Influências Espirituais e Suas Consequências
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No Capítulo 9 do Livro dos Espíritos,
questão 459 temos o seguinte:
Os Espíritos influem sobre nossos
pensamentos e ações?
R – A esse respeito, sua influência é
maior do que podeis imaginar. Muitas
vezes são eles que vos dirigem.
...Comenta......
Kardec define obsessão como “o
domínio que alguns Espíritos
podem exercer sobre certas
pessoas” – LM 23
Complementa informando que
a Obsessão pode ser “Simples”,
“Fascinação” ou “Subjugação”.
Que trataremos mais adiante.
Todavia, o que nos faz sofrer a influência dos
espíritos? Devemos ter em mente que as influências
espirituais têm diversos motivos, não apenas no
âmbito da obsessão.
Temos que considerar a necessidade, fator
essencial para o homem, da proteção dáqueles
que retornaram à pátria espiritual e assumiram
diante do Pai o papel de amigo e conselheiro
espiritual, com o nossos Anjos da Guarda,
Mentores Espirituais e até mesmo os nossos
familiares que já entenderam os mecanismos de
sublimação e estão além de nós na escala de
evolução moral.
São nossas ações que vão definir que tipos
de companhias espirituais poderão se
associar a nós:
E é justamente pelo fato de não
analisarmos adequadamente nossas
decisões, que muitos espíritos encontram
sintonia conosco e sentem-se em condição,
de várias formas, nos conduzirem aos
caminhos tortuosos do desequilíbrio,
configurando assim o que classificado
obsessão.
Manoel Philomeno de Miranda no Livro
“Nos bastidores da obsessão”, no
capítulo Examinando a Obsessão, afirma
o seguinte:
“A obsessão, sob qualquer modalidade
que se apresente, é enfermidade de
longo curso, exigindo terapia
especializada de segura aplicação e de
resultados que não se fazem sentir
apressadamente”.
O amigo espiritual, através da mediunidade
de Divaldo Franco, nos traz um alerta sobre o
fato que, mesmo estando dispostos a realizar
as mudanças indispensáveis ao equilíbrio,
nenhuma ação obterá resultados imediatos,
tendo em vista que podemos estar
compartilhando destes hábitos há muito
tempo, e isto somatizou à nossa consciência
e certamente, ainda iludidos com os
equívocos de nossos julgamentos, não
consideramos, portanto, como algo
importante para ser modificado.
E o escritor espiritual complementa:
“Os tratamentos da obsessão, por
conseguinte, são complexos,
impondo alta dose de renúncia e
abnegação àqueles que se
oferecem e se dedicam a tal
mister.”
Suely Caldas Schubert, no Livro “Obsessão e
Desobsessão”, no capítulo sobre “As
influenciações Espirituais”, afirma o seguinte:
“Assim, vamos encontrar desde a atuação
benéfica de Benfeitores e amigos Espirituais, que
buscam encaminhar-nos para o bem, até os
familiares que, vencendo o túmulo, desejam
prosseguir gerindo os membros de seu clã
familial, seja com bons ou maus intentos, bem
como aqueles outros a quem prejudicamos com
atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em
anteriores reencarnações, e que nos procuram,
no tempo e no espaço, para cobrar a dívida que
contraímos.”
E este comentário me faz lembrar do ditado
popular: “Me diga com quem andas, que te
direi quem tu és.”
Lembra ainda, Suely Caldas, no capítulo
seguinte, que “Uma simples vibração do nosso
ser, a um pensamento emitido, por mais
secreto nos pareça, evidenciamos de imediato
a faixa vibratória em que nos situamos, que
terá pronta repercussão naqueles que estão na
mesma frequência vibracional. Assim,
atrairemos aqueles que comungam conosco e
que se identificam com a qualidade de nossa
emissão mental.”
Mesmo sendo um tanto conclusivo, sobre o
texto que remete a uma séria avaliação,
mesmo que precipitado, sobre nossas
companhias, não se exterioriza aos olhos
da carne a verdadeira índole, caráter ou
essência espiritual de nenhuma pessoa.
Muitos de nós somos questionados por
nossas amizades e que, por sua vez, as
pessoas passam a nos perceber como do
bem ou do mal. Concluindo muitas vezes
que pelas companhias que nós temos não
somos dignos de sua amizade.
