Industrialização mundial
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JOÃO ARTUR JOÃO ARTUR
INDUSTRIALIZAÇÃOINDUSTRIALIZAÇÃO
MUNDIALMUNDIAL
O mundo do século XVIII era O mundo do século XVIII era predominantemente ruralpredominantemente rural.
• A ordem feudal estava baseada em uma A ordem feudal estava baseada em uma perspectiva de mundo estável, organizado, perspectiva de mundo estável, organizado, hierarquizado, no qual as verdades estavam dadas hierarquizado, no qual as verdades estavam dadas e eram decorrentes da vontade divina. e eram decorrentes da vontade divina.
• O mundo estava pronto e aos homens cabia O mundo estava pronto e aos homens cabia mantê-lo; a verdade estava dada, cabendo ao mantê-lo; a verdade estava dada, cabendo ao homem adotá-la. homem adotá-la.
• A casa vai se tomando lugar reservado à família, A casa vai se tomando lugar reservado à família, que dentro da casa, vai também dividindo espaços que dentro da casa, vai também dividindo espaços e permitindo lugares mais individuais e privados. e permitindo lugares mais individuais e privados.
• Constroi-se uma casa para a fábrica, modificando o Constroi-se uma casa para a fábrica, modificando o caráter da vida pública. A educação das crianças, caráter da vida pública. A educação das crianças, tomada como tarefa de todos, vai passando a ser tomada como tarefa de todos, vai passando a ser de responsabilidade da família e do Estado.de responsabilidade da família e do Estado.
Maquinofatura Maquinofatura XX Manufatura Manufatura
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SURGIU NA INGLATERRA
• Principal nação capitalista do mundo europeu.
“O sol nunca se põe no Império Britânico"
• Possuía um imenso império colonial.
• Abrigou, em seu solo, os calvinistas franceses (Huguenotes), com seus capitais e sua experiência empresarial.
• Foi a primeira nação liberal do mundo.
OBJETIVO DAS DUAS OBJETIVO DAS DUAS PRIMEIRAS REVOLUÇÕES PRIMEIRAS REVOLUÇÕES
INDUSTRIAIS:INDUSTRIAIS:• Usar a tecnologia para produzir produtos baratos e em Usar a tecnologia para produzir produtos baratos e em
grandes quantidades. grandes quantidades.
• A substituição do trabalho braçal, na primeira, e o A substituição do trabalho braçal, na primeira, e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam substituir trabalhadores por na segunda, não visavam substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam papel central e indispensável no desempenhavam papel central e indispensável no processo produtivo.processo produtivo.
PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(1760-1860)
• Indústria textil: A primeira máquina inventada.
• O tear mecânico
• O descaroçador de algodão
• A máquina a vapor
• Produção de ciência
Science Museum of LondresScience Museum of Londres
• Surgiram as primeiras estradas de ferro. A invenção da locomotiva
• O barco a vapor• O telégrafo • A agricultura também sofreu melhoramentos – ceifadeira mecânica.
CARACTERÍSTICAS PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(1780-1840)• Passagem da acumulação primitiva para a
acumulação capitalista. Substituindo métodos artesanais por mecanizados, concomitantemente ao desenvolvimento dos mesmos: a divisão do trabalho passa a ser determinada pela própria mecanização.
• Passagem da manufatura para a grande indústria.
• A primeira revolução industrial se caracterizou pelo avanço da mecanização.No primeiro momento foi o caos, depois quanto mais produzia mais barato ficava os objetos.
• Predomínio do modo de produção capitalista.• Obs.: É o sistema econômico que desemprega, não
as máquinas.
A SITUAÇÃO DA A SITUAÇÃO DA CLASSE CLASSE
TRABALHADORA NA TRABALHADORA NA INGLATERRAINGLATERRA
Friedrich EngelsFriedrich Engels1820 - 18951820 - 1895
“Um dia andei por Manchester com um destes
cavalheiros da classe média. Falei-lhes das
desgraçadas favelas insalubres e chamei-lhe a
atenção para a repulsiva condição daquela parte da
cidade em que moravam os trabalhadores fabris.
