História - Introdução 2014 ok
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1.1. A História tradicional Criação do sentimento nacional; Valorização da História das Civilizações; Eurocentrismo; Ênfase na macropolítica; “decoreba”/repetição;
1. O ensino da História em perspectiva
1.2. A História crítica Busca da compreensão do mundo; Contribui no auto conhecimento do aluno; Desenvolvimento da consciência histórica; Construção da própria identidade;
O ensino da História em perspectiva
2.1. Na Antiguidade As sociedades humanas recorriam ao
passado para explicar seu mundo; Construção de mitos;
2. Como o saber histórico é construído?
2.1. A partir do século XIX Desenvolvimento das pesquisas históricas; Grande variedade de conceitos e de
procedimentos de pesquisa; No fim do séc. XIX ocorre a profissionalização
da pesquisa histórica; A História está sempre em construção;
2. Como o saber histórico é construído?
3.1. Grécia Antiga (séc. V a.C.) Hecateu de Mileto fez das lendas e mitos seu
objeto de investigação; Heródoto de Halicarnásso foi considerado o “pai
da História” – utilizou arquivos oficiais, tradições orais e relatos de testemunhas dos acontecimentos;
Além de buscar a verdade dos fatos, visava a preservação da memória para a posteridade;
3. O conhecimento histórico ao longo do tempo
3.2. Roma (séc. I a.C.) Tito Lívio e outros historiadores: exames
dos mitos, descrição e compreensão dos fatos mais próximos à sua época;
Narrativa da história de Roma desde a fundação até o ano 9 d.C.;
3. O conhecimento histórico ao longo do tempo
Ab Urbe Condita, que pode ser traduzido como "Desde a fundação da cidade", deixa claro que o autor pretendia narrar a história de Roma desde a sua mítica fundação.
3.3. Idade Média 3.3.1. Do século V ao século XII A produção histórica praticamente inexistiu; Predomínio da Igreja Católica; Hagiografia (história da vida de santos); Anais ou crônicas (redigidas nos mosteiros);3.3.2. Do século XII ao século XVI Período conhecido como Renascimento; Desenvolvimento do Humanismo;
3. O conhecimento histórico ao longo do tempo
3.4. O século XIX Profissionalização do historiador; Estabelecimento e fortalecimentos dos
Estados Nacionais; A História (oficial) passa a ser ensinada
nas escolas;
3. O conhecimento histórico ao longo do tempo
3.5. O século XX Crescimento da pesquisa histórica; Ampliação e aprofundamento dos
conhecimento históricos; Intensos debates nas academias;
3. O conhecimento histórico ao longo do tempo
3.6. Características da História Ciência em constante construção; Campo de estudos autônomo, mas não isolado; Interpretação do passado; Diálogo com o presente; Exercício de alteridade; Feita com documentos históricos;
3. O conhecimento ao longo do tempo
Sistematização do saber histórico; O conhecimento se torna mais eficaz ao se
transformar em experiência; É importante compreender o contexto em
que as sociedades do passado estavam inseridas;
Debates e leituras ajudam a evitar o anacronismo;
4. Organizando-se para interagir com o saber histórico
4.1. Facilita o estudo da história Estabelecer conexões entre o passado e o
presente; Leituras e anotações; Dar espaço para os debates; A escrita é uma das melhores maneira de se
aprender História; Compreender conceitos; Apropriar a linguagem específica e as maneiras
de se conhecer, compreender e interpretar o mundo;
4. Organizando-se para interagir com o saber histórico
“A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas, talvez, não seja mais útil esforçarmo-nos por compreendermos o passado se nada soubermos do presente”.
(Marc Bloch)
“Eu não tenho vergonha de mudar de ideia porque não tenho vergonha de pensar”.
(Goethe)
4.2. O entendimento da História Ler, interpretar, comparar, analisar textos e
imagens são habilidades essenciais; O ensino da História compartilha de uma
utopia: contribuir para a melhoria das sociedades humanas;
Desenvolve a vontade de agir e se fazer sujeito de sua própria história;
4. Organizando-se para interagir com o saber histórico
Para entender a História...
