Iluminação Poderosa
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E-book Iluminação Página 1
Sumário ....................................................................................................................................................... 1
Confira passo a passo uma análise dos esquemas de flash remoto com sistema Speedlite ........ 2
Qualidade, quantidade e taxas ..................................................................................................... 5
Cor e luz para a criatividade .......................................................................................................... 8
O fotógrafo Christopher Grey ensina qual o softbox certo para você comprar. ........................ 13
Flashes de estúdio ou speedlites? ............................................................................................... 16
Flashes de estúdio ou Speedlites? A pergunta que não quer calar! ......................................... 17
Usando o flash com pouca luz ambiente .................................................................................... 19
O papel da luz ambiente ............................................................................................................. 21
Diferenças e vantagens entre os flashes da Canon - Uma comparação entre os Speedlites
600EX-RT e 580EX II..................................................................................................................... 24
Quer ficar fera na iluminação? .................................................................................................... 26
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Foto: Michael Corsentino
Por Michael Corsentino
É mais que provável que você comece sua jornada no mundo da fotografia com
flash wireless apenas com um ou dois Speedlites, um transmissor Speedlite ST-E3-RT ou ST-E2,
e possivelmente o flash embutido, caso sua câmera tenha um. O flash embutido pode ser
utilizado como mestre nas câmeras EOS mais recentes. Trabalhando desta forma, você pode
utilizar os Speedlites maiores e mais potentes, como o 600EX/600EX-RT ou o 580EX II como
fonte de luz independente para o plano de fundo, luz de cabelo ou rim light (luz de corte).
Quanto mais luzes você tiver, mais irá pensar em maneiras criativas de utilizá-las.
No passado, quando os fotógrafos trabalhavam com unidades de estúdio, considerava-se que
quatro tochas era o conjunto padrão que podia solucionar a maioria das tarefas comerciais.
Pesados e moderados para montar e desmontar, este era o preço que os fotógrafos tinham de
pagar por toda aquela incrível potência em locação. Considerando-se que eles capturavam
imagens em grande formato, filmes de ISO baixo e aberturas em f/32 e f/64, realmente
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precisavam de toda essa potência. Atualmente, com a fotografia digital e a capacidade de
obter ótimos resultados com ISOs mais altos, aquela potência já não é mais tão importante.
Confira em cinco passos uma análise dos esquemas de flash remoto com sistema Speedlite
Passo 1: escolhendo um modo de flash
Comece decidindo o modo de flash que quer utilizar. Os principais modos de flash disponíveis
quando se utiliza o sistema Speedlite são o E-TTL Automático e Manual (M), ou o modo Grupo
(Gr) no modelo 600EX-RT. Geralmente, eu trabalho com o E-TTL, a não ser que precise de
controle mais preciso e individual dos Speedlites. Um Speedlite configurado no modo Manual
com potência 1/1 dispara com toda a força que ele tem para oferecer. Tenha em mente que o
sistema está fazendo todo o tipo de ajuste e cálculo com base nas informações que ele recebe
em tempo real, e de vez em quando estes dados todos não se encaixam perfeitamente. Cabe a
você, humano pensante, fazer as escolhas técnicas e criativas necessárias para atingir os
resultados desejados. É neste caso que a Compensação de Exposição e a Compensação de
Exposição do Flash desempenham um importante papel.
Passo 2: escolha o modo wireless:
Determine qual modo wireless irá selecionar: Optical Transmission Wireless Shooting
(transmissão óptica) ou Radio Transmission Wireless Shooting (transmissão via rádio). Isto
depende do Speedlite e do transmissor que você está utilizando, bem como das condições de
fotografia. Se estiver utilizando um 600EX, 580EX II, ou ST-E2, então a escolha é simples
porque estes modelos disponibilizam apenas transmissão óptica. O 600EX-RT tem um
transmissor de rádio embutido, bem como capacidade de transmissão óptica, enquanto o
transmissor Speedlite ST-E3-RT tem apenas a funcionalidade de rádio. Os sistemas com base
ótica exigem um alinha de visão desobstruída entre os Speedlites mestre e escravos, ou os
sensores de transmissão, para funcionarem corretamente, apresentam uma limitação de
aproximadamente 10 metros ao ar livre e podem falhar se a sessão estiver acontecendo sob o
sol forte ou direto.
Passo 3: selecione um canal
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Depois de selecionar o modo de disparo do flash, o passo seguinte é decidir que canal utilizar.
Geralmente, eu simplesmente seleciono o canal 1. Naqueles raros momentos em que você
trabalhar próximo de outro fotógrafo que esteja utilizando Speedlites Canon remotamente,
descubra que canal ele está utilizando e mude para um diferente. Em ambientes comerciais,
você pode encontrar, ocasionalmente, problemas de interferência com os canais utilizados,
mas mudar para outro canal geralmente resolve esta questão.
4.1 O 600EX-RT e o transmissor Speedlite ST-E3-RT mostram o símbolo de Radio Transmission
Wireless Shooting no canto superior direito. Esta tela também mostra a aparência do painel
quando os Speedlites 600EX/600EX-RT e o ST-E3-RT estão configurados como mestre.
4.2 A tela do 600EX/600EX-RT no modo Optical Transmission Wireless Shooting e definido
como escravo. Também mostra a cor de fundo laranja do painel LCD, que pode ser configurada
através da Personal Function P.Fn 02 e 04 no 600EX/600EX-RT e P.Fn 03 e 04 no transmissor
Speedlite ST-E3-RT.
