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A SOCIEDADE INDUSTRIAL E URBANA:- A EXPLOSO POPULACIONALEntre 1800 e 1914, a populao mundial duplicou o que nos leva a falar de uma exploso demogrfica. Este fenmeno, parcialmente forte na Europa foi possibilitado pela descida drstica da mortalidade, pela antecipao da idade de casamento, pela elevao da esperana mdia de vida; quanto natalidade manteve-se alta at cerca de 1870, altura em que se inician o seu, tambm irreversvel declneo.A Europa foi o continente que mais povoao tinha, foi tambm o continente que povo-ou o resto do mundo, por isso os historiadores deram o nome de "Exploso Branca"No que diz respeito aos motivos da exploso populacional, naturalmente falamos do decrscimo da mortalidade, tal facto pode ser explicado por uma melhor higiene, uuma melhor alimentao e tambm pelos progressos na medicina.No que se refere melhor higiene, devemos consider-la a nivel individual (mudana mais frequente de vesturio), e a nvel pblico (construo de esgotos e de abastecimentos de gua potvel). Quanto melhor alimentao a qualidade e quantidade foram progredindo, tambm graas aos progressos dos transportes. Por sua vez a medicina conheceu avanos espetaculares, difundiu-se a vacina antivarilica de Jenner, a vacina contra o tifo e a clera; comeou-se a utilizar anestesias nas operaes e praticava-se a esterilizao e a desinfeo.Foram todos estes progressos que permitiram de forma definitiva aos Europeus contar com uma maior esperana mdia de vida, entretanto as taxas de natalidade mantiveram-se altas mas foram decrescendo lentamente ao longo do sc. XIX, dando assim ao incio ao regime demogrfico moderno.-A EXPANSO URBANAA populao urbana conheceu um impulso decisivo no s. XIX. As cidades cresceram em nmero, em superfcie e em densidade populacional, sendo a urbanizao mais significativa nos pases industrializados e nos paises novos.A expanso urbana foi uma consequncia da exploso populacional. As cidades expandem-se porque se verificou um crescimento da populao, somaram-se os do exdo rural, a imigrao,a procura de emprego e a promoo social.O exdo rural foi provocado pelas transformaes da agricultura e pela industrializao nas cidades que tambm foi favorecido pela revoluo nos transportes.Os camponeses partiam ento para a cidade que atraia maiores possibilidades de emprego e melhores salrios; trabalhavam nas fbricas, nos portos, caminhos de ferro, armazns e at nas casas dos burgueses.A imigrao outro fator do crescimento urbano, a polpulao procurava emprego e promoo social. A cidade era palco de grandes festas, de grandes espetculos como a pera/teatro.Romper barreiras sociais e ser bem sucedido a nivel profissional, social e pessoal foi o sonho de milhes de pessoas que demandaram as cidades do sc XIX e as fizeram crescer,-OS PROBLEMAS NA CIDADEViver na cidade porm, estava longe de ser o paraso. Mal preparada para receber as multides, as cidades no possuiam sistemas sanitrios nem redes de distribuio de gua. Nos bairros populares superpovoados, uma populao numerosa vivia na misria (por exemplo: familias inteiras acumulavam-se em habitaes escuras e hmidas). A falta de casas, o aumento das rendas.dos divrcios, das epidemias, da delinquncia e criminalidade aumentaram.A cidade era sinnimo de destruio dos comportamentos tradicioanais, era uma amea religio e ordem social estabelecida.-O NOVO URBANISMOGrandes trabalhos de urbanismo foram levados a cabo nas cidades europeias e americanas do sc. XIX. As cidades cresciam em extenso, como Paris; j em Nova Iorque cresciam em altura causando uma paisagem caraterstica de arranha-cus.O centro da cidade torna-se o local mais cuidado para onde convergem as grandes obras de renovao que so do espao e do poder burgus. No centro no faltam bancos, bolsas de comrcio, grandes armazns de mercado, o teatro e a pera.As classes burguesas viviam nos bairros ocidentais, j a populao da classe baixa vivia nos subrbios onde se acumulavam habitaes, fbricas e terrenos. Os