História de Hinos

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História de hinos do hinário adventista.

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H

HISTRIA DE HINOS

DO

HINRIO ADVENTISTA

DIRETOR(A) DE MSICA:

ASSOCIADO (A):

ALEGRE-ES2015

SUMRIO

1.HISTRIA DOS HINOS DO HINRIO ADVENTISTA......................................

06

1.1H.A. 001 - Deus de Amor...........................................................................06

1.2H.A. 006 - Por Belezas Naturais.....................................................................06

1.3H.A. 007 - Sejas Louvado.............................................................................07

1.4H.A. 008 - A Ti Honras e Glrias.....................................................................07

1.5H.A. 009 - Prece ao Trino Deus......................................................................07

1.6H.A. 010 - Louvemos O Rei...........................................................................08

1.7H.A. 011 - Ao Deus de Abro Louvai...............................................................08

1.8H.A. 012 - Vinde, Povo do Senhor...................................................................09

1.9H.A. 013 - Louvamos-te, Deus.....................................................................09

1.10H.A. 015 - Vs Criaturas do Senhor................................................................10

1.11H.A. 016 - A Deus Demos Glria....................................................................10

1.12H.A. 018 - Santo! Santo! Santo! .....................................................................12

1.13H.A. 020 - A Ti, Toda a Glria........................................................................12

1.14H.A.021 - Vigiar e Orar................................................................................13

1.15H.A.028 - Morre o Dia..................................................................................13

1.16H.A. 033 - Castelo Forte...............................................................................14

1.16.1H.A. 033 - Castelo Forte...............................................................................15

1.16.2H.A. 033 - Castelo Forte...............................................................................16

1.17H.A.034 - Quo Grande s Tu.......................................................................16

1.18H.A.035 - Tu s Fiel, Senhor.........................................................................18

1.18.1 H.A. 035 - Tu s Fiel, Senhor........................................................................19

1.18.2 H.A. 035 - Tu s Fiel, Senhor........................................................................20

1.19H.A. 036 - O Mundo de Meu Deus................................................................20

1.20H.A. 039 - O Cu Azul.................................................................................21

1.21H.A. 040 - Filhos do Pai Celeste.....................................................................21

1.22H.A. 041 - Glria ao Rei Que vos Nasceu.........................................................21

1.23H.A. 042 - Noite de Paz................................................................................22

1.24H.A. 043 - Soou em Meio Noite Azul.............................................................22

1.24.1 H.A. 43 - Soou em Meio Noite Azul...............................................................23

1.25H.A. 044 - Natal! Feliz Natal! ........................................................................23

1.26H.A. 046 - Estrela de Luz.............................................................................23

1.27H.A. 047 - Belm, Bendita s........................................................................24

1.27.1 H.A. 047 - Belm, Bendita s.......................................................................24

1.28H.A. 048 - Vinde Adoremos.......................................................................25

1.29H.A. 049 - Surgem Anjos Proclamando............................................................25

1.30H.A. 050 - Num Bero de Palha.....................................................................26

1.31H.A. 052 - Vestido, em Linho.........................................................................26

1.32H.A. 054 - A Doce Histria............................................................................27

1.33H.A. 055 - Cantarei a Linda Histria................................................................27

1.34H.A. 058 - Conta-me A Velha Histria..............................................................27

1.35H.A. 061 - Ao Ver a Cruz..............................................................................28

1.36H.A. 064 - Cristo no Horto.............................................................................28

1.37H.A. 065 - Oh! Fronte Ensangentada! ............................................................29

1.37.1 H.A. 065 - Oh! Fronte Ensangentada.............................................................30

1.38H.A. 069 - Cristo J Ressuscitou....................................................................30

1.39H.A. 070 - Porque Ele Vive...........................................................................31

1.40H.A. 071 - Saudai o Nome de Jesus................................................................31

1.41H.A. 072 - Saudai o Nome de Jesus................................................................32

1.42H.A. 077 - Jesus o Salvador.......................................................................33

1.43H.A. 079 - Glria ao Salvador........................................................................33

1.44H.A. 083 - Glrias ao Rei de Amor..................................................................34

1.44.1 H.A. 083 - Glrias ao Rei de Amor..................................................................34

1.45H.A. 085 - Lindo s, Meu Mestre....................................................................35

1.45.1 H.A. 085 - Lindo s, Meu Mestre....................................................................35

1.46H.A. 093 - Precioso Jesus Para Mim............................................................36

1.47H.A. 095 - Cristo Tudo Pra Mim...................................................................36

1.48H.A. 097 - Meu Divino Protetor......................................................................37

1.49H.A. 099 - Noventa e Nove Ovelhas................................................................37

1.49.1 H.A. 099 - Noventa e Nove Ovelhas................................................................38

1.50H.A. 101 - No H Nome Mais Amvel.............................................................39

1.51H.A. 102 - Que Grande Amigo.......................................................................39

1.52H.A. 103 - Nome Precioso............................................................................40

1.53H.A. 107 - Alegrias Vem Trazendo..................................................................41

1.54H.A. 109 - Jesus me Transformou...................................................................41

1.55H.A. 112 - Ele Vive.....................................................................................42

1.56H.A. 113 - Amor Glorioso..............................................................................42

1.57H.A. 120 - Amor Que por Amor Desceste..........................................................43

1.57.1 H.A. 120 - Amor Que por Amor Desceste..........................................................44

1.58H.A. 122 - O Que Penso de Meu Mestre...........................................................45

1.59H.A.130 - O Rei Vindouro.............................................................................45

1.60H.A.137 - Anunciai Pelas Montanhas...............................................................46

1.61H.A. 139 - Jesus Terra Voltar.....................................................................47

1.62H.A.140 - Vem, Emanuel! .........................................................................47

1.63H.A. 141 - O Dia No Sei..............................................................................48

1.64H.A. 143 - Ser de Manh? ..........................................................................48

1.65H.A. 145 - Jesus Voltar...............................................................................49

1.66H.A. 151 - Cristo Vir Outra Vez.....................................................................49

1.67H.A. 152 - Vencendo vem Jesus.....................................................................50

1.68H.A. 154 - Vem, Esprito de Amor................................................................51

1.69H.A. 159 - Chuvas de Bnos......................................................................51

1.70H.A. 162 - Que diz a Biblia? .........................................................................52

1.71H.A. 164 - Que Firme Alicerce! ......................................................................52

1.72H.A. 166 - Novas de Amor e Vida...................................................................53

1.73H.A. 168 - A ltima Hora..............................................................................53

1.74H.A. 172 - Na Cruz Morri Por Ti......................................................................54

1.75H.A. 175 - Manso e Suave............................................................................54

1.76H.A. 176 - Tua Porta Cristo Est..................................................................55

1.77H.A. 186 - Quem Ouvir as Novas....................................................................55

1.78H.A.187 - Ouvi Jesus a me Dizer....................................................................56

1.79H.A. 188 - A Ns a Porta Franca Est..............................................................56

1.80H.A. 190 - Seu Maravilhoso Olhar...................................................................57

1.81H.A. 191 - Quero Estar ao P da Cruz.............................................................57

1.81.1 H.A. 191 - Quero Estar ao P da Cruz.............................................................58

1.82H.A. 195 - Rocha Eterna..............................................................................58

1.82.1 H.A. 195 - Rocha Eterna..............................................................................60

1.83H.A. 199 - Olhai e Vivei...............................................................................60

1.84H.A. 202 - Eis Uma Fonte.............................................................................61

1.84.1 H.A. 202 - Eis Uma Fonte.............................................................................61

1.85H.A. 204 - Maravilhosa Graa........................................................................62

1.86H.A. 205 - Alvo Mais que a Neve....................................................................62

1.87H.A. 207 - Vida em Olhar.............................................................................63

1.88H.A. 208 - Graa Excelsa.............................................................................64

1.88.1 H.A. 208 - Graa Excelsa.............................................................................66

1.89H.A. 211 - Rude Cruz..................................................................................66

1.89.1 H.A. 211 - Rude Cruz..................................................................................67

1.90H.A. 213 - Graa de Deus.............................................................................67

1.91H.A. 214 - Manancial de Toda Beno.............................................................69

1.92H.A. 215 - Remido......................................................................................69

1.93H.A. 221 - Mui Triste Eu Andava....................................................................70

1.94H.A. 224 - Satisfeito Estou Com Cristo.............................................................70

1.95H.A. 228 - Eu Ouo um Cantar Divinal.............................................................71

1.96H.A. 229 - Teu Corao em Paz.....................................................................72

1.97H.A. 230 - Sou Feliz com Jesus......................................................................72

1.97.1 H.A. 230 - Sou Feliz com Jesus......................................................................73

1.98H.A. 231 - Tenho um Hino em Meu Corao......................................................74

1.99H.A. 232 - Cantarei ao Meu Salvador..............................................................74

1.100H.A. 233 - Com Cristo no Meu Corao............................................................75

1.101H.A. 234 - Oh, Dia Feliz...............................................................................75

1.101.1 H.A. 234 - Oh, Dia Feliz...............................................................................76

1.102H.A. 237 - Junto ao Bondoso Deus.................................................................77

1.103H.A. 238 - Amor nos Faz Contentes................................................................77

1.104H.A. 240 - Bendita Segurana.......................................................................78

1.105H.A. 241 - Cantarei de Jesus Cristo................................................................78

1.106H.A. 242 - Minh'Alma, a Deus Bendize.........................................................79

1.107H.A. 244 - Conta as Bnos........................................................................79

1.108H.A. 246 - Vinde Vs, Fiis Cantar.................................................................80

1.109H.A. 247 - Graas Dou................................................................................81

1.110H.A. 249 - Como Agradecer..........................................................................82

1.111H.A. 250 - Cantarei de Meu Jesus..................................................................82

1.112H.A. 253 - Minha Esperana.........................................................................83

1.113H.A. 258 - F dos Nossos Pais......................................................................84

1.114H.A.259 - Mas Eu Sei em Quem Tenho Crido....................................................84

1.115H.A. 260 - Jesus Contemplar a F................................................................85

1.116H.A. 271 - Que Prazer Ser de Cristo.............................................................86

1.117H.A. 272 - Olha Com F Para Cima................................................................87

1.118H.A. 274 - Firme nas Promessas....................................................................87

1.119H.A. 278 - Tal Qual Estou.............................................................................88

1.119.1 H.A. 278 - Tal Qual Estou.............................................................................88

1.119.2 H.A. 278 - Tal Qual Estou.............................................................................89

1.120H.A. 281 - Eu Venho a Ti, Senhor...................................................................90

1.121H.A.282 - Tempo de Ser Santo......................................................................90

1.122H.A. 287 - Minha Entrega.............................................................................91

