Comparativo quanto à coleta seletiva de Resíduos Sólidos em Uberlândia e Florianópolis
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II Congresso Interamericano de Resíduos Sólidos
V-Campani-Brasil-001
Implantação da Coleta Seletiva dos Resíduos Sólidos do Campus do Vale e a Gestão Ambiental da UFRGS
DARCI BARNECH CAMPANI1 MÁRCIA REGINA PEREIRA TAVARES2
RUI PAULO DIAS MUNIZ3
2007
1 Engenheiro Agrônomo, ........ 2 Bel. e Lic em Geografia, Setor de Ambiente da Prefeitura do Campus do Vale da UFRGS 3 Engenheiro de Produção, Especialista em Gestão Empresarial, Prefeito Universitário do Campus do Vale da UFRGS
2 1. Introdução
A UFRGS
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instituição de ensino superior, ocupa a 5a posição
em produção científica no país, conforme Relatório recente da CAPES, e 95% no Estado. Com uma
área física total que ultrapassa 21.878.376 m2 e área construída de mais de 500.000 m2, o que inclui
mais de 300 hectares de mata no Campus do Vale, tem uma demanda de energia elétrica média
mensal de 1.900.000 KWh e um consumo médio mensal de água de 32.178 m3. Tem
aproximadamente 400 alunos de Ensino Fundamental, 250 alunos no Ensino Médio, 850 alunos no
Ensino Profissionalizante, 21.000 alunos na Graduação de Ensino Superior, 3.000 alunos cursando
Especialização, 3.500 alunos desenvolvendo Mestrado e 2.500 alunos desenvolvendo Doutorado, o
que totaliza mais de 30.000 alunos. Seu Quadro de Pessoal é de 2.200 Servidores Técnico-
Administrativos e 2.100 Docentes, com contratos de Pessoal nas Áreas de Serviços Gerais e
Manutenção. O Orçamento anual é de aproximadamente R$ 380.000.000,00
2. Prefeitura Universitária do Campus do Vale
2.1 O Campus do Vale
O Campus do Vale, localizado na divisa dos Municípios de Porto Alegre e Viamão, lindeiro à
região mais densamente ocupada de Viamão, a Vila Santa Isabel, em seus setecentos hectares de
extensão abriga mais de setenta por cento dos prédios acadêmicos da UFRGS, representando
noventa e nove por cento da área física e mais de cinqüenta por cento da área construída da
Universidade. Uma fração dessa área total do Campus do Vale, localizada no Morro Santana, está
sendo destinada para implantação de uma Unidade de Conservação, categorizada como Refugio de
Vida Silvestre, com uma área de 321,12 ha.
2.2 A infra-estrutura existente no CV
O Campus, que possui mais de 170 prédios, em uma área construída aproximada de 300.000m2,
disposta em 700 hectares de terra, possui mais de 9.000m de redes aéreas de distribuição de energia,
600 postes de iluminação, 36 subestações de energia, mais de 30 banheiros públicos, dezenas de
laboratórios, centenas de gabinetes, 90 salas de aulas de utilização comum e áreas externas e vias de
acesso que interligam e garantem acessibilidade e ambiência para a comunidade. Garantir esta
3estrutura operando, em plena expansão, com segurança e respeito ao ambiente, requer
gerenciamento e disponibilidade dos recursos da Prefeitura do Campus do Vale para realizar sua
missão estratégica. Em sua área mais densamente ocupada possui sistema de gerenciamento de água
com dois Reservatórios de 700.000 litros cada e um Reservatório de redução de pressão de 70.000
litros.
2.3 Política de Manutenção – Manutenção Criativa
Manutenção Criativa é a Política de Manutenção da Prefeitura do Campus do Vale da UFRGS -
PCV, que está sustentada em princípios democráticos de relação de trabalho e científicos quanto a
suas técnicas e métodos que, a partir da função social da Universidade, pode ser entendida a partir
de suas 3 dimensões.
A primeira dimensão, por entender que manutenção é um serviço executado por pessoas, busca a
felicidade dos trabalhadores no exercício das suas atividades, que se propõe a alcançar a partir do
bem estar, das condições adequadas de trabalho, da realização pessoal e da liberdade dos
trabalhadores de criarem e proporem processos inovadores para a atividade e para as relações.
A segunda dimensão diz respeito à capacitação técnica dos manutendores e a utilização de
tecnologias, técnicas, métodos e práticas que buscam um nível de capacidade e competência
coletivos garantidores dos objetivos institucionais da PCV, que visa garantir a manutenção e a
recuperação da infra-estrutura do Campus do Vale. A base das técnicas a serem consideradas é
sustentada pelas Normas e por ferramentas gerenciais apropriadas, onde se destaca a Manutenção
Produtiva Total – TPM. Outros instrumentos de qualidade irão suportar a filosofia do TPM, como
os Princípios Geradores do 5S, os Métodos do Ciclo PDCA e da Análise de Solução de Problemas –
MASP, e dos fundamentos de análise da Qualidade e do Estudo de Falhas – FMEA, bem como os
fundamentos de concepção de gerenciamento do Balanced Scorecard - BSC.
A terceira dimensão diz respeito à Responsabilidade Pessoal e ao Compromisso Institucional,
individual a cada trabalhador das atividades de Manutenção, seja pela função social que exercem
enquanto Servidores Públicos, como profissionais em suas diferentes áreas de ação e como agentes
políticos nas tomadas de decisões.
