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www.interural.com InteRural Revista do Agronegócio R$ 7,90 | Nº 41 | FEVEREIRO DE 2011 | ANO 5 Nº 41 | FEVEREIRO DE 2011 | ANO 5 Agricultura Avicultura Doenças em Aves Pet Produção sustentável de Cana de açúcar Página 26 Página 38 Golden Retriever Página 73 Página 36

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Revista Interural

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w.interural.com

InteRuralRevista do A

gronegócio

R$ 7,90 | nº 41 | FeveReIRo de 2011 | Ano 5

nº 41 | Fev

eReIRo d

e 2011 | An

o 5

Agricultura AviculturaDoenças

em Aves

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sustentável de Cana de

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R$ 7,90 | nº 41 | FeveReIRo de 2011 | Ano 5

nº 41 | Fev

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e 2011 | An

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Agricultura AviculturaDoenças

em Aves

PetProdução

sustentável de Cana de

açúcar

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CAPA PUBLICITÁRIA

Rações CooprataNova Fábrica de Rações e Suplementos Cooprata, situada no novo Polo Industrial João Batista de QueirozRod. BR 497 - Km 80,8 - Prata-MG - (34) 3431-2555

Página 70

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Direção geralMário knichalla [email protected]

Jornalista responsávelWolney Domingos Mtb 04.847 MG

Diretora ExecutivaLayse [email protected]

RevisãoAline [email protected]

Diagramação Thaís Guetta [email protected]

RedaçãoWolney Domingos [email protected]

Consultoras de VendaDaiane [email protected]

Lydiane [email protected]

Consultoria JurídicaBreno Henrique Alfonso de Arruda

Fotógrafos ColaboradoresClécio Duarte / Ernane SilvaColaboradoresAgripoint / ReHagro Pré-impressãoXPress Digital

ImpressãoGráfica Brasil

InteRural Uberlândia - MGRua Rafael Marino Neto, nº 600Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 [email protected](34) 3210-4050

InteRural Itumbiara - GOAv. Beira Rio, 1001, sala [email protected]

www.interural.com

A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

Expediente

www.interural.com

Editorial

Nesta edição, estamos dando um destaque especial à realização do maior evento de genética de bovina leiteira da América Latina. O FestLeite Tropical acontece em Uberlândia nos dias 18,19 e 20 de fevereiro e é mais uma realização da conceituada Tropical Genética. Serão ofertados mais de 1011 produtos de alta qualidade de

produção de leite, em sistema de feira de negócios e um grande leilão, que terá duração de

10 horas sem interrupção. A expectativa dos promotores é fechar excelentes negócios, mas,

acima de tudo, proporcionar um grande encontro, em que os pecuaristas poderão discutir e

debater questões voltadas ao segmento leiteiro de alta produção. A InteRural é parceira no

FestLeite Tropical.

O site www.interural.com vai transmitir o evento ao vivo, apresentando entrevis-

tas, flashes e comentários diretamente do parque de exposições de Uberlândia. A InteRural

é referência em transmissão de eventos do agronegócio. A empresa dispõe de equipamentos

de última geração, oferecendo muita qualidade e, principalmente, comodidade para quem

está assistindo em casa. Na próxima edição, vamos produzir uma matéria especial, mos-

trando o que foi a realização do FestLeite Tropical. Como novidades, estamos melhorando o

conteúdo do caderno PET. Desde que começamos a publicar artigos técnicos e detalhes sobre

criação de pequenos animais, recebemos muitos pedidos para uma maior divulgação sobre

esse assunto. Assim, em cada edição, vamos melhorando o conteúdo. Também é importante

chamar atenção sobre os assuntos relacionados à agricultura e à pecuária.

As fortes chuvas desse período trouxeram problemas para muitos produtores,

como você vai ler em uma reportagem sobre o cultivo de feijão em Goiás. Na região do Tri-

ângulo Mineiro, o município de Prata ganhou uma moderna fábrica de rações e suplementos

minerais. A obra pertence à Cooprata e a produção da mesma vai beneficiar milhares de

produtores do município. Aproveitamos para agradecer as inúmeras mensagens de apoio à

publicação da Revista InteRural. Todas as mensagens estão sendo respondidas. Para nós é

muito importante sua observação. Queremos fazer o melhor, tratando de assuntos que vão

ao encontro dos interesse da classe produtora.

Pra você, uma boa leitura,

Wolney Domingos

Jornalista Responsável

r$ 7,90 | nº 38 | outuBro de 2010 | Ano 4

ww

w.interural.com

PECUÁRIA LEILão

CAFÉ

Que café nós bebemos

Bem-estar

de bezerrosLeilão

Querença

EspEcial lEilõEs

Interuralrevista do A

gronegócio

página 86

página 32

página 24

Pasto verde o ano InteiroIrrigação por aspersão em malha

Programa mais Alimento página 50

página 40

Projeto Educação no Campo Projeto Educação no Campo

Empresas investem nos pequenos produtores

e apresentam novas tecnologias em dia de

campo em Uberlândia

página 46

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8 | Revista InteRuralInteRural News

Sumário

10 | Açúcar

20 | Alta Grátis

22 | Contençao de daninhas na soja

28 | Cana de Açúcar

Notas

Notícias em Alta

Agricultura

32 | Desafiosda Ovinocultura

34 | Doenças em Aves

46 | Setor de Couro

Ovinos

Avicultura

Pecuária

Pet 52 | Golden Retriever

Brahman

Girolando

Produtor de Sucesso

64 | Nova Diretoria

44 | Girolando Guima

Negócios 66 | Arrendamento e Parceria Rural

Espaço Gourmet 68 | Fazenda Alto de Santa Gertrudes

Eventos 70 | COOPRATA

Leilões 76 | Celso Iran

Classificados 84 | Fique por dentro dos preços

e realize bons negócios nos classificados da InteRural

50 | Leite em Pasto

56 | Parcerias Internacionais

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Java Pecuária apresenta...

Doadora de embriões!Lactação com projeção acima de 12000Kg

Matriz completaProdução, conformação e pedigree!

Genética de geração para geração!!!

Vem aí... 3º Leilão Virtual Fazenda Valinhos

e Java Pecuária

10 de Abril de 2011 às 14 horas pelo Agrocanal. Não percam esta grande oferta de genética de resultados!!!

Grande campeã 5/8 da Feileite 2010 Grande campeã 5/8 do Camaru 2010

Lama Preta Kamuela Lheros 5/8

ProprietáriosPaulo Melo S. Gonçalves

Daniella Martins da Silva (34)9811-4228/[email protected] Alegre de Minas-MG

ProprietáriosDaniel da Silva

Magnolia Martins da Silva(34)9979-1754/9969-3353

[email protected] Alegre de Minas

Fazenda Valinhos

Homenagem Fausto Polo Valinhos 5/8 Res. Melhor Fêmea Jovem CAMARU 2010 3º Melhor Fêmea Jovem FEILEITE 2010

Mania em produzir Girolando de qualidade!!!

Fonte confiável de genética

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Java Pecuária apresenta...

Doadora de embriões!Lactação com projeção acima de 12000Kg

Matriz completaProdução, conformação e pedigree!

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Vem aí... 3º Leilão Virtual Fazenda Valinhos

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Daniella Martins da Silva (34)9811-4228/[email protected] Alegre de Minas-MG

ProprietáriosDaniel da Silva

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Mania em produzir Girolando de qualidade!!!

Fonte confiável de genética

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INTE

RU

RA

L N

EWS

No dia 11 de janeiro, aconteceu, na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro, a inaugu-ração da Fábrica de Ração e Suplementos Minerais da COOPRATA. A fábrica vai fun-cionar em modernas instalações, no polo industrial da cidade que leva o nome do produtor João Batista de Queiroz (João Terra). A solenidade de inauguração reuniu produtores rurais, convidados especiais, dirigentes sindicais e de cooperativas e autoridades regionais. Estiveram presen-tes os deputados estaduais mineiros Luiz Humberto Carneiro, Romel Anísio Jorge e o deputado Federal Marcos Montes. O presi-dente da COOPRATA, Adelino José, era um dos mais felizes com a entrega da obra.

A empresa TiraLeite Sulinox realizou em janeiro mais um curso de preparação de mão de obra para produção de leite de alta qualidade. A iniciativa tem como objetivo preparar futuros profissionais para trabalharem com equipamentos de alta tec-nologia, como a ordenhadeira mecânica. A equipe da InteRural esteve no local prestigiando o even-to, que teve como organizador Paulo Garcia.

Durante este mês, a InteRural irá fazer uma ampla cobertura do Fes-tLeite Tropical. O evento acontece no Parque de Ex-posições de Uber-lândia nos dias 18,19 e 20 de fe-vereiro e promete ser o maior even-to de oferta de genética bovina leiteira da América Latina. De acordo com o Diretor Comercial Mário Knichalla Neto, uma grande estrutura está sendo montada para fazer a melhor transmissão dentro do site www.in-terural.com.Serão instalados equipamentos de ponta para garan-tir a melhor qualidade de imagem através da internet. Durante a transmissão do FestLeite Tropical, serão apresentadas entrevistas, reportagens e matérias especiais. O acordo para cobertura foi feito durante reunião entre Mário Neto (InteRural) e Milton Magalhães Neto (Tropical Genética).

No dia 24 de janeiro, a InteRural acompanhou a realização do XII Encontro de Produtores de Grãos do Triângulo Mineiro e Sudeste Goiano. O evento aconteceu no auditório da CDL e reuniu centenas de participantes. Na pro-gramação, foram realizadas palestras com os seguintes temas: “O Mercado Mundial de Soja e outras Sementes”, com o economista Parry Dixon, e “O Uso de Biorreguladores na Cultura de Soja”, com Antônio Luiz Fancelli.

Em Uberaba, a InteRural participou da realização do espaço Gourmet, na sede da Guima Agropecuária. O evento reuniu convidados de vários municípios da região. O momento foi de confraternização, mas o em-presário Guilherme Marquez apro-veitou a oportunidade para colocar à venda alguns de seus animais Gi-rolando; e o resultado foi excelen-te. Muitos convidados adquiriram produtos e o ambiente se transfor-mou em uma rodada de negócios, com uma movimentação de aproxi-madamente 40 mil reais.

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14 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

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TAS

Açúcar representa 39% das exportações de PE

Em 2010, o volume de produção do açúcar foi de 1,6 milhão de toneladas

Do total da pauta de exporta-ção de Pernambuco, o açúcar corresponde a 39%. Em 2010, o volume de produção do açú-

car foi de 1,6 milhão de toneladas, do qual 800 mil foram exportadas. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o principal destino desse deri-vado da cana em 2010 foi a Rússia, que comprou 44%. Em seguida, vêm os Es-tados Unidos (17%), Espanha e Portugal (19%), Venezuela (6%), Canadá (5%) e Bulgária (4%). “Das 800 mil toneladas, 400 mil foram de açúcar refinado e ensaca-do e a outra metade do tipo VHP (Very High Polarization) ou a granel. Apesar de o valor da commodity açúcar ter um bom preço em relação às demais nas bolsas internacionais, o setor não está podendo aproveitar em função da sobrevalorização do Real versus Dólar. Estamos tendo boa chance sobre o ba-lanço mundial do açúcar em relação à demanda, mas isso fez com que o valor da commodity subisse, o que nos pre-judica porque exportamos em Dólar”, declarou Cunha. Ainda segundo o presidente do Sindaçúcar, “quando convertemos o Dólar para Real não é o suficiente para suprir os custos na exportação. Temos que focar nas despesas de produção

que não estão sendo neutralizadas em relação à baixa competitividade do Dó-lar em comparação ao Real”, reforçou. Para escoar maior volume do produto e, assim, aquecer o mercado nacional, está previsto o lançamento, em Suape, da licitação para o arrendamento do novo terminal açucareiro complemen-tar ao do Porto do Recife. Já existe, in-clusive, uma trade inglesa interessada em concorrer, a ED & F MAN. O termi-nal exportará o açúcar refinado, o que ainda não é feito pelo Porto do Recife. “O empreendimento custará, em média, US$ 50 milhões e vai escoar o produto para a cadeia produtiva. A comercialização dos volumes, via Sua-pe, será para o Norte da África e Orien-

te Médio. Trata-se de uma operação mais moderna. O açúcar vai abastecer o navio fábrica Bibo, que receberá o produto a granel para ser empacotado no seu destino”, disse.Para Renato Cunha, neste momento, as exportações do açúcar e do álcool são mais convidativas porque a deman-da é maior. “O açúcar tem mais pro-tecionismo, mas, por conta da queda na produção da Índia, nos últimos três anos, conseguimos exportar um volu-me maior para vários países. Quando isso ocorre, faz com que o mercado mundial se valorize e a comercializa-ção fique mais rápida. Já o etanol tem muitas barreiras, como as altas tarifas e outras dificuldades”, concluiu.

Brasil pode impor barreiras ao trigo paraguaioTrigo importado poderia abastecer apenas 50% do consumo interno brasileiro

Produtores e exportadores de trigo estão preocupados, no Paraguai, com notícias vindas do Brasil, dando conta de que

o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prepara, para 2011, um pacote de medidas para diminuir o pre-domínio do trigo importado e fortale-cer a produção nacional. De acordo com o jornal La Naci-ón, no ano de 2010, o Paraguai exportou quase 90% de sua produção de trigo ao mercado brasileiro, em especial aos Es-tados das regiões sul e sudeste do país, situação que torna os exportadores pa-raguaios dependentes das oscilações ve-rificadas do lado de cá da fronteira. Entre as medidas em análise pela equipe do novo governo, uma de-

las seria a imposição de “cotas” ao trigo importado, que poderia abastecer, ape-nas, 50% do consumo interno brasileiro. As estratégias em estudo inclui-riam, segundo o La Nación, criação de períodos em que a importação estaria proibida (coincidindo com o período de escoamento da safra brasileira), eleva-ção de impostos ao produto estrangeiro e concessão de incentivos fiscais às em-presas que adquirirem trigo nacional. As barreiras podem incluir, ain-da, proibição de importação de produtos agrícolas de países que utilizam defensi-vos agrícolas proibidos no Brasil e criação de novas burocracias sanitárias nas fron-teiras. Caso tais medidas sejam de fato aplicadas, exportadores do Paraguai e da Argentina prometem protestar.

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O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo defabricação de comida para armazenamento.Tratores quebrando, facas sendo afiadasdiariamente, ensiladeira estragando, e ainda toda a fazenda parando suasatividades para se concentrar apenas na época de fazer silo.A J&D Silagens pode cortar a sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato e tudo isso irá refletir para você produtor uma silagem de melhor qualidade para seu rebanho.

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16 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

NO

TAS

Commodities agrícolas terão novo ano de altas em 2011

As commodities agropecuárias foram negociadas em 2010 com valores jamais atingidos antes no país. Boi, açúcar, café e al-

godão estão entre esses produtos segun-do o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da ESALQ/USP, órgão que acompanha diariamente os preços das principais commodities agropecuárias no mercado interno. Em 2010, houve duas fases dis-tintas. Uma fase no primeiro semestre, em que os preços internacionais, apesar de estarem acima da média histórica, continuaram relativamente pressiona-dos e, consequentemente, no mercado interno também com preços conside-rados baixos, principalmente para o milho. No segundo semestre, os preços melhoraram com tendências altistas. Para o especialista em com-modities da Cerealpar Corretora de Cereais Ltda., Steve Cachia, alguns fa-tores favoreceram essa situação. “Na verdade, a mudança foi causada por fatores climáticos este ano. Estávamos em uma situação incerta, apesar da demanda aquecida oriunda do mercado internacional, mas, em função da crise econômica, vimos especuladores e fun-dos de investimentos meio retraídos com expectativa da safra americana relativamente grande, e o pessoal não quis arriscar demais”, analisa.

“Quando chegou julho, começou a seca na Euro-pa, o que acabou mudan-do o panorama do merca-do. A demanda continuava

forte, mas tínhamos um cenário diferente, em que a oferta não era tão gran-de quanto o esperado.”

Na comparação com anos ante-riores, Cachia lembra que as diferenças são gritantes. “Mas temos de lembrar que ninguém consegue comercializar tudo o que produz de uma vez. Quando começou a alta do preço, boa parte do mercado já havia negociado sua safra, mas na média o ano, para os produtores, foi melhor que o ano anterior”, acredita. As perspectivas para 2011, segundo o analista, seguem otimistas: “Isso porque ainda existem incertezas climáticas na América do Sul, por conta

do fenômeno La Niña, principalmente na Argentina, que está deixando várias áreas com risco de estresse na lavoura, risco de quebra”, lembra.

“E também por causa da demanda forte e agres-siva, principalmente na

China. Esses dois fatores, aliados ao fato de que o pior momento da cri-se econômica já passou, talvez possam estimular fundos e especuladores a serem mais atuantes no mercado, e isso seria um

fator de alta”.

Para Cachia, a realidade atual do mercado não permite afirmar que uma commodity possa se destacar du-rante o ano. “Na minha visão, o mer-cado está todo interligado, não tendo como destacar uma commodity ape-nas. Um puxa o outro, e isso também aconteceu em 2010, quando a soja não devia ter subido, mas subiu porque o trigo teve quebra na Europa e acabou puxando o milho e a soja. Depois veio a vez do milho de liderar a alta das com-modities, porque a safra americana ficou muito abaixo do esperado, e ele puxou novamente trigo e soja”. Para Cachia, a soja pode-rá iniciar esse ciclo de aumentos das commodities em 2011, principalmente devido à alta demanda da China pelo

produto. “Agora pode ser a vez da soja, não sei ao certo o que vai acontecer, mas ela talvez lidere a alta das commo-dities este ano”, afirmou.

“Sabemos que a deman-da da China é agressiva, as incertezas na safra da América do Sul e a forte demanda para óleos ve-getais estão deixando os

estoques muito apertados. Quem sabe não é a hora

da soja de liderar a alta de preços dos grãos?”.

Para o especialista, a expec-tativa é de que nos primeiros meses de 2011 ainda tenhamos preços eleva-dos. “No segundo semestre, o panora-ma pode mudar, porque sabemos que o mercado agrícola responde muito rá-pido à alta de preços. Quando o preço sobe, todo mundo planta o produto mais rentável, e, se não tivermos problemas climáticos nos EUA no ano que vem, te-remos oferta abundante - o que geraria pressão sobre os preços”, diz Cachia. Lucílio Alves, pesquisador do CE-PEA, diz que há três anos o setor de com-modities vivia momentos ruins, com pou-ca rentabilidade. A primeira reação dos produtores foi o uso de menos tecnologia na produção ou a transferência para ou-tras culturas, mais rentáveis. O resultado foi uma oferta menor, acentuada ainda mais pela ocorrência de problemas cli-máticos em várias regiões produtoras.

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17InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

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Trabalhando

com genética de

gado leiteiro a

mais de 20 anos

Júlio César [email protected] | Informações: 34 9927-3003

HOLANDÊS | GIROLANDO | GIR

BARBIE

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18 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

NO

TAS

Consultoria AgrícolaFinanciamento

Cada vez mais o produtor rural necessita de um planejamento na tomada de decisões. Atual-mente, a procura por crédito é

comum para que o produtor adquira os recursos necessários para a construção da infraestrtura adequada para o plan-tio, como o custeio e investimentos. Por outro lado, os recursos necessitam ser bem planejados, para que não pre-judiquem o produtor e se encaixem em um orçamento limitado. Dessa forma, uma análise detalhada dos custos e do investimento previsto pode fazer com que o produtor escolha melhores op-ções de investimento, muitas vezes não gastando recursos próprios em empre-endimentos nos quais o financiamento se mostra mais vantajoso. Para arrecadar esses recursos,

atualmente, o setor público tem as me-lhores condições de juros, que podem variar de 5,5 a 12% ao ano, e prazos do mercado. No entanto, para isso, o pro-dutor necessita de um maior planeja-mento pelos processos necessitarem de projetos mais elaborados, que muitas vezes podem levar alguns meses para se concretizarem. As linhas de crédito mais utilizadas são oferecidas pelo Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, por intermédio de qual-quer banco comercial, diferenciando-se apenas nas taxas de intermediação, que variam para cada banco. Em relação ao custo-benefício, as linhas ofertadas são muito mais vantajosas, como é possível observar em alguns exemplos na Tabe-la a seguir. O recomendado seria seguir uma estratégia que antecipasse a ne-

Fonte: Programas BNDES 2010-2011

cessidade dos recursos em pelo menos 3 meses, com o objetivo de elaborar um bom projeto e captar recursos da me-lhor opção possível. Como visto, o produtor, atual-mente, possui excelentes possibilida-des no mercado, entre as principais se encontram as linhas públicas de crédi-to. Por outro lado, a visão estratégica e o conhecimento dos procedimentos do mercado se mostram essenciais e uma boa forma de proteção para o produ-tor que sempre está em contato com as melhores oportunidades.

O produtor rural é um em-presário cheio de desafios

para enfrentar.

Análise de MercadoRedson Vieira – Ápis Consultoria

[email protected]

Perspectivas para a safra brasileira 2010/2011

Rodrigo Brandão - Ápis Consultoria [email protected]

Boi

No mercado de boi, as pers-pectivas para o ano de 2011 são bas-tante favoráveis, visto que a demanda global por carne está se estabilizando após 3 anos de queda devido à crise econômica, enquanto que, na outra ponta, a oferta se mantém apertada para o próximo ano. Para a demanda externa, ou seja, o comércio global, a expectativa é, de acordo com o Departamento de Agri-cultura dos Estados Unidos (USDA), de crescimento de mais de 2% no próximo ano em razão do crescimento do consumo

dos importadores tradicionais e emergen-tes. Para a demanda interna, mantém-se a previsão de continuação do crescimento em razão do aumento do consumo per ca-pita de carne, fruto do avanço econômico por que passa o país atualmente. Outra razão que explica os bons ventos favoráveis esperados para a pecuária no próximo ano é a oferta. Esta se mantém retraída devido à que-da da produção em importantes países, como EUA, Canadá e Austrália, e na União Européia em razão dos aumentos dos custos de produção. Com este ce-nário, o Brasil torna-se cada vez mais importante como ofertante no merca-

do de carnes, proporcionando aos pro-dutores brasileiros boas perspectivas para o próximo ano.

Grãos

De acordo com a CONAB, a produção de grãos poderá atingir o vo-lume de 149,09 milhões de toneladas, inferior em 0,1% ou 117,6 mil toneladas à obtida em 2009/10. A soja lidera o ranking da produção nacional de grãos, com participação de cerca de 46%. Nas tabelas abaixo, vemos os indicadores para as safras de soja e milho.

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19InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Milho

De acordo com dados levanta-dos pela CONAB, projeta-se uma queda acentuada na produção de milho para a próxima safra, 2010/2011, de 6,09%, e a expectativa para a área total (pri-meira e segunda safras), cultivada com milho em todo o Brasil, deve oscilar em torno de 12.683,1 hectares, com varia-ção próxima de 2,2% menor que a área semeada na safra passada. Uma das ra-zões para a queda da produção, aponta-da pela CONAB, é a irregularidade das chuvas, que não está favorecendo o de-senvolvimento da cultura. Em relação à demanda, esta continua aquecida, prin-cipalmente em razão da conjuntura ex-terna, que espera que o Brasil exporte em torno de 10 milhões de toneladas em 2010, e da demanda interna, em razão dos leilões realizados pelo governo.

Soja

A projeção da produção de soja, realizada pela CONAB, teve uma ligeira queda em relação à safra passada, devido, principalmente, a problemas climáticos como a presença do fenômeno La Niña no país, que provocou atrasos no plantio e chuvas abaixo do normal em importantes regiões produtoras. O valor da safra 2010/11 poderá atingir, em toneladas, 68.551, o que representará uma variação negativa de apenas 0,2% em relação à safra anterior. Em relação aos preços praticados, estes seguem uma trajetória de alta, sustentados pelo aumento da demanda externa da China. Diante deste cenário de elevação dos preços da soja, a safra 2010/2011 vem atingindo recordes seguidos de comercialização antecipada. De acordo com a CO-NAB, até 03/12, foram comercializados cerca de 33% da produção nacional, frente aos 18% de igual período do ano anterior.

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20 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

NO

TAS

Mercado Futuro Rodrigo Brandão – Ápis Consultoria

[email protected]

Atualmente, o produtor rural possui no mercado futuro um exce-lente meio para se proteger. Porém, esse mercado ainda é desconhecido para muitos ou proporciona um número grande de dúvidas e medos. O principal objetivo dessa coluna é informar e des-mistificar o mercado, levantando pontos fundamentais para seu entendimento. Dados do último mês de no-vembro mostram que o mercado de contratos futuros está crescendo a cada dia no país. Muito disso se dá devido à oportunidade dada aos produtores de realizar a proteção de suas produções, cobrindo pelo menos seu custo de pro-dução. Em novembro de 2010, de acor-do com a BM&FBovespa, responsável por intermediar e cuidar desse merca-do, foram negociados 283.242 contratos futuros de commodities, crescimento de 70,6% em relação ao mesmo perío-do do ano anterior e queda de 2,2 se comparado a out/10. Este é o 2º maior volume registrado no ano. Em relação ao volume financeiro, este atingiu R$ 9,8 bilhões, crescimento de 7,7% em relação a out./10 e alta de 148% sobre nov./09, se tornando o 2° maior volume da historia, atrás apenas de jun./08, com R$ 9,9 bilhões. Esses dados só com-provam como esse mercado cresce e tem um enorme potencial a se explorar.

Mas como o mercado funcio-na na verdade?

Os contratos futuros são acor-dos de compra/venda de um ativo para uma data futura a um preço estabe-lecido entre as partes na negociação. Estes são padronizados em relação à quantidade e qualidade do ativo, for-mas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros, e têm negocia-ção apenas em bolsa. Derivam de um produto físico e pode, ou não, haver entrega física. São negociados da Bol-sa de Mercado futuros: ÍNDICE, DÓLAR, BOI GORDO CAFÉ, MILHO e SOJA. Des-sa forma, as commodities representam um grande volume dentro do mercado futuro, principalmente devido a sua importância econômica no país.

Como o produtor pode participar? Para participar, o produtor precisa utilizar uma corretora autoriza-da a negociar esses tipos de contratos. O valor necessário para participar varia de acordo com o produto que se deseja negociar. Esse valor é chamado de mar-gem de garantia, uma quantia em di-nheiro ou em garantias que é deposita-da pelo cliente para garantir a posição em aberto que possui. A Margem de Ga-rantia é solicitada pela câmara de com-pensação para cobrir os compromissos assumidos pelos participantes no mer-cado futuro. Outro procedimento é o Ajuste Diário da posição referente ao fechamento do pregão. Por meio desse mecanismo, tanto a conta do compra-dor quanto a do vendedor do contrato serão ajustadas diariamente (creditada ou debitada), de acordo com a variação do preço futuro negociado.

Para exemplificar, pode-se ob-servar o contrato de boi gordo. Cada contrato de boi é composto por 330 ar-robas. O preço que aparece na BM&F, no Home Broker ou em outros softwares é de uma arroba. Então, como exemplo, se o preço estiver em R$ 81,00, o valor financeiro de 1 contrato será este: R$ 81,00 X 330 = R$ 26.730,00. Porém, por se tratar de um contrato futuro, não pre-cisa ter todo esse valor em conta para comprar ou entrar vendido em 1 contra-to. É necessário apenas um valor de mar-gem de garantia, que pode ser dinheiro em conta, ações, CDB, títulos públicos, etc. A margem de garantia do contrato futuro de boi gordo está informada logo abaixo. Assim, o produtor necessita de R$ 2300,00 para ingressar no mercado. Para o milho e a soja, o racio-cínio é o mesmo, apenas com a altera-ção dos valores da margem de garan-tia, como mostram as tabelas a seguir.

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Qual é vantagem do produtor? A grande vantagem, que preci-sa ser sempre lembrada, é a garantia do mercado físico. Após as negociações, o produtor garante numa data futura a venda de seu produto a um preço X. Quando esta data chega, se o preço no mercado futuro estiver maior que no físico, o produtor fez um gran-de negócio, porém, se estiver menor, a perda de valor ocorrida no mercado

futuro será suprida pelo mer-cado físico. No decorrer desta co-luna, daremos detalhes sobre todos os procedimentos per-tencentes ao mercado futuro, com exemplificações, gráficos e tabelas que facilitem, da melhor forma, o entendimen-to de todas as oportunidades que o mercado pode oferecer ao produtor.

Preços decepcionam no Mercotexel

Mesmo num momento positivo para a carne ovina no país e com a presença de investi-dores gaúchos, paranaenses

e catarinenses, o leilão do 13º Mer-cotexel, em Santana do Livramento, vendeu só 25 ovinos por R$ 79,48 mil. O resultado frustrou a expectativa de faturamento de R$ 200 mil. Em 2010, a comercialização foi de R$ 120 mil. O criador David Martins ficou surpre-so. “Curiosamente, neste momento de valorização, os preços ficaram muito abaixo do que esperávamos. Quem ad-quiriu os animais, de alto padrão gené-tico, fez negócios excepcionais”. Na avaliação do leiloeiro Edu-ardo Knorr, houve descompasso entre o valor pretendido pelos vendedores e o que o mercado estava disposto a pagar.

“O setor atravessa um mo-mento positivo, mas, no geral, é preciso cuidado

para que não haja uma su-perexpectativa em relação

a preços”.

O animal mais valorizado do Mercotexel foi um Borrego PO, geração 2009, da Cabanha Surgida, de Rio Par-do, adquirido por Rogério Pereira, de Alegrete, por R$ 8 mil. As médias foram as seguintes: fêmeas PO R$ 2.979,46, machos PO R$ 4.868,57, machos RGB R$ 1.440,00 e machos SO R$ 1.266,67. O Mercotexel integra a 33ª Ex-posição de Ovinos de Verão de Santana

do Livramento, que encerrou em 02 de fevereiro, no Parque de Exposições Augusto Pereira de Carvalho. O fatura-mento acumulado chega a R$ 499,57 mil em cinco leilões.

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SENAR-MG atendeu 135 mil produtores e trabalhadores rurais em 2010

O objetivo é capacitar 120 mil pessoas este ano.

O Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (SENAR-MG), responsável pela capacitação profissional de produtores,

trabalhadores rurais e familiares, fe-chou 2010 com a realização recorde de 7,1 mil eventos, atendendo cerca de 135 mil pessoas. O número de cursos cresceu 5,6% em relação a 2009. Os cursos de Formação Pro-fissional Rural mais realizados foram Aplicação de Agrotóxico, Operação e Manutenção de Tratores, Bovinocultura de Leite, Inseminação Artificial e Ope-ração e Manutenção de Roçadoras. Na Promoção Social, os destaques foram Pintura em Tecido, Artesanato de Teci-do, Produção Artesanal de Alimentos, Saúde Bucal e Saúde Reprodutiva. Para estimular a adoção de técnicas modernas de gestão, o SE-NAR realizou 21 programas de Gestão com Qualidade em Campo, direciona-dos a 393 proprietários rurais e ge-rentes; três programas Gestão com Qualidade no Sindicato, com a pre-sença de 30 dirigentes e funcionários de Sindicatos dos Produtores Rurais; e cinco edições do Programa de Forma-ção de Novas Lideranças Rurais, com a participação de 156 pessoas.

Em Uberlândia, foi realizada a entrega dos certificados para a primei-ra turma de formandos do Programa de Formação por Competência em Bovino-cultura de Leite. O curso pioneiro, com carga horária de 664 horas, foi desen-volvido pelo SENAR em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Uberlân-dia Ltda. (CALU). O mesmo programa também está em andamento para duas turmas de alunos do Ensino Médio da Fundação Rogê, em Delfim Moreira, no Sul do Estado. Já no Programa Cana Limpa, 1,082 mil cortadores de cana de açúcar participaram de seminários contendo informações sobre saúde e segurança no trabalho. Outros 2,675 mil trabalha-dores participaram de cursos de trato-rista, plantio de cana, colheitadeira e aplicação de agrotóxico, entre outros. Dirigido aos alunos e profes-sores da rede pública de Ensino Fun-damental, o Programa completou dez anos e trouxe como tema a Integração Campo-Cidade. Presente em 830 mu-nicípios, o Semeando levou a educa-ção ambiental a 153 mil professores e 2,897 milhões de alunos. O SENAR MINAS realizou ain-da quatro programas Cidadão Rural

– um mutirão com serviços de cida-dania, saúde e lazer – com a par-ticipação de 3,580 mil pessoas; 14 Encontros de Jovens e Mulheres Ru-rais, reunindo 2,850 mil participan-tes e 31 campanhas de Saúde Bucal, atendendo 13,2 mil pessoas. Metas para 2011 – O objetivo é capacitar 120 mil pessoas. De acordo com o superintendente do SENAR MI-NAS, Antônio do Carmo Neves, uma das metas, além de fortalecer os progra-mas já existentes, é implantar a Edu-cação a Distância. “Vamos desenvolver o projeto no primeiro semestre e ofe-recê-lo à população rural no segundo”. Ele destacou também a reali-zação do II Encontro das Entidades Co-operadas, dando continuidade ao tra-balho iniciado em 2010.

“Faremos Oficinas Regio-nais de Planejamento e

vamos discutir junto com nossos parceiros as priori-dades de treinamentos e programas que devemos realizar em 2012”, informou.

Serão realizadas dez oficinas – uma por regional do SENAR MINAS – a partir da segunda quinzena de fevereiro.