Quando você utiliza o modo Radio Transmission Wireless Shooting, o 600EX-RT e o transmissor
Speedlite ST-E3-RT utilizam o modo Auto Channel Select (Seleção Automática de Canal) por
padrão. Estes modelos também apresentam um modo Channel Scan para ajudálo a encontrar
o canal com sinal mais forte. Com base no resultado deste escaneamento, o canal pode ser
configurado manualmente. Estas unidades também permitem a inserção de um número pin
para o canal, reduzindo ainda mais as chances de interferência de rádio.
Passo 4: configure os grupos ou IDs dos escravos
Para cenários de iluminação mais complexos, o passo seguinte é configurar os grupos, também
conhecidos como IDs dos escravos. Geralmente, eu defino minhas luzes principais no grupo A,
o preenchimento no B e as luzes periféricas, como a luz de cabelo ou de plano de fundo, como
grupo C. Deste modo, você pode ajustar a potência de cada luz específica. As luzes de
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preenchimento podem ser ajustadas um pouco abaixo da leitura E-TTL, de modo que
configurando-as no grupo B é possível ajustar as proporções sem alterar a exposição da luz
principal. As luzes de fundo podem ou não exigir ajustes, dependendo da escuridão ou
claridade do plano de fundo, se você está fotografando em high-key ou low-key e daí por
diante. Eu configuro estas luzes no grupo C, de modo que seja possível fazer os
ajustes necessários sem afetar as outras duas exposições. Além de aumentar o número de
grupos disponíveis de três para cinco, e ser capaz de trabalhar remotamente com 15
Speedlites, o modelo 600EX-RT permite misturar, na fotografia wireless, e controlar flashes E-
TTL e Manual diretamente da câmera, da unidade mestre ou do transmissor Speedlite ST-E3-
RT. Isto abre muitas possibilidades criativas novas!
Passo 5: ajuste os níveis de proporção do flash
Finalmente, eu ajusto os níveis de proporção do flash. Depois de posicionar e definir os canais
e grupos dos Speedlites, é hora de fazer alguns disparos de teste. Se eu deixar tudo
configurado em E-TTL desde o início, provavelmente terei um resultado próximo da exposição
ideal. Posso precisar fazer pequenos ajustes nas proporções dos flashes, no zoom da cabeça
das unidades para regular a cobertura e a cor da luz, e então começar a fotografar. Os ajustes
podem ser feitos diretamente no flash na câmera, ou no transmissor Speedlite ST-E3-RT ou ST-
E2, de modo que não há necessidade de ir até cada uma das unidades fazer pequenas
alterações. Isto poupa muito tempo quando você está trabalhando sozinho. Nas seções
seguintes, mostro passo a passo como configurar seus flashes para o uso como mestre ou
remoto (escravo), selecionando o modo de flash, definindo os canais e grupos e ajustando as
proporções de potência para suas necessidades específicas.
Confira algumas regras básicas de iluminação do premiado fotógrafo Kevin Kubota:
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Foto: Kevin Kubota
A qualidade da luz refere-se à soma de diversos fatores, incluindo tamanho da fonte principal
de luz, sua distância entre o modelo, se as sombras são preenchidas ou suavizadas e a cor.
Quando utilizamos o termo qualidade para implicar bom ou ruim, geralmente é subjetivo – já
que uma luz de “boa” qualidade é aquela que se encaixa à atmosfera e ao objetivo da foto –
ela pode ser dura, suave, clara ou quase inexistente. Quando falo sobre a qualidade aqui,
refiro-me aos vários elementos que formam as características da luz, ou sua qualidade
somativa.
Um dos fatores determinantes no modo como a luz dá forma e sombra para um modelo é o
tamanho da fonte. Quando ela é maior, em relação ao modelo que está iluminando, fica mais
suave, criando áreas gentis de transição de sombra e menos altas luzes especulares. Uma luz
suave não significa, necessariamente, aquela com menos sombras, apenas que a transição
delas com as áreas de luz são graduais e com limites indefinidos. Lembre-se que, em relação
ao modelo é uma frase importante. O sol, por exemplo, é a maior fonte de luz imaginável.
Entretanto, em relação à Terra, como o vemos, é uma manchinha no céu – um ponto de luz
que projeta sombras nítidas quando não está difundido pelas nuvens. Se o sol estivesse a
apenas alguns quilômetros do planeta, você precisaria de um bocado de protetor solar, porém
o mais importante é que ele seria a maior e mais suave luz concebível – incrivelmente
equilibrada e sem sombras.
Aqui vai um exemplo mais terreno. Um softbox de tamanho médio é, realmente, uma luz
suave, quando utilizado próximo ao rosto de uma única pessoa. Se você afastar o mesmo
equipamento para iluminar oito pessoas com igual intensidade, ele não oferecerá mais a
mesma suavidade. O modelador acabou de se tornar uma fonte pequena em relação aos
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modelos. Quando quero que a luz seja o mais suave possível, aproximo a fonte o máximo do
meu modelo – de maneira ideal, no limite do enquadramento. Igualmente, quando você está
disparando a luz através de um difusor, ou outro objeto translúcido, e quer que ela fique o
mais suave possível, certifique-se de afastar a fonte o quanto for necessário para cobrir toda a
superfície difusora. Lembre-se de que essa superfície se transforma em sua nova fonte de luz,
e agora você quer que ela tenha o maior tamanho que puder.