Estas dimensões sustentam os comprometimentos com a Instituição, com a Saúde, o Meio-
Ambiente e a Segurança e com a Qualidade e a Capacitação, que resultam em elementos
estratégicos, já que no conjunto são responsáveis pelo desenvolvimento crítico e pela autonomia
necessárias aos trabalhadores da manutenção.
4A concepção da Manutenção Criativa está exposta no modelo de gerenciamento da atividade de
manutenção, a partir da medição, da análise e de atuação forte na resolução das demandas de
manutenção a partir da Causa Raiz dos problemas, de forma a romper com o Ciclo de Corretivas,
aumentado a disponibilidade dos recursos e a confiabilidade sistêmica e evitando o agravamento da
degradação da Infra-estrutura. Esta concepção se baseia no estudo da seqüência dos modos de falha,
pela consideração histórica das falhas e ação proativa para o aumento da confiabilidade. Esta
concepção resulta na Gestão da Manutenção através da Gestão dos Processos de Falhas, pelo
controle da manutenção a partir da Medição dos Indicadores e da determinação adequada dos
Parâmetros referenciadores.
Como Missão, a Manutenção Criativa está comprometida com os objetivos institucionais pela
melhora na performance da manutenção prestada e pela gestão dos sistemas e equipamentos da
UFRGS.
A Manutenção Criativa tem por objetivos atender às demandas de manutenção no menor tempo
possível, reduzir o tempo de execução das tarefas, reduzir os custos associados à manutenção sem
comprometer a confiabilidade e a disponibilidade buscadas, maximizar o ciclo de vida da infra-
estrutura da Universidade, aumentar a qualidade com a Segurança plena de seus trabalhadores e do
Meio Ambiente.
Quanto à Estratégia da Manutenção Criativa, busca gerenciar os processos de falha a partir da
função dos sistemas e equipamentos, da transparência de suas ações, da ética e da responsabilidade
social, considerando a Saúde, o Meio Ambiente e a Segurança.
Três são os paradigmas centrais da estratégia: o primeiro diz respeito à valorização das pessoas; o
segundo, a necessidade de um sistema que garanta uma comunicação eficaz e eficiente internamente
à Prefeitura Universitária e externamente com Unidades e Setores da Universidade e com
fornecedores e contratados; o terceiro, é a mudança comportamental quanto a tecnologias, sistema
de gestão, métodos e processos, ferramentas e dispositivos. Da mesma forma, a mudança de
comportamento deve propor o aumento do nível de escolaridade, com o aumento e nivelamento
coletivo do conhecimento técnico, desenvolvendo novas habilidades e competências.
2.4. Estrutura da PCV
Com 281 trabalhadores, conforme Figura 1, a estrutura da PCV foi definida em 4 Níveis Gerenciais,
distribuída em 4 Ambientes, e estes em Setores, que busca responder às necessidades da sustentação
5Técnica, Administrativa e Operacional necessárias à Manutenção Criativa, a partir da adoção da
filosofia da Manutenção Produtiva Total – TPM na composição estrutural da PCV.
Fig 2: Níveis Gerenciais da PCV
Dessa forma, os Níveis Gerenciais da PCV, representados na Figura 2, e sua Estrutura de
Ambientes e Setores, representados na Figura 3, são:
Estratégico Setores
Tático Gerências Funcionais
Operacional Manutendores
Gerencial Prefeito (a)
Pessoal Manutenção e Manufatura: 70 trabalhadores Ferramentaria e Materiais: 2 trabalhadores
Gestão e Técnica: 1 Engenheiro, 2 Técnicos e 1 desenhista e 1 Assistente
Administração e Logística: 1 Administrador, 5 Assistentes e 4 Motoristas
Limpeza e Serviços Gerais: 150 trabalhadores Cancelistas e Porteiros: 44 trabalhadores
Total: 281 Trabalhadores
Fig 1: Quadro de Pessoal da PCV
61 - Gerencial: este Nível tem por exercício a função de Prefeito Universitário
2 - Estratégico: concebido em 4 ambientes, de forma a elucidar a estrutura operacional e de
abrangência esperado com esta construção: Ambiente Administrativo - Setor Administrativo;
Ambiente Técnico - Setores Técnico e de Manutenção / Área; Ambiente de Gestão da Manutenção -
Setores de Gestão da Manutenção, de Técnicas de Manutenção e Qualidade em Processos Internos e
Serviço e de Capacitação e Qualificação; Ambiente de Saúde, Meio-Ambiente e Segurança -
Setores de Segurança e Saúde, de Limpeza e Terceirizados e de Ambiente.
3 - Tático: Setores de Manutenção Elétrica, Civil, Hidráulica, Marcenaria e Serralheria.