TIRALEITE Sulinox

O curso foi organizado pelo Centro de Treinamen to TIRA-LEITE Sulinox e teve a parti-cipação de 25 pessoas, entre

produtores rurais e funcionários que foram em busca de informações sobre as atividades leiteiras e o uso correto de equipamentos como a ordenhadeira mecânica. O curso de capacitação foi realizado das 8 às 17 horas. Na primeira parte, os participantes receberam in-formações teóricas com destaque para a questão sanitária, mostrando que

TIRALEITE Sulinox realiza curso de treinamento para melhoria de mão de obra Melhorar a qualidade do leite é meta da empresa

uma boa qualidade de leite começa na forma correta de manejo da ordenha. A questão sanitária foi abor-dada pelo veterinário Calmon José Antônio de Souza. Os participantes conheceram modelos de equipamen-tos de ordenha e inteiraram-se sobre a mastite, suas definições, diagnóstico, tratamento e controle; manutenção preventiva e higienização do equipa-mento; rotina de ordenha; preservação ambiental e segurança no trabalho. De acordo com o organizador do evento,

Paulo Garcia, mais uma vez, o curso correspondeu à expectativa e o grau de interesse dos participantes ficou acima da média.

“Nosso objetivo é, acima de tudo, qualificar a mão de obra. Se o funcionário estiver bem preparado, o produto final, que é o lei-te, sairá das fazendas com alta qualidade”, disse Paulo.

Quer produzir leite com qualidade?Centro de Treinamento TIRALEITE SulinoxCurso completo de ordenha mecânica.

Inscreva-se 34. 3238-4135 34. 9996-5298

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Quer produzir leite com qualidade?Centro de Treinamento TIRALEITE SulinoxCurso completo de ordenha mecânica.

Inscreva-se 34. 3238-4135 34. 9996-5298

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Alta recebe visitantes da Agropecuária Conquista A Central de Produção e Tecno-logia de Sêmen da alta recebeu nesta manhã a visita do gerente geral da Agro-pecuária e Comercial Conquista, Murilo Vilela e do gerente Vanderlei Pereira, da fazenda localizada em Itirapina, SP. A fazenda Itirapina, tem hoje um plantel de cerca de 450 matrizes para a produção de tourinhos Nelore Mocho PO e busca o aumento desse número para atender a demanda cres-cente por tourinhos mochos. A meta é, em curto prazo, aumentar o rebanho e estabilizar o rebanho em 700 fêmeas. O grupo é criador e proprietá-rio dos raçadores Crífor da Conquista, Grande Campeão Nacional em 2004, com sêmen disponível na Alta, e Instax Conquista, Grande Campeão da Expoi-nel 2009, e em coleta na Alta. O grupo confina cerca de 10.000 cabeças de gado anualmente, com produtos adquiridos no mercado por um peso aproximado de 290Kg e conduzidos a recria na fazenda Ava-nhandava, localizada no estado de São Paulo. São propriedades aptas para ex-portar para a Comunidade Européia, permitindo agregar até 5% ao valor de comercialização da arroba junto aos frigoríficos. Para Vilela, este resultado

reflete a mentalidade progressista do grupo “são boas parcerias estabeleci-das em vários segmentos, tais como sanidade animal, orientação técnica e genética de ponta, como a oferecida pela Alta”, revela.

Conheça mais sobre a fazenda Conquista acessando o site:

www.conquista.com.br

Crifor da Conquista

Instax da Conquista

Altagrátis - Lançamento Alta para 2011

O touro 11HO9799 AltaGRA-TIS (Shottle x Best) tem incriveis 2394 de LPI, e ainda é um AltaPROTEINA. A partir do programa Advantage Cana-dense®, AltaGRATIS surge como o filho número 1 de Shottle no Canadá, pois é o melhor posicionado entre os Top 10 em LPI, sendo o 9º colocado. Originado de Juror Faith, uma família de vacas testadas e reconheci-das por produzir indivíduos notáveis, AltaGRATIS promete ser o que já vinha sendo previsto: Alta Produção de Lei-te(1.187 kg de leite, 133 kg G+P, 0,34% G, 0,15% P) e interessantes caracterisi-ticas para tipo (+10 Conf., +10 Textura de Úbere, +11 Profundidade). Aliando a tambem impressio-nantes avaliações para Saúde, incluin-do Vida Produtiva (106), Velocidade de Ordenha (106) e Temperamento na Or-denha (109), completam um perfil bem

original. Alta Gratis impressiona ainda mais pois é o único touro no Canada acima de:

10 Conformação 0,10 para %G e %P 1.000 kg de leite

Como touro destaque do pro-grama AltaADVANTAGE no Canada afir-mamos que seus padrões de acasala-mento trazem animais balanceados e muito concistentes. Suas filhas tambem apresentam úberes com textura dese-jável, ligamentos exepcionais e tetos com colocações ideais. AltaGratis é um touro que faz muitas coisas bem feitas, e ainda te-mos a certeza que ele não será apenas o favorito dos nossos consultores Alta-ADVANTAGE, mas sim o favorito de nos-sos clientes. Apesar de AltaGRATIS ter apre-

sentado sua primeira prova agora no inicio de Dezembro, antes disso já ti-nhamos em andamento o processo de importação do semen deste touro. Por-tanto teremos disponibilidade prevista para segunda quinzena de Janeiro.

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Habilidade Maternal é avaliação genética mais valorizada Em dezembro lançamos a per-gunta: “Qual informação de avaliação genética você mais valoriza?”. Durante a votação, 217 pessoas opinaram e 40% elegeram Habilidade Maternal como característica principal na seleção de bovinos de corte. Conheça mais sobre esse tema:

Habilidade Maternal

Habilidade maternal à São to-dos os efeitos ambientais e genéticos determinados através da mãe duran-te os períodos de gestação e de ama-mentação e define as qualidades de uma fêmea tida como boa criadeira. Comprovamos essa influência median-te a observação da capacidade leiteira da mãe, ou ainda o temperamento da fêmea no apego à cria e consequen-temente ao seu produto. Essa carac-terística é herdável em 30-40%, o que constitui uma vantagem muito grande do melhoramento da espécie. Uma vaca com boa habilidade maternal começa por lamber e secar a cria logo após o nascimento, para

livrá-la dos fluidos fetais e assiste--a com cuidado até que fique de pé e possam mamar regularmente. Protege--a também das intempéries e contra os predadores. Essa habilidade pode ser estimada mediante a verificação das perdas, que ocorrem durante a fase de aleitamento ou ainda, segundo o peso alcançado pelos bezerros por ocasião da desmama. O principal componente da Ha-bilidade Maternal é, fora de dúvida, a

produção leiteira da vaca. Essa influência chega a 70% da variância do peso à des-mama dos bezerros das raças de corte. Com certeza o segredo de ter-mos um produto mais pesado em um menor espaço de tempo deve-se a essa característica. Resultado da importância da seleção para habilidade maternal é cenário dos sumários das raças de corte. Confira os 10 touros com me-lhor avaliação em Habilidade Maternal com sêmen disponível na Alta:

Alta comercializa 10 milhões de doses de Sêmen em 2010 A Alta Genetics anunciou nesta quarta-feira, 29 de dezembro, que as vendas mundiais de sêmen da empresa ultrapassaram em 2010 a marca das 10 milhões de doses. O resultado foi divul-gado pelo presidente internacional da Alta, Cees Hartmans, em comunicado enviado a todos os funcionários da em-presa no mundo. Para ele, o resultado deste sucesso é uma mistura da qualida-de genética dos reprodutores da empre-sa, aliada ao desempenho profissional do time que integra a empresa, “Eu só posso

Mr. Querença 3000 Mr. Querença 3.000 foi eleito o Grande Campeão da Expozebu 2.008, se tornando o melhor Macho Adulto do Ranking 2008/2009. Possui carcaça extraordinária, linha de dorso lombo comprida e larga, com costelas muito arqueadas e profundas. É um animal muito bem caracterizado, de umbigo curto e bem posicionado. Sua ossatura é forte e o posterior bastante volumo-so, com garupa comprida e larga, além de carne descendo até o jarrete.

me curvar e aplaudir toda a empresa por mais essa conquista. Vejo tambem que cada vez mais clientes desejam fazer ne-gócios com a Alta, na verdade temos um puro reflexo do sucesso, da realização e do respeito pelas pessoas da Alta”, co-mentou Hartmans na nota divulgada. Com centrais na Holanda, Chi-na, Argentina, Estados Unidos, Canadá e Brasil, a Alta exporta sêmen para mais de 70 países em todo o mundo. A marca das 10 milhões de doses reflete um crescimento no mercado mundial

que consolida o trabalho da empresa. Para Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta Brasil, o su-cesso não é surpresa “Ter atingido essa marca era uma conquista que não tar-daria em acontecer. É fruto do traba-lho e da dedicação de nossas equipes no campo, nos laboratórios e nos es-critórios, que concluem uma cadeia de atendimento de qualidade, e uma car-teira de clientes super especiais, que sabe valorizar o melhor produto aliado ao melhor atendimento”, avalia.

Mr. Querença 3.000 é filho do extraordinário JDH Mr. Elliott Manso com a grande Miss Diamond A 69/9 (JDH Mr. Union M. 455-3). Com estas caracterís-ticas, não faltam motivos para utilizar Mr. Querença 3.000 em seu rebanho. Conheça o perfil de Mr. Querença 3000 clicando aqui! Veja abaixo a foto de Miss Diamond A 69/9:

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Medidas para contenção de plantas daninhas na sojaEmbrapa Agropecuária Oeste oferece medidas para o monitoramento

Inibir o acesso das plantas daninhas à luz e, consequentemente, o seu desenvolvimento. Essa deve ser a principal medida para evitar a

infestação de invasoras na cultura da soja. Para isso, a Embrapa Agropecuá-ria Oeste oferece medidas para o mo-nitoramento contínuo das plantações, começando pela semeadura em lavoura limpa. O pesquisador Germani Concen-ço alerta o produtor para o chamado Período Crítico de Competição, entre 20 e 50 dias após a emergência da soja, quando as plantas daninhas causam maior impacto sobre a plantação. O controle químico, contu-do, é realizado conforme necessário na dessecação pré-plantio, enquanto o pós-emergência é feito no estádio V3, dependendo do nível de desen-volvimento das invasoras. Porém, quanto mais velhas, menos suscetí-veis aos herbicidas. Por isso o ideal é controlar cedo — explica Germani. Clima, a época de semeadura, as es-pécies e a densidade das invasoras presentes são fatores que devem ser levados em consideração para a ado-ção de providências. Variando de uma região para outra, entre as espécies daninhas mais tolerantes ao herbicida Glifosato estão Trapoeraba, Capim amargoso, Falso Rhodes e Corda de viola. A Buva é ou-tra que preocupa os agricultores com a infestação das lavouras de soja e in-cidência significativa no sul do país e grande probabilidade no Mato Grosso

do Sul. As sementes da Buva são carre-gadas pelo vento, que provoca a disse-minação a grandes distâncias. A falta de rotação de culturas e de cobertura do solo na entressafra está entre os grandes responsáveis pela propagação da espécie daninha. Segun-do o pesquisador da EMBRAPA, em áre-as de soja transgênica com presença de Buva resistente, o remédio é a mistura de herbicidas, verificando o estado de conservação dos pulverizadores, a re-gulagem adequada e o cálculo correto das doses das substâncias e as condi-ções climáticas adequadas de aplica-

ção. O ideal é fazer a pulverização em períodos com temperaturas mais ame-nas e umidade mais alta, ou seja, no início da manhã e fim da tarde. Porém, o produtor de soja deve conjugar as ações de controle, mantendo a área coberta na entres-safra para evitar o surgimento e a produção de sementes de invasoras, utilizar rotação de culturas e de her-bicidas com diferentes mecanismos de ação, proporcionar o rápido fe-chamento do dossel da cultura após a emergência e utilização da integra-ção lavoura-pecuária.

PRONAF dispõe de R$ 220 mi para agricultores familiares do Tocantins

Os juros variam de 0,5 % a 4,5%, dependendo do tipo de empréstimo

O Programa Nacional de For-talecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) disponibi-lizou para a safra 2010-2011

R$ 220 milhões de reais para os agricul-tores familiares do Tocantins. O mon-tante é para ser utilizado em linhas de crédito de investimentos, custeios e comercialização. Na safra 2009-2010, foram aplicados R$ 141 milhões, bene-ficiando 9,4 mil projetos agrícolas. Até o último mês, as agências financiadoras já tinham aplicado em linhas de crédi-to cerca de R$ 92 milhões.

PRONAF é um programa do Go-verno Federal. Foi criado em 1995, em parceria com o governo Estadual, com o intuito de atender de forma diferen-ciada os mini e pequenos produtores rurais que desenvolvem suas atividades no campo. Tem como objetivo o fortale-cimento das atividades desenvolvidas pelo produtor familiar, de forma a integrá-lo à cadeia de agronegócios, proporcionando-lhe aumento de renda e qualidade de vida, agregando valor ao produto e à propriedade.

A safra anual iniciou em julho do ano passado e encerra em junho de 2011. Atualmente, existem linhas de crédito em diversas atividades do cam-po voltadas para os PRONAFs A, A/C, B, Jovem, Agroindústria, Florestal, mu-lher, entre outros tipos de créditos. Os agricultores podem financiar de R$ 1 mil até R$ 130 mil, de acordo com os projetos de cada agricultor.

Os juros variam de 0,5 % a 4,5%, dependendo do tipo de

empréstimo. O prazo de paga-mento é de 1 a 12 anos.

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Terminal Intermodal de Pirapora/MG facilita exportações de milho

O noroeste de Minas Gerais é uma das principais regiões produtoras de grãos do Estado

Minas Gerais exportou 122 mil toneladas de milho em 2010 por meio do Terminal Intermodal de Pirapora, no

norte do Estado. O volume correspon-de a 25% de todo o milho exportado pelo Estado nos 11 primeiros meses do ano. O terminal de Pirapora foi inau-gurado em 2009 pela Vale/Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e faz parte do programa Pró-Noroeste, desenvolvido em parceria com o Governo de Minas, Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (FAE-MG) e Banco do Brasil. O Pró-Noroeste tem por obje-tivo promover o crescimento agrícola sustentável da região. A produção de grãos a ser exportada é levada para o terminal e, de lá, segue por ferrovia até o porto de Vitória, no Espírito Santo. Para facilitar o acesso entre os municí-pios produtores do noroeste do Estado e o terminal da região norte, o Gover-no de Minas está pavimentando várias rodovias da região. Cerca de 600 quilô-metros de estradas já foram asfaltados recentemente pelo Governo do Estado.

“A exportação de mi-lho via terminal de Pirapo-ra começou em 2010. Até então, os carregamentos

que seguiam para o litoral eram de soja. O terminal poderá ainda ser utiliza-do para outros produtos, inclusive etanol”, explica o su-perintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), João Ricardo Albanez.

Além da ligação ferroviária até o litoral, o terminal conta com galpões e silos para armazenamento de 18 mil toneladas. O investimento da Vale/FCA nesse corredor logístico para exporta-ção de produtos agrícolas foi de R$ 300 milhões. Em 2009, foram transportadas 250 mil toneladas de grãos pelo corre-dor logístico, mas a capacidade é dez vezes maior. O noroeste de Minas Gerais é

uma das principais regiões produtoras de soja, milho e feijão do Estado. Mas as lavouras de grãos só ocupam 15% da área total da região. Estudos indicam que ainda há cerca de 2,5 milhões de hectares disponíveis para plantio. O potencial da região para a produção de grãos e os investimentos para o escoamento da produção estão despertando o interesse de diversos produtores. Desde maio de 2010, qua-tro caravanas de produtores de Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná já visitaram o noroeste de Minas e o terminal de Pirapora para avaliar as condições de produção e exportação do local.

“Primeiro fomos aos outros Estados para divul-gar a região noroeste de Minas e o terminal de Pi-

rapora. Os produtores que vieram conhecer a nossa estrutura e as condições de produção em Minas

Gerais ficaram com ótima impressão. Muitos estão analisando a possibilida-de de investir no plantio

de soja no Estado”, explica o analista de mercado da Vale, William

de Almeida. As exportações totais de milho por Mi-nas Gerais nos primeiros 11 meses de 2010 foram de 475 mil toneladas. Um crescimento de quase 2.000% em rela-ção ao mesmo período do ano passado. As receitas com as vendas ex-ternas do grão também tiveram um crescimento significativo. De janeiro a novembro, o faturamento chegou a US$ 95,7 milhões. Um aumento de 1.600% em relação ao mesmo período de 2009.

“A quebra de safra de cereais na Rússia, gran-de produtor mundial, fez com que crescesse a de-

manda por milho para ali-mentação animal no mer-cado europeu. Além disso,

o aumento do uso do etanol feito de milho para combustível nos Estados Unidos abriu novos mer-cados para países como o

Brasil”, comenta Albanez.

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Os desafios do agronegócio brasileiro

Atual realidade brasileira é de uma economia aberta Fonte: Redação Avicultura Industrial

Para Fernando Homem de Melo ainda é cedo para saber o que muda na política agrícola brasi-leira no governo de Dilma Rous-

seff. O professor titular do Departamen-to de Economia da Universidade de São Paulo (FEA/USP) considera essencial, no entanto, a continuidade de algumas ini-ciativas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “O Pronaf é hoje um programa muito importante para o agronegócio brasileiro”, afirma. Segundo Homem de Melo, a atual realidade brasileira é de uma economia aberta, em que os preços in-ternacionais, a taxa de câmbio, juros, financiamento, custos de produção são muito mais importantes ao funciona-mento do agronegócio do que jamais foram. “E a nova política agrícola vai ter que levar isso em conta”, adverte. Para o professor da USP, o principal desafio do novo governo no campo será elevar a competitividade do agronegócio brasileiro, assegurando

AI - Os preços dos grãos no mer-cado internacional apresenta-ram expressivas altas a partir do segundo semestre de 2010 e se mantêm em patamares elevados. Em contrapartida, nesse período, houve grande valorização da mo-eda brasileira em relação ao dó-lar. Com essa relação como ficou a rentabilidade do produtor?

Homem de Melo - A melhoria dos pre-ços internacionais ocorreu a partir de junho, mas se acentuou após agosto. Isso está sendo repassado aos produto-res, repasse esse algo prejudicado pela continuada apreciação do real. Tudo começou com o trigo em julho deste ano, com as quebras de produção no leste europeu seguido por restrições às exportações desse cereal em alguns países. Através do efeito-substituição subiram os preços do milho e, em me-nor grau, do arroz. Entre junho e ou-tubro os aumentos em dólares do trigo e do milho na Bolsa de Chicago foram, respectivamente, de 52,7% e 57,4%. Nesse mesmo período o nosso índice total de preços internacionais - café, suco de laranja, algodão, açú-car, soja, trigo e milho - subiu 36,9%.

Já a apreciação de nossa moeda nes-se intervalo foi de 6,8%. Dois pontos merecem ser destacados: primeiro, os aumentos dos preços em dólares se estenderam para outros produtos de nossa pauta exportadora; segundo, a apreciação cambial de junho para cá foi compensada - e em muito - pela melhoria dos preços internacionais.

AI - O aumento dos preços dos grãos no mercado internacional vai influenciar a safra brasileira?

Homem de Melo - É difícil dizer se essa melhoria dos mercados agrícolas ainda terá influencia positiva nos diversos plantios no Brasil. Acho que essa va-lorização chegou um pouco tarde para influenciar a safra 2010/2011. Além das dificuldades das mudanças de planos, como por exemplo, na compra de insu-mos, existe o problema da irregularida-de das chuvas e os atrasos nos plantios. Seja como for, as entregas de fertili-zantes em setembro foram 14,4% maio-res na comparação com setembro de 2009 (4,4% a mais no ano). As significa-tivas altas nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, certamente, melhoram as perspectivas

para a safra 2010/2011.

AI - O relatório anual Perspecti-vas Agrícolas 2010-2019, publica-do pela FAO e OCDE prevê exce-lentes perspectivas futuras para os países emergentes no mercado internacional de produtos agríco-las, sobretudo de grãos e carnes, inclusive com preços maiores. Que avaliação o senhor faz dessas perspectivas?

Homem de Melo - O prognóstico con-tido no relatório elaborado pela FAO e OCDE é absolutamente pertinente. É preciso entender que dois novos fa-tores passaram a afetar o mercado in-ternacional na década passada. O pri-meiro é a nova demanda por grãos e oleaginosas, resultante, quase no mun-do todo, da ênfase na maior utilização de biocombustíveis [etanol e biodie-sel]. Essa nova realidade mudou radi-calmente a demanda mundial por grãos e oleaginosas, sobretudo o milho nos EUA para a fabricação de etanol. Para se ter uma ideia, neste ano foram dire-cionadas 118 milhões de toneladas de milho para etanol nos EUA. Esse mon-tante representa um terço da produção

sua expansão com sustentabilidade am-biental. “As forças da agricultura hoje se chamam “ganhos de produtividade” e ocupação dos cerrados. É isso que a tornará apta a atender as crescentes demandas interna e externa. Eviden-temente, uma taxa de câmbio melhor ajudará”, pondera. Em entrevista à Avicultura In-dustrial, uma das maiores autoridades brasileiras em agricultura e alimenta-

Confira!

ção, Homem de Melo fala sobre as ten-dências do mercado internacional de grãos, avalia o potencial do Brasil para tornar-se um dos grandes jogadores do mercado internacional de produtos agrícolas, elenca os desafios do governo Dilma Rousseff na área do agronegócio e aborda assuntos atuais com a guerra cambial e seus possíveis reflexos na co-tação das commodities agrícolas.

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norte-americana e quase 20% da produ-ção mundial de milho. Portanto, essa é a primeira razão para uma mudança estrutural na demanda no mercado in-ternacional de commodities agrícolas. A segunda razão é que o cres-cimento econômico mundial passou a ser mais dependente do maior cresci-mento econômico dos países emergen-tes, o que alguns analistas chamam de “efeito” China. Os países emergentes estão crescendo vigorosamente, en-quanto nos países ditos desenvolvidos o crescimento econômico está estagna-do. Só que as economias de alta renda já estão bem saciadas no seu consumo de alimentos, particularmente carnes. Nos países emergentes, ao contrário, o aumento da renda das ca-madas mais pobres da população cria margem para o crescimento no con-sumo de alimentos. Esses dois fatores conjugados - aumento na demanda por biocombustíveis e crescimento econô-mico global centrado nos países emer-gentes - alteram de modo estrutural o mercado internacional, através de uma taxa de crescimento maior das respec-tivas demandas internas e das importa-ções de grãos, carnes e outros produtos nesses países.

AI - Há mais algum fator que ve-nha exercendo influência sobre os preços dos grãos no mercado in-ternacional atualmente?

Homem de Melo - Sim, há um fator conjuntural ligado à crise econômica atual. Refiro-me à decisão do Fed [Fe-deral Reserve, banco central dos Esta-dos Unidos], tomada recentemente, de injetar na economia norte-americana US$ 600 bilhões até julho de 2011. Essa medida vai gerar liquidez nos merca-dos e as baixas taxas nominais de juros, provavelmente negativas em termos reais, estão provocando realocação nas aplicações financeiras na direção das commodities. E aqui me refiro a todas elas: minério, petróleo e agrícolas. É isso que vem ocorrendo nos últimos meses. Uma nova onda de elevação nos preços das commodities. Em setembro e outubro últimos o nos-so índice Total de Preços Internacionais de Produtos Agrícolas já passou a supe-rar os elevados níveis do período pré--crise [junho e julho de 2008]. Portanto, acredito que esses três fatores - os dois estruturais e o conjuntural, e aqui é importante frisar que esse último fator é conjuntural, mas pode durar alguns anos - são tremendamente importantes para o Brasil porque a elevação de pre-

ços que estava restrita ao milho, soja, trigo etc. se repassou para todos os pro-dutos, inclusive café, que são cotados em Bolsa e que têm grande liquidez.

AI - O senhor falou na decisão do banco central norte-americano. Estados Unidos e China travam uma guerra cambial particular, mas com impacto em todo o co-mércio internacional. Como o senhor avalia essa disputa e que tipo de impactos ela pode trazer para o comércio mundial de pro-dutos agrícolas.

Homem de Melo - O perigo para o Brasil é a depreciação excessiva do dólar e a consequente valorização de nossa mo-eda. O real já está valorizado - o dólar está hoje na casa de R$ 1,70 -, mas já esteve numa cotação mais baixa, que foi contida pelas medidas do governo que aumentou o IOF para frear a desva-lorização da moeda norte-americana. A dúvida que fica é sobre o quê o próximo governo vai fazer para enfrentar esse problema. A nova presidente já demons-trou preocupação com a questão cam-bial. O Ministério do Desenvolvimento também reconhece a gravidade que a valorização do real representa para o País em termos de desindustrialização. Mas não é só isso. O agronegócio bra-sileiro sofre com essa situação já que a rentabilidade do setor diminui com a apreciação do real. A única vantagem em relação aos produtos manufaturados é que as commodities agrícolas, sejam elas primárias ou processadas, estão conseguindo uma compensação, isto é, maiores preços em dólares. Mas a agri-cultura certamente é um setor que so-fre com o câmbio apreciado. Por outro lado, essa medida do banco central dos EUA pode ser favorável ao Brasil.

AI - Favorável?

Homem de Melo - Dependendo da res-posta dos consumidores norte-ameri-canos pode haver um incremento da demanda interna nos EUA, que hoje encontra-se deprimida. E esse incre-mento na demanda pode levar ao cres-cimento dos Estados Unidos, o que é bom para o Brasil sob o ponto de vista de nossas exportações. O Brasil hoje reclama muito da medida do FED pelo efeito de apreciação que causa em nossa moeda. Mas se a economia norte--americana voltar a crescer vamos ga-nhar um pouco mais de mercado para produtos manufaturados. A recupera-ção da economia norte-americana é

boa para o Brasil e para o mundo.

AI - O que cabe ao Brasil fazer para enfrentar essa guerra cam-bial?

Homem de Melo - O governo Dilma Rous-seff vai ter que intervir, vai ter que ser mais ativista na política cambial. Torço para que o Banco Central comece um processo de diminuição de nossa taxa de juros. Isso vai conter o diferencial de rentabilidade entre juros internos e juros externos. Torço também para que adote outras medidas, inclusive o con-trole de capitais para deter a continu-ada apreciação do real. Isso sem falar na redução da carga de impostos, dos investimentos em infraestrutura que são reformas necessárias para tornar o Brasil mais competitivo.

AI - Em sua opinião o que muda na política agrícola brasileira no governo de Dilma Rousseff?

Homem de Melo - Vamos ter que aguar-dar para saber, ver quem será nomeado ministro da Agricultura, conhecer suas ideias, suas propostas. Mas um ponto importante é a continuidade de certas políticas, como o Pronaf, por exemplo. O Pronaf é hoje um programa muito importante para o agronegócio brasileiro. Em segundo lugar é preci-so estabelecer uma política de preços mínimos mais ativa, particularmente para produtos como feijão, mandioca e outros que não participam do mer-cado internacional. Para produtos que participam do mercado internacional a política agrícola vai ser um pouco menos necessária, porque os preços em dólares estão muito bons, apesar do câmbio apreciado. Aí entram ou-tros instrumentos como contratos de opções, financiamentos e coisas desse tipo, voltados para a agricultura fami-liar, mas que obviamente têm extensão à agricultura empresarial. Um ponto que costumo salien-tar é que com a abertura comercial, iniciada no governo Collor, o regime de câmbio flutuante, a austeridade fiscal e a política monetária, implementadas pelo governo FHC e aperfeiçoada no governo Lula, melhoraram muito a si-tuação da atividade agrícola brasileira. O maior efeito favorável à agricultura da abertura comercial foi a drástica redução das tarifas de im-portação de insumos, principalmente fertilizantes e defensivos, e máquinas

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agrícolas. Para fertilizantes, por exem-plo, as tarifas de importação foram praticamente zeradas. A utilização de fertilizantes passou de 3,3 milhões de toneladas em 1989 para 12,2 milhões em 2008. Então a rentabilidade da agri-cultura está melhorando, os preços estão melhorando, e os custos estão caindo com a apreciação de nossa mo-eda. Então a nova política agrícola vai ter que levar isso em conta. Hoje a re-alidade brasileira é de uma economia aberta em que os preços internacio-nais, a taxa de câmbio, juros, financia-mento, custos de produção são muito mais importantes do que antes.

AI - A política agrícola também tem sido usada pelo governo para manter os alimentos em patama-res adequados no mercado inter-no...

Homem de Melo - Nos últimos dois meses houve grande impacto do item alimentos no IPCA [índice oficial de inflação do País medido pelo IBGE] e, portanto, também na cesta básica do Dieese. Com isso os consumidores, so-bretudos os mais pobres, estão sendo negativamente afetados. Então, além de olhar o lado da produção agrícola, o governo vai ter que olhar também para a questão dos preços dos alimentos aos consumidores. Aí pode entrar uma ou-tra política tributária, promover uma redução ou eliminação de alguns tribu-tos que incidem na comercialização de alimentos, que é muito necessária.

AI - Na opinião do senhor quais se-rão os grandes desafios que o pró-ximo governo terá de enfrentar dentro do setor de agronegócio?

Homem de Melo - É o investimento em pesquisa e em tecnologia. É preciso dar maior ênfase à Embrapa e promover maior interação com o setor privado na área de pesquisa e desenvolvimento tec-nológico. A contribuição da Embrapa para a evolução do agronegócio brasileiro é enorme. É necessário dar condições para que a Embrapa continue desenvolvendo tecnologias que promovam o aumento de produtividade nas mais variadas áreas do agronegócio. Para isso é preciso um orçamento maior. E segundo é promover a interação com o setor privado. Isso vai levar o Brasil certamente a taxas maiores de aumentos de produtividade em com-paração aos nossos países concorrentes

como, por exemplo, os EUA. AI - O senhor considera a política agrária um dos desafios do próxi-mo governo?

Homem de Melo - Essa é uma grande dúvida em relação ao próximo gover-no. Como é que a presidente Dilma vai conduzir a política agrária? A meu ver o presidente Lula foi excessivamente tolerante com o MST e com as invasões de terra. Isso aumentou o risco de in-vestimento na agricultura brasileira. Ninguém vai investir sob o risco de ter sua propriedade invadida. Os compro-missos firmados por ela durante a cam-panha, exigem um fino entendimento entre o ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário para coibir os excessos do MST e diminuir os riscos do investimento na agricultura. Me-diar essa relação é um dos desafios do governo Dilma Rousseff. Espero que o próximo governo faça coisas positivas nessa área, o que não significa dizer que a questão agrária não possa ser bem enfocada, inclusive sob o ponto de vista da reforma agrária.

AI - O crédito rural passou de R$ 20 bilhões em 2002 para pouco mais de R$ 100 bilhões em 2010. É comum se ouvir, no entanto, afirmações de que o crédito rural não chega ao produtor. Por que isto ocorre e o que mudaria se este dinheiro realmente chegasse às mãos do agricultor?

Homem de Melo - Chegar chega. O problema é que esse dinheiro é insufi-ciente. Numa conta fácil de fazer, esse pouco mais de R$ 100 bilhões de crédi-to representa um terço da necessidade em termos de financiar custos de pro-dução. Um terço é o crédito agrícola, um terço são recursos próprios e um terço recursos das empresas privadas, sistema troca-troca, CPLs, principal-mente grãos e exportação. O crédi-to rural cresceu bastante nos últimos anos, especialmente o Pronaf. Espero que continue crescendo, mas o proble-ma é o alcance do crédito rural, porque ele tem definições quantitativas e mo-netárias. O crédito rural é muito mais importante na região Sul, onde predo-minam pequenos e médios produtores, do que no Centro-oeste, onde estão os médios e grandes produtores. Esses limites quantitativos fazem com que os médios e grandes produtores do Centro-oeste procurem

mais as empresas privadas para suas necessidades de custeio. Acho que o dinheiro oficial não vai dar para aten-der 100% das necessidades e acredito que não seja necessário. O agricultor tem que se capitalizar no tempo de va-cas gordas - e o ano que vem vai ser um ano de vacas gordas. Ele tem que se capitalizar, tem que aprender a ser prudente, como não foi no passado, e guardar mais para aumentar esse um terço de dinheiro próprio para financiar sua safra. É preciso também resolver o problema do endividamento. Aproveitar o ano que vem que será bom em ter-mos de renda agrícola, para aumentar a participação do dinheiro próprio no cus-teio e também encaminhar o problema do endividamento que será uma outra questão para o próximo governo.

AI - A boa votação da candidata Marina Silva parece denotar uma maior preocupação da população em geral com a sustentabilida-de ambiental. Quando essa dis-cussão chega ao agronegócio ela desperta paixões. Na avaliação do senhor como o setor do agrone-gócio vem lidando com a questão ambiental? Ele tem feito a sua parte?