Dentro desta analogia, entendo que os
espíritos se associam a nós pela nossa
vibração, pelo nosso pensamento, pelas
escolhas, consequentemente, entendemos
que tipo de influência sofremos do plano
espiritual.
E neste contexto, cabe elucidar como a
obsessão ou influencia espiritual pode se
configurar na vida comum. Lembramos
então, as classificações das obsessões,
descritas no Livro dos Médiuns, por Allan
Kardec, a saber:
Obsessão Simples – acontece quando um espírito
malfazejo se impõe a um médium, intromete-se, a
seu mau grado, nas comunicações que recebe,
impedindo-o de se comunicar com outros espíritos e
se fazendo passar pelos que são evocados;
Fascinação – Tem consequências muito mais sérias.
É uma ilusão produzida pela ação direta do espírito
sobre o pensamento do médium que paralisa de
algum modo sua capacidade de julgar as
comunicações. O médium fascinado não acredita
ser engando: o espírito tem a arte de lhe inspirar
uma confiança cega, que o impede de ver a fraude e
de compreender o absurdo do que escreve, mesmo
quando salta aos olhos de todos.
Subjugação – É uma atormentação que paralisa
a vontade daquele que sofre e faz agir fora da
sua normalidade. Está, numa palavra, sob um
verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No
primeiro caso, o subjugado é induzido a tomar
decisões muitas vezes absurdas e
comprometedoras, que, por uma espécie de
ilusão, acredita serem sensatas; é uma espécie
de fascinação. No segundo caso, o espírito age
sobre os órgãos materiais e provoca movimentos
involuntários. A subjugação corporal vai algumas
vezes mais longe; ela pode levar aos atos mais
ridículos.
Evidentemente que em todos os casos
temos a cura. Em se falando na
companhia dos amigos espirituais, que
querem nosso bem e nos guiar pelos
caminhos do amor e da paz esta
companhia será sempre bem vinda.
Mas para os casos obsessivos
precisamos procurar ajuda e a casa
espírita é o local adequado para
encontrar lenitivo para esta aflição.
Manoel Prilomeno, ainda no Livro Nos Bastidores
da Obsessão, nos dá uma simples receita:
“Iniciando o programa de recuperação, deve
este esforçar-se de imediato para a
modificação radical do comportamento,
exercitando-se na prática das virtudes Cristãs,
e principalmente, moralizando-se. A
moralização do enfermo deve ter caráter
prioritário, considerando-se que através de uma
renovação íntima bem encetada, ele demonstra
para o seu desafeto a eficiência das diretrizes
que lhe oferecem como normativa de
felicidade.”
Uma vez consciente da urgente
necessidade de realizar a Reforma Íntima
devemos, dentro da casa espírita, nos
envolver com as suas atividades e procurar
aumentar sempre o nosso conhecimento
das causas e efeitos das nossas múltiplas
existências, através das obras do nobre
codificador e as muitas outras enviadas
pelos mensageiros da luz, a fim de nos
elucidar e ajudar-nos no processo do
autoconhecimento e do embasamento de
como deveremos fazer nossa transformação
moral.
Devemos então mudar nossa
vibração, nossos pensamentos e
nossas atitudes. Mas tudo isso só
surtirá efeito se for plenamente
verdade, pois como vimos os
espíritos conseguem ver esta
verdade que flui naturalmente do
nosso espírito e, portanto, não os
convenceremos se continuarmos
alimentando ilusões a nosso
respeito.
E assim cabe cada vez mais as
orientações do Mestre Jesus que
nos implica a valorizarmos a ação
generosa que o amor pode trazer a
nossa vida, lembrando o
mandamento maior: Amareis o
Senhor vosso Deus de todo o vosso
coração, de toda vossa alma e de
todo vosso espírito. E complementa:
Amareis o vosso próximo como a
vós mesmos.
Esta é uma lição de caridade, para consigo, para com o próximo. E tendo consciência da importância que o AMOR tem para nossas vidas e da mudanças que ele pode nos provocar, favorecendo-nos e nos aproximando sempre mais de DEUS, posso afirmar que as influencias danosas de espíritos malfeitores sumirão e apenas os servidores do bem, da paz e do amor estarão ao nosso lado, os que são espíritos de luz, anjos e conselheiros espirituais e por consequência a única coisa que irá nos acontecer, é a principal proposta que o Pai lança sobre nós, o encontro com a plena FELICIDADE.
Muita paz!
Fernando Oliveira.