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Centro Social e Paroquial S. Martinho de Sande “Estilo de vida saudável”
Projeto Educativo 1
Índice
- Introdução ……………………………………………………………………. pág. 2
- Caracterização do Contexto ………………………………………………….. pág. 3
- Problema ……………………………………………………………………… pág. 8
- Formulação de hipóteses ……………………………………………………... pág. 9
- Fundamentação teórica ……………………………………………………….. pág 9
- Intervenientes no Projeto …………………………………………….………. pág. 16
- Pressupostos ………………………………………………………………….. pág. 17
- Objetivos Gerais …………………………………………………………..…. pág. 17
- Áreas de Conteúdo …………………………………………………………… pág. 18
- Recursos ……………………………………………………………………… pág. 23
- Estratégias ……………………………………………………………………. pág. 24
- Duração, Divulgação e Avaliação ……………………………………………. pág. 25
- Bibliografia …………………………………………………………………… pág. 26
Centro Social e Paroquial S. Martinho de Sande “Estilo de vida saudável”
Projeto Educativo 2
1. Introdução
O Projeto Educativo para o próximo biénio do Centro Social e Paroquial de
Sande S. Martinho tem como tema “Estilo de vida saudável”.
A implementação deste Projeto visa promover estilos de vida saudáveis como
uma forma de combater a vida sedentária que caracteriza a atual sociedade, bem como
premiar o facto de Guimarães ser em 2013 a Cidade Europeia do Desporto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado de equilíbrio e
completo bem-estar físico, mental e social.
Procurar um estilo de vida saudável será o mesmo que aceitar o desafio de, em
cada momento, fazer todo o possível por ser útil a si e aos outros. Daí que, na educação
das pessoas, desde a mais tenra idade, deverá estar sempre ativo o processo de formação
física, psíquica, moral e social.
Eis porque consideramos este projeto muito enriquecedor e criativo, o qual
permitirá às nossas crianças uma caminhada mais feliz na escalada da vida.
Segundo as orientações curriculares para a educação pré-escolar, o Ministério da
Educação definiu a Área de Expressão e Comunicação como uma área que se baseia
sobre aspetos essenciais do desenvolvimento e da aprendizagem, engloba instrumentos
fundamentais para a criança continuar a aprender ao longo da vida. Ao entrar para a
educação pré-escolar, a criança já possui algumas aquisições motoras básicas, tais como
andar, transpor obstáculos, manipular objetos, etc. Como tal e tendo em conta os
diferentes ritmos de cada criança o educador deve proporcionar oportunidades
educativas de exercício da motricidade global e fina.
Ambos os tipos de motricidade se desenvolvem no dia-a-dia do Jardim de
Infância, onde as crianças aprendem a manipular diversos objetos e começam a tomar
consciência dos diferentes segmentos do seu corpo, das suas possibilidades e limitações,
facilitando a progressiva interiorização do esquema corporal e a consciência do corpo
em relação ao exterior.
É situando o seu próprio corpo que a criança apreende as relações no espaço,
relacionadas com a matemática. Os jogos de movimento com regras são ocasiões de
controlo motor e de socialização. Identificar e designar as diferentes partes do corpo,
bem como a sua nomeação, ligam a expressão motora à linguagem. O ritmo, os sons
produzidos através do corpo e o acompanhamento da música ligam a expressão motora
à dança e também à expressão musical.
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São todas estas situações que permitem que a criança aprenda a utilizar melhor o
seu corpo, que vá progressivamente interiorizando a sua imagem e que vá tomando
consciência de condições essenciais para uma vida saudável.
Assim sendo, este projeto foi elaborado a pensar nas necessidades e
características das crianças mas é flexível na medida em que se pode alterar os
conteúdos em função dos interesses das mesmas.
2. Caracterização do Contexto
2.1. Meio Envolvente – S. Martinho de Sande
A Instituição Centro Social e Paroquial Sande S. Martinho insere-se na
freguesia de Sande (S. Martinho). A influência da Instituição abrange não só a própria
freguesia, mas também outras circundantes, nomeadamente Ponte e Taipas.
Tendo por limites a margem direita do rio Ave, o monte de Outinho, a serra da
Falperra e o relevo da Citânia de Briteiros, existiu desde remotas eras, segundo rezam
velhos documentos, a chamada Terra de Sande, que se compunha de dezanove
freguesias, das quais oito desapareceram na voragem dos tempos. Tinha como centro
dinamizador o Mosteiro de Sande (anterior à nacionalidade — ou, pelo menos, ao
século XII), a cujo topónimo foi buscar nome, e estendia-se pela área hoje ocupada
pelas freguesias de S. Martinho, S. Clemente e S. Lourenço. Na de S. Martinho, estava
implantado o convento, que pertenceu, segundo algumas opiniões, aos monges
Agostinianos e, historicamente assegurado, depois, aos Beneditinos. Em 1444, o
arcebispo D. Fernando da Guerra transformou-o em abadia secular, sendo mais tarde
convertido em comenda da Ordem de Cristo.
Das oito freguesias desaparecidas acima citadas, duas encontravam-se dentro
dos limites do mosteiro: Santa Maria de Sever e S. Pedro de Ruivós, que foram
absorvidas, respetivamente, por S. Martinho e por S. Clemente.
Por Sande, passava a via romana Braga-Astorga, parte da grande via que ligava
Lisboa a Roma. É na margem desta estrada, de que ainda existem vestígios, que
existem os túmulos dos Quatro Irmãos, cuja lenda serviu de enredo a mais do que um
autor e de motivo para várias versões.
