INFLUÊNCIA DE TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA POR UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
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INFLUÊNCIA DE TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA POR UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
ANA CAROLINA ZOTTIS • JULIANA DALLA-LANA • MAIRY NETA • MARIANI SANTOS • MARTA GRAHL • PEDRO BECKER • TIAGO LIMA
PESQUISA APLICADA EM RELAÇÕES PÚBLICASFAMECOS • 2014/2
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS
INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGSNA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
Ana Carolina Zottis
Juliana Dalla-Lana
Mairy Neta
Mariani Santos
Marta Grahl
Pedro Becker
Tiago Lima Barboza
Porto Alegre
2014
SUMÁRIOINTRODUÇÃO ______________________________ 5
DESK RESEARCH
ORIGEM ___________________________________ 6
PERFIL ____________________________________ 7
MOTIVAÇÕES_______________________________ 7
PERCEPÇÕES _______________________________ 8
MERCADO DE TRABALHO _____________________ 9
RELAÇÕES COM AS EMPRESAS ________________ 11
ETAPA QUANTITATIVA
AMOSTRA ________________________________ 13
METODOLOGIA ____________________________ 13
PERFIL DOS ENTREVISTADOS _________________ 15
MOTIVAÇÕES PARA O USO ___________________ 16
MOTIVAÇÕES X GÊNERO _____________________ 17
PRECONCEITO? SIM! ________________________ 18
PRECONCEITO? NÃO. _______________________ 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ____________________ 20
AÇÕES DE RELAÇÕES PÚBLICAS _______________ 21
REFERÊNCIAS _____________________________ 22
5
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS � Verificar quais as áreas e setores profis-
sionais são menos flexíveis na questão do
uso destes adereços em local de trabalho.
� Observar a visão do público ao ser
atendido por profissionais que utilizem
tatuagens e piercings.
� Identificar qual a motivação para a real-
ização de uma tatuagem.
Há alguns anos o mercado de trabalho tornou-se mais
flexível na questão “aparência pessoal”. Tatuagens
e piercings já são bem aceitos em um processo de
seleção?
Expor tatuagens e piercings em um processo
seletivo depende do contexto da vaga, da empresa
contratante, da moderadora da entrevista e da área de
atuação. Além disso, é importante que o bom senso
venha do entrevistado e o mesmo deva avaliar até
que ponto carregar estes adereços impactará na sua
carreira profissional.
Por fim, o assunto é delicado, pois existem diversos
fatores que podem ou não definir qual a verdadeira
influência que as tatuagens e piercings representam
na disputa de uma vaga no mercado de trabalho.
Este relatório de pesquisa apresentará o estudo
que identificará como esta influência pode ou não
prejudicar um candidato na hora da seleção final.
Sendo verificadas quais as áreas encontram-se
profissionais mais flexíveis em relação ao uso destes
adereços no local de trabalho e o que motiva as
pessoas a fazerem tatuagens e colocarem piercings.
Também avaliamosa reação do público que não
pertence a esta ‘tribo’, ao ser atendido por profissionais
que possuem tatuagens e adereços.
OBJETIVO GERALIdentificar a influência de tatuagens e
piercings na disputa de uma vaga no
mercado de trabalho, em Porto Alegre ou
Região Metropolitana.
ORIGEMO termo tatuagem deriva do taitiano “tau” ou “tatau”,
que significa “ferida, desenho batido”. Trata-se de uma
onomatopeia relacionada ao som produzido pelo
instrumento utilizado para bater no tronco oco. O
termo inglês tattoo foi introduzido pelo explorador
inglês James Cook no seu retorno à Europa, em julho de
1769. Posteriormente, foi traduzido para outras línguas:
tattowierung, em alemão; tattuaggio, em italiano;
tatouage, em francês; tattooing, no inglês moderno; e
tatuagem, em português. A prática da ornamentação
da pele é um hábito tão antigo quanto a civilização,
tendo sido encontrada em múmias do período entre
2000 e 4000 a.C. Não se sabe ao certo sua origem.