A distância da fonte de luz para o modelo tem um efeito direto na “sensação” da luz e na
dimensionalidade que ela cria no modelo. Este é o chiaroscuro em funcionamento. Quando a
fonte está distante, as partes iluminadas da imagem parecem saltar rapidamente da luz para
as sombras, com limites nítidos. Não há área real de transição – apenas luz, e então sombras.
Quando a fonte está mais próxima, ocorre um sombreamento gradual entre as áreas. No fim,
as sombras terão a mesma densidade, mas as áreas de transição entre o claro e o escuro serão
suaves e progressivas. Chamo esse efeito de “3D”, Densidade Definida pela Distância, porque a
sensação de profundidade é criada por essa suave transição do sombreamento. Quando você
quiser um modelo suave e com formas bem definidas, lembre-se do 3D e reduza a distância da
sua fonte de luz.
Ao criar a sensação luminosa que você deseja, é importante considerar a reflectividade do
modelo como uma parte importante da equação. Objetos brilhantes, molhados ou espelhados
tendem a refletir, assim como em um espelho, a própria fonte de luz para a câmera (pense nas
catchlights dos olhos, como discutimos anteriormente). Com isso em mente, um objeto preto
e brilhante seria difícil de iluminar com uma fonte pontual, principalmente porque seria
possível ver o reflexo do ponto de luz – com ela iluminando muito pouco o objeto. Por outro
lado, uma fonte grande refletiria no objeto brilhante, mostrando as tonalidades da cor dele e
nos indicando que ele é reflexivo e preto.
Quando uma pessoa tem a pele oleosa, ela é mais reflexiva. Se você utilizar uma fonte
pequena para iluminá-la, o óleo a refletirá na forma de altas luzes especulares, que podem
distrair. Quando uma fonte maior é utilizada, há menos reflexos pontuais e o brilho é
minimizado. Considere isso, também, caso queira iluminar um objeto reflexivo muito grande,
como um automóvel. A luz mais atraente, que irá destacar as formas e a cor do chassi, seria
aquela gerada por uma fonte grande o suficiente para cobrir todo o comprimento do carro
visível na câmera. O céu do entardecer ou um softbox gigante farão exatamente isso. Uma
iluminação pontual irá surgir como pontos de alta luz especular, sem reflexos para dar forma e
indicar a sua verdadeira cor.
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O fotógrafo Daniel Magalhães fala sobre a importância da iluminação em um set de fotografia
Luz Natural ou Flash Dedicado
Na fotografia específica deste artigo
estávamos em uma área muito arborizada,
com árvores altas e de vegetação densa que
bloqueavam grande parte da luz solar. Se
optasse por trabalhar apenas com a iluminação
natural ali, poderia encontrar diversas restrições e também a luz homogênea da sombra não
me entregaria o contraste e o dramatismo que gosto nas imagens.
Uma das primeiras coisas que aprendi estudando iluminação foi que qualquer lugar pode ser
transformado em um cenário interessante quando iluminado adequadamente ou de forma
interessante. Através da cor e da luz é possível criar todo tipo de atmosfera, clima ou
sensação, em qualquer locação, e estas foram as ferramentas que utilizei para gerar interesse
na fotografia que fiz neste lugar.
Luz: qualidade e tom
As plantas, a natureza e todo o aspecto do lugar me sugeriram uma iluminação de qualidade
suave e tom quente. O “clima” da foto é o primeiro fator que deve definir antes de fotografar.
Esse “clima” determinará de antemão os equipamentos e modificadores a utilizar, antes
mesmo de começar a fotografar.
Para obter uma qualidade de luz suave, optei por um grande softbox que tem dupla difusão
para auxiliar a criar uma luz de baixo contraste que trouxesse verossimilhança à minha
iluminação, ou seja, quero criar uma luz que, por mais trabalhada que seja, pareça natural.
Preparei um softbox grande de 90×120 para a luz principal e um softbox de 60x60cm para luz
secundária (pode ser usado em qualquer lugar da locação onde for necessário) e um outro
flash com grid para um possível recorte.
Para dar o tom visualmente quente à imagem, precisei recorrer aos filtros de cor ou gelatinas.
Existem dois tipos de filtros mais comuns os CTO (Color Temperature Orange) e CTB (Color
Temperature Blue). Os filtros CTO são de tom alaranjado e dividem-se em ¼, ½ e 1/1 sendo o
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CTO ¼ o de tom mais fraco e o 1/1 o de tom mais forte. Os CTBs são filtros de tom azulado e
possuem a mesma divisão de intensidade. Muito conhecidos no cinema, na iluminação cênica,
do teatro, em espetáculos ou decoração em eventos, esses filtros são de grande utilidade para
alterar o clima da cena iluminada e, na fotografia, auxiliam a modificar o tom neutro da luz do
flash, que em muitos casos pode deixar a iluminação muito artificial.
Utilizei um CTO de 1/1 no softbox menor de 60x60cm e um CTO de ¼ mais leve, que será utilizado para iluminar a modelo.
Showtime!