Homem de Melo - Todos, em sã cons-ciência, exceto os radicais de lado a lado, prezam pelo crescimento agríco-la com sustentabilidade. A sustentabi-lidade ambiental é uma pré-condição para o desenvolvimento do agrone-gócio. A ocupação dos cerrados é um grande desafio. Primeiro por que são cerca de 50 milhões de hectares dispo-níveis, alguns razoavelmente próximos aos centros de consumo e portos de embarque. A polêmica pavimentação da BR 163, que pode abrir espaço para expansão da agricultura adicional em Mato Grosso, também é. As obras de in-fraestrutura do PAC, as ferrovias, como a construção da ferrovia Norte-Sul e a Ferronorte, são obras que podem beneficiar a expansão agrícola. Mas é preciso tomar cuidado com a questão da sustentabilidade. Então um outro desafio para o governo Dilma, além da questão agrária e do investimento em pesquisa, será equacionar a expansão do agronegócio brasileiro com susten-tabilidade ambiental. O agronegócio brasileiro tem boas perspectivas para os próximos anos. Há espaço para ex-pansão, mas vamos ter que expandir com cuidado ambiental.

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Produção sustentável de Cana de açúcarFernando Rati, Engenheiro Agrônomo, Equipe ReHAgro

O Brasil consolida a posição de maior produtor de cana de açúcar do mundo. Caracte-rísticas climáticas, tecnolo-

gia avançada e solos ideais para o plan-tio fazem com que o Brasil tenha um custo de produção aproximadamente 50% (EMATER, 2009) menor em relação a seus concorrentes, e com seus 6,5 milhões de hectares plantados nos-so país é também o maior exportador de açúcar e álcool do mundo. Devido à preocupação com o meio ambiente, a cana de açúcar ganhou ainda mais força nos últimos anos, principalmen-te por ser uma alternativa de energia renovável, limpa e não poluente. Além disso, a cana tem sido citada como in-superável em termos de produção de matéria seca e energia por hectare, sendo assim uma interessante alterna-tiva para alimentação animal, além de ser uma forrageira viável inclusive para propriedades pequenas, que não dispo-nibilizam de muita tecnologia. O ponto-chave e maior bene-fício da cana de açúcar em relação a outros volumosos é a produtividade. Existem variedades com potencial de produção de volumoso (colmo + folhas) na ordem de 200 toneladas por hecta-re em um único corte, além de teores de matéria seca interessantes para alimentação animal (TABELA 1). Esse grande potencial da cana de açúcar é subutilizado por algumas propriedades rurais, atingindo baixas produções de matéria seca por hectare e diminuindo a vida útil de alguns canaviais. Essa re-alidade representa uma oportunidade para melhorarmos nosso processo de produção e adquirirmos conhecimento para implantar uma lavoura bem es-truturada, com alta produtividade por hectare, preparo de solo adequado e melhor aproveitamento de tecnologias disponíveis.

TABELA 1. Composição bromatológica de variedades de cana de açúcar

Continuando com o foco em produção de volumoso, a cana de açú-car geralmente ocupa pouco espaço da área total das fazendas e representa uma alternativa de alimento conserva-do em pé, ou seja, o agricultor não tem custo para guardar este alimento na en-tressafra, o que representa menor custo com máquinas, implementos e mão de obra. Essa economia de atividades não é possível com a produção de silagem de milho, por exemplo, pois o grão é plantado anualmente e é necessário abrir silos para armazenamento, geran-do custos consideráveis. Por outro lado, a cana é plantada em torno de cinco anos e o agricultor tem à sua disposição diferentes variedades com diferentes estágios de maturação para planejar a alimentação dos animais durante toda a entressafra. Logo abaixo, estão algumas dicas e informações técnicas para um bom e produtivo canavial:

Amostragem de solo

Os pontos escolhidos para a re-tirada das amostras devem representar bem a área de implantação do cana-vial, e elas devem ser retiradas com a antecedência necessária para que se-jam feitas todas as correções. São co-letadas de 18 a 20 amostras por gleba, da camada de 0-20 cm para avaliarmos a quantidade de calcário e fertilizante necessários. Para avaliarmos a necessi-dade de gesso, devem ser coletadas de 18 a 20 amostras por gleba, da camada de 20-40 cm.

Correção do solo

Além de corrigir o pH do solo, o calcário é a fonte mais barata de cálcio e magnésio. Por isso, esse cor-retivo é utilizado em grande escala no

processo produtivo, desde pequenos agricultores até propriedades de gran-de escalão. É necessária a aplicação do calcário pelo menos 90 dias antes do plantio, lembrando que a umidade do solo é fator importantíssimo para a eficiência do mesmo. A calagem é um pré-requisito à adubação, pois reduz a perda dos nutrientes pelo aumento do poder tampão e da CTC do solo (Capa-cidade de Troca de Cátions).

Gessagem

Como visto, a necessidade de gesso é avaliada por amostras da cama-da de 20-40 cm da superfície. O gesso, se necessário, geralmente é aplicado depois do calcário. A umidade do solo é fator limitante para a eficiência do ges-so, já que é preciso que o corretivo se dirija para a camada mais profunda do solo. Por ser solúvel em água, o gesso leva nutrientes como cálcio e magnésio até as camadas mais profundas do solo e, como consequência, estimula o en-raizamento da planta e o aumento da tolerância a veranicos.

Adubação de plantio

Assim como as correções, as adubações serão baseadas na interpre-tação da análise de solo, no histórico da área e produtividade esperada. Os solos brasileiros são geralmente mui-to pobres em fósforo. Além disso, este nutriente possui baixa mobilidade no solo, dificultando a extração do mes-mo pela raiz da planta. Dessa forma, após uma boa calagem, devemos nos preocupar com uma boa correção des-te nutriente, já que a cana de açúcar é uma culta semiperene. Em solos muito deficientes, muitas vezes se torna ne-cessária a correção em área total antes

do plantio, além da apli-cação no sulco de plan-tio. Outro nutriente com o qual precisamos nos preocupar na adubação de plantio é com o po-tássio, que será aplicado junto com o fósforo no sulco, de acordo com as recomendações feitas a partir da interpretação da análise do solo.

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Adubação de cobertura

Nas adubações de cobertura, ficar atento às necessidades de potássio (K) e de nitrogênio (N), já que a cana ex-trai em grande escala estes nutrientes. Na literatura, para cada 100 toneladas de cana produzidas, são requeridos 100 kg de nitrogênio (N) e 150 kg de potás-sio (K). Os demais nutrientes devem ser disponibilizados segundo as exigências da cultura, lembrando da lei do míni-mo, que explica: a produção de uma determinada cultura é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade. Isso mostra a importância de uma boa interpretação da análise do solo por um profissional habilitado.

Cultivares

Geralmente, uma cultivar boa para a usina também é boa para a alimentação animal, pelos fatores: alta produção de colmos, alto teor de sacarose, rebrota vigorosa, resistência a pragas e doenças, ausência de joçal e longevidade do ca-navial. Na escolha da variedade, levar em consideração fertilidade da área a ser plantada, aspectos agronômicos da cultivar, características bromatológicas, profundidade do solo e regime hídrico local. É recomendado o plantio de varie-dades de diferentes ciclos: precoce, mé-dio e tardio. Esse plantio é importante para obtenção de um material com má-xima produção de matéria seca e energia durante épocas diferentes no ano. Além disso, um corte antes da hora certa im-pacta na rebrota e na qualidade do ali-mento para os animais, já que a cana não estará com as características nutricio-nais adequadas. As variedades precoces têm recomendação para corte de maio a junho, variedades médias, de junho a agosto e tardias, de agosto a novembro.

Época de plantio

- Cana de ano: é plantada quando o agricultor necessita da produção rápi-da de volumoso. O plantio é feito no começo da época chuvosa (setembro a outubro). Apresenta o menor potencial de produção no primeiro ano e requer solos menos suscetíveis a erosão por ser implantada em meses de alta pre-cipitação.

- Cana de inverno: o plantio ocorre nos meses de junho a agosto, em regiões onde não há inverno rigoroso, podendo ser necessário irrigar neste período.

- Cana de ano e meio: o plantio ocorre nos meses de fevereiro a maio. Devi-do ao longo tempo de crescimento do primeiro corte (14 a 20 meses em solo no primeiro corte), tem um grande po-tencial produtivo. Esta tem sido a épo-ca mais recomendada de plantio para a maioria das situações, mas exige um planejamento da demanda de forra-gem com uma maior antecedência.

Dicas de Plantio

- Checar qualidade das mudas antes de comprá-las. Devem estar livres de doenças e pragas, ter colmos eretos e com bom desenvolvimento;- A profundidade do sulco de plantio deve estar em torno de 40 cm; - As mudas (colmos) devem ser dis-tribuídas dentro do sulco, de forma a termos de 12 a 18 gemas por metro. Caso seja preciso colocar os colmos pa-ralelos, sempre colocar pé de um com a ponta do outro;- A seguir, as mudas devem ser picadas (o número de gemas deve ser de 12 a 15 por metro) e cobertas com aproxi-madamente 5 a 10 cm de terra. Tanto a distribuição, quanto a picagem e o co-brimento devem ser efetuados no mes-mo dia em que os sulcos foram abertos.

Com as informações aqui apresentadas, a cana de açúcar, sem dúvida, representa uma excelente al-ternativa para produção de volumoso e possibilita ao gestor das propriedades que possuem canaviais uma melhor ge-rência das atividades por ser uma cultura mais barata em relação a outros volumo-sos e possuir ótimos valores nutricionais e energéticos. O conteúdo deste artigo representa somente algumas atividades que são indispensáveis para obtermos um canavial produtivo e de longa duração. A cana de ano e meio representa a melhor alternativa em termos de produtividade, principalmente por ficar mais tempo no campo e o plantio coincidir com a época chuvosa. Para os produtores que necessi-tam de alimento urgente, a cana de ano é uma boa opção para resolução de parte dos problemas alimentares. Diante disso, o pecuarista consegue aumentar o índice de unidade animal por hectare (UA/ha) e otimizar a produção animal de maneira sustentável e organizada.

Foto1: Plantio de cana-de-açúcar

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Chegou 2011. O que você espera “de novo”?Caique Oliveira, Gerente de Marketing do ReHAgro

Mais um ano se inicia. Para muitos de nós, o fim do “ano velho” e chegada do “ano novo” representam o fecha-

mento de um ciclo antigo e abertura de um novo, respectivamente. Na ver-dade, o que quero dizer, sem a menor conotação mística, é que temos o hábi-to de encarar nossos anos como ciclos, ou seja, ano após ano é a mesma coisa: planejamos tudo aquilo que desejamos no período de um ano, fazemos uma enorme lista. Nas empresas, são de-senvolvidos os “budgets” (ou popular orçamento), as metas de vendas. Nas fazendas, é contabilizada a produção e são traçadas as perspectivas de incre-mento no volume de leite para o próxi-mo ano, sacas produzidas por hectare ou arrobas, dependendo do negócio. Com o planejamento em mãos, come-çamos o árduo trabalho para cumprir tudo aquilo, gastando o mínimo para se obter o máximo. Trabalhamos muito e novamente chegamos ao fim de mais um ano, em que contabilizamos todo o trabalho novamente e planejamos o que alcançaremos no próximo ano. Curiosamente, construímos nossas vidas em ciclos anuais e, durante esses ciclos, sempre “replanejamos” o que não conseguimos executar em anos anteriores e dizemos que, de novo, mais um ano se inicia. Esse hábito é algo que nos dificulta inovar, expandir soluções e, principalmente, focar em grandes objetivos de longo prazo, por-

que estamos viciados nos ciclos de um ano, sempre declarando: este ano vou aprender inglês, este ano vou fazer um curso, este ano vou mudar de emprego, este ano produziremos mais, etc. No entanto, poderíamos ana-lisar esse hábito de uma forma dife-rente, ou seja, não como ciclos sim-plesmente, mas como uma linha. O que quero dizer é que, se pensarmos em um período maior, como 20 anos ou mais, veremos que os planejamentos anuais são apenas degraus para que alcancemos objetivos muito maiores, que estão lá na frente: objetivos de vida. Por exemplo, “este ano vou ini-ciar um curso de pós-graduação porque pretendo oferecer novos serviços para atender apenas um segmento de clien-

tes, os quais me demandarão conheci-mento específico e, por isso, pagarão pelo valor agregado. Isso irá gerar um acréscimo de 30% no meu faturamento anual nos próximos anos”. A partir des-sa forma de pensar e traçar planos, ob-servamos que o que realmente precisa-mos enxergar é a linha evolutiva até a realização daquilo que pretendemos e encarar os ciclos anuais como degraus. Portanto, neste ano, sugiro fazermos algo novo, diferente: plane-jar estrategicamente. Isso quer dizer que, quando você estiver pensando em como será o desempenho de sua fazen-da em 2011, ou talvez seu desempenho profissional ou até aquilo que almeja para sua vida, deve considerar:

• Quais são os objetivos a serem alcançados: liste seus alvos, descreva como você os enxerga no futuro.• Como e quando atingirá seus objetivos: trace uma linha do tempo e marque períodos definidos onde serão realizados os pré-requisitos para que atinja os objetivos. Defina esses perío-dos com datas de início e término.• Quanto deverá ser investido: considere o tempo, dinheiro e todos os outros recursos que deverão ser in-vestidos. Elabore um orçamento e liste algumas opções que o ajudarão a otimi-zar os recursos, como estabelecimento de parcerias, por exemplo. Ao terminar, é importante se lembrar de que um bom planejamen-to é aquele factível de ser executa-do e também que ele nunca deve ser guardado, mas sempre consultado, re-cebendo ajustes, marcações de ações

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concluídas e anotações de percepções e falhas observadas no decorrer do período de execução. Além disso, planejar de maneira estratégica é ampliar a mente para voos mais altos, é exercitar a criatividade, a capacidade de inovação, ambi-cionar de maneira saudável o crescimento e desenhar dribles aos desafios que espera-se encontrar. Que 2011 não seja para você mais um ano de novo, e sim, um ano novo dos vários anos novos que virão.

Chuvas prejudicam cultura do feijão em GoiásAlém de a água provocar problemas no desenvolvimento da planta,

dificulta a aplicação de defensivos

A grande quantidade de chuvas ocorrida desde o mês de de-zembro tem prejudicado prin-cipalmente a cultura de feijão

no Estado de Goiás. Em plena época de desenvolvimento das plantas, a grande quantidade de água significa problema, pois as folhas se colam umas nas ou-tras e aparecem as doenças de origem fúngicas. As cidades mais atingidas no momento pelo problema são Cristalina e Montividiu. O presidente da Comissão de Grãos da FAEG, Alécio Maróstica, diz que o prejuízo é esperado, mas não há como calcular nada agora. Ele res-salta que a situação mais grave é mes-mo a do feijão, pois a planta já está

em estágio avançado. Além de a água provocar problemas no desenvolvimen-to da planta, dificulta a aplicação de defensivos via terrestre – pois o barro impede a circulação das máquinas - e via aérea, pois não há como sobrevoar as plantações. As chuvas também diluem os fertilizantes e levam o produto embora nas enxurradas, prejudi-cando a absorção da planta, que sem esses recursos sofre com a queda na produtividade. A previsão é de que a colheita seja a menor das três safras. Em relação à soja, até agora não houve relatos de ocorrência da ferrugem asiática. Segundo o analista

de mercado da FAEG, Pedro Arantes, a situação está um pouco mais tranquila, uma vez que o vazio foi bem feito. Mas ele acrescenta que os produtores de-vem ficar em alerta, pois se houver 15 dias nublados, já é período suficiente para afetar a produção. Outro problema grave causado pela chuva é a piora na condição das estradas goianas. Várias rodovias esta-duais e federais que cortam o Estado e são rota do escoamento da produção estão interditadas. A colheita começa em feve-reiro e há três anos os produtores de grãos do Estado reclamam das péssimas condições das rodovias estaduais, que nesta safra devem ficar ainda pior.

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3Ds: os três desafios da ovinocultura em 2011No último dia 17, o FarmPoint lançou uma enquete questionando os leitores sobre os desafios em 2011. Leitores de vários estados participaram (BA, GO, MS, MT, PE, PR, SP, RJ, RS, SC e SE) e sugeriram melhorias regionais e nacionais para forta-

lecer os elos da cadeia ovina no Brasil. No ano passado, o portal lançou a mesma enquete e os desafios mais comentados foram: união de produtores e mão de obra qualificada, animais de elite x produtores de carne, ausência de informações confiáveis no setor e, por últi-mo, padronização e escalonamento de produção. Neste ano, alguns itens foram citados novamente e novas dificuldades

foram apontadas. Confira a compilação dos comentários logo abaixo:

Planejamento da atividade

De acordo com Paulo de Tarso dos Santos Martins, zootecnista e coordenador da cadeia produtiva de ovinos e caprinos do MT Regional, de Cuiabá/MT, os gurus das empre-sas vencedoras de grandes resultados já falavam aos quatro cantos do mundo que os 3Ds do sucesso são: determinação, disciplina e dedicação e que, na ovinocultura do MT, não é diferente. “Determinados temos que estar na manutenção de uma ovinocultura crescente, numérica e qualitativa. Dis-ciplinados como empresários: programar, executar, analisar e reprogramar, sempre usando profissionais qualificados em todos os processos. Dedicados como nunca, como uma mãe cuida de sua prole, em todos os elos da cadeia produtiva”. Na mesma linha, Jaime de Oliveira Filho, consultor da CSO consultoria e serviços de Itapetininga/SP, comen-tou que há falta de planejamento para escala de produção e que devem ser feitos bons projetos com profissionais da área, tendo a atividade como uma linha de produção, cien-te dos gastos e lucros. Para Marcelo Spinola Vianna, produ-tor de ovinos e diretor de operações da Green Lamb do Bra-sil, de Araruama/RJ, o dono da criação tem que aprender a criar, e não apenas mandar o funcionário fazer um curso para o negócio tomar uma forma profissional. “Só com a mão na massa as coisas funcionam. Não adianta dizer que a ovelha é frágil, que a verminose é a grande vilã se o “dono” vai ver os animais a cada 15 dias, quando vai passear pela fazenda. Ovinocultor tem que viver dentro do seu negócio, ou o “dono” vai ser sempre aquele funcionário especialista em tudo. É incontestável que temos nas mãos a pecuária que mais cresce no Brasil, mas, sendo criadores de final de semana, não adianta. Nada melhor do que o perfume da sua ovelha no seu macacão no final do dia”. Eduardo Amato Bernhard, médico veterinário e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Naturalmente Coloridos (ABCONC), de Porto Alegre/RS, des-tacou que estamos numa fase excepcional para a ovinocul-tura e temos que aproveitar isso para organizar a cadeia e criarmos uma agenda a curto, médio e longo prazo.

“O objetivo é consolidarmos o mercado de carne ovina com garantia de qualida-de, preço, escala de produção, aumento de produtividade e criação de progra-

mas efetivos de melhoramento genético e sanidade, visando alcançar a confiança do mercado e índices de produção com-patíveis com a nossa capacidade e que

permitam ganho real ao produtor”.

Manejo dos animais

Adilson Carvalho de Fonseca, zootecnista e exten-sionista da CATI de São Manuel/SP, deu algumas sugestões. “Antes de o produtor levar os animais para sua proprie-dade, ele deve prepará-la (pastagens, instalações, mão de obra, etc.). Eu queria ver alguém abrir um supermercado e não ter prateleiras para colocar as mercadorias, largar tudo no chão ou contratar pessoas que nunca viram uma caixa registradora. O produtor também deve incessantemente melhorar os índices zootécnicos (sanidade, nutrição, gené-tica, gerenciamento)”. Tiago Gallina, extensionista da EMATER, de Pelo-tas/RS, comentou que é necessário cuidados com a nutri-ção dos animais para melhorar a produtividade. “Temos que cuidar do pré-encarneiramento e pré-parto para não repe-tir índices muitas vezes péssimos. O controle da verminose também deve ser realizado por meio do manejo integrado, com ajuste de lotação e implementação de técnicas que permitam uma menor dependência do uso de fármacos”. Ricardo José de Almeida Silva, proprietário do con-finamento Hovinotel Vale do Sol, de Sinop/MT, apontou que um dos desafios ainda é o controle da verminose e Cecília José Veríssimo, pesquisadora do Instituto de Zootecnia de Nova Odessa/SP, espera que, em 2011, os fabricantes de fármacos aumentem a variedade de drogas para o combate à verminose. “A droga à base de levamisole, por exemplo, praticamente sumiu do mercado. O que a maioria dispõe aos produtores é ivermectina e albendazole, drogas que, segundo os últimos levantamentos, realizados em SP e MS, revelaram que não foram eficazes (a eficácia foi menor que 90%) em todas as propriedades avaliadas”. De acordo com Antonio Lemos Maia Neto, médico veterinário e Fiscal Estadual Agropecuário da ADAB, de Sal-vador/BA, é necessário implantação do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e Programas Sanitários Estaduais. “Devem ser feitos investimentos também nos Programas de Melhoramento Genético, para que, no futuro próximo, tenhamos reprodutores comprovadamente melho-radores”.

Incentivos fiscais e ações do governo

Claudio Fontoura, produtor de ovinos de Dom Pe-drito/RS, ressaltou que devemos organizar a cadeia de car-ne ovina do “útero ao prato”. “Governo e iniciativas priva-das devem estimular os ovinocultores para que os mesmos otimizem seus resultados, para que cada vez mais o negócio seja rentável e que a indústria seja cada vez mais confiá-vel em relação a pagamentos e classificação de produtos ofertados ao público”. Corroborando com esse comentário, Gustavo Martini, zootecnista do Grupo Marfrig, de Araça-

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tuba/SP, também aposta no incentivo fiscal, principalmente sobre o ICMS. Já João Luiz Lopes, diretor--técnico da Tecnovinos, de Goiânia/GO, comentou que hoje ficamos es-perando ações governamentais para o desenvolvimento do setor. “O que os governos fazem além de tributar nossa produção? É o papel deles! Um ou outro cria, na teoria, uma linha de crédito específica, diminui uma pequena par-cela do ICMS de venda do produto por um determinado período de tempo e/ou fornece um lote de animais (poucos) para início de um criatório sem ofertar nenhum conhecimento técnico ao cria-dor. É muito pouco senhores, entretan-to, é só isso que eles fazem e nós, os produtores, já nos damos por satisfeitos com essas “migalhas”. Somos, ainda, muito pequenos enquanto classe. Temos muito que evo-luir até chegarmos ao ponto de sentar-mos lado a lado, em uma mesa redon-da, e discutirmos de igual para igual. E quando acontecerá isso? Quando fi-zermos as tarefas de casa direitinho. Quando reconhecermos que o setor da ovinocaprinocultura é do tamanho de uma caixinha de fósforo frente ao ca-minhão de demanda existente para os produtos, subprodutos e derivados des-sas espécies”. Marcelo Spinola Vianna tam-bém opinou sobre incentivos fiscais. “Amigos, não adianta pedir algum tipo de benção para reduzir impostos re-lativos ao nosso produto. Partindo do princípio de que somos todos produ-tores rurais e vivemos exclusivamente das nossas terras, temos que batalhar por incentivos de crédito das institui-ções financeiras, custos interessantes das indústrias de sementes, adubos, medicamentos, rações, etc. Impostos, e muitos, sempre iremos pagar. Esque-ceram-se de que vivemos no Brasil?”.

Marketing

Denis Sabin, produtor de ovi-nos de Pinhão/SE, frisou que o marke-ting é essencial para mostrar para o consumidor que a carne ovina pode ser uma opção para o dia a dia. Clédson Augusto Garcia, professor da UNIMAR, de Marília/SP, também acredita no ma-rketing. “A oferta de carne inspeciona-da nas casas de carne e supermerca-dos, com cortes especiais, aliada a um bom marketing, faz com que o cordeiro saia do espeto e faça parte do cardápio semanal das famílias”. Claudio Fontou-

ra também falou sobre investimentos em marketing: “a população tem que conhecer a verdadeira qualidade da carne ovina, quebrando preconceitos e tendo conhecimentos sobre suas am-plas possibilidades gastronômicas”. Vanderlei Pereira, empreen-dedor da área frigorífica de Campinas/SP, sugeriu que os revendedores (super-mercados, casas de carne, etc.) deem a atenção ideal para o produto, pois hoje encontramos a carne ovina em poucos locais e, mesmo assim, são em poucos que o produto está bem acondiciona-do, visível e dentro de uma arrumação ideal. “Além disso, numeraria mais um item: a importância da divulgação por parte das cooperativas, associações, etc. Isso ajudaria a melhorar a venda em termos de marcas e competição”.

Informalidade

Estéfano da Mota Pereira, di-retor da Assistec, de Curaça/BA, acre-dita que cada região possui suas parti-cularidades.

“Aqui na região onde moro, uma das maiores

produtoras de ovinos, os frigoríficos instalados es-

tão ociosos”. Antonio Lemos Maia Neto declarou que acredita que um dos desafios é mudar a situação da informalidade que carac-teriza a cadeia produtiva na maioria dos Estados brasileiros e Tiago Gallina citou que, para isto, é necessário com-promisso dos órgãos fiscalizadores e consciência do consumidor. Já Marcelo Spinola Vianna co-

mentou que falam muito na comerciali-zação clandestina e na carne importada como grandes concorrentes, mas que o atravessador que chega à porteira e leva uma carreta de cordeiros para al-gum destino desconhecido, no caso do Rio de Janeiro, é fundamental, visto que são eles que mantêm o mercado de escala ativo. “Se os frigoríficos deixa-rem de ser gulosos e pagarem melhor, então é possível que esse tipo de com-prador vá desaparecendo aos poucos. Quanto à carne importada, devemos agradecer sempre aos irmãos uruguaios, pois, graças a eles, nossa iguaria se tor-nou conhecida e popular”.

Escala de produção

Denis Sabin destacou que um dos desafios é a escala de produção. “O mercado está aquecido, produtores, mantenham suas fêmeas no rebanho”. Na mesma linha, Claudio Fontoura dis-se que devemos absorver matrizes de criadores que desejam acabar com seus rebanhos, aproveitando o aque-cimento do mercado. “Nosso rebanho diminuiu muito e devemos retornar a patamares anteriores, seria desastroso perder essas matrizes. Caso isso não ocorra, ficaremos à mercê de outros países produtores de carne ovina”. Cyro Calovy Filho, agrônomo e diretor da Calovy Representações, de Alegrete/RS, acha que a questão da escala de oferta de animais em uma só época, sazonalidade na sua região, faz com que faltem animais a partir de março, e isso é muito explorado pela indústria frigorífica.

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

IMA estabelece normas atendimento a doenças em aves para

A portaria determina a interdição de granjas

O Instituto Mineiro de Agrope-cuária (IMA) publicou a por-taria nº 1.104, de novembro de 2010, que estabelece nor-

mas para o atendimento a suspeitas ou casos confirmados de doenças em aves no Estado de Minas Gerais. A portaria determina a inter-dição de granjas avícolas ou outros es-tabelecimentos com suspeita ou caso confirmado de doenças de notificação obrigatória, que são as doenças de vi-gilância epidemiológica que devem ser notificadas à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tais como Influen-za Aviária, Newcastle e Laringotraqueí-te infecciosa das aves. São objetos de interdição aves vivas para quaisquer finalida-des, produtos ou subprodutos aví-colas, como ovos, cama de aviário, penas e outros. O médico veteriná-rio responsável técnico ou qualquer profissional envolvido com a avi-cultura fica obrigado a notificar ao IMA qualquer suspeita de doença de notificação obrigatória e o aumen-to na taxa de mortalidade de aves na granja. O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, acredita que, com essa medida, Minas Gerais mantém a sani-dade animal no Estado.

“Essa portaria ajuda na manutenção do reconheci-mento que Minas conquis-

tou pela seriedade dos trabalhos desempenhados na área da saúde animal”,

afirma.

Essa medida considera a im-portância da avicultura para Minas Gerais e a necessidade de manter os plantéis avícolas livres de doen-ças de impacto econômico e social. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos de mesa do Brasil com uma produção de 8,69 milhões

de caixas com 30 dúzias. O Estado também se destaca na exportação de ovos, sendo o maior exportador do Brasil. Além disso, Minas está entre os maiores produtores de frango, ocupando o quinto lugar, com 431 milhões de frangos produ-zidos durante o ano de 2009. Em novembro, IMA interditou todas as granjas avícolas em quatro municípios do Sul de Minas: Itanhandu, Passa Quatro, Itamonte e Pouso Alto. Exames feitos no Laboratório Nacio-nal de Agropecuária de Campinas (LA-NAGRO), pertencente ao Ministério da Agricultura, confirmaram a presença de Lariongotraqueíte infecciosa, uma doença respiratória que pode provocar a morte das galinhas. A Laringotraqueíte infec-ciosa é contagiosa entre as aves. Causa a mortalidade e diminuição

da produção de ovos. Embora pos-sa afetar todas as aves, em qual-quer idade, as galinhas de postura comercial são os principais hospe-deiros da doença. Os sintomas são mais observados nas aves já adul-tas. A porta de entrada natural da doença são as vias respiratórias e a transmissão ocorre pelo contato di-reto entre aves ou indiretamente, por meio de equipamentos e cama contaminados. O número de aves mortas con-taminadas pela Laringotraqueíte infec-ciosa ainda não é significativo em Minas Gerais. Mas, para evitar que a doença se espalhe, o IMA criou barreiras sani-tárias e está fiscalizando as cargas nos caminhões. Além disso, a Laringotra-queíte infecciosa não é transmitida ao homem e não há problema nenhum o consumo da carne e dos ovos dos ani-mais contaminados.

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39InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

MS: boas perspectivas para o setor avícola em 2011

Com uma produção média men-sal de 12,1 milhões de fran-gos, o setor avícola de Mato Grosso do Sul alimenta boas

perspectivas para 2011. Não só pe-las condições favoráveis do mercado, como também pela perspectiva de inclusão dos aviários no Programa de Avanços da Pecuária (PROAPE), uma iniciativa do governo estadual criada com objetivo de promover o desen-volvimento da cadeia produtiva da pecuária sul-mato-grossense. Atualmente abrangendo os segmentos da bovinocultura e suinocul-tura, o PROAPE traz benefícios fiscais que viriam socorrer os produtores no momento em que as granjas precisam se adequar à Instrução Normativa nº 59 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As normas do Ministério exigem adequações físicas e sanitárias demandando investimentos médios de R$ 60 mil para cada granja.

“O investimento conjunto dos mil aviários do Estado exigiria recursos na ordem de R$ 60 milhões”, calcula a

assessora técnica da Federação da Agri-cultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Adriana Mascarenhas.

A entidade pleiteia junto ao governo estadual a inclusão do setor avícola no PROAPE. O programa prevê, entre outras vantagens, a redução de tributos como o que incide sobre a ven-da do frango aos abatedouros. Confiante na “sensibilidade’ do governo estadual para a extensão dos benefícios fiscais ao segmento, Adriana prevê um ano favorável para o segmento a partir do cenário já estabelecido este ano, impulsionado pela recuperação econômica do brasileiro e pelo aumento da demanda no mercado doméstico, de-vido à alta no preço da carne bovina. O saldo da avicultura sul-mato--grossense já foi positivo em 2010, com

ampliação em 19,1% na receita e em 6,7% no volume das exportações de car-ne de frango de janeiro a novembro, se-gundo dados da SECEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Das seis empresas instaladas no Estado, quatro atendem basicamen-te ao mercado externo, principalmente para Japão, Arábia e Hong Kong.

I n f o r m a çõ e s : 3 4 9 2 2 7- 0 5 0 6 - Wa g n e r L ú c i o | 3 4 9 9 6 6 - 8 1 4 4 - Lé o R a b e lo

A p o i o

S i n d i c a t o R u ra l d e M o n t e A l e g r e d e M i n a s

P r e f e i t u ra M u n i c i p a l d eM o n t e A l e g r e d e M i n a s

Tra n s m i s s ã oR e a l i z a çã o

1 º L E I L ÃO G I R E G I R O L A N D O

27 de abril às 20h no Parque de Exposições de Monte Alegre de Minas

da Sabedoriae convidados

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40 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011Frete Especias para todo o Brasil!

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41Frete Especias para todo o Brasil!

FestLeite da Tropical Genética será maior evento da América Latina

O FestLeite será organizado pela Tropical Genética, em-presa destaque no segmento de genética bovina. O evento

promete ser um dos melhores da Amé-rica Latina e vai oferecer 1011 produ-tos (touros, bezerras, novilhas, doado-ras e prenhezes) da mais alta qualidade das raças Girolando e Gir Leiteiro e será a maior oferta de genética bovina leiteira do Brasil. O evento acontecerá no Parque de Exposições do CAMARU, onde será montada uma excelente es-trutura para receber os investidores de várias regiões do país e América Latina. Nos dias 18 e 19 de fevereiro, os visi-tantes poderão comprar seus produtos por meio de uma feira, onde ficarão ex-postos cerca de 700 animais. No espaço que também pode ser chamado de sho-pping de animais, uma equipe de con-sultores de vendas ficará à disposição para recepcionar e tirar as dúvidas dos produtores.

De acordo com o diretor-admi-nistrativo da Tropical Genética, Milton Neto, tudo que envolve a realização do FestLeite Tropical foi avaliado por uma equipe de profissionais com am-plo conhecimento no agronegócio, e os animais ofertados passaram por uma avaliação de controle de qualidade. Empresas de genética, nutrição, saúde animal e novas tecnologias confirma-ram presença, reforçando e abrilhan-tando o empreendimento. Para o con-selheiro da Tropical Genética, Vicente Nogueira, o FestLeite Tropical será o grande negócio da pecuária leiteira do Brasil, e a intenção é colocar o mesmo no calendário oficial do agronegócio do município e transformar Uberlândia na “Capital do Leite”, durante o período do evento. A Tropical Genética se diferen-cia em sua atuação por fortalecer a ge-nética de alto nível das raças por meio de um banco genético de excelentes

O diretor da Tropical Gené-tica, Joaquim Lima, avalia de forma positiva a realização da feira de ani-mais e o leilão.“Entendo que um dos objetivos é levar para os pecuaristas animais de melhor qualidade genética para aumentar o potencial da produção leiteira e, consequentemente, geraremprego e renda”. Para a realização do FestLeite, a Tropical Genética conta como apoio do Sindicato Rural da Prefeitura de Uberlândia e de alguns convidados es-peciais com larga experiência na cria-ção de Girolando e Gir Leiteiro.