Declarei nunca ter visto uma cidade tão mal
construída em minha vida. Ele ouviu-me
pacientemente e na esquina da rua onde nos
separamos comentou: ‘E ainda assim, ganham-se
fortunas aqui. Bom dia, senhor!’”.
• A estrutura administrativa passa a representar um elevado custo fixo e devido a atividades não mecanizáveis, essa estrutura se caracteriza pela baixa produtividade.
• Desenvolve-se a maximização de lucros em longo prazo, através de uma expressiva reinversão de lucros de forma a garantir a ampliação da própria estrutura administrativa.
• Serão desenvolvidas novas oportunidades de investimento, criando novas demandas através de um marketing agressivo, bem como interiorizando a própria dinâmica de inovação através de laboratórios internos de P&D: cria-se uma organizada insatisfação em termos de se delinear um desejo para ser satisfeito.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1850- 1980)
• É caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão.
• Valorização das ciências Física e Química
• O destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de motores (elétricos e à explosão), no aparecimento de novos produtos químicos e na substituição do ferro pelo aço.
• Houve o surgimento das grandes empresas - que, por vezes, se organizavam em cartéis (grupos de empresas que, mediante acordo, buscam determinar os preços e limitar a concorrência) -, do telégrafo sem fio e do rádio.
• Com a luz elétrica os lucros foram elevados, permitindo o crescimento industrial.
• Motores e máquinas eletrônicas menores permitiram o desenvolvimento de um grande número de utilidades domésticas, que seriam os bens de consumo duráveis que, juntamente com o automóvel, constituem os maiores símbolos da sociedade moderna durante a guerra fria (EUA) e o consumismo de seus produtos industrializados para superar sua crise da queda da Bolsa de NY em 1929.
• Cria-se a sociedade de consumo salário tem que subir, formação dos sindicatos, capital x trabalho.
• O padrão de consumo é definido pelo estado de bem estar.
• Qualidade de vida X estado de bem estar social (moradia, saúde, transporte gratuito, educação).
• Acumular capital – arrebentar com a legislação já conseguida.
TERCEIRA REVOLUÇÃO TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIALINDUSTRIAL
• Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.
Robô inglês: braço eletrônico é capaz de escrever e de levantar 1 tonelada
E F E I TOS D A R E V O L U Ç E F E I TOS D A R E V O L U Ç Ã O Ã O
I N D U S T R I A LI N D U S T R I A L
• ACÚMULO DE CAPITAL• CONTROLE CAPITALISTA DO CAMPO• CRESCIMENTO POPULACIONAL• CAPITALISMO INDUSTRIAL• EMPRESÁRIOS INDUSTRIAIS• PROLETARIADO• DENTENTOR DOS MEIOS DE PRODUÇÃO• SURGIMENTO DOS MOVIMENTOS OPERÁRIOS• DIVISÃO DO TRABALHO• ALIENAÇÃO DO TRABALHO• PRODUÇÃO EM SÉRIE• PADRONIZAÇÃO DOS GOSTOS• DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES • DESENVOLVIMENTO DAS COMUNICAÇÕES• URBANIZAÇÃO
ALGUMAS ALGUMAS CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS
• A noção de eu e a individualização vai se desenvolvendo com a história do capitalismo.
• Instabilidade: nós vivemos o agora, não há projeto de vida.
• 90% dos contratos de trabalho são precários (informal, sem vínculo)
• Personalidade instável (emocional), receptivo à mudança, relacionamento instável.
• Educação sem a visão da alteridade(não existe o outro).
• Extremo individualismo. • A idéia de um mundo "interno" aos sujeitos, da
existência de componentes individuais, singulares, pessoais, privados vai tomando força, permitindo o desenvolvimento de um sentimento de eu.