1.123H.A. 289 - Mais Perto da Tua Cruz.................................................................92

1.124H.A. 290 - Jesus Sempre Te Amo..................................................................92

1.125H.A. 291 - Muitos H Que Me Contemplam.......................................................93

1.126H.A. 293 - Teu Divinal Amor..........................................................................93

1.127H.A. 298 - Toma Deus, Em Tua Mo............................................................94

1.128H.A. 301 - Crer e Observar...........................................................................94

1.129H.A.314 - Guarda, Faz Troar ao Longe............................................................95

1.130H.A. 319 - Mos ao Trabalho........................................................................95

1.131H.A. 323 - Eis de Cristo a Voz Que Chama.......................................................95

1.132H.A. 325 - As Novas do Evangelho.................................................................96

1.133H.A. 326 - Vaso de Beno...........................................................................97

1.134H.A. 333 - H Um Dever..............................................................................97

1.135H.A. 338 - Brilho Celeste..............................................................................98

1.136H.A. 344 - Cristos, Avante! ......................................................................98

1.137H.A. 345 - Lutai por Cristo............................................................................99

1.138H.A. 349 - Consolao................................................................................100

1.139H.A. 353 - Meu Jesus me Guia Sempre...........................................................100

1.140H.A. 357 - Sob Suas Asas............................................................................101

1.140.1 H.A. 357 - Sob Suas Asas............................................................................101

1.141H.A. 358 - Guia Cristo, Minha Nau..................................................................102

1.142H.A. 359 - Dia a Dia....................................................................................102

1.143H.A. 361 - Tu Que Aflito Ests....................................................................103

1.144H.A. 366 - O Anjo do Senhor.........................................................................103

1.145H.A. 369 - Segura Minha Mo.......................................................................104

1.146H.A. 370 - Cada Momento............................................................................105

1.147H.A. 373 - Deus Cuidar de Ti.......................................................................106

1.148H.A. 377 - Refgio em Temporal....................................................................106

1.149H.A. 379 - Mestre, o Mar se Revolta.............................................................107

1.150H.A. 384 - Jesus Me Guia............................................................................108

1.151H.A. 386 - Nunca Te Deixarei........................................................................109

1.152H.A. 387 - Deus Vos Guarde.........................................................................109

1.153H.A. 388 - Vem, Alma Cansada.....................................................................109

1.154H.A. 393 - Sentado s Ribas d'gua Viva.........................................................110

1.155H.A. 394 - De Ti Careo, Deus....................................................................110

1.156H.A. 396 - Ouve-nos Pastor Divino.................................................................111

1.157H.A. 397 - Comigo Habita............................................................................111

1.158H.A. 399 - Salva-me Tambm.......................................................................111

1.159H.A. 403 - Mais de Cristo.............................................................................112

1.160H.A. 412 - Comunho Preciosa......................................................................112

1.161H.A. 416 - Ao P da Cruz de Cristo.................................................................113

1.161.1 H.A. 416 - Ao P da Cruz de Cristo.................................................................114

1.162H.A. 419 - Bendita Hora de Orao.................................................................114

1.162.1 H.A. 419 - Bendita Hora de Orao.................................................................115

1.163H.A. 420 - Oh! Que Amigo em Cristo Temos......................................................115

1.164H.A. 426 - No Jardim...................................................................................116

1.165H.A. 427 - Mais Perto Quero Estar..................................................................116

1.165.1 H.A. 427 - Mais Perto Quero Estar..................................................................117

1.165.2 H.A. 427 - Mais Perto Quero Estar..................................................................117

1.166H.A. 431 - Sim, Glria Haver no Final.............................................................118

1.167H.A. 434 - Quando For Chamado...................................................................118

1.168H.A. 441 - Junto ao Rio Jordo......................................................................119

1.169H.A. 442 - To Grato Me Lembrar................................................................119

1.170H.A. 457 - Sim, Cristo me Ama......................................................................120

1.171H.A. 458 - Vinde, Meninos............................................................................120

1.172H.A. 462 - Jias Preciosas ...........................................................................121

1.173H.A. 472 - Deus To Bom..........................................................................121

1.174H.A. 484 - Faze Como Daniel........................................................................122

1.175H.A. 485 - Levantai-vos, Jovens.....................................................................122

1.176H.A. 495 - Haja Paz na Terra........................................................................124

1.177H.A. 497 - Queremos Dar Louvor...................................................................124

1.178H.A. 499 - No Me Esqueci de Ti...................................................................124

1.179H.A. 500 - Deus Sabe, Deus Ouve, Deus V.....................................................125

1.180H.A. 504 - Da Igreja o Fundamento.................................................................125

1.181H.A. 511 Oh, Que Belos Hinos....................................................................126

1.182H.A. 515 Importa Renascer........................................................................127

1.183H.A. 519 - O Po da Vida.............................................................................128

1.183.1 H.A. 519 - O Po da Vida.............................................................................128

1.184H.A. 523 - Envio a Ti...................................................................................129

1.185H.A. 525 - Obedecer Melhor.......................................................................129

1.186H.A. 534 - Salvo em Jesus...........................................................................130

1.187H.A. 535 - Para o Cu por Jesus Irei...............................................................130

1.188H.A. 538 - Oh, Vem a Jesus..........................................................................131

1.189H.A. 540 - A Revelao da Cruz.....................................................................132

1.190H.A. 541 - De Jesus a Doce Voz....................................................................132

1.191H.A. 544 - O Juzo......................................................................................133

1.192H.A. 553 - H um Rio Cristalino.....................................................................134

1.193H.A. 557 - Grandes Coisas, Mui Gloriosas........................................................135

1.194H.A. 569 - Oh, Vale do den, Formoso! ..........................................................135

1.195H.A. 572 - Lar Feliz.....................................................................................135

1.196H.A. 574 - Deus Est Presente......................................................................136

1.197H.A. 577 - Santo s, Senhor.........................................................................137

1.198H.A. 578 - Sinto a Presena do Senhor............................................................138

1.199H.A. 581 - Adorao...................................................................................138

1.200H.A. 584 - Oh Como Bom Louvar................................................................139

1.201H.A. 588 - Bendito Jesus..............................................................................140

1.202H.A. 593 - Ao Orarmos Senhor......................................................................141

1.203H.A. 603 - Benditos Laos............................................................................141

1.203.1 H.A. 603 - Benditos Laos............................................................................142

1.204H.A. 606 - Amigo, No saia sem Cristo............................................................142

1. HISTRIA DOS HINOS DO HINRIO ADVENTISTA

1.1 H.A. 001 - Deus de Amor

Letra: Isaac Watts (1674-1748)Msica: John Hatton (1710-1793)

Isaac Watts, autor deste hino, algumas vezes chamado Pai da hinodia Inglesa porque foi um dos primeiros a dar impulso ao canto dos hinos antigos. Escreveu cerca de seiscentos hinos e parfrases dos salmos. O Church Hymnl contm trinta e um hinos de Watts, e Cantai ao Senhor apenas oito. Seus hinos so de linguagem escriturstica, dignificantes e majestosos no pensamento, reverentes e cheios de adorao na expresso.Teu o Poder uma imitao do Salmo 100. As primeiras duas linhas so uma alterao de Jonh Wesley.

Frases tais como santa alegria, aglomerar-nos-emos em seus portes com hinos de agradecimentos vasto como a Eternidade Seu Amore outras, (estas frases so do original em ingls) so belas expresses de reverente louvor. Este hino expressa a segurana do reino de Deus.

A Melodia Duke Street apareceu primeiro anonimamente no Select Collection of Psalm and Hymn Tunes, 1793 (coleo seleta de Melodias de Salmos e hinos, 1973), de Henry Bord. Tem sido conhecida pelo nome de Addisons 19 th Psalm, e tem sido atribuda ao compositor Jonh Hatton, que residiu na Rua Duke no distrito de St. Helens, na cidade de Windle; da os ttulos para o hino.

Duke Street em muitos aspectos um hino ideal. Tem dignidade, beleza meldica, um bom arranjo para canto congregacional unssono, harmonia forte, e concordncia com as palavras. No h andamento em que soe melhor. Pode ser cantando lentamente ou moderadamente mais rpido com bom efeito. No deveria ser cantado rpido demais.

Este um grande hino de louvor, e deveria ser cantado pelo menos uma vez por ano.

1.2 H.A. 006 - Por Belezas Naturais

Ficha TcnicaLetraMsica

Ttulo: Pr Belezas NaturaisNome da Melodia:DIX

Autor Folliott Sandford PierpointCompositor:Conrad Kocher

Data da autoria: 1864Data da composio: 1838

Data da traduo: 1958Arranjador: William Hernry Monk

Tradutor:Joan Larie SuttonTonalidade : Sol maior

A inspirao deste hino de gratido a Deus, o Criador veio a Folliett Pierpoint numa primavera, enquanto contemplava a beleza que o cercava, perto da linda cidade hidrotermal de Bath, no sul da Inglaterra. Este hino, originalmente escrito para a Ceia do Senhor, foi publicado com oito estrofes na segunda edio do hinrio Lyra Eucharistica com o ttulo O Sacrifcio do louvor. Algumas mudanas na letra tornaram o hino apropriado ao uso geral

Neste hino expressamos a nossa gratido a Deus pelo primor da sua criao que nos cerca; por nossa capacidade de apreciar as belezas em ver e ouvir; e mui especialmente pelo dom maior de Deus, nosso Redentor. Por tudo isso, a ele damos graas e louvor.

Folliott Sandford Pierpoint(1835-1917) nasceu em Bath, e l completou os seus estudos pr-universitrios. Formou-se na universidade de Cambridge. Por um perodo de tempo foi o Mestre dos Clssicos na Faculdade Somersetshire.Pierpoint contribuiu com hinos para alguns hinrios e publicou vrios volumes de poesias inclusive Lyra Jesu em 1878

Conrad Kocher (1786-1872), compositor alemo de Msica Sacra, fundou a Escola de Canto Sacro em Stuttgart, na Alemanha, em 1821. Kocher dirigiu a msica da igreja universitria daquela cidade. Muito interessado na msica de Palestrina e no canto a capella, iniciou necessrias reformas na msica das igrejas alems. Compilador de um hinrio e autor de um livro sobre msica na igreja, Kocher tambm comps um oratrio, duas peras e numerosas obras menores.

Bibliografia:

Polman, Bert, For the Beauty of the Earth, in: Hustad, Donald P., Ed The Worshiping Church - A Hymnal. Worship Leader's Edition, Carol Stream, IL, Hope Publishing Company, 1990. N353.