Começo a minha fotografia fazendo uma foto que me ofereça a exposição ideal para
posteriormente, iluminar com os flashes. É importante ressaltar que exposição ideal, neste
caso, não é aquela na qual o meu fotômetro está “zerado”, mas sim a exposição que absorve a
quantidade de luz natural que quero utilizar e me mostra onde preciso inserir luzes de flash.
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Nesta primeira fotografia, a vegetação ao fundo da foto e as folhas à frente da modelo já estão
devidamente expostos pela luz do sol, o que me indica que não precisarei iluminar estas áreas
com flashes. Estou aqui, utilizando uma fotometria “estratégica” absorvendo parte da luz
natural para que não tenha que iluminar uma cena muito grande.
A modelo, que está levemente subexposta, bem como o interior da casa à direita, são as áreas
que iluminarei com os flashes dedicados.
Esta primeira foto, utilizando apenas a luz natural é fundamental para que você entenda o que
está acontecendo com seu set. Dessa forma, vai compreender quais áreas devem receber luz e
em quais áreas pode aproveitar a luz do sol para iluminar. Em meus workshops, quando vejo
fotógrafos com dificuldade em obter a foto final com o flash, é porque pularam essa etapa.
Posicionando as luzes
O fato de a modelo estar levemente subexposta, me indica que precisarei utilizar uma carga
suave de luz do flash. Auxiliado pela grande difusão do softbox de 90x120cm com filtro
CTo1/4, sei que vou obter uma luz de qualidade bem suave e tom levemente amarelado. Optei
por este CTO mais leve para a modelo, para não deixar a pela dele alaranjada demais, o que
poderia tirar a naturalidade da luz.
Dentro da casa, um softbox menor me proporcionou uma luz mais intensa. Como a casa é um
ambiente aberto, e tem paredes com cor onde a luz rebaterá e pode sofrer leves alterações na
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sua tonalidade, optei por um CTO de 1/1 nesta luz para que o tom quente ficasse bem
expressivo. Esta luz serviu também como um leve recorte, iluminando o cabelo à direita e
àquele caindo sobre o ombro da modelo.
Ainda para adicionar o brilho de luz branca que você vê ao fundo da imagem, à esquerda da
modelo, adicionei um flash sem filtro com grid.
Gosto destes pontos de brilho, de fotografias com cores vivas e expressivas, então adiciono
alguns recursos como este livremente, para tornar as imagens mais interessantes.
Outras aplicações
Em uma outra situação, no final do ano passado, em um período chuvoso, precisei fazer uma
foto pela manhã para a capa de um livro. No briefing, tinha como exemplo uma foto feito em
um dia ensolarado, com um tom bem quente. Este é um livro de autoajuda e manter este tom
era importante para a fotografia.
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Amanhecemos na locação após uma noite de chuva e o dia estava nublado, gerando um clima
bem diferente do que precisávamos. Eu precisava de uma luz com um pouco mais de contraste
para sugerir um sol ainda de manhã, que tem raios longos e luz mais dura e de um tom mais
quente para trazer esse clima de dia ensolarado para a imagem.
Recorri aos filtros CTO e flashes dedicados novamente, para resolver esta situação e trazer a
ambientação necessária para a foto que o meu cliente precisava.
Utilizei três luzes, todas com filtros CTO. Uma ao fundo para iluminar as flores atrás do banco
fazendo um recorte nelas, uma outra luz em um softbox pequeno de 30x40cm, mas afastado
da árvore para criar uma luz mais lateral e mais contrastada, também com um filtro CTO e uma
luz principal à esquerda da foto, assim como a luz da árvore, para sugerir a luz do sol (que só
pode vir de uma direção), em um softbox maior, 90x120cm, afastado o suficiente para não
entrar no enquadramento e com filtro CTO.
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Cor e luz são dois elementos de grande força para se trabalhar na fotografia. Seja por livre
expressão criativa ou para atingir um determinado briefing passado por um cliente. Dominar
estes dois elementos me trouxe liberdade criativa e um dinamismo que constituiu um
diferencial no meu trabalho.
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Fotos: Christopher Grey
Fotógrafo reconhecido e aclamado internacionalmente, Christopher Grey é um dos melhores
especialistas em luz nos dias de hoje. Nesta matéria, ele explica um pouco sobre softbox, que
para quem ainda não sabe é um tipo de dispositivo fotográfico de iluminação utilizado para se
obter uma luz suave.
Na foto acima, um softbox tamanho grande
Softbox grande. Na minha opinião, softboxes são os acessórios mais valiosos que você pode
ter no estúdio. Meu maior é o 1,20×1,80 – tenho dois deles. Uso ambos com bastante
frequência, no mesmo set, juntamente com tapadeiras para manter a luz direcionada para
onde desejo. Quando posicionado a poucos metros do modelo, a luz fica extremamente suave,
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mas com uma rápida vinhetagem (redução da luz, brilho ou saturação da borda para o centro
da imagem). A melhor distância para um softbox grande é a 3 metros do modelo.
Corretamente usado, um box desse tamanho pode ser bastante eficaz para muitas situações
de iluminação.
Softbox médio. O softbox mais usado em meu arsenal é o 0,90×1,20. Tenho dois desses
também e uso bastante, da mesma forma que os grandes. Eles são preciosos quando se
trabalha em espaços menores, uma vez que sua melhor distância de trabalho é de 2 metros.
Uso softboxes médios como luz principal mais do que qualquer outro acessório, e tenho
certeza que você também usará.