Frederick Taylor
1865-1915
um engenheiro americano chamado Taylor desenvolveu a "organização
científica do trabalho".
Seu objetivo era elevar ao máximo a produtividade das fábricas.
Os seus métodos provocaram mudanças significativas nos
processos industriais.
TaylorismoTaylorismo
as tarefas dos operários deveriam ser simplificadas ao máximo, de modo que o seu grau de dificuldade fosse o mínimo possível.
O fluxo de produção deveria ser dividido e subdividido até que cada trabalhador só realizasse uma ínfima parte do processo como um todo
os operários não deveriam perder tempo pensando sobre o que faziam.
Planejar, controlar e introduzir melhorias nos processos era responsabilidade de uma equipe de engenheiros.
O método de Taylor foi, posteriormente, levado às últimas consequências por Henry Ford.
Henry FordHenry Ford
1863-19471863-1947
Ford criou as linhas de montagem na sua fábrica de automóveis.
As mudanças introduzidas ´por Ford visavam a produção em serie de um produto( o Ford modelo T) para o consumo de massa.
Foi implantada a jornada de 8 horas de trabalho por 5 dólares ao dia
ismoismo
A maquino fatura desenvolveu-se e a produção passou a organizar-se em linha de montagem.
Significava renda e tempo de lazer suficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e a até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa.
Fordismo
O aperfeiçoamento continuo dos sistemas produtivos deu origem a uma divisão do trabalho detalhada que resultou na diminuição de horas de trabalho.
Iniciou-se a era do consumismo:
produção em massa para um consumo
em massa
aumento de produtividade com o uso mais adequado aumento de produtividade com o uso mais adequado possível de horas trabalhadas, através do controle possível de horas trabalhadas, através do controle
das atividades dos trabalhadoresdas atividades dos trabalhadores
Fordismo-TaylorismoFordismo-Taylorismo
Divisão e parcelamento das tarefasDivisão e parcelamento das tarefas
mecanização de parte das atividades com a introdução da linha de montagem
um sistema de recompensas e punições conforme o comportamento deles no interior da fabrica
era extremamente mais fácil treinar operários em tarefas muito simples do que em tarefas complexas.
VantageVantagensns
a própria idéia de que a atividade produtiva deve ser objeto de estudo metódico e racional
Um trabalhador especializado numa pequena operação podia adquirir habilidade suficiente para faze-la muito rapidamente
Dois elementos externos à
fabrica contribuíram muito para o sucesso das
medidas propostas por Taylor e Ford:
1. o atrelamento do movimento sindical aos interesses capitalistas. Apesar dos conflitos, os sindicatos foram se burocratizando e se transformaram em imensas estruturas administrativas, fazendo concessões aos capitalistas e ao Estado;
Análise critica do Fordismo-Taylorismo
Vantagens
2. a presença significativa do Estado criando mecanismos financeiros e legais para que o consumismo se tornasse uma pratica cotidiana, bem como cooptando os sindicatos para que controlassem politicamente a força de trabalho.
Aos operários cabia somente usar as mãos, nunca os cérebros.
Desvantagens
Esse método tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos.
Desvantagens
Alheamento
o trabalhador não se identifica com o produto do seu esforço.
Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho..
Um homem que simplesmente fixava pára-lamas não via o automóvel pronto como obra sua..
Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar pára-lamas
Pessoas que não se orgulham do que fazem, que não vêem importância na sua atividade, dificilmente produzem com qualidade
Um enorme potencial estava sendo desperdiçado ao se impedir que os operários opinassem sobre o modo como o trabalho era feito.
Desvantagens
Mesmo pessoas com pouca cultura escolar tem bom senso suficiente para enxergar problemas simples - que muitas vezes passam desapercebidos aos olhos dos engenheiros - e propor soluções para eles.
Não se trata, portanto, de uma técnica “neutra” de organizar o trabalho de forma metódica, como o
taylorismo é encarado nos cursos de Administração de Empresas.