4 - Operacional: Manutendores e Operadores
Fig 3: Ambientes e Setores da PCV
2.5 Modelo de Gerenciamento
O Modelo de Gerenciamento pela Gestão dos Processos de Falhas, pelo Controle da Manutenção a
partir da Medição dos Indicadores e da determinação adequada dos Parâmetros referenciadores
fundamentou-se nos seguintes elementos:
Nível Estratégico
Ambientes
Administração SMS Manutenção Técnico
Ambiente Administrativo
Setor de Administração
Ambiente Saúde, Meio-Ambiente e Segurança
Setor de Ambiente Setor de Limpeza e Terceirizados
Setor de Segurança e Saúde
Ambiente Gestão da Manutenção
Setor de Capacitação e Qualificação
Setor Técnicas e Qualidade de
Processos
Setor de Gestão da Manutenção
Setor de Manutenção
Nível Tático
Ambiente Técnico
Setor de Manutenção
Setor Técnico
Elétrica Civil Hidráulica Marcenaria Serralheria
7Método de Gerenciamento: Responsabilidade e Competência
Ferramentas Gerenciais: Balanced Scorecard – BSC e Ciclo PDCA
Método de Internalização: Construção Coletiva
Organização do Trabalho: Programa 5S
Filosofia de Manutenção: Manutenção Produtiva Total - TPM
Método de Diagnóstico: Causa Raiz
Método de Atendimento de Demandas de Serviços, Manutenção e Obras:
Prioridade 1: Corretiva Emergencial
Prioridade 2: Planejamento de Corretivas e Pequenas Obras por SS
Prioridade 3: Manutenção Planejada – Predial e Equipamentos
Prioridade 4: Orientação Técnica
O Método de Atendimento de Demandas de Serviços, Manutenção e Obras, com ordenamento e
priorização para execução de tarefas, foi normatizado porque sempre existirão serviços mais ou
menos urgentes em sistemas e equipamentos; a importância de um equipamento ou sistema não é
constante para condições diferentes de utilização, devendo ser considerados parâmetros de
segurança, saúde, meio-ambiente, confiabilidade e disponibilidade, definidos por concepção pela
Manutenção Criativa. Esta definição foi necessária visto que a atribuição de prioridades é uma
atividade exercida por pessoas, o que freqüentemente gerava conflitos entre a manutenção e os
usuários solicitantes, porque era um ponto nevrálgico do relacionamento entre o planejamento e a
comunidade.
3. O Setor de Ambiente - SA
A partir da visão da Universidade e de uma abordagem interdisciplinar, o Setor tem por meta o
cumprimento da legislação por meio de uma política de desenvolvimento sustentável, construindo
no Campus do Vale um Programa de Recuperação Ambiental – PREA, a partir da criação de planos
de melhoria em casos de agressão ao meio ambiente e da construção de alternativas viáveis de
desenvolvimento, que resolvam os problemas relacionados ao ambiente, melhorem a qualidade de
vida das pessoas e promovam o uso otimizado dos recursos disponíveis.
A abordagem interdisciplinar e o trabalho realizado de forma coletiva são fundamentais para
elaboração e execução dos planos de recuperação ambiental, como para a criação de alternativas
sustentáveis de desenvolvimento, nas quais se possa incorporar e integrar as condições ecológicas,
culturais, sociais, econômicas, políticas e tecnológicas.
8A educação ambiental deve ser utilizada - como um programa contínuo e transversal - em ações
que possibilitem a sensibilização das comunidades de trabalhadores e de acadêmicos nos seus
ambientes em relação ao Campus do Vale e, de forma mais ampla, para a percepção do meio
ambiente. Isso deverá contribuir para que cada indivíduo se sinta responsável pelo que ocorra a sua
volta e atue com comprometimento em relação aos problemas existentes nesses espaços, bem como
serve à implementação de programas, através de diversas formas de comunicação (manuais,
cartilhas , cursos e seminários de capacitação, cartazes, folders etc).
Entre as ações necessárias para promover a recuperação ambiental do Campus do Vale serão
prioritárias: a gestão ambiental dos resíduos de todas as naturezas, saneamento – adequação da rede
de esgotos e o seu tratamento, recuperação ambiental da bacia do Arroio Dilúvio - recuperação e
monitoramento ambiental da barragem Mãe D’Água – IPH e recomposição das matas ciliares;
Implementação da Área de Preservação Ambiental – APA do Morro Santana; projeto piloto de
coleta seletiva na Prefeitura do Campus do Vale; e, ações emergenciais diante outras agressões
ambientais. Todas as ações devem possibilitar o envolvimento da população residente no entorno do
Campus do Vale.
Essas ações se constituirão no programa PREA, composto por fóruns de nivelamento e discussão
em educação ambiental, com vistas à execução do plano de gestão ambiental da UFRGS,
envolvendo os segmentos da comunidade. Esses espaços devem permitir uma permanente avaliação
das percepções dessas comunidades acerca do ambiente, com relação às agressões que nele se
apresentem.
O trabalho no Setor de Ambiente se processa a partir das Solicitações de Serviços Eletrônica - SSE,
da identificação de danos ambientais através de vistorias e de informações comunicadas pela
comunidade e obedece às rotinas já implementadas para os demais serviços existentes na PCV. Os
servidores, responsáveis pela execução dos serviços devem receber capacitação para identificação
dos problemas ambientais e da possibilidade de sua ocorrência, constituindo-se também em trabalho
preventivo.
O Setor de Ambiente está integrado à estrutura da PCV através da inter-relação do trabalho com os
demais Setores e à política da Manutenção Criativa da Prefeitura do Campus do Vale para o
cumprimento de sua meta.
93.1. A Política Ambiental para o Campus do Vale: desenvolvendo a sustentabilidade e integrando
ambiente e sociedade
Para delinear a concepção da política ambiental para o Campus do Vale, que sustente as ações do
SA, foi elaborado o documento “Campus do Vale da UFRGS: o ambiente, a comunidade e a
sociedade”. Nele são definidos os elementos necessários para a formação de um Sistema de Gestão
Ambiental, o modelo da gestão ambiental adotado, o manual de gerenciamento ambiental e para a
elaboração de um diagnóstico para identificar a priorizar as ações. Este documento propõe uma
política ambiental para o Campus do Vale inserida no contexto da instituição.