Softbox pequeno. Softboxes pequenos – 60x60cm ou 60x90cm – são inestimáveis quando
usados para iluminação de cabelo, iluminação de fundo ou luz de preenchimento. Podem
também ser usados como luz principal. Quando colocados muito perto do modelo, a
vinhetagem é rápida, como é comum a curtas distâncias, mas a difusão da luz é mínima, pois a
fonte é pequena em relação ao modelo.
Strip light: projetados para produzir um resultado uniforme através da sua extensão
Strip light. Eles são softboxes longos e estreitos, projetados para produzir um resultado
uniforme através de sua extensão. Tenho vários strip light softboxes de 0,30×1,80, que uso
com frequência como acentuação, iluminação softboxes de 0,30×1,80, que uso com frequência
como acentuação, iluminação lateral, de fundo ou de cabelo. Não são baratos e requerem um
suporte que nem todos os fabricantes de tochas oferecem, mas eles produzem uma luz que é
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bela e difícil de definir. O fabricante do equipamento que utilizo, a Profoto, é um dos poucos a
produzir um box desses. Se decidir comprar um que não seja desta marca, certifique-se de que
o fabricante da tocha disponibilize um suporte compatível.
Uma observação final: softboxes de qualidade têm uma camada adicional de difusão, uma
camada interna defletora de nylon, que difunde a luz muito antes de alcançar a frente do box e
sair. Quando comprar softboxes, certifique-se de checar se os cantos são bastante reforçados
para resistir à constante pressão da haste que conecta o box ao suporte.
Perca o medo dos flashes dedicados e aprenda algumas dicas especiais do fotógrafo Michael Corsentino
que podem facilitar a sua vida na fotografia.
A fotografia com flash pode ser intimidadora. Muitos fotógrafos utilizam apenas a luz disponível e limitam suas
sessões ao ar livre aos momentos em que a iluminação está simplesmente certa. Isto é muito limitante! A luz
disponível é simplesmente isto – a luz que você tem. Acontece de isso ser um Speedlite 600EX ou 600EX-RT da
Canon, ótimo. Se ocorre de ser o sol, ótimo também. Se a iluminação disponível for uma combinação de um
Speedlite e sol, isto também é incrível. O objetivo é ter controle criativo e não ser refém das condições de luz
existentes. É inestimável desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para criar a luz necessária
quando você precisa. Este matéria ajuda a desmistificar a fotografia com flash e encoraja você a
experimentar. Invista tempo para desenvolver as habilidades e incorporar os Speedlites com eficiência em
sua fotografia. Aprender como utilizar Speedlites e flashes é um recurso tremendo, tanto criativa quanto
finaceiramente.
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Flashes de estúdio ou Speedlites? A pergunta que não quer calar!
Os sistemas de iluminação de estúdio dividem-se em duas categorias – iluminação contínua e flashes. Aqui eu
me concentro principalmente na iluminação por flash. Utilizando Speedlites ou flashes de estúdio, a iluminação
com flash é conveniente porque a potência de luz pode ser ajustada em incrementos específicos e modelada
com diversos modificadores. Além disso, os flashes podem congelar movimentos, podem ser disparados
remotamente, e às vezes podem disparar os watts por segundo necessários para superar o sol.
As luzes contínuas, como as fluorescentes, HMI (Hydrargyrum Medium-arc-length Iodide) e as lâmpadas
quentes, são ótimas adições à qualquer equipamento de estúdio e merecem uma breve menção. Tenha em
mente que a qualidade da luz produzida pelas fontes contínuas é diferente daquela produzida por Speedlites e
flashes. A luz contínua pode, em determinadas situações, contrair as pupilas dos olhos do modelo. Isto pode
ser facilmente remediado no pós-processamento, mas é algo para se ter em mente, visto que as pupilas
maiores são consideradas mais atraentes. Não me entenda mal – eu adoro as luzes contínuas por diversos
motivos. As Spiderlites fluorescentes da F.J. Westcott produzem uma maravilhosa luz clara e suave. As luzes
quentes incandescentes e HMIs podem ser bem utilizadas para produzir retratos dramáticos lembrando o
estilo hollywoodiano dos anos 40, tornado famoso por George Hurrell. Elas são ótimas para o tipo de situação
onde você quer uma iluminação em que seja possível “enxergar o resultado”. Outra vantagem é que você
não precisa esperar o equipamento reciclar, como acontece com flashes e Speedlites, e como eles não
disparam, é mais fácil para alguns retratados reagirem mais naturalmente.
Há três tipos principais de sistema de iluminação por flash que você deve considerar antes de começar a
equipar seu estúdio e comprar equipamentos. O primeiro e mais poderoso é o sistema com fonte e tocha, que
inclui tochas individuais conectadas por cabos em uma única unidade de força. Para este tipo de flash eu utilizo
uma fonte Profoto Pro-7b de 1200 watts por segundo com duas tochas com refrigeração por ar. Ela pode ser
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utilizada no estúdio, com um adaptador AC, ou em campo com sua bateria DC. O Profoto e outros sistemas
aceitam uma grande variedade de modificadores de luz, como softboxes, colmeias e snoots, disponíveis e
adequados para o dia a dia no estúdio ou em locação. Entretanto, quando comparado com Speedlites, tendem
a ser muito grandes. Até mesmo estas unidades que funcionam por bateria podem ser desconfortáveis quando
se trabalha sozinho. Um novo item desta categoria que merece ser mencionado é o Ranger Quadra, da
Elinchrom. Com 400 watts por segundo, alimentado por bateria e extremamente portátil, esta unidade é
um versátil híbrido entre os Speedlites e os flashes mais potentes.