1.3 H.A. 007 - Sejas Louvado

Publicado em: Stralsund Gesangbuch, 1665Msica: Joachim Neander (1650-1680)

Este um dos melhores hinos de louvor de origem alem, acompanhado de uma melodia de primeira classe. Joachim Neander foi um homem de ligado poesia, letras, msica e tambm teologia. Escreveu cerca de 60 hinos, bem como melodias.

A melodia, Lobe den Herren (Louvai ao Senhor), apareceu pela primeira vez em Ander Theil des Erneuerten Gesangbuch, na segunda edio, Stralsund, 1665. A presente forma da melodia vem da Praxis Pietatis Malica, de Cruger, 1668. A msica do hino grandemente apreciada pelo povo alemo, e bem o merece.

Cada frase deste hino uma declarao de louvor e um tributo de adorao ao Todo Poderoso Rei da Criao. Ele se presta a uma vigorosa e dinmica interpretao. Deveria ser cantado com fora, porm no muito depressa. A melodia nobre, e pode ser cantada em unssono por toda a congregao.

Necessitamos estudar as palavras dos hinos, para que os possamos cantar de corao, como verdadeiro e sincero culto. ento que o canto dos hinos se torna uma fora poderosa na igreja. Verdadeiramente, incrdulos seriam convertidos se pudessem ouvir nossas congregaes cantando com poder espiritual tais louvores ao nosso Deus, o Rei da Criao!

1.4 H.A. 008 - A Ti Honras e Glrias

Letra: Theodulph de Orleans (750-821)Msica: Melchior Teschner (1584-1635)

Excelentes hinos tm sido proporcionados a igreja por hbeis tradues feitas de outras lnguas, tais como o latim e o grego. John Mason Neale deu igreja um belo hino de louvor com sua traduo do hino processional de Theodulph, Glria, laus et honos (Glria, Louvor e Honra), escrito antes de 821, a data do falecimento de Theodulph.

Este hino era originalmente destinado s procisses do Palm Sunday ( Domingo de Ramos), mas seu texto apropriado para muitas outras ocasies de louvor e adorao a Cristo. As duas primeiras linhas da primeira estrofe fazem um estribilho apropriado, o qual pode ser cantado depois de cada uma das outras estrofes.

A melodia chamada St. Theodulph em honra ao autor da letra. Foi composta por Melchior Teschner cerca de 1613, para um hino de Herberger, e foi publicada em Leipzig, em 1615. Johann Sebastian Bach faz uso desta melodia em sua Paixo Segundo So Joo

Cantado em movimento moderado, esse hino revelar-se-ia vital, poderoso e emocionante. Mesmo em andamento lento, o cntico alegre e festivo, tendo um forte apelo popular. Tanto a letra como a msica seriam atraentes s crianas bem como os adultos. um inspirador hino para reunies campais, e de efeito tanto em assemblias grandes como pequenas.

As bases escritursticas deste hino encontradas e Salmos 24:7-10; 118:25-26; Mateus 21: 1-17 e Lucas 19:37-38.

Embora o hino tenha sido escrito originalmente por um bispo catlico, nada h, quer nas palavras, quer na msica, que nos impea de us-lo. A msica tem forma Luterana. Com um hino desta espcie, no a origem, mas sim as caractersticas intrnsecas do hino e da msica que deveriam determinar o seu uso ou no. Musicalmente e poeticamente este hino est dentro de elevado padro, e deveramos nos alegrar de t-lo em nosso hinrio.

1.5 H.A. 009 - Prece ao Trino Deus (Onipotente Rei)

Ficha TcnicaLetraMsica

Ttulo:Onipotente ReiNome da melodia:Italian Hymn

Autor:DesconhecidoCompositor:Felice de Giardini

Data da Autoria:Sc.XVIIIData de composio:1769

Tradutor:Justus Henry NelsonTonalidade: F Maior

A autoria deste hino ao Deus Trino desconhecida.Por muitos anos foi atribuda a Charles Wesley. Sabemos que o hino foi publicado pela primeira vez m uma das coletneas de Joo Wesley. um dos mais conhecidos e cantados hinos Trindade ao redor do mundo. Enfatiza a ao particular de cada pessoa da Trindade na vida do Cristo.

Felice de Giardini nasceu em Turim, Itlia,em 1716. Corista, violinista, concertista, professor, regente e empresrio, Giardini atuou na Itlia e Inglaterra. A Condessa de Huntington, grande incentivadora de hinistas evanglicos na Inglaterra, comissionou-o a escrever melodias para hinos. Somente a melodia Italian Hymn ainda est em uso. Giardini viajou a Moscou, Rssia, onde faleceu em 1796.

A melodia Italian Hymn foi usada pela primeira vez na Inglaterra, em 1769. Chama-se " hino italiano" pelo fato de seu compositor ser desta nacionalidade.

Bibliografia

Paula, Isidoro Lessa de, Early Hymnody in Brazilian Baptist Churches; Its Source and Development, Fort Worth, TX, School of Church Music, Southwestern Baptist Theological Seminary, 1985, p.65

1.6 H.A. 010 - Louvemos O Rei

Letra: Robert Grant (1779 - 1838)Msica: Johann Michael Haydn (1737 - 1806)Publicada em: Sacred Melodies - II, 1815

Sir Robert Grant deu igreja um hino de primeira grandeza com Louvemos o Rei. O hino baseado no Salmo 104, mais uma livre impresso do pensamento, de que uma parfrase. Em qualidade literria, imagens, ritmo e estilo , um hino admirvel. Foi publicado pela primeira vez em Christian Psalmody de Edward Bickersteth em 1883. A parfrase do Salmo 104 de Kethe foi o que inspirou este hino a Grant. Inicia-se assim:

Louve minha alma o Senhor, fale bem do Seu Nome Senhor nosso grande Deus, qual Tua aparncia,Assim passando em glria, quo grande Tua fama,Honra e majestade em Ti brilham intensamente.H. Augustine Smith sugere que o Samo 104 e o hino Louvemos o Rei so, ambos, comentrios sobre os seis dias da criao em Gnesis. interessante traar este paralelo. Atravs do hino h ttulos de divindade que so ricos de sugestes escritursticas: Rei, Escudo, Defensor, Ancio de Dias, Criador, Autor, Amigo e Redentor.

A melodia Lyons vem de Johann Michael Haydn, um irmo mais novo de Franz Joseph Haydn. Michael Haydn era um violonista de sucesso, pianista, organista, regente de coro, e comps considerveis msicas para a igreja. Franz Joseph considerava a msica para a igreja de seu irmo, superior a sua prpria.

Melodias desta natureza no deveriam ser cantadas de forma apressada e animada, com marcao estrita de compasso, mas de uma forma mais livre, no estilo tradicional. A meia nota no fim de cada uma das quatro linhas poderia ser mantida por trs tempos, e com isso o efeito seria melhorado. Em melodias como esta um ritmo mais flexvel, intensifica a beleza do hino.

1.7 H.A. 011 - Ao Deus de Abro Louvai

Letra: Thomas Olivers(1725-1799)Msica: Melodia Tradicional Judaica

Este hino consiste nas estrofes 1, 2 e 12 da parfrase de Thomas Olivers sobre os treze princpios fundamentais da f de Israel. Os Treze Credos ou Artigos da F foram escritos por Daniel Judah de 1396 a 1404 e eram cantados pelos judeus no incio do servio de culto matutino e final de culto vespertino na sinagoga.

Josiah Miller, no seu Singers and Songs of the Church 1869, diz: O filho de um velho ministro Wesleyano disse h poucos anos: Lembro-me que meu pai contou-me que estava uma vez parado no corredor da City Road Chapel, durante uma conferncia no tempo de Wesley, e Thomas Olivers, um dos pregadores chegou-se a ele e disse: D uma olhada nisto; eu o traduzi do Hebreu, dando-lhe, tanto quanto possvel, um carter espiritual, e Leoni, o judeu, deu-me uma melodia de sinagoga que combinasse com o texto; aqui est a melodia que dever ser chamada Leoni.

Olivers ficou rfo com quatro anos de idade, de forma que recebeu pouca educao. Tornou-se um aprendiz de sapateiro em 1743, viveu uma vida sem Deus, converteu-se com uma pregao de George Whitefield sobre o texto: No este um tio tirado do fogo? Zacarias 3:2, e aps pagar todas as suas dvidas, tornou-se um pregador Wesleyano. Viajou cerca de 100.000 milhas a cavalo durante os 25 anos em que pregou na Inglaterra e Irlanda.

Quando Henry Martyn estava para embarcar para o seu trabalho missionrio no Oriente, escreveu em seu Dirio: Algumas vezes estive muito ocupado em aprender o hino Ao Deus de Abro Louvar: to logo eu pude sentir a realidade das palavras desse hino minha mente ficou aliviada. H algo peculiarmente solene e tocante para mim neste hino, especialmente nesta ocasio.

Existem poucos hinos to escritursticos em cada linha. A msica tem grande dignidade e solenidade. O hino no deve ser cantado to rapidamente, mas, com andamento lento e solene.

1.8 H.A. 012 - Vinde, Povo do Senhor

Letra: Henry Alford (1870-1871)Msica: George J. Elvey(1816-1893)

Este hino de colheita apareceu na coleo de Henry Alford, Psalms and Hymns (Salmos e Hinos) em 1844. Foi escrito para o Festival Ingls de Colheita que corresponde ao Dia de Graas Americano, embora seja uma festa de data mvel que ocorre em diferentes dias nas vrias vilas e cidades. No h hino melhor para o tempo de colheita anual do que este.

Henry Alford foi um homem talentoso Telogo, erudito, poeta, escritor, artista e msico. Era filho de um homem do clero, tornou-se ministro tambm, e eventualmente tornou-se Reitor de Canterburry em 1857. Foi membro da comisso de Reviso do Novo Testamento, e entre os 50 livros que escreveu provavelmente o mais til foi o seu Testamento Grego, em quatro volumes. Foi um devoto e um homem de Deus atravs de sua vida, cumprindo o voto que escreveu em sua Bblia no seu dcimo aniversrio: Neste dia, na presena de Deus e de minha prpria conscincia, renovo meu pacto com Deus e solenemente me determino a tornar-me Seu e fazer o Seu trabalho tanto quanto me seja possvel.

St. Georges Windsor foi composto por George J. Elvey e tem sido associado a este hino desde sua edio original em Hinos Antigos e Modernos em 1861. A melodia foi publicada primeiramente em A Selection of Psalms and Hymns, (Uma Seleo de Salmos e Hinos) de Thorne em 1858 com outras palavras. Foi assim nomeado em honra Capela de St. Georges Windsor onde muitos organistas famosos serviram, e muita msica gloriosa foi ouvida.