“A Tropical Genética, con-ceituada pelo relevante

trabalho de melhoramen-to genético e pela expres-

siva produção leiteira, considera o apoio de to-dos importante para o

sucesso do evento”, destaca Milton Magalhães Júnior, diretor-geral

da Tropical.

A larga experiência em biotec-nologia de reprodução bovina e a produ-ção de animais Gir Leiteiro e Girolando com alto valor genético fazem parte da identidade da empresa e consolidam sua força na comercialização do rico material genético que desenvolve. A Tropical Genética se diferen-cia em sua atuação por fortalecer a ge-nética de alto nível das raças por meio de um banco de excelentes doadoras. O trabalho de melhoramento genético das Raças Gir Leiteiro e Giro-lando ultrapassa os vinte anos. A empre-sa também possui uma Central de Re-ceptoras com mais de dois mil animais rigorosamente selecionados. Essa estru-tura está preparada para oferecer todo suporte interno necessário nas técnicas de Fertilização in vitro (FIV) e Transfe-rência de Embriões (TE), como também para levar até o cliente toda a qualida-de dos serviços e segurança nos proces-sos reprodutivos. Sempre utilizando a mais alta tecnologia do mercado e ga-rantindo serviços diferenciados, a Tro-pical Genética alcança os excelentes índices reprodutivos comprovados pelos resultados oferecidos aos seus clientes.

“Estamos tomando todas as pre-cauções, queremos fazer um even-

to cercado de muita qualidade, em que nosso principal objetivo é proporcionar bons negócios para

os criadores de gado de leite”, disse Milton Magalhães Neto.

produtividade de aproximadamente 16 litros por vaca/dia. E os números da Tropical Genética são ainda maiores, quando somados à produção de leite da raça Girolando, a empresa ultrapassa a marca de 7.500 litros/dia. No dia 20/02, acontece um grande leilão, com oferta de animais de alta seleção, que terá início às 10 horas e encerramento às 20 horas sem interrupção. Para a realização do lei-lão, a Tropical Genética fez uma par-ceria com as leiloeiras Estância Bahia e InteRural Leilões e terá transmissão do canal Terra Viva. Os leiloeiros Adriano Barbosa e Cássio Paiva serão os respon-sáveis pela batida do martelo. “Tenho certeza que será um grande momento para o mercado de leite, uma vez que a Tropical Genética faz um trabalho sério e altamente profissional, na busca por ofertar o melhor para os compradores de todo o país”, afirma Cássio Paiva.

doadoras. Atualmente, em controle oficial reali-zado pela ABCZ, a Tropi-cal Genética ocupa a po-sição de maior produtora de leite de Gir Leiteiro do Brasil. Nos últimos con-troles, foram produzidos em média mais de 1.300 litros de leite/dia, com

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011Frete Especias para todo o Brasil!

Evento ganha repercussão no Congresso Nacional e no Governo de Minas

O presidente da Comissão Na-cional de Agricultura da Câmara Federal, deputado Marcos Montes (Uberaba),

disse que a iniciativa da Tropical Ge-nética de promover um evento de alto nível reforça a visão empreendedora e a capacidade de promover o progresso em um dos segmentos que mais cola-bora com o crescimento econômico do país. Além disto, sob o ponto de vista empresarial, destaca Marcos Montes, a Tropical Genética se consolida no mercado por oferecer produtos de alta qualidade e também por acreditar nas potencialidades do país, principalmen-te no agronegócio. O deputado federal Marcos Montes já confirmou a presença no evento e vai estar à disposição dos produtores rurais para ouvir sugestões e reivindicações voltadas aos interes-ses da pecuária leiteira. O líder do governo de Minas Gerais na Assembleia Legislativa, o De-putado Luiz Humberto Carneiro, consi-dera o FestLeite da Tropical Genética um marco histórico para a pecuária brasileira, uma vez que dará oportuni-dade a produtores de diferentes clas-ses econômicas de adquirir produtos de ponta, seja na feira de animais ou no grande leilão do dia 20.

ao abate clandestino de bovinos e suí-nos, garantindo a fiscalização sanitária de 99% da carne consumida em Uber-lândia. Foi o coordenador nacional do Movimento “Não Posso Plantar”, esco-lhido entre os presidentes de 3 mil sin-dicatos rurais do país. Outro político que manifestou apoio total ao FestLeite da Tropical Genética foi o deputado estadual Ro-mel Anísio Jorge (Ituiutaba). “Acredito que será um sucesso absoluto! Os em-presários da Tropical Vicente Nogueira, Joaquim Lima, Milton Magalhães Júnior e Milton Magalhães Neto fazem um tra-balho diferenciado e hoje são referên-cia no setor de produção de genética bovina”, disse Romel. O deputado tam-bém já ocupou funções nas comissões nacionais e estaduais de agricultura.

FestLeite terá espaço para palestras e debates

Durante a realização do Fes-tLeite Tropical, os visitantes terão oportunidades de participarem de pa-lestras, debates e discussões técnicas que envolvem o mercado leiteiro. De acordo com Vicente Nogueira Diretor da Tropical Genética, alguns assuntos tendem a maior destaque como, por exemplo:

-Preço do Leite ao Produtor

- Evolução dos Preços no Atacado- Assistência Técnica- Cooperativismo- Sistema Agroindustrial do Leite- Situação do Mercado de Leite e Pro-dutos Lácteos - Melhoramento Genético

Segundo Vicente Nogueira, O FestLeite é um evento que tem a fina-lidade de vender genética bovina lei-teira de alta qualidade, mas também de abrir espaço para troca idéias e de fortalecer o mercado com discussões de temas relevantes.

Leilão da Tropical Genética será realizado por InteRural

Leilões e Grupo Estância Bahia

Para o leiloeiro Cássio Paiva, proprietário da InteRural Leilões, o FestLeite Tropical vai marcar época na pecuária leiteira do Brasil. A quantida-de e a qualidade dos produtos oferta-dos, 1011 produtos, são sem dúvidas o maior diferencial desse grande evento. “Tenho o prazer de, junto com a Estân-cia Bahia, poder realizar o maior even-to de genética bovina leiteira de toda a América Latina. Produtos Girolando e Gir Leiteiro com potencial de pro-dução e capacidade de adaptação em qualquer ponto do território nacional”,

“Conheço bem a equipe da Tropical Genética, eu

sei da seriedade com que é desenvolvido o trabalho de seleção.

Fico feliz por Uberlân-dia, mais uma vez, ga-nhar um evento dessa grande envergadura”.

O deputado Luiz Humberto Carneiro tem suas origens ligadas ao setor rural. É produtor rural e empre-sário, ex-secretário Municipal de Agro-pecuária e Abastecimento (1991/95) e de Habitação (1996/99) em Uberlân-dia. Ex-presidente do Sindicato Rural de Uberlândia (1990/98). Como líder sindical e secretário Municipal de Agro-pecuária, implantou 100% de eletrifica-ção na zona rural, transformando Uber-lândia na primeira cidade brasileira de grande porte a alcançar essa marca. Desenvolveu o programa de combate

Diretoria tropical Genética: Milton Jr., Vicente Nogueira, Milton Neto e Joaquim Lima

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43Frete Especias para todo o Brasil!

disse Cássio. De acordo com o leiloeiro Cás-sio Paiva, o país nunca viu em um só evento a quantidade e a qualidade de embriões, prenhezes, bezerras, novi-lhas, doadoras e touros, todos produtos de FIV e de uma facilidade de compra para qualquer produtor de leite, inde-pendentemente do seu tamanho e da sua posição geográfica. O FestLeite Tropical aconte-cerá no Parque de Exposições de Uber-lândia - CAMARU, nos dias 18,19 e 20 de fevereiro. Estarão à disposição dos visitantes mais de 700 animais nos pavilhões do CAMARU, que estarão à venda com preço fixo e em condições especiais de pagamento. O FestLeite Tropical terá transmissão ao vivo pela InteRural TV, no site WWW.interural.com. No dia 19, das 08h30 às 12h30, os clientes poderão acompanhar o Fes-tLeite Tropical também pelo Canal Ter-ra Viva. No dia 20, o evento terá início a partir das 10 horas da manhã com o leilão ao vivo e transmissão pelo canal Terra Viva, sem interrupção, até as 20 horas. O evento dessa importância fez com que surtisse uma parceria do leilo-eiro Cássio Paiva, com 20 anos no mer-cado de leite, com a estância Bahia, empresa com reconhecimento interna-cional na realização dos maiores even-tos de bovinos do mundo. A Estância Bahia Leilões, em-presa líder de Mercado no Brasil na comercialização de animais para cria, recria e engorda e também reprodu-tores e matrizes PO, ressaltando que no ano de 2010 foram mais de 200.000 animais de corte e 10.000 reprodutores e matrizes, mais uma vez, busca novos horizontes. E, em parceria com a Inte-Rural, realizará, no dia 20 de fevereiro, domingo, a partir das 10 horas da ma-nhã, com duração até as 20 horas,com transmissão pelo canal Terra Viva, o maior evento de uma só marca das ra-ças Girolando e Gir Leiteiro que o Brasil já presenciou. “Marcada pela sua credibilida-de e inovação, a Estância Bahia percor-reu um caminho promissor, expandido sua atuação em diversas cidades do país e ampliando sua experiência para vários setores do agronegócio, contri-buindo diretamente com o desenvolvi-mento da nossa pecuária. Agora, além de um grande prazer, é também mais uma missão a ser cumprida em parceria com a Tropical Genética na realização do FestLeite, em Uberlândia”, destaca o empresário Maurício Tonhá.

Seguindo o formato de eventos como os Mega Leilões realizados pela Estân-cia Bahia, os amigos que vivenciam a pecuária leiteira no Brasil poderão en-contrar quantidade e qualidade, ani-mais do mais alto padrão, buscando melhorar a qualidade genética, poten-cial de produção leiteira e, consequen-temente, aumentar a lucratividade no FestLeite.

“Venha ser mais um gran-de parceiro! Esteja conos-co durante os dias 18,19 e 20 de fevereiro no Parque de Exposições do CAMA-

RU, em Uberlândia, partici-pando da feira de animais e do grande leilão no dia

20, domingo. Não fique de fora do evento que, com certeza, ficará na histó-

ria”, disse Maurício.

Cooperativa de Prata-MG adquire produtos de FIV da

Tropical Genética

Com o objetivo de proporcio-nar acesso a produtos de alta qualidade genética, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Município de Prata-MG ad-quiriu da Tropical Genética um lote de bezerras produtos de FIV (Fertilização In Vitro). “Procuramos a Tropical Gené-tica porque confiamos no trabalho de seleção que a empresa faz e no com-promisso de gerar animais de qualidade

na produção de leite. Aqui em Prata, a maioria dos nossos cooperados tem atividade concentrada na produção de leite, portanto é dever da cooperativa criar alternativas para o acesso a ani-mais de qualidade, e o lote adquirido na Tropical Genética tem correspondi-do todas as nossas expectativas”, disse Adelino, presidente da COOPRATA. A Tropical Genética possui uma larga experiência em biotecnologia de reprodução bovina e na produção de animais Gir Leiteiro e Girolando com alto valor genético. A empresa faz uso de técnicas de ponta, como a Fertili-zação In Vitro, diminuindo o intervalo entre gerações e aumentando a pro-dução de descendentes. A FIV é uma biotecnologia em que os processos fi-siológicos são obtidos em laboratório, ou seja, fora do útero do animal. São selecionados animais que possuem um material genético de alto valor agrega-do. Essa técnica possui vantagens, pois a coleta pode ser realizada em animais de diferentes idades e nas mais dife-renciadas condições reprodutivas, tais como gestantes e animais com proble-mas reprodutivos, além disto, só é ne-cessária uma única dose de sêmen para várias doadoras e não necessita do uso de hormônios (superovulação) nas mes-mas.Sempre utilizando a mais alta tecnolo-gia do mercado e garantindo serviços diferenciados, a Tropical Genética al-cança os excelentes índices reprodu-tivos comprovados pelos resultados oferecidos aos seus clientes. A Tropical Genética se diferencia em sua atuação por fortalecer a genética de alto nível das raças por meio de um banco gené-

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44 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011Frete Especias para todo o Brasil!

tico de excelentes doadoras. A raça Gir Leiteiro já ultrapassa 20 anos de sele-ção e a raça Girolando, disponível em todos os seus graus de sangue, alcan-çou grande aprimoramento genético.Beef Milk e Boi Assessoria presentes no

FestLeite Tropical em Uberlândia

As empresas Boi Assessoria e Beef Milk Brasil Assessoria, dos técnicos Davi Ro-berto e Celso Menezes, na busca por melhor atender seus clientes, amplian-do sua atuação no mercado de gado de leite, fizeram uma parceria com inves-timentos em infraestrutura, pessoal e profissional. A Boi Assessoria, com bas-tante experiência, atuando no merca-do há 3 anos, e a Beef Milk, empresa formada pelo zootecnista e ex-superin-tendente da Girolando, Celso Menezes, continuarão trabalhando com os mes-mos nomes, carregando as duas logo-marcas em todas as suas atividades. As duas empresas estarão presentes no FestLeite da Tropical, oferecendo todo serviço de assessoria de que os inves-tidores necessitarem. “Estamos con-tentes por fazermos parte do FestLeite Tropical. Após a realização do evento, a pecuária bovina leiteira brasileira terá uma nova dimensão na forma de oferecer genética de qualidade”, co-menta Celso Menezes.

do Estado do Rio de Janeiro (PESAGRO) e do Conselho Fiscal do SEBRAE/RJ.

“Mais que minha opinião, temos o posicionamen-

to do mercado. Segundo uma especialista da revis-ta DBO, ‘a raça Girolando está para a pecuária lei-teira assim como o Nelo-re está para o corte’. O

Girolando hoje é mais que uma raça brasileira, é um produto desejado pelos

países tropicais”.

Presidente do SRU, Paulo Ferolla, recebe diretores da

Tropical Genética

Sindicato Rural de Uberlândia é par-ceiro no FestLeite tropical

O FestLeite Tropical será rea-lizado durante os dias 18,19 e 20 de fevereiro. Para a realização do mesmo, o Sindicato Rural de Uberlândia não mediu esforços e abriu as portas do parque para receber o evento de maior importância da pecuária leiteira. Os diretores da Tropical Genética, Milton Júnior, Milton Neto, Joaquim Lima e Vicente Nogueira, entregaram oficial-mente ao presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da silva, o projeto de realização do FestLei-te Tropical. Em uma reunião cercada de harmonia, a diretoria da Tropical Genética apresentou detalhes técnicos do evento e falou da importância que

o evento terá para a pecuária leiteira nacional. A parceria com o Sindicato Rural é de grande relevância, uma vez que o FestLeite será realizado dentro das instalações do CAMARU. “Desde que começamos a pla-nejar o FestLeite, tínhamos a certeza de que o Sindicato não se furtaria em nenhum momento para prestar total apoio à realização. Um evento des-sa envergadura tem que ser realizado onde o produtor se sente bem, e falo isso não somente por causa das ótimas instalações do parque, mas porque aqui é a verdadeira casa do produtor rural”, disse Milton Neto. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que repre-senta a empresa. “Além de trabalhar com biotecnologia, uma área que re-quer grande responsabilidade, a Tro-pical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes proporções. Nun-ca o agronegócio voltado à produção de leite teve um evento com essa finalida-de de ofertar genética. Tenho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exterior saberão valorizar essa iniciativa. Está de parabéns toda a diretoria da Tropical Genética”, co-mentou Paulo Ferolla. Para o 1º vice-presidente da entidade, Júlio César Pereira, a par-ceira com a Tropical Genética é, acima de tudo, uma demonstração de que o Sindicato trabalha para fortalecer o crescimento do mercado leiteiro da região. “Quando acontece um evento dessa importância, é obrigação do Sin-

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FestLeite Tropical tem total apoio da Associação

Brasileira dos Criadores de Girolando

“Um evento dessa magnitude, mais do que demonstrar arrojo e com-petência de seus organizadores, valori-za e dignifica a raça que representamos, além de ser um propulsor para a pecu-ária leiteira nacional. Esperamos que o FestLeite Tropical seja balizador dos grandes eventos que teremos ao longo dessa nova gestão que estamos inician-do na Associação Brasileira dos Criado-res de Girolando”, disse José Donato. O atual presidente da Girolan-do, José Donato Dias Filho, foi reeleito e comandará a entidade durante o tri-ênio 2011/2013. Mineiro da cidade de Bocaina de Minas, ele cria a raça Giro-lando na Fazenda São Roque, em Miguel Pereira (RJ). Com formação em Enge-nharia Eletrotécnica e Administração de Empresas, Donato ainda atua como membro do Conselho de Administração da Empresa de Pesquisa Agropecuária

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dicato fazer parte da parceria. Assim, estamos proporcionando a todos os pe-cuaristas uma grande oportunidade de adquirir produtos com genética com-provada. Gostaria nessa oportunidade de parabenizar todos os diretores da Tropical Genética pela brilhante inicia-tiva”. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que repre-senta a empresa. “Além de trabalhar com bio-tecnologia, uma área que requer grande responsabilidade, a Tropical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes pro-porções. Nunca o agronegócio voltado à produção de leite teve um evento com essa finalidade de ofertar genética. Te-nho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exterior saberão va-lorizar essa iniciativa. Está de parabéns toda a diretoria da Tropical Genética”, comentou Paulo Ferolla. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da

Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que repre-senta a empresa.

“Além de trabalhar com biotecnologia, uma área

que requer grande respon-sabilidade, a Tropical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes proporções.

Nunca o agronegócio vol-tado à produção de leite teve um evento com essa finalidade de ofertar ge-nética. Tenho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exte-

rior saberão valorizar essa iniciativa. Está de para-béns toda a diretoria da

Tropical Genética”, comentou Paulo Ferolla.

Durante a realização do Fes-tLeite Tropical, os visitantes terão oportunidades de participarem de pa-lestras, debates e discussões técnicas que envolvem o mercado leiteiro. De acordo com Vicente Nogueira Diretor da Tropical Genética, alguns assuntos tendem a maior destaque como, por exemplo:

O Parque de Exposições de Uberlândia pertence ao Sindicato Rural, tem ótima localização e dispõe de excelente estrutura para realização de feiras de negócios e leilões.

A Tropical Genética, por meio de seus Diretores Vicente No-gueira, Milton Magalhães Júnior, Joaquim Lima e Milton Maga-lhães Neto, agradecem de forma especial o apoio e a colabora-ção de todos na realização do FestLeite Tropical; em especial

aos seguintes patrocinadores:

-Preço do Leite ao Produtor- Evolução dos Preços no Atacado- Assistência Técnica- Cooperativismo- Sistema Agroindustrial do Leite- Situação do Mercado de Leite e Pro-dutos Lácteos - Melhoramento Genético

Segundo Vicente Nogueira, O FestLeite é um evento que tem a finalidade de vender genética bovi-na leiteira de alta qualidade, mas também de abrir espaço para troca idéias, de fortalecer o mercado com discussões de temas relevantes.

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Há 12 anos, nascia o Girolando Guima, um projeto planejado na construção de uma atividade leiteira objetiva e lucrativa. Sediada em Uberaba/MG e contando com a direção de Guilherme Marquez de Rezende, o Girolando Guima desde o começo teve como foco a produção de leite da raça Girolando, especificamente no grau de sangue 5/8. Nesses 12 anos, a Guima conquistou inúmeros prêmios nas mais diversas pistas brasileiras. Atualmente, o rebanho Guima conta com 100 animais em lactação, todos registrados e com controle leiteiro oficial pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolan-do. Nesta edição, vamos conhecer um pouco mais do trabalho do criador Guilherme Marquez de Rezende, que realiza um trabalho de grande sucesso.

“A raça Girolando vem crescendo em qualidade a cada ano. A melhoria das matrizes e dos touros provados estão nos permitindo enriquecer nosso rebanho

rapidamente. Queremos compartilhar nossos 12 anos com aqueles que um dia nos permitiram entrar em seus rebanhos e escolher indivíduos diferenciados para levar-

mos para a Guima”, destaca o produtor de sucesso da edição deste mês.

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Girolando Guima

Há quanto tempo o senhor fundou o Girolando

Guima?

O Girolando Guima surgiu em 1996, quando mudamos de Goiânia para Uberaba e adquirimos 40 vacas Girolando do criatório do Sr. Virmondes Rodrigues, que na época era um dos

maiores produtores de leite da região de Uberaba. Na verdade, o nome Gui-ma não significa as iniciais de Guilher-me Marquez, mas sim a união de Gui-lherme e Mariana. Após essas primeiras matrizes, a paixão pelo Girolando tomou conta de nós facilmente. Buscamos animais diferenciados em vários criatórios de renome de nosso país, faço questão de

citar alguns: Mario José Afonso Caetano, Fazenda Capão Seco – Uberaba/MG, MA SHOU TAO – Agropecuária Boa Fé – Jubaí/ MG, Fazenda Cofrarrina – Rio das Flores/RJ, Carlos Eduardo Cunha – Nova Cara-col - Uberaba/MG, Girolando IAIA – Adol-fo Nunes – Piraí/RJ, Morada Corinthiana – Uberlândia/MG, Girolando Muquem – Prata/MG, Fazenda Nossa Senhora de Fátima – Uberaba/MG.

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O senhor teve apoio de al-guém em especial para fundar

a Guima? Com certeza a importância dos valores da família. Minha mãe, Eliane, sempre foi o esteio central de nossas vidas e sempre nos apoiou em nossas decisões. Somos dois filhos, Mariana e eu. Sempre um cuidou do outro in-dependentemente de hora, local ou situação. Através da minha união com Juliana, uma nova força incentivado-ra, começamos a trabalhar mais forte. Agora, com a vinda do Augusto, temos um sentido ainda maior, ou seja, cons-truir algo tendo alguém para continuar.

Quais as atividades que são desenvolvidas na propriedade?

Desenvolvemos 4 atividades na fazenda, temos uma grande área de produção de cana de açúcar em par-ceria com a Usina Caeté, temos um pequena produção de animais para en-gorda, produção de leite e produção de genética para leite.

Sobre o trabalho com o Giro-lando, ele requer muita dedi-

cação? Qualquer trabalho que faze-mos, seja na fazenda ou na cidade, o sucesso não acontece por acaso. Existe muito trabalho, muita atenção e muito planejamento. No caso do Girolando, estamos construindo uma raça, e isso demanda tempo. Não podemos errar em nossos acasalamentos, não pode-mos errar em nossa nutrição, não po-

demos errar em nossas anotações e, principalmente, não podemos errar em nosso orçamento.

Como está sendo feito o tra-balho de seleção e melhora-

mento no rebanho?

Temos o acompanhamento do Educampo/Sebrae há cerca de 4 anos. Essa parceria trouxe um novo rumo para a nossa atividade. Criamos cri-térios de seleção voltados ao retorno financeiro. Assim, selecionamos nossos animais adultos por meio de critérios reprodutivos, produtivos e fenotípicos. Nos anos de 2009 e 2010, fi-zemos uma parceria com a Centenário Genetics (Copervale) no projeto de coleta de embriões. A partir dessa par-ceria, aceleramos ainda mais o nasci-mento seletivo de animais superiores. Fizemos aspirações em vacas especiais da fazenda e produzimos bezerras com o que há de melhor disponível na raça. Focamos então na produção do Giro-lando 5/8 e PS. Todas as nossas vacas são acasaladas para produzir o 5/8 ou PS. Fizemos uma parceria com a ALTA Genetics para utilizarmos os touros 5/8 em nossas vacas. O resultado é muito bom. Em 2010, colhemos ótimos frutos dessa parceria, tanto nas pistas quanto na sala de ordenha. Vaca tem que pro-duzir leite, tem que reproduzir e tem que viver bem.

Quantos animais o senhor pos-sui atualmente?

Atualmente, estamos com 120 animais de leite em nossa fazenda. São animais selecionados há mais de 12 anos. 75% dos animais adultos estão produzindo leite.

Como o senhor divide o tempo das atividades particulares e o da Alta Genética, empresa na qual o senhor desenvolve um

excelente trabalho? Treinando muito bem os cola-boradores que trabalham no Girolan-do Guima. Fazemos um planejamento anual, com a participação de todos, e daí é seguir o que foi combinado. Todos os finais de semana estamos juntos e a fazenda fica a apenas 30 km da minha casa, qualquer problema resolvemos rapidamente.

Que análise o senhor faz do atual momento do agronegó-

cio brasileiro? Temos que dar graças a Deus por nosso país ser tão rico em recursos,

nossas condições de plantio, de produ-ção, nosso clima, nossos recursos hídri-cos, nossa boa vontade para trabalhar, porém precisamos capacitar pessoas. Escuto todos os dias várias pessoas recla-marem de sua atividade do agronegócio, no leite isso é quase unânime. A pergunta básica “quanto você está recebendo pelo litro do lei-te?” já é motivo de depreciação de nossa atividade. Ninguém pergunta quanto custa produzir um litro de lei-te, ninguém assume os erros primários que são feitos na fazenda. Mas todos, ou quase todos, afirmam que a ativida-de leiteira é ruim. Alguns até se expli-cam dizendo que não é mais sofredor, que agora engorda gado. Tudo isso é desculpa de pessoas não preparadas. Todo negócio precisa de planejamento. O agronegócio precisa de planejamento urgente, o governo precisa investir mais em capacitação, em informação, em atividades com apoio técnico. Quando olhamos as outras atividades, por exem-plo as do comércio, percebemos que é a mesma coisa. Se não tem planeja-mento, a loja fecha. Repito aqui: temos tudo de bom para sermos os maiorais do agronegócio no mundo, mas precisamos de informação, capacitação e planeja-mento das atividades.

Qual é a contribuição da pecu-ária na geração de emprego e

renda?

A atividade pecuária é mais uma atividade do agronegócio que exi-ge a permanência de pessoas para seu funcionamento, o que gera empregos, gera renda que movimenta o comércio e diminui o êxodo rural. Existem fazendas de pecuá-ria que movimentam uma cidade, são grandes fazendas que empregam mais de 100 pessoas. Acredito que, por meio de pro-jetos de capacitação de empreende-dores rurais, essa contribuição irá com certeza aumentar cada vez mais.

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Setor de couro prevê elevar faturamento para US$ 3,8 biOs dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB)

O setor de couro prevê fatu-rar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, contra os US$ 3,4 bilhões previstos para

o fechamento de 2010. O volume de abates deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o Brasil como o segundo maior produtor de couro cru do mundo atrás da China. Os dados são do Centro das Indústrias de Cur-tumes do Brasil (CICB). As exportações de couro de-vem fechar 2010 com US$ 1,7 bilhão, receita 10% inferior à de 2008 e 46% superior à registrada em 2009. Para o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, o grande fato do ano passado foi que a indústria bra-sileira do couro não conseguiu recuperar o preço médio das vendas do ano pré-cri-se mundial, fechando em média mensal de US$ 170 milhões, ante os montantes de 2008 quando o setor regis-trou exportações em torno de US$ 180 milhões. Apesar das incertezas em re-lação à economia mundial, para 2011 a expecta-tiva é que as ex-portações atinjam um total de US$ 2 bilhões. Goerli-ch acredita que o crescimento do fa-turamento futuro vai depender mais do au-mento da produção de artigos de maior valor agregado do que da quantidade de couros trabalhados. "Apesar dos al-tos custos de produção em nosso país que inibem a industrialização e favore-cem a exportação de matérias-primas e de produtos de baixo valor agregado, apostamos numa evolução positiva em médio prazo", disse. Com uma produção de couros bovinos crus de aproximadamente 44 milhões de unidades em 2010, ante os 43 milhões de 2009, o país se mantém na frente da Índia e dos Estados Uni-dos no ranking de maiores produtores. "A nossa participação na produção mun-

dial é de 13% com tendência crescente. Ficamos atrás apenas dos chineses. Para 2011 espero uma produção com certeza superior a 44 milhões", afirmou. O presidente do CICB ainda destacou que com o faturamento glo-bal de todos os tipos de couro, de US$ 55 bilhões por ano, o Brasil represen-ta aproximadamente 6,5% no mercado mundial em receita obtida, atrás de China, Itália e Índia. "Com esses núme-ros ficamos em uma das mais destacadas posições no ranking mundial. Na pro-

dução de

couros crus bovi- n o s , ocupamos depois da China a segunda posição e, em faturamento geral da indústria curtidora, ocupamos a quarta posição depois da China, da Itália e da Índia", comentou ele. O Rio Grande do Sul ainda é o maior polo de curtumes do país, segui-do por São Paulo, considerado maior exportador, Paraná, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Mato Groso do Sul, Goiás, Mi-nas Gerais e Pará. "Nós ainda somos os maiores em industrialização de couro do país, com um volume de 10 milhões de unidades anuais. Mas a aposta ago-ra é investir em tecnologia e desen-volvimento genético para melhorar a

qualidade do couro", frisou Francisco Gomes, presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul). Apesar de todo o otimismo do setor, a valorização do real, os impos-tos altos e os atrasos na restituição dos créditos da exportação são alguns dos entraves que diminuem a capacidade de competição brasileira, disse Go-erlich. "Para nossa indústria, que em grande parte depende da exportação, a burocracia excessiva e as altas con-tribuições sócias, particularmente em comparação com o nosso maior com-petidor, a China, são outros entraves.

A nossa indústria é competitiva, apenas nos falta isonomia em

relação aos nossos compe-tidores”. Francisco Gomes, da

AICSul, também defen-de as mudanças para

melhorar a rentabi-lidade e competiti-vidade do setor. "O problema do câmbio piorou ainda mais a

nossa competitivida-de. Precisamos reduzir

o Custo Brasil para am-pliarmos as nossas con-

dições de igualdade com nossos concorrentes", contou.

Goerlich defende que o setor precisa investir permanen-temente em inova-ção para agregar um diferencial ao

produto brasileiro ante a concorrência. "O setor precisa investir mais e de forma per-manente em inovação, fomentando a criatividade, e se orientar cada vez mais no modelo italiano. A única chave para sobreviver é a criação de produtos diferenciados e de preços mais altos", finalizou. O setor de couro prevê fatu-rar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, acima dos US$ 3,4 bilhões inicialmente previstos para 2010. O volume de aba-tes deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o país como o segundo maior produtor mundial de couro cru, logo atrás da China. Os dados são do CICB.

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Interações entre a nutrição e a eficiência reprodutiva em bovinos de corte – Novos enfoques

André Alves de Souza

As relações entre o “status” nu-tricional e os índices reprodu-tivos em bovinos são um tema que vem sendo abordado há

bastante tempo por diversos grupos de pesquisa no mundo. Porém, o metabolis-mo animal tem uma infinidade de inter--relações, mecanismos de controle das suas atividades e, além disso, a extrema especificidade dos hormônios possibilita várias formas de estímulo ou inibição da atividade reprodutiva em bovinos. Dentro desse tema, novos enfoques têm sido dados à atuação de algumas substâncias, interferindo diretamente na ação dos hormônios responsáveis pela reprodução. Dessa maneira, colocam-se novas possibilida-des de interação entre a nutrição e a reprodução, além do “status” nutricio-nal. É sabido que tanto a ”subalimenta-ção” como a “superalimentação” afe-tam negativamente a reprodução nos bovinos, sendo o balanço energético negativo o fator de maior impacto nos sistemas de produção de bovinos de corte baseados em pastagens. No caso do Brasil, o impacto negativo da entra-da de matrizes com baixa condição cor-poral na estação de monta em relação às taxas de prenhez e nascimentos fica em torno de 10%, sendo significativo para a produção final de bezerros. Com o objetivo de diminuir os impactos da seca sobre a condição corporal das matrizes, muitos produto-res utilizam a suplementação protéica como forma de atenuar as deficiências nutricionais desses animais no período de seca, continuando essa suplementa-ção durante o pós-parto. Esse tipo de manejo não só é indicado como possi-bilita ótimos resultados em relação às

taxas de prenhez do rebanho na esta-ção de monta seguinte. É válido lem-brar que, em qualquer situação, a rela-ção custo/benefício da suplementação deve ser avaliada, bem como o melhor momento de se aplicar tal manejo. Po-rém, a falta de balanceamento desses suplementos pode ter um efeito con-trário e levar a alterações metabólicas que prejudiquem o desenvolvimento embrionário e o estabelecimento da gestação. O uso excessivo da ureia como fonte de nitrogênio não protéico do suplemento pode levar ao aumento da concentração de amônia no líquido ruminal, na corrente sanguínea e na luz uterina, levando à morte embrionária e queda nas taxas de prenhez. Outra situ-ação que pode levar às mesmas ocorrên-cias citadas acima é o desbalanço pro-téico energético do ambiente ruminal. Suplementos com grandes proporções de proteína e pouco carboidrato degradável no rúmen levarão a aumentos da concen-tração de amônia ruminal e sanguínea. Segundo Funston (2004), o uso de gordura em suplementos de fêmeas de corte tem efeito direto nos índices reprodutivos, pela ação direta de al-guns ácidos graxos. Essa ação direta se daria pela formação do ácido araqui-dônico, precursor de prostaglandinas. Porém, dependendo do ácido graxo presente, podemos ter a formação de prostaglandinas dienoicas ou trienoi-cas (PGF2alfa ou PGF3alfa). Diversos trabalhos de pesquisa mostram que os ácidos graxos podem atuar na reprodu-ção por meio do aumento do número e tamanho de folículos, tamanho do cor-po lúteo, qualidade de embriões e con-centração de hormônios relacionados à reprodução.