O segundo tipo de equipamento de flash é o monolight. Os monolights combinam a fonte de alimentação e a
tocha em uma única unidade leve e fácil de transportar. Eles permitem ajustes totais de potência
independentes e aceitam os mesmos modificadores da categoria anterior. Entretanto, exigem alimentação por
cabo ou uma bateria portátil para funcionarem. Muitos sistemas com fonte e tocha têm distribuição de
potência simétrica/assimétrica entre as cabeças, o que significa que a potência da luz é sempre dividida por
uma variável de proporção definida pelo usuário, como 1:1 ou 2:1. O controle independente de cada tocha dos
monolights oferece um controle mais preciso, atraente por várias razões.
O último tipo é, obviamente, os pequenos flashes portáteis, ou neste caso, os Speedlites. Embora tenham
potência menor que os sistemas discutidos anteriormente, sua portabilidade, capacidades E-TTL e facilidade de
uso fazem deles ótimas soluções para trabalhos durante viagens, em locações ou pequenos estúdios. Cada
sistema tem um propósito diferente e, deste modo, suas próprias vantagens e desvantagens. Não existe a
solução perfeita. Para ter critérios para escolher que tipo de flash comprar, você deve considerar suas
necessidades. De forma ideal, como fotógrafo profissional, você precisa ter diferentes sistemas à sua
disposição para lidar com as várias situações que surgirem. Tenha em mente que você não precisa comprar
tudo de uma só vez. Os profissionais frequentemente alugam equipamentos em lojas especializadas, como a
Calumet e outras.
A lista seguinte destaca algumas vantagens do Speedlite:
Custo - Sem dúvida, os Speedlites e monolights são os mais econômicos entre os três sistemas mencionados.
Muitas vezes, o custo dos sistemas com fonte e tocha está além do orçamento de um fotógrafo casual. Os
Speedlites são mais acessíveis a curto prazo e podem durar muitos anos de uso regular.
Portabilidade - Os Speedlites vencem esta categoria. Você ainda precisa de suportes e modificadores para
vários tipos de sessão, mas os Speedlites são pequenos, muito portáteis e oferecem uma boa variedade de
potências. Você também pode utilizar Gorilla Pods ou outras braçadeiras pequenas para prender facilmente os
Speedlites, algo que não é possível com monolights e tochas de estúdio.
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Fonte de alimentação - Os Speedlites funcionam com pilhas AA. Você não precisa depender de uma rede de
energia e longas extensões para alimentar esses pequenos flashes. Para trabalho em locação, você pode
alimentar os flashes de estúdio com baterias auxiliares, mas às vezes as baterias podem pesar mais que as
próprias tochas, além disso é mais uma peça de equipamento para você comprar, carregar e manter.
Facilidade de uso - Depois de organizar e configurar seus Speedlites, você está pronto para fotografar e pode
controlar a potência dos flashes a partir de um único local. Com muitos sistemas de estúdio mais antigos, todos
os ajustes devem ser feitos na tocha (se estiver utilizando monolights) ou na fonte. Esquemas complexos de
iluminação podem envolver várias caminhadas para longe e de volta para a câmera, alterando as
configurações dos flashes. Sistemas wireless mais recentes, como o Profoto Air e o Elinchrom
Skyport resolveram este problema. Eles permitem que a potência de cada luz possa ser ajustada diretamente
do controle wireless encaixado na sapata da câmera.
TTL - Esta é uma grande vantagem! Com os sistemas de flash de estúdio, você não pode utilizar a medição
Through-the-Lens (TTL). Utilizando a versão da Canon de medição TTL, o E-TTL (E-TTL II), a câmera ajusta a
potência do flash automaticamente de acordo com a exposição desejada e as medidas de distância até o
motivo calculadas pela objetiva. Este ajuste automático é uma enorme vantagem dos Speedlites – você pode
simplesmente configurá-los no modo E-TTL, definir os grupos e canais e começar a fotografar. O sistema
Speedlite Canon e sua câmera fazem o resto. Some isto às vantagens de utilizar o modo de Sincronização em
Alta Velocidade e o E-TTL se torna muito atraente.
O fotógrafo americano Syl Arena ensina cinco dicas para utilizar o flash com luz ambiente
reduzida, o já fotografou para jornais, revistas e catálogos. Ele é reconhecido também pela sua vasta
experiência em gerenciamento de cores na área de imagens e sua habilidade em transformar dia em noite
utilizando dezenas de técnicas de flash dedicado simultaneamente. Nesta matéria, Syl ensina cinco dicas
especiais para utilizar o flash com luz ambiente reduzida.
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Na primeira imagem acima, Syl aumentou a velocidade do obturador de 1/60″ para 1/125″o que produz uma
redução de um stop na luz ambiente, iluminando a modelo com um flash fora da câmera disparado através de um
softbox de 60cm. Já na segunda imagem, ele alterou a velocidade do obturador para 1/250″, o que reduz outro stop
da luz ambiente, isto é, como a velocidade de sincronização da câmera dele é de 1/200″, ele precisou ativar a
sincronização em alta velocidade do flash.
