Hiena e o Coelho

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__________________________________________________________________________ __________ Escola: Leitura e Produção de Textos Nome: Série: Data: / / O COELHO E A HIENA O coelho e a hiena eram amigos. Um dia, a hiena, que estava a passear sozinha, passou por um povoado e viu algumas moças trabalhando. Entre elas havia uma muito bonita e que se chamava Chipha Dzuwa. A hiena disse: “És muito bonita. Casa comigo?” A moça respondeu: “Primeiro tens que falar com os meus pais, traz o teu padrinho e caso contigo.” Entretanto, o coelho, que pouco depois passou pelo mesmo povoado, apaixonou-se pela mesma moça. “Casa comigo”, disse-lhe o coelho. “Não posso, já dei a minha palavra à hiena. Ela vem apresentar-se aos meus pais”, respondeu a moça. O coelho começou a soltar grandes gritos e a rolar no chão, riu e zombou da jovem: “Não compreendo nada, então tu, tão bonita que és, casas com um qualquer? Não sabes que a hiena é meu empregado e serve- me de cavalo quando mando?” “Não acredito, apresenta-me provas”, pediu a mocinha, humilhada e espantada. Quando o coelho se encontrou com a hiena, nada disse. Esta, porém, estava feliz e pediu ao amigo para ser seu padrinho no dia da apresentação aos pais. O coelho fingiu: “Não sei, amigo, é que não ando lá muito bem. Além disso machuquei o pé e não consigo caminhar longas distâncias.” A hiena ofereceu-se logo cheia de boa vontade: “Não faz mal, eu carrego-te nas costas, o que eu quero é que vás apresentar-te aos pais da Chipha Dzuwa.” Mas o coelho insistiu: “Tu andas muito depressa, tenho receio que me deixes cair, só se permitires que eu anmarre uma corda ao teu pescoço.” A hiena estava feliz por tudo naquele momento, então aceitou. No dia combinado, lá foram os dois, o coelho no dorso do amigo e com as mãos na corda. Quando chegaram ao povoado, o coelho começou a fazer manobras como se estivesse Etiene Peixoto Língua Portuguesa/ Leitura e Produção de Textos – Ensino Fundamental 2

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Escola:Leitura e Produção de Textos

Nome: Série: Data: / /

O COELHO E A HIENA

O coelho e a hiena eram amigos.

Um dia, a hiena, que estava a passear sozinha, passou por um povoado e viu algumas moças trabalhando. Entre elas

havia uma muito bonita e que se chamava Chipha Dzuwa.

A hiena disse: “És muito bonita. Casa comigo?” A moça respondeu: “Primeiro tens que falar com os meus pais, traz o

teu padrinho e caso contigo.”

Entretanto, o coelho, que pouco depois passou pelo mesmo povoado, apaixonou-se pela mesma moça. “Casa comigo”,

disse-lhe o coelho. “Não posso, já dei a minha palavra à hiena. Ela vem apresentar-se aos meus pais”, respondeu a moça. O

coelho começou a soltar grandes gritos e a rolar no chão, riu e zombou da jovem: “Não compreendo nada, então tu, tão bonita

que és, casas com um qualquer? Não sabes que a hiena é meu empregado e serve-me de cavalo quando mando?” “Não acredito,

apresenta-me provas”, pediu a mocinha, humilhada e espantada.

Quando o coelho se encontrou com a hiena, nada disse. Esta, porém, estava feliz e pediu ao amigo para ser seu

padrinho no dia da apresentação aos pais. O coelho fingiu: “Não sei, amigo, é que não ando lá muito bem. Além disso

machuquei o pé e não consigo caminhar longas distâncias.” A hiena ofereceu-se logo cheia de boa vontade: “Não faz mal, eu

carrego-te nas costas, o que eu quero é que vás apresentar-te aos pais da Chipha Dzuwa.” Mas o coelho insistiu: “Tu andas

muito depressa, tenho receio que me deixes cair, só se permitires que eu anmarre uma corda ao teu pescoço.” A hiena estava

feliz por tudo naquele momento, então aceitou.

No dia combinado, lá foram os dois, o coelho no dorso do amigo e com as mãos na corda. Quando chegaram ao

povoado, o coelho começou a fazer manobras como se estivesse montado num cavalo e logo que viu Chipha Dzuwa, começou a

gritar: “Corre depressa, aí está a nossa amiga.” A hiena, que não tinha percebido ainda o que o coelho estava fazendo, correu

mesmo. Ao chegarem ao pé da rapariga o coelho saltou para o chão e disse-lhe: “Estás a ver como eu tinha razão? A hiena é ou

não o meu empregado fiel?” A pobre hiena apercebeu-se então do que estava a se passar e ficou de tal maneira envergonhada

que fugiu para bem longe. E o coelho casou com Chipha Dzuwa.

Lourenço Joaquim da Costa Rosário, A Narrativa Africana, Ed. ICALP – Angolê, 1989 (texto adaptado)

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Assinale as afirmações corretas:

Um dia, a hiena passou por um povoado(A) à procura de uma noiva.(B) quando passeava sozinha.(C) para visitar o coelho.

Ali, encontrou uma moça(A) a trabalhar sozinha.(B) muito bonita.(C) séria e trabalhadora.

A hiena pediu à moça que(A) lhe apresentasse os pais.(B) fosse sua namorada.(C) casasse com ela.

Ela concordou(A) sem quaisquer condições.(B) com algumas condições.

Algum tempo depois, o coelho viu a mesma moça e(A) pediu-lhe o mesmo que a hiena.(B) afastou-se envergonhado.(C) pediu à hiena que o apresentasse.

A moça(A) aceitou o pedido.(B) recusou o pedido.(C) pediu para pensar.

O coelho inventou que a hiena(A) era seu criado e que lhe servia de cavalo.(B) era um cavalo disfarçado.(C) mentiu, pois só se interessava andar a cavalo.

Entretanto, a hiena convidou o coelho para seu padrinho de casamento. Este aceitou,

(A) embora estivesse com um pé machucado.(B) convencendo a hiena a levá-lo nas costas.(C) desde que a hiena fingisse que era um cavalo.

Quando chegaram junto da moça, ela(A) riu da figura da hiena.(B) ficou a pensar de qual dos dois gostava mais.(C) pensou que a hiena era empregado do coelho.

No final, moça(A) casou com o coelho.(B) desprezou os dois pretendentes.(C) expulsou a hiena.

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