A maior concentração de hor-mônios esteroides em resposta à suple-mentação lipídica ainda não está bem definida, podendo ser devido ao au-mento da produção desses hormônios e/ou à diminuição do metabolismo dos mesmos. A teoria da diminuição do me-tabolismo dos esteroides é atualmente uma das mais discutidas para explicar as maiores concentrações de esteroi-des na suplementação lipídica (SARTO-RI e GUARDIEIRO, 2010). Hawkins et al. (1995), citados por Sartori e Guardieiro (2010), avalia-ram o mecanismo pelo qual a inclusão de gordura na dieta aumenta a concen-tração de progesterona circulante. A concentração de progesterona foi maior para as fêmeas tratadas, porém com concentrações luteais de progesterona similares entre os animais suplementa-dos ou não, sugerindo não haver diferen-ça na secreção total de progesterona. Além dos aspectos relacio-nados às concentrações hormonais de progesterona circulante, existem os efeitos dos ácidos graxos sobre os em-briões e sua fixação na parede uterina no início da gestação. Em relação ao embrião, tem-se os efeitos da suple-mentação lipídica sobre a qualidade do embrião e sua capacidade de produção do interferon t. Outra possibilidade de atuação dos lipídeos seria em relação ao ambiente uterino, possibilitando melhor desenvolvimento embrionário, queda da “reabsorção” embrionária e aumento das taxas de prenhez. Diversos fatores nutricionais e/ou nutrientes estão sendo demonstrados como determinantes na ocorrência da reprodução, nos dando a possibilidade de interferirmos diretamente nos índi-ces reprodutivos por meio da nutrição. Tal fato é extremamente importante, pois prova que, de alguma maneira, os nutricionistas tinham razão ao utilizar a famosa frase: “O cio entra pela boca”.

Referências bibliográficas:

FUNSTON, R. N. Fat supplementation and reproduction in beef females. J. Anim. Sci., v. 82, p. 154-161, 2004.SARTORI, R.; GUARDIEIRO, M.M. Fato-res nutricionais associados à reprodu-ção da fêmea bovina. Rev. Bras. Zoo-tec., v. 39, p. 422-432, 2010.

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Módulos mínimos de produção: custos da produção de leite em pasto

Marco Aurélio Factori - Pós-Graduando em Zootecnia – FMVZ/UNESP/Botucatu/SPCiniro Costa - Prof. do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal – FMVZ/UNESP/Botucatu/SP

Paulo Roberto de Lima Meirelles - Prof. do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal – FMVZ/UNESP/Botucatu/SPCristiano Magalhães Pariz - Pós-Graduando em Zootecnia – FMVZ/UNESP/Botucatu/SP

Nas últimas décadas são consi-deráveis os avanços no campo da nutrição e alimentação de ruminantes. Novas técnicas

de alimentação e manejo foram pro-postas para minimizar os custos e au-mentar a renda dos diversos setores e sistemas produtivos. Em se tratando de produção de leite em pasto, quando a forragem é diretamente colhida pelo animal, os custos de produção podem sofrer sensível redução. A oferta de alimen-to no momento certo (ponto ótimo de manejo da forragem) e em quantidade adequada resulta em dieta volumosa adequada para que as vacas possam produzir até 12 litros de leite por dia (DERESZ e MATOS, 1996), desde que os animais tenham potencial genético para tanto. Dessa forma, um sistema com pastagem bem estabelecia e baixo custo de implantação em comparação aos de-mais sistemas de produção de leite con-fere segurança e versatilidade frente aos altos preços de insumos e baixo preço do leite. Considerando como base o pasto (volumoso de verão), é de fundamental importância utilizar sistemas mais pro-dutivos (lotação/ha) plantando forragei-ras de alto potencial de produção. Assim, dentre esses sistemas, uma das opções é a adoção do paste-jo com lotação rotacionada, que nada mais é que uma área subdividida em piquetes (por meio de cerca eletrifi-cada), tendo como finalidade fornecer ao animal forragem de alta qualidade. Após o pastejo, esse capim deverá ser

adubado (verão). No inverno, o uso da cana de açúcar substitui a silagem ou feno, alimentos mais caros (Tabela 1) utilizados rotineiramente nos sistemas de confinamento. A cana de açúcar é hoje o volumoso mais barato depois do pasto. Embora quando usada exclusiva-mente proporcione baixas produções de leite por animal por dia (4-6 litros), é atrativa por ser de baixo custo e de fácil manejo. Quanto à suplementação das vacas ao longo do ano, estas não preci-sam de rações que contenham produtos milagrosos que, a um passe de mágica, farão com que os animais aumentem a produção. O uso de subprodutos da agroindústria como parte dessa suple-mentação tem se tornado prática co-mum, com resultados positivos para o sistema, reduzindo o preço do concen-trado utilizado. Para fechar um sistema sim-ples e objetivo, o armazenamento do leite produzido deve ser levado a sério, mesmo que os preços para se produzir leite em pasto sejam menores em com-paração à produção de leite com vacas

confinadas. Embora as lucratividades, segundo a literatura, sejam por volta de 20 a 30% sem considerarmos mão de obra, a obrigação é que o leite entre-gue ao caminhão que vai até a fazenda ou é levado até um tanque comunitário esteja em perfeitas condições físico--químicas e microbiológicas. Esta publicação objetiva rela-cionar e quantificar os custos de uma produção leiteira em pasto, desde a implantação da espécie forrageira até a entrega do leite no tanque de resfria-mento. Assim, seguem abaixo os custos de uma produção leiteira em pasto com produção de 300 litros de leite por dia, atualizados para o ano de 2010. Para tanto, cabe ressaltar que os alguns cálculos foram realizados por docentes e discentes da área de Forra-gicultura e Pastagens do curso de Pós--Graduação em Zootecnia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu, incentivados pelos constantes questionamentos referentes à viabilidade dos sistemas de produção de leite em pastagem conduzidos com mão de obra familiar, tendo como base

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informações do IBGE de que o Brasil possui 4,8 milhões de estabelecimen-tos rurais e, dentre eles, 4,1 milhões são estabelecimentos familiares com média de 26 ha cada. A renda mensal média é de zero ou negativa para 15% destes, 55% até R$ 250,00, 20% entre R$ 250 e R$ 666,00, 5% entre R$ 666 e R$ 1.250,00, 3% entre R$ 1.250 e R$ 2.291,0,0 e apenas 2% acima deste va-lor. Assim, justifica-se essa preocupa-ção em relação à área do sistema e a renda do mesmo. Considerou-se, en-tão, uma família que conseguisse obter 3 salários mínimos de rentabilidade no sistema, tendo como base no ano de 2010 o salário mínimo de R$ 510,00. Assim, para efeito de cálculo, tomaremos por base uma rentabilida-de de 25% (sem considerar custos com mão de obra, a qual será familiar). No entanto, fixaremos um salário hipotéti-co de 3 salários mínimos (3* R$ 510,00 = R$ 1530,00) e um preço do leite de R$ 0,70 (média histórica). Aplicando-se rentabilidade de 25%, temos, por litro de leite vendido, lucro de R$ 0,18. Para uma renda de R$ 1.530,00 (1530,00 / 0,18), a produção diária deve ser de 283 litros. Para isso, necessita-se de 18 vacas em lactação de 16 litros de leite em média, mais 6 vacas secas. Consi-derando uma taxa de lotação no pas-to (verão) de 15 UA/ha e 1 hectare de cana para alimentar de 20 a 25 vacas

durante um período de 150 dias (inver-no), temos: 1,6 ha de pastagem (verão) e 1 ha de cana de açúcar, ambos bem manejados. Além disso, computou-se 1 ha para instalações. No entanto, não só produzir a baixo custo é necessário, mas também que o investimento inicial seja o me-nor possível. Para tanto, considerando uma rentabilidade igual à citada ante-riormente, de três salários mínimos, é comum observarmos sistemas rentáveis como a criação de frangos, que em me-nos de 1 ha consegue rendas acima do previsto. Todavia, o investimento inicial é alto se considerados os equipamentos utilizados, dentre eles bebedouros, co-medouros, além de toda a estrutura de barracão e demais construções. Nesse contexto, de acordo com a Tabela 2, observam-se os custos para o módulo de produção de leite em pasto, desde a implantação do pasto, compra de animais e custo de investi-mentos com instalações. As instalações serão o mais simples possível, porém funcionais para o aspecto de higiene, condições de trabalho e versatilidade. Na Tabela 3, encontram-se os valores do custo de manutenção das benfeitorias, diluídos para os anos de utilização. Na Tabela 4, encontram-se a receita do leite vendido e os custos de produção, não inclusos gastos com mão de obra.

A partir da visualização das ta-belas, pode-se concluir que a produção de leite é rentável (R$ 1.530,00) em pequenas áreas (3,6 ha) em relação às outras atividades pecuárias, como a bo-vinocultura de corte e ovinocultura, que necessitam de áreas maiores para se ob-ter o mesmo lucro, que serão abordadas em outras publicações. Apesar dos cus-tos iniciais inerentes à atividade, é pos-sível diluí-los. Assim, toda e qualquer benfeitoria pode ser financiada, bem como a compra dos animais, que pode ser gradativa e seguindo metas previa-mente estabelecidas. Para tanto, todo e qualquer sistema de produção preci-sa de planejamento e oportunidades de mercado devidamente gerenciados para cumprir objetivos e alcançar o sucesso. Fica evidente que a produção de leite em pasto é a atividade pecuária que de-manda menor área quando se trata de estabelecimentos familiares.

Literatura citada

CEPEA/ESALQ-USP - Metodologia do ín-dice de preços dos insumos utilizados na produção pecuária Brasileira. Cen-tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, 2010.

DERESZ, F.; MATOS, L. L. Influência do período de descanso da pastagem de capim elefante na produção de leite de

vacas mestiças Holan-dês x Zebu. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootec-nia, 33, 1996, Forta-leza. Fortaleza: SBZ, 1996, v. 3, p.166-167.

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Golden Retriever P

ET

Aparência A pelagem vai do dourado até o creme. Possui um porte atlético, cons-tituição simétrica e harmoniosa, dorso curto com um tórax poderoso, costelas longas e bem arqueadas e linha supe-rior do dorso direita. Cabeça e crânio equilibrados, com um stop pronunciado (chanfradura nasal, isto é, o desnível entre a testa e a base do nariz). Parte superior da cabeça larga. Focinho forte, largo e comprido, com um comprimento semelhante ao do crâ-nio. Nariz preto. Olhos castanho-escuro, bastante afastados, com bordos escu-ros. Orelhas de tamanho médio, implan-tadas mais ou menos ao nível dos olhos. Maxilar forte com perfeita oposição das duas maxilas. Membros anteriores direi-tos, membros posteriores fortes e mus-culados, sendo longa a parte inferior da coxa e o ângulo do corvilhão bem mar-cado. Os jarretes devem ser amplos e rectos, sem desvios. O Golden tem pés de gato, arre-dondados. A cauda está implantada à altura da linha dorsal e normalmente mantém-se nessa posição. Deve chegar até os jarretes e não é curva na ponta. Os movimentos de cão são fortes, com boa cadência.

Temperamento Seu temperamento é calmo. É excelente para atividades físicas como o agility, uma das formas que os pro-prietários arrumaram para uma maior integração com seus cães, que estão sempre prontos a agradar e obedecer. Por ter um excelente olfato, é muito usado para farejar drogas e como guia de cegos. Por ser um cão de tem-peramento equilibrado, acredita-se que possa ser criado, inclusive, em aparta-mentos, apesar de seu grande porte. Também pode ser criado para a terapia.

Bem-estar O Golden Retriever tem boa adaptação a qualquer espaço, inclu-sive a apartamentos. É muito popular por ser dócil com seus donos, amistoso com crianças, obediente e muito inte-ligente. Bastante mimado, não suporta a solidão durante muito tempo caso não tenha sido habituado a isso desde pequeno. Por vezes, é preciso prote-ger o cão da criança, de tão dócil que ele é. Adora comer, por isso convém ter cuidado para que o cão não fique obeso. Não apresenta quaisquer sinais de agressividade e tolera muito bem outros animais. Bastante inteligente, aprende facilmente qualquer ordem. Precisa ser ensinado desde pequeno

para que não falhe quando adulto.

História A seleção da raça teria sido iniciada pelo Lord Tweedmouth em Bri-ghton, no Sul da Inglaterra, por volta de 1835, quando supostamente teria adquirido 8 cães de um circo russo. Levou-os para a sua propriedade na Escócia, que se chamava Guisachaar. O Lorde possuía o passa-tempo de caçar cervos. Foram feitos acasalamentos com o Bloodhound para aperfeiçoar o olfato e diminuir o tamanho dos cães. Estas são apenas suposições, que se deparam com outra hipótese: o cru-zamento com Tweed Water Spaniel, hoje uma raça extinta, e dos Wavy-Coats pretos com o Setter Irlandês. A linhagem desen-volvida na Escócia chamava-se Ilchester. Ao longo dos anos, outras li-nhagens foram desenvolvidas, até que se chegou ao Golden conhecido hoje.O primeiro Golden chegado ao Brasil foi Patrick, que tinha o nome de re-gistro: Eldorado of Gold Leaf. Sua pro-prietária, Sra. Yvette Tobião, o com-prou de um canil na Califórnia. A partir daí, a raça começou a entrar no Brasil por mais dois canis no Rio de Janeiro e, hoje, se encontra por todo o país. A raça foi reconhecida em 1911. Tido hoje como ótimo cão de companhia para quem gosta de cães de porte grande, ele é assim, um compa-nheiro fascinante. Muito dócil, ele tem um ótimo comportamento e é muito agradável. Além de manhoso, é também um amigo confiável, o melhor deles.

Saúde Como todo cão de caça, o Gol-den é resistente, mas suscetível a pro-blemas, como:

• Displasia coxo-femural - de-tectada entre o 5º e 8º mês de idade, sempre antes dos 18 meses. Cães com este problema não devem reproduzir, evitando-se, assim, transtornos no fu-turo e que seja colocada em risco a re-putação do criador. • Atrofia progressiva da retina - detectada entre o 4º e o 8º ano de vida, pode levar à cegueira total ou parcial do animal. Podem ser feitos exames oftálmicos depois dos 24 meses para prevenção. • Catarata e Entrópio de pálpe-bras - pode aparecer a partir do 3º mês de idade. • Piodermite - pode ocorrer por inúmeros fatores; distúrbios metabólicos, deficiências imunológicas, descontrole endócrino ou por processos alérgicos.

Cuidados A escovação semanal é neces-sária, sempre com a escova de pinus ou rasqueadeira. Os ouvidos, por essa raça possuir orelhas caídas, devem receber atenção especial. Limpe-os com uma solução específica semanalmente. Nos banhos, dados com sham-poo ou sabão próprios, o cão deve ser bem enxaguado para que não fiquem re-síduos que possam prejudicar sua pele. O uso de um bom condicionador para cães é indicado para amaciar o pelo. As orelhas deverão ser limpas quinzenalmente. Os Golden Retriver são os cachorros mais dóceis de todos, são muito espertos e adoram brincar. Nas competições, são ágeis e obedientes, com as crianças são muito comportados e brincalhões. Seu peso vai de 30kg até 40kg. Os machos chegam a ter de 56 a 61 cm e as fêmeas, de 51 a 56 cm.

Golden Retriever é uma raça de cães de origem britânica. Em inglês, seu nome significa:

Golden= dourado - Retriever= o que recupera

Border Collie

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O Border Collie é um cão de ori-gem inglesa, fronteira com a Escócia. Raça desenvolvida por fazendeiros, pastores de

ovelhas, teve todo o trabalho de aper-feiçoamento genético voltado para o pastoreio, há mais de 200 anos. Era chamado de Collie trabalhador, para distinguí-lo do Rought Collie (no Brasil conhecido por Collie - Lassie). Esses homens da acidentada re-gião fronteiriça inglesa, daí o nome Bor-der (fronteira), tinham como preceito cruzar apenas os exemplares que mais se destacavam para o trabalho com ove-lhas, escolhendo entre o plantel (cães da criação) os melhores pastores, re-sultando destes cruzamentos, exímios cães de trabalho. Essa condição era a principal entre os que desenvolviam a raça e, por causa da simplicidade des-ses fazendeiros, o BorderCollie ganhou a aparência rústica e exótica - que mais parece um "viralatinha" do tipo que ge-ralmente vemos nas ruas -, mas ganhou também uma inteligência extraordi-nária, considerado pelo estudioso do comportamento canino, Stanley Coren, como o cão mais inteligente do mundo.

Aparência Tamanho entre 40 e 52 cm, peso de 13 a 27 kg (machos) ou a 25

kg (fêmeas). Todas as cores são admi-tidas, sendo o branco e preto o mais abundante, com possibilidades comuns de variação para: preto, chocolate, tricolor, merle, sable, saddle. Existem duas variedades de pelagem: pelo lon-go (ou grosseiro), com cerca de 8 cm de comprimento, e pelo curto (ou liso) com 2,5 cm de comprimento.Por dia gasta, em média, apenas de 300 a 550g de ração.Ele é um cão muito belo para se ter em casas, desde que tenha bas-tante espaço para ele se exercitar.

Temperamento Deve ser criado em espaços amplos e necessita de constantes exer-cícios. No Ranking de inteligência elabo-rado por Stanley Coren, o Border Collie é cotado como o cão mais inteligente do mundo. A convivência com outros cães e crianças costuma ser tranquila.

Utilidade É muito usado na prática de agility, Frisbee, obediente e excelen-te pastor de ovelhas. É resistente, ágil e considerado um cão incansável. Por seu alto gasto de energia, não deve ser mantido confinado em espaços peque-nos e, quando na cidade, deve ser leva-do para passear e correr regularmente. Deve-se salientar que esse cão não se cansa facilmente, já que foi aprimora-do geneticamente durante séculos para

ser um cão de pastoreio, o que significa que ele precisa de, no mínimo, um par de horas, ou mais, de atividade diária para ser um cão equilibrado e feliz. Também é muito usado como cão de companhia, mas devem ser feitas com ele atividades diárias, nem que seja uma volta para passear. Ele é brincalhão e se dá muito bem com outras raças. Dotado de extrema habilidade, o BorderCollie atinge uma velocidade de mais de 70 km/h e, por ser um cão de trabalho pesado, resiste ao cansaço enquanto trabalha, demonstrando mui-ta disposição até terminá-lo. De ótima tratabilidade, os Bor-ders são talvez a única raça cujo pa-drão oficial permite várias colorações de pelagem e, também, um olho de cada cor nos cães cuja pelagem seja do tipo "merle" (cor em que se misturam várias tonalidades, sobre um fundo ge-ralmente acinzentado).

Companheiros comuns

Os Borders geralmente se dão bem com outros animais, de estima-ção ou não. Na presença de grandes animais, como bois e ovelhas, a raça tende a mordiscar seus jarretes, na tentativa de pastoreá-los. Esse com-portamento também é observado com crianças pequenas.

Border Collie

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PET

Toxoplasmose: com conhecimento se previne corretamente.

Causada pelo protozoário To-xoplasma gondii, um dos mais prevalentes parasitos dos verte-brados de sangue quente, a To-

xoplasmose é uma importante zoonose. Muitas dúvidas existem em torno dessa doença e as fezes dos felinos na maioria das vezes são apontadas como a principal forma de infecção para os humanos, mas devemos saber que exis-tem outros meios de infecção, como por exemplo, ingestão de carnes mal-passadas, leite cru entre outros, que devem ser conhecidos.

Ciclo de vida do parasita Os felídeos são os únicos ani-mais em que o protozoário pode com-pletar o seu ciclo, ou seja, eles são os hospedeiros definitivos do parasito. Outros animais (bovinos, equinos, ca-prinos, ovinos, aves e cães) e o homem apenas podem manter a fase assexuada do parasito, ou seja, são hospedeiros intermediários. Os felídeos são infec-tados ao ingerir a carne do hospedeiro intermediário com o parasita e isso faz com que eles eliminem oocistos imatu-ros nas suas fezes. O ciclo assexuado tem início quando o oocisto é formado, no tubo digestivo do hospedeiro definitivo, e eliminado pelas fezes. Após a sua eli-minação se dá a esporulação, que é caracterizada pelo aumento de volume do parasito e pela produção de esporo-zoítos no seu interior. Esse processo só estará completo quando formar espo-

rozoítos, que é o que caracteriza o oo-cisto infectante. O tempo da esporula-ção depende das condições ambientais no solo onde está o oocisto (geralmen-te 1 a 5 dias). A ingestão do oocisto constitui uma das formas de infecção dos hos-pedeiros intermediários e neles o oo-cisto se rompe no intestino, liberando os esporozoítos que invadem os ente-rócitos (células intestinais). Dentro do enterócito, cada parasito é denomina-do taquizoíto. O taquizoíto se divide várias vezes, de forma assexuada até o rompimento da célula hospedeira. Esse processo se repete várias vezes, libe-rando grande número de taquizoítos para a invasão de novas células no san-gue e nos tecidos. Logo após a invasão de uma nova célula por um taquizoíto, o ciclo assexuado pode levar à forma-ção de bradizoítos intracelulares. A formação de bradizoítos co-meça a ocorrer com maior intensida-de quando o hospedeiro intermediário desenvolve imunidade específica, caso contrário os taquizoítos continuam in-fectando novas células. Os bradizoítos se multiplicam bem mais lentamente que os taquizoítos, mas estão menos acessíveis à resposta imune, no interior de cistos teciduais. O ciclo se completa, quando o felídeo ingere os tecidos infectados do hospedeiro intermediário. Isso possibilita aos bradizoítos encistados infectarem o seu intestino, realizarem o ciclo sexuado levando à formação final de oocistos e eliminá-los novamente.

Aspectos clínicos em felinos: Aproximadamente 10% a 20% dos felinos experimentalmente inoculados desenvolveram diarreia autolimitante no intestino delgado por 1 a 2 semanas. A toxoplasmose extraintestinal fatal pode se desenvolver a partir da replicação sistêmica dos taquizoítos após infecção primária, com o envol-vimento dos tecidos hepático, pul-monar, do sistema nervoso central e pancreático. Filhotes infectados trans-placentariamente ou pela amamenta-ção desenvolvem os sinais mais graves e geralmente morrem ou desenvolvem doença ocular. Os achados clínicos comuns nos felinos com toxoplasmose disseminada incluem depressão, anorexia e febre seguida de hipotermia, efusão perito-neal, icterícia e dispneia. A infecção de T. gondii deve estar na lista de dos diagnósticos diferencias para felinos com uveíte anterior ou posterior, febre, hiperestesia muscular, perda de peso, anorexia, ataxia, icterí-cia, diarreia ou pancreatite.

Diagnóstico: Os felinos com toxoplasmose po-dem ter uma variedade de anormalida-des clínico-patológicas e radiográficas, mas nenhuma documenta especifica-mente a doença. Nos testes sorológicos, a IgM é a imunoglobulina que melhor se cor-relaciona com a toxoplasmose clínica

Priscila Figueira [email protected]

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felina, já que essa classe de anticorpo raramente é detectada no soro de fe-linos saudáveis. O diagnóstico da toxo-plasmose clínica pode ser baseado na combinação de:- Demonstração de anticorpos no soro, o que confirma a exposição ao T. gondii.- Demonstração de qualquer título de IgM acima de 1:64 ou aumento de qua-tro vezes ou mais no título de igG, o que sugere infecção recente ou ativa.- Sinais clínicos

Tratamento: Deve ser instituído o tratamento de suporte, quando necessário. Hidro-cloreto de clindamicina administrado por quatro semanas ou uma combina-ção de trimetropim-sulfonamida admi-nistrada também por quatro semanas tem sido usados mais frequentemente para o tratamento da toxoplasmose fe-lina clinica. Azitromicina tem sido usa-do com sucesso em um número limita-do de felinos, mas a duração ótima da terapia é desconhecida. Felinos com sinais clínicos sistê-micos de toxoplasmose, como febre ou dor muscular associada à uveíte, devem ser tratados com fármacos antitoxoplas-ma em combinação com corticosteroide oral ou parenteral para se evitar luxa-ções secundárias da lente e glaucoma. Os sinais clínicos que não en-volvem os olhos ou o SNC usualmente se resolvem dentro dos primeiros 2 a 3 dias de administração dos fármacos; a toxoplasmose ocular e do SNC responde mais lentamente à terapia. A recidiva dos sinais clínicos pode ser mais co-mum nos felinos tratados por um perío-do menor que quatro semanas.

Aspecto zoonótico e prevenção No homem, a maior parte dos casos de infecção pós-natal se manifes-ta de maneira subclínica ou assintomá-tica e o sistema imunológico, quando saudável, consegue combater a doença gerando imunidade. Entretanto, quan-do uma gestante não imune se infecta pode ser muito grave. Nesse caso o feto é mais susceptível à infecção, visto que pode desenvolver lesões oculares e no SNC. Isto é chamado de infecção pré--natal. Outro caso extremamente gra-ve da doença é observado em situações de imunossupressão ou imunodeficiên-cia. Um exemplo disso é o que ocorre quando a toxoplasmíase se manifesta em aidéticos. Nesse grupo, esta para-sitíase é uma das principais causas de morte por encefalite.

Na maioria dos casos o diag-nóstico é realizado através de sorolo-gia (métodos imunoenzimáticos e de aglutinação). A identificação do para-sito também pode ser feita em líquidos orgânicos, como líquor e lavado brôn-quico. Outras técnicas menos usuais são a biópsia, o PCR e o isolamento em animais de laboratório. Os humanos adquirem toxo-plasmose mais comumente através da ingestão de oocistos esporulados ou cistos teciduais, ou via transplacentá-ria. Nas tabelas abaixo temos os mé-todos para prevenção da toxoplasmose em humanos:•Prevenção da ingestão de oocistos;•Evitar alimentar os felinos com carne malcozida ou crua;•Não permitir que os felinos comam ratos;•Limpar a caixa de areia diariamente e jo-gar as fezes na bacia sanitária, com poste-rior descarga e lavar com água escaldante;•Usar luvas para trabalhar com o solo;•Lavar bem as mãos com sabão e água após a jardinagem;•Lavar bem os vegetais antes da ingestão;•Beber água filtrada;•Tratar a eliminação de oocistos dos felinos com fármacos antitoxoplasma.•Prevenção da ingestão de cisto tecidual;•Não comer carnes malcozidas;•Não tomar leite cru;•Cozinhar todos os produtos cárneos a 66 ºC;•Usar luvas quando manusear carnes;•Lavar bem as mãos com sabão e água após a manipulação de carnes;•Congelar toda a carne no mínimo por 3 dias antes de cozinhá-la. Ter contato com gatos não é uma via comum de se adquirir toxoplasmose pelas seguintes razões:

- Os felinos geralmente eliminam oo-cistos apenas por poucos dias ou sema-nas, após inoculação primária;- A eliminação de oocistos é rara, mes-mo nos felinos imunodeficientes;- Os felinos são muito limpos e geral-mente não permitem que as fezes per-maneçam na sua pele por período de tempo suficiente para levar a esporula-ção dos oocistos;- Não é só porque é gato que possui to-xoplasmose, ele precisa se infectar;

Por essas razões, devemos nos atentar principalmente aos alimentos e higiene e seu cozimento, que, para nós humanos, são mais relevantes contra a infecção de T. gondii. Conhecendo melhor o ciclo da toxoplasmose, podemos concluir que a mulher quando fica grávida não precisa se desfazer de um gato de estimação, apenas utilizar os métodos de preven-ção citados na tabela 1 ou, se preferir, levar o animal ao médico veterinário para realizar a sorologia e, caso ne-cessário, o devido tratamento. O mito mulher grávida x gatos, por muitas gerações deixou gatos abandonados à própria sorte nas ruas, expondo-os ao risco de uma infecção pelo T. gondii de-vido ao fato de terem que caçar e bus-car alimentos no lixo para sobrevivên-cia, tornando-se um sério problema de saúde pública não só pela infecção de T. gondii, mas também pelo risco de adquirir outras zoonoses (raiva, giár-dia, dermatófitos, entre outros) e re-produção sem controle.

Bibliografia: NELSON R. W.; COUTO C. G. Medicina interna de pequenos animais. Rio de Janeiro, 2006, 3º edição, 1259-62p.

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UberBrahman consolida parcerias internacionais

O plantel UberBrahman, de Aldo Valente e Carlos Balbi-no, firmou durante o Con-gresso Mundial da Raça Brah-

man, realizado no Brasil em outubro, importantes parcerias com criadores e empresas da Colômbia e Venezuela. Essas relações comerciais foram conso-lidadas em visita aos países no início de dezembro O médico veterinário e geren-te-técnico do plantel UberBrahman (Uberlândia/ MG), Thiago Camargo, participou da Feira Nacional Cebu, em Bogotá – Colômbia, no início do mês de dezembro e aproveitou a ocasião da viagem para consolidar parcerias comerciais entre o plantel e criadores daquele país, que foram firmadas ini-cialmente durante o Congresso Inter-nacional da Raça Brahman, que ocor-reu em Uberaba/MG. Thiago realizou a viagem acompanhado de Emilio Pou-bel, um dos técnicos do UberBrahman. No total, foram 7 dias na Co-lômbia que envolveram diversas ações de estreitamento comercial entre o plantel UberBrahman e criadores e em-presas daquele país. A principal delas foi uma visita à Central San Esteban, de Bogotá, para conhecer os touros Brah-man disponíveis. A ocasião também foi produtiva, pois Thiago conheceu pesso-almente o touro colombiano JPS Neru Manso 005/D5, adquirido em sistema de condomínio pelo plantel UberBrah-man, Fazenda Braúnas e JPS em par-ceria com a Central durante o Leilão Internacional de Touros, no Brahman Congress. Neru é destaque absoluto no rebanho Colombiano e é o único touro daquele país com sêmen liberado para venda no Brasil.

“Temos interesse em reali-zar novas aquisições para troca de genética com a Colômbia, por isso a via-gem foi bem-sucedida no sentido de conhecermos os protocolos, custos de

produção, jovens reprodu-tores, entre outros deta-lhes que são importantes para se consolidar novas parcerias”, comentou Thiago.

Ele complementa que realizou um levantamento da produção e venda do sêmen de JPS Neru Manso 005/D5 e programou a produção de 500 doses de sêmen por semana. Hoje, a dose do sêmen desse touro está avaliada em R$ 30,00. “A Colômbia trouxe dos EUA uma genética de ponta na raça Brah-man há muitas décadas e desenvolveu animais funcionais e produtivos, aptos às condições do Brasil. Nosso objeti-vo é abrir as portas comerciais entre o Brasil e a Colômbia e estender esse relacionamento para outros criadores interessados”, Thiago ressalta.

Outras ações na Colômbia

Ainda na Colômbia, aproveitando os 7 dias de passagem por aquele país, Thiago Camargo realizou outras ações importantes. Uma delas foi a concre-tização de uma negociação para inter-câmbio de genética com a Embriogen Cenate SA, viabilizada através de uma reunião com o gerente da unidade, Ju-lio César Olaya Oyuela. Outros momentos importantes foram: o encontro com o presidente da Associação Colombiana de Criadores de Zebu (ASOCEBÚ), José Victor Chahin, momento no qual discutiu sobre as ava-

liações genéticas aplicadas pelo plan-tel UberBrahman em Uberlândia/MG; e, também, uma visita realizada à Fa-zenda San Gabriel, um criatório tradi-cional colombiano tanto em volume de produção como em representatividade genética e comercial naquele país. Para finalizar as ações na Co-lômbia, Thiago acompanhou presen-cialmente alguns dias da Feira Nacional Cebú, que é o evento mais importante do gado Zebu colombiano, reunindo exemplares das raças Brahman, Gir e Guzerá, bem como insumos agrícolas, pecuários e acessórios. Durante o evento, realizou vá-rias tratativas para exportar sêmen e embriões para Colômbia, onde a gené-tica que leva a marca UBER já é bastan-te esperada.

Venezuela

No Estado de Barinas, na Ve-nezuela, região onde há a maior con-centração pecuária do país, o plantel UberBrahman realizou estreitamento comercial com os proprietários e par-ceiros do animal Mr. Uber Átina 353, comercializado também durante o Brahman Congress em Uberaba/MG. “Lá conhecemos a Ganaderia Nuevo Mundo, no município de La Mula. Nossa intenção é, também, o estreitamento de relações para abrir portas comer-ciais para a raça Brahman com aquele país”. Conheceram diversos rebanhos com mais de 30 anos de seleção, mui-tos deles com mais de 1.000 matrizes registradas Brahman. Criadores vene-zuelanos utilizam avaliações zootéc-nicas há muitas décadas e adquiriram genética UberBrahman objetivando le-var um refrescamento de sangue com aumento de produtividade aos plantéis. Carlos Linares, atual sócio do UberBrah-man, está muito empolgado: “criamos Brahman há mais de 40 anos, com in-vestimento constante na melhor gené-tica Brahman, e estamos certos de que o Mr. UBER Átina 353 promoverá aqui na Venezuela o mesmo salto genético que conhecemos no Brasil, mais especifica-mente no plantel com a marca UBER”. Somente para o seu rebanho, Carlos já solicitou a produção de 3.000 doses de sêmen do jovem reprodutor, que é Campeão de Pistas e de Provas Zootécnicas. As ações desenvolvidas acima terão continuidade até o final do mês de janeiro de 2011, quando os criadores da Venezuela e da Colômbia virão até Uberlândia/MG para conhecer pessoal-mente os animais do plantel UberBrah-man, os trabalhos genéticos desenvol-vidos pelo plantel e prosseguir com os acordos comerciais entre os países.