subrbios no possuem condies de vida nenhumas, mas a populao devido falta de emprego e aos rendimentos baixos obrigada a l viver,-MIGRAES INTERNAS E EMIGRAOVastas correntes migratrias atravessaram o sc. XIX, com especial incidncia nos anos entre 1850 e 1914. Algumas destas correntes processaram-se no interior do mesmo pas chamando-se de migraes internas. Cabem nesta categoria as deslocaes sazonais ( os trabalhadores do campo dirigem-se temporariamente cidade enquanto o calandrio agrcola no melhora); e o exdo rural.Todavia a maior corrente migratria do sc. XIX foi constituda pela emigrao. Saim dos pases atrasados como Portugal e buscavam melhores condies de vida por exemplo na Frana. Foi da Europa para o resto do mundo que teve lugar o maior fluxo emigratrio que a histria jamais conheceu. Quarenta e cinco milhes de homens dirigiram-se ao longo do sc. XIX e at 1914, para os EUA, Canad, Amrica Latina.Os incentivos a estas emigraes foram os transportes, a propaganda das agncias de viagem e os incentivos do governo. Os motivos que levaram os Europeus a abandonar os seus pases de origem foram sensivelmente dois: demogrficos e econmicos; e politcos- religiosos. Uma Europa densamente povoada, com uma precria distribuio de recursos, uma agricultura pouco compensadora e um atraso industrial incentivaram emigrao. Os motivos poltico-religiosos, tiveram tambm o seu caudal no fluxo emigratrio. A emigrao proporcionava um novo equilibrio de foras a nivel mundial.A uma Europa envelhecida e com perda de potencial contraps-se uma Amrica dinmica e empreendedora.-A EMIGRAO PORTUGUESANa segunda metade do sc. XIX Portugal teve uma assinalvel participao no surto emigratrio europeu. Cerca de 18 mil portugueses emigraram para pases como o Brasil, que nessecitava de imensa mo de obra. Portugal continuava com niveis de desenvolvimento baixos, tanto na indstria como na agriicultura e isto levou emigrao. A emigrao portuguesa constituiu uma forma de fuga fome e misria.- UMA SOCIEDADE DE CLASSES medida que o sc. XIX avanava as velhas sociedades de ordens tendiam a desaparecer dando lugar a uma nova sociedade - sociedade de classes. Esta carateriza-se na medida em que os indivduos, nascidos e livres iguais em direitos dispe do mesmo estatuto jurdico; a diversidade social baseia-se essencialmente no estatuto econmico gerador de diferentes classes sociais. Nascer pobre ou no meio deuma famlia modesta no pesa mais como estigma nem bloqueia a ascenso- mobilidade social.A sociedade oitocentista divide-se em dois grandes grupos sociais:BURGUESIA E PROLETARIADO.A burguesia era um grupo hetergeneo com uma hierarquia de classes: Classe alta (alta burguesia), e Classe mdia (mdia burguesia). Na alta burguesia podemos encontrar empresrios industriais, banqueiros, diretores dos caminhos de ferro, etc. Graas concentrao do poder econmico, poltico e social os grandes senhores usufruiam uma notvel hegemonia. O poder econmico resultou do controlo dos meios de produo e das grandes fontes de riqueza, que se iam perpetuando e constitundo autnticas dinastias de banqueiros, industriais, Quanto vida polca , sempre que possivel os empresrios criavam grupos de presso e autonomeavam-se como deputados, ministros e at presediente da repblica.O poder social era exercido atravs do ensino, da emprensa. Difundindo os seus valores e comportamentos, a alta burguesia influenciava a opinio pblica, que assim, melhor acolhia as suas iniciativas.A classe burguesa possuia valores e comportamentos, imitavam as velhas aristrocacias que passava por exemplo pela compra de propriedades; nas suas casas organizavam festas, tertlias, caadas; entretanto nas cidades erguiam enormes moradias de luxo, tiravam frias em estncias balneares de luxo, assistiam s corridas de cavalos e os seus filhos frequentavam bons colgios. Aos poucos a alta burguesia foi construindo uma conscincia de classe, isto , implica a solidariedade para com os elementos da mesma classe e o distanciamento