Alguns autores acreditam que ela possa ter surgido em
várias partes do globo, de forma independente; outros
creem que ela tenha sido difundida pelo mundo com as
grandes navegações dos países europeus (LISE, NETO,
GAUER, DIAS, PICKERING; 2010).
Conforme Caroni e Grossman (2012), ao longo da
história, a tatuagem significou diversos contextos,
desde símbolos religiosos a signos de segmentação
social. No Ocidente, foi marca de tribos urbanas: punks,
surfistas e motoqueiros.No século XIX e no início do XX
era utilizada por marinheiros e também pelos detentos
dos presídios para distinguir gangues. Atualmente
pode-se afirmar que a tatuagem deixou de ser uma
prática exclusiva da marginalidade.
A partir dos anos 90 começou a se estabelecer estúdios
no Brasil com todo o instrumental moderno para a
prática. Seus donos tentavam imprimir uma nova
imagem de profissionalismo, de qualidade artística e
de procedimentos higiênicos. E, desde então, ocorrem
mudanças nos ambientes onde são realizadas as
práticas artísticas, e também uma nova denominação
vem sendo implantado ao tatuador, o considerando um
profissional e artista reconhecido socialmente, não mais
apenas um “marcador da pele” (PÉREZ, 2006).
Existe uma longa história sobre o piercing e seus
diversos significados pelo mundo afora. Historiadores
afirmam que há mais de dois mil anos clãs e tribos já
usavam apetrechos para furar a pele em cerimoniais
carregados de simbolismos, com conotações espirituais,
sexuais, estéticas e de rituais de passagem.
A moda do piercing ganhou força com o movimento
Hippie dos anos 60 e 70, conquistando jovens adeptos a
prática do sadomasoquismo, que viram no adorno uma
nova forma de exaltar o corpo e suas zonas erógenas.
Chegou na Inglaterra com o movimento Punk e nos
Estados Unidos com o movimento Gay nos anos 80 e 90,
chamando a atenção pela combinação entre o primitivo
e o moderno (FEUSER, JUNIOR, ARAÚJO, 2007).
6 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
7
PERFILO novo consumidor da tatuagem parece não ter um
perfil definido. É utilizada por ambos os sexos, percorre
diferentes gerações, classes sociais e níveis educativos,
sendo diferente de antigamente, quando os adeptos a
tatuagens possuiam um perfil social determinado.
Para ter como base, vamos analisar o 1º Censo de
tatuagem do Brasil¹, realizado pela revista Super
Interessante em 2013, através de redes sociais, com 80
mil entrevistados (51% mulheres, aproximadamente 9%
tatuados, 14,8% formados ou estão no ensino superior
e 8% sem religião), tendo os seguintes resultados:
dos entrevistados, 59,9% dos tatuados brasileiros são
mulheres, têm entre 19 e 25 anos, são formados ou
estão no ensino superior e não têm religião.
Quanto ao uso de piercing, nunca causou espanto na
população mulheres usarem brincos como adereços
de beleza, sendo comum mães levarem filhas ainda
pequenas para furar as orelhas. A questão está em que,
atualmente, a sociedade vê surgirem novas formas de
manifestação estética nesta área. Os maiores adeptos
destas práticas costumam ser jovens que, por conta
dessa demonstração de adoção de comportamento
diferenciado, não costumam dar a devida importância
para normas relacionadas à proteção ao consumidor,
no caso a sua própria proteção.
1 O Globo. Disponível em:<http://super.abril.com.br/cotidiano/1o-censo-tatuagem-brasil-resultados-774997.shtml> Acesso em 9 set. 2014.
Atualmente, o significado para fazer uma tatuagem
depende da forma de usar e exibir as mesmas.
Segundo uma pesquisa realizada por Gomes
(2011), com 120 pessoas, podemos definir que, dos
entrevistados, 32% das pessoas fizeram a primeira
tatuagem apenas para estilizar o corpo, seguido
dos que queriam representar alguma experiência
da sua vida, com 30%. Com isso, podemos perceber
que os motivos para fazer a tatuagem estão ligados
à estética e estilo, comprovando que as tatuagens,
na maior parte das vezes, não são feitas sem
algum motivo, identificado na amostra que 5% dos
correspondentes não sabiam ou lembravam a razão
de terem feito a arte no corpo.