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Projeto Educativo 4
A antiguidade de Sande é comprovada, também, pelo nome de um curso de
água que a banha em toda a sua extensão, nascido na encosta do monte Sameiro e que
é afluente do rio Ave. É conhecido por rio Febras, o “Rivulo Feveros” de que falam as
inquirições do século XII e cuja grafia — na opinião do paleólogo Jesus Costa — vem
de tempos anteriores à invasão da Península pelos árabes.
Na freguesia, além da bela igreja paroquial, a mais vasta das redondezas e que
substituiu uma de estilo românico no século XVII, existem duas capelas: a de Santo
Amaro, cuja festa, sempre muito concorrida, se efetua nos meados de Janeiro, e a
formosa Capela de S. Bernardo, da Quinta de Tarrio, de bela traça D. João V e que
possui diversas imagens coevas da sua construção.
Terra de trabalho na agricultura, com uma série de quintas de “gente de algo”,
granjeadas por uma dinastia de honrados lavradores. Na indústria, foi Sande, até há
poucas dezenas de anos, o centro principal do país na produção de garfos de ferro, que
ocupava grande parte da mão-de-obra masculina. Eram espalhados pelas tradicionais
feiras da província por “ambulantes”, de que ainda hoje existem descendentes, ao som
do famoso pregão: “Quem quer navalhas baratas, canivetes, alicates, garfos chatos,
oitavados e redondos, trinchadores, facas de folheto!”
As mulheres, além do trabalho doméstico, que incluía a “ida ao monte” à
procura de “piques” e “caruma” para acender a lareira e o forno onde eram preparados
o “caldo e broa”, agarravam-se ao tear manual a tecer teias de pano barato, desde antes
do romper da aurora até adiantadas horas da noite, espalhando pelos ares a sinfonia
barulhenta dessas preciosas peças etnográficas, hoje completamente desaparecidas.
Atualmente, a indústria dominante e que absorve quase completamente a mão-
de-obra desta terra é a produção de talheres, em unidades industriais cuja dimensão se
impõe mesmo a nível internacional e de cujo ramo foi pioneira na aplicação de aço
inoxidável, nos princípios da década de trinta, na então importante Fábrica de Sande.
A cerca de nove quilómetros da sede do concelho, está a freguesia de S.
Martinho de Sande implantada na encosta do monte de Outinho, em autêntico
anfiteatro, de cujo Picoto se goza uma visão paradisíaca sobre o vale do Ave. Estende-
se por dezenas de lugares onde se destacam, pela sua dimensão, os da Rocha, Cima de
Vila, Ribeira, Pontes e Gaias. Os outros são: Alvite, Assento, Burgão, Cachadinha,
Cuteluda, Lamelas, Pedreira, Reguengos, Souto, Saburno e Tarrio.
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Como síntese do que fica escrito, seja permitida a transcrição das impressões
que José Augusto Vieira registou, no século passado, na raridade bibliográfica “O
Minho Pitoresco”:
“Descendo as abas da serra da Falperra, note a situação das quatro Sandes (S.
Clemente, S. Lourenço, S. Martinho e Santa Maria de Vila Nova), embora em uma
excursão pela estrada de Braga melhor tivesse ensejo de as conhecer, visto que
marginam o caminho à esquerda da Vila Nova de Sande e S. Clemente, e à direita, no
fundo de uma pitoresca bacia vegetal, S. Martinho e S. Lourenço. As três Sandes
primeiras formaram até ao século XVI uma só paróquia, dividindo-se depois em três
curatos dependentes do de S. Martinho, que era o mais importante tanto sob o ponto de
vista de população como de recordações históricas.”
População: 2721
Atividades económicas: Agricultura e indústria de cutelarias
Festas e Romarias: Semana Santa, S. Mateus e Sto. Amaro
Património: Sepulturas medievais dos “Quatro Irmãos” e troço da via imperial romana
que ligava Lisboa-Roma, Picoto do Outinho e S. Gonçalo (Cima de Vila)
Outros Locais: Igreja matriz, capelas de S. Bernardo e de Santo Amaro, cruzeiro
paroquial, oratórios das alminhas e Casa do Couto
Coletividades: G. D. R. “Os Sandinenses”, Rancho Folclórico
Orago: S. Martinho
2.2. A Instituição
O Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Sande localiza-se na freguesia de
Sande S. Martinho, mais propriamente na avenida Domingos de Freitas. Esta freguesia
pertence ao concelho de Guimarães e distrito de Braga. Este Centro Social e Paroquial
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encontra-se numa parte central da freguesia, este está ainda próximo da Igreja Paroquial
e da EB1 de Sande S.Martinho.
O Centro Social e Paroquial de Sande S. Martinho (IPSS) nasceu com a
construção de raiz do Salão Paroquial e com o objetivo de crescimento no âmbito da
solidariedade social.
Dando continuidade à ambição já referida e numa política de crescimento,
começou-se a trabalhar num projeto para a construção de raiz, de uma das valências
desta instituição, (CRECHE) que foi concretizada com muito esforço e empenho, tendo
sido inaugurada e aberta no ano letivo de 1999/2000.
Com o decorrer do tempo, e tentando responder aos objetivos da Instituição e às
necessidades das famílias, chegamos à conclusão de que era a altura certa para avançar
para mais uma das etapas dos objetivos por nós traçados, ou seja, a construção de outra
valência (JARDIM DE INFÂNCIA).