Sir George J. Elvey foi um organista e compositor ingls, educado em Oxford, onde recebeu o grau de Doutor em Msica, e foi condecorado em 1871, aps escrever uma marcha de Festival para o casamento da Princesa Louise. Escreveu muitos trabalhos para a Igreja. Suas melodias para hinos demonstram equilbrio de melodia e eficiente harmonia.

1.9 H.A. 013 - Louvamos-te, Deus

Ficha TcnicaLetraMsica

Ttulo: Louvamos-te, DeusNome da melodia: REVIVE US AGAIN

Autor: William Panton MackayCompositor: John Jenkins Husband

Data da Autoria: 1863Data de composio: 1867

Tradutor: James Theodore HoustonTonalidade: F Maior

O Pastor escocs, Dr. William Panton Mackay, escreveu este hino em 1863 e o revisou em 1867. Baseou-se em dois textos: no Salmo 85.6 - "No tornars a vivificar-nos, para que o teu povo se regozije em ti?" e na orao de Habacuque: "Aviva, Senhor, a tua obra no meio dos anos" (Habacuque 3.2). A ltima estrofe que diz " vem nos encher de celeste fervor..." expressa a orao que Mackay queria realar. Entretanto, a forte expresso de louvor ao Deus trino permeia o hino todo. O estribilho "Aleluia! Toda a glria te rendemos, sem fim, Aleluia! tua graa imploramos, Amm!" vivifica a alma do crente, demonstrando a estreita relao entre o louvor e o aprofundamento espiritual.

William Panton Mackay nasceu na Esccia em 13 de maio de 1839. Formou-se na renomada Universidade de Edimburgo, e praticou a medicina por alguns anos. Sentindo-se chamado para o ministrio, abandonou a medicina, foi ordenado, e em 1868 tornou-se pastor duma igreja Presbiteriana. Gostava de escrever hinos. "Louvamos-te, Deus" o mais conhecido dos dezessete hinos com que ele contribuiu para o hinrio Praise Book, de 1972. Mackay faleceu vitima de um acidente em 22 de agosto de 1885.

John Jenkins Husband nasceu em 1760 na cidade de Plymouth, na Inglaterra. Serviu na msica da sua igreja por alguns anos. Emigrou para os EUA em 1809, estabelecendo-se na Filadlfia, Pensilvnia. L dirigiu uma escola de canto de msica sacra e serviu na sua igreja at falecer em 1825. Comps um bom numero de melodias de hinos e antemas corais.

James Theodore Houston(1847-1929), adaptou o hino para o portugus em 1881. Foi missionrio presbiteriano da Junta de Nova Iorque. Aportou Bahia em 17 de dezembro de 1874, servindo ali at 1887, quando foi transferido para o Rio de Janeiro, onde exerceu o pastorado. Foi um dos redatores do imprensa evanglica. Depois de completar 28 anos de ministrio voltou para sua terra natal em 1902. Faleceu em Oakland,California, aos 82 anos de idade.

1.10 H.A. 015 - Vs Criaturas do Senhor

Letra: Francisco de Assis (1182-1226)Msica publicada em: Geistliche Kirchenoesnge, 1623

Durante muitos anos da existncia de So Francisco de Assis, chamado Poverello" (homenzinho pobre), achava-se cansado e doente. Em 1225, o ano anterior ao seu falecimento, enquanto passava pelos maiores sofrimentos sem sequer murmurar, comps um salmo de grata adorao que intitulou II Cntico Delle Creature (O Hino das Criaturas).

Conta-se que foi escrito durante um vero extremamente quente, enquanto Povorello", deitado em palhas, em So Damio, sofria intensas dores com uma infeco nos olhos. No podia agentar qualquer luz e era atormentado constantemente pelos ratos. Mesmo assim, no meio de todo o seu desconforto e sofrimento, escreveu estas linhas belas e alegres.

O ltimo verso, comeando Louvado sejas, bom Senhor, pela nossa irm, a morte corporal", que no foi includo nas verses em ingls e portugus, mostrava a prontido do seu autor para ir estar com seu Senhor.

So Francisco de Assis (ca 1182 - 1226) no nasceu pobre. Filho de um comerciante rico de Assis, Itlia, Giovanni Francesco Bernadone comeou a vida em extravagncias, procurando os prazeres deste mundo. Mas um dia, depois de sofrer uma doena sria, sua vida mudou. Abandonando todas as suas possesses materiais, "So Francisco de Assis dedicou-se de corpo e alma ao servio dos pobres e aflitos". Sua abnegao, amor e zelo atraram um grupo de seguidores que mais tarde formaram a Ordem dos Franciscanos, fundada sobre humildade, simplicidade, pobreza e orao. Ningum, entretanto, conseguiu igualar o exemplo do homem que se esforou talvez mais do que qualquer outro homem, para imitar a vida e o esprito de Jesus".

Francisco de Assis e o seu grupo escaparam por pouco da ceifa da Inquisio, que exterminou outros grupos de protesto, porque o movimento franciscano era realmente uma heresia, uma revolta contra a regimentao de doutrina e vida, em busca da liberdade e do amor dos ensinos originais de Cristo".

Este hino, que considerado o mais antigo poema religioso na lngua italiana, somente um dos muitos cnticos que ele criou. Esses cnticos eram expresses de um homem que se regozijava no Senhor, enquanto sentia muita tristeza pelos pecados do mundo e pelo sofrimento de Cristo.

Sugere-se intercalar as estrofes deste hino com os versculos do Salmo 148, no qual evidentemente foi inspirado. O peridico Sinos n. 4, publicado pela Imprensa Metodista em 1948, incluiu 5 estrofes deste poderoso hino de adorao.

O hinlogo ingls, Dr. William H. Draper (1855 - 1933), que levou para o ingls muitos hinos latinos e gregos, fez uma excelente verso deste hino entre 1899 e 1919. Esta verso ganhou a linda melodia, LAST UNS ERFREUEN (Regozijemo-nos), da coletnea Geistliche Kirchengesnge (Cnticos Espirituais da Igreja) publicada em Colnia, na Alemanha, em 1623. Por causa da ntida semelhana desta melodia com outras do sculo XVI, alguns acham que h mais de suas frases e linhas meldicas que so comuns hinodia daquele sculo, usadas vontade pelos compositores posteriores.

A verso de Draper foi habilmente traduzida pelo Prof. Isaac Nicolau Salum, Jorge Cesar Mota e outros em cerca de 1948.

Bibliografia: Ream Ethel D., Sinos n 4, So Paulo, Imprensa Metodista, 1948, p. 24.

1.11 H.A. 016 - A Deus Demos Glria

Letra: Fanny Jane Crosby (1820 1915)Msica: William Howard Doane (1832-1915)

Exultai! Exultai! Vinde todos louvarA Jesus, Salvador, a Jesus Redentor.A Deus demos Glria, porquanto do cuSeu Filho bendito por ns todos deu! H palavras de louvor mais conhecidas ou mais amadas do que estas em nossas igrejas? Dar glria a Deus deve ser o maior desejo de cada crente e de cada igreja. Como diz Hebreus 2. 12: Anunciarei o teu nome a meus irmos, cantar-te-ei louvores no meio da congregao. Devemos estar sempre prontos a louv-lo por ter-nos enviado o nosso Salvador. Devemos sempre ser aptos a reconhecer a mo de Deus, que nos abenoa em tudo que procuramos fazer para ele em nossas igrejas. Johann Sebastian Bach teve toda a razo quando declarou: O alvo e razo de existncia para toda a msica deve ser nada menos que a glria de Deus. Glorifiquemos a Deus com este maravilhoso hino de louvor.

A prolfica poetisa Fanny Crosby escreveu este hino. Difere da maior parte dos seus hinos por expressar o louvor mais objetivo, e no o tpico testemunho ou a experincia pessoal caracterstico da sua poca.

Fanny Crosby nasceu no condado de Putnam, Estado de Nova Iorque, em 24 de maro de 1820. Seus pais, fazendeiros pobres, eram puritanos dedicados, descendentes dos fundadores da Colnia da Baia de Massachusetts e membros da igreja presbiteriana. Por causa de um tratamento errado duma inflamao dos seus olhos, Fanny ficou praticamente cega com seis semanas de idade, podendo perceber somente uma luz brilhante. Em novembro daquele ano seu pai, John Crosby, morreu. Por necessidade, sua me. Mercy, foi trabalhar numa fazenda vizinha, deixando Fanny aos bons cuidados da sua av, Eunice. Para outra pessoa, ser cega poderia ser o fim, mas no para Fanny. Sua av decidiu ser seus olhos. Dedicando-se de corpo e alma ao bem da sua neta, ensinou-a muitas coisas que fariam dela uma menina independente e alegre. Dela Fanny aprendeu a arte da descrio: dos pssaros, do pr do sol, cujas cores ela podia s vezes perceber vagamente, e das flores.

Dela Fanny aprendeu a amar e decorar a Palavra, a orar, a se unir com os crentes na Igreja e cantar, o que Fanny amava demais, decorando os Salmos com grande rapidez. Ainda criana, Fanny, quando desanimada pela cegueira, perguntou a Deus se, mesmo cega, poderia ser uma filha dele. Testemunhou, mais tarde, que ouviu a voz de Deus dizendo a ela; no se desanime, menina. Um dia voc ser muito feliz e operosa mesmo na cegueira.

A traduo literal duma poesia escrita por ela aos oito anos mostra sua personalidade:

Ento pode chorar e soluar porque sou cegaOh, que menina contente sou eu, Apesar de no poder ver, Pois decidida estou queNeste mundo alegre serei! Quantas bnos recebo euEnto pode chorar e soluar porque sou cegaPorque isso no farei! Este poema foi proftico, pois Fanny Crosby seria, em toda a sua vida, caracterizada pela alegria.

Com a idade de 15 anos, Fanny entrou no Instituto Para Cegos, em Nova Iorque , com excelente aproveitamento. Continuou no seu hbito de escrever poesia, muitas vezes solicitada a suprir a letra para msicas que lhe eram entregues. Alm de tocar violo, que aprendera quando criana, tornou-se cantora concertista, pianista talentosa e proficiente e aprendeu o rgo e a harpa. Ao se formar, tornou-se professora da instituio.

Em 1850, depois de passar alguns meses considerando se ela era realmente salva, num camp meeting ao som do hino Por Meus Pecados Padeceu de Watts, Fanny recebeu a certeza de sua salvao. Minha alma inundou-se com a luz celestial, testificaria depois. Levantou-se exclamou: "Aleluia! Aleluia!" Entregando sua vida totalmente a Cristo, ela disse: Pela primeira vez entendi que estava procurando segurar o mundo em uma mo e o Senhor na outra.

