História Originais

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Estas histórias foram escritas pelo pai da Luana. São histórias originais da autoria de Bruno Sousa e merecem ser divulgadas.

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Page 1: História Originais

A Árvore que queria ser grande. " Era uma vez uma árvore pequena, engraçada e gostava muito de brincar. Um dia olhando para a sua avó, uma árvore grande disse: - Quero ser como tu, para tocar no céu! A avó sorrindo disse: - E eu quero ser como tu para tocar na Terra! A árvore pequena continuou: - Quero ser como tu para tocar nas nuvens! A avó, vendo que a pequena árvore não dava importância à sua pequenez, disse: - Eu quero ser como tu, podes sentir a água fresca junto dos teus ramos! Não tenhas pressas, aproveita cada momento da tua vida, tens todo o tempo para crescer. Por fim a árvore pequena tocou com um dos seus ramos numa poça de água para a avó sentir a sua fresquidão, a Avó agradeceu, dizendo: - Vês como é bom ser pequena! " A Lua e o Sol. O sol todos os dias brilhava, sem parar. Um dia após o outro: lá cantava o galo… lá vinha o padeiro… lá vinha a mãe acordar o menino e a menina, só porque o Sol brilhava. Mas um dia o sol, falando com o seu amigo golfinho. Disse-lhe:

- Não tenho com quem brincar! O golfinho como era muito seu amigo, disse-lhe:

- Podes brincar comigo. O sol prontamente disse:

- Sabes que não posso. Se me aproximo, a tua água fica muito quente e tu não gostas de tomar banho de água quente.

O golfinho respondeu:

- Tens razão. Mas podemos falar com a Lua. O sol muito curioso perguntou: - Quem é ela? O que é que ela veste? Ela gosta de brincar a quê? Gosta de baloiços? Gosta de gelados? O golfinho, sabendo que o Sol não podia ficar junto da Lua, pois ela poderia queimar-se, respondeu, com muito amizade:

- Ó meu amigo Sol. A Lua gosta de brincar às escondidas! Só aparece à noite e na companhia de muitas estrelas.

O Sol, um pouco triste disse: - Mas à noite eu tenho de dormir! Como é que a posso ver?

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O golfinho disse-lhe: - Não te preocupes, mesmo antes de tu ires dormer, poderás vê-la… Aparece no céu ao fim da tarde. Quando a vires cumprimenta-a, dizendo: - Boa tarde Senhora Lua! (todos). Nesse mesmo dia, o Sol lá viu uma bola bonita no céu e pensando que era a Lua disse: - Boa Tarde Senhora Lua. A Lua, logo respondeu: Boa Tarde Senhor Sol! O Golfinho falou-me de si. Quer jogar às escondidas? Podes esconder-te na noite que eu encontro-te pela manhã. O Sol, muito feliz disse que sim. E Nessa noite adormeceu escondendo-se da Lua. A noite tinha-se ido embora e o Sol acordou. A Lua disse-lhe: - encontrei-te, bom dia senhor Sol. O sol respondeu à nova amiga: Bom dia senhora Lua. Agora é a tua vez de te esconderes. E assim o fez, a Lua escondeu-se atrás das nuvens. A partir desse dia, o Sol e a Lua, nunca mais deixaram de jogar às escondidas!

Page 3: História Originais

S. Francisco Há muito tempo, num país chamado Itália viva um rapaz chamado Francisco. Adorava brincar, jogar à bola, andar de cavalo. E à noite, ia para bailes até muito tarde, adorava dançar… Os seus pais eram muito ricos… e ele podia fazer festas todos os dias. Aliás tinha sempre muitas pessoas ao pé dele que se diziam ser seus amigos. Contudo um dia, algo de inesperado aconteceu. Um pobre, que não tinha nada para comer, bateu à porta da casa de Francisco:

- Dá-me algo para comer! Francisco, ainda todo ensonorado, respondeu:

- A minha mãe é que costuma a tratar dos pobres, eu não sei o que dar! O pobre, voltou a pedir:

- Dá-me algo para comer! Francisco tira umas moedas da sua algibeira e diz-lhe:

- Toma e não me chateies mais! O pobre não querendo incomodar, agradeceu e disse que só queria pão para comer. Ao fim da rua, o pobre tentou comprar pão, mas por causa do seu mau aspecto não acreditaram que ele tivesse dinheiro. No dia seguinte, lá voltou o pobre a casa de Francisco.