Com o pensamento na concretização de mais uma fase para o crescimento da
Instituição, demos início à elaboração do projeto, fizemos os contactos e protocolos
exigidos para o efeito e, em Fevereiro de 2008, iniciava-se a obra de raiz para o
JARDIM DE INFÂNCIA, que viria a ser concluído e aberto com mais uma valência,
em Setembro do mesmo ano.
Como, e já diz o provérbio popular, não há duas sem três, nem três sem quatro,
também nós, não podemos baixar os braços e adormecer sem pensar nas pessoas que
hoje mais do que nunca necessitam da nossa ajuda, (OS IDOSOS), esse é o nosso
próximo objetivo, a construção do CENTRO DE DIA E APOIO AO DOMICÍLIO.
2.2.1. Caracterização do Espaço Físico
A Creche do Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Sande foi inaugurada
no ano de 1999.
Com o objetivo de melhorar as condições pedagógicas e satisfazer novos
pedidos de admissão, as instalações foram ampliadas, permitindo a criação de um
Jardim-de-infância que foi inaugurado em Setembro de 2009.
Na parte da creche podemos encontrar:
• Berçário com sala de atividades, dormitório e sala da muda;
• Uma sala para o grupo etário de 1 ano;
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• Uma sala para o grupo etário de 2 anos;
• Sala das educadoras de infância;
• Cozinha;
• Arrecadação;
• Lavandaria;
• Secretaria;
• Refeitório;
• Casa de banho e vestiários para os adultos;
• Casa de Banho para as crianças e fraldário.
Já no edifício de jardim-de-infância podemos encontrar:
• Uma sala para o grupo etário de 3 anos;
• Uma sala para o grupo etário de 4 anos;
• Uma sala para o grupo etário de 5 anos;
• Uma casa de banho para as crianças;
• Uma casa de banho para os adultos;
• Polivalente;
• Sala das educadoras de infância;
• Arrecadação,
• Vestiários.
Quer a parte da Creche quer o edifício do jardim-de-infância possuem um amplo
espaço ao ar livre com relva e um parque infantil adequado às idades das diferentes
valências.
2.2.2. Horários
• O horário de funcionamento da Instituição processa-se entre as 07:30h e as
19:00h.
• A componente pedagógica abrange diferentes períodos dependendo da sala em
questão: Sala de 1 ano, 9h às 17h; sala de 2 anos, 8h30m às 16h30m; sala de 3 anos, 9h às 17h;
sala de 4 anos, 8h30m às 16h30m e sala de 5 anos, 9h30m às 17h30m.
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2.2.3. Recursos Humanos
Frequentam no momento 95 crianças repartidas pelas salas da Creche e Jardim-
de-infância. O Berçário tem 13 utentes; a sala de um ano tem 15 utentes, a sala dos 2
anos tem 15 utentes, a dos 3 anos tem 18 utentes, a dos 4 anos tem 16 utentes e a dos 5
anos tem 18 utentes.
Colaboradores
Aquele que se integra, pela primeira vez, na Instituição, assume, com
responsabilidade, o compromisso de responder cabalmente ao Projeto Educativo da
mesma. Assim, apresentam-se aqui os intervenientes neste Projeto Educativo: 5
Educadoras de Infância, sendo 2 Coordenadoras Pedagógicas; 10 Ajudantes de Ação
Educativa; 1 Administrativa; 2 Cozinheiras; 1 Auxiliar de Serviços Gerais.
3. Problema
A temática que cinge o presente projeto surgiu da necessidade de as crianças
estabelecerem um contacto mais próximo com estilos de vida saudáveis, tendo em conta
o estilo de vida sedentária que atualmente as crianças têm em casa.
Assim sendo, o Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Sande determinou
para tema do projeto educativo para o próximo biénio “Estilo de vida saudável”
propondo-se a dinamizá-lo ao nível da Creche e Jardim-de-infância.
E de que forma podem as valências contribuir para que as crianças contactem
com estilos de vida saudáveis?
- Proporcionando às crianças o contacto com atividades físicas e lúdicas.
- Fomentar o gosto pelo desporto nas aulas de Expressão Motora.
- Realizar atividades relacionadas com a alimentação saudável.
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4. Formulação de Hipóteses
Como trabalhar este tema com crianças?
Primeiramente, é importante dar às crianças a palavra, escutá-las, convidá-las a
participar na realização de atividades.
É importante ter a certeza de que todos têm a oportunidade de participar, fazer
descobertas e tornar-se protagonistas do processo de escolha e realização. Sentir-se-ão,
assim, mais empenhados e, para além disso, as sugestões que apresentam revelam-se
com frequência muito úteis e criativas.
Posteriormente, o adulto terá que criar condições para que as crianças contactem
com estilos de vida saudáveis.
Importante, também, é respeitar as diferenças, os ritmos, as capacidades e as
características de cada um, nomeadamente, nos aspectos sociais e antropológicos, entre
outros. Há que ter em atenção, de igual modo, as famílias de onde as crianças provêm,
eventualmente com hábitos muito distintos e evitar que as indicações dadas pela
Instituição entrem em conflito com as diretivas dos pais, por vezes, menos abertos à
discussão destes assuntos com os filhos, assim sendo, torna-se pertinente envolvê-los
desde o início, neste processo.
5. Fundamentação Teórica
Sendo o Projeto Curricular de Escola “ Um conjunto de decisões articuladas
pela equipa docente de uma escola, tendentes a dotar de maior coerência a sua
actuação, concretizando as orientações curriculares de âmbito nacional em propostas
globais de intervenção pedagógica-didáctica adequadas a um contexto específico.”