Enquanto, para alguns, o uso do piercing é uma
questão de diferenciação, de marginalidade,
rebeldia, exibicionismo, fetiche; para outros é
um sinal de modismo, cultura e beleza, que pode
traduzir a identidade com um grupo específico.
(FEUSER, JUNIOR, ARAÚJO, 2007)
MOTIVAÇÕES
8
PERCEPÇÕESA associação da tatuagem a criminosos está presente
ainda no século XXI, em 2001, nas palavras de França
em seu livro Medicina Legal, que mantém, em sua
sexta edição (p. 50), a seguinte frase: “Sua importância
é ainda maior porque parte delas é encontrada
naqueles que levam vida ociosa e marginalizada e nos
criminosos reincidentes, embora, em nosso meio, a fina
flor da sociedade já pratique a tatuagem por ‘charme’
ou ‘modismo’”.
Estima-se que hoje, na população carcerária, 30% a
35% dos indivíduos do sexo masculino tenham algum
tipo de desenho estampado no corpo. Esses desenhos
demonstram, por meio de códigos, segredos da prisão,
identificando quem vem a ser o dono daquela marca,
qual é a especialidade do preso no mundo do crime.
Um hábito que tem sido associado à tatuagem é o uso
de álcool. O estudo de Stephens com 1.800 tatuados
mostrou que 18% estavam sob efeito alcoólico
no momento da tatuagem. Esse estudo mostrou
associação entre tatuagem e uso de tabaco e álcool.
Existem autores que associam claramente a tatuagem
à Amo Raspa e Cusack1 e Fergunson-Rayport, Griffith e
Straus. (LISE, NETO, GAUER, DIAS, PICKERING; 2010).
Porém, conforme CaroniI e Grossman, o uso de marcas
corporais tem se tornado cada vez mais frequente,
sobretudo entre adolescentes A adolescência é um
período de transformações corporais, que ocorrem
paralelamente à elaboração da identidade. O corpo
transformado habilita os sujeitos a práticas inéditas,
especialmente aquelas relacionadas à sexualidade.
Durante este processo, as descobertas são vividas de
maneira intensa.
O adolescente é um ser intransitivamente apaixonado.
Na sociedade ocidental contemporânea, para
demonstrar suas paixões e atrair o olhar dos outros,
algumas vezes, o adolescente usa seu corpo, marcado
por vertiginosas mudanças, como estandarte, mas
embora tenha se popularizado, a aceitação social dessa
prática não é universal.
9
MERCADO DE TRABALHONo ambiente de trabalho o uso de tatuagem e piercings
sempre foi algo controverso, embora a aceitação esteja
mudando e haja uma flexibilização do mercado, ainda
existem algumas restrições. As empresas alertam
para que exageros sejam evitados nas entrevistas.
O preconceito contra quem coloca piercings e faz
tatuagens é motivo de exclusão de oportunidades para
muitos jovens que buscam emprego. Existem algumas
profissões, muito restritas e específicas, que “admitem”
o uso, mas o conselho dos especialistas é de que o
melhor é não arriscar.
Expor as tattoos e piercings na entrevista depende
muito do contexto da vaga, da empresa contratante
e também da área de atuação – alguns segmentos já
veem com naturalidade o seu, como Comunicação,
Marketing, Moda, Artes e TI. Porém, em áreas
como Saúde, Direito, Finanças e Engenharia, os
adornos sofrem certa resistência. É importante que
o profissional avalie até que ponto estes adereços
impactarão na sua carreira. Também existe uma
diferenciação da sua utilização entre as mulheres e os
homens, conforme citado no site Arte no Corpo:
MULHERESDesde os tempos antigos, as mulheres
são vistas como frágeis e sensíveis que
atualmente lutam pela sua valorização,
buscando provar a sua utilidade e força
para sociedade. Porém, é pelo seu passado
que elas são julgadas e por isso o forte
preconceito do mercado de trabalho com
as mulheres que possuem tatuagem. De
acordo com a matéria mulheres tatuadas,
o conceito do site artenocorpo, “Fazer uma
tatuagem requer um nível de tenacidade e
tolerância à dor e ambos os conceitos que
são tipicamente associados com o homem.