A observação da legislação ambiental repercute nos benefícios que os cuidados com o ambiente
produzem, identificando-se os possíveis impactos gerados pelos processos acadêmicos e buscando
minimizá-los. E, no planejamento de novas atividades, incorporando parâmetros de sustentabilidade
ambiental, atuando assim de forma preventiva.
Dentre esses benefícios advindos da construção de uma Política Ambiental, estão os referentes, por
exemplo, aos custos devido à redução de consumo de água, energia e outros insumos, à reciclagem,
reaproveitamento de resíduos, diminuição de efluentes e redução de penalidades por agressão
ambiental. Isso resulta, por conseqüência, na melhoria da imagem institucional, na integração e no
comprometimento do pessoal, na melhoria das relações de trabalho e com os órgãos
governamentais, comunidade e organizações ambientalistas.
A Política de Gestão Ambiental concebida, observando o cumprimento da legislação, pressupõe a
imposição dos requisitos ambientais sobre todas as ações de gestão da instituição,.
Desta forma, ações devem ser impositivas nas definições políticas da gestão:
- é necessária a realização de programas de Educação Ambiental para a comunidade;
- a internalização da Política Ambiental da UFRGS e a Consolidação da Consciência Coletiva,
estratégicas para a afirmação de uma política ambiental, somente acontecerão se a Educação estiver
sustentada em:
- Considerar estudos desenvolvidos a respeito da previsão de ocupação do Campus do Vale
(Turkienicz et. al., 2004);
- Admitir a Legislação como elemento estratégico, observadas a hierarquia das esferas de poder
público - Política Nacional de Meio Ambiente, Legislação Estadual e Municipal;
- Priorizar o Saneamento Básico como ação aglutinadora e de promoção da política, promovendo
os Esgotamentos Pluvial e Cloacal, em acordo com a legislação;
- Estabelecer inter-relação com os demais Programas da Prefeitura do Campus do Vale.
10 Esse conjunto de ações que norteará a gestão ambiental está inserido na essência da missão
universitária da UFRGS, alicerçada no tripé ensino, pesquisa e extensão, que visa “propiciar ao
indivíduo, através da produção, sistematização e socialização dos diferentes saberes, a ampliação e
o aprofundamento de sua formação, para através da reflexão crítica, buscar a construção de uma
sociedade mais sustentável, comprometida com a melhoria contínua e a prevenção da poluição”.
E que, a partir de sua Administração, ”se compromete, com a melhoria contínua de seu desempenho
ambiental, adotando procedimentos e práticas que visem à prevenção de impactos ambientais
negativos, em conformidade com os requisitos legais, gerando alternativas que propiciem a
sustentabilidade da comunidade universitária e de toda a sociedade, desenvolvendo uma estratégia
de mudança cultural através de uma política pedagógica ambiental”.
Na busca pela efetivação desta política a Universidade procurará fazer convênios com as ONG,
Associações de Moradores, de Catadores e outras organizações, que já apresentam trabalho e
experiência na área ambiental, muitas vezes não formais, mas muito importantes na relação homem-
meio ambiente.
As empresas prestadoras de serviços e as empresas fornecedoras também terão que conhecer e se
adequar a esta política, pois será um fator primordial para a manutenção das relações em um futuro
próximo. As parcerias da Universidade deverão tomar decisões e agirem referenciadas em
definições previamente estabelecidas.
3.1.1. Sistema de Gestão Ambiental - SGA no Campus do Vale
Um sistema de gestão é um conjunto de elementos inter-relacionados utilizados para estabelecer a
política para atingir esses objetivos.
O SGA é construído a partir de um conjunto de atividades ambientais e de instrumentos de gestão;
tais atividades são interdependentes e visam atingir um objetivo claramente definido: a proteção
ambiental. Permite verificar de uma forma eficiente os dados ambientais relevantes e o
desempenho. Além disso, com um SGA toda a informação ambiental é recolhida, mantida
atualizada e comunicada às partes interessadas internas e externas à organização.
A recuperação, a conservação e a preservação ambiental dizem respeito a todos na instituição,
contemplando os servidores em todos os níveis. Concede poder ao pessoal dos diferentes níveis
hierárquicos e departamentos para que trabalhem em conjunto e dialoguem acerca dos programas
ambientais. Confere transparência à gestão e processos.
11 O SGA no Campus do Vale se estrutura a partir da definição da sua política ambiental. As
orientações para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental estão contidas na ABNT NBR
ISO 14001/2004 e devem ser adequadas às características, peculiaridades e atividades
desenvolvidas na Universidade, cujo primeiro passo é a definição de uma política ambiental, que
demonstre o comprometimento da Administração Central da UFGRS.
A adequação das atividades e processos levará em consideração como são operacionalizados e quais
são os aspectos e impactos gerados e como podem ser evitados ou mitigados, de acordo com a
legislação ambiental vigente. Para isso, deverá ser elaborado um diagnóstico ambiental, onde
possam ser identificados tais aspectos e impactos, bem como resíduos e desperdícios de insumos
nos processos, que vão se refletir no programa de Gestão Ambiental.
O planejamento das ações do programa deve ser pautado pela priorização da solução dos aspectos
ambientais que originam os impactos negativos, gerando poluentes, que afetam a qualidade do
ambiente e da vida.
Ao planejamento deve se seguir à implementação do SGA e a sua operacionalização, a partir do
envolvimento de representantes de diferentes áreas e setores e a definição da sua Estrutura e
Responsabilidades. Além disso, a Administração deverá dispor de recursos financeiros e físicos
para a operacionalização das atividades de forma sustentável e integrada, promovendo a
sensibilização e conscientização da comunidade universitária para que isso ocorra.