(Cármen e Zabalza 1996:16), pressupõe que toda a comunidade se envolva no seu
desenvolvimento e dinamização.
Esta dinâmica compreende uma vertente de desenvolvimento interno que
engloba melhorias na sua organização e gestão, com consequências no seu
funcionamento.
A resposta dada às crianças tem de ter em conta a comunidade de onde provêm,
as suas características e necessidades. Por isso, a elaboração e realização do Projeto
implica a participação dos pais que partilham com a Instituição responsabilidades
diretas na educação dos filhos e de outros membros da comunidade que, tendo uma
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responsabilidade indireta nessa educação, podem contribuir para o processo educativo –
Autarquias, Instituições, etc.
Como qualquer outro Projeto, este constrói-se progressivamente na relação do
passado, com o presente e futuro, isto é, é primordial ter em conta o passado, no que
concerne à história da organização para assim objetivarmos o seu futuro a médio prazo,
de forma a poder dar continuidade e coerência aos planos que se vão realizando
progressivamente ao longo dos anos.
O esforço de elaboração e reformulação deste Projeto de Estabelecimento só
vale a pena se este se constituir como um instrumento útil para a organização do Jardim-
de-infância e se tiver o efeito dinamizador e globalizante que caracteriza um Projeto.
Deste modo, com a realização deste, pretendemos que as crianças aprendam a
aprender e a descobrir o que está para além da objetividade imediata, sendo importante
que o Educador garanta as condições de aprendizagens futuras com sucesso. Não se
pretende que este se centre na preparação da escolaridade obrigatória, mas que garanta
às crianças um contacto com a cultura e os instrumentos que lhes vão ser úteis para
continuar a aprender ao longo da vida.
Logo, a Educação Pré-Escolar e nomeadamente o Educador deve familiarizar a
criança com o contexto culturalmente rico e estimulante que desperte a curiosidade e
desejo de aprender, pois é o conjunto das experiências com sentido e ligação entre si
que dá a coerência e consistência ao desenrolar do processo educativo.
5.1. ME2S SA2A I2 CORPORE SA2O
Nada como estar bem com a vida para que nos sintamos saudáveis e bem
dispostos. Para que tal aconteça, é necessário que desde muito cedo seja desenvolvido
um estilo de vida individual para que os diversos aspetos se combinem e influenciem a
saúde em todas as áreas: física, mental, espiritual, social.
Um estilo de vida saudável ajuda-nos a proteger de doenças e impede que
doenças crónicas piorem. Ajuda a manter o corpo em forma e a mente alerta. Um estilo
de vida saudável inclui a saúde preventiva, boa nutrição e controle de peso.
O ato de comer, para além de satisfazer necessidades biológicas e energéticas
inerentes ao bom funcionamento do nosso organismo, é também fonte de prazer, de
socialização e de transmissão de cultura. No entanto, não basta ter acesso a bens
alimentares. É preciso «saber comer», ou seja, saber escolher os alimentos de forma e
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em quantidades adequadas às necessidades diárias ao longo das diferentes fases da vida.
Em pleno século XXI, e apesar dos conhecimentos científicos entretanto adquiridos, a
alimentação equilibrada e adequada às necessidades de cada indivíduo ainda é uma
utopia a atingir para muitos milhões de seres humanos.
Portugal tem uma das maiores percentagens europeias de crianças com excesso
de peso. Resolver o problema passa pelos pais, porque estas são um fator de risco. As
crianças aprendem com os padrões dos pais e imitam-nos, ignorar o problema de peso
de uma criança pode aumentar o risco de problemas de saúde. As consequências sociais
e emocionais também podem ser graves, piorando ainda mais se uma criança pesada se
torna num adulto com excesso de peso.
Num estilo de vida saudável é sem dúvida importante uma alimentação
equilibrada mas é também importante, como complemento, a atividade física regular.
Alguém dizia “Ser desportista é uma opção; Ser ativo é uma necessidade!”,
sem dúvida que a atividade física regular é fundamental para a saúde.
ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
VIDA SAUDÁVEL
ATIVIDADE FÍSICA
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5.2. ATIVIDADE FÍSICA E A SAÚDE
A atividade física pode ajudar a prevenir e a tratar uma vasta gama de potenciais
alterações da saúde. A atividade física regular oferece imensos benefícios no
desenvolvimento da criança ao nível do: crescimento físico, das capacidades físico -
motoras, da criação de novas amizades e da valorização da auto - estima.
A prevenção da saúde é um objetivo social que pode desenvolver-se através de
práticas corporais generalizadas a todas as idades, desde que adaptadas ao seu nível de
dificuldade às suas expetativas e motivações. A criação de hábitos no tratamento da
saúde física e mental deve hoje passar a fazer-se mais cedo. A razão pela qual a
Educação para a saúde é essencial na formação das crianças reside no facto de o estilo
de vida que um indivíduo leva e os riscos que se expõe influenciam na sua qualidade de
vida global e condicionam possibilidades de ficar doente e morrer antes do tempo.
