência do mercado secundário é fundamental para o mercado primário, pois a demanda pelas ações recém-emitidas das
empresas seria menor se não houvesse a opção de vendê-las no futuro em um mercado organizado. Em suma, no mercado
primário, quem vende as ações é a companhia, captando recursos para se financiar. No merca- do secundário, o vendedor é o
investidor que se desfaz das ações para reaver o seu dinheiro.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
DIVIDENDOSCAPÍTULO 8
E a parcela do lucro apurado pela empresa, que é distribuída aos acionistas. Pela Lei das Sociedades Anônimas (S.A.), deverá
ser distribuído um dividendo de no mínimo 25% do lucro líquido apurado, e sempre em dinheiro. Os dividendos podem ter pe-
riodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral, anual etc., desde que conste no estatuto da empresa o período determinado.
A Assembleia Geral Ordinária (AGO) é quem determina a parcela a ser distribuída como dividendo, de acordo com os interesses
da empresa, através da manifestação de seus acionistas. O montante a ser distribuído deverá ser dividido pelo número de ações
emitidas pela empresa, de forma a garantir a proporcionalidade da distribuição.
Algumas empresas têm a política de distribuir mais do que o mínimo exigido, como forma de atrair investidores. Esse é um din-
heiro que vai para a conta do investidor. É escolha dele reaplicar os dividendos, comprando novas ações, ou sacar o dinheiro,
dependendo da periodicidade com que a empresa deposite os dividendos. Dessa forma, o investidor é remunerado pelo rece-
bimento de dividendos e pela valorização da ação.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
AS CORRETORASCAPÍTULO 9
Escolher uma corretora é importante para evitar surpresas desagradáveis com seu dinheiro. Muitos investidores esquecem-se
desta etapa e acabam abrindo uma conta na primeira corretora que aparece pela frente, e que, na maioria dos casos, não é a
mais indicada para o perfil da pessoa.
Atualmente, existem inúmeras corretoras de valores cadastradas na B3. O que cada uma delas oferece a seus clientes varia mui-
to. Para facilitar, juntamos os 4 principais pontos que você deve avaliar antes de começar a fazer seus investimentos:
1. Preço
2. Atendimento
3. Ferramentas
4. Serviços
A Elite investimento figura entre uma das mais antigas e tradicionais corretoras de valores do Brasil.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
PERFIS DE INVESTIDORESE PRAZOS DE INVESTIMENTO
CAPÍTULO 10
Os perfis de investidor não são apenas divisões criadas para facilitar o enquadramento de investidores. São exigências legais da
CVM que norteiam os tipos de investimentos que cada um é capaz de fazer e os cuidados que se deve ter com alocações fora
do seu próprio perfil.
Perfil ConservadorO perfil conservador prefere segurança à retorno. As surpresas são desagradáveis, mesmo que temporárias; Investidores com
esse perfil devem, majoritariamente, investir em Rendas Fixas com boas proteções e liquidez.
Perfil ModeradoEste perfil permite a exploração de risco controlado. Um mix de investimentos com baixo risco e certo retorno é indicado.
Perfil ArrojadoSão investidores mais experientes, aceitam o risco e a variação de carteira e organizam-se para buscar mais retorno ao longo
do tempo.
Além de saber como você lida com as perdas e como lida com o risco, é importante considerar também outros fatores na hora
de encontrar seu perfil de investidor:
DURAÇÃO DO INVESTIMENTOPor quanto tempo você pretende deixar seu dinheiro investido:
Curto prazo: até 3 anos.
Médio prazo: de 4 a 9.
Longo prazo: acima de 10 anos.
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INVESTINDO EM AÇÕESMAIO 2020
CAVALCANTE, Francisco; MISUMI, Jorge Y.; RUDGE, Luiz Fernando. Mercado de Capitais. O que é, como
funciona. Rio de Janeiro: Elseiver, 2005.
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 14. Ed. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2000.
SILVA NETO, Lauro de Araújo. Guia de Investimentos. São Paulo: Atlas, 2003.
SMARRIOTO, Marcelo; Desmistificando a bolsa de valores: quem disse que ela não é para você?. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2007
Sites
www.bcb.gov.br
www.b3.com.br
www.cvm.com.br
www.cblc.com.br
www.infomoney.com.br
BIBLIOGRAFIA