Com isso, uma mulher com muitas tatuagens
significa um desafio a este modo de pensar”.
HOMENSO preconceito presente no mercado de
trabalho com pessoas que possuem tatuagens
e adereços é válido para ambos os gêneros.
Se as mulheres são vistas como “diferentes” ao
possuírem tatuagens e piercings em lugares
expostos de seus corpos, com os homens
não é diferente. Considerado pela sociedade
uma figura forte que possui poder devido a
um conceito histórico, o homem tem uma
aceitação maior em relação a tatuagens e
adereços, se comparado com a mulher. Isso
se deve a origem da tatuagem e adereços,
que começou entre os séculos XIX e XX aonde
a prática de modificar o corpo surgiu de
homens marinheiros e de presidiários.
10 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
Embora a resistência a tatuagens e piercings ainda seja
grande, também ocorre o contrário: há lugares onde
a tatuagem ajuda a conseguir a vaga. A vendedora
Deyse Belo tem 27 tatuagens. Para conseguir o
emprego de vendedora na loja em que trabalha, o
estilo dela foi fundamental. “O mais importante no
comércio é a aparência. Aí a tatuagem é uma coisa a
mais. É como se fosse uma joia, uma coisa que chama a
atenção”, conta Deyse².
Em 2011, a Brigada Militar (BM), causou polêmica e
dividiu opiniões. O edital do concurso para salva vidas
define que os candidatos não podem ter tatuagens
que cubram regiões ou membros do corpo em sua
totalidade e em particular a região cervical, face,
antebraços, mãos e pernas, ou seja, nas áreas não
cobertas pelos uniformes. O jornal Zero Hora abriu
espaço para a opinião dos leitores, e a grande parte das
pessoas que se posicionaram contra a eliminação dos
candidatos a salva-vidas destacaram que a atitude foi
de preconceito².
Conforme o Portal R7³, companhias aéreas, serviços
públicos e outros tipos de empresa não aceitam
candidatos tatuados, apesar de atualmente muitos
profissionais já terem melhor aceitação popular, porém
o nível de preconceito ainda existe. Por outro lado,
todo tipo de aparência exótica, displicente, diferente,
tatuada, com piercings, alargadores vem sendo bem
aceita por empresas de Web Design, Programação,
Marketing, Publicidade e muitas áreas voltadas à
Comunicação e Internet.
2 O GLOBO. Disponível em:<http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/07/tatuagem-pode-custar-caro-e-prejudicar-em-selecao-de-emprego.html> Acesso em 14 set. 2014.
3 R7. Disponível em:<http://noticias.r7.com/blogs/julio-cardozo/2013/09/23/tatuagens-atrapalham-a-vida-profissional/> Acesso em 14 set. 2014.
11
RELAÇÃO COM AS EMPRESASHá diversas tatuagens que são feitas em homenagem,
para familiares, amigos, namorados, devoção religiosa;
mas existe um tipo de tatuagem pouco conhecido, a
homenagem à marca. A reportagem da Folha de São
Paulo4 conta alguns casos; como o de Jill Abramson,
ex-diretora executiva do jornal The New York Times que
tatuou um “T” nas costas em homenagem a empresa.
Mesmo não fazendo mais parte da empresa Jill afirmou
que não vai remover o desenho de jeito nenhum. A
professora da escola de negócios BBS, Irene Azevedo,
afirma que compreende quem tatua o nome da
empresa, mesmo que hoje a rotatividade nas empresas
seja alta não importa, pois o que interessa é o que a
organização trouxe para a pessoa.