Para que a criança adote comportamentos saudáveis, é imprescindível que
adquira todos os acontecimentos sobre a sua saúde e como preservá-la, no entanto, de
nada lhe servirá se souber muito e não os introduzir nos hábitos quotidianos. Os
conhecimentos devem traduzir-se sempre em ações: primeiro quando ainda é criança e
depois em adulto. Deve tomar decisões que favoreçam a sua própria saúde física e
mental e, por conseguinte, realizá-las. Os comportamentos relacionados com a saúde
são, de facto, qualquer ação cujas consequências a curto, médio e longo prazo
influenciam a probabilidade de manter o bem - estar físico e mental de uma pessoa,
pode ser considerada por si só conduta saudável.
Qualquer pessoa tem ao seu alcance fazer manter e melhorar a saúde se cumprir
alguns requisitos mínimos: alimentar-se de forma equilibrada, adquirir hábitos de
higiene pessoal, descansos corretos, praticar exercício físico com frequência, ir ao
médico com regularidade para prevenir doenças, aprender a controlar o stress, a
relacionar-se de forma positiva com as outras pessoas, evitar riscos e desenvolver
qualidades como a moderação e a responsabilidade. Para que as crianças se comportem
de uma forma correta e saudável, deve ter início por parte dos pais. Estes devem estar
atentos e ter consciência que a sua influência é determinante, dado que a motivação que
cada pessoa tem sobre a sua própria saúde, depende, principalmente, das suas
experiências pessoais quando criança. Os pais que, através das palavras e das ações
quotidianas, transmitem aos filhos a ideia de que a saúde é importante estão a criar as
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bases para que quando forem adultos lhes seja mais fácil aproveitarem-se do seu bem-
estar físico e psicológico. É importante que a criança se convença de que as suas ações
têm uma influência decisiva na sua própria saúde e na dos outros. Se, de qualquer
forma, é mais fácil que uma criança venha a ter comportamentos saudáveis ao chegar à
idade adulta, se desde pequena adquiriu o costume de controlar a sua saúde
periodicamente e viu como os seus pais colocavam as dúvidas aos profissionais de
saúde e aplicavam os seus conselhos em benefícios de todos os membros da família. A
observação do exemplo dos pais e, mais tarde, dos educadores e outros professores, será
o caminho que mostrará à criança o que fazer e como fazê-lo. Logicamente, para que
passe do conhecimento à ação, deverá ser estimulada de maneira afetuosa, mas também
firme, encorajada (através do elogio) a querer imitar esse comportamento.
5.3 ATIVIDADE FÍSICA E A CRIA2ÇA
Atividades físicas que estimulem o desenvolvimento são importantes para a
criança, tendo em conta o estado evolutivo em que a criança se encontra. Como
atividades físicas podem-se incluir o desporto, o jogo, a dança, os exercícios corporais e
a educação física.
Crianças com um desenvolvimento motor deficiente, pobreza de movimentos e
pouca destreza nas habilidades físicas podem ter problemas de relacionamento com os
colegas.
Durante a etapa pré-escolar, as crianças já possuem a maturidade suficiente para
poder praticar exercícios como andar, correr, dançar e jogar e possuem também à
partida coordenação motora e sentido de ritmo.
Durante a infância, a atividade física deve constituir mais uma atividade que
sirva para favorecer o desenvolvimento físico e permitir que as crianças passem
momentos agradáveis na companhia de amigos e colegas.
“O movimento é ele próprio o centro da vida activa das crianças. é
uma faceta importante de todos os aspectos do seu desenvolvimento,
seja no domínio motor, cognitivo ou afectivo do comportamento
humano. Negar às crianças a oportunidade de colher os muitos
benefícios de uma actividade física vigorosa e regular é negar-lhes a
oportunidade de experimentarem a alegria do movimento eficiente,
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os efeitos saudáveis do movimento e uma vida inteira como seres
móveis competentes e confiantes.” (Gallahue apud Spodek, 2010, p.
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A competitividade não é má em si mesma e por vezes são as próprias crianças a
gerá-la, não apenas nos recintos desportivos mas também na própria prática escolar. O
perigo surge quando esta competitividade é alimentada no seio familiar ou a partir dos
responsáveis desportivos como por exemplo os clubes. Por vezes, a rivalidade chega a
um extremo tal que faz com que se deva ganhar cada jogo ou conseguir as melhores
pontuações em cada competição. Este tipo de situações, que seguem o modelo
desportivo dos adultos, produz um grande stress nos mais pequenos e pode conduzi-los
a problemas de tipo psicológico como: insegurança neles próprios, bloqueios, reduzida
auto-estima, redução do rendimento escolar, etc…
Hoje em dia, as possibilidades de praticar desporto são inúmeras, nomeadamente
desportos lúdicos que se traduz pelo simples prazer de passar uns momentos entretido
sem que haja competitividade e rivalidade como por exemplo jogar à bola, nadar na
praia ou na piscina, andar de bicicleta, etc. Desportos educativos, em que o seu objetivo
é contribuir para a evolução física e psicológica das crianças, fomentando por sua vez
hábitos de higiene e saúde, conhecida por educação psicomotora nos primeiros anos da
educação física durante a etapa escolar. A prática do desporto competitivo é dirigida à
competitividade com outras equipas ou outros rivais apesar de se iniciarem
habitualmente nas escolas, no entanto, os campeonatos escolares não têm o nível de
competitividade exigido nos clubes Federados. O desporto em equipas é menos
stressante porque a responsabilidade divide-se por todos, para além de criar vínculos de
amizade entre as crianças e ensiná-los a partilhar e tornar-se solidárias. O desporto
individual gera mais tensão e não é aconselhável a crianças inseguras e com baixa auto-
estima, porque sentem que se espera muito delas, acham-se muito sós e pesa-lhes a
responsabilidade.