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Simulação de um Cenário Leiteiro utilizando Fêmeas F1 Brahmolanda, IC Leite

A seleção Brahman IC Voltada a contribuir com a pecuária co-mercial é efetuada desde 2003 visando Brahman com forte

estrutura corporal, produzindo touros funcionais, de bons aprumos e umbigo corrigido, e vacas F1 para leite sempre usando linhagens de excelente habili-dade materna e que transmitem bons úberes. Tal seleção inclui ainda ani-mais de pista como MR IC POI 19 (1º premio Uberaba) com venda de sêmen pela ABS PECPLAN. Além do mais é avaliado o leite das vacas, sendo pio-neiro em pesagem oficial pela ABCZ de vacas brahman puras, e produção de F1 através de FIV e TE. Neste sentido, observa-se a possibilidade de produzir F1 Brahmolanda através do cruzamento de vacas Brahman puras de excelentes úberes e de linhagens de alta habilida-de materna com sêmen de touros ho-landeses provados para produção de leite e persistência de lactação. Acredita-se que a melhor situ-ação para o pequeno e médio produtor de leite, seja utilizar o espaço todo de sua propriedade para vacas em idade de reprodução, adquirindo F1 Brahmo-landa de qualidade e usar touros Brah-man para fazer bezerros(as) de alto va-lor de revenda (bezerros ¾ Brahman se enquadram como os melhores para re-cria de corte). Propriedades menores, que se dedicam em recriar fêmeas para serem futuras vacas de leite, perdem um espaço que poderiam estar ocupa-dos com vacas em produção, conse-quentemente maior volume leite/dia. Se analisarmos, mais produção de leite, bezerros mais valorizados e vacas descarte de maior valor, conseguiremos mais lucro e melhor gerenciamento. Neste sentido faz-se a seguinte análise funcional em uma propriedade de 100 hectares. Sistema tradicional com recria de fêmeas: Calculando 100 reses tería-mos espaço aproximado para 50 vacas e 50 fêmeas de recria de 7 meses a 3 anos. Com 50 vacas em lactação média de 9 meses e um índice de 80% de fertilida-de/ano, teremos próximo de 30 vacas no curral e uma produção anual de 40 bezerros/ano de menor peso, por serem produtos de vacas leiteiras, consequen-

temente de menor valor de mercado. Sistema de aquisição de fê-meas F1 Brahmolanda e venda total de bezerros ¾ Brahman: Neste siste-ma vamos reduzir o número total para 80 cabeças (por se tratarem de vacas adultas), respeitando o mesmo tempo de lactação (9 meses) e percentual de fertilidade (80%).Teremos 48 vacas pro-duzindo leite (60% a mais que no sis-tema anterior), consequentemente 64 bezerros(as) sendo 24 a mais de maior valor, tanto pelo peso como valor por

Isaac Cohen Persiano1, Gustavo Guerino Macedo21Brahman IC, Governador Valadares, MG. [email protected]

2Doutorando Medicina Veterinária – UFV DTI-2 FAMEZ, Campo Grande, MS

arroba devido à melhor qualidade. Temos que considerar ainda vacas de descarte de maior valor, o que diminui a diferença de reposição na compra de uma F1 Brahmolanda. Assim observa-se a grande vantagem da utilização do sistema proposto. Este cruzamento tem sido usado em vários países de clima tropical com sucesso há longos anos. As F1 (zebu x holandês) são comprovadamente as mais adequa-das para produção de leite a pasto em países tropicais.

Momento do Registro da 1º Brahmolanda Alice IC pela ABCZ no Congresso

MISS IC POI 7 - 4219kg lactação 305 dias

MISS IC POI 8 - 4597kg lactação 305 dias

Momento do Registro da 1º Brahmolanda Alice IC pela ABCZ no Congresso

F1 Brahmolandas para leite

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Brahman IC: a marca que se traduz em sucesso na criação da raça Brahman

Uma raça em crescente ex-pansão pelo mundo vem con-quistando há poucos anos um seleto número de criadores

na região leste de Minas Gerais, que encontraram na raça as características ideais para quem vislumbra resultados positivos aliados à qualidade animal. Empresário e produtor rural, Isaac Co-hen Persiano, 54 anos, é pioneiro na criação de Brahman em Governador Valadares e investe na raça há sete anos. Apesar de poucos anos de investi-mento, o interesse pela pecuária teve início ainda cedo. Natural de Governador Vala-dares, Isaac morou dos 8 aos 21 anos em Belo Horizonte, juntamente com a família. Caçula entre seis irmãos, Isaac Persiano retornou para Valadares após o falecimento do pai, onde sua família era proprietária de uma loja. Uma das motivações do retorno foi o casamento com a então namorada, Mônica Vargas Ramos Persiano, cujo matrimônio já completa 31 anos. Nessa época, a parceria da família se estendeu para o âmbito da

pecuária. “Quando meu pai morreu, tivemos o apoio do meu tio, Alberto Mi-rai, que continuou como nosso sócio e nos enca-

minhou. Eu iniciei minhas atividades na propriedade do meu irmão Vilson e a

pecuária é uma paixão que eu tenho. Vilson é agrôno-mo e quando formou ele veio trabalhar na região e nós viramos sócios, jun-tamente com o meu tio

e meu irmão Nelson. Nós quatro éramos sócios, mas depois cada um seguiu o seu caminho e há aproxi-madamente cinco anos fiz o arrendamento de terra”,

explica Isaac. O arrendamento a qual o pro-dutor rural se refere constitui a atual propriedade na qual desenvolve o tra-balho com a raça Brahman. A proprie-dade pertencente à senhora Zita Bote-

lho e está localizada há 5 km do anel rodoviário, sentido Ipatinga, e conta com 150 hectares de terra. Com a marca Brahman IC, Isaac Persiano desenvolve um trabalho foca-do na produção de tourinhos, fêmeas F1 Brahmolandas e venda de sêmen. Segundo Isaac, já foram comercializadas pela Brah-man IC mais de 10 mil doses de sêmen. Com um plantel de mais de 150 animais, a estrutura da proprieda-de é simples, assim como a rotina das atividades. O gado da fazenda é criado a pasto, mas o gado de pista também já foi um dos focos de trabalho do produ-tor rural. “A minha esposa Mônica está sempre comigo à frente dos negócios e, quando nós iniciamos, trabalhamos certo tempo com o gado de pista, até que sentimos que era hora de produzir tourinhos para servir a campo e tam-bém fazer meio sangue F1, que no caso são as Brahmolandas, o cruzamento de holandês com o Brahman. É a partir daí que tem início a nossa história com a produção de F1”, esclarece. De início, o que mais impres-sionou Isaac Persiano em relação à raça foi a qualidade de úbere das vacas. Daí é que surgiu o interesse de avaliar o leite de algumas vacas Brahmans, já que as mesmas seriam a base para os cruzamentos. ”Nós preparamos uma vaca e tiramos o leite dela com pe-sagem oficial da ABCZ. Fiz questão de que um técnico acompanhasse todo o trabalho. Tiramos uma média de 17kg

em uma novilha de primeira cria e de-pois tiramos 15kg de uma outra vaca. Posteriormente, nesses dois animais, resolvi fazer a lactação completa e acompanhamos 10 meses de lactação, aproximadamente. Elas produziram mais de 4 mil Kg de leite. Há três anos, durante a realização de uma fecunda-ção in vitro, solicitei que usassem uma dose de sêmen de touro holandês, no caso o Towch Dow, em uma de nossas vacas, a IC 7 que teve uma lactação de 4.200kg. Na época, isso pareceu aven-tura para muitos, mas hoje tem muitas pessoas fazendo o Brahmolando em vo-lume”, argumenta Isaac. O Brahman conquistou Isaac Persiano por características peculia-res à raça. Além da qualidade mater-nal, o Brahman produz leite com uma qualidade de úbere interessante e é um animal de natureza dócil, segundo Isaac. “O úbere tem bons ligamentos,

Andressa TameirãoRevista Agrominas

Premiações Minas Show-BH Mônica e Isaac

2º Café Rural-2010

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boa distribuição de teta, além disso, a docilidade é uma característica fantás-tica para se produzir gado leiteiro. O nosso país tem um clima tropical, em sua maior parte quente, e o holandês puro não resiste a esse desconforto térmico. O zebu resiste, porém não te dá o volume de leite que o produtor rural necessita. Então, a produção de Brahmolandas alia as características do zebu com o holandês, tendo a fêmea Brahman como base para esse cruza-mento”, enfatiza o produtor. Como criador Isaac Persiano conhece bem o mercado de exportação de carne bovina, mesmo atuando fora desse mercado. Segundo o produtor ru-ral, atualmente, a carne do angus é a mais aceita mundialmente. Mas, o fato da raça Brahman estar presente em mais de 70 países tem contribuído mui-to para a aceitação da carne de ani-mais dessa raça no mercado mundial. “Aqui em Governador Valada-res, eles já chegaram a abater o animal com 34 meses, com 19 arrobas e acrés-cimo de 1 arroba no gancho. Mesmo na desossa, o rendimento da carne do Brahman é muito bom e é um animal que tanto na maciez quanto na cober-tura de gordura possui os pontos ideais para a exportação. Em outras regiões, o abate é feito até mesmo antes dessa idade. O Brahman é precoce tanto em seu acabamento, quanto na questão da fertilidade. As fêmeas entram no cio cedo. A partir de 1 ano e meio algumas

vacas começam a indicar cio a campo e se forem tratadas entram mais cedo. Os touros também entram em reprodu-ção cedo”, afirma. O Brahman IC faz a seleção de animais desde o início de suas ativida-des e tem feito o uso do garrote IC 19 com maior freqüência, diante dos bons resultados de produção apresentados pelo animal. Além de fazer uso da téc-nica de fecundação in vitro, a proprie-dade trabalha com a inseminação artifi-cial. A técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) tem sido usada com freqüência também e o progra-ma tem sido coordenado pelo médico veterinário Felipe Melo. O objetivo de Isaac Persiano, agora, se volta para a compra de embriões de Brahmolanda, e para a empreitada revela o interesse em parcerias. A estação de monta não é definida, mas os trabalhos de produ-ção na propriedade são intensificados na época das águas, geralmente entre os meses de novembro e abril. A raça Brahman é uma das que mais crescem no Brasil e acompanhan-do esse ritmo Isaac Persiano realizou neste ano o 1º Leilão Brahman IC e Convidados, onde foram colocados 50 animais, durante a Expoagro de Gover-nador Valadares. ”O leilão foi muito in-teressante, e nos ajudou a promover a raça. Em 2008 e 2009, o Brahman foi a raça que mais cresceu nesse períodopercentualmente no Brasil.. Para se ter uma idéia, hoje, já são mais de 170 mil Brahmans registrados na ABCZ. Outro evento que foi de fundamental importância para os criadores foi o XV Congresso Mundial da Raça Brahman”, afirma o produtor. O referido congresso aconte-ceu entre os dias 17 e 24 de outubro, no Parque Fernando Costa, em Ubera-ba. O evento foi realizado pela primei-ra vez no Brasil e a organização estima que tenha passado pelo Parque cerca de 30 mil pessoas. Durante o evento, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) realizou o primeiro regis-tro de um animal fruto do cruzamento entre Brahman e Holandês. O primeiro registro foi justamente de uma fêmea do criatório Brahman IC. “Foi com mui-ta satisfação que eu recebi o comuni-cado de que um animal nosso teria sido escolhido para se registrar, e nós regis-tramos uma das filhas da IC 7 com o Towch Dow, que está com 32 meses de idade. Eu sempre acreditei muito nes-se trabalho de cruzamento porque a F1 está em falta no Brasil e eu acredito

que o Brahman vem a ser essa base que vai fazer a F1”, destaca o produtor.Na Seção Pôster do XV Congresso Mun-dial da Raça Brahman dos 58 trabalhos inscritos, dentre científicos e técnicos, Isaac Cohen Persiano apresentou o tra-balho com o tema „Simulação de um cenário leiteiro utilizando fêmeas F1 Brahmolanda, IC e faturou o segundo lugar na categoria técnica. O prêmio foi mais uma prova para o criador de que o investimento na raça é satisfatório e vem revelando bons resultados. “Dos trabalhos apresentados, nós entramos com o trabalho técnico e fomos os úni-cos a apresentar um produto. Foi nos reservada uma área para que pudésse-mos apresentar uma F1 Brahmolanda. Em nosso trabalho, falamos tanto dessa reprodução quanto do Brahman como a base desse cruzamento. Para nós foi importantíssimo, pois além de sermos premiados, participamos de um mo-mento único e histórico do registro da número 1 com a arquibancada cheia. O resultado do Congresso em si foi fan-tástico. Muitas pessoas de outras raças entraram para o Brahman e com o Con-gresso isso se intensificou. Nós tivemos a oportunidade de compartilhar idéias com os criadores e também de apre-sentar e ouvir trabalhos de outras pes-soas. Foi uma interação muito grande e saímos muitomotivados. O Brahman, que já estava crescendo muito, agora vai ter um im-pulso maior”.Mas todo esse esforço e dedicação vem acompanhado de pessoas que fa-zem de Isaac Persiano um criador de sucesso. “O mais importante que eu acho de tudo isso são as pessoas que tem contribuído. Eu sempre tive muito apoio de amigos, mas há duas pessoas, em especial, que foram fundamentais em meu trabalho: Luciano Márcio Dias, que foi um rapaz que nos deixou muito cedo e é um grande amigo e minha es-posa Mônica, que tem me incentivado e motivado sempre. Além de ser o amor da minha vida, ela tem sido meu braço direito”, declara o criador.

Produtos de FIV

Filhos do MR IC POI 19

MR IC POI 19-1º Prêmio Uberaba

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O Brahman do Lago iniciou-se em 2009, quando nós, da fa-mília Camargos, fomos convi-dados pelos amigos Luiz Ama-

ral e Olídio Blanc, ambos do Brahman Arrojo, a conhecer a raça. Assim foi plantada a ideia de iniciar esse traba-lho. Para dar andamento ao processo, buscamos conhecer o máximo possível da raça e seus benefícios. Esse período de maturação du-rou alguns meses até que fomos con-vidados para o 10º Leilão Querença no dia 05/09/2009, onde adquirimos os primeiros exemplares da raça Brah-man: um lote triplo com três novilhas de uma das mais importantes famí-lias da raça Brahman no Brasil. São os animais QERJ 3798 (QERJ 147 x QERJ 1670), QERJ 3816 (Didor Crata 697 X JDH Navasota 55/1) e a QERJ 3871 (QERJ 1117 “Michele” x JDH MR Wood-man Manso 578/6). A partir daí, começou a paixão do Brahman do Lago pela raça. Nes-sa fase de aproximadamente um ano e meio foram feitos grandes investimentos na aquisição de participação e de gené-tica das mais renomadas doadoras e suas famílias. Além disso, foram firmadas par-cerias com grandes criadores e também realizados investimentos significativos na aquisição de genética estrangeira. Atualmente, com pouco menos de 18 meses de existência, o Brahman do Lago conta com uma média de 250 prenhezes prontas para nascer em 2011 e mais de 200 animais P.O. Brahman em seu plantel. Desses, aproximadamente 100 animais já são nascidos com regis-tro próprio, sendo reconhecidos pela série LAKO. Entrega do Ranking Mineiro –

Fazendas do Lago O evento de confraterniza-ção e entrega do Ranking Mineiro 2010 aconteceu na Fazenda do Lago em 11/12. Foi um enorme prazer para nós, da família Camargos e do Brah-man do Lago, receber em nossa casa a entrega do Ranking. No evento, fomos prestigiados com a presença de todos os associados da Associação Mineira do Brahman (AMB), além dos amigos de outros Estados que também compar-tilharam conosco um dia maravilhoso. Dentre alguns, destacamos Raphael França NKR e Miguel MPX. A organização do evento co-

Brahman do Lago

meçou alguns meses antes, quando muitos amigos brahmistas se dispuse-ram a ajudar, tais como: José das Gra-ças Lamounier, Presidente da AMB; Flá-via Géo Latorre, Diretora Executiva da AMB; Circe Massud e Adeli do Brahman Massud; Moisés e Tabita da Querença; Olídio Blanc, Luiz Amaral e Simone do Brahman Arrojo; Mario Cárpena e Xi-mena, dentre outros. Na véspera da confraternização, pudemos contar com a presença dos amigos em nossa fazen-da, onde já era perceptível um clima de descontração, alegria e companhei-rismo, ou seja, todos os bons sentimen-tos que emanam da raça Brahman dire-tamente para seus criadores. Após meses de organização e um evento impecável, tivemos como principal resultado alcançado a conquis-ta de três novos associados/criadores e, acima de tudo, a certeza de que estamos no caminho correto ao apostar na pecu-ária brasileira, em parcerias estratégicas com criadores tão dedicados e, ainda, na raça Brahman como pilar fundamental de nosso criatório. Para o Brahman do Lago fica a certeza de que, embora no

Fazendas do Lago, lar do Brahman do Lago

caminho certo, apenas abrimos a portei-ra que nos guia para essa linda e longa estrada que é a família Brahman. Expectativas do Brahman do

Lago para o mercado As expectativas são de um crescimento exponencial da raça Brah-man no Brasil e em países da América do Sul. O Brahman do Lago irá acom-panhar essa ampliação, em busca de qualidade e progresso constantes. Atu-almente, temos um projeto para pro-dução de 400 prenhezes / ano a partir de 2011.

Fábio Camargos e Asteca YSE 9

Entrega do Ranking Mineiro de 2010

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Fazendas do Lago, lar do Brahman do Lago

Fábio Camargos e Asteca YSE 9

Entrega do Ranking Mineiro de 2010

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

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GIR

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Nova diretoria da GirolandoPosse da nova diretoria da Girolando reúne criadores de todo o Brasil Investir em modernização

dos serviços é meta da associação

A nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando tomou posse em (24/01) em solenidade que

contou com a presença de criadores e autoridades de várias partes do país. O presidente reeleito, José Do-nato Dias Filho, destacou os principais projetos da nova diretoria para o triênio 2011/2013. “Tivemos um crescimento significativo da entidade nos últimos anos, o que reflete o grande potencial da raça. Houve aumento no número de registros, de associados, de animais par-ticipantes do Programa de Melhoramen-to Genético da raça Girolando. Para os próximos anos, vamos investir ainda mais na modernização de nossos serviços e na construção do Centro de Capacitação Girolando”, dis-se o presidente da associação. Sobre as perspectivas do mercado para este ano, o presidente da Girolando tem a seguinte opinião:

Posse Girolando

Foto

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“temos que ser otimistas, uma vez que sabemos produzir e temos tecnologia e rebanho para fa-zer com qualidade. O governo anunciou, em no-vembro, durante um seminário em Brasília, a sua disposição em buscar novos mercados, inclusive

com a participação dos setores produtivos. A grande incógnita para nós é o problema cambial. Como não afeta apenas o nosso setor, temos es-perança e confiamos no seu equacionamento de

forma a nos colocar no mercado externo”.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leitei-ro, Silvio Queiroz, lembrou a parceria entre as duas entidades na realiza-ção da MEGALEITE, principal feira do agronegócio do leite no país, que será realizada em junho. O presidente da Câmara Mu-nicipal de Uberaba, Luiz Humberto Dutra, destacou a importância do tra-balho que a Girolando vem desenvol-

vendo em prol da pecuária leiteira. O deputado federal, Paulo Piau, salientou o avanço da raça nos últimos anos e a grande capacidade dos criadores bra-sileiros em produzir alimentos de alta qualidade. A solenidade, realizada em Uberaba, contou com a presença de associados e funcionários da Girolando, representantes de diversas empresas e entidades do setor.

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Apontamentos sobre o arrendamento e parceria rurais de pessoas físicas

Atualmente, a cessão do uso da terra é elemento necessário para o aumento da eficiência dos produtores rurais. Essa

cessão normalmente é realizada por meio de contratos de arrendamento e/ou de parcerias rurais, regulados pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64) e respectivo regulamento (Decreto nº 59.566/66) e constituem importante instrumento de ganho de eficiência e produtividade. Cada vez mais presente no cam-po, sobretudo nos setores canavieiro e de grãos, o Contrato de Arrendamento Rural é aquele pelo qual o proprietá-rio (arrendador) cede ao arrendatário, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de seu imóvel rural – no todo ou em parte, com ou sem benfeitorias e outros bens –, para que o arrendatário

exerça atividade extrativa, agropecuá-ria, agroindustrial ou mista, mediante retribuição certa ou aluguel. No arrendamento, o arren-dador e arrendatário têm tratamento diferenciado. Enquanto o proprietário (arrendador) recebe a retribuição cer-ta, na forma de aluguel, sem participar dos riscos do negócio, o arrendatário, além de cobrir todos os riscos da ativi-dade agrícola, se obriga a pagar quan-tia líquida e certa para o arrendador - independentemente da produção. Em contrapartida, os contra-tos de parcerias rurais são celebrados com o objetivo de se dividir os riscos do negócio, na proporção estipulada em contrato, não havendo que se fa-lar em valor fixo de aluguel. Por este contrato, tanto o parceiro-outorgado (cultivador direto) quanto o parceiro-

Do Tratamento Fiscal

A receita de arrendamento rural é tributada como aluguel (renda em função da cessão do imóvel), sendo considerada rendimento líquido tributável pelo Imposto de Renda, sujeita à tabela progressiva. As parcerias rurais, por outro lado, se firmadas por contrato observando--se as regras exigidas pela legislação e, essencialmente, a assunção dos riscos do negócio por ambas as partes envolvidas, tem o seu resultado tributado como decorrente de atividade rural. Por esta razão, torna-se a opção mais econômica ao produtor, na medida em que autoriza a dedução de despesas e é tributada em separado dos demais rendimentos do beneficiário. No entanto, em se verificando o pagamento de percentual fixo para o parceiro, ainda que o contrato seja denominado parceria, as receitas serão consideradas de arrendamento e tributadas como tal. Este é o posicionamento adotado pela Receita Federal, que em inúmeros casos desqualifica as parcerias firmadas entre produtores, que acreditam que o simples contrato firmado, lhes autoriza usufruir dos benefícios concedidos às atividades exercidas efetivamente em parceria.

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-outorgante (dono da terra) assumem, em igualdade de condições, os riscos e as vantagens do negócio. As despesas são distribuídas entre as partes e, no caso de insucesso da safra, ambos ar-carão com os prejuízos decorrentes. Por outro lado, para que um contrato seja considerado de arrenda-mento rural, deverá observar as seguin-tes exigências do estatuto da terra, sob pena de ser desqualificado como tal, para todos os efeitos legais: (i) prazo mínimo de 3 anos para a vigência do contrato; (ii) direito de preferência na aquisição do imóvel; (iii) direito a in-denização das benfeitorias necessárias e úteis feitas no imóvel; (iv) limitação do preço do aluguel em função do valor cadastral do imóvel; e (v) direito à re-novação do contrato de arrendamento.

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FeijoadaIngredientes:1 KG Feijão1 KG Bacon1 KG Calabresa1 KG Lingüiça paio1 KG Costelinha defumada1 KG CharqueSal a gostoPimenta do reinoAlhoCheiro verdefolha de lourocouvelaranja

Modo de Preparo: Cozinhar o feijão tirar o sal das carnes salgadas, misturar tudo com o feijão e deixar cozinhar até chegar ao ponto.

Sugestão: Servir com farofa, couve refogada, la-ranja e arroz branco.

Fazenda Palo Alto de Santa Gertrudes

O espaço Gourmet desta edi-ção foi realizado em Ubera-ba, na fazenda Palo Alto de Santa Gertrudes, onde está

localizada a sede do Girolando Guima, de propriedade de Guilherme Marquez. Os convidados foram recepcionados para saborearem uma tradicional fei-joada, feita com bastante criatividade e muito tempero do bom. Para acom-panhar o verdadeiro prato brasileiro, caipirinha e cerveja bem gelada. Mas também tinham sucos e refrigerantes. Desta vez, o espaço Gourmet teve uma dinâmica diferente. O produtor Gui-lherme Marquez aproveitou a presença dos convidados para fazer uma expo-sição dos produtos da fazenda. Como destaque, o Girolando Guima vai se consolidando como um dos melhores criatórios da região. A ideia foi fazer uma demonstração sem abusar da pa-ciência dos convidados. De forma bem descontraída, as pessoas foram conhe-cendo as potencialidades dos produtos Girolando Guima. Ao final do dia, o que se pôde perceber foi uma bem-suce-dida “feira de negócios”, com o regis-tro de aproximadamente 40 mil reais. “Gostaria de agradecer a presença de todos que aceitaram o convite e com-pareceram para esta reunião simples, porém feita do fundo do coração. Em especial, agradeço minha mãe, Eliane Marquez, minha esposa e, sobretudo, a Revista InteRural pela iniciativa de promover o evento aqui em Uberaba”, disse Guilherme. A trajetória de suces-so do Girolando Guima e o empenho da família na execução do projeto você pode constatar na entrevista com Gui-lherme Marquez na página “Produtor de Sucesso”.Então veja como foi feita a feijoada para o Espaço Gourmet.

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Cooperativa de Produtores Rurais de Prata inaugura Fábrica de Rações de Suplementos Minerais

Os silos podem armazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja

O município de Prata, no Triân-gulo Mineiro, é um dos mais importantes na produção agrícola do Estado de Minas.

Agricultura e pecuária contribuem com a maior parte da arrecadação da ci-dade. Com arrojo e desenvolvimento, Prata acabou de inaugurar uma das mais modernas fábricas de rações e su-plementos mineiras de toda a região. Em uma solenidade que movi-mentou a população da cidade, no dia 14 de janeiro, a Cooperativa dos Produ-tores Rurais de Prata (COOPRATA) en-tregou as novas instalações da fábrica. Com tecnologia de ponta e seguindo rigorosamente as normas de Boas Práti-cas de Fabricação (BPF), a capacidade de produção foi ampliada de 10 para 45 toneladas/hora, o que assegura a capacidade em atender de forma dife-renciada os clientes e parceiros. A nova unidade destina-se também ao recebimento, secagem e armazenamento de grãos. Possui a ca-pacidade de recebimento de 180 to-neladas/hora de grãos e a secagem de 50 toneladas/hora. Os silos podem ar-mazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja. “A instalação dessa unidade e o grande investimento comercial rea-lizado pela COOPRATA só foram possí-veis graças à união de seus associados. Essas ações visam não somente suprir a demanda de nossa região, mas levar o nome e a excelência de nossos pro-dutos para produtores que investem e buscam a alta qualidade, produtivi-dade e sanidade do rebanho”, disse o presidente da COOPRATA, Adelino José. Ainda de acordo com o presi-dente da Cooperativa, a nova unida-de permite a geração de produtos e serviços com maior valor agregado; e a eficácia de estratégias apropriadas permite a solidificação do associado e da cooperativa. Prova disso é a con-cretização do novo Polo Industrial João Batista de Queiroz (João Terra), que fica às margens da rodovia MG 497 km 80. Instalada no polo industrial, a nova fábrica possui localização privilegiada, oferecendo boas condições de aces-so aos produtores, aos fornecedores e também aos funcionários. A solenidade de inauguração começou no período da manhã com

a benção do pároco Pe. Célio Pereira Lima, da igreja Nossa Senhora do Car-mo. Na parte da noite, deu-se prosse-guimento à solenidade com os descer-ramentos das placas de Polo Industrial João Batista de Queiroz – João Terra – e da Fábrica de Rações. De acordo com o produtor que recebe a homenagem, enquanto muitas outras cooperativas no Brasil inteiro passam por dificulda-des, a COOPRATA é uma das mais ren-táveis e organizadas de toda a região.

“Hoje eu estou muito feliz, além de ver a inau-

guração desse grande empreendimento, também pude rever muitos amigos,

que, ao longo dos anos, também colaboraram para essa grande realização. A cidade de Prata está de

parabéns, mas gostaria de parabenizar, sobretudo, o produtor rural e a dire-toria da cooperativa por meio do presidente Ade-lino (Braquiara)”, falou João

Terra.

A solenidade de inauguração da Fábrica de Ração e Suplementos Minerais da COOPRATA contou com vá-rios convidados ligados ao setor rural e

também ao meio político. Dentre eles, o Deputado Federal Marcos Montes – presidente da comissão da Agricultura no Congresso Nacional –, os deputados estaduais Romel Anísio Jorge (Romão) e Luiz Humberto Carneiro, líder do gover-nador Antônio Anastasia na Assembleia Legislativa em Minas Gerais e também do presidente da Federação Pan Ameri-cana de Leite, Sr. Vicente Nogueira. Os convidados presentes no even-to acompanharam atentamente o pronun-ciamento das autoridades e puderam ver de perto o compromisso com que o depu-tado estadual Luiz Humberto Carneiro se propôs a buscar recursos para viabilizar a entrada de acesso à fábrica, uma vez que a mesma fica às margens da rodovia, onde o trânsito de veículos é intenso. Em pronunciamento, o presi-dente da FEPALE e COTRIAL, Vicente Nogueira, agradeceu o convite e pa-rabenizou a COOPRATA pela ousadia e empreendedorismo no investimento re-alizado. De acordo com Vicente, o co-operativismo como sistema econômico faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e de distribui-ção de riquezas, e tem obtido excelen-tes resultados no município de Prata. “Vejo com alegria a inauguração dessa Fábrica de Rações, uma vez que ela irá agregar valores e promover o cresci-mento de todos os seus cooperados”, disse Vicente. Também compareceram à so-lenidade os Conselheiros Administrati-vos e Fiscal da COOPRATA, dos coorde-nadores das comunidades e da grande

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maioria dos associados e familiares, colaboradores e de parceiros da COO-PRATA, e a presença de vários diretores de cooperativas da região. O prefeito municipal, Luiz Roberto Santos Vilela, não pode comparecer, mas foi repre-sentado pelo filho Fabrício Franco Vile-la, que é também o atual presidente do Sindicato Rural de Prata. Em sua fala, destacou a representatividade da CO-OPRATA para o município de Prata na arrecadação de impostos e geração de empregos. Foi enfático ao reconhecer a força que os produtores representam no cenário nacional de nosso país para o agronegócio e setor agropecuário. Dentre os homenageados da noite, o gestor da nova Fábrica de Ra-ções, Sr. Luciano Teodoro Rezende, rece-beu do diretor da COOPRATA uma moção de aplauso pelo desempenho e dedica-ção frente à execução do projeto. Os silos podem armazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja. Um momento marcante da solenidade foi o discurso do presidente da COO-PRATA, Sr. Adelino José Pereira Neto, que fez um agradecimento especial a todos os associados e disse que a fide-lidade e a participação deles repre-sentam o ponto forte para a solidez da cooperativa. Os colaboradores também fizeram parte de seu discurso, que res-saltou o quanto são importantes para a COOPRATA, destacando o trabalho do gerente geral Celívio Freitas, sempre dedicado ao desempenho da constru-ção da obra. Durante o pronunciamen-to, Adelino José Pereira ressaltou que, quando começou seu mandato na CO-OPRATA como presidente, em 2003, o faturamento anual da empresa repre-sentava 49 milhões de reais, mas, em 2010, ultrapassou os 140 milhões. A captação de leite da COO-PRATA cresceu numa proporção de 10% ao ano, enquanto que a média nacional foi de 5%. Isso comprova a excelente administração e a confiança dos asso-ciados. Destacou, ainda, a relevância da Semana de Agronegócios para os co-operados, que teve sua primeira edição em 2007 com a comercialização de 1,5 milhão de reais, e no ano de 2010 mais de 20 milhões de reais foram comer-cializados. O presidente, emocionado, destacou a importância que sua família teve ao longo do ano como dirigente da COOPRATA e encerrou seu discurso não como uma despedida, mas como um até breve, uma vez que se colocou à disposição da entidade.

“Sempre que precisarem, podem contar com o meu

apoio”, finalizou Adelino.