Além de Jill, há outros casos de homenagens deste
tipo. A farmacêutica bioquímica Elaine Briguenti
Ferraz, diz que nunca apagaria a tatuagem que fez em
representação gráfica estilizada do ImmunoCAP, um
produto médico que identifica se alguém é alérgico a
alimentos ou pelos de animais.
Ferraz é gerente de assuntos regulatórios do sistema
no Brasil. Logo que fez a tatuagem ninguém entendeu
nada. O pessoal perguntava: “O que é isso? É um farol
de ponta cabeça? É um dedal”. Sem constrangimentos,
ela respondia: “É o produto do qual eu tomo conta aqui
no Brasil e tenho orgulho dele”, conta a farmacêutica,
que trabalha com esse teste há 14 anos. Na hipótese de
ser demitida, ela afirma que não apagaria a tatuagem
porque as vidas dela e do produto estarão sempre
relacionadas. Ficaria uma lembrança. A psicanalista
Ana Costa, diz que, em princípio, não há nada de
patológico em marcar no corpo algo relacionado ao
trabalho.
O Paulo Tattoo é tatuador há 30 anos, comenta que é
raro ver funcionários pedindo para fazer homenagens
às empresas no próprio corpo. Tattoo, diz que são mais
comuns fãs de marcas como Ferrari e Harley-Davidson
as registrem na pele. “Já fiz até a tatuagem de uma lata
de Nescau”, comenta.
Maicon Prass tem tatuado no braço uma representação
perfeita do logotipo da empresa RedNose. “Boa parte
do que eu tenho e do que eu sou hoje tem relação
com a marca. Ela já me deu muita alegria”, afirma Prass,
que trabalha com os produtos da grife há 12 anos e
fez a tatuagem há nove.Ele conta que teve a ideia de
fazer o desenho quando Marcelo Leitão, fundador da
4 FOLHA DE SÃO PAULO. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/05/1459629-profissionais-fazem-tatuagens-para-homenagear-as-empresas-em-que-trabalham.shtml> Acesso em 11 set. 2014.
12 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
marca, deu a ele um chaveiro com a marca da grife. Se
algum dia deixar de trabalhar com a marca esportiva
RedNose, o representante comercial Maicon Prass,
afirma que vai encarar o pit bull que tem tatuado no
braço apenas como a ilustração de um cachorro.
Hoje em dia o meio corporativo vem se tornando
mais flexível em relação à vestimentas e ao uso
de adereços. Itens como tatuanges e piercings já
são mais bem aceitos, porém deve existir um bom
senso em sua utilização, especialmente no contexto
do processo seletivo, pois mesmo os jovens tendo
tatuagens pequenas e em locais ‘escondidos’, acabam
influenciando na hora da seleção representando uma
barreira para a admissão. É preciso analisar o tipo de
vaga e se sua formação e aparência cheia de tatuagens
e adereços estarão qualificados para concorrer à vaga e
ingressar na empresa.
“BOA PARTE DO QUE EU TENHO E DO QUE EU SOU HOJE TEM RELAÇÃO COM A MARCA.
ELA JÁ ME DEU MUITA ALEGRIA”
MAICON PRASS, REPRESENTANTE COMERCIAL
DA REDNOSEFoto: Reprodução
13
AMOSTRAForam coletadas aleatoriamente 504 pessoas
residentes da cidade de Porto Alegre ou Região
Metropolitana, resultando em 423 respondentes
dentro do perfil de público, sendo 158 homens e 265
mulheres que trabalham ou estão procurando uma
vaga no mercado de trabalho.
Na etapa do projeto foi aplicado o método de pesquisa
quantitativo Survey, com instrumento de coleta de
dados estruturado e não disfarçado que servirá para
o alcance de informações que ilustram a influência do
uso de tatuagens e piercings na disputa de uma vaga
no mercado de trabalho.
Considerando o universo da cidade de Porto Alegre ou
Região Metropolitana, foram feitas perguntas fechadas
e abertas, essas de cunho opcional, e de resposta
simples e múltiplas a uma amostra de 423 pessoas.
METODOLOGIA
FAIXA ETÁRIA HOMENS MULHERES
18-24ANOS 84 178
25-31ANOS 74 87
Quadro Amostral do perfil dos respondentes.