Na primeira imagem, ele ajustou a velocidade do obturador em 1/500″, reduzindo a luz ambiente em mais um stop,
num total de três de stops, sendo a foto preferida do fotógrafo. Já na última, ele desligou o flash e fez a captura
somente com a luz ambiente, aí você pode perceber a grande diferença.
DICAS PARA UTILIZAR O FLASH COM LUZ AMBIENTE REDUZIDA
01 – Use um flash dedicado: como você irá ler abaixo, é muito útil ter um flash automático disparando no
modo de sincronização em alta velocidade quando se está reduzindo agressivamente a luz ambiente com
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sua velocidade de obturador. Os flashes genéricos normalmente não oferecem compatibilidade total com
as funções avançadas das câmeras digitais;
02 – Ative a sincronização em alta velocidade: Como você viu acima, minha velocidade de obturador
ultrapassou rapidamente a velocidade de sincronização da minha câmera. Ativar o HSS permite que eu
ajuste minha velocidade de obturador conforme necessário e o flash siga acompanhando. Abaixo da
velocidade de sincronização, o flash disparou no modo normal. Acima dela, ele disparou em HSS;
03 – Mantenha o flash em ETTL/ITTL: Mesmo que a distância entre o modelo e a luz permaneça
constante, utilizar um modo automático permite que o flash aumente a potência quando a velocidade de
obturador entra no território da sincronização em alta velocidade. Se você fotografar com o flash no
modo Manual, será necessário fazer ajustes constantes na potência na medida em que a velocidade do
obturador entra no modo HSS;
04 – Aproxime sua(s) luz(es) ou utilize múltiplas fontes: Quando seu flash dispara em HSS, ele consume
muito mais potência para produzir uma série ultra rápida de pulsos. Assim sendo, a potência máxima do
seu flash no modo HSS será reduzida em cerca de 2.5 stops – o preço que pagamos pela capacidade de
fotografar em velocidades de obturador maiores. Se você tiver um único flash, será necessário aproximá-
lo o máximo possível. Caso tenhas luzes adicionais e seu modificador for suficientemente grande, é
possível utilizar diversos flashes juntos para compensar a perda de luz do modo HSS;
05 – Saiba se e como a Compensação de Exposição e a Compensação de Exposição do Flash estão
ligadas uma a outra em sua câmera: abra o manual de sua câmera e estude os detalhes. Esta é uma
informação importante. Em câmeras Canon, a Compensação de Exposição e a FEC (Compensação de
Exposição do Flash) funcionam de forma independente. Deste modo, você pode utilizar a Compensação
de Exposição para reduzir ou ampliar a luz ambiente ao mesmo tempo em que configura a FEC para
aumentar ou reduzir a potência do flash em ETTL. Na maioria das câmeras Nikon, alterações feitas na
Compensação de Exposição também serão aplicadas em qualquer ajuste de FEC. A única exceção é a
câmera D4 da Nikon, que pode separar a Compensação de Exposição e a FEC da mesma forma como
fazem as Canons.
A luz em nosso mundo influencia enormemente a maneira como sentimos, agimos e pensamos. O mesmo
acontece com a luz em nossas fotografias. Seja ela natural ou criada, a aparência da luz ambiente pode
ser uma poderosa ferramenta de comunicação. Mas, da mesma maneira, ela pode ser uma parte
indesejada da cena que queremos fotografar.
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Fontes de luz ambiente
A luz ambiente está em todo lugar. É a luz que já se encontra na cena. Existe uma enorme variedade de
luzes ambientes que você pode usar em sua fotografia, tanto como complemento quanto como fonte: o
sol, luzes fluorescentes em um mercado, a lâmpada que está em um criado-mudo, luzes dos automóveis,
ou as velas de um bolo de aniversário. Ainda que a maioria das luzes ambientes seja de fontes contínuas,
você também poderá encontrar algumas fontes de luz intermitentes. As luzes piscantes de sinalização em
uma rodovia em obras, uma luz estroboscópica em uma apresentação de dança moderna e as lâmpadas
que parecem correr em torno de um outdoor na Times Square também proporcionam luz ambiente.
O que a luz ambiente sugere
A luz ambiente ajuda muito a informar ao observador sobre sensação e tempo. Portanto, compreender a
aparência da luz ambiente permite à você, speedliter, criar sensações em sua foto, mesmo quando a luz
que precisa não estiver presente. Através de nossas experiências, associamos certas emoções com
diferentes tipos de luz ambiente. Uma criança sorridente, iluminada por um feixe de luz da manhã que
atravessa a janela sugere conforto. Um casal iluminado pelo brilho de velas sugere romance. O feixe de
luz de uma lanterna cruzando o escuro de uma caverna cria uma sensação de suspense. Uma figura
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solitária iluminada por cima pela luz da rua retrata um senso de solidão ou algum pressentimento. Um par
de luzes apontadas diretamente sobre você, sugere pânico.
A luz ambiente nem sempre parece ambiente
Conforme desenvolve suas habilidades como speedliter, você começará a entender que a luz ambiente
nem sempre precisa ser a fonte principal em sua foto. Em uma sessão externa de retratos, você pode
posicionar seu modelo de maneira que a luz do meio-dia incida por trás e nos ombros, para criar uma luz
de contorno ou recorte e usar o speedlite como luz principal. Na primeira das duas fotos abaixo, podemos
ver que o sol do meio-dia estava iluminando o modelo de frente, ou seja, a luz vinha por trás de mim.