Fanny comeou a suprir letras para canes e cantatas do destacado compositor George F. Root. Obtiveram muito sucesso. Mas o compositor que usou a vida de Fanny foi Willian B. Bradbury. Procurando quem escrevesse letras para seus hinos e ouvindo da capacidade de Fanny, procurou-a. Fanny, disse ele, dou graas a Deus que ns nos encontramos, porque acho que voc pode escrever hinos. A seu pedido, Fanny escreveu um hino e lho deu. Bradbury estava entusiasmado, e ali comeou uma parceria que continuaria at a morte dele. Parecia que a grande obra da minha vida comeara, escreveu a poetisa que continuaria a escrever, dando ao mundo mais de 9.000 hinos!

Aos 38 anos, Fanny casou-se com Alexander Van Alstyne, msico cego, conhecido como um dos melhores organistas em Nova Iorque. Homem bonito, jovial e muito apreciado, empregou-se em vrias igrejas como organista e ensinava rgo para sustentar a famlia. Tiveram um filhinho, mas esse morreu na infncia.

Poucos souberam sobre ele: Van comps melodias para alguns dos textos de Fanny, mas no perduraram. Um hinrio que os dois prepararam no foi aceito pela editora, porque, disseram, no queriam um hinrio somente de duas pessoas.

Nos anos que seguiram, Fanny continuaria a escrever letras para hinos dos mais conhecidos hinistas. Chegou a usar 204 pseudnimos! Nunca fez questo de remunerao adequada. Morava em lares muito simples, vivia modestamente e dava muito do que recebia aos outros. No se gabava na sua fama. Conheceu mais de um Presidente do seu Pas. Foi a primeira mulher a falar diante do Senado dos Estados Unidos. Pregava nos plpitos de grandes igrejas e fez conferncias em muitos lugares. sua prpria maneira, tornou-se um dos evangelistas mais proficientes da sua poca. Amava o trabalho das misses como o Exrcito de Salvao, Associao de Moos Cristos, e a famosa Bowery, que trabalhavam com os alcolatras e necessitados. Cooperava nestes trabalhos, dando muito de si.

Embora fosse mulher muito pequenina, parecia ter energia ilimitada. Mulher de orao, nunca escrevia um hino sem ter orado, pedindo a direo de Deus. Gostava das horas da noite para comunho com seu Senhor. Possuindo uma memria extraordinria, conhecia muitos livros da Bblia de cor. Nunca gostou de usar o Braile, e decorava seus textos, ditando at quarenta deles de uma s vez pessoa que consentisse em escrev-los. Comps msicas de grande beleza, mas se recusou a public-las. Publicou cinco volumes de poesias. Escreveu o libretto de um oratrio.

Uma vez, questionada como podia escrever tantos hinos, Fanny comentou:

Que alguns dos meus hinos foram ditados pelo Esprito Santo, no tenho nenhuma dvida; e que outros foram o resultado de profunda meditao, sei que verdade; mas que o poeta tenha o direito de reclamar mrito especial para ele mesmo certamente presuno. Sinto que h um poo de inspirao do qual podemos tirar os tragos efervescentes que so to essenciais boa poesia. (. . . ) s vezes o hino vem a mim por estrofes, e precisa somente ser escrito, mas nunca peo que uma poro de um poema seja escrita at que o poema todo seja completo. Ento geralmente preciso podar e revisar muito. Algumas poesias verdade, vm completas, mas a maioria, no. (. . . ) Nunca comeo um hino sem primeiro pedir meu bom Senhor para ser minha inspirao no trabalho que estou a comear.

Fanny Crosby, que ministrou e continua a ministrar ao mundo todo com suas mensagens que tocam o corao, poucos dias antes da sua morte, numa visita de obreiros, falou estas palavras muito significativas:

Creio que a maior bno que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha viso externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que enxergar, e por isso no posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha viso no foi perda nenhuma para mim.

Fanny faleceu em Bridgeport, Estado de Connecticut em 12 de fevereiro de 1915. A pedra da sua sepultura simples. Como pedira; tinha simplesmente as palavras Aunt Fanny She Did What She Could. (Tia Fanny - Ela fez o que pde). Em 1955, um grande monumento foi erigido sobre o seu tmulo homenageando esta serva de Deus e incluindo a primeira estrofe de Que segurana! Sou de Jesus! O compositor publicador William Howard Doane, um dos parceiros mais bem sucedidos de Fanny, musicou esta letra e publicou o hino na sua coletnea Brightest and Best (O Mais Brilhante e o Melhor) em 1875. O ilustre hinlogo W. J. Reynolds acha estranho que o hino no fosse includo logo nas seis coletneas de Gospel Hymns publicadas por Bliss e Sankey nos Estados Unidos, porque Sankey o introduziu nas suas campanhas evangelsticas com Moody na Inglaterra em 1873-1874 e incluiu-o nas suas coletneas publicadas naquele pas, os Sacred Songs and Solos (Cnticos e Solos Sacros - coletnea que continua a ser publicada at hoje), Por isso, o hino no foi bem conhecido nos Estados Unidos at que a equipe de Billy Graham o trouxesse das suas campanhas na Inglaterra em 1954. Assim, este hino favorito dos crentes brasileiros foi redescoberto na Amrica do Norte, tornou-se muito amado e aparece em muitos hinrios mais recentes.

O nome da melodia, TO GOD BE THE GLORY, corresponde ao ttulo original do hino, bem traduzido para o portugus, "A Deus Demos Glria."

Este hino foi primorosamente traduzido pelo Pastor Joseph Jones em 1887 e entrou nos hinrios evanglicos mais antigos no Brasil.

Joseph Jones (1848-1927) nasceu em Portugal, filho de ingleses. Em 1857, aos 23 anos, converteu-se atravs do testemunho de membros duma famlia batista. Foi batizado em Londres. Retornou a Portugal e, onde iniciou atividades evangelsticas. Apesar da perseguio, Jones abriu uma Casa de Orao no subrbio de Bonsucesso, na Ilha Mastro, perto do local onde mais tarde seria construdo o tabernculo batista.

Bibliografia: Jackson, Samuel Trevena. Fanny Crosbys Story of Ninety-four Years, New York, Revell, 1915, p. 33, em: Ruffin, Bernard, Fanny Crosby, Philadelphia, PA, United Church Press, 1976, p. 28.

1.12 H.A. 018 - Santo! Santo! Santo!

Letra: Reginald Heber (1783-1826)Msica: John Bacchus Dykes (1823-1876)

Reginald Heber nasceu na Inglaterra, educou-se em Oxford, onde recebeu o prmio da Universidade por um poema latino. Aos vinte e quatro anos entrou para a obra do ministrio em Hodnet. Mais tarde foi chamado para a diocese de Calcut, onde trabalhou por trs anos. Sua vida foi encurtada por afogamento em 1826.

Heber preservou sua pureza de vida e sua reverncia, num mundo de vcio e pecado. Algum disse dele: Se o seu corao fosse coberto apenas por um vidro, ningum necessitaria temer ler os seus pensamentos, de to puros que so.

Esta a razo porque podia aproximar-se de Deus com a mais sagrada frase: Santo! Santo! Santo! Senhor Deus Todo Poderoso! Lemos em Early Writings, (Primeiros Escritos): As palavras Deus Todo Poderoso so juntadas e usadas por alguns em orao de maneira irrefletida e descuidada, o que Lhe desagradvel. Tais pessoas no possuem o senso de Deus ou da verdade, seno, no falariam to irreverentemente do grande Deus, que breve ir julg-los no ltimo dia. Disse o anjo: No as associem, pois terrvel o Seu nome. Os que compreendem a grandeza e a majestade de Deus tomaro o Seu nome nos lbios com santo temor. Pg. 122

Este hino a mais solene expresso de culto, e deveria ser cantado reverentemente.

A msica de Dykes apropriada, rica em harmonia e altamente expressiva. Ganharia muito se o cantssemos reverentemente e atentos como se estivssemos na presena divida.

1.13 H.A. 020 - A Ti, Toda a Glria

Letra e Msica: Tradicional HolandesaTraduo, arranjo e harmonizao: Edward Kremser - publicado no Sechs Altniederlndische Volkslieder (Leipzig, Alemanha) em 1877

Este poema de louvor foi escrito originalmente em 1597 para celebrar uma vitria holandesa. Apareceu no hinrio Nederlandtsche Gedenckclanck, editado por Adrianus Valerius (Haarlem, Holanda, 1626)

O harmonizador deste hino nasceu e faleceu em Viena, ustria (10 de abril de 1838 a 27 de novembro de 1914), Edward Kremser. Tornou-se mestre-capela em 1869 e desenvolveu uma atividade musical muito extensa. Regente coral, compositor de obras vocais, corais e instrumentais, Kremser foi tambm compilador e arranjador.

Kremser descobriu a coletnea compilada por Adrian Valerius e a valorizou, utilizando dela seis melodias.

1.14 H.A. 021 - Vigiar e Orar

Letra: Autor DesconhecidoTraduo: Alfredo Henrinque da Silva (1872-1950)Msica: Sophia Zuberbhler (1833-1893)

Eram 4 horas da manh na primavera de 1967. Depois de pregar e comungar com os irmos num pequeno lugarejo chamado Volta, entre Urucu e Ribeiro Gonalves, no centro-sul do Piau, o Pr Joo Alves Feitosa, ento Secretrio-Executivo da conveno Batista Piau-Maranho, estava na sua rede pendurada no galpo da casa de palha de um dos membros da congregao. Toda a famlia havia se abrigado no nico quarto da casa . O Pr Feitosa acordou ao som de uma msica suave, um pouco distancia. "Bem de manh, embora o cu sereno parea um dia calmo anunciar", ele ouviu, Que maneira maravilhosa de acordar!

Percebeu que o pequeno grupo de irmos estava num crculo, cantando este belo hino.

Embora estivesse muito cansado da sua longa viagem do dia anterior, num antigo nibus sobre uma acidentada e empoeirada estrada, cheia de ondulaes, o pastor apressou-se a se reunir a este corajoso grupo que comeava cada dia num culto de louvor ao seu Salvador e Senhor e a orar para que Deus mandasse chuva quele lugar. Desde ento, o Pr. Feitosa no pode cantar este hino sem ver na sua mente e corao aquele pequeno grupo, no sul do Piau, levantando sua voz nesta comovente orao.

O autor destas singelas palavras desconhecido. O pastor Alfredo Henrique da Silva a traduziu, em 1913, do hinrio francs Psaumes et Cantiques (Salmos e Cnticos), que, como muitos hinrios da poca, no registravam os autores. Sua verso est em quase todos os hinrios evanglicos do Brasil, demonstrando seu valor.

