IMA GENS

IM GENS FORÍSTICASA

FOTOS LUCAS BERNARDI TEXTOS JAYRO SCHMIDT

AVIRTUALAA

Nas aglomerações citadinas, a estética funcional da vizinhança: mas isso é aparente.

Não-lugar

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A representação cedeu lugar a luminosos pontos, manchas, fractais e fosfenos que se vê ao esfregar as pálpebras fechadas.

Lampejos

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A aparência se desfaz para que haja a aparição.

Íris barroca

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Do que somos feitos é infrafino como o ar que será a passagem da ave.

Inconsútil

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É do caos, no tempo astronômico, que tudo pode vir a ter forma: caosmos.

Infinitivo

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No passeio do olhar, ali estava o observatório de convergências que une passado e futuro.

Observatório cortazariano

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Outra vez a estética do não-lugar e a fuga que se afunila do finito ao infinito.

Lente centrífuga

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Aqui nada vacila, tudo é estável: rigor do esquadro e da régua. E o olhar vaga, resvala, procura por onde se esgueirar.

Severa simetria

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Na poética do espaço até mesmo a matéria lembra seu tempo de reflexo, transparência e mundo às avessas.

Espelho de Alice

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De alguns destroços, o torso arcaico estava à espera.

Torso arcaico

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É certo, poeta itabirano: o mundo para os ombros. A mão da criança não pesa, o mundo pesa.

Ombros suportam

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Assim como a arte urbana é duração que se vive, o parasita permanece por um fio graças a si mesmo.

Fio do parasita

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AVIRTUAL, 2015

Editores: Jayro Schmidt & Lucas Bernardi

Projeto gráfico Lucas Bernardi

Fonte Minion Pro

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