relativamente s outras classes sociais. A famlia, tinha um papel importante, o grande burgus incutia nos seus filhos o gosto pelo trabalho, a solidariedade entre parentes, a conduta sria, honesta e respeitvel. Em suma, a alta burguesia apresentava a riqueza como fruto do trabalho, da iniciativa e do esforo pessoal, nada devendo ao privilgio de um nascimento de ouro.A classe mdia apresentava-se composta por milhes de indivduos, que no tinham contacto manual, mas tambm no controlavam os grandes meios de produo. Estes situavam-se entre o proletariado e a alta burguesia. Nas classes mdias podemos encontrar pequenos empresrios de indstria, possuidores de rendimentos, donos de bens fundirios, de imveis, estes postos de trabalho asseguravam-lhes colocaes slidas de capitais e a necessria tranquilidade familiar.Quanto s profisses liberais , estas eram exercidad por conta prpria, cujos membros dependem de uma Ordem ( organismo profissional) que lhes impem regras, os mdicos, advogados, engenheiros, contabilistas, farmaceuticos eram profises liberais, que lhes conferia estatuto social, autoridade e bens materiais.Com o desenvolvimento dos servios pblicos e privados ,algumas profisses proliferaram-se como os empregados de escritrios e os professores. Conhecidos por "Colarinhos Brancos", os empregados de escritrio encontravam trabalho nas grandes firmas e apesar do seu salrio ser mal remunerado, a verdade que o seu grau de instruo, o seu traje, as suas maneiras distinguiam-se do mundo fabril.Quanto aos professores, proveninetes do campo, ascendiam-se, conseguiam a mobilidade social; embora o seu ordenado fosse modesto, a verdade que o seu saber lhes dava considerao e prestgio no seio da opinio pblica.As classes mdias eram socialmente conservadoras. De olhos postos na alta burguesia as classes mdias encaravam com desconfiana o operrio.O sentido de ordem, o respeito, o gosto pela poupana, uma moradia, uma boa escola para os filhos, uma ida ao teatro e umas frias na praia marcaram parra sempre as classes mdias.-A CONDIO DO OPERRIOApelidado de proletrio, o operrio da revoluo industrial conheceu o inferno, pelas condies em que trabalhou e viveu.A ltima e pobre classe social era apelidade de proletariado (classe operria que sem meios de produo, vende a sua fora de trabalho em troca de salrio). Os operrios constituiam uma mo de obra no qualificada, que era sujeita explorao. O ambiente de trabalho era pssimo, o clima era frio no Inverno e muito quente no Vero, no possuiam iluminao, e era frequente uma enorme poluio sonora, a somar a isto os operrios tinham riscos de ter acidentes, j que a fbrica era um local inseguro; a fbrica no tinha vestirios, sanitas, cantinas;os operrios trabalhavam arduamente entre 12 a 16h por dia, no tinham direito a frias, descanso dominical e mesmo assim tinham um salrio miservel que pouco dava para as despesas domsticas.O trabalho das mulheres e das crianas era indispensvel sobrevivncia operria, tinham um salrio abaixo dos dos homens trabalhando por vezes o dobro;eram explorados nas fbricas, nas minas; as crianas de 4-5 anos eram especialmente apreciadas devido sua agilidade e pequena estatura,podiam com facilidade introduzir-se nos exguos espaos entre as mquinas, e com os seus dedinhos, consertar fios, nas minas rastejavam puxando vagonetes, e se parassem eram chicoteados.Ao trabalho esgotante e nos limites da resistncia humana, acrescentava-se para os operrios uma vida de condies indignas e degradantes.A promiscuidade (falta de intimidade) era geral, chegando ao ponto, de 15 pessoas viverem no mesmo compartimento, alm disto as casas eram hmidas, abafadas, com falta de luz e falta de higiene, por sua vez a alimentao era insuficiente e desiquilibrada, a agravar esta situao a propagao de doenaas como a clera era habitual como no Antigo Regime. O alcoolismo, a prostituio, a delinquencia e a criminalidade completavam o quadro da misria dos operrios.