Na verdade, estamos diante de uma forma encontrada pela burguesia para ampliar seu domínio sobre a
classe trabalhadora, apropriando-se de seu saber e de seu tempo.
A idéia taylorista de um rendimento maximo no menor espaço de tempo possível e a separação entre o mando (ou o planejamento) e a execução instalou-se nos mais diferentes setores da vida social, como por exemplo, na organização do trabalho nos escritórios e no sistema de
ensino.
TRANSFORMAÇÃO
Nos períodos mais recentes, o capitalismo vem passando por nova transformação
Crise do petróleo (1973) : recessão, busca de novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expansão dos lucros
Década de 70: nova fase no processo produtivo capitalista : pós-fordismo ou processo da acumulação flexível
Nova fase de expropriação da mão-de-obra, a chamada acumulação flexível ou Toyotismo: a partir do modelo de produção criado pelos japoneses no período pós segunda
Guerra
degradação das condições de trabalho, dos direitos
trabalhistas e, consequentemente, dos
trabalhadores.
Os princípios ideológicos e organizacionais do toyotismo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo
de administração e produção
Eiji ToyodaEiji Toyoda (1913-2013) (1913-2013)
TOYOTISMTOYOTISMOO
Características
flexibilização dos processos de trabalho, incluindo a automação
flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho
flexibilização dos produtos e também dos padrões de consumo
Pós - Fordismo
A
U
T
O
M
A
Ç
Ã
O
eliminação do controle manual por parte do trabalhador, o trabalhador só intervém para fazer o controle e a supervisão
as atividades mecânicas são desenvolvidas por maquinas automatizadas,
programadas para agir sem intervenção de um operador
o engenheiro que entende de programação eletrônica e de analise de sistemas passa a ter uma importância estratégica
Flexibilizaçao do processo de trabalho
A
U
T
O
M
A
Ç
Ã
O
A robótica tecnologia é um componente novo nas industrias de bem de consumo duráveis e altera
profundamente as relações de trabalho
Robôs não fazem greve, trabalham
incansavelmente, não exigem maiores salários e
melhores condições de trabalho e de vida
Novas formas de produção: o licenciamento de marcas que articulam varias empresas pequenas e medias em torno do marketing e do apoio financeiro de um grande grupo.
Flexibilização do processo de trabalho
Flexibilização dos mercados de trabalho.Flexibilização dos mercados de trabalho.
Tendência de se usar diferentes formas de trabalho: trabalho domestico e familiar, trabalho autônomo, trabalho
temporário, por hora ou curto prazo
subcontratação
Alta rotatividade da mão de obra
baixo nível de sindicalização, enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas.
Terceirização
Flexibilização dos produtos e do consumo.
A vida útil dos produtos vai diminuindo, tornando-se
descartáveis, a propaganda nos estimula a trocá-los por
novos
Obsolescência Programada
O pós- fordismo
Consequências
Alta rotatividade da mão de obra
baixo nível de sindicalização
enfraquecimento dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas,
instabilidade para os trabalhadores,
desemprego crescente
tendência a elevar o numero de trabalhadores através da diminuição das horas de trabalho semanais: trabalhar menos horas para que todos possam ter emprego e renda.
Modelos de Produção Modelos de Produção
Da Segunda revolução industrial à Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científicarevolução Técnico-científica
Modelos de Produção Modelos de Produção
Da Segunda revolução industrial à Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científicarevolução Técnico-científica
TAYLORISMO
Separação do trabalho por tarefas e níveis
hierárquicos
.- Racionalização da produção.- Controle do
tempo.
- Estabelecimento de níveis mínimos de
produtividade.
FORDISMO
Produção e consumo em massa.
- Extrema especialização do
trabalho
.- Rígida padronização da produção
.- Linha de montagem.
TOYOTISMO
Estratégias de produção e consumo em escala planetária.
- Valorização da pesquisa científica
.- Desenvolvimento de novas tecnologias.
- Flexibilização dos contratos de trabalho.