O objetivo fundamental de uma educação para a saúde é que a criança venha a
ser no futuro um adulto ativo. Por isso, é preciso que a atividade física seja uma
experiência positiva. Na escola, a educação física deve estimular o gosto pelas
atividades desportivas, privilegiando a vertente lúdica de prazer, ajudando as crianças a
ser mais autónomas, a ter sucesso nas atividades e contrariar o sedentarismo resultante
dos tempos passados em frente à televisão e ao computador.
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5.4 A OBESIDADE I2FA2TIL A ausência da atividade física pode causar graves problemas de saúde como por
exemplo a obesidade infantil.
Bebés “gordinhos” e cheios de “dobrinhas” são, geralmente, o orgulho dos pais.
Alguns bebés são gordinhos só de mamar no peito. Ao começar a gatinhar e a andar,
essas crianças “gordinhas” acabam perdendo o excesso de peso, pois começam a gastar
mais energia com pequenas atividades físicas.
O problema é quando depois de um ano de idade a criança não consegue deixar
de ganhar peso, de modo acentuado.
Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, o número de crianças obesas
tem crescido nos últimos anos. Os estudos demonstram que o
número de crianças acima do peso triplicou nos últimos 30
anos. Esse crescimento foi detetado nas classes
economicamente mais privilegiadas, mas prevê-se que
aconteça com as crianças o mesmo que ocorreu na população
adulta: com o tempo, a tendência é que o problema aumente
entre as classes mais empobrecidas. Os especialistas
acreditam que a obesidade infantil se irá tornar um problema
de saúde pública no país, sendo assim o combate à obesidade
infantil, uma das prioridades do programa da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
A principal causa da obesidade entre as crianças é a falta de exercício físico.
Muitas crianças não gastam energia nas brincadeiras próprias da idade, como correr,
saltar, trepar árvores, andar de bicicleta, optando por atividades que não queimam
muitas calorias. As crianças ficam em casa, dentro dos seus quartos, sentadas ou
deitadas na cama, navegando na Internet e assistindo a vídeos ou então ligados aos
canais da TV. Sozinho, esse sedentarismo não é causa suficiente para originar a
obesidade, mas, se associado a uma alimentação não balanceada, com excesso de
calorias, pode transformar a criança num ser obeso.
A obesidade infantil pode provocar consequências danosas à saúde da criança. É
um mal que provoca, ainda na infância, problemas de coluna, nas articulações, fere a
auto-estima e leva à rejeição social. Ao atingir a fase adulta, pode provocar o
aparecimento de diabetes e, segundo estudos realizados no mundo inteiro, também está
ligado a vários fatores de risco para doenças do coração, entre eles hipertensão arterial e
taxas elevadas de colesterol e triglicerídeos.
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6. Intervenientes no Projeto
Para que uma Comunidade/local envolvente funcione plenamente, necessita que
todos os intervenientes funcionem como um todo coeso e uniformizado que trabalhem
em prol dos mesmos objetivos e ambicionando as mesmas finalidades.
Comunidade Local Envolvente
Pais
Comunidade Educativa
Instituição
Educadoras Crianças Pessoal não Docente
Centro Social e Paroquial S. Martinho de Sande “Estilo de vida saudável”
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7. Pressupostos
Partimos dos pressupostos que:
• As crianças ao desenvolver as suas capacidades de pensar, raciocinar,
observar e experimentar, ao mesmo tempo promovem atitudes positivas
face ao ambiente que as rodeia;
• Estudos realizados incentivam a formação de cidadãos saudáveis;
• O contacto direto com um estilo de vida saudável promove nas crianças
maior desenvolvimento integral, a nível cognitivo, afectivo, físico e
social.
8. Objetivos Gerais
• Fomentar a inserção da criança em grupos diversos, no respeito pela pluralidade das
culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade.
• Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diferenciadas.
• Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e segurança, nomeadamente no âmbito da
saúde individual e coletiva.
• Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a
melhor orientação e encaminhamento da criança.
• Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de
efetiva colaboração com a comunidade.
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9. Áreas de Conteúdo
Existem três áreas de conteúdo:
Área de Formação Pessoal e Social
Área de Expressão e Comunicação
Área de Conhecimento do Mundo
9.1. Área de Formação Pessoal e Social
Tendo em conta as fases de desenvolvimento com que trabalhamos, esta área
corresponde a um processo que deverá favorecer a aquisição do espírito crítico e a
interiorização de valores espirituais, estéticos, morais e cívicos.
Objetivos específicos:
o Adquirir novos conhecimentos;
o Afirmação de si próprio na relação com o outro;
o Alcançar uma imagem positiva de si mesmo;
o Estimular uma boa integração na Instituição;
o Aceitar as pequenas frustrações e manifestar uma atitude positiva;
o Adquirir a coordenação e o controlo adequados para a execução de
tarefas da vida quotidiana e de atividades lúdicas, de acordo com as exigências da
realidade;
o Criar novos comportamentos;
o Estimular uma boa relação entre criança/criança e criança/adulto;
o Incentivar a inserção em grupo;
o Compreender as consequências dos próprios atos;
o Cumprir as tarefas distribuídas;
o Desenvolver a autonomia pessoal e auto-estima;
o Desenvolver a responsabilidade;
o Desenvolver a atenção, imaginação, compreensão e criatividade;
o Desenvolver o respeito pelos outros e cooperação;
o Desenvolver a socialização;
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o Desenvolver a noção de vez;
o Desenvolver a capacidade de observação;
o Desenvolver as próprias vivências afetivas;
o Fomentar na criança a Educação para a Saúde;
o Valorizar hábitos de alimentação saudável;
o Reconhecer a importância do exercício físico.