-O MOVIMENTO OPERRIO: ASSOCIATIVISMO E SIINDICALISMODesde cedo, os operrios reagiram s duras condies de trabalho e de vida. A dura represso que se abateu sobre os operrios (presos, deportados, castigados com a pena de morte) fez-lhes ver a necessidade de uma organizao consistente, capaz de minorar os seus problemas. Fruto desta necessidade nasceram o associativismo e o sindicalismo.O associativismo traduziu-se na criao de associaes de socorros mtuos, isto , associaese ajuda para aqueles mais necessitadoos, na doena, na morte, velhice, desemprego e at mesmo durante as greves, estas pessoas receberiam quantias simblicas.J o sindicalismo, residiu no futuro do operrio, a luta pelos interesses dos trabalhadores.Os operrios contribuiam com as necessrias quotas e os sindicatos propunham-se a lutar pela melhoria dos salrios e das condies de trabalho recorrendo greve. A reivindicao do dia de trabalho de 8h,a melhoria dos salrios, o direito ao descanso semanal, as indeminizaes foram alguns dos objetivos das lutas grevistas.-PROPOSTAS SOCIALISTASO socialismo foi uma toria que defende a supresso (fim) das diferenas entre as classes sociais, erradicando a misria operria e a explorao capitalista, procurando assim uma sociedade mais justa e igualitria.O socialimo utpico (idealista), distingui-se pelas suas propostas de reforma econmica e social, que passava pela recusa da violncia, pela criiao de cooperativas de produo e de consumo, e pela entrega dos assuntos do estado a uma elite de homens capazes de proporcionar maior justia social.Proudhan o mais ousado dos socialista utpicos defendia a abolio da propriedade privada ,e a abolio do estado.Apostava numa revoluo na economia, atravs da criao de associaes mtuas, onde todos trabalhariam pondom comum os frutos do seu trabalho. E assim era uma sociedade mais igualitria, sem lutas de classes ou interveno do estado, claro que estas propostas no foram realizadas, muito pelo contrrio, foram sim levadas ao fracasso.O socialimo Marxista um termo derivado do nome do filsofo, historiador e economista Karl Marx que se aplica teoria filosfica, poltica, econmica e social por ele elaborada juntamente com Angels. A perpetiva Marxista concebe a histria como uma sucesso de acontecimentos (esclavagismo, feudalismo, capitalismo) sucesso esta devido luta de classes, entre proletariado e burguesia que conduziria destruio do capitalismo, implantao da ditadura, do proletariado e finalmente construo do comunismo - verdadeira sociedade socialista, sem classes e sem Estado,-PORTUGAL UMA SOCIEDADE CAPITALISTA DEPENDENTE-> A REGENERAOEm 1851, um golpe de estado deu origem a uma nova etapa poltica do liberalismo conhecida pelo nome de Regenerao. A regenerao teve como objetivo o estabelecimento da concrdia social e poltica, bem como o desenvolvimento econmico do pais. Para tal, procedeu-se reviso da carta constitucional, assegurou-se o rotativismo partidrio e promoveu-se uma srie de reformas econmicas capazes de lanarem o pais.A regenerao dedicou uma especial ateno ao desenvolvimento dos transportes e meios de comunicao, que se considerava serem as infra-estruturas fundamentais do progresso econmico. Esta poltica teve o nome de Fontismo, por o seu dinamizador ter sido Fontes Pereira de Melo- ministro das obras pblicas, comrcio e indstria. A primeira medida de Fontes Pereira de Melo fez-se sentir na construo rodoviria; onde a rede de estradas se expandiu de 218 km a 9000 km. Ao ministro coube tambm o mrito da implementao da revoluo ferroviria;o primeiro troo ferrovirio ligava Lisboa Carregado, a partir daqui mais linhas foram aparecendo, at que todo o pas ficasse ligada pela rede ferroviria. A construo de pontes foi indespensvel para o xito da circulao rodoviria e ferroviria.A construo de portos, a instalao do telgrafo e do ttele, intensificaram a revoluo dos transportes e comunicaes em Portugal. Os correios sofreram algumas reformas ( surgiram os primeiros selos adesivos). Nos fins do sc., o automvel e o carro eltrico eram conhecidos dos portugueses.