A linda melodia VEILLE TOUJOURS (Vigie Sempre), escolhida para este hino, de Sophia Zuberbhler (1833-1893). No h outras informaes biogrficas disponveis sobre esta compositora no momento.

Bibliografia: BRAGA, Henriqueta Rosa Fernandes. Msica Sacra Evanglica no Brasil, Rio de janeiro, Livraria Kosmos Editora, 1961. p. 338

1.15 H.A. 028 - Morre o Dia

Letra: Mary Artemisia Lathbury (1841-1913)Msica: William Fish Sherwin (1826-1888)

Este favorito hino vespertino originou-se em Chautauqua, Nova York, onde foi escrito a pedido do Dr. John H. Vincent, o fundador da Original Assemblia de Chautauqua. Mary Artemisia Lathbury e algumas vezes chamada A Poetisa Laurcada de Chautauque, por causa de sua poesia religiosa e sua contribuio para os jornais Metodistas. Ela fundou a Look-Up Legion nas escolas Dominicais Metodistas, que tinham por lema:

Olhe para cima, no para baixo;Olhe para a frente, no para trs;Olhe para fora e no para dentro,E d-me uma moEm Seu nome.Estas linhas foram escritas por Edward Everett Hale.

A melodia Chautauqua ou Evening Praise foi escrita por W. F. Sherwin para o hino da Sta Lathbury em 1877. um bom exemplo de um hino e melodia to intimamente relacionados que ningum pensaria em separ-los. William Fiske Sherwin, batista foi um lder de coros bem sucedido e organizou os coros de Chautauqua. Foi por algum tempo aluno do Lowell Mason, promotor da msica nas escolas pblicas e compositor de muitas melodias e hinos.

H. Augustine Smith dis deste hino: Ele expressa a maravilhosa beleza da noitinha o temor, admirao e a reverncia que instintivamente pertencem a tais horas... O hino todo sugere a quietude do pr do sol ao lado do lago, com a brisa da tarde soprando nas folhas das rvores. Lyric Religion, pg. 75. H. Augustine Smith.

1.16 H.A. 033 - Castelo Forte

Letra e Msica: Martinho Lutero (1483-1546)

Em Abril de 1521, Martinho Lutero declarou diante o tribunal de Worms: "No posso fazer de outro modo. Mantenho o que escrevi. Que Deus me ajude." Suas Noventa e Cinco Teses afixadas porta da igreja em Winttenburg em 31 de outubro de 1517 iniciaram a maior revoluo na histria da Igreja Crist: a Reforma Protestante.

Pregara e publicara com ousadia sobre os abusos, erros e pecados da igreja romana. Por estas e outras razes o Papa e outros lderes da igreja Catlica queriam a sua morte. Lutero continuou vivo porque seu amigo, o Eleitor da Saxnia, Frederico Sbio, instrumento nas mos de Deus, o manteve no seu castelo de Wartburg.

Outros reformadores antecederam Lutero. Joo Huss e seus seguidores, morvios sem nmero, muitos anabatistas, valdenses e lombardos pagaram o preo mximo por sua f. Mas Deus salvou a vida de Lutero para que traduzisse a Bblia do hebraico e grego para a lngua alem. Esta obra levou treze anos!

Em Wartburg, tambm pode preparar outros meios para seu povo poder ser salvo em Cristo. Precisavam de cultos em alemo para sua compreenso. Precisavam cantar a sua f e louvar a Deus na sua prpria lngua. Como muitos do seu povo, Lutero, a quem Hans Sachs chamou de "O Rouxinol de Winttenberg", amava muito a msica. Tocava o alade e a flauta com perfeio. Os hinos de Joo Huss e seus seguidores foram traduzidos para o alemo.

Sem dvida, Lutero possura o hinrio dos morvios, Ein Neu Gesengbuchlein, editado por Michael Weiss, em 1531. Presenciara o martrio dos anabatistas. Ouvira sues poderosos hinos ao seu Pai e Salvador. Cria, como eles, que o cntico do culto no devia ser dado somente ao clero, mas pertencia tambm congregao. Para esse fim, precisavam de coletneas de hinos congregacionais e corais no seu prprio idioma.

Lutero escreveu em 1524: Desejava, seguindo o exemplo dos profetas e ancios da igreja, dar salmos alemes ao povo, quer dizer, hinos sacros, para que a palavra de Deus pudesse habitar entre o povo por meio do canto tambm. Para isso, procurou outros msicos idneos para se unirem a ele para providenciar esses hinos congregacionais.

Com o mui hbil msico Johann Walther, em 1524, publicou o primeiro de muitos hinrios: Geistlich Gesang Buchlein. No prefcio deste hinrio, Lutero escreveu:

" Que o cantar de cnticos espirituais uma coisa boa e agradvel a Deus, creio eu, no escondido de qualquer irmo. . . [Isto] tem sido conhecido por todos e pela cristandade universal desde o comeo. Pois So Paulo tambm afirma isto em I Corntios 14, e ordena aos Colossenses que cantem salmos e cnticos espirituais ao Senhor nos seus coraes, para que a Palavra de Deus e o ensino de Cristo sejam assim espalhados por toda a terra e praticados de toda a maneira. Assim, como um bom comeo e para encorajar aqueles que possam fazer melhor, eu e outros temos ajuntado certos cnticos espirituais com o intuito de espalhar e dinamizar o Santo Evangelho que agora, pela graa de Deus, emergiu de novo para que possamos nos gloriar, que Cristo a nossa Fortaleza e Cntico, e que no conheamos outra coisa para cantar ou dizer seno Jesus Cristo nosso Salvador, como Paulo diz em I Corntios 2. "Para este hinrio, Lutero empregou muitos hinos e salmos existentes. Adaptou msicas das missas, para que expressassem f Bblica. Aproveitou das melodias folclricas do seu povo, com requisito que fossem apropriadas para cultuar a Deus e que no tivessem associados com letras lascivas.

Lutero disse "No pretendo deixar para o Diabo as melhores melodias!" Seu bom gosto, sua musicalidade, seu estudo cuidadoso da Palavra e a sua f lhe deram idoneidade na escolha da msica apropriada para o culto. Calvino, porm, ensinou que a msica do culto devia se limitar aos Salmos. Outros extremistas diziam que a msica, que criam ser de Satans, no devia ser usada nos cultos de forma nenhuma. Para esses, Lutero replicou:

"No sou da opinio de que, pelo evangelho, todas as artes devessem ser banidas e lanados fora, como alguns fanticos querem que creiamos. Quero ver todas as artes, principalmente a msica, no servio daquele que as criou e no-las deu. A msica a bela e gloriosa ddiva de Deus. . . A msica transforma os homens em pessoas mais gentis, mais auto-controladas e mais razoveis."

De grandes ameaas e sofrimentos nascem os nossos melhores hinos. O primeiro hino de Lutero, consagrado a dois frades martirizados, intitulou-se O Cntico dos Dois Mrtires de Cristo em Bruxelas, Queimados pelos Sofistas de Louvain. Seu hino inigualvel, Castelo Forte, foi escrito "na hora mais escura na histria deste movimento".

Perseguies da parte do Imperador Carlos V ameaavam a existncia dos chamados "Protestantes". Lutero mesmo sofria ameaas de morte toda hora. Sofria fisicamente, tambm. Quando foi acometido pela "praga" que ceifou muitos dos seus irmos na f, deu as suas despedidas sua famlia. De novo, Cus tinha outro plano para Martinho Lutero.

Este hino, escrito em 1529, em Coburg, foi o chamado batalha de Lutero. James Moffatt chamou-o de "o maior hino , do maior homem, do maior perodo da histria da Alemanha". Foi cantando com emoo e sinceridade ao longo desses quase quatro sculos, em milhares de lnguas. Define at onde podemos confiar em nosso Castelo Forte, nosso Escudo e Boa Espada. Mostra, tambm , quem o nosso inimigo;o Tentador, com seus demnios, contra os quais em ns mesmos no h fora para resistirmos. Mas, Cristo o venceu na cruz. Quem nos defende o Senhor dos altos cus, o prprio Deus. O grande acusador cair com UMA S PALAVRA!

John Julian, no seu Dicionrio de Hinologia declara: "Lutero o Ambrsio da hinodia alem. Ele o primeiro hinista evanglico. A Lutero pertence o mrito extraordinrio de ter dado ao povo germnico no seu prprio idioma, a Bblia, a Catequese e o hinrio, para que Deus pudesse falar com eles diretamente pela sua palavra e que eles pudessem responder a Ele nos seus cnticos!"

Seus hinos so caracterizados por simplicidade e fora, e um tom considerado tom da igreja pelo povo comum. Sopram o esprito de ousadia, confiana, com a alegre f dos justificados, que era o corao que batia na sua teologia e piedade. Ele tinha a extraordinria habilidade de expressar profundos pensamentos em palavras bem claras. Nesta caracterstica ningum o sobrepujou. Esse foi o segredo do seu poder. Ele nunca deixou a o leitor uma dvida quanto a o que ele quis dizer. Entregou a verdade bem no corao do povo comum. Como o afamado Ruy Barbosa, sempre usou a palavra certa no lugar certo. Ele nunca perder seu domnio sobre o povo da fala germnica.

Seus hinos, alm da Bblia alem provaram ser os missionrios mais eficazes das doutrinas e piedade evanglicas. Lutero ainda precisando de novos salmos e hinos, escreveu para Spalatinem 1523:

" meu plano. . . escrever salmos no vernculo para o povo. . . Procuramos em todos os lugares por poetas. . . Mas desejo que expresses "da moda e da Corte"sejam evitadas e que as palavras possam todas ser muito simples e comuns para que o povo comum possa compreender, entretanto manejadas com arte e pureza".

Um artigo em 1935 do jornal O Estado de So Paulo sobre o assunto musical, dizia o seguinte: "Cabe a Martinho Lutero realmente a celebridade de popularizar o Lied eclesistico. Ele, o fixador da lngua alem. . . no se contentou em traduzir a Bblia para o alemo, mas utilizou-se da musicalidade alem acordada pelos Mestres Cantores e fez cantar em alemo na sua igreja os salmos e outros textos litrgicos. Ele mesmo atuou como compositor e em 1524 aparecia em Choralbuch, cujas melodias em grande parte so obra de Lutero. A simplicidade, a interioridade de sues Lieder religiosos so incomparveis. Muitos outros de seus Lieder. . . so cantados ainda hoje".

Lutero "havia dado mais do que nenhum outro dera jamais ao seu povo - a lngua, a Bblia, a hinologia. ", escreveu Bill Ichter, no primeiro volume da revista Louvor, em 1980.

