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HTP HTP Desenho da casa, árvore e Desenho da casa, árvore e pessoa e similares pessoa e similares

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Técnicas de Exames Psicológicos. Histórico e método do Teste HTP, projetivo.

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  • HTPDesenho da casa, rvore e pessoa e similares

  • Histrico A validade e fidedignidade desses testes para a verificao da maturidade cognitiva em crianas dos 3 aos 10 anos tm-se mostrado significativa. Esses critrios ou propriedades j so mais fracos em se tratando das variveis globais da personalidade, e so pouco adequadas para a elaborao de diagnsticos diferenciais, excetuando-se os aspectos suicidas e de abuso sexual. Os testes com desenhos surgiram como instrumentos de avaliao cognitiva (O Teste de Desenhe um Homem de Goodenough-Harris). Transformou-se em teste projetivo no final da dcada de 1940 do HTP (Buck and Jolles) e posteriormente do Desenho Cintico da Famlia (Hulse, Burns, Kaufman).

  • Pressupostos ConceituaisO conceito bsico que projetamos em nossos desenhos coisas que dizem respeito acerca do modo com que pensamos, sentimos, vemos o mundo e nos relacionamos.

    As casas refletem nossas idias sobre famlia; as rvores representam aspectos pessoais que temos dificuldade de enfrentar (uma vez que fcil projetar coisas em uma rvore uma vez que ela no se assemelha diretamente a ns mesmos), e as pessoas se referem as partes de ns mesmos j reconhecidas ou com as quais no nos sentimos to mal.

    Algumas interpretaes so simblicas e requerem um pouco de conhecimento sobre o que foi desenhado. Logo, pode ser necessrio fazer algumas questes.

  • Prs Segundo LallyManuais publicados com parmetros de pontuao;

    O DFH uma excelente ferramenta para verificao do desenvolvimento global;

    Fcil aplicao e baixo custo;

    Aplica-se a diferentes faixas etrias, podendo ser aplicado em pessoas sem escolaridade.

    Costuma ser bem aceito pelo examinando, motivando-o e facilitando sua colaborao

  • A interpretao pode se basear em impresses globais, sinais patognomnicos, receitas de manuais, o que prejudica sua validade e fidedignidade O teste no diagnostica nenhum aspecto em particular No existem pesquisas acerca de simuladores e os tipos de desenhos que eles produzem difcil no se impactar e se ater interpretao do contedo afetivo quando ocorre manifestao de habilidade artstica

    Os mtodos de padronizao dos testes projetivos grficos so estatisticamente fracos;

    fcil fazer correlaes ilusrias

    Contras Segundo Lally

  • Frequentemente a interpretao se baseia nas projees do prprio clnico (Hammer, 1986,diz que psiclogos com mais agressivos encontram indicadores mais agressivos nos desenhos);Parte-se da crena de que existe uma alta correlao entre os desenhos e o mundo externo do cliente, o que pode ou no ser verdade;

    Embora digam que o teste no sofre influncia cultural, observa-se que sujeitos de culturas que empregam mais a arte representacional ou que so mais expostos mesma, apresentam escores mais elevados em nvel desenvolvimental

  • Os testes grficos e indcios de ideao suicida (segundo Zalsman)Excesso de linhas trmulas e penugentas Excesso de linhas rpidas, impacientes, rabiscos Uso excessivo de borracha e reconfigurao do desenho, baixa simetria direita/esquerda Excesso de sombreamento Linhas corporais inconsistentes Cortes no pescoo e nos braosExcesso de desenhos bizarros e imaturos Olhos vazios ou ausncia de orelhasExcesso de desenhos no topo ou na base direita

    Obs.: Esses indcios devem se apresentar confirmados e confirmados por outros instrumentos associados histria de vida e clnica do examinando.

  • Indicadores Desenvolvimentais 5 anos Espera-se a diferenciao de cabea, olhos, nariz, boca, corpo e pernas. No espere desenhos de perfil, joelhos, cotovelos, lbios, narinas, propores adequadas, vestimenta detalhada, cinco dedos nas mos e pupilas 6 anos Espera-se cabea, olhos, nariz, boca, corpo, pernas, braos e ps. No espere perfis, joelhos, cotovelos, lbios, narinas, propores adequadas e vestimentas detalhadas Age 7 - Espera-se cabea, olhos, nariz, boca, corpo, pernas, braos em duas dimenses, ps, propores podem ser melhor definidas. No espere perfis, joelhos, cotovelos e lbios

  • Indicadores Desenvolvimentais Idade 8 e 9 Espera-se cabea, olhos, nariz, boca, corpo, pernas e braos em duas dimenses, ps, propores adequadas. No espere perfis, joelhos e cotovelos, pode ser que os lbios j se mostrem diferenciados Idade 10 - Espera-se cabea, olhos, nariz, boca, corpo, pernas e braos em duas dimenses, cabelo, pescoo, braos alinhados ao corpo e ps, as propores devem ser adequadas. No espere joelhos e pode ser que os lbios ainda no sejam diferenciados Idade 11 e 12 - Espera-se cabea, olhos, nariz, boca, corpo, pernas e braos em duas dimenses, cabelo, pescoo, braos conectados aos ombros e alinhados ao corpo e ps, as propores devem ser adequadas. No espere joelhos.

  • Indicadores Gerais de Mal Adaptao 1) Omisses de partes corporais (sem pernas, ps ou braos)* 2) Partes do corpo transparentes com rgos mostra 3) Partes do corpo disconectadas, ou com excesso de desproporo entre as partes* 4) Verticalidade comprometida, com clara inclinao para um dos lados* 5) Cabeas extremamente simplificadas 6) Corpos extremamente simplificados 7) Qualidade empobrecida pra a idade (impressionista) 8) Diferenciao sexual (grau com que a pessoa claramente configura o masculino e o feminino quando no foi feita essa solicitao) 9) Elaborao sexual excessiva (seios, volume do pnis, etc.)