Uma combinação muito ruim. Sombras acentuadas, meu modelo contrai os olhos e não há uma separação
clara entre meu modelo e o segundo plano. Na segunda imagem, trocamos de posição, de modo que o sol
passou a vir sobre os ombros dele. Para criar esta foto, eu usei um par de speedlites, onde um era a luz
principal e o outro, a luz de preenchimento. Ao fotografar contra uma fonte de luz, é importante que a
objetiva esteja protegida dos reflexos. Eu usei tanto o para-sol quanto uma bandeira separada, apoiada
por um tripé leve, para evitar que luzes difusas entrassem pela objetiva.
A luz ambiente nem sempre é desejável
Ainda que a luz ambiente possa criar um senso de emoção ou de tempo na fotografia, haverá momentos
em que você terá de fotografar com uma luz ambiente totalmente contrária ao fim desejado. Ouso dizer
que essa é uma oportunidade para deixar que suas habilidades de speedliter brilhem. Considere a
situação de ter de fotografar um escritor de suspense para a capa de uma revista e o único momento que
ele terá disponível para isso serão 15 minutos no período da tarde. O editor de fotografia da revista não
quer saber dos desafios impostos ao fotógrafo pela agenda do autor; seu trabalho é obter fotos que deem
suporte ao artigo da revista. E, meu trabalho como fotógrafo é entregar as fotos que eu fui contratado
para criar.
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Como você pode ver na primeira foto acima, não há nada que crie suspense ao fotografar o autor sob a
luz do dia. Claro que é um retrato do autor, mas não um que transmita seu personagem obscuro. É
problema meu criar uma qualidade de luz que transmita essa personalidade do autor. Usando
sincronização de alta velocidade, meus speedlites escureceram o sol e, efetivamente, criaram noite ao
meio-dia. Acho que você vai concordar que o segundo retrato enquadra o modelo como um escritor de
suspense. Não se preocupe sobre como eu fiz esta foto. Por enquanto, apenas saiba que, como
speedliters, não precisamos aceitar a luz ambiente.
Syl Arena, fotógrafo do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, apaixonado pelas sombras e
luzes, fez uma análise dos motivos para escolher entre os flashes de mais potência da Canon, o Speedlite
580EX II e o mais novo lançamento da marca, o Speedlite 600EX-RT. Como morador dos Estados Unidos, é
claro que a análise de Syl é feita com os valores do seu país, mas em uma pesquisa rápida em sites como
Mercado Livre, podemos notar que a diferença no Brasil fica em torno de R$200 de um flash para o outro.
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“A diferença de preço entre os flashes de ponta da Canon, o venerado Speedlite 580EX II e o novo
Speedlite 600EX-RT, é tão pouca que não vale mais a pena comprar o 580EX II. Se você estiver decidido a
comprar um flash Speedlite Canon para utilizar como flash principal, opte pelo 600EX-RT. Se você estiver
procurando seu primeiro flash, e têm meios financeiros, o 600EX-RT também deve ser a sua escolha.
Quando falei pela primeira vez sobre a diferença entre os dois, oito meses atrás, o 600EX-RT era US$ 100
mais caro que o 580EX II. Agora, esta diferença caiu para US$ 10, e não deixa mais dúvidas na hora da
compra.
600EX-RT tem um visor LCD maior. O display do 600EX-RT é 35% maior que o 580EX II. As letras são
maiores. Os ícones são mais detalhados. Se você é novo nos flashes, o 600EX-RT é muito mais fácil de ler
e entender.
600EX-RT têm melhores botões. Como mostrado abaixo (foto), as quatro teclas de função abaixo do
display mudam suas funções de acordo com o modo do flash. Os ícones mostrados no LCD mudam junto.
O botão Mode foi separado dos demais e aumentado. E… (aplausos!) um botão dedicado foi adicionado
na lateral esquerda para ativar o sistema wireless.
600EX-RT é totalmente compatível com as series 500 e 400 EX. Quando o sistema wireless é ativado, o
600EX-RT é, essencialmente, um 580EX II, com uma interface muito melhorada. No modo wireless, o
600EX-RT pode ser usado tanto como um flash máster como escravo. E pode também, ser controlado
pelo sinal dos flashes pop-up das câmeras 60D, Rebels T3i , T4i, T5i, e o SL1.
600EX-RT tem sinal a rádio. Isto simplifica muito a comunicação entre máster e escravo. O sinal pode
atravessar facilmente paredes e equipamentos de estúdio (Nota: não é possível usar os sinais a rádio e
wireless ao mesmo tempo).
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600EX-RT pode mudar a cor da luz do LCD para verde ou laranja. A luz fica laranja quando o flash está no
modo escravo, e verde quando está no modo máster. Este pequeno recurso pode se de grande ajuda em
situações de pouca luminosidade”.
Nós estamos lançando o livro: Canon Speedlite – Explore os recursos do seu Flash
Dedicado.
Outras sugestões de material para você se aperfeiçoar:
Manual do Speedliter
E-book Iluminação Página 27
Retrato Espontâneo:
Luz: Ciência e Magia
E-book Iluminação Página 28
Iluminação: Da luz natural ao flash
Guia de Iluminação para Fotógrafos