Este hino conhecido como "A Marselhesa da Reforma", conserva at hoje o seu poder e poderamos us-lo ainda em outro conflito semelhante. . . H pelo menos 53 tradues em ingls, merecendo todos os destaques no Dicionrio de Hinologia de John Julian. . . "Sua melodia, de acordo com McCutchan, excelente em todos os sentidos. empolgante e tem dignidade, unidade e autoridade raramente igualadas".

Basta dizer que so muitos os compositores que tm usado trechos desta melodia em suas obras. Ente eles, podemos citar J. S. Bach, Wagner, Mendelssohn, e Meyerbeer. Julian registra nove principais hinrios que Lutero publicou para as igrejas alems. Sua lista tambm inclui onze tradues do latim, quatro hinos populares da Pr Reforma revisados por Lutero, sete Verses dos Salmos, seis parfrases de outras pores das Escrituras, bom como oito hinos basicamente originais, alm de algumas msicas corais adaptadas de textos catlicos o total de tinta e oito. Este autor descobriu trinta e dois hinos de Lutero em hinrios brasileiros. Naturalmente, devem existir mais.

A biografia de Martinho Lutero aparece em muitos bons livros e artigos. O autor recomenda sua leitura, para o leitor ter uma boa de quem era, por fim, esse grande homem e como Deus o preparou e usou na histria da igreja e do mundo, alm da histria da hinodia.

Bibliografia: Julian, John, A Dictionary of Hymnology, Revised Edition, Vol. 1, New York, N. Y. , Dover Publications, 1957, p. 704-705.

1.16.1 H.A. 033 - Castelo ForteL por volta do ano 1500 da nossa era, estava triunfante o movimento da Reforma Religiosa na Europa. Iniciado por Martinho Lutero e coadjuvado por Melanchton (um leigo-telogo), Calvino, Zwinglio, Huss, Farel e outros, tomou logo conta de todos os pases; mas no ano de 1523, em Bruxelas, dois jovens, cujo nico crime fora a sua profisso de f na nova doutrina, foram queimados. Em honra a esses dois mrtires, Lutero escreveu e comps a msica do seu primeiro hino: Castelo forte nosso Deus, o qual uma parfrase do Salmo 46:

1 Deus o nosso refgio e fortaleza, socorro bem presente na angstia.2 Pelo que no temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares;3 Ainda que as guas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.Martinho Lutero(1483-1546) conhecido como o Apstolo da Reforma.

Foi tambm o pai do canto congregacional, pois antes disso a congregao no tinha o costume de cantar hinos. Os poucos hinos que havia eram cantados em latim, somente pelos oficiais da igreja. Foi ele que introduziu o cntico por toda a congregao!

Mas, o hino em foco foi considerado como a "Marselhesa da Reforma", pois todos os cristos da Reforma cantavam-no com o mesmo entusiasmo dos patriotas da Frana. De facto, sendo a letra e a msica de Lutero, este cantico espalhou-se por toda a Terra e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante.

Era cantado diariamente por Lutero e por seus companheiros. At os inimigos da Reforma diziam: "O povo inteiro est cantando uma nova doutrina".

Assim, este hino cooperou muito no desenvolvimento da Igreja crist naqueles dias. Foi to grande a repercusso deste hino que homens ilustres, artistas e msicos de fama usaram-no nos seus temas: o exrcito de Gustavo Adolfo cantou-o antes da Batalha de Leipzig, em Setembro de 1631; Meyerbeer usou-o como tema de sua pera de fundo religioso, "Os Huguenotes"; Mendelsohn usou-o na sua "Sinfonia da Reforma"; Wagner utilizou-o em "Kaiser-Marsch" e J. S. Bach tambm o usou numa de suas cantatas sacras.

E hoje, faz parte de todos os hinrios sacros da Igreja Crist, levando o nmero 328 em "Hinos e Cnticos" - 16 edio.

Ele nunca morrer, mas viver para sempre!

Fonte: http://www.refrigerio.net/hinos25.html1.16.2 H.A. 033 - Castelo Forte

Letra e Msica - Martinho Lutero (1483-1546)

O melhor cntico, do maior homem, no mais importante perodo da histria germnica, a opinio de James Moffat. Este Cntico de Batalha da Reforma foi primeiramente publicado em Geisleche Lieder em 1529. Foi traduzido umas oitenta vezes, em pelo menos cinqenta lnguas. Foi provavelmente escrito por ocasio da Dieta de Spira, em 1529, quando o partido Evanglico fez seu protesto em 19 de abril, pelo qual, em assuntos relacionados com a honra de Deus e a Salvao de nossas almas, cada homem dever estar s diante de Deus e dar contas de si mesmo.

O Dr. John Julian diz a respeito dos cnticos de Lutero; Seus cnticos se caracterizam pela simplicidade, fora e popular tom religioso. Eles transpiram audcia, confiana, esprito alegre provindo de uma f que justifica, a qual o vivo corao de sua teologia e piedade. Ele possua a extraordinria faculdade de expressar em uma linguagem clara, pensamentos profundos. Neste dom ele no superado por qualquer escritor no inspirado e nisto esta o segredo do seu poder. (Dictionary of Hymnology, Julian, pg. 414).

Martinho Lutero deu ao povo alemo a Bblia em sua prpria lngua , o Catecismo e o Hinrio, a fim de que Deus pudesse falar-lhes diretamente atravs de Sua Palavra, e eles pudessem falar a Deus atravs dos cnticos religiosos, os quais tem sido um dos proeminentes caractersticos da Igreja Protestante.

Lutero cria na msica e no seu lugar no culto divino. Estou fortemente persuadido, escreveu ele, de que depois da Teologia, a msica a nica arte capaz de dar paz e alegria ao corao, como aquela produzida pelo estudo da cincia da divindade.

Trinta e sete cnticos e um bom nmero de melodias lhe so creditadas. Este provavelmente o maior de todos os corais e tanto a letra quanto a msica so obra do prprio Lutero. Pode ser tomado como o smbolo da Reforma.

Fonte: Histrias de Hinos e Autores - CMA - Conservatrio Musical Adventista

1.17 H.A. 034 - Quo Grande s Tu

Letra e Msica: Carl Boberg 1859-1940)

Esta histria comea na Sucia. Carl Boberg nasceu em Monsteras, na Costa sudoeste da Sucia, em 16 de Agosto de 1859. Seu pai era carpinteiro num estaleiro de navios, e sua casa dava bem para o esturio do rio Monsteras. Carl converteu-se aos 19 anos de idade. Num certo domingo, quando ia para a reunio, encontrou-se com alguns jovens pouco mais velhos do que ele, os quais insistiam para que fosse jogar em sua companhia e de algumas garotas amigas. Carl, que esperava encontrar, na reunio, o pregador que anteriormente tinha tocado profundamente em seu corao, e, no querendo perder o seu novo sermo, no aceitou o convite dos amigos.

A mensagem do pregador, naquele domingo, sobre o pecado e a graa foi direta ao corao de Boberg. Aps a reunio, todavia, vagueou de um lado para outro sob profunda convico de pecado, a tal ponto que, ao chegar a uma campina, caiu de joelhos e confessou-se um pecador irremediavelmente perdido. Nesse estado de esprito buscou o perdo, orando dia e noite, at que, ouvindo um menino tentando aprender de cor o versculo de Joo 14.13, que diz: "Tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei", a sua constante repetio fez com que ele compreendesse a verdade e assim encontrasse perdo e paz, simplesmente aceitando as palavras de Cristo.

Quatro anos mais tarde, no vero se 1885, Boberg escreveu o poema "O Store Gud", que conhecemos agora como "Quo Grande s Tu", e que foi publicado pela primeira vez em "A Folha de Monsteras", no dia 13 de Maro de 1886. De 1890 at 1916 Boberg foi editor de um semanrio cristo, "Testemunho da Verdade". De 1911 at 1924 foi representante de sua cidade no Parlamento Sueco. Sofreu, porm, um derrame em 1937, que paralisou o seu lado direito, vindo a falecer em 1940.

Naquele dia quente de vero de 1885, Carl Boberg e outros da sua cidade foram a uma reunio que se realizaria a duas milhas ao sul de Monsteras. De volta para casa, desabou uma tempestade; os raios riscaram os cus e os ventos sopraram sobre as plantaes. Em apenas uma hora a tempestade cessou e o arco-iris apareceu! Chegando em casa, Boberg abriu a janela e viu o esturio que ficava em frente sua casa, como se fosse um lmpido espelho. Repetiu, ento, baixinho, os versos de Nicander: "Bem vinda, brilhante tarde; Bem vinda, calma e linda".

Da outra banda do rio ouviu o canto dos pssaros no bosque. Tinha havido um funeral naquela mesma tarde e, de longe, podia ser ouvido o repicar dos sinos, na quietude daquele entardecer. A atmosfera e a beleza da paisagem tocaram a mente potica de Boberg e ali encontrou expresses para escrever o hino que hoje conhecemos come "Quo Grande s Tu".

Em 1891, Boberg, sendo editor de um daqueles peridicos, publicou o seu hino com aquela msica.

interessante notar que j em 1910 este hino havia sido traduzido para o portugus, pelo ilustre hinlogo Dr. Joo Gomes da Rocha, tradutor de inmeros hinos, e foi publicado no hinrio "Louvores", em 1938, pelo Centro Brasileiro de Publicidade Ltda. Esta traduo constava de dez estrofes e coro (Se os Hinos Falassem, Vol.1).

Em 1907 apareceu uma verso em alemo, feita por Manfred Von Glehn, residente na Estnia. Mas em 1927, outro pregador russo, Ivan S. Prokhanoff, conhecido como o "Martinho Lutero da Rssia moderna", publicou uma verso em russo, a qual foi includa no hinrio chamado "Kimvale" (Cmbalos), uma coleo de hinos traduzidos de vrias lnguas.

Em 1923, o ingls Stuart Keene Hine, um dos nossos mais dinmicos e dedicados missionrios, deixou a Inglaterra, a sua terra natal e foi com sua esposa anunciar o Evangelho na Ucrnia.

Ali conheceram a verso russa de "Grandioso s Tu", logo que havia sido publicada por Ivan S. Prokhanoff. O Sr Hine e sua esposa no sabiam, ainda, que o mesmo havia sido escrito originalmente em sueco. Eles apenas recordam-se de que o cantavam em dueto em campanhas evangelsticas.

Na pequena vila mais prxima das montanhas, na qual o autor subiu, ali mesmo ele ps-se em p na rua, cantou um hino Evanglico e leu, em voz alta, o captulo trs do Evangelho segundo Joo. Entre os atenciosos ouvintes que se aproximaram estava o mestre-escola (professor primrio) daquela vila russa. Naquele momento foi-se formando uma grande tempestade e, no tendo o missionrio onde se abrigar, o professor russo, que se tornara amigo, ofereceu-lhe hospedagem.