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COOPRATA: uma administração sólida e de conquistas

A Nova Fábrica de Rações e Su-plementos COOPRATA é mais uma conquista da atual ges-tão. Nesses últimos oito anos

de administração a COOPRATA se fez uma das dez melhores cooperativas do setor agropecuário, como apontado em pesquisa de revista especializada do setor. Além da Nova Fábrica, podemos ainda destacar:• A reforma e ampliação da Loja Agropecuária Cooprata aumentando sua capacidade de produtos e ofere-cendo preços mais competitivos aos produtores rurais,• O Departamento Técnico da Cooprata conquistou seu prédio inde-pendente e ampliou seu leque de servi-ços oferecidos aos produtores, com as-sistência técnica personalizada, venda direta de produtos e a profissionaliza-ção da mão de obra do campo com sua equipe técnica,• O leite produzido pelos os as-sociados da COOPRATA e vendido à em-presas do setor lácteo obteve um maior valor agregado devido à sua qualidade, confiabilidade e a constante profis-sionalização dos associados, tornando leite da Cooprata mais competitivo no mercado,• Outra reforma importante foi do Supermercado COOPRATA que au-mentou sua área de vendas, produtos e triplicou seu faturamento, um bene-fício a mais não só para os cooperados Cooprata, mas para toda a população pratense.• A COOPRATA promoveu a ca-pacitação e profissionalização de seus associados e colaboradores, com cursos de capacitação e treinamentos ofereci-dos principalmente pela a Ocemg/Ses-coop (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais),• A Semana de Agronegócios da Cooprata, que teve sua primeira edi-ção em 2007, tornou-se um evento de referência do setor a nível regional e nacional. Nesses quatro anos de sua re-alização, a comercialização de insumos agrícolas e de produtos voltados ao agro-negócio foi altamente expressiva, desta-cando-se com um dos melhores projetos de fomento da pecuária leiteira.

Essas conquistas deram-se pelo apoio de um conselho adminis-trativo atuante, representando o em-preendedorismo do associado, sendo precisos nas tomadas de decisões, determinantes nas diretrizes, metas, normas e planos de ação para atingir os objetivos traçados pela cooperati-va. Um conselho fiscal voltado para a transparência nas prestações de con-tas apresentadas à sociedade, garan-tindo assim, a manutenção do patri-mônio do associado. Podemos destacar também, o estreitamento do elo entre as comunidades rurais e a cooperati-va, debatendo os anseios dos associa-dos com os interesses comuns entre os sócios, compartilhando experiências e opiniões individuais e chegando a um senso comum.

“Por tudo isso, a COOPRA-TA deixou de ser uma sim-ples cooperativa do setor agropecuário e passou a ser uma referência nacio-nal de compromisso com o setor, responsabilidade administrativa, sempre

mantendo seus princípios cooperativistas, promo-vendo o sucesso e a cre-

dibilidade do associado”. Concluiu o presidente Adelino.

COOPRATAPromovendo o Cooperativismo

e o Sucesso do Associado!

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A Semana de Agronegócios da COOPRATA

Com a Semana de Agronegócios a COOPRATA abriu as portas e estendeu o conceito da pala-vra cooperativismo.Os asso-

ciados da COOPRATA, juntamente com os conselhos fiscal e administrativo e diretoria, tiveram a preocupação e cautela em realizar um evento que abordasse o agronegócio. Isso foi comprovado em suas amplas atividades como o Dia de Cam-po, Leilão, Cursos para Jovens e Mulheres cooperativistas oferecidos pelo Sistema Ocemg/Sescoop, comercialização de in-sumos COOPRATA e de produtos das em-presas patrocinadoras participantes, des-file, shows, team penning, shopping de animais enfim, eventos que demonstram a amplitude e relevância da semana.

Na sua primeira edição em 2007, a COOPRATA contava com 06 parceiros, em 2008 com 16, em 2009 34 parceiros e em 2010, com a parti-cipação de 51 parceiros expositores. O evento a cada ano vem tomando maio-res proporções, possibilitando além da comercialização futura de produtos uma maior integração entre COOPRATA e pro-dutor fortalecendo assim, o agronegócio e movimentando a região. A programação da Semana de Agronegócios para 2011 já se encontra toda programada e com muitas novida-des. Esperamos contar com a partici-pação de todas as pessoas voltadas ao agronegócio, novas tecnologias, conhe-cimento e entretenimento.

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LEIL

ÕES

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Vid

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e Le

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eiro Celmo Iran

O personagem desta edição, no quadro “Vida de leiloeiro”, é uma pessoa de muitos atribu-tos e de um caráter intocá-

vel. Simpatia e simplicidade são alguns dos adjetivos que os amigos costumam destacar. De voz suave, jeito calmo, con-duz os leilões em que trabalha de forma bem natural, oferecendo aos participan-tes muita clareza na maneira de vender os animais. Neste espaço, o próprio Cel-mo Iran relata a carreira de sucesso do profissional do martelo. Iniciei minha carreia como lei-loeiro em 1990, mas meus primeiros contatos com leilões se deram a par-tir de 1985, quando fui contratado por uma empresa que, na época, promovia a maioria dos leilões da região, a PLAN-TEL LEILÕES. Nessa empresa passei a conhecer tudo aquilo que envolve a re-alização de um leilão, desde os conta-tos com os produtores para a captação dos animais até a entrega dos mesmos aos seus respectivos compradores. Em 1990, com a expansão ver-tiginosa do mercado de leilões, houve uma grande demanda de mão de obra especializada, mas, como era uma pro-fissão nova, faltava profissionais. Foi aí que, aconselhado pelo colega “João Calu”, também leiloeiro e proprietário

da empresa em que eu trabalhava, me credenciei junto aos órgãos responsá-veis o mais rápido que pude. A partir daí, sempre recomendado pelo colega “João Calu”, a quem eu devo muito pelo sucesso que alcancei, as portas fo-ram se abrindo e hoje tenho uma gran-de satisfação de dizer que completei 25 anos trabalhando com leilões, sendo que 20 deles como leiloeiro. Antes de trabalhar com leilões, tive uma rápida passagem pelo instin-to órgão do governo estadual Instituto Estadual de Saúde Animal (IESA), subs-tituído pelo atual Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) logo que terminei o curso de técnico em agropecuário. Foi ali que tive meus primeiros contatos com pecuarista e pessoas que foram importantes para minha carreira. Hoje o meu campo de atuação se baseia, praticamente, à região do Triângulo Mineiro, cidades como Uber-lândia, Ituiutaba, Monte Alegre, Prata, Tupaciguara, Indianópolis foram onde eu mais atuei. O segmento em que eu mais trabalho é o de leilão misto, em que a grande maioria dos animais é destinada ao mercado de corte. Quanto aos leilões virtuais, tive poucas experiências nesse campo, por isso necessitaria de uma base maior

para emitir uma opinião mais contun-dente. Mas creio que, futuramente, poderá ter uma aceitação bem maior por parte do mercado. No segmento em que mais atuo, o de gado de corte, em que as imagens são muito mais im-portantes que as informações, o com-prador encontra uma grande dificulda-de para balizar o que realmente está comprando e, por essa razão, existe, ainda, certa cautela por parte do pe-cuarista na hora de comprar nesse tipo de evento. Sou casado há 28 anos com Dona Sueli, com a qual tenho 3 filhos, as joias mais preciosas que possuímos. Também não me esqueço de dizer que temos 2 netos, não menos preciosos que os filhos. A profissão, no meu caso específico, que é o que me permite es-tar em casa todos os dias, jamais difi-cultou o meu relacionamento familiar, pelo contrário, foi ela que me deu con-dições necessárias para realizar belas viagens, passeios, reuniões que nos traz, sempre, lembranças inesquecí-veis. Eu creio que o maior sucesso que um homem pode obter é dentro do seu lar e, por isso, busco sempre priorizar a minha família. Hoje sou grato a Deus e aos amigos que me incentivaram a abraçar a carreira. Por meio dela conheci novas cidades, muitas pessoas, fiz amigos. Ela me proporcionou a realização de muitos dos meus sonhos.

Leite & Negócios é uma realização da Embral Leilões Rurais, Rua Airosa Galvão, 97, São Paulo /SP, telefones (11) 3864-5533

LEILÕES

05/02 (14h)Liquidação Fazenda Capão Grande - Gerwald DeckerBR050 Uberlândia sentidoUberaba KM99 (MG)Transmissão: Terra Viva

13/02 (14h)10º LeilãoFazenda FigueiredaParque de Exposições AntônioDaguer em Coromandel (MG)Transmissão: Novo Canal

15/02 (21h)27º Leilão Tradição - Fazenda Santana - Waldyr JunqueiraVirtualTransmissão: Terra Viva

19/02 (14h)3º Leilão Anual daFazenda FarturaEstrada Catalão a Ipameri KM28a esquerda em Goiandira (GO)Transmissão: Terra Viva

26/02 (14h)2º Leilão GirolandoCentrogen e ConvidadosVirtualTransmissão: Terra Viva

27/02 (14h)Liquidação Fazenda CaridadeRecinto de Exposições deGoiatuba (GO)Transmissão: Novo Canal

Oanode2010foiótimoparaomercadodevendadegadoleiteiro,comaltoíndicedeliquidezevaloriza-çãodoinvestimentofeitopeloscria-doresqueaumentaramaproduçãodeleitenopaíseseusrebanhos,gerandoumcrescimentonotáveldemercado.Sob essa perspectiva, 2011 prometesermuitopositivo,comoshorizontesdenegociaçãoemexpansão,devidoaumademandainternacadavezmaior. ParaLeonardoBeraldo,presi-dente da Embral,maior leiloeira degadoleiteirodoBrasil,asexpectati-vassãodeumótimoano.“Temosummercadomaisexigenteeteremosani-maisaindamelhoresàvenda,devidoaosinvestimentosde2010,feitospeloscriadores.Todoessetrabalhoestásen-dovalorizadoedevemosquebrarmaisrecordessobessecontexto”,aponta. MaurícioCoelho,umdoscria-doresdemaiordestaquedoanopas-sado,confirmaqueomomentoémes-mo bom para o investimento emgenéticadeponta.“Asraçasleiteirasvivemseusmelhoresmomentos,fruto

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82

LEIL

ÕES

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Sindicato Rural de Uberlândia promove 1º Leilão de 2011

O tradicional leilão de gado de corte, do Sindicato Rural de Uber-lândia, abriu oficialmente o calendário das atividades para 2011. O leilão de gado de corte acontece há mais de 30 anos, sempre aos domingos, a partir das 16 horas, no tatersal 02 do CAMA-RU. Depois do intervalo das festas de final de ano, os produtores começam a direcionar os negócios voltados à com-

33º Verão de Livramento, RS: 7º Estância Artigas faz pista

com 405 animais

O criador Francisco de Paula Assumpção Magalhães recebeu convi-dados no Parque de Exposições de San-tana do Livramento, RS, na segunda--feira, 17 de janeiro, para o 7º Leilão Anual Estância Artigas. Reuniram-se para o pregão 300 convidados, que as-sistiram a um show de liquidez na apre-sentação de 405 animais Corriedale. Os negócios duraram cerca de duas horas, sob o comando de Lauro Fittipaldi. O remate teve no bojo a oferta de fêmeas. Elas responderam por 89% dos animais comercializados, pela fa-tura de R$ 114.590. A maior procura foi por ovelhas selecionadas, que totaliza-ram 307 exemplares a R$ 350. As regis-tradas somaram 25 ofertas a R$ 360. Os machos saíram em menor quantidade, mas por preços mais eleva-dos. A venda de 25 borregos puros de ori-gem alcançou preço médio de R$ 1.592, seguida de 49 borregos selecionados a R$ 902. Foi do grupo o preço máximo de R$ 4.340. De registro 195 e propriedade de Francisco Magalhães, o animal foi adqui-rido pelo selecionador Cláudio Wetterni-ck, com criação no município. A renda total do 7º Anual Es-tância Artigas encostou nos R$ 200 mil, fazendo média geral de R$ 486. Junto com outro remate realizado em Bagé, também no Estado, a raça já aponta fa-tura de R$ 400 mil em 655 animais ven-didos. Até o fechamento do mês estão previstos mais sete eventos para venda de Corriedale no calendário gaúcho. O remate foi organizado pela Bal-cão Agronegócio. Os pagamentos ficaram em 14 parcelas para os animais seleciona-dos e 300 dias para os animais comerciais.

7º Leilão Sul das Gerais Santo Antônio do Amparo -

MG

A Embral leilões realizou, no dia 16 de janeiro, em Santo Antônio do Amparo, em Minas Gerais, o 7º Leilão Sul das Gerais. Mais uma vez o evento correspondeu às expectativas dos orga-nizadores. Foram reunidos animais de alta qualidade genética leiteira, o que aumentou o interesse por parte dos compradores. O remate apresentou os se-guintes resultados: Girolando 03 Bezer-ras Médias de R$ 1.080,00, 02 Novilhas P+ Média de R$ 3.240,00. Holandesa 53 Bezerras Médias de R$ 1.589,43, 16 Novilhas a Ins Média de R$ 1.944,0, 15 Novilhas Ins Média de R$ 2.757,59, 28 Novilhas P+ Média de R$ 3.105,00, 01 Vaca Amojando Média de R$ 5.184,00, 15 Vacas em Lactação Média de R$ 4.608,00, Jersolando, 03 Novilhas a Ins Média de R$ 1.728,00, 03 Novilhas P+ Média de R$ 1.728,00. Faturamento total R$ 338.040,00.

Leilão virtual Crioulos do Cerrado fatura R$ 370 mil

Oferta de 43 animais do Haras An-chieta, de Gama (DF),

teve média geral de R$ 8 mil

A quarta noite de negócios da raça crioula em 2011, no dia 20 de janeiro, foi marcada pelo Leilão Vir-tual Crioulos do Cerrado, promovido pelo Haras Anchieta, de Gama (DF), do criador Délcio Rodrigues Pereira. A oferta de 43 exemplares in-cluiu potrancas e potrancos, éguas de cria e reprodutores, todos os animais adaptados à região do cerrado brasi-leiro, além de coberturas de garanhões destacados, como o multifinalista do Freio de Ouro Olímpico do Purunã. O lote mais valorizado do re-mate saiu para Goiânia (GO) pelo valor de R$ 25 mil. A égua gateada Santa Mô-nica Barcelona foi arrematada pelo novo criador Jefferson Quadros de Mattos. Com Fábio Crespo no martelo, pela Crioulo Remates, a comercializa-ção dos animais somou R$ 370,5 mil de faturamento e registrou média de R$ 8,6 mil. Já a venda de nove coberturas arrecadou R$ 21,6 mil.

Destaques do Mês

pra de gado. No primeiro leilão do ano, o sindicato rural reuniu quase mil ani-mais, ofertados pelos pecuaristas de Uberlândia e também de municípios vizinhos. De acordo com o leiloeiro ofi-cial do CAMARU, João Calu, os produ-tores estavam ansiosos pelo retorno dos leilões. De acordo com ele, o mer-cado tem boas perspectivas para quem deseja investir na atividade. Para o coordenador dos leilões do Sindicato Rural de Uberlândia, Marcelo Ferreira Silva, o resultado do remate foi acima da expectativa e as vendas atingiram preços acima da média. Bezerro Nelore de 8/10 meses R$ 645,00; Bezerro Nelore de 10/12 meses R$ 695,00; Garrote Nelore de 15/18 meses R$ 845,00; Garrote Nelo-re de 20/22 meses R$1.050,00; Bezer-ro Nelorado de 8/10 meses R$ 605,00; Bezerro Nelorado de 10/12 me-ses R$ 655,00; Bezerro Nelorado de 12/15 meses R$ 800,00; Garrote Nelorado R$ 924,00; Bezerra Nelore de 8/10 meses R$ 530,00; Vaca Magra Nelore R$ 907,00.

Interural Leilões promoveu o Leilão águas Quentes

A InteRural Leilões realizou dia 26 de janeiro o leilão virtual das Àguas Quentes. Na oportunidade foram oferta-dos 40 lotes de animais Gir Leiteiro. A seleção foi feita pelo criador Caio Sandro de Araújo. O leilão foi transmitido para todo Brasil pelo canal Terra Viva e teve como leiloeiro o experiente Cássio Paiva. O remate apresentou as seguintes mé-dias. Novilhas Gir Po R$ 8.900, vacas Gir PO R$ 16.900, Prenhez Sexada R$ 7.200, pacote com duas doses de sêmem do tou-ro Caju R$ 3.360 01 dose de sêmem sexa-do Meteoro Brasília R$ 4.800. Os produtos foram vendidos em 24 parcelas.

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Está chegando a hora de aumentar ainda mais a qualidade do seu rebanho

Você é nosso convidadoParticipe de nossa agenda de leilões

Zé do Gino e Dr. Júlio Ferreira Silva Dois ícones do leite da Zona da Mata Mineira

Monte Belo e Santa FelicidadeLeilão Virtual das Fazendas FEVEREIRO

25Animais Girolando criteriosamente selecionados Vacas em lactação Novilhas com prenhêz confirmada Novilhas e bezerras

Realização

LESTE LEILÕES32 3441-3608

Transmissão

Condições de pagamento

facilitadas

MARÇO

11 Realização

LESTE LEILÕES32 3441-3608

TransmissãoSerão ofertados animais com qualidade superior Vacas prenhes e paridas Novilhas prenhes

Animais filmados na Zona da Mata Mineira

Marco Aurélio Menezes Marcondes

Fazendas ReunidasIguaçu e Sertão

6º Leilão Virtual

ZBR Limeira / Fazenda Kastelo / Agropecuária Giannini

José Márcio de Simoni Silveira – ZBR Limeira Carlos de Simoni Silveira – ZBR Limeira Osmar Rodrigues da Silva – Fazenda Kastelo Mateus Giannini – Agropecuária Giannini

1º Leilão Virtual Gir Leiteiro10

Um leilão cheio de qualidade genética

Um exagero de produtividade

Realização

Transmissão

Encontro de raça, tradição e amigos

MARÇO

Mais informações: (34) 3210-4050 ou acesse nossa agenda de leilões pelo site: www.interural.com

Sexta-feira às 21 horasPELO CANAL TERRA VIVA

Quinta-feira às 21 horas

Sexta-feira às 21 horas

PELO CANAL TERRA VIVA

PELO CANAL TERRA VIVA

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86 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Concluído leilão de cavalos nobres em Mato Grosso do Sul

Terminou o leilão dos cavalos de raça apreendidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Fe-deral de Campo Grande. Fo-

ram ao todo 18 equinos que pertenciam a um militar do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, preso por tráfico de drogas no dia 22 de julho de 2010 em Ponta Porã. O leilão deveria ter ocorrido em 19 de novembro do ano passado, porém foi suspenso pela própria Justiça Federal devido a suposta apresentação de pedigree dos animais. Após a não apresentação dos documentos, foram remarcadas mais duas datas: 1° leilão, no dia 16 de dezembro do ano passado, e o 2° em 17 de janeiro, ambos de for-ma presencial e online. Foram arrematados 14 animais na primeira data e outros 3 na segunda. Dentre os compradores, estavam em-presários do ramo de equinos, criado-res e competidores que puderam dispu-tar cavalos da raça Puro Sangue Inglês, Puro Sangue Árabe, Crioulo e Quarto de Milha.

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 14:50:28

LEIL

ÕES

Segundo a leiloeira, Maria Fi-xer, franqueada da empresa de Leilões

Judiciais Serrano®, que conduziu os leilões, o evento foi um sucesso.

“Os participantes adora-ram os animais, pois além de poderem comprá-los por um valor bem me-

nor que o de mercado, os animais estavam em exce-lente saúde e ótimas con-dições”. Segundo criadores, alguns animais estavam avaliados no valor de

R$ 100 mil. Veja os preços de alguns dos cavalos arrematados, valor de avalia-ção, lance mínimo e valor arrematado: Cavalo Crioulo, pelagem baio, c/ 04 anos. Avaliação R$ 4.000,00; Lan-ce Mínimo R$ 2.400,00; Valor Arrema-tado R$ 4.900,00. Cavalo Quarto de Milha, pela-gem palomino (amarilho), c/ 03 anos. Avaliação R$ 4.000,00; Lance Mínimo R$

2.400,00; Valor Arrematado R$ 10.000,00. Égua Puro Sangue Inglês, pela-gem tordilho, c/ 2,5 anos. Avaliação R$ 3.500,00; Lance Mínimo R$ 2.100,00; Valor Arrematado R$ 3.700,00.Cavalo Quarto de Milha, pelagem pre-ta, c/ 07 anos. Avaliação R$ 3.000,00; Lance Mínimo R$ 1.800,00; Valor Arre-matado R$ 7.300,00. Égua Puro Sangue Inglês, pre-nha, pelagem castanha, c/ 04 anos. Avaliação R$ 3.000,00; Lance Mínimo R$ 1.800,00; Valor Arrematado R$ 4.000,00.

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87InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011(34) 9202-32819682-1220Médica Veterinária Responsável

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Produtor de leite, de genética leiteira e de grande campeã na Expozebu

Fazenda Genipapo Página 14

Ano I - nº 02 -fevereito 2011Caderno Especial da raça gir publicado pela Revista Interural e Portal Girbrsil

Page 89: Interural 41

Paulo Roberto Andrade CunhaUberlandia (MG)

Fone: (34)9968-9736 E-mail: [email protected]

Page 90: Interural 41

CAPA PUBLICITÁRIA

Seleção de linhagens leiteiras alternativas de GirFazenda São Matheus

Página 8

Page 91: Interural 41

Otacílio Ferreira MatosUberlandia (MG)

Fone: (34)9977-3609 E-mail: [email protected]

Page 92: Interural 41

Alta

S Ê M E N S E X A D O

Alta

S Ê M E N S E X A D O

O Sêmen Sexado Alta

Alta

S Ê M E N S E X A D O

Alta

S Ê M E N S E X A D O

com o 511 é assim...

ACELERANDO AO MÁXIMO A PRODUÇÃO DE FÊMEAS

Guardião

Lácteo

Major

Nobre

Vaidoso

Vale Ouro

Paxá Hábil

Paxá Hábil

Espantoso

Everest

Benfeitor Cal

Caju Brasília

Touro PTA LeiteMãePai

149,70

173,80

256,20

338,10

579,80

359,70

Umidade Cal

Umidade Cal

Paquera

Senxém

Rocar Induzia

Nata Silvania

Touros Provados

Apache Cal

Apollo Cal

Astro

Casper

Destaque

Dialogo

Dom

Espelho

Estanho

Fargo

Gabinete

Hargo

Jutai

Kalika

Mustang

Planalto

Procan

Renovado

Segredo

Tabu

Vazão Cal

Marcante

Benfeitor

Sansão

Sansão

Modelo

Gandy

Meteoro

Everest

Benfeitor

Barbante

Dom

Modelo

Sansão

Radar

Emulo

Uaçaí Jaguar

Everest

Oriz

Ozano

Radar

Nobre

Touro LactaçãoMãePai

10.356

11.118

7.225

10.354

11.950

9.577

12.463

17.182

9.041

10.354

10.585

9.063

6.887

8.956

11.520

8.540

9.041

6.899

9.181

12.480

10.281

Nagy Cal

Lenda

Exilada

Ovação

Cafona

Groselia

Garbha

Profana

Nefrita

Ovação

Ametista

Azaléia

Bacabal

Solução

Afinal

Inacia Cal

Nefrita

Chandrakali

Lembrança

Juliana

Planta

Touros em Teste de Progênie

Procure um Representante ALTA e Faça os

Melhores Negócios!

DOS DOXA ME ES R E CD A DAI ORETAB ROHLEM E ROIAM A ARIFNOC

Visite nossa Central: BR 050, Km 164 Uberaba/MG

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Alta

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Alta

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Benfeitor Cal

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Touro PTA LeiteMãePai

149,70

173,80

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338,10

579,80

359,70

Umidade Cal

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Paquera

Senxém

Rocar Induzia

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Touros Provados

Apache Cal

Apollo Cal

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Destaque

Dialogo

Dom

Espelho

Estanho

Fargo

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Hargo

Jutai

Kalika

Mustang

Planalto

Procan

Renovado

Segredo

Tabu

Vazão Cal

Marcante

Benfeitor

Sansão

Sansão

Modelo

Gandy

Meteoro

Everest

Benfeitor

Barbante

Dom

Modelo

Sansão

Radar

Emulo

Uaçaí Jaguar

Everest

Oriz

Ozano

Radar

Nobre

Touro LactaçãoMãePai

10.356

11.118

7.225

10.354

11.950

9.577

12.463

17.182

9.041

10.354

10.585

9.063

6.887

8.956

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8.540

9.041

6.899

9.181

12.480

10.281

Nagy Cal

Lenda

Exilada

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Groselia

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95InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Editorial

Direção geralMário knichalla [email protected]

Rosimar [email protected]

Editor e Jornalista responsávelRosimar Silva

RevisãoAline Defensor

Diagramação Thaís Guetta

Expediente

Visita aos rebanhos de Gir do Triângulo Mineiro

A segunda edição do caderno Girbrasil foi feita entre os criadores de gir do Triângulo Mineiro e para isso tivemos que conviver um pouco com esses criadores e seus rebanhos. Aproveitamos para acompanhar a visita do criador Costarriquenho Edgar Sanches a quatro re-banhos de gir em Uberaba: Sílvio Queiroz (Fazenda Arapoema), Henrique Figueira (Fazenda Figueira), Uniube (Universidade de Uberaba) e Epamig (Fazenda Experimental Getúlio Vargas). Nessas andanças visitei a antiga fazenda laranjeiras, do saudoso Rodolfo Machado Bor-ges, em Uberaba e no mesmo dia participei do dia de campo na Guima Agropecuária, do criador de Girolando Guilherme Marques, assessor de marketing da Alta Genetics, em Uberaba. Também estive na fazenda São Matheus, de Otacílio Ferreira Matos, em Uberlândia, onde o criador mantém um rebanho de 200 animais de alto valor racial e agora inicia um processo de avaliação para produção de leite. Otacílio também irá participar do Programa de Melhoramento Genético das Linhagens Leiteiras Alternativas da Girgoiás. Passamos pela Fazenda Xapetuba, de Thiago Bianchi Silveira, uma propriedade integra-da que desenvolve um arrojado projeto para produção de leite de animais girolando produzidos na própria fazenda a partir das vacas gir leiteiro de vários rebanhos brasileiros. Visitei também o retiro de Gir Leiteiro da Tropical Genética, onde fui recebido por Milton Neto, um dos diretores de empresa. A Tropical é a maior produtora de leite de gir do Brasil. São quase 1.500 quilos de leite por dia. Lá acompanhamos a ordenha da tarde toda feita mecanicamente. Retornei à Fazenda Genipapo, de Paulo Roberto Andrade da Cunha, onde visitamos os animais Gir que estão sendo preparados para as exposições e torneios leiteiros. Também estive nos piquetes da Genipapo que estão sendo irrigados com os dejetos da sala de ordenha. Além do gado, nessa visita Paulo nos premiou com um almoço maravilhoso, que incluiu no cardápio peixe frito produzido na própria Fazenda. Por fim, fui à Fazenda Sabedoria, de Wagner Lúcio, em Monte Alegre de Minas, onde conheci sua nova propriedade e parte do seu rebanho de gir leiteiro e girolando. Lá ouvi de Wagner seu projeto da Hospedagem de Matrizes de alta produção de leite para serem prepa-radas para controle leiteiro oficial e torneios leiteiros. O criador também está preparado para prestar serviços na área de reprodução por meio de Fiv, já que fez uma parceria com a SamVet, de Morrinhos (GO). Em Uberlândia tive contados com os criadores José Sab Neto, presidente da Assogir, Virgílio e Roberto Matos de Brito, da Fazenda São Nicolau e Elson Braga Avelar, morador em Uberlândia, proprietário da Fazenda Bragança, em Monte Alegre de Goiás.

Rosimar SilvaEditor de Girbrasil

Consultoras de VendaDaiane [email protected](34) 9966-5635

Lydiane [email protected](34) 9967-9308

Fotógrafos ColaboradoresClécio Duarte / Ernane Silva Sugestões e anuncios:InteRural Uberlândia - MGRua Rafael Marino Neto, nº 600Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 [email protected]

(34) 3210-4050www.interural.com

Portal Girbrasil Goiânia - GO (62) 8415-3211 / (62) [email protected]

O Caderno Girbrasil é uma publicação mensal, publicado pela Revista InteRural e o Portal Girbrasil. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

Page 94: Interural 41

96

GIR

BR

ASI

Lcaderno

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

ExpozEbu 2011Em menos de seis horas todas as 78 va-

gas para o torneio leiteiro foram preenchi-

das pelos criadores brasileiros. Serão dois

pavilhões só de vacas para o torneio leitei-

ro. Foi preciso montar uma fila de espera.

O gir começa quente em 2011. O concurso

leiteiro será de 3 a 6 de maio. A expozebu

começa dia 26 de abril.

FórumRosimar Silva, editor do caderno Girbrasil

aqui na Interural e do portal de notícias Gir-

brasil, na Internet, foi eleito presidente do

Fórum Permanente dos Núcleos de criadores

do Estado de Goiás, vinculados a SGPA – So-

ciedade Goiana de Pecuária e Abastecimen-

to. São 10 núcleos que compões o Fórum.

prova do LEitEGirgoiás e ABCZ acertaram uma parceria

que visa a realização de Prova Brasileira

de Produção de Leite a Posto em Goiás. A

Embrapa Arroz e Feijão e a Embrapa Gado

de Leite vão participar do projeto cedendo

uma área com infraestrutura e pastos pi-

queteados para sediar a prova.

moEt do GirA EMBRAPA Gado de leite já concluiu o pro-

jeto para realização do Moet - Múltipla

Ovulação e transferência de Embriões – de

Goiás. O líder do projeto é o pesquisador

Rui Verneque. Estão envolvidos nesse pro-

jeto pesquisadores da Epamig, Pólo Gené-

tico de Uberaba, Uniube, UFG, Cenargen e

Sebrae. A Girgoiás busca mais parceiros

para o Moet que será somente com linha-

gens leiteiras alternativas.

Caso radarO Ministério da Agricultura – MAPA - ainda

não divulgou o resultado da genotipagem

que definirá o DNA verdadeiro do touro

que teve sêmen falsificado e está causan-

do sérios problemas aos criadores Brasilei-

ros. O MAPA garante que será preciso in-

vestigação policial para se chegar aos

verdadeiros responsáveis pela fraude ge-

nética.

FazEndas CoLaboradorEsA Uniube – Universidade de Uberaba e a

Tropical Genética são os dois mais novos

rebanhos colaboradores do Programa de

Melhoramento Genético das Linhagens Lei-

teiras Alternativas da raça Gir, pois vão

usar os touros em teste de progênie da

Girgoiás. Em Uberlândia o criador Otacílio

Ferreira Matos também irá usar os touros

em teste da Girgoiás.

xapEtudaRosimar Silva e Mário Knichalla visitaram a

fazenda Xapetuba, onde está sendo mon-

tado um projeto de produção de leite gi-

gantesco. A Xapetuba está produzindo o

rebanho Girolando a partir de excelentes

matrizes gir leiteiro. Segundo Thiago Bian-

chi Silveira, a primeira geração de girolan-

do da Xapetuba inicia a produção de leite

ainda este ano.

CEntraL dE HospEdaGEmWagner Lúcio, fazenda Sabedoria, de-

pois de uma temporada criando gir em

Bela Vista de Goiás, agora está com seu

criatório em Monte Alegre de Minas,

onde também terá uma central de hos-

pedagens de matrizes leiteiras para con-

trole e torneios leiteiros.

Últimas de Girbrasil

caderno

GIR

BR

ASI

L

Page 95: Interural 41

Estância MilagrE

Eduardo JorgE MilagrEFones: 34 3236-4409 / 9971-3168 - [email protected]

Uberlândia-MG - Controle Leiteiro Oficial ABCZ - Técnico: Tiago A. Brito

Sêmem com proprietárioRaça Leite Caracterização = Karan E. Milagre

apresenta

radar x argelia l. V

6.720 KG Oficial ABCZPrimeira cria

Este é o melhor filho do Radar que já vi.Prof. Edmardo Naves

Este animal me impressionou muitoMilton Neto Tropical Genética

Avó MATERNAClemente L. v

6.761 Kg - Oficial ABCZ

MãEArgelia L.v

6.720 Kg - Oficial ABCZ

TiAAmeixa

7.559 Kg - Oficial ABCZ

FAdA E. MiLAGRE FANTASTiCA E. MiLAGRE ESPARTA E. MiLAGRE

Família de campeãs

Irmãs de Karan

K A R A N E . M i L AG R E

Page 96: Interural 41

98

GIR

BR

ASI

Lcaderno

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Empresário inaugurará fábrica de ração com atendimento personalizado

A idéia de Otacílio Matos é produzir ração e são mineral de acordo com as necessidades de cada rebanho, “de qualquer tamanho”. O empresário e criador de Gir Otacílio Ferreira Matos, da fazenda São Matheus, em Uberlândia, resolveu entrar para o ramo da nutrição animal como produtor de ração concentrada e sal mineral, com uma idéia inovadora: tratar todos os seus clientes de forma diferenciada. O nome dos seus produtos já foi escolhido, mas o empresário prefere man-ter em sigilo até a data da inauguração da fábrica, prevista para abril desde ano.

Otacílio está fazendo um grande investimento para

“construir uma fabrica que possa atender o pecu-arista em qualquer parte

do Brasil com ração de qualidade e personalizada”.

Segundo o empresário, que pesquisou muito antes de iniciar o pro-jeto, cada tipo de animal requer um tipo de nutriente, “seja ele concentra-do, ou sal mineral”. Por isso, Otacília resolveu investir na produção de um produto especifico para cada rebanho.

Formulação

Segundo Otacílio, seu cliente irá receber por parte da fábrica um atendi-mento técnico para “identificar quais as necessidades nutricionais e minerais do rebanho, seja ele de corte, ou de leite”. Otacílio conta que será estru-

turado um corpo técnico que irá acom-panhar “o produtor até sua propriedade onde será feito um diagnóstico apurado para se formular um produto dirigido para aquele rebanho, levando em consideração a categoria dos animais, as pastagens, os níveis de minerais no solo e etc”. Esse tratamento vip, a grosso modo, custa caro. Mas Otacílio garante que seus produtos serão “diferenciados e não vão onerar o bolso do produtor, pois ele não irá pagar mais por esse atendimento perso-nalizado, vamos oferecer um produto de al-tíssima qualidade com preços competitivos, pode esperar para ver”, finaliza.