14 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
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PERFIL DOS ENTREVISTADOSA partir da coleta de dados, ilustradas abaixo,
identificamos que do total dos 423 respondentes,
265 (63%) são mulheres e 158 (37%) homens
(gráfico1), residentes em Porto Alegre ou na região
Metropolitana.
Ao realizar uma comparação entre gênero e idade,
verificamos que a maioria dos pesquisados do gênero
masculino, estão na faixa etária de 25 a 31 anos,
representando 46,84%(gráfico 2). E as pesquisadas do
gênero feminino, predominam a faixa etária de 18 a 24
anos com 67,17% (gráfico 2).GRÁFICO 1
GRÁFICO 2
BASE = 423 | GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014) BASE = 423 | GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014)
16 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
MOTIVAÇÕESVereficamos que a maioria dos respondentes
motivou-se a colocar piercing e fazer tatuagens
devido a estilo e personalidade. Assim sendo, 93%
da motivação de colocar piercing foi por estilo e
personalidade e 70% da motivação de fazer tatuagens
por estilo e personalidade.
GRÁFICO 3
GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014)
17
A partir do cruzamento de dados, observamos que
as mulheres motivaram-se mais que os homens
neste quesito, sendo 77% a motivação das mulheres
ao colocar um piercing por estilo e personalidade
e 23% a dos homens. Referente a tatuagem, 68%
mulheres motivaram-se a fazer tatuagem por
estilo e personalidade, enquanto 32% dos homens
motivaram-se a fazer tatuagem por esse motivo.
GRÁFICO 4
GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014)
MOTIVAÇÃO X GÊNERO
18 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
PRECONCEITO? SIM!Podemos observar a partir desta pesquisa que 69%
das mulheres sofreram preconceito no mercado de
trabalho por possuir piercing e 63% das mulheres
por possuir tatuagens. Rerente aos respondentes
masculinos, 31% sofreram preconceito por possuir
piercing e 37% por possuir tatuagens.
GRÁFICO 5
GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014)
19
A partir da análise desses gráficos, observamos que as mulheres
sofreram menos preconceito que os homens em relação a
tatuagens e piercings. Concluimos este dado, pois que o número
de mulheres que sofreram preconceito é menor que o número
de mulheres que não sofreram preconceito e no caso dos
respondentes masculinos o resultado é contrário. Observamos
que, dos respondentes masculinos, 21% não sofreram
preconceito por possuir piercing, porém 31% sofreram. Em
relação a tatuagens 33% dos homens não sofreram preconceito,
contra 37% que já foram vítimas.
GRÁFICO PRODUZIDO PELOS AUTORES (2014)
PRECONCEITO? NÃO.
GRÁFICO 6
20 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
21
CONSIDERAÇÕES FINAISA partir da pesquisa aplicada no universo das pessoas
do gênero masculino e feminino, residentes na cidade
de Porto Alegre ou Região Metropolitana, de 18-24 e
25-30 anos, foi formada uma base com 423 pessoas,
que responderam à pesquisa. Identificamos que 291
respondentes possuem algum tipo de tatuagem e/
ou piercing e 132, não. O método utilizado foi a coleta
mediante o envio do questionário pela internet e por
e-mail, através do instrumento criado no aplicativo
Google Docs.
A amostra foi predominantemente feminina com
idades entre 18 e 24 anos, significando apenas que os
pesquisadores encontraram no universo pesquisado
mais mulheres, porém, isso não indica que os homens
não tenham tatuagens/piercings, pois foi demonstrado
que do total, mais da metade possui.
A minoria destes respondentes passou por alguma
situação de preconceito, especialmente quanto à
discriminação no mercado de trabalho e normas
internas das empresas, mas a maioria não. Já dos
sujeitos que não possuem nem piercing nem
tatuagens, existe a vontade de fazê-los, no entanto são
impedidos pelo medo da discriminação no mercado.