A avaliação do desempenho do SGA deverá ser realizada periodicamente, através de indicadores,
onde serão monitorados itens como: Comunicação; Controle da documentação; Controle
operacional; e, Prevenção e resposta a situações de emergência. Isso resultará na identificação de
falhas e de melhorias, permitindo uma análise contínua e evolução contínua da gestão ambiental.
3.1.2. Modelo de Gestão Ambiental Adotado pela Prefeitura do Campus do Vale
12 3.1.3. Mapeamento e Diagnóstico Ambiental do Campus do Vale
O que podemos dizer, sem maiores dúvidas, é que não há a dimensão dos problemas ambientais no
Campus do Vale. O Campus, similar em amplitude a maioria dos municípios do Rio Grande do Sul
e as demais Instituições que desenvolvem ciência e tecnologia, apresenta problemas de
Esgotamento Cloacal a céu aberto misturado ao Pluvial, Tratamento de Resíduos (Químicos, Físicos
e Biológicos). Além do que, a cultura estabelecida no âmbito da Universidade associada a um
comportamento que se coloca no mínimo como reativo, de não se observar, em linhas gerais, os
cuidados necessários para a proteção à contaminação ambiental e, consequentemente de quem tiver
contato com a área ou local atingido e que, no entanto, encontram-se estabelecidos pela
Normatização de processos na legislação vigente, indicando a necessidade de uma política capaz de
comprometer-se com o seu cumprimento, com a qualidade do ambiente e de vida, bem como
reduzir as sanções que porventura ocorram por isso.
Assim, deve ser constituído um Comitê Técnico responsável por construir o Mapeamento dos
problemas ambientais e elaborar o Diagnóstico Ambiental do Campus do Vale.
3.1.4. Manual do Gerenciamento Ambiental
Gestão Ambiental pode ser entendida como um conjunto de ações destinadas à melhoria, ao
controle, à recuperação, à preservação e à conservação dos recursos ambientais. Depende,
principalmente, da compreensão da evolução, da dinâmica e das circunstâncias da realidade
ambiental e que fornece as bases da condução do processo de gestão.
O gerenciamento ambiental requer um sistema de documentação a fim de coletar, sistematizar,
analisar, registrar e recuperar informações, sendo que uma informação é uma ferramenta para a
tomada de decisão e a qualidade da decisão depende da qualidade da informação. Com isso, as
decisões são geralmente relacionadas à solução de problemas.
A fim de implementar um sistema de gerenciamento ambiental é necessário preparar alguns
documentos e a estrutura de documentação é bastante similar aos sistemas de qualidade de acordo
com as normas da série ISO 9000. Esta estrutura pode ser composta por um Manual do
Gerenciamento Ambiental da Política a ser consagrada na UFRGS, com Procedimentos, Instruções
de Trabalho e Registros. A informação é uma ferramenta importante para a tomada de decisão e a
qualidade dessa decisão depende da qualidade da informação. Por sua vez, a qualidade da
informação depende da relevância, da precisão e da velocidade da informação. A informação deve
13 ser continuamente analisada e renovada, pois ela se torna volátil se não for registrada, indexada e
atualizada.
O Manual do Gerenciamento Ambiental poderá estabelecer a política da organização em relação ao
assunto, contendo a Política Ambiental e a estrutura da organização, incluindo que está a cargo da
verificação da manutenção das atividades do sistema ambiental. Ele deverá explicar como cada
requisito da norma será tratado na organização, incluindo uma lista de todos os procedimentos.
Para preparar o Manual é necessário identificar regulamentos, normas, leis e códigos cujo
cumprimento é mandatário, isso é o mínimo que um sistema de gerenciamento deve atender. A
organização deve identificar outros requisitos que o sistema deve atender, tais como: visão
estratégica da Administração, requisitos de processos, etc. Cada requisito da Norma deve ser
detalhado em procedimentos organizacionais, que explicam atividades e responsabilidades de
diferentes departamentos envolvidos em uma ação.
Devem ser estabelecidos e mantidos procedimentos para identificação, coleta, indexação,
arquivamento, armazenamento, manutenção e disposição dos registros ambientais, e esses registros
devem estar facilmente disponíveis e protegidos contra perda ou deterioração. O item que apresenta
um maior número de não conformidades nas auditorias para certificação de sistemas da qualidade
de acordo com as normas da série ISO 9000 é o controle de documentos. Um ponto crítico é
assegurar que estes documentos estão sendo utilizados em sua mais recente revisão.
Uma questão para prover confiança é ter um Sistema de Auditoria, no qual auditores independentes
são constituídos. Auditar é comparar práticas correntes contra procedimentos ou normas aprovadas;
isso é apenas uma parte do sistema ambiental.
3.1.5. Sustentabilidade ecológica - Fritjof Capra: uma definição
Uma comunidade sustentável é geralmente definida como aquela capaz de satisfazer suas
necessidades e aspirações sem reduzir as probabilidades afins para as próximas gerações. Esta é
uma exortação moral importante. Nos lembra a responsabilidade de transmitirmos aos nossos filhos
e netos um mundo com oportunidades iguais as que herdamos..
A chave para a definição operacional de sustentabilidade ecológica é a conscientização e que não
precisamos inventar comunidades humanas sustentáveis a partir do zero, mas que podemos modelá-
las seguindo os ecossistemas da natureza, que são as comunidades sustentáveis de plantas, animais e
micro-organismos. Uma vez que a característica notável da biosfera consiste em sua habilidade para
14 sustentar a vida, uma comunidade humana sustentável deve ser planejada de forma que, suas
formas de vida, negócios, economia, estruturas físicas e tecnologias não venham a interferir com a
habilidade inerente à Natureza ou à sustentação da vida.