OS SIGNIFICADOS DA HISTÓRIA
• Sujeitos da História
• Imparcialidade no ato de se construir conceitos históricos é impossível... ( não há neutralidade )
• Pesquisa científica difere das técnicas utilizadas nas áreas de exatas
•Anacronismo
Perguntas de um Operário LetradoBertold Brecht
Quem construiu Tebas, a das sete portas?Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casasDa Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para ondeForam os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quemTriunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha paláciosPara os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliuViu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as IndiasSózinho?
César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de EspanhaChorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anosQuem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?
Tantas históriasQuantas perguntas
A INTERPRETAÇÃO DOS FATOS
• Memória e História
mitos e fantasias
necessidade de se conhecer o passado
HISTORIOGRAFIA E MEMÓRIA
mitos e fantasias
necessidade de se conhecer o passado
invenção da escrita
Memória e história andam juntas:Segundo Le Goff:
“ a memória, onde cresce a História, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro”
TEMPO E HISTÓRIA
• não linear ( sucessão de fatos)
• relação dialética entre o passado e o presente
• a relação do homem com o tempo é cultural
• Tempo Subjetivo X Tempo Objetivo
• Quadripartismo histórico ( uma convenção )
• Tempo não é uniforme
Invenção da Escrita
Fim do Império Romano do Ocidente
Tomada de Constantinopla (fim do Império Romano do Oriente)
Revolução Francesa
Linha do Tempo
Fatos históricos que indicam o fim de cada período
PENSANDO A HISTÓRIA
• A história surgiu na Grécia com Heródoto e Tucídides
•Todo texto histórico é ideológico
• Varia de acordo com o contexto
Heródoto Tucídides
HISTÓRIA E MODERNIDADE
• No início da Modernidade o antropocentrismo e o racionalismo deram uma nova visão de mundo ao homem ocidental
•A burguesia contribuiu no processo
• Revolução Francesa nega o passado ( Idade das Trevas )
•No século XIX, a história é novamente requisitada busca das raízes nacionais ( História Positivista idéia do conhecimento totalizante )
Importância do Materialismo Histórico de Marx e Engels
Comte Engels Marx
•No século XX, a Escola dos Anais perspectivas culturais na construção do conhecimento histórico através das manifestações culturais, da interdisciplinaridade e das estruturas
• Nova História linguagem próxima da literatura
Escola dos Annales
Fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929, propunha-se a ir além da visão positivista da história como crônica de acontecimentos, substituindo o tempo breve da história dos acontecimentos pelos processos de longa duração, com o objetivo de tornar inteligíveis a civilização e as "mentalidades".
A escola des Annales renovou e ampliou o quadro das pesquisas históricas ao abrir o campo da História para o estudo de atividades humanas até então pouco investigadas, rompendo com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia humana e assim por diante) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.
Lucien Febvre Marc BlochBraudel
Em geral, divide-se a trajetória da escola em Quatro fases:
Primeira geração - liderada por Marc Bloch e Lucien Febvre
Em sua primeira fase, de 1920 a 1945, caracterizou-se por ser pequeno, radical e subversivo, conduzindo uma guerra de guerrilhas contra a história tradicional, a história política dos grandes homens e eventos.
Segunda geração - dirigida por Fernand Braudel
A segunda fase do movimento, após a Segunda Guerra Mundial, mais se aproximou verdadeiramente de uma "escola", com conceitos diferentes e novos métodos, foi dominada pela presença de Fernand Braudel. (História de Longa Duração)
Terceira geração - A terceira fase se inicia por volta de 1968 e é marcada profundamente pela fragmentação, em que muitos autores colaboram com importantes obras, demonstrando que esse é um movimento coletivo. Pode-se dizer, portanto, que nessa fase prevaleceu o policentrismo. Essa fase, onde o conceito de "Nova História" concretizou-se, foi marcada pela presença de Le Roy Ladurie, Jacques LeGoff e Georges Duby
Quarta geração - a partir de 1989. Neste momento há um desenvolvimento notório da História Cultural e os grandes nomes que a representam são, por exemplo, Georges
Duby e Jacques Revel.
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Há homens que lutam um dia, e são bons;Há outros que lutam um ano, e são melhores;Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;Porém há os que lutam toda a vidaEstes são os imprescindíveis Bertold Brecht
Muito Obrigado !!!!!!
Fábio Salvari