Fazenda Engenho, mais de uma década selecionando Gir Leiteiro

A fazenda Engenho há mais de uma década aposta na seleção de gir leiteiro. Localizada no município minei-ro de Araxá, a fazenda Engenho perten-ce ao criador Leandro Aguiar, que inten-sificou a seleção, segundo Marcelo Solé, assessor pecuário, no final dos anos 90, com a aquisição de várias matrizes de criadores do Triângulo Mineiro. Segundo Solé, Leandro Aguiar adquiriu “várias matrizes leiteiras do criatório de Torres Lincoln Prata Cunha”, do sufixo “Poty VR”. Esses animais Poty VR “demonstraram cla-

ramente suas qualidade produtivas, as quais foram passadas às suas descen-dentes”, informa Solé.

Foco leiteBuscando produtividade, a fazenda

Engenho decide, então, em 2000, fo-car sua seleção exclusivamente no Gir

Leiteiro e “foi feito um traba-lho direcionado para isso”. Após essa decisão, durante dois anos, foi utilizado o touro Bem Feirtor Raposo, na época líder do su-mário, “produtor de campeões e recor-distas de preços, na vacada da Fazenda Engenho”, conta Marcelo Solé. Os resultados, informa Sole, “Foram extraordinários”. Segundo ele, “mesmo nas matrizes gir consideradas dupla aptidão, o aumento de produção leiteira foi bastante significativo”.

Controle LeiteiroA partir dessa experiência bem sucedi-da com o touro Bem Feitor Raposo Cal, a Fazenda iniciou o controle leiteiro oficial da ABCZ.

Marcelo Solé diz que “na vaca-da filha de Bem Feitor usamos touros consagrados como CA Sansão, Nobre da Cal, Modelo de Brasília, Patrimônio da Silvânia, Vindouro, Bagdá e Andaka dos Poções, dentre outros, que formam a base do plantel atual”. Paralelamente a esse pro-cesso de seleção, a Fazenda Engenho também foi até o mercado e adquiriu várias doadoreas de vários criatórios, “tais como Calciolândia, Terras de Ku-bera e outros”, revela Solé.

Exposições A Estratégia da Fazenda Enge-nho é participar de vários exposições agropecuárias do Pais, como Passos (MG), Araxâ (MG), Expozebu e Megalei-te, em Uberaba (MG). Seus animais são comercializa-dos na Fazenda, mas também por meio de leilões de recinto e virtuais. Marce-lo Solé informa que a fazenda Engenho realizará um leilão virtual no mês de Abril e no dia 2 de maio, durante a Ex-pozebu, realizara o leilão Fazenda En-genho e Convidados Especiais.

Page 97: Interural 41

C o n t a t o : A n t o n i o A n a n i a s ( 3 4 ) 9 1 1 8 - 9 8 3 8 / ( 3 4 ) 3 6 6 2 -7 7 7 4E s c r i t ó r i o : C h á c a r a B e l l a V i s t a , B r 2 6 2 - K M 6 8 4 - Tr e v o

A r a x á / P a t o s d e M i n a s - E m a i l : f a z e n d a e n g e n h o @ t e r r a . c o m . b r

AMADEUS DA F.E. (FELG-54)Nobre TE Cal x Princesa Her.Cal.

Campeão Macho Jovem FEILEITE’09Reservado Grande Campeão PASSOS´10

1º Prêmio EXPOZEBU’10Reservado Grande Campeão PATOS DE MINAS’10

2º Prêmio MEGALEITE´10.

BUTUCADA DA F.E. (FELG-159)Bem Feitor Raposo x Batucada da F.E. Reservada Campeã Novilha Maior EXPORIOPRETO 2010 2ª Melhor Novilha EXPORIOPRETO 2010 Campeã Novilha Menor EXPOARAXÁ 2010

BIONDA FIV DA F.E. (FELG-149)Teatro da Silvania x Linda da Poty VR.

Melhor Novilha EXPORIOPRETO – SP 2010 Campeã Novilha Maior EXPORIOPRETO – SP 2010

1º Prêmio Categoria Novilha Menor, Passos – MG 2010

Page 98: Interural 41

100

GIR

BR

ASI

Lcaderno

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Girista acredita na seleção leiteira das linhagens alternativas

Criador de Uberlândia montou um plantel de animais somente das linhagens alterna-tivas e fará forte pressão de seleção para

leite no rebanho

GIR

BR

ASI

L

Page 99: Interural 41

101InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Girista acredita na seleção leiteira das linhagens alternativas

Com um rebanho de aproximadamen-te 200 fêmeas da raça Gir, Otacílio Ferreira Matos acredita numa seleção leiteira ba-seada nas linhagens leiteiras alternativas. Seu rebanho está na Fazenda São Matheus, às margens do lago da represa Miranda, em Uberlândia, um lugar belíssimo, com uma natureza exuberante e pastagens de ótima qualidade.

O começo

Otacílio iniciou sua criação de Gir no ano de 2006 e seu gado tem origem nos planteis de Zeid Sab, Edmardo Naves, Eni Sab e José

Alfredo, do gado EVA.Desde que começou a criação de gir,

Otacílio vem lecionando as linhagens EVA, Krishna e Alecrim.

“Meu gado é o resultado do cruzamento dessas linha-

gens, que particularmente gosto muito”.

Otacílio ainda não está fazendo controle leiteiro oficial, “pois estou numa face

de constituição de rebanho, mas desde o começo faço a identificação de animais que são leiteiros e descarto aqueles que não apresentam nenhuma aptidão para leite”. Segundo ele, dentro de pouco

tempo iniciarei o controle leiteiro oficial, principalmente na geração nova, fruto dos

meus acasalamentos.

Genética

Otacílio diz que agora que o seu plantel já se estabilizou, ele pretende iniciar um

processo de seleção “mais apurada, com controle leiteiro e priori-zar definitivamente a produ-

ção de leite”.

Entre as decisões visando o melhoramento genético das linhagens

leiteiras alternativas da raça gir, Otacílio entrou para o programa de melhoramento

genético da Girgoiás e sua propriedade passa a ser a mais nova fazenda colabo-radora do teste de progênie da Girgoiás, “também irei produzir tourinhos para se-

rem avaliados pelo programa da Girgoiás”, conta.

Leilão

Otacílio também pensa em realizar um leilão de fêmeas ainda este ano. Segun-

do ele, “tenho um plantel de vacas e novilhas da mais alta qualidade e gostaria de ofer-tar minha genética ao merca-do brasileiro”. O projeto do leilão ainda está em construção. Enquanto o leilão não é marcado, ele continuará a

vender tourinhos, matrizes e novilhas na própria fazenda.

Page 100: Interural 41

102

GIR

BR

ASI

Lcaderno

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

GIR

BR

ASI

LGirista monta Central de Hospedagem

de matrizes leiteiras Criador está preparado para preparar fêmeas para participar de controle leiteiro oficial

e torneios leiteiros, além de protocolos para produção de embriões

O mineiro Wagner Lúcio, da Fazenda Sabedoria, situado na BR365, em Monte Alegre de Minas Gerais, há 2 Km do Trevão, é criador de gir leiteiro e trans-formou sua propriedade numa central de hospedagem de ma-trizes produtoras de leite (de to-das as raças) e preparação para exposições. Segundo Wagner Lúcio, experiente criador e promotor de leilões, o projeto em atender outros criadores na preparação de animais para controle leiteiro oficial, torneio leiteiro e exposi-

ções foi motivado pela necessidade do mercado nesse tipo de serviço e pela localização da propriedade. A fazenda Sabedoria está às margens da rodovia que liga a BR 153 (liga São Paulo a Goiás e Braília) a Uberlândia e, consequentemente a Uberaba. Fácil a acesso com ótimas es-tradas, haja vista que a rodovia Uber-lândia/Trevão está sendo duplicado.

FIV Além desses serviços, Wagner Lúcio é o representante da Central Sa-

mVet, de Morrinhos, “uma das centrais de maior respeito no mercado, com ótimos profissionais e excelentes resul-tados em Fiv e TE no Brasil”, garante. Além dos serviços, a SamVet também possui um banco de recptoras prontas para serem usadas.

Serviço completoWagner Lúcio informa que está estru-turado para oferecer o trabalho com-pleto aos criadores e selecionadores,

“pois podemos preparar o animal para participar do controle leitei-

ro oficial, de torneios leiteiros, das exposições e de um pro-

grama de reprodução por meio de Fiv, produzindo embriões e

prenhezes, sem que o criador se preocupe com todas as eta-

pas”.

Primeiro clienteA larga experiência e a credibilidade do empresário e criador Wagner Lúcio, fa-zem com que a Central de Hospedagem de Animais, da Fazenda Sabedoria, seja referência. A excelente estrutura do local , recebeu em janeiro 06 animais do criatório Uberbrahman. São exem-plares de alta qualidade genética e que estão em fase inicial de lactação, com controle oficial. E outros 06 ani-mais em gestação serão levados para central de hospedagem este mês. “ Estamos aqui para atender criadores de toda região oferecendo um servi-ço de qualildade e acima de tudo com responsabilidade. Estou contente pela confiança do produtor Aldo Valente, em destinar os animais Brahman para a nossa central de Hospedagem, isso só reforça as boas perspectivas de nosso serviço”. Disse Wagner.

Para obter resultados com o seu animal e fa-zer todos os protocolos seguros para reprodu-

ção controlada e produ-ção de embriões”, finaliza.

Wagner Lúcio Jacinto

Page 101: Interural 41

Hospedagem de animais Controle Leiteiro Transferência de Embrião Venda de Prenhêz e Animais

GIR SABEDORIA

RAQUETE TE DA CALDalton TE da Cal x Pesquisa da CalLactação: 9.300 kg em 360 dias

CONTATOWAGNER LÚCIO JACINTO

34 9913-2000 / [email protected]

REPRESENTANTE

Page 102: Interural 41

Genética Leiteira Produtiva, uma chuva de resultados

em Torneio Leiteiro

IVANATronco ZS X Uruguaia da Favela

Campeã Vaca Senior Barretos 2010Reservada Grande Campeã

Torneio Leiteiro Barretos 2010

BACANA DA GENIPAPOAfetivo da EPAMIG X Gazeta

Campeã Torneiro Leiteiro e Campeã Vaca Jovem

Uberlândia 2008 e Ituiutaba 2008 Com apenas três tetos funcionais

FOLIA TEC.A. Paladino IN X Oscarlina

Grande Campeã Torneio Leiteiro Barretos 2010

BABI DA GENIPAPOAfetivo da Epamig X Ibérica

Lactação: 31,917 Kg - Média diaReservada Campeã Vaca Jovem do Torneio

Leiteiro MegaLeite 2010 e Vaca Jovem do Torneio Leiteiro XVIII Expocap 2010

EXÓTICA TEModelo TE de Bras X Artista

Lactação: 9.746,16 Kg em 365 dias

ESCALA TEGrande Campeã da Raça Gir Vaca

Adulta do Torneio Leiteiro XVLLL EXPOCAP | CAPINÓPOLIS

JUNHO/2010

Page 103: Interural 41

Genética Leiteira Produtiva, uma chuva de resultados

em Torneio Leiteiro

IVANATronco ZS X Uruguaia da Favela

Campeã Vaca Senior Barretos 2010Reservada Grande Campeã

Torneio Leiteiro Barretos 2010

BACANA DA GENIPAPOAfetivo da EPAMIG X Gazeta

Campeã Torneiro Leiteiro e Campeã Vaca Jovem

Uberlândia 2008 e Ituiutaba 2008 Com apenas três tetos funcionais

FOLIA TEC.A. Paladino IN X Oscarlina

Grande Campeã Torneio Leiteiro Barretos 2010

BABI DA GENIPAPOAfetivo da Epamig X Ibérica

Lactação: 31,917 Kg - Média diaReservada Campeã Vaca Jovem do Torneio

Leiteiro MegaLeite 2010 e Vaca Jovem do Torneio Leiteiro XVIII Expocap 2010

EXÓTICA TEModelo TE de Bras X Artista

Lactação: 9.746,16 Kg em 365 dias

ESCALA TEGrande Campeã da Raça Gir Vaca

Adulta do Torneio Leiteiro XVLLL EXPOCAP | CAPINÓPOLIS

JUNHO/2010

Page 104: Interural 41

106

GIR

BR

ASI

Lcaderno

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Produtor de leite, de genética leiteira e de grande campeã na Expozebu

Criador uberlandense se sente honrado em trazer para o município um título de grande campeã conquistado na principal pista do zebu brasileiro: Expozebu, em Uberaba (MG)

Paulo Roberto Andrade Cunha é um conhecido produtor de leite do triângulo Mineiro e uma das mais respeitadas lideranças classistas da região, pois já foi presidente do Sindicato Rural de Uberlândia por três mandatos. Um expe-riente dirigente. Foi na sua gestão que o gir voltou a brilhar em Uberlândia, onde realizou memoráveis exposições nos anos de 2007, 2008 e 2009. Produtor de mais de sete mil litros de leite por dia na Fazenda Genipapo, Paulo

não esconde para ninguém que de produção de leite ele entende. Além da produção do leite, ele também produz genética leiteira e seu gado girolando é disputado pelo mercado.

Gir Leiteiro

Contudo, Paulo considerou que não bastava ser um bom produtor de leite, saber fazer uma vaca girolando excelente, achou que deveria entrar para a seleção de gir leiteiro. Não pen-sou duas vezes e buscou animais em vá-rios planteis de gir do Brasil e começou sua própria seleção. Não demorou muito e os re-sultados começaram a aparecer. Seus animais começaram a ganhar títulos em pista de julgamento em disputados torneios leiteiros. Até que em 2009 ele chegou ao topo das conquistas de um girista: faturou um grande campeonato na maior exposição de zebu do mundo, Expozebu 2009, em Uberaba.

Gemada

Foi uma glória para um criador do porte de Paulo Roberto, “pequeno e ainda desconhecido no gir leiteiro, na época”, ressalva. Gemada da Genipapo foi o grande destaque daquele ano na Expozebu, “um animal diferente, cuja mãe é uma vaca de linhagem alternati-va e o pai um reprodutor da Epamig”, esclarece Paulo Roberto. Gemada da Genipapo (8,267 quilos de leite em 365 dias), grande campeã da Expozebu 2009, na pista de gir leiteiro, é filha de Iléia da Favela com Afetivo da Epamig. Gemada foi a vaca número um no ranking da Abcgil 2008/2009.

“Sinto-me bastante honrado por ter produzido a Gemada aqui na Fazenda

Genipapo e ofertado ao Brasil um animal com abertura de sangue, um

genética nova, completamente aberta e fácil de trabalhar”, destaca.

Aliado

Paulo não esconde a alegria de ter o filho Caio sempre ao seu lado co-laborando com as tarefas da fazenda. “Caio tem sido um dos responsáveis pela nossa seleção de gir leiteiro, é ele quem cuida dos acasalamentos, de descobrir novos animais para o nosso rebanho e participa da comercialização, um grande ajudante e entendido de gir leiteiro”.

Novos animais

Depois da geração de Geman-da, que foi vendida durante a Expozebu 2009, num leilão nacional, Paulo tam-bém já produziu outros animais que se destacam em seu plantel e no cenário nacional, como Banaca da Genipapo, Babi da Genipapo e Ivana.

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Bacana Bacana tem lactação oficial de 6.423 quilos de leite e é filha de Afeti-vo da Epamig na Gazeta - 3.498 quilos de leite em três ordenhas durante 268 dias. Segundo Paulo Roberto, “Bacana da Genipapo já ganhou dois torneios lei-teiros consecutivos na primeira lactação com menos de 45 dias de parida, com média de 24,7 kg de leite em Uberlân-dia e Ituiutaba (MG) com 23,9 kg. Nes-ses três torneios leiteiros, Bacana esta-va apenas com três tetos funcionais”.

Babi Babi da Genipapo tem produção de 6.619 quilos de leite, em três orde-nhas, em 338 dias, ou 9.669 kg (ajustada), filha de Ibérica (5.430 kg), que é filha de tronco ZS, uma revelação leiteira entre os touros de linhagens alternativas. Segundo Paulo Roberto Andra-de Cunha, “Babi foi Reservada Campeã Nacional 2010 na categoria Vaca Jovem. Doadora estruturada, bem caracterizada racialmente, de pedigree invejavelmente aberto e de uma docilidade inigualável”.

Ivana Ivana , média de 26.300 qui-los de leite na exposição de Barretos e produção oficial de 6.807 quilos de leite na primeira lactação. Ivana é filha de Tronco ZS na Uruguaia da Favela. Ivana foi a reservada campeã do tor-neio leiteiro de Barretos 2010.

Paulo diz que este ano participará de algumas exposições e torneios leiteiros com animais novos, de outras

linhagens, “mas vamos mostrar para o Brasil algumas preciosidades em produção de leite, em conformação de tipo leiteiro e, principalmente, animais com excelentes

úberes, é só esperar para ver”, finaliza.

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GIR

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Querência Kathiavar submeterá o rebanho gir ao controle leiteiro oficial

Os irmãos Felipe Augusto e Guilherme Afonso Frizzo estão empe-nhados no melhoramento genético da raça gir na Querência Kathiavar, em Uberlândia (MG). Grandes pecuaristas, eles são proprietários da Baru Rural Agropecuária, que controlam várias fa-zendas pelos estados de Minas Gerais e Goiás, onde criam, recriam e selecio-nam animais das raças Gir, Girolando, Nelore e Cavalo Crioulo. A seleção de Gir é feita na Querência Kathiavar, em Uberlandia, voltada exclusivamente para a produ-ção de animais leiteiros. Para isso a

kathiavar participa do controle leiteiro oficial “com o objetivo de identificar e valorizar os animais superiores para produção de leite”, revela Carlos Ave-

lar, zootecnista da Baru Rural. Com um rebanho de rara be-leza racial, com grande caracterização racial, a Querencia Kathiavar implan-tou na fazenda um amplo programa de FIV (fertilização In vitro) em duas linhas: uma usando os touros provados e reconhecidos do gir leiteiro como Brilhante, Segredo, Emulo, Fardo e Vaidoso. Das mesmas doadoras foram produzidos embriões com touros das chamada linhagens alternativas, porém leiteiras. Segundo Carlos Avelar, “a in-tenção é não perder os ganhos em ca-racterização usando touros gir leitei-ro com perfil melhorador para raça e vamos continuar uma seleção com as linhagens alternativas na perspectiva de se produzir e melhorar as linhagens leiteiras alternativas, pois existem ex-celentes matrizes leiteiras no rebanho antigo da fazendo, o que nos faz crer que é possível, como o controle leitei-ro, identificar essas linhagens”.

Produção de leite

A Baru Rural também está decidida a produzir leite em larga escala. A

intenção é fazer do leite uma ativida-de do dia-a-dia da fazenda, “pois

vamos ofertar no mercado animais testados na fazen-

da, avaliados em nossos sistemas de produção”. O projeto prevê a ordenha de um reba-nho significativo de animais das raças

girolando e de Gir.

O projeto para produção de leite usará quase 100% de animais pro-duzidos na fazenda. Todos os animais serão minuciosamente avaliados do ponto de vista da produção de leite e da fertilidade e “os animais que se destacarem iram compor o nosso banco genético para reprodução e composi-ção do time elite da fazenda”, explica Carlos Avelar.

Outras raças

A Baru Rural possui várias pro-priedades onde criam e recriam animais das raças Nelore PO padrão e Mocho e Cavalo Crioulo. Além do nelore elite, a Baru Rural tem um rebanho comercial e até um lote de animais Nelore Pintado, que é uma variação da pelagem.

Segundo Felipe Augusto Fri-zzo, “nosso trabalho visa desenvolver um pecuária sustentável, com respeito ambiental e compromisso com o pa-

Além do controle leiteiro, a Kathiavar usa a reprodução In Vitro (FIV) para acelerar o processo de seleção da raça na fazenda

drão racial de todas as raças do nosso plantel”. No caso do Gir, “o foco será a produção de leite, sem perder os ga-nhos raciais da raça, principalmente do nosso rebanho de longa data de seleção e melhoramento genético para tipo, mas agora vamos passar para a etapa seguinte que será a avaliação de todos os animais por meio do controle leitei-ro e até de teste de progênie para os machos”, finaliza.

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DOADORAS

A Baru Rural é uma empresa familiar criada em 2005 pelos irmãos Felipe Augusto Frizzo e Guilherme Afonso Frizzo, a qual tem em seus sistemas de produção as criações de Nelore PO, Gir PO, Girolando e Cavalos da raça Crioulo. Todos os sistemas de produ-ção têm como ênfase a criação sustentável sem perder o padrão racial e suas funciona-lidades naturais, como produção de Leite, Carne ou Trabalho. A empresa tem sua sede em Uberlândia MG, sendo seus sistemas de produção locados em Uberlândia MG, Tupaciguara MG, Itumbiara GO, Iporá GO e Rio verde GO. Nestas Proprie-dades se dividem a criação de nelore a campo (comercial), Nelore Pintado (variação de pela-gem), Nelore Elite, Recria e comercialização de Tourinhos, Girolando e Gir PO.Na Querência Kathiavar, no município de Uberlândia, detém se em suas depen-dências, a criação de Cavalos Crioulo de trabalho e rédeas, Nelore PO, Padrão e

Mocho, com ênfase na produção de carne com animais de alto desempenho a campo voltado todo para o sistema de produção de carne, sempre preconizando a pureza e caracterização Racial, Girolando, o qual pas-sa por rigorosa seleção para produção de leite totalmente a pasto, sempre utilizando os melhores touros da raça holandesa em nossas melhores matrizes e doadoras da raça Gir. O Gir, que sempre ocupou um lugar cativo na propriedade com trabalho de melhoramento genético o qual já era desenvolvida na propriedade a mais de 20 anos, agora este processo se torna ainda mais rigoroso, pois soma a ele todo o controle oficial realizado pela ABCZ. Con-troles estes como ponderais dos machos e controle oficial leiteiro, isto sempre sem perder o nosso grande diferencial que foi a pureza racial e a caracterização de nossos animais. E para que possamos atingir estes resultados estamos utilizando o que há e

mais moderno no mercado como TE e FIV. Utilizamos como nossa bateria de touros animais já provados, ABCGIL e EMBRAPA, como também animais que se destacaram com bons históricos leiteiros de grande pu-reza racial, de linhagens com JZ, ZS, ENA, FSN, EVA e outros.O projeto da Baru Rural é implantar no ano de 2011 um sistema de produção de leite a pasto, produzindo 4000 litros de leite dia, utilizando animais das raças GIR e Girolando, quase que em sua totalidade, crias da própria fazenda. Todos os animais da fazenda serão controlados com pesagens oficiais de suas respectivas associações, sendo que sempre teremos um time de Elite para ambas as raças, os quais percorrerão as exposições e competições nacionais, para que divulgue e principalmente mostre a todos o trabalho que esta sendo realizado na Baru Rural, Este time será a verdadeira cara do trabalho realizado dentro da Querência Kathiavar.

CONTATOS: FELIPE FRIZZO - 34 9198-6646 | CARLOS AVELAR - 34 9654-3990FERNANDO FAGUNDES - 34 9136-3514 | VIRGÍLIO - 34 9971-7660 | CASSIO - 64 9999-8950

RUA POLIDÓRO DE FREITAS RODRIGUES, 180 - UBERLÂNDIA-MGWWW.BARURURAL.COM.BR

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Agropecuária Matos de Brito LTDAFAZENDA SÃO NICOLAU

Roberto Matos de BritoRodovia BR 050 - KM 108

Uberaba/[email protected]

Contato: Virgílio Matos de Brito (34) 9971-7660 BARRANCO

PAMONHA FSN

PORVENIR ( PINTOR H.L. X PAMONHA VELHA)

GENUÍNO II

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Agropecuária Matos de Brito LTDAFAZENDA SÃO NICOLAU

Roberto Matos de BritoRodovia BR 050 - KM 108

Uberaba/[email protected]

Contato: Virgílio Matos de Brito (34) 9971-7660 BARRANCO

PAMONHA FSN

PORVENIR ( PINTOR H.L. X PAMONHA VELHA)

GENUÍNO II

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GIR

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Uberlândia tem rebanho berçodas grandes linhagens da raça gir

O advogado Roberto Matos de Brito cria gir há mais de duas décadas na Fazenda São Nicolau, situada às margens da BR 050, entre Uberlândia e Uberaba, onde estão descendentes de algumas das linhagens mais impor-tantes do gir nacional. Tudo começou em 1985, quan-do os irmãos Virgílio, Eduardo, Luiz, Patrícia, Gilberto e Roberto compra-ram alguns animais de Dimas Alves de Brito, tio dos irmãos Matos de Brito, apaixonado pelo gir criado por seu pai Joaquim Pereira de Brito, aprimorado por animais adquiridos em Uberaba. Segundo Roberto, “era um gado espe-tacular, mas sem registro da ABCZ” e com ele tomaram gosto pela raça. Nos anos 1987 a Fazenda São Nicolau, buscando melhorar o gado adquirido, mas a falta, recebeu os pri-meiros touros das linhagens ZS (Zeide Sab) e JZ (José Zacarias), mas a sequ-ência do gado adquirido no tio não da-ria o resultado esperando. Foi quando,

em 1990, descartaram o gado antigo e compraram de José Zacarias 70 fême-as, algumas prenhas. “Vieram para o nosso rebanho vacas da cabeceira da lendária seleção JZ, vacas maravilho-sas que deixaram produções importan-tes em nosso plantel, que hoje preser-vamos a linhagem ”, revela Roberto.

Jogado A Seleção da Fazenda São Ni-colau foi palco de importantes fatos da história do gir brasileiro, como a doa-ção do touro Jogado ZS, feita por Zeide Sab ao Virgílio Matos de Brito. Segundo Virgílio, irmão de Roberto, “nossa ami-zade com o Zeide Sab era tão grande que ele doou para nosso rebanho um dos melhores touros do Brasil em todos os tempos”, Incentivando a continuida-de na criação da raça. Roberto conta que além de jo-gado, “passou pela São Nicolau outros bons touros da seleção de Zeide Sab, como Tchim (Napy X Eletrada), Colos-so (Chave de Ouro Filho X Arandela) e Líbio (Fantástico X Líbia), e outros ani-mais de renomados giristas, amigos e incentivadores.

Virgílio O rebanho da São Nicolau é

composto por mais de 150 animais. Roberto não esconde que “o sucesso genético do nosso rebanho deve-se à persistência e ao amor pela raça do Vir-gílio, meu irmão,que se dedica a pes-quisa da raça, buscando acasalamen-tos corretos voltados para a trilogia: - carne, docilidade e leite”. Graças à dedicação de Virgílio, “ nossos animais estão voltados para a preservação da qualidade racial do gir identificando as linhagens mais leiteiras do rebanho, com maior carcaça e mansidão”.

Novos tempos Depois que o rebanho já estava consolidado, outras linhagens de grandes rebanhos foram usadas para refresca-mento de sangue na São Nicolau. Rober-to usou, por exemplo, o touro Pintor HL, filho de Brinco com a Baunilha, “vaca de rara beleza, feminina e extremamente caracterizada, segundo Virgilio”. Atualmente a Fazenda São Ni-colau usa o touro Barranco (Panã JZ X Carranca EVA). Segundo Roberto, Car-ranca é a última filha de monta natu-ral do touro Genuíno EVA, do sempre lembrado Evaristo de Paula, de Curve-lo (MG), criador do gado EVA. Genuíno EVA, foi um grande raçador no rebanho de Evaristo de Paula, e que atualmen-te está sendo usado pelo criador José Luiz Junqueira Barros, de São Paulo, por meio de FIV.

Pamonha da São Nicolau A vaca Pamonha “velha”, com o touro Pintor HL, produziu o touro Por-vernir da São Nicolau e a a Pamonha da São Nicolau. Segundo Virgílio, Pamonha da São Nicolau “é uma excelente matriz da raça, grande, profunda e está se des-tacando na produção de leite, com tra-balho de FIV para abril próximo”. É um animal cobiçado por vários criadores, mas Roberto diz que fica na fazenda. Roberto também destaca os tou-ros Genuíno II da São Nicolau (Barranco X Ricadona) e Panã Jacutá da São Nicolau (Barranco X Lorena), “touros de rara bele-za e excelentes produções comprovadas”.

Projeto Roberto não esconde que tem em sua propriedade um banco genético da raça gir e “isso me orgulha muito, pois sei que não se faz seleção de uma raça sem animais puros e dentro do pa-drão da raça”. Sua intenção é continu-ar selecionando animais “caracteriza-dos, adaptados a pasto, férteis e com aptidão leiteira”, finaliza.

O rebanho da Fazenda São Nicolau, de Roberto Matos de Brito, é uma verdadeira reserva genética da raça indiana

Criadores de Goiás visitam a Fazenda São Nicolau para conhecer o trabalho de preservação das tradicionais linhagens de gir

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Roberto e Virgílio Matos de Brito, parceria familiar em favor da raça gir

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Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro

ABCGIL

Em defesa dos interesses dos criadores de Gir Leiteiro, sócios da ABCGIL, intensifica ações de Melhoramento

Genético da raça GIR na sua função para produção de leite, através do Programa Nacional de

Melhoramento do Gir Leiteiro - PNMGL.

ia dt és ie a !eroprocnISede

Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110Pq. Fernando Costa - CEP 38022-330

Escritório TécnicoAv. Edílson Lamartine Mendes, 215 - Parque das Américas

Fone/Fax: (34) 3331-8400 CEP: 38045000Uberaba - MG

www.girleiteiro.org.br

PNM LPrograma Nacional de Melhoramentodo Gir Leiteiro

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GIR

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Criadores investem em genética de

Gir Leiteiro e Girolando A união de criadores na busca da excelência na produção de leite fez nascer em Uberlândia a Tropical Gené-tica, produtora de leite e animais de alto valor genético, além da prestação de serviços em reprodução bovina Milton Magalhães Júnior, expe-riente produtor de leite, líder classista no meio dos criadores de girolando e gir leiteiro, ocupantes de cargos impor-tantes nas entidades dessas raças, por muitos anos liderou o Grupo Gama até encontrar com os irmãos Vicente No-gueira e Joaquim Lima, produtores de leite em Uberlândia. Milton e o filho com o mesmo nome, Milton Neto, se uniram aos ir-mãos Vicente e Joaquim, da Agrope-cuária Curicaca, e daí nasceu a Tropi-cal Genética, um grupo determinado a produzir animais e genética leiteira para as regiões tropicais do Brasil. O foco, então, é produzir animais das ra-ças girolando e gir leiteiro. Segundo Milton Neto (foto abai-

xo), “nossa meta é vender a melhor genética e prestar

serviços de reprodução bovina, com alta tecno-logia e sustentabilidade, promovendo a satisfação

dos produtores”.

Produção

A Tropical Genética, segundo Milton Magalhães Júnior, “acredita na raça gir leiteira como raça brasileira

para produção de leite e no girolando, que é o melhor cruzamento tropical para produzir leite”.

Maior produtor

A Tropical Genética é a maior produtora de leite da raça gir do Brasil, com mais de 1.300 litros por dia, com médias superiores a 16 quilos por dia, em controle oficial da ABCZ. Ao todo a empresa produz com os rebanhos de girolando e Gir leiteiro, mais de 7.500 quilos de leite por dia. Para Milton Neto, “nossos sis-temas de produção levam em consi-deração os avanços tecnológicos, mas também não fugimos da realidade bra-sileira, pois acreditamos que produzir

leite a baixo custo tem que, necessa-riamente, manejar o gado em pastos”.

Gir a pasto

O rebanho de Gir Leiteiro da Tropical Genética, em Uberlândia, é todo manejado no pasto. Os animais são ordenhados mecanicamente duas vezes por dia, recebem uma pequena comple-mentação e passa a maior parte do tem-po em piquetes rotacionados. No período seco do ano, o rebanho recebe alimenta-ção a base de silagem de milho.

Genética de ponta

A tropical Genética também presta serviços de reprodução bovina por meio de FIV e TE, além disso possui à disposição dos clientes um banco de receptores com dois mil animais pron-tos para serem usados.

Segundo Milton Neto, “nossa empresa se envolve na produção de leite, na recria dos animais e no me-lhoramento genético com tecnologia de ponta, pois isso estamos aptos a for-necer animais e serviços que visam o aprimoramento genético das raças gir leiteiro e girolando”. A empresa oferta seus animais por meio de vendas diretas aos produ-tores, mas também promove periodi-camente leilões e participas de leilões presenciais e virtuais pela televisão.

Vacas gir na sala de ordenha na tropical genética

Milton Neto, diretor da tropical Genética

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VENDA PERMANENTE ANIMAIS, EMBRIÕES E SÊMEN

Uberaba - MG - Rodovia BR 050 Km 126(34) 3215-8419 / 9215-6166 / 9116-7179

[email protected]

Orgulhosa ZS 7.806 kg de leite em 305 diasOficial ABCZLago Verde ZS x Arnica ZS

Arnica ZSSecretario ZS x Petala ZS

Lago Verde ZSKrishna Gori Ghiliri (A 212) x Tiquira ZS