9.2. Área de Expressão e Comunicação
Nesta área, distinguem-se três domínios. São eles: o domínio das expressões, o
domínio da linguagem oral e a abordagem à escrita e o domínio da matemática. No
primeiro, diferenciam-se quatro vertentes: expressão motora, expressão dramática,
expressão plástica e expressão musical.
Domínio das Expressões:
Expressão motora – objetivos específicos:
o Desenvolver a motricidade fina e grossa;
o Desenvolver a noção e esquema;
o Desenvolver o tónus muscular;
o Desenvolver a noção de espaço;
o Desenvolver a noção de perto / longe;
o Desenvolver a noção de dentro/fora;
o Desenvolver a noção de lateralidade (esquerda/direita);
o Desenvolver o equilíbrio;
o Desenvolver a coordenação visuo-motora;
o Descobrir as possibilidades do paladar;
o Estabelecer uma nítida diferenciação entre próprio corpo e espaço
(exterior, próximo, distante).
Expressão Dramática – Objetivos específicos:
o Descobrir-se a si e ao outro;
o Desenvolver a capacidade de expressão do mundo interior;
o Desenvolver situações de comunicação verbal e não verbal;
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o Elaborar a representação de diferentes tipos de dramatizações;
o Favorecer a vertente lúdica da própria atividade;
o Fomentar a desinibição;
o Potenciar a imaginação e a criatividade;
o Progredir na representação de cenas simples;
o Permitir a tomada de consciência das suas receções e do seu poder sobre
a realidade;
o Recriar experiências de vida quotidiana;
o Estimular o desenvolvimento da linguagem.
Expressão Plástica – Objetivos específicos:
o Desenvolver o controlo da motricidade fina;
o Descobrir a polivalência dos materiais;
o Desenvolver as possibilidades de expressão;
o Desenvolver a expressão gráfica figurativa de formas observadas;
o Desenvolver o sentido estético;
o Estimular construtivamente o desejo de aperfeiçoar e fazer melhor;
o Proporcionar o contacto com diferentes formas de manifestação artística;
o Promover o contacto com diferentes texturas;
o Promover o contacto e a identificação de diferentes cores;
o Valorizar o processo de exploração.
Expressão Musical – Objetivos específicos:
o Adquirir vivências e destrezas em relação ao ritmo;
o Alargar a cultura musical;
o Acompanhar as canções utilizando instrumentos musicais;
o Aprender a movimentar-se seguindo a música, criando formas de
movimento;
o Desenvolver a capacidade de escutar;
o Exprimir a forma como sentem a música;
o Promover o desenvolvimento da capacidade musical;
o Promover o gosto pela dança;
o Proporcionar momentos de socialização;
o Proporcionar momentos de alegria;
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o Sensibilizar para diferentes tipos de música;
o Trabalhar a exploração de sons e ritmos;
o Permitir que a criança crie formas de movimento e aprenda a
movimentar-se seguindo a música;
o Participar em danças de roda.
Domínio da Linguagem e Abordagem à Escrita:
Neste domínio, a aquisição da linguagem oral e a abordagem à escrita são dois
objetivos fundamentais da educação pré-escolar, cabendo ao educador criar as
condições adequadas para que as crianças alcancem uma aprendizagem linguística
harmoniosa.
Linguagem Oral – Objetivos específicos:
o Adquirir novo vocabulário;
o Alargar o vocabulário, através da construção de frases mais
corretas/complexas;
o Controlar o ritmo da expressão oral;
o Desenvolver a capacidade de comunicação verbal;
o Desenvolver uma boa dicção;
o Desenvolver a capacidade de exprimir sentimentos, desejos e ideias
oralmente;
o Explorar o carácter lúdico da linguagem;
o Narrar histórias ou acontecimentos;
o Utilizar corretamente na expressão oral o vocabulário adequado a
diferentes temas;
o Levar a criança a sentir gosto e prazer em conversar, ouvir e contar
histórias.
Linguagem escrita – Objetivos específicos:
o Adquirir o controlo específico das mãos;
o Desenvolver a discriminação visual das formas;
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o Desenvolver a comunicação;
o Descodificar diferentes códigos simbólicos;
o Valorizar as tentativas de escrita;
o Proporcionar ocasiões de registo;
o Favorecer a capacidade de participação oral nas situações de pequeno e
grande grupo.
Domínio da Matemática:
As crianças vão espontaneamente construindo noções matemáticas a partir das
vivências do dia-a-dia. O papel da matemática na estruturação do pensamento, as suas
funções na vida corrente e a sua importância para aprendizagens futuras, determina a
atenção que lhe deve ser dada na educação pré-escolar, cujo quotidiano oferece
múltiplas possibilidades de aprendizagens matemáticas.
Objetivos específicos:
o Agrupar objetos;
o Construir noções matemáticas a partir da vivência do espaço e do tempo;
o Desenvolver o pensamento lógico-matemático;
o Desenvolver as relações de classificação, seriação e ordem entre os
elementos de um conjunto;
o Demonstrar a correspondência entre uma determinada quantidade e um
número;
o Identificar as formas geométricas;
o Iniciar a aquisição de número e reconhecer os seus símbolos gráficos;
o Resolver problemas de forma a fomentar o raciocínio e o espírito crítico;
o Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, relacionar, classificar,
ordenar e agrupar;
o Adquirir noções de espaço.