Verificamos que na primeira hipótese, quais as
áreas e setores profissionais são menos flexíveis
na questão do uso destes adereços em local de
trabalho, comprovou-se que existe discriminação
principalmente nas áreas da saúde, do direito e no
setor de serviços. A segunda hipótese foi em relação à
visão do público ao ser atendido por profissionais que
utilizem tatuagens e piercings, sendo que a pesquisa
demonstrou que nesta situação, a reação seria de agir
normalmente e, no caso, efetuar a compra. Em relação
à hipótese de identificar qual a motivação para a
realização de uma tatuagem, os resultados permitem
concluir que são vinculados principalmente ao estilo e
personalidade.
Por fim, chega-se a conclusão que utilizar tatuagens/
piercings influencia diretamente na avaliação de
emprego e ainda encontram-se preconceitos em
relação a essas práticas. Podemos dizer que na amostra
estudada, o jovem faz tatuagem como forma de ter sua
personalidade evidenciada, expressando o desejo de
tornar permanente ou inesquecível em relação a uma
situação ou fato importante em sua vida. A maioria dos
pesquisados que tem alguma tatuagem e/ou piercing,
compreendem que de fato existe discriminação
no mercado de trabalho, desde o processo de
entrevista, até mesmo na própria empresa, embora
eles não sintam a rejeição, não tenham receio e não
demonstrem arrependimento de terem feito.
22 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
23
RELAÇÕES PÚBLICASApós a análise das informações obtidas ao longo da
pesquisa, e consequentemente, das considerações
finais os pesquisadores sugerem que seja realizado
um conjunto de ações que possam desmistificar esse
preconceito em relação à imagem das pessoas que
usam estas formas de identificação, pois em tempos
modernos, onde a ideia da diversidade está ligada a
diferentes ângulos de visão ou de heterogeneidade
e variedade, podem ser feitas algumas das ações
abaixo, com intuito de conscientização em relação ao
equilíbrio do uso das tatuagens e piercings de acordo
com a cultura organizacional:
AÇÕES � Participação em eventos, feiras de
profissão para conscientização;
� Ação educativa das empresas como
forma de integração dos profissionais
tatuados/piercings;
� Campanhas no Facebook de inserção do
jovem tatuado/piercing no mercado de
trabalho.
24 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
APÊNDICE: O QUESTIONÁRIO1. QUAL A SUA IDADE?
� MENOS DE 18 ANOS � DE 18 A 24 ANOS � DE 25 A 31 ANOS � MAIS DE 32 ANOS
LOCALIZAÇÃO2. VOCÊ MORA EM PORTO ALEGRE OU NA REGIÃO METROPOLITANA?
� SIM � NÃO
IDENTIFICAÇÃO3. QUAL O SEU GÊNERO?
� FEMININO � MASCULINO
4. VOCÊ POSSUI PIERCING E/OU TATUAGEM? � SIM � NÃO
TATUAGENS5. QUANTAS TATUAGENS VOCÊ TEM?
� UMA � DE DUAS A TRÊS � DE QUATRO A SEIS � MAIS DE SEIS � NENHUMA
6. O QUE LHE MAIS MOTIVOU A FAZER TATUAGEM? � HOMENAGEM � RELIGIÃO � ESTILO E PERSONALIDADE � PACTO OU RITUAL DE GRUPOS � OTHER
7. NA SUA OPINIÃO, QUAL SETOR É MENOS FLEXÍVEL COM TATUAGENS?
� COMÉRCIO � INDÚSTRIA � SERVIÇO � OTHER
8. NA SUA OPINIÃO, EM QUAIS ÁREAS ENCONTRAMOS PROFISSIONAIS MENOS FLEXÍVEIS EM RELAÇÃO AO USO DE TATUAGENS NO LOCAL DE TRABALHO?
� ADMINISTRAÇÃO � COMUNICAÇÃO � DIREITO � ENGENHARIA � SAÚDE � LICENCIATURA � OTHER
9. VOCÊ JÁ SOFREU PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO POR TER TATUAGEM?
� SIM � NÃO
10. VOCÊ JÁ SE ARREPENDEU DE TER FEITO ALGUMA TATUAGEM?
� SIM � NÃO
10.1 SE PUDER, COMENTE SOBRE O PRECONCEITO OCORRIDO
25
PIERCINGS11. QUANTOS PIERCINGS VOCÊ TEM?