Paradigmas de Conduta Ambiental
É necessário produzir, diz o governo!
É preciso produzir, dizem os donos dos meios de produção!
É possível desenvolver a sociedade em uma postura ética profissional e ambiental,
diremos nós.
4. O trabalho do Setor de Ambiente
A atuação do Setor de Ambiente se dá, a partir da concepção política ambiental e da manutenção
criativa da PCV, tendo em vista a observação da legislação, do que decorrem as tomadas decisões e
normatizações que vem sendo adotadas, caracterizando-se por:
- elaboração da infra-estrutura necessária pelos trabalhadores dos diversos setores da
Manutenção da PCV ( civil, elétrica, hidráulica, serviços gerais, administração etc)
- inter-relação com os demais setores da PCV, bem como da colaboração de profissionais da
universidade e de outros órgãos para balizar decisões (caráter coletivo, inter-setorial e
interdisciplinar);
- execução de rotinas e de serviços por Solicitação de Serviço Eletrônica (SSE), constante
reavaliação e aprimoramento do trabalho (dinâmica do processo de trabalho), com a
colaboração dos demais Setores. O Setor de Serviços Gerais (SSG) tem estreita relação com
o SA, devido às rotinas e roteiros de coletas de resíduos;
- sensibilização e envolvimento da comunidade universitária, realizadas através da divulgação
de normatizações embasadas na legislação ambiental, de cartilhas, manuais, capacitação,
questionários de avaliação da execução dos serviços prestados pela PCV (educação
ambiental e comunicação);
As atividades do trabalho do SA se referem às áreas de resíduos sólidos e líquidos, paisagismo,
controle de pragas etc, que são realizados através de avaliação técnica, elaboração de projetos,
planejamento, organização, coordenação, acompanhamento, levantamento de dados e informações
para a execução destes, etc. Realizar vistorias rotineiras e por solicitação para a observação de
aspectos ambientais, a fim de averiguar possíveis agressões ao ambiente. Elaboração de relatórios,
buscando subsídios em parceiras inter-setoriais e interdisciplinares para a solução das mesmas;
auxiliar na elaboração de propostas de medidas mitigatórias e/ou compensatórias para tais situações.
15 A atuação conjunta com o Setor de Saúde e Segurança da PCV ocorre nas vistorias referentes a
aspectos ambientais que podem causar impactos, especialmente à saúde e segurança dos
trabalhadores e com possibilidade de atingir a comunidade universitária e usuária dos serviços
disponibilizados no Campus do Vale, caso da comunidade adjacente da Vila Santa Isabel, Viamão.
O trabalho com o Setor Administrativo se processa especialmente na área de comunicação com as
unidades e setores para a divulgação de novas rotinas de trabalho, o que se reflete no processo de
internalização da política ambiental da PCV. O Setor Técnico compartilha na parte do trabalho que
é feito através do Sistema de Solicitação de Serviços Eletrônica e no balizamento das decisões
dentro da concepção da Manutenção Criativa.
O Setor de Manutenção é o responsável por sustentar em avaliações e tomada de decisões que
necessitam do conhecimento do sistema construído do Campus do Vale. Essas contribuições são
valiosas com relação à prevenção de problemas futuros que possam gerar conflitos entre o ambiente
natural e o sistema construtivo. Além disso, e tão importante quanto, pela materialização da infra-
estrutura necessária ao funcionamento do SA. Os trabalhadores do Setor de Manutenção civil,
hidráulica, marcenaria, serralheria e elétrica, por outro lado, apresentam uma sensibilização cada
vez maior com a relação à questão ambiental.
Partindo da política de gestão ambiental para o Campus do Vale, foi elaborado um plano de ação
para a gestão de resíduos sólidos, visando em um primeiro momento a implantação da separação de
resíduos e da coleta seletiva no Campus do vale da UFRGS. O Projeto Piloto para o Anel Viário do
Campus do Vale da UFRGS, atualmente em fase de ampliação para os demais setores, contou para
a sua execução com:
- comissão que elaborou o convênio para o recolhimento e a destinação adequada destes (convênio
tripartite entre UFRGS, Prefeitura Municipal de Viamão, e Associação Ecológica Passo Dornelles),
- equipe que atua no processo de capacitação da comunidade para a coleta seletiva no Campus do
Vale,
- acompanhamento das atividades de implantação e execução da coleta seletiva, visando à melhoria
da qualidade de vida e do ambiente no Campus do Vale, a integração com comunidades adjacentes,
tendo em vista a função social da Universidade.
4.1. Serviços prestados pelo Setor de Ambiente através de SSE – Solicitação de Serviço Eletrônica
Os tipos de Serviços prestados pelo Setor de Ambiente da PCV através do SSE, pelas unidades e
Setores do Campus do Vale, são os seguintes:
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Meio-Ambiente Pragas e insetos
Resíduos sólidos Efluentes líquidos Emissão de gases
Paisagismo Árvores Grama
Setor Técnico Meio-Ambiente (Serviços que necessitam projeto ou avaliação técnica ou de viabilidade)
Os serviços caracterizados como Paisagismo se referem à manutenção de jardins, plantio e
reposição de mudas de plantas ornamentais, execução de novos jardins por solicitação das unidades
e setores. Projetos de ajardinamento e arborização são avaliados de acordo com as normas
municipais e basicamente quanto a sua localização em relação ao sistema construtivo, interferência
nos sistemas de redes, e a manutenção do equilíbrio natural.