- Por favor, dê-me algo para comer! Desta vez, a mãe foi à porta e convidou o pobre a entrar para tomar o pequeno-almoço. O pobre, muito feliz agradeceu, e comeu, como não fazia há muito. Ao ver Francisco, devolve-lhe o dinheiro dizendo: - Obrigado amigo Francisco mas com o dinheiro que me haveis dado não pude comprar pão. Aqui tendes é seu! Francisco não queria acreditar no que estava acontecer… Era a primeira vez que alguém lhe devolvia o dinheiro, quando na realidade precisava dele. Francisco, percebeu então qual era a sua missão. A partir desse dia, Francisco, procurou pelos pobres da sua cidade. Começou por lhes levar e tomar o pequeno almoço com eles. A pouco e pouco, foi-lhes arranjando roupas… E como havia muitos pobres, Francisco não tinha tempo para festas, bailes… pelo que foi perdendo falsos amigos (aqueles que na verdade só queriam era divertimento). Mas se Francisco por um lado ia ficando sem colegas da farra, a verdade é que na sua cidade, não havia quem passasse fome ou frio. Francisco, arranjou uma velha casa para os pobres viverem. Francisco foi também amigo de animais abandonados que não tinham nada para comer.

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O Anel Saltitão Um dia um anel queria ter tanto um amigo que decidiu empreender uma longa viagem… Numa cidade encontrou uma cantora que lhe contou: CANTORA: É bom cantar. Queres cantar comigo? NARRADOR: No fim do primeiro concerto o anel disse: ANEL: - É muita confusão para mim, não posso ficar contigo. NARRADOR: O Anel lá se despediu e continuou a sua viagem. Dias depois encontrou um futebolista que era guarda-redes. FUTEBOLISTA: Vou ter um jogo muito importante. Queres ajudar-me a defender? NARRADOR: O Anel até achou interessante e lá ficou. Mas naquele jogo o guarda-redes defendeu imensas bolas e no fim do jogo, o anel disse: ANEL: - Chiça! Fui apertado este tempo todo. Fartei-me de levar com bolas. Não posso ficar! NARRADOR: E mais uma vez o anel parte sem encontrar um amigo. Numa noite um pouco fria, encontrou um padeiro que lhe disse: PADEIRO: Fica comigo, a noite está fria e podes aprender a fazer pão! NARRADOR: O Anel agradeceu o convite, pois o frio impedia-o de continuar a sua viagem. Mas o padeiro tinha as mãos cheias de farinha. ANEL: Oh! Mal consigo respirar, o pó da farinha não me deixa ver o que fazes! Obrigado, mas não posso ficar. NARRADOR: O Anel começava a ficar triste, não encontrava quem lhe desse o carinho que procurava, quem alimentasse os seus sonhos. Na manhã seguinte, encontrou um banqueiro. BANQUEIRO: Queres ficar comigo? Passo o dia a contar dinheiro e as notas até têm cores bonitas. NARRADOR: O Anel pensou para si: ANEL: Porque não? Até pode ser interessante. NARRADOR: Mas passado algum tempo, reparou que o banqueiro era uma pessoa fria, não falava com os outros, nem sequer bom dia dizia. Além disso as cores do dinheiro eram monótonas, eram sempre as mesmas. Passado algum tempo, o anel disse: ANEL: Obrigado, mas não me ensinaste nada de bom, não posso ficar. NARRADOR: O Anel parecia mesmo desanimado, mas ficou curioso com uma pessoa que se tinha sentado num banco de jardim a ler um livro. O sol brilhava e, timidamente, o anel aproximou-se:

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ANEL: O que é isso que tens nas mãos? NARRADOR: A pessoa que o anel encontrara era uma bibliotecária e prontamente lhe respondeu: BIBLIOTECÁRIA: Trabalho ali na biblioteca da cidade e, estou a ler este livro ao som dos passarinhos. NARRADOR: O Anel nunca tinha ouvido falar de livros. ANEL: O que é um livro? Para que serve? É como o dinheiro? NARRADOR: A bibliotecária nem sabia o que responder, pois nunca lhe tinham feito perguntas tão simples acerca de livros. Mas lá pensou numa resposta para o anel: BIBLIOTECÁRIA: O livro é a ponte para os sonhos! É mais valioso que o dinheiro, pois o que o livro te dá, o que aprendes com ele, o dinheiro não compra. NARRADOR: O Anel nem sabia o que dizer, sentia-se tão bem. Sentia-se tão feliz que disse: ANEL: Posso ficar contigo? Deixa-me descobrir os livros! NARRADOR: A bibliotecária bastante alegre com o seu novo amigo disse: BIBLIOTECÁRIA: Claro! Anda daí, levo-te à biblioteca. Desde então que o Anel nunca mais viajou, pois encontrou não um mas muitos amigos – os Livros. As suas viagens são agora mais animadas e coloridas, sem apertos, sem confusões, sem pó de farinha, sem pessoas interesseiras. O Anel não pára de sonhar, desde que conheceu os seus novos amigos.