  • Uso das tcnicas projetivas grficasAs possibilidades psicolgicas do desenho so diversas:

    como forma de comunicao - atividade to essencial para as crianas quanto o jogo ou o brinquedo;Como expresso do desenvolvimento geral - focalizando a maturao grfica da criana;Como expresso da psicopatologia - principalmente no aspecto artstico das produes;No diagnstico psicoterpico - como meio de contato, investigao e tratamento;No diagnstico psicolgico - como instrumento de avaliao do desenvolvimento mental, de aptides especficas, da personalidade e para diagnsticos especiais.

  • Anlise das produes grficasTrs aspectos devem ser considerados:

    o aspecto adaptativo - adequao tarefa solicitada, assim como a correspondncia com o grupo de idade, sexo e/ou eventualmente patologia;

    o aspecto expressivo - o estilo particular de resposta do sujeito, revelado atravs da qualidade grfica;

    o aspecto projetivo - a atribuio de qualidades s situaes e objetos

  • MATERIAL UTILIZADO Folhas de papel branco ofcio ou A4, lpis grafite nmero dois (para o HTP acromtico), lpis de cor (para o HTTP cromtico) e borracha macia (aplicao individual).

    Visando a padronizao da tcnica o material utilizado segue o mesmo padro, em termos de tamanho, qualidade, textura, etc.

  • Segundo Hammer (1981), o HTP investiga o fluxo da personalidade medida que ela invade a rea da criatividade artstica... e , mesmo que haja uma infinidade de possibilidades nos tipos de figuras desenhadas, possvel se fazer uma avaliao quantitativa e qualitativa, utilizando-se das simbologias, que torna a tcnica fidedigna. Suas vantagens relacionam-se ao fato de que um teste de aplicao muito econmica , de aplicao simples, individual ou coletiva, alm de implicar numa avaliao relativamente rpida.

    A partir de sua criao surgiram algumas variaes, como por exemplo, alm de desenhar a casa, rvore e pessoa, pode-se pedir tambm que desenhe uma figura do sexo oposto a anteriormente feita, bem como o desenho da famlia. Numa situao de avaliao para Recursos Humanos, os trs desenhos originais so suficientes para um parecer completo a respeito do testando, mas numa situao clnica, para um maior aprofundamento, pode-se incluir os outros desenhos

  • TCNICA DE APLICAO Pede-se ao sujeito que desenhe na primeira folha, o melhor que puder, uma casa; na segunda folha uma rvore; na terceira folha uma outra rvore; na quarta folha uma figura humana de corpo inteiro e na quinta folha uma figura humana de corpo inteiro e de sexo oposto ao que foi desenhado anteriormente. A instruo dada ao sujeito ambgua, pois o examinador no d nenhuma indicao sobre a representao das figuras, portanto a nfase dada a cada uma delas e a incluso ou excluso dos detalhes so decises exclusivas do sujeito.

    Aps a produo dos desenhos pede-se que o sujeito fale (ou escreva no caso da aplicao coletiva) sobre cada desenho, sendo s vezes necessrio realizar um questionrio posteriormente para a complementar os dados.

  • A Casa

    A figura da CASA provoca associaes referentes vida familiar e relaes interfamiliares, percepo que o sujeito tem da dinmica familiar. Em adultos casados referem-se famlia de origem ou famlia atual.

    Casas muito pequenas podem significar rejeio vida familiar existente; desenhos muito grandes podem significar que a vida familiar traz aspectos opressivos.

    As linhas e as paredes representam as fronteiras (limites) e a fora do ego, logo linhas fracas na estrutura da casa representam fraquezas do ego, enquanto linhas muito fortes se associam a problemas que elevam a ansiedade e necessitam de reforo. As interpretaes para a casa se baseiam nos aspectos simblicos atribudos ao lar e famlia. Devem ser lugares aconchegantes com nveis normais de detalhes, tamanho e propores.

  • O teto simboliza a capacidade de fantasiar, ateno extra a sua elaborao pode indicar excesso de fantasia e idealizao, enquanto teto incompleto, baixo, ou em chamas se associam possibilidade de evitao de fantasias percebidas como poderosas e assustadoras. Janelas, portas e caladas so caminhos pelos quais os outros podem entrar ou ver o que h na casa, esto associados a como nos abrimos (ou no) para as relaes, nosso desejo de interagir com os outros, a idia que temos do ambiente que nos cerca. Logo, cortinas, grades, trancas, vidros, caladas com curvas indicam o grau com que evitamos que nossa vida familiar seja revelada. Carros so aluses a visitantes ou a um membro da famlia que sai. Lmpadas acessas so sinais de boas-vindas, claridade, ou a necessidade de vigiar o que ou quem est por perto. Portas abertas e muitas janelas indicam a forte necessidade de se associar a outras pessoas. Janelas grandes, especialmente no banheiro refletem exibicionismo.

  • Psicticos tendem a reforar a linha de base (necessidade de terra), usam transparncia para revelar o que h dentro da casa (acreditam que seus pensamentos so acessveis para serem vistos pelos outros), ngulos estranhos (como so seus processos de fechamento cognitivo), e/ou desenhos de edificaes que parecem estar a beira de entrar em colapso (como seu ego). Perguntas: Quem vive aqui, so felizes, o que se passa nessa casa, o que fazem noite, eles recebem visitas, quem so essas visitas, o que mais poderia ser desenhado nessa casa segundo o desejo de seus moradores ?