As podas de árvores se referem à manutenção de rede elétrica, interferência no sistema construtivo,
(caso da manutenção de calhas), interferência no sistema viário, causando insegurança na sua
utilização, galhos apodrecidos ou secos com possibilidade de cair sobre os passeios onde transitam
pedestres, etc. Encontra-se tramitando na Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), uma
proposta de convênio da PCV para a execução desses serviços, em acordo com a legislação
municipal, visto as podas serem competência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM).
Os serviços de corte de grama são executados cotidianamente pelos trabalhadores do SSG e por
SSE, por uma equipe de 4 pessoas.
A problemática dos resíduos tem sido tratada a partir da implantação da coleta seletiva de resíduos
sólidos, o levantamento da produção dos demais tipos resíduos para o armazenamento,
recolhimento e destinação adequada por órgãos e empresas competentes, caso dos Resíduso de
Serviços de Saúde, químicos e lâmpadas fluorescentes.
5. A implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos
“Ao abrir uma lata, uma embalagem de leite, uma garrafa de cerveja ou de refrigerante, você
pode estar entrando para a história da humanidade: ou por deixar um resíduo por longos
anos na natureza ou por contribuir para uma vida melhor. Você decide de qual dos dois
grupos quer fazer parte”- Coleta Seletiva / DMLU - 1990
17 A coleta seletiva de Resíduos sólidos foi o primeiro plano de gerenciamento construído para o
Campus do Vale, através do Projeto Piloto para o Anel Viário, onde há a maior concentração
demográfica da comunidade universitária e onde localiza também o módulo comercial de serviços.
Assim, para se chegar à coleta seletiva, primeiro é necessário separar os resíduos. Para recolher
separado: separar na origem. Para realizar a nova rotina: capacitar todos os estágios do processo.
Paralelamente, construir a infra-estrutura necessária para os locais de transbordo dos resíduos, e
uma nova relação para a sua destinação, a partir de um convênio, a fim de realizar o transporte e a
destinação final adequada. Estableceu-se uma relação tripartite entre a UFRGS, através da
Prefeitura do Campus do Vale, o município de Viamão (Departamento de Limpeza Urbana – DLU),
para o tranporte e, com a Associação Ecológica Passo Dornelles, da Vila Augusta, Viamão, um
Galpão de Triagem de uma comunidade carente estabelecida nas adjacência do Campus do Vale.
Inicialmente, a infra-estrutura foi construída para o Anel Viário, mas já está se expandindo para o
Campus do Vale, com obras sendo finalizadas no Colégio de Aplicação da UFRGS.
A capacitação foi realizada em vários dias para sensibilizar os servidores de limpeza e serviços
gerais e introduzir as poucas mudanças que foram necessárias as rotinas de recolhimento. A
capacitação foi realizada para as unidades e setores acadêmicos e administrativos do Campus do
Vale, agentes ambientais da UFRGS e servidores da Manutenção da PCV. A capacitação é um dos
momentos mais importantes do processo, além da sua própria execução, ela nos dá a nossa
dimensão no processo.
A capacitação compôs-se de duas partes bem definidas: a questão ambiental no mundo e no nosso
cotidiano, introduzindo conceitos e apresentando a situação do Campus do Vale, sua problemática
ambiental e a questão dos resíduos; e a segunda parte, o estabelecimento de novos roteiros e rotinas,
a infra-estrutura para a coleta seletiva. Além disso, outros hábitos que podemos modificar nas
nossas vidas para melhorar a nossa relação com o ambiente que nos prove a vida.
18 Além da capacitação, foi elaborada uma Cartilha sobre a Coleta Seletiva no Campus do Vale,
encaminhada às unidades, setores, concesssionárias, alem de ser disponibilizada na pagina da PCV
(http://www.ufrgs.br/pcv). Assim, serve como instrumento de capacitação contínua e de Educação
Ambiental. No sentido de ampliar a divulgação e sensibilizar a comunidade universitária em geral e
especialmente a discente, um cartaz sobre a coleta seletiva foi elaborado e colocado nos corredores,
passarelas e salas de aula.
Apesar do trabalho de implantação da coleta seletiva ter permeado a estrutura organizacional da
PCV, os Setores diretamente envolvidos pertencem ao Ambiente SMS. O Setor de ambiente acima
descrito e o Setor de Segurança e Saúde e o Setor de Limpeza e Terceirizados (recentemente
modificado para SSG – Setor de Serviços Gerais).
Estes Setores tem por metas:
Setor de Segurança e Saúde
- observar a Legislação
- saúde ocupacional dos trabalhadores da Prefeitura,
- melhorar as condições de saúde da comunidade
- atendimento a primeiros socorros
- constituição de brigada de incêndio para o Campus do Vale
- satisfazer necessidades de infra-estrutura de sinistros.
Setor de Limpeza e Terceirizados
- observação da legislação
- fiscalização dos contratos
- acompanhamento e determinação de roteiros e rotinas
- execução de serviços de jardinagem
- serviços gerais de conservação e limpeza dos ambientes
Setor de Ambiente
- cumprimento da legislação por meio de uma política de desenvolvimento sustentável
- Programa de Recuperação Ambiental - PREA
- planos de melhoria em casos de agressão ao meio ambiente
- qualidade de vida das pessoas
- promover o uso otimizado dos recursos disponíveis (sustentabilidade).