� UM � DE DOIS A TRÊS � DE QUATRO A SEIS � MAIS DE SEIS � NENHUM
12. O QUE MAIS LHE MOTIVOU A COLOCAR PIERCING? � ESTILO E PERSONALIDADE � HOMENAGEM � PACTO OU RITUAL DE GRUPOS � RELIGIÃO � OTHER
13. NA SUA OPINIÃO, QUAL SETOR É MENOS FLEXÍVEL COM PIERCINGS?
� COMÉRCIO � INDÚSTRIA � SERVIÇO � OTHER �
14. NA SUA OPINIÃO, EM QUAIS ÁREAS ENCONTRAMOS PROFISSIONAIS MENOS FLEXÍVEIS EM RELAÇÃO AO USO DE PIERCINGS NO LOCAL DE TRABALHO?
� ADMINISTRAÇÃO � COMUNICAÇÃO � DIREITO � ENGENHARIA � SAÚDE � LICENCIATURA � OTHER
15. VOCÊ JÁ SE ARREPENDEU POR TER COLOCADO PIERCING?
� SIM � NÃO
16. VOCÊ JÁ SOFREU PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO POR TER PIERCING?
� SIM � NÃO
16.1 SE PUDER, COMENTE SOBRE O PRECONCEITO OCORRIDO
SEM ADEREÇOS17. VOCÊ TEM VONTADE DE FAZER TATUAGENS OU COLOCAR PIERCINGS?
� SIM � NÃO
18. QUAL O MOTIVO QUE LHE IMPEDE DE FAZER TATUAGEM OU PIERCING?
� ACHO BONITO, MAS EM OUTRAS PESSOAS. � MEDO DO PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO. � MINHA FORMAÇÃO ACADÊMICA NÃO PERMITE. � PRECONCEITO DA FAMÍLIA. � OTHER
GERAL19. “IMAGINE-SE EM UMA LOJA, VOCÊ ESTA DISPOSTO(A) A FAZER UMA COMPRA. O ATENDENTE LHE OFERECE AJUDA, MAS ELE POSSUI TATUAGENS/PIERCINGS A MOSTRA.” O QUE VOCÊ FARIA?
� AGIRIA NORMALMENTE E EFETUARIA A COMPRA. � IRIA A OUTRA LOJA E POSTERIORMENTE RECLAMARIA COM A
GERÊNCIA. � NÃO ME SENTIRIA A VONTADE COM O VENDEDOR E IRIA PROCURAR
OUTRO PARA ME ATENDER. � NÃO ME INCOMODARIA, FARIA A COMPRA E CONVERSARIA COM ELE
SOBRE SUAS TATUAGENS.
20. VOCÊ ACREDITA QUE TATUAGENS/PIERCINGS PODEM SER UM CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO EM UMA ENTREVISTA DE EMPREGO?
� SIM � NÃO
DISCRIMINAÇÃO21. VOCÊ ACHA QUE EXISTE MAIOR DISCRIMINAÇÃO COM MULHERES TATUADAS DO QUE COM OS HOMENS?
� SIM � NÃO
22. CLASSIFIQUE O NÍVEL DA DISCRIMINAÇÃO EM RELAÇÃO ÀS MULHERES:
� 1 / 2 / 3 / 4 / 5
26 INFLUÊNCIA DAS TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA DE UMA VAGA NO MERCADO DE TRABALHO
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VARELA, Karolina Duarte Mateus. Monografia O Preconceito da Tatuagem no mercado de trabalho. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – Departamento de Ciências Sociais), Natal, 2009.
PESQUISA APLICADA EM RELAÇÕES PÚBLICASFAMECOS • 2014/2
INFLUÊNCIA DE TATUAGENS E PIERCINGS NA DISPUTA POR UMA VAGA NO MERCADE DE TRABALHO