Como foram inspiradores aqueles "potentes troves", ecoando atravs das montanhas! Foram aquelas impresses que deram origem primeira estrofe do hino em ingls:

Senhor, meu Deus! Quando eu, maravilhado,Considero as obras feitas por Tua mo,Vejo as estrelas, ouo o trovo potente,O Teu poder demonstrado atravs de todo o universo:Ento minha alma canta a Ti, Senhor,Quo Grande s Tu! Quo Grande s Tu!Prosseguindo, o escritor atravessou a montanha fronteiria com a Romnia, e l, nas Bukovinas, (a terra das frondosas faias) encontrou alguns crentes. Juntamente com os jovens, passeou "entre as clareiras dos bosques e florestas" e "ouviu os pssaros cantando suavemente sobre as rvores". Como que instintivamente, todos comearam a cantar o hino "Quo Grande s Tu", traduzido por Ivan S. Prokhanoff, acompanhados de bandolins e violes.

Assim, inspirados parcialmente pela letra em russo e parcialmente pela viso de "todas as obras feitas pela Tua mo", as estrofes seguintes foram surgindo, em ingls!

Quando eu vagueio pelas matas e clareiras na floresta,E ouo pssaros a cantar nas rvores docemente;Quando olho desde a grandeza da montanha altaneiraOuo o riacho e sinto a suave brisa:Ento minha alma.....Contudo, pouqussimos daqueles habitantes dos Montes Crpatos, que viram ao seu redor as maravilhosas "obras das Tuas mos", sabiam algo a respeito da salvao que aquele mesmo Deus grandioso havia providenciado - a grande obra mencionada na terceira estrofe.

Esta foi inspirado pelo seguinte fato:

Enquanto o missionrio distribua folhetos, de vila em vila, numa distncia de 120 milhas, deparou com uma notcia surpreendente: "H um homem que j possui uma Bblia, a somente 20 milhas daqui", disse algum. Esta novidade levou o irmo Hine a dirigir-se humilde casa dum homem chamado Dimitri. A saudao crist do missionrio causou grande surpresa e alegria ao hospedeiro, pois antes, apenas dois outros crentes o haviam visitado, tendo ousado atravessar aquelas montanhas!

E, como foi que Dimitri veio a conhecer a Cristo? o que vamos ver em seguida:

Dezenove anos antes, os exrcitos Czaristas invadiram os Crpatos e a vila onde Dimitri morava ficava bem no limite. Na pressa em retirar-se, um soldado russo deixou a sua Bblia para trs. Porm, ningum, na pequena vila, sabia ler, e, assim, a Bblia ficou guardada at o dia da visita do Sr. Hine!

A esposa do Sr. Dimitri foi a primeira a aprender a ler e, como uma criana que est aprendendo as primeiras slabas, comeou a soletrar em voz alta para todos os vizinhos admirados, as palavras de Joo 3.16: "Por- que Deus a- mou o mun - do de tal ma - nei - ra ...".Lentamente, mas com perseverana, ela soletrava em voz alta, a mais maravilhosa histria j ouvida, at chegar ao relato da crucificao, Foi a que as lgrimas comearam a rolar e, homens e mulheres, com os joelhos dobrados, invocaram a Deus em voz alta!

Cerca de 12 pessoas foram realmente convertidas e o irmo Hine chegou justamente naquele momento e pde ouvir o clamor de todos juntos, cada um expressando (inconscientes da presena dos demais) a sua profunda admirao por verem, pela primeira vez, a revelao do amor de Deus manifestado no Calvrio.

Eis o que diz a terceira estrofe (na verso em ingls):"E quando penso que Deus no poupando a Seu Filho,Enviou-O para morrer, - mal posso entenderQue sobre a cruz, suportando de bom grado o meu fardo,Verteu Seu sangue e morreu a fim de tirar o meu pecado"A quarta estrofe s apareceu aps a segunda guerra mundial, durante a qual a casal Hine teve de transferir a sua residncia para a Gr Bretanha. No ano de 1948 o pas foi superlotado com a entrada de 100.000 refugiados de guerra, acrescidos aos 165.000 poloneses que l j se encontravam. Quando um crente vindo de um pas sovitico foi visit-los e deu-lhes oportunidade de fazer qualquer pergunta, um deles perguntou, expressando o desejo do corao de todos:

"Quando vamos para o lar?"

Que melhor mensagem poderia ser dada quelas pessoas sem lar, do que a que anuncia Aquele que foi preparar um lugar para os "desabrigados". o lar celestial oferecido a quantos O receberam como Salvador e Senhor? Um russo foi convertido na Inglaterra e estava profundamente pesaroso por no poder dar a alegre notcia sua esposa. Esta confessara o Senhor, a quem ele, naquela ocasio, no quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.

Esta confessara o Senhor, a Quem ele, naquela ocasio, no quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.

Inspirada por estes fatos, nasceu a quarta estrofe (na verso em ingls):

"Quando Cristo vier com brado de aclamaoE levar-me ao lar - que gozo encher meu corao!Ento me prostrarei em humilde adoraoE proclamarei: Meu Deus, quo grande s Tu!"Nosso irmo Stuart Hine, j idoso, em correspondncia com o irmo Luiz Soares, forneceu os dados histricos deste hino to belo, que se tornou to popular atravs da sua excelente verso. O Irmo Hine examinou e aprovou a traduo de "Quo Grande s Tu", feito pelo irmo Luiz Soares para Hinos e Cnticos, onde devidamente autorizada, aparecer com o nmero 467. A msica trar o arranjo do prprio Hine.

Fonte: http://www.refrigerio.net/hinos14.html1.18 H.A. 35 - Tu s Fiel, Senhor

Letra: Thomas O. Chisholm (1866-1960)Msica: William M. Runyan (1870-1957)

O poema deste hino foi escrito em1923 por Thomas Obediah Chisholm. Chrisholm nasceu em 29 de julho de 1866, na cidade de Franklin, Kentucky, EUA. Teve sua educao bsica em uma pequena escola rural, e tornou-se professor desta escola aos 16 anos. Quando tinha 21 anos, tornou-se editor associado de um jornal semanal, o The Franklin Favorite.

Em 1893 tornou-se cristo, sob o ministrio do Dr. Henry Clay Morrison (futuro presidente do Colgio Asbury, em Wilmore, Kentucky). Persuadido pelo Dr. Morrison, Chrisholm mudou-se para Louisville e tornou-se editor do Penecost Herald. Foi ordenado como ministro metodista em 1903 e serviu como pastor por pouco tempo em Scottsville, Kentucky.

Com a sade debilitada, mudou-se com sua famlia para uma fazenda, perto de Winona Lake, Indiana. Tornou-se ento um vendedor de seguros, mudando-se para Vineland, Nova Jersey, em 1916.

Em 1953 instalou-se no Lar Metodista para Idosos em Ocean Grove, Nova Jersey, onde morreu em 29 de fevereiro de 1960.

Chrisholm escreveu mais de 1.200 poemas, dos quais 800 foram publicados e muitos foram musicados.

De acordo com Chrisholm, no houve uma circunstncia especial que o levou a escrever este hino - somente a sua experincia e a verdade bblica. Este hino apareceu pela primeira vez na coletnea Songs of Salvation and Service (Cnticos de Salvao e Servio), compilada por William M. Runyan, em 1923. Runyan escreveu a msica especialmente para este poema. Em 1956 no Baptist Hymnal (Hinrio Batista), foi publicado o seguinte comentrio:

"Este poema em particular possua tal apelo, que orei muito fervorosamente, para que a minha melodia pudesse conduzir a sua mensagem de uma maneira apropriada e digna, e a histria subseqente de seu uso indica que Deus respondeu a esta orao."

Fonte: http://www.cyberhymnal.org1.18.1 H.A. 35 - Tu s Fiel, SenhorO homem lia com cuidado as vrias poesias que tinha diante de si. Elas lhe foram enviadas por um amigo, para que ele, sentindo a devida inspirao, escrevesse msicas para acompanh-las.

Uma das poesias logo chamou a sua ateno. "Esta poesia tinha tal apelo, que orei com todo o fervor pra que a minha melodia pudesse transmitir a sua mensagem duma maneira digna."

A cena descrita transcorreu em 1923. O compositor era o Rev. William Marion Runyan, metodista norte-americano. Sem dvida, hoje podemos dizer: a msica do compositor faz exatamente o que ele to ardentemente desejou. .

Runyan nasceu no dia 21 de Janeiro de 1870, em Marin, Estado de Nova York. Tinha grande inclinao para a msica. Iniciou os seus estudos de msica quando tinha 5 anos, e aos 12 j servia como organista da igreja. Quando tinha 14 anos seu pai, que era pastor metodista, mudou-se, com a famlia para o Estado de Kansas.

Apesar do seu grande talento musical, Deus tinha outros planos para Ruhyan. Aos 21 anos de idade, foi consagrado ao ministrio pastoral. Serviu como pastor e evangelista entre os metodistas por 32 anos.

Por causa de um problema de surdez, Runyan deixou o pastorado em 1923, para assumir responsabilidades na Universidade John Brown, trabalhando tambm como redator da revista Cristian Workers Magazine (Revista do Obreiro Cristo) e como compilador de hinrios.

De 1931 a 1944, ele serviu no Instituto Bblico Moody, em Chicago. Foi nesse Instituto que o hino Tu s Fiel, Senhor, tornou-se muito conhecido, tornando-se um dos prediletos dos alunos daquela instituio. Quando o Dr. Houghton, presidente da mesma, faleceu, o hino foi entoado por todos os presentes ao culto fnebre.

Em 1923, quando Thomas Chisholm enviou aquelas poesias a William Runyan, este, compositor de quase 300 hinos, j havia feito umas 20 ou 25 msicas para acompanhar poesias de Chisholm, seu colega e grande amigo.

Thomas Obediah Chisholm nasceu no Estado de Kentucky, no dia 29 de julho de 1966. Nasceu em circunstancias humildes e teve de instruir-se por si mesmo. Apesar de s completar o curso primrio por esforo prprio, mais tarde se tornou professor. Com 21 anos j era redator auxiliar do jornal local.

Com 27 anos, Chisholm se converteu durante uma srie de conferncias evangelsticas. Mais tarde, foi consagrado ao ministrio pela igreja Metodista, mas o seu estado de sade bastante precrio proibiu que desenvolvesse muitas atividades. Por esta razo, ele deixou o pastorado.

Chisholm escreveu em total de aproximadamente 1.200 poesias. Faleceu no Lar Metodista de Ocean Grove, Estado de Nova Jersey, em 29 de fevereiro de 1960.

O hino Tu s Fiel, Senhor foi publicado p