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9.3. Área do Conhecimento do Mundo
Esta área da curiosidade natural que caracteriza as crianças e do seu desejo
permanente de querer compreender tudo o que a rodeia, pode e deve ser alargada
através de experiências que permitam o contacto com novas situações que são, ao
mesmo tempo, oportunidades de descoberta e de exploração do mundo.
Objetivos específicos:
o Alargar saberes básicos necessários à vida social;
o Adquirir novos conhecimentos;
o Aplicar conhecimentos já adquiridos;
o Conhecer aspetos do ambiente natural/social em que vive;
o Compreender o mundo que o rodeia;
o Desenvolver a socialização;
o Desenvolver procedimentos corretos;
o Desenvolver hábitos de defesa de saúde individual e coletiva;
o Identificar as diferentes partes do corpo e as suas funções;
o Identificar a proveniência dos alimentos;
o Reconhecer a higiene como meio para a saúde;
o Despertar na criança hábitos de respeito/segurança;
o Estimular o espírito crítico;
o Estimular o desenvolvimento global da criança;
o Explorar descobertas do mundo;
o Sensibilizar a criança para as épocas festivas e tradições da sua
comunidade.
10. Recursos
Recursos Humanos:
� Direção;
� Educadoras de Infância;
� Crianças;
� Ajudantes de Ação Educativa;
� Colaboração dos Pais;
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� Outros.
Recursos Institucionais:
� Centro Social e Paroquial de S.Martinho de Sande;
� Câmara Municipal de Guimarães;
� Junta de Freguesia de S. Martinho de Sande.
Recursos Materiais:
� Material audiovisual;
� Material didático;
� Material de expressão plástica;
� Material de expressão dramática (Biombo e Pórtico de Sombras e
Fantoches).
� Material de expressão musical;
� Material de desgaste;
� Material de uso corrente;
� Material desportivo;
� Material literário;
� Material matemático;
� Material informático.
11. Estratégias
No presente projeto, pretende-se planear e desenvolver atividades adequadas às
necessidades das crianças e dos seus interesses, contemplando as atividades entre salas:
- comemoração do dia mundial da alimentação;
- comemoração do dia do Desporto;
- participação nas comemorações da Cidade Europeia do Desporto 2013;
- realização de visitas a espaços da comunidade;
- convite aos pais, familiares e comunidade a participar ativamente em atividades;
- exposição de trabalhos realizados sobre o tema.
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12. Duração, Divulgação e Avaliação
O projeto decorrerá desde o início do ano letivo até ao seu final, será seguido
conforme apresentado, no entanto, poderá sofrer algumas alterações dependendo da
durabilidade de cada atividade, motivação, necessidades e interesses do grupo. Deverá
ser, por isso, um projeto flexível.
Para divulgar o nosso projeto, utilizaremos os placards da nossa Instituição nos
quais apresentaremos fotografias, comentários e trabalhos realizados sobre o projeto.
Relativamente à avaliação, pretendemos uma conceção e uma prática desta que
permita monitorizar o processo conduzindo, se necessário, à reformulação de métodos e
estratégias.
A avaliação dá-nos a informação sobre cada criança, fazendo-nos perceber o que
ela apreendeu da experiência que viveu, o que mais gostou, ao que deu mais
importância, e ajuda-nos a rever a ação educativa. Todo este processo deve ser refletido
e, acima de tudo, útil. Esperando que as crianças se tornem mais autónomas, que
desenvolvam uma maior e melhor socialização, que sintam o desejo de aprender e
descobrir o seu “mundo” circundante.
A avaliação do projeto incidirá numa avaliação contínua, com a intenção de
realizar reuniões de equipa entre os elementos que a constituem, para refletir, discutir,
planear e, se necessário, alterar. Iremos elaborar registos de observação (inicial,
trimestral, final); já que as atitudes de comportamento de cada criança são reveladoras
das aprendizagens adquiridas e do uso que delas fazem, valorizando e ajustando a nossa
intervenção educativa em função dos dados obtidos.
As características da avaliação na educação pré-escolar permitem ao educador
desta etapa processar a sua ação facilitando às crianças uma variedade de experiência de
aprendizagem tendo como finalidade que cada criança atinja o máximo de
desenvolvimento possível das suas capacidades de acordo com as suas possibilidades.
É fundamental comparar os resultados obtidos com os objetivos previamente
elaborados, para assim podermos concluir se o nosso trabalho foi positivo ou não.
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13. Bibliografia
� Enciclopédia da Educação Infantil, Recursos para o Desenvolvimento do
Currículo Escola”. Editorial Nova Presença. 1997
� Hohmann, Mary; Weikart, David. Educar a criança. (1995). Lisboa.
Fundamentação Calouste Gulbenkian.
� Katz, L. e Chard, S. (1997). Abordagem de Projecto na Educação de Infância.
Lisboa. Fundamentação Calouste Gulbenkian.
� Silva, I.(1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
Departamento da Educação Básica. Ministério da Educação.
� Zabalza, M. (1992). Planificação e desenvolvimento curricular. Edições Asa.
� Nunes, Emília, Breda, João (s/d), Manual para uma alimentação saudável em
jardins de infância, Lisboa, Direção Geral de Saúde.
� Neto, Carlos Alberto Ferreira, Motricidade e jogo na infância, 2ª edição,
Lisboa.