Ambiente Saúde, Meio-Ambiente e Segurança
Setor de Ambiente Setor de Limpeza e Terceirizados
Setor de Segurança e Saúde
19 5.1. Implantação Piloto no Anel Viário
5.2. Rotinas de Recolhimento e Roteiros
As rotinas e roteiros foram propostos a partir do funcionamento existente, o que facilitou o processo
de mudança. A maior mudança ocorre na origem, nas salas, gabinetes, secretarias administrativas,
que é onde se produz maior volume de resíduos recicláveis. Embora, nas lixeiras próximas aos
bares e restaurantes ainda se produzam quantidades de resíduos recicláveis pelo uso ainda de
descartávies.
Campus do Vale – Coleta de Lixo no Anel Viário
6.200 litros/dia
4.000 litros/dia
4.000 litros/dia
* Exceto concessionárias
Total Médio Mensal*: 284.000 litros/mês
Setor 1
Setor 2 e 3
Setor 4
Lixo Orgânico
Lixo Reciclável
20 As rotinas de recolhimento nas unidades consideraram o funcionamento existente: o trabalhador
de limpeza faz a mesma rotina de passar de setor em setor, apenas recolhendo em dois sacos de
cores diferentes, o que antes era recolhido em um único. Os roteiros do recolhimento externo e do
que é depositado das unidades para as áreas de descarte foram modificados, pois as áreas de
transbordo de resíduos recicláveis e não recicláveis foram construídas em dois setores diferentes,
para os roteiros dos setores 1, 2 e 3 do Anel Viário do Campus do Vale. A área de transbordo de dos
Recicláveis fica centralizada no Setor 1 e a de Não Recicláveis no Setor 2. A decisão pela
localização levou em consideração especialmente os roteiros, a disponibilidade de área no Campus
do Vale e de acessibilidade e manobra, tendo em vista o grande porte dos caminhões de lixo.
Procedimento para as rotinas e roteiros:
Unidades:
Responsabilidade de Separar
Agrupadas em Setores
Agentes Ambientais
Concessionários e Prestadores de Serviços:
Responsabilidade de Separar
Áreas Comuns e Externas:
Responsabilidade da Prefeitura do Campus
Colaboração da Comunidade Universitária
Coleta:
Setor 1
4 Equipes Setores 2 e 3
Setor 4 – Informática
Biociências, Engenharia
Unidades e Concessionários
Reciclável - 2 vezes ao dia e por solicitação
Orgânico - 2 vezes ao dia
Áreas Comuns e Externas
2 vezes ao dia
21 5.3. A Separação do lixo
A separação dos resíduos para a coleta seletiva é feita em dois tipos: O não reciclável ou orgânico e
o reciclável para a coleta seletiva. Mas, existe uma diversidade de resíduos produzida no Campus
do vale devido a complexidade dos processos acadêmicos.
Esses outros tipos de resíduos têm procedimentos específicos de armazenagem e destinação, caso
dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), provenientes da Faculdade de Veterinária, do Hospital
de Clínicas Veterinárias, do Instituto de Biociências, do Centro de Biotecnlogia, do Módulo
Odontológico, da Faculdade de Agronomia, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos e do
Ambulatório do Campus do Vale.
Além destes, também são produzidos no âmbito do Campus do Vale, resíduos químicos que são
recolhidos, armazenados, reciclados ou destinados adequadamente, pelo Centro de Gestão e
Tratamento de Resíduos Químicos. E, ainda, lâmpadas fluorescentes e resíduos radioativos.
O Código Municipal de Limpeza Urbana prevê a cobrança de multa aos que infringirem essas
normas (Lei Complementar nº 234/90).
Em suma, o Setor de Ambiente da Prefeitura do Campus do Vale tem por objetivo melhorar a
convivência das pessoas – comunidade universitária e comunidade adjacente ao Campus do Vale –
com esse ambiente, visando a sustentabilidade ambiental na manutenção dos processos acadêmicos,
ou também poderíamos dizer, construir através da manutenção uma ambiência com sustentabilidade
aos processos acadêmicos na área do Campus do Vale, a partir da Política adotada pela Prefeitura
do Campus do Vale – Manutenção Criativa.
Resíduo de Saúde – Saco Branco: agulhas, luvas,
seringas, maravalhas, etc...
Resíduo Orgânico - Saco Preto: restos de comida, papel
higiênico, pontas de cigarro, poeira, etc...
Resíduo Reciclável – Saco Azul: vidros, plásticos, metais
e papéis, etc...
22 Nesse ambiente onde se localiza o Campus do Vale da UFRGS, caracterizado por uma
complexidade que se compõe de área urbanizada onde se desenvolvem os processos acadêmicos de
diferentes áreas do conhecimento, coexistindo com uma área natural onde foi instalado e
progressivamente ampliado e modificado. Ao que se some a situação limítrofe de sua área com dois
municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, Viamão e Alvorada, e especialmente a
proximidade com a Vila Santa Isabel, no município de Viamão, densamente povoada e
empobrecida, com a qual nos relacionamos.
Nesse lugar e diante dessa complexidade dos processos acadêmicos, razão de ser da Manutenção,
realizamos nossos trabalhos, interagindo entre setores e com diferentes saberes, para que possam
ocorrer da forma mais harmônica, saudável e segura, minimizando os conflitos entre os seus
diversos aspectos, e assim, melhorando o ambiente, a nossa relação com ele, uns com os outros e
conosco.
Essa é a nossa dinâmica e essa é a nossa ambiência.